A VISÃO de RICHARD BRANSON

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Marcos, então fala pra gente, vamos começar um pouquinho assim, né, falando sobre a sua trajetória no setor espacial, como que você entrou e qual que é su seu caminho mesmo assim dentro do setor espacial. Olha, eu acho que o mundo ele ele nasce de pessoas que investem coragem e recursos para abrir portas às outras pessoas, né? Então são pessoas que eh são fora da curva. E eu tenho visto desde escritores como Júlio Verne, que já começou como pai da ficção científica literária, já pensava em submarinos antes de existir em submarinos, já pensava em foguetes antes de existir foguetes, pessoas como Santos Dumon e o próprio Richard Branson, Elan Musk, enfim, o Richard Branson, eu comecei a acompanhar a carreira dele em em 1990, para quem não sabe, né? o o idealizador da da Virgem Galátic, que tem um foguete para levar pessoas ao espaço. É um foguete com DNA 50% do turismo espacial, 50% levar experimentos. Tem um acordo lá com a NASA bem bacana, com a IAS também. E o Richard Branson, eu admiro muito esse tipo de gente, né? Alan Stassi. O Alan Stas, aquele cara que pulou com um balão estratosférico vestido de astronauta, enfim, caras que fazem coisas que realmente expandem, né, a mente humana. O Richard Branson, ele teve um um uma coisa assim que eu eu criei uma identidade muito grande com Richard, né? Tive seis reuniões, seis contatos diretos com ele em reuniões de mesas como essa, muito bacana. um bilionário dono do grupo Virgin e ele tinha um um os projetos de marketing dele eram muito inovadores, né? Então ele criou um balão que era o Atlantic Flyer e o Orbit Atlantic Flyer. Isso na década de 90. E ele queria fazer o que Júlio Verney escreveu no livro, uma volta ao balão em 180 dias. Ele conseguiu fazer um voo de balão transatlântico. O balão caiu. Depois ele não satisfeito, tentou novamente dar a volta ao mundo num balão, como no livro de Júlio Verney, a volta ao mundo em 180 dias. E aí também o balão caiu no meio do caminho, só que dessa vez no Pacífico ele quase conseguiu. Foi superado por pela família Picar, que é uma família de aventureiros, exploradores muito famosa. Para você ter uma ideia, a família Picar são os caras que chegaram primeiro na fossa Mariana, lá no com submergível. E quanto são parentes? Quanto tempo demoraria para dar a volta ao mundo com balão? eram mais de olha o deu, se eu não me engano, ele conseguiu cumprir 33 horas até o balão cair, tá? Então, como ele não cumpriu toda a rota, não sei quanto que daria, quantas horas daria, mas ele criou uma cápsula com kits de sobrevivência para ficar ali. Dependendo se caísse no Evereste, era até a equipe ir lá e e capturá-lo ali no no momento necessário, né? Então, enfim, era uma coisa para programar assim, se fosse 100 dias, ele ficaria 100 dias. E isso é muito interessante porque analisando esse contexto, né, do onde o homem quer chegar agora em Marte, imagina que a gente precisa de pessoas que estejam dispostas a morar em cubículos isoladas de tudo por muito tempo para, de novo expandir o universo pra humanidade. E o Richard Branson tinha isso na veia. Então comecei a admirar aquele cara, falei: “Meu, sensacional que ele faz. Como ele não conseguiu cumprir eh o voo de 180 dias, ele falou: “Bom, não consegui com o balão, a família Picar conseguiu esse recorde, eu já não tenho.” Então, vamos fazer um avião que dê a volta ao mundo sem reabastecimento. E aí ele criou mandou fazer construir o Global Flyer, que é um avião, primeiro avião de também de aço, carbono, enfim, com licas de materiais totalmente inovadoras para conseguir fazer um voo sem reabastecimento. E naquela época ele contratou o cara que era o Steve Fosset, que era um cara que era fantástico como eh piloto de ensaios, né, da Força Aericana e tudo mais, para fazer isso. ele conseguiu finalmente um recorde em nome da Virgin, do grupo do grupo dele. Que legal. E aí, nesse meio tempo, aconteceu ah no deserto dos Estados Unidos uma iniciativa muito interessante que mudou toda a história da Astronáutica. Existia uma competição chamada Ansari Express, não sei se vocês já ouviram falar. Ansari é uma mulher, ela, enfim, ela eraniana, mas depois ela acabou eh eh hoje hoje ela é americana, né? Ela já tá com o green card dela, tal, bilionária, foi a quarta turista espacial no mundo. Então, ela fez aquele voo com aos pra Estação espacial e ela patrocinou o Ansar X Price. O que que era o Ansar X Price? Sara X Price era uma tentativa de tirar só dos bilionários. Olha só, ela era bilionária e falar assim, ó, quero que o espaço seja acessível a todos. Uma ideia bem romântica, bem lá estilo Santos do Mon, né? Aviação e tudo mais, seja acessível a todos. E a Ansari com questa criou esse prêmio, então com o nome dela, Ansari Express, em que ela premiaria na época, em 2001, 10 milhões de dólares