A VIDA NA IMENSA CAPITAL CHILENA
0Fala galera, começando o vídeo aqui ó, de Santiago, capital do Chile. Estamos no centro aqui, ó, numa parte bonita, ó. Aqui tem um palácio. Aqui do outro lado é o teatro municipal. Teatro. É, eu acho que é o teatro. Ali tava escrito teatro municipal. E os próximos dias a gente vai gravar hoje, provavelmente amanhã. E não sei se vai ter mais dias, mas acostumem-se com esse céu acinzentado aqui, porque sol aqui tá difícil. Quando a gente chegou aqui, acho que a gente pegou o último dia de sol, né? A gente chegou, tava sol e tava calor ainda. Agora tá, tá 10 graus hoje e tá cada vez esfriando mais. É. E e eu disse isso porque eu não sei agora que a gente vai continuar gravando, porque eu não sei quantos dias a gente vai demorar para gravar esse vídeo aqui. Aqui tem uma escada, aparentemente pr nada. A gente ficou olhando aí, descobrimos aqui, ó, tá atrapalhando a entrada aí da galera que é o estacionamento. Lá embaixo tem um estacionamento subterrâneo. E ó, aqui confere que eu falei, vira para cá, amor. Teatro municipal de Santiago. Estamos aqui num calçadão do centro. Parece que tem vários calçadões aqui, ó. Tem feirinha e tal. Tem bastante vida, né? Eu não lembrava da nossa última visita aqui de ter tanta vida assim em Santiago. É, a gente comentou, né, no outro vídeo que a gente já esteve aqui há 9 anos atrás, mas a gente praticamente não conheceu a cidade, então a gente vai conhecer dessa vez. E o Rena falou: “É verdade. Eu lembro da gente andar aqui, a gente passou aqui, mas não era tanta gente assim na rua não. E tá bem legal de caminhar aqui, ó. Aqui tem os banheiros públicos. Eles são subterrâneos, ó. Dá para ir de escada e de elevador. Custa 800 pau para dar um xixi. Caraca, como é caro fazer xixi fora de casa aqui. E aceit cartão de crédito, então não tem desculpa. É, mas também por esse preço tem que aceitar tudo. Aqui temos uma loja chamada Você com a bandeirinha do Brasil. No vídeo anterior a gente comentou que tinha muito brasileiro aqui. Tava vindo bastante português. A gente até cogitou se o brasileiro era o que mais vinha para cá. A gente foi pesquisar. Na verdade não. O brasileiro ao longo do ano não vem tanto, mas no inverno vem muito por causa da neve e tal. E o brasileiro não é o que mais vem, mas diz que é o que mais gasta dinheiro. Então é um turismo que eles investem bastante assim no turista brasileiro, porque turista brasileiro vem para gastar. O turismo que mais vem aqui é o argentino, né? Só que o argentino muitas vezes vem de mochileiro, então não gasta tanto. E também o argentino já sabe que vai chegar nos lugares porque só vão falar espanhol, né? Então não precisa ter aí pro brasileiro não. Eles põe ali a bandeira para dizer: “Ó, venham aqui que a gente vai tentar se comunicar em português com vocês, pelo menos”. E diz que o brasileiro também é um dos que menos ficam aqui no Chile. Diz que a média de um brasileiro aqui é de sete noites. Então fica pouco e gasta muito. Logo. Somos muito bem-vindos aqui. Aqui vende bastante roupa na rua também, mas o que eu quero mostrar é essa calça aqui, assim, ó. Amor, vem cá. Isso aqui é uma calça quentinha. Tá custando 5.000 essa. E ela parece a pele da gente, né? E eu não tô preparada para essas calças porque tem um monte de gente usando isso e aí coloca essa calça e coloca o negocinho aqui em cima assim, ó. Aí eu olho e falo: “Meu Deus, ela tá pelada, ela tá só de calça, de meia fina e tá mostrando tudo”. Mas não é são essas calças, eu não tô preparada pr isso. E seguindo aqui, ó, a cidade continua bem bonita. Eita, gente, no flagra aqui, ó, atravessando no vermelho, mas tudo bem, aqui pode. E bom, olha só, quem quiser o banheiro a marcar uma árvore ali, ó, como banheiro popular. Tá até meio molhado o chão. Capaz que é o banheiro popular mesmo. E aqui tem uma galerinha jogando xadrez. Ó, esse senhor aqui