A vida do Triceratops (CURTA ANIMADO)

Triceratops não é um monstro de filme e nem uma criatura mitológica. Ele foi um animal real que habitou o passado profundo do nosso mundo. Para conhecer sua vida, voltamos 66 milhões de anos no tempo. No último dia da era dos dinossauros, o planeta Terra era reconhecível, embora muito diferente. A América do Norte era cortada por um oceano raso, o mar interior ocidental, conhecido como o mar mais perigoso da história do planeta, devido à sua abundância de répteis aquáticos predadores, onde hoje são desertos secos, praias, pântanos e rios com vegetação densa dominavam a paisagem. Esse é o riacho do inferno ou Hell Creek. Aqui habitam uma variedade de herbívoros e carnívoros de todas as idades. Dentre eles, alguns dos dinossauros mais icônicos de todos os tempos. Os carnívoros disputam as carcaças encalhadas e procuram pequenos animais no litoral. O que hoje para os filhotes é uma brincadeira, poderia ser um dia uma questão de vida ou morte. Com uma tempestade vindo, os animais ficam em alerta. Raios podem desencadear incêndios com facilidade. [Música] Continente adentro, encontramos um grupo de tricerátopos no início da sua época de cortejo e acasalamento. Os machos ficam ainda mais competitivos, agressivos e territoriais. [Música] As lutas são inevitáveis e frequentemente fatais. [Música] Mas dessa vez o perdedor tem a sorte de sair andando. Os vitorios terão a chance de acasalar e participarão ativamente na construção e proteção de seus ninhos. Mas com Cretácio a algumas horas do fim, seu trabalho é em vão. Eles são a última geração de sua espécie. E essa é a última noite da era dos dinossauros, mas não significa que ela será tranquila. O fogo é um elemento importante desse ecossistema, abrindo clareiras férteis e tornando a paisagem menos homogênea. Pela manhã, os focos de incêndio estão quase apagados. Alguns animais exploram o cenário recém-aberto em busca de pequenos cadáveres carbonizados. [Música] Já outros exploram as clareiras abertas nos últimos incêndios, onde sambaias e canabácias crescem sob o sol. [Música] Essa é uma terra de fogo e de água. Os rios e pântanos dessa floresta definem o ecossistema e desafiam todos os animais a conviverem com condições alagadas. Edmontossaurus é outro herbívoro gigante que explora o recurso vegetal aparentemente inesgotável dessa paisagem. Tricerátops podiam pesar entre 6 a 10 toneladas quando adultos. E para se manterem de pé, ativos e saudáveis, eles precisam passar boa parte do dia comendo. A companhia dos grupos os ajuda a ficar alerta, porque onde existem manadas de herbívoros, haverão carnívoros. Mas o super predador do riacho do inferno não é qualquer carnívoro, sim o predador terrestre mais pesado de todos os tempos, Tiranossaurus Hexs. Seus sentidos o trazem pra borda da clareira, onde ele tenta chegar o mais próximo possível do grupo, sem ser notado. Mas é tarde demais. Seu objetivo era mirar nos filhotes e jovens, mas um macho adulto de triceratops se arrisca a intimidá-lo. [Música] Essa luta pode terminar de qualquer maneira, mas só há uma certeza, ela vai terminar rápido. [Música] [Música] Golpe fatal. Essa foi a batalha final do triceratops e da era dos dinossauros. O apocalipse extraterrestre que aconteceu nesse dia fatídico da história profunda da natureza, definiu o mundo que vivemos hoje. [Música] Agora, a memória dos ser atopsianos está guardada em um mausoléu em outra dimensão. [Música] Aqui as várias espécies varridas pelo tempo foram eternizadas em homenagem. Verdadeiras joias da evolução. [Música] Todos prestando respeito ao maior, mais poderoso, mais abundante e mais bem-sucedido ser atopsiano de todos os tempos. Triceratops, o verdadeiro rei dos dinossauros.