para quem construísse um foguete que fosse capaz de levar uma pessoa ao espaço, atravessando a linha de karma a 100 km de altitude, pelo menos duas vezes em 15 dias. Quem conseguisse esse feito ganharia o prêmio. E aí quem conseguiu fazer era um cara chamado Bert Rotan. Hum. Esse cara era um grande desenvolvedor, designer de aviões também totalmente inovadores. Inclusive ele que criou o avião que o Steve Fet voou, deu a volta ao mundo e ele criou um foguete. Olha só, de um avião experimental até um foguete. Olha que gênio que é esse Bur Rotan. Então esse cara entrou na competição e conseguiu eh fazer esse voo que ganhou o prêmio. Foram dois voos a 100 km com um piloto apenas hum ao custo de $.000 que é umaia na atividade espacial você chegar ao espaço com $.000 é é é nossa você você não abre uma esfirraria com 000, entendeu? Então, cara, conseguiu fazer um foguete e era um foguete assim de papelão, plástico, uma coisa assim, ele usou de tudo ali que fosse leve para e um motor bem poderoso para conseguir realmente esse efeito. Então, dentro do foguete não tinha estrutura nenhuma, era tudo ferragem, não tinha luxo, era uma coisa assim, eu vou ganhar o prêmio. E ele fez uma coisa que precisava ser tripulado, podia, era só para passar só o piloto. Ah, tinha que ser tripulado. Meu Deus. Então o cara conseguiu a proesa, então o Spaceip One voou isso em 2001, ganhou o prêmio da Anche Ansari, a iraniana. Então ela não só foi no espaço, pagou uma fortuna para ir pro espaço, como ainda ela deu parte da fortuna dela para financiar pequenas startups no mundo aeroespacial. Então, graças a ela, hoje existe Virgin Galatic, Blue War, existe Elan Musk. Por quê? Porque até 2001 ainda tudo tava na mão estatal. Hum. Basicamente, grandes operadores como North Trop, Gruman, eh, Poing, enfim, eram os caras que mandavam e não tava havendo inovação nenhuma na atividade espacial. Com esse prêmio, ela simplesmente ela falou assim, ó, não vai poder participar Boing do prêmio. Eu quero pequenas empresas na nessa atividade. Então ela foi uma grande auxiliar que contribuiu com esse avanço. Caramba. A partir daí, Speip One voou, ganhou o prêmio. Bert Rotan foi o cara que construiu. Tava lá de novo o Richard Banson, ele olhou, falou: “Pô, você que construiu esse foguete que ganhou o prêmio? Eu quero. Você quer voar no Spaceip One?” Não, eu quero que você constrói um para mim. Só que eu não quero que leve um passageiro, eu quero que leve seis, porque eu quero que essa conta se pague. Uhum. Então, com a visão empresarial, empreendedora do Richar Bena, ele falou assim: “Se eu comprar, mandar construir um foguete desse, der certo, eu vou voar ao espaço de graça e quem vai pagar conta são os turistas que vão pagar, né, pelo pela passagem”. Então, a visão empreendedora, né? A visão assim, ele queria também ir pro espaço. Inclusive, tem um vídeo muito antigo do Richard Branson numa ligação telefônica com a mãe no meio de um programa, tipo programa Silvio Santos. Ele tava participando ali no programa. Hã, e isso é sempre lembrado assim nos vídeos dele que a mãe liga, né, a mãe, uma senhora idosa assim, liga para ele, Richard, você tá aí? Ele tipo atende o o celular no meio do programa, não tá nem aí. O apresentador tá assim e ele tá lá com o celular. Ô mãe, tô tô no estúdio, viu? Tem bastante gente ouvindo. Richard, que mais que você quer fazer, Richard? Ele fala: “Não, quero ir pro espaço e quero que você me leve pro espaço.” O legal disso tudo, olha como o ciclo se fecha. Quando ele manda construir o foguete, ele fala assim pro Burt: “Dá o nome de Ive, a nave mãe, que Ive é a mãe dele.” Hum. para levar o foguete que vai levar ele pro espaço. Que legal. Então, o foguete que ele construiu é um um vetor espacial que vai preso a uma asa, acoplada numa asa com uma nave mãe que é a Ive, que é a mãe dele mesmo, né? e que chega a uma determinada altitude, desacopla, o foguete sobe, né, de forma exponencial e aí meio que tá ali para dar um tchauzinho. Então, cumprindo a a promessa. Que legal. Isso é muito bacana, porque a mãe dele viu isso e faleceu. Então ela conseguiu eh, digamos assim, né, mesmo que em sonhos, né, que o filho realmente acreditou nos sonhos dele e a promessa se cumpriu de alguma forma. Então, a história muito bonita e eu falei: “Meu, eu quero participar dessa história, né? Tá muito legal tudo isso, ver essa construção e ver como foi importante todo esse apoio e suporte que vem desde uma mulher que quase ninguém conhece e que foi super importante para todo o desenvolvimento espacial, que foi a mulher que abriu as portas pras pequenas empresas que estavam lá isoladas, né? Elas tinham não tinham abertura. E se não fosse essas pequenas startups, hoje a gente não teria as grandes empresas que estão realmente revolucionando, né? Como a SpaceX, por exemplo. Sim. M.

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