tá sozinho, mas deve est esperando alguém para jogar com ele. Tem uma criança aqui que tá usando o banheiro público. Aqui na praça tem uma oficina de turismo. Às vezes perguntam: “Como que vocês sabem os lugares que vocês vão?” A gente costuma ir muito nesses lugares pedir informação. Sempre que a gente pega o mapa, eu me sinto uma pessoa mais feliz. O Enal falou assim: “Não, é aqui que a gente descobre, né, na nos lugares de turismo que tem para fazer”. Mas na verdade só eu que olho o mapa. O Renan ele busca por outras fontes. Eu que fico louco atrás do mapa. O Renan nem se importa. Ele tá abrindo aqui só para fazer graça. Aqui é a catedral, só que acho que não tá dando para acessar. Ó, tem uma grade em volta da entrada e tem esses batuques aí. Vamos lá descobrir o que que é. Amor, e quem que é aquele carinha ali na frente da igreja, ó? É do Star Wars. Ah, não sei. Queríamos tirar foto com ele, né? Não conheço o personagem. E aqui tem um posto dos carabineiros dos Chiles. Carabineiros é a polícia chilena. Carabineiros também conhecidos como pacos. Pelo menos da outra vez que a gente veio, eles chamavam os carabineiros de pacos também. É, a gente não entende se paco é tipo um tira, né? Igual ninguém fala tira, mas os filmes a galera fala tira, mas pelo que eu entendi, pode ser um termo meio pejorativo assim. Então se você for falar, é melhor chamar de policia mesmo, não chama de paco, que pode dar ruim. Aqui tem o monumento aos povos indígenas e a batucada. Eu achei que era uma galera batucando, mas é um carinha só, né? Tem essa galerinha aí com tambor. Mas quem tá fazendo esse barulho é o carinha sozinho ali, ó. Tava só esse senhorzinho tocando, ó. Agora ele recebeu reforços aqui. Sonzão, né? Achei até que era um holodom, alguma coisa assim. Por falar em holodom, nada a ver com holodom, mais a ver com a música brasileira. Quem que foi aquela banda que veio para cá e ficou famosa aqui no Chile? O aché Bahia. Diz que o aché Bahia, pelo menos até anos atrás, que foi a nossa referência, diz que eles ainda eram o maior sucesso aqui no Chile, que a galera ainda fazia show, que enchia a casa noturna. É, eu não consigo imaginar um chileno dançando a cheé com o mesmo gingado de um brasileiro, com todo respeito, mas o gingado do brasileiro é diferenciado, mas diz que o chileno pirava na Bahia. E uma coisa que a gente notou que tem bastante aqui no Chile ainda, que no Brasil já tá aos poucos sumindo. Em Curitiba, pelo menos, a gente não acha tanto. Eh, banquinha de revista, banquinhas de revista. Nem todas vendem revista hoje em dia, ó. Essa aqui tem de bastante até revista, mas algumas é só de doce, mas ainda tem, né? Você vai andando, tem bastante. Aproveitamos essa banca aqui, ó. E a gente vai comprar uma recordação aqui do Chile, que é uma revistinha do Condorito, que é uma revistinha de um escritor chileno. Essa aqui foi 2500, é uma revista antiga. A gente perguntou para ela, né? Não, são todas antigas, não sai mais. Ela falou que o escritório morreu, mas aí continuam saindo mais versões antigas da história, né? Mas essa aqui mesmo é uma revista usada já. Aí é um humor meio anos 90, meio cancelável nos dias de hoje. É aqui tá dito assim, ó. É, vai que como que pode ser isso aqui, amor? Sei lá, essa frase aqui. Ah, não. Acho que ele tá no telefone com alguém. Deve tá falando, olha as maravilhas da impressora 3D, né? Ó, já existia impressora 3D na época. E, enfim, é esse humor aqui meio meio zorra total, eu acho. Olha esse aqui, ó. A mulher bateu no carinha, falou: “Ai, desculpa, achei que era o meu marido. Ladrão, né?” E a revistinha é assim, ó. Cada página é uma historinha, ó. Aqui é a historinha da organização. Aqui é alguma historinha falando sobre inglês. É legal. É, é, é um humor duvidoso, mas eu amo anos 90, mas é engraçado. Condorito é meio que um malandrão, mulherengo assim, pelo que a gente entendeu. E aqui no centro mais uns prédios bonitos, ó. Esse aqui é a bolsa de valores. Não sei se ainda funciona como bolsa de valores ou se era antigo, mas tá ali o nome. E falam que esse relógio aqui é um dos relógios públicos mais antigos de Santiago. Agora estamos indo ali pro Palácio de La Moneda, que é outro lugar importante no Chile. Aqui tá rolando alguma coisa dos bombeiros, ó. Não sei se é treinamento. Capaz que é treinamento. Tem uma galera ali. Aqui tem um gua market. Será que o cachorro aqui late gu ou será que é por causa do Wau Market? Aí faz igual. Ah, é igual. Uau. Entendi, entendi, entendi. Ó, aqui tem uma pracinha legal também pra galera andar de patins, andar de skate. Ali a bandeirona do Chile. E aqui tem os peros policias. Olha. Ah, lá. Que legal. Vamos lá perto para vir. Ah, tem aqueles ali que acho que são de rua também, ó. A galera parece que cuida bem aqui, ó. Eles são grandões e ficam com roupinha. É. E ali tem um outro deitadinho, ó. É que ele não tá com roupinha, mas olha os perros da Carabineiros. É. Ai, vamos ali perto para ver. Coidado. Não é sempre que a gente vê um perro policial, né? Olha só ele, que lindo. Ai. Ai. Sim. Po. Ai. Ai, gandão. Ai, gordão. Ai, és lindo. Tem quantos anos? 11. Ah, oi, que linda. Muito educada. Ai, felicitações. Gracias. Acho que esses cachorrinhos já são uma atração turística. Todo mundo para ali para conversar com eles. Acho que tava todo mundo querendo ir com vergonha. Ó o outro perro aí. Tá na preguiça, amor do céu, como ele é lindo. Olha. Ai, que vontade de fazer carinho. Mas aí eu tenho um pouco de medo dele fazer. Eu tô aqui cansando. E aqui no palácio da Moneda tem mais uns perros também. Olha o labrador que gordo. Gente, eu não sei o que acontece, mas labrador tem uma tendência tão grande de ser gordinho, né? E aqui estamos, ó. Esse é o famoso palácio de Lamoneda. Foi aqui que foi palco do do golpe de estado que colocou o Pinochê no poder, um dos piores ditadores da América Latina. Esse golpe de estado aconteceu na década de 70 e foi apoiado e financiado pelos Estados Unidos. Na época, o presidente era o Salvador Alend, que ele foi eleito democraticamente aqui, só que ele era marxista. Então, Estados Unidos não gostaram, tentaram conspirar para que ele não assumisse o poder, mas ele assumiu com grande apoio da população, apesar que existia uma elite ali que não gostava, né? Porque ele começou a promover algumas reformas, começou a promover educação gratuita. Então teve uma galera que não gostou, mas ele assumiu o governo mesmo assim. Só que durante esse tempo, os Estados Unidos, através aqui do jornal que era financiado por eles, financiou aí grande propaganda contra o governo. Mas para resumir, vamos direto pro golpe aqui. Cerca de um mês antes do golpe, o Pinoch assumiu o cargo de comandante geral do exército. Ele foi indicado pelo próprio Alend pro cargo porque ele era um cara que se dizia fiel à constituição, fiel ao governo e que não tinha uma visão política. Então o por que ele participou do golpe, porque que ele comandou o golpe, é tema de debate até hoje. Muitos falam que não foi por ideologia, porque ele não tinha uma ideologia, foi mais por oportunismo mesmo. Ele para ele pouco importava qual ideologia ia ser aplicada, mas ele queria tomar o poder. E aí no dia 11 de setembro de 1973, o Alende tava aqui dentro e o exército cercou e começou a bombardear o palácio. E aí o Alend mesmo falou: “Não, fala com o Pinochê lá que ele é um dos nossos”. Mas é, não, Pinochet tava por trás de tudo. O chegou, falou pra galera se render, alguns saíram, mas o Alend ficou lá até o fim, passou uma mensagem de rádio pra população e a história conta que ele se suicidou aí dentro. A partir daí, Pinoch assumiu como ditador. E aí, para manter o controle, para manter o apoio, que que ele fez? Ah, vamos melhorar a condição aqui de todo mundo pra galera apoiar. Não, ele adotou um regime de opressão total. qualquer um que falasse mal do governo, que se opusesse ou que se desconfiasse que era de oposição, era preso, era torturado. As mulheres eram violadas, menos mesmo menores de idade. E quando não por soldados, eles treinavam cachorros para aprender a violar as mulheres. Então foi um regime de terror. Aqui, ó a vista da casa da moneda pelo outro lado. Várias bandeiras do Chile aqui. E aqui na frente uma estátua em homenagem ao Salvador Lend. E algumas flores aqui que deixaram a história. Pelo menos fez justiça do pinochê. Não tem bosta nenhuma aqui. Graças a Deus, né? Vai ter por E agora estamos no meio dessa muvuca aqui para tentar achar um estádio que serviu de prisão durante o período do pinoch. Por aqui inclusive tem que tomar bastante cuidado com batedor de carteira, né? A gente acabou de conhecer uns brasileiros ali que foram roubados saindo do metrô. Vamos. Opa. Cuidado aqui. Parece ser um bom lugar para comprar roupa. Tô precisando de uma calça. Acho que vou ver por aqui também. E é ali na frente o estádio Vittor Hara. Acho que tá fechado. Não sei se vai dar para entrar nele, mas dá para ter uma ideia. E só para ter noção sobre os batedores de carteira, a gente também acabou de conhecer um brasileiro que falaram que acabaram de ver os batedores de carteira roubando uma galerinha na parte de baixo do prédio deles. Eles estavam do lado de fora e viu a galerinha sendo roubada. Então tá bem séria a coisa aqui. Tem que cuidar com quem abre a mochila assim escondido. E também falam para cuidar com a galera de bicicleta, né? Tem as galera que passa de bicicleta ou de moto e arranca o negócio da mão. Dizem que assalto assim, alguém chegar com uma arma te roubar é bem raro, mas tem essa galerinha mesmo que pega as coisas e sai correndo. Então tome cuidado. E o estádio esse aqui, ó, mesmo. Achei que dava para ver alguma coisa, mas tá fechado. Eu nem sei se ainda serve como estádio, mas eu acho que sim. É uma quadra poliesportiva. Ali diz aqui, ó. City memória, o antigo estádio do Chile, centro de detenção, tortura e execução. Vittor Hara é esse cara aqui, ó. Esse aqui também é um cantor bastante famoso aqui do Chile. Ele era professor também, bastante envolvido com pautas sociais. Aí depois do golpe ele foi pra universidade, normalmente encontrou os alunos lá. Aí ficaram dentro da sala lá falando, né, o que que vai acontecer agora do Chile e tal. E nisso quando estavam lá, o exército invadiu e prendeu todo mundo e trouxe aqui paraa detenção. E aí enquanto tava aqui os estudantes passando e tal, alguém reconheceu ele. Um soldado falou: “Ah, você é o famoso Vittor Hara, você que defende os pobre, não sei o quê. Vem aqui então, vamos te dar um tratamento especial.” E arrebentaram o cara na porrada. Depois o corpo dele foi encontrado numa vila aqui numa acho que numa entrada de uma favela com 40 tiros no corpo e na hora acharam que as mãos deles tinham sido amputadas. Falaram: “Nossa, ele amputou a mão”. Mas na verdade depois viram que não, que os policiais tinham batido tanto, dado tanta coronhada na mão dele que a mão dele ele era músico, né? Então falavam: “Ah, aqui eu tô umas porradas, toca a guitarra aí, quero ver”. E o cara ia lá: “Ah, consegue tocar ainda? Então toma mais paulada na mão”. Isso molu os ossos da mão dele e ele ficou com a impressão de que tinha sido amputado. Aqui, ó, tem várias homenagens para ele. Ele hoje ainda é bastante reconhecido aqui no Chile, inclusive aí depois, né, sumiram com o corpo dele. Mas posteriormente teve um cortejo ali especial. Ele recebeu várias flores no caixão, enquanto o caixão do pinoché o que recebeu foi uma cuspida. E eu sei que vai surgir alguém nos comentários falar das coisa boa você não fala, né, do milagre econômico. Esse milagre econômico, se você tirar aqui a tortura, a censura, as violações de direitos humanos, a roubalheira que foi no governo do pinochê, ainda assim não sobra nada que preste esse milagre econômico que diz foi mais um surto coletivo ali que galera tentou tirar. Alguns jornalistas de caráter duvidoso criaram os dados ali, manipularam os dados para dizer que foi bom economicamente o período do pinochê. A verdade é que o Pinochê transformou o Chile num laboratório. Tem alguns economistas ali de Chicago que quiseram fazer um experimento, né, liberal, então aproveitaram aqui o pinochê deu carta branca e privatizou tudo que tinha no Chile para fazer esse teste aí com as empresas. Quer dizer, privatizou tudo, não, né? algumas coisas, por exemplo, algumas empresas que tinham prejuízo, ele ia lá e estatizava o prejuízo da empresa. Então, ah, a empresa deu errado, hein? Tá que o estado paga, não se preocupe. E eu procurei, procurei alguma coisa de boa na economia, mas não tem. Se você procura, isso aqui não é nenhuma crítica ao neoliberalismo, tá? Eh, se você procura, tem vários artigos de neoliberais, de defensores de neoliberalismo tentando justificar porque o Chile foi tão ruim no período do Pinoché. E aí, dentre as vários motivos que apontam, um deles era a corrupção, o pinoché e vários militares enriqueceram muito de maneira estranha. E também justificam aí o fato do Chile ter ficado meio que isolado, virou meio que um páia do mundo, que ninguém queria ter relações com um país tão autoritário. O único que dava moral ainda aqui era a Inglaterra, da Margaret Toucher, porque o Chile apoiou a Inglaterra no roubo das ilhas Malvinas, que pertenciam à Argentina. É, teve um tempo que até os Estados Unidos falaram: “Não, não são meus amigos, não, não sei nada desse cara, não achei não, me tira fora dessa.” E mesmo tendo esse apoio da Inglaterra, posteriormente ele acabou sendo preso na Inglaterra mesmo. E aí ele fez o que todo covarde faz, meteu o atestado para escapar da prisão, falou: “Não, eu tô doente, eu não me lembro mais, não tô bem da cabeça”. E assim ele morreu sem nunca pagar pelos crimes que ele cometeu. O bom é que o Chile não esquece história. Tem vários museus, vários memoriais para que o povo não esqueça o que aconteceu nesse período para que isso não se repita. E a gente comentou, né, que a gente viajou aqui o Chile há 9 anos atrás e a gente ficou muito tempo viajando no Chile, talvez uns três meses e a gente conversou com muita gente, a gente viajou o Chile de ponta a ponta e não teve um chileno que disse: “Não, o pinochê era legal”. Todos eles reconhecem as maldades, as torturas do pinochê. Nós conhecemos pessoas que sofreram na época da ditadura. Nós conhecemos pessoas que ficaram exiladas em casa, crianças na época que não podiam sair porque a polícia não permitia. E todas as pessoas que nós conhecemos e nós falamos, eles falavam: “Pinochê foi um ditador, ninguém aqui releva a ditadura que aconteceu diferente do que acontece no Brasil, que tem algumas pessoas que acham que não, eu nunca vi a ditadura porque não foi diretamente afetada”. Então aqui até quem não foi, vamos dizer assim, quem não perdeu um parente, quem não teve um parente torturado, reconhece os absurdos que aconteceram nessa época do pinochê. Inclusive alguns brasileiros foram torturados aqui por pinochê. também diz que o governo brasileiro inclusive ensinava aqui algumas técnicas de tortura pra ditadura do pinoché, porque o governo brasileiro era mais experiente. E quando a gente fala de ditadura, a gente se revolta, a gente se exalta, porque é um absurdo pensar na quantidade de pessoas que sofreram simplesmente por pensar diferente do ditador de um país. É isso é extremamente revoltante. E eu passei a entender muito mais sobre ditadura e dores da ditadura, justamente quando a gente veio pro Chile, quando a gente teve a oportunidade de conhecer as pessoas que sofreram. Até então eu ouvia falar de ditadura e era uma coisa muito distante para mim. Mas hora que você para, que você conversa com as pessoas e que você vê a dor e e sabe que se aquela pessoa não sofreu diretamente, ela sofreu indiretamente e você usa da tua empatia com a outra pessoa, você entende como isso é inaceitável. Agora vamos ver nesse shoppingzinho aqui se acha um moletom de frio para mim, que eu trouxe só um aqui. Daqui a pouco a gente vai pro pro sul e aí o frio vai ser bravo de verdade. Lá dentro não tinha nenhuma calça boa pro Renão, porque ele quer uma calça que não tenha, que tenha zíper e que não tenha o punho aqui. Ele gosta de calça sem o punho. Não sei se chama punho a parte de baixo na mão. Sei que é. Vamos procurar aqui fora porque aqui fora vende também. Achamos uma aqui, ó. Essa aqui custou cincão. Tem o negocinho embaixo na perna, mas é parece que ela vai mais como ela é grande, na verdade, o tamanho maior do que o Renan precisa, vai dar certo. Aqui tem uns conjuntos vendendo a 10.000. Acho que tá mais barato que Shopee isso aqui, hein? É. E a calça é boa. Ela tem esse pelinho por dentro. Acho que é bem quente. E tem o zíper aqui, ó, para evitar o trabalho dos batedores de carteira. Evitar o trabalho, não, dificultar, né? fermo que é para andar aqui, ó. Vamos cruzar aqui só para vocês terem noção da coisa. Aqui não dá nem para tentar passar. Vamos ter que ir pela rua, amor. Cuidado, cuidado. Ó, lotado, lotado. Isso aqui é nível 25 de março em São Paulo. Ó, o preço ali da tangerina tá 800 o kg. Acho que esse é barato, né? Eu acho que sim. O Chile é o país que tem fama de ser caro, mas se você souber procurar aqui, você acha coisa bem barata. Bom, andando aqui, ó. Ó, várias comidas de rua ali na frente é a estação central, mas achei que dava para chegar. É bem movimentado, bem cheio de gente. Nem sei se ela tá funcionando como estação mesmo, mas como vendedor aqui, como feira, tá tá bem movimentado. E os carabineiros estão aqui, ó, em toda parte. Aqui, ó. Chegamos na estação central. Tá funcionando sim. A gente nem sabe para que que é, se é para trem para ir pra área metropolitana, se viaja para outros lugares, se é só uma parada de metrô aqui. A gente veio para cá porque a gente tá querendo comprar frutas e verduras por um preço mais econômico. É trem trem de viagem, né, para arrancar guachilhança cidades que a gente deve passar. Interessante. É, é, a gente não sabe para onde vai depois daqui ainda, né? A gente já sabe o que vai descer. Então, dá para ver aqui como é que é o esquema. Quem sabe a gente vai de trem. Achamos aqui o que estávamos procurando. Abacate a 1000. Compramos dois abacatinho, ó. Deu três os dois. Muito barato. Vamos aproveitar aqui comprar morango também, ó. Tá mais ou menos R$ 9 o quo do morango. Acho que todo mundo quis comprar morango no mesmo momento que a gente. Pedimos 1000 pesos, vai dar mais ou menos R$ 6. E ó o tantão que vai vir por R$ 6 de morango. Gracias. Gracias. Ó, ó a vendinha aqui, ó. 3 por 1000. 1000 é mais ou menos R$ 100. Então, ó, 3 por R$ 6. Esse aqui é 60 centavos. Aqui é dois desses por R$ 6. O preço também acho que tá OK assim, né, de comprar essas coisinhas na rua. Ó, o sacão aqui de batata tá R$ 6. E aqui, ó. Olha que interessante. Tem um carro de bombeiro antigo. Olha, 1893. Tá tudo sujo, o vidro não dá para ver direito. Vamos passar aqui na frente. Aqui tá melhor. Não sei se aqui é um museuzinho. Tá fechado agora, mas a gente consegue ver aqui de fora. Que interessante. E uma curiosidade dos bombeiros aqui é que aqui os bombeiros não recebem salário. Eles são voluntários. Então o cara tem uma outra profissão e também trabalha de bombeiro. Então não é incomum você até ver às vezes na rua bombeiro pedindo dinheiro assim, acho que para comprar coisa pro departamento, comprar roupa e tal. E agora vamos dar o último rolê aqui antes que o sol se ponha. Vamos ver qual é dessa igreja aqui. A gente ficou curioso porque a torre dela é de madeira, ó. Bem diferente. Olha o perinho. Pode vir rezar também. Que legal. E não é só a torre da igreja que é de madeira, não. Queria dizer, olha em cima. Aqui tudo é madeira, tudo teto é madeira. E ela é um um pedrão, né? Uma estrutura bem bem acústica assim, junto com os detalhes de madeira. Ó, aqui antigo. A construção começou em 1572. É a igreja mais antiga aqui de Santiago e diz que é o edifício que tem ainda registro da fundação mais antigo do Chile. Podem ter outros mais antigos, mas não se sabe quando foi fundado, né? Isso aqui tem toda a documentação certinha, ó. Até o altar é de madeira. E aqui, ó, não sei se chama púlpito. Isso aqui, ó, é de madeira também, ó. Clarabóia ali. Não sei que nome tem. Eu acho que púlpito. Esse aqui de cima. Ah, tá. Esse aqui de B é aquele ali talvez seja tipo o domo, não sei. É isso. Olha, olhando assim a igreja como é bonita. Vou filmar o teto aqui desse lado também. Tudo de madeira, né? Eu acho que bom. Deve ter sido restaurado isso aqui. Deve ter várias vezes ter sido destruído por conta de terremoto e restaurado e reconstruído. Mas é um negócio que você vê que é uma madeira antiga, dá para ver que não é uma coisa nova assim. Vamos seguir por essa rua. Agora essa aqui é uma rua bem fotogênica, galera. Vem aqui bastante turista vem porque ela é bonita. Dizem que parece Londres, parece Paris, não sei. E aqui, ó, esse prédio aqui era uma sede da Dina. Aí também era lugar de tortura e execução. E a Dina era a polícia especial do Pinoch, que ia atrás aí das pessoas para prender, para torturar. Inclusive ia em outros países. Teve gente que fugiu paraa Argentina, teve gente que fugiu pros Estados Unidos e mesmo assim foi assassinado por esses caras. Aí essa rua aqui, além de dizerem que parece Londres, se chama Londres também. Então, se você quiser ver tirar uma foto nessa rua, é só procurar a rua Londres no Google Maps. Eu tava dando uma olhada em alguns blogs, né, de lugares para conhecer aqui na em Santiago. E muitos blogs, não só em português, mas em outros idiomas, recomendam aqui. Mas nenhum conta que a Dina funcionou ali. Conta que você pode vir aqui e tirar fotos lindas, mas não conta o mais importante dessa rua, que é conhecer aquele lugar. E ó, aqui tá bem fotogênico, inclusive, ó. E para encerrar a noite, viemos aqui no Parque Bustamante que tem uma pista de patins no gelo. Então não vamos ver neve nesse vídeo, mas conseguimos ver só que a pista tá lotada. Olha só. Só que funciona no inverno, obviamente, né? Mas não sei se é por ser fim de semana. Hoje estamos gravando no sábado, mas tá lotado. Olha só. E é legal aqui que a galera não sabe andar, né? A gente já viu pista na Europa. A gente tinha vergonha de andar porque todo mundo andava bem. Aqui não. Aqui pode vir sem medo que tem uma galera caindo. O Renan andou direitinho. Ele tá fazendo graça. Ó o Renan. Quem assistiu os nossos vídeos lá quando a gente estava na Europa viu o Renan anda super bem. Eu passei vergonha. Mas aqui acho que eu tô não, eu tô abaixo da média. Aqui também. Aqui eu também tô abaixo da média. A galera aqui anda bem. Vai. Tem os pinguizinhos para emprestar ali, ó. Não vamos andar porque não estamos com vontade, mas vamos descobrir o preço ali para falar. Ó, tem uma fila para brincar ali, ó. Diz que é 10.000 para andar por uma hora e se quiser o pinguinzinho para ajudar é mais 3.000. Acho legal você já sair daqui com o seu pinguinzinho, porque quando você não sabe é muito importante você ter o pinguinzinho de apoio. Fiquei triste por cobrar. Na Europa não cobrava o pinguinzinho, né? Mas era difícil conseguir um pinguizinho. Eu acho que na Europa era mais barato também, né? É, mas é assim, existe um pinguim e aí você paga mais, mas você tem a segurança que você vai ter o pinguim durante todo o rolê. E é isso, então, galera, até a próxima. [Música]