ADULTIZAÇÃO: SENZI, LUANA DAVICO, SHEYLLI CALEFFI E PAVIOTTI – Inteligência Ltda. Podcast #1613
0[Música] Olá, terráqueos, como é que vocês estão? Eu sou Rogério Vilel, tá começando mais um Inteligência Limitado, programa onde a limitação da inteligência acontece por somente por parte do apresentador que vos fala. sempre terá com pessoas mais inteligentes, mais interessantes e com a vida muito mais perigosa. Hoje vamos falar de um tema muito assustador, perigoso e que parou o Brasil esses últimos dias. Tá todo mundo falando nisso e claro que o pessoal esperava que a gente subisse essa pauta aqui, assim como fizemos de Discord há umas duas semanas atrás, né, de crimes digitais também e Discord. Então, ô Leni, a gente vai precisar muito da participação do pessoal com perguntas pertinentes ao tema. Então você que já tá em casa, já manda super chat que as melhores perguntas o Len vai ler, não é isso? Ele lê todas. Examente. Eu leio todas, mas só as melhores serão feitas. Então, exatamente, já começa já mandando pra gente. Vou explicar tudo aqui para vocês. Eh, Dra. Ana Beatriz, eh, eh, teve algum problema no voo? A gente tá tentando falar com ela ainda, mas não sei se consegue ainda até o final da live. Provavelmente não, porque eu acho que ela nem embarcou lá, teve problema lá, entendeu? Mas estamos tentando falar. De qualquer forma, vou apresentar daqui a pouco os convidados. Antes, Leni, pessoal, dá like nesse vídeo. Exatamente. Ó, já, já, já se inscreve no canal, já deixa seu like aí, já manda o link dessa live para todo mundo, que o assunto é muito importante. Exatamente. Todo mundo precisa estar inteirado aí sobre o que a gente vai falar hoje, que é um assunto muito importante. Exatamente. Todos os convidados estão já apostos. Todos. Então é isso. Deixa eu falar com você então em casa que também tá apostos aí. Você sabe que o Estratégia Concursos é o nosso parceiro aqui. Você tá sabendo disso, né? O Estratégia é o curso líder absoluto em aprovações em concursos públicos. 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O o o advogado dele vai explicar porque tá sofrendo várias ameaças, mas também porque não tem mais novidades além do que foi falado no vídeo e que ele provavelmente vai voltar aqui quando tiver novidades ou quando tiver mais coisas para falar. Mas o o Sens tá aqui também vai explicar melhor o que tá acontecendo com o Felca. É isso aí. Isso. Então vamos dar dar um oi aqui pro pessoal. Vou começar com a Luana, nossa amiga de vários programas aqui. Luana, dê um oi pro pessoal e se apresente. de legislação penal, legislação extravagante, preparam pessoas para se tornar delegado de polícia como eu, combater os crimes de pedofilia na internet, inclusive se você quiser combater também tem que vir para esse lado de cá, vamos juntos fazer daqui uma polícia forte, porque é um dos pontos que a gente vai conversar, porque a gente não consegue ainda, né, não estamos conseguindo refrear os crimes não só de pedofilia, mas tantos crimes cibernéticos que t acontecido. A gente vai bater um papo. Muito obrigado pelo convite e quem quiser ser delegado lembra da minha mentoria para Bela. Joel também dar as boas-vindas. Obrigado por ter aceitado o convite de última hora. A gente saiu convidando todo mundo assim que a gente soube que a Ana tava com problema para vir para cá. Então se apresente também eh Joel e você fez um vídeo também sobre o assunto há umas duas semanas. É isso. É. Boa noite, pessoal. Espero que vocês estejam bem. Eu sou Joel Paviote. Todo mundo sabe que eu trabalho com crime aqui, né? falando sobre o crime, sobre pessoas perigosas também e tal. A gente fez um vídeo sobre a utilização também na figura do dos conteúdos que o Inter Santos produzia. Eh, o vídeo voltou a bombar por conta do que o Felka fez e a gente tá aqui para debater aização, a questão da criança na internet, algoritmo, mexer com certas forças aí também, o que que acontece e tal. Vamos trocar essa ideia aí. Estamos aqui também com a Sheile. Proncei certo? Super Sheiley. Dá um oi pro pessoal, já que você é novata aqui, né? Nossa, que nervoso, gente. Calma. Está está entre amigos. Mande um oi pro pessoal e se apresenta. Oi, pessoal. Eu trabalho na internet educando sobre os riscos online para crianças e adolescentes, para todos nós, mas especialmente as violências sexuais e online contra criança e adolescente. Porque no ambiente digital, quando tem um criminoso dos adultos, ele quer dinheiro, mas as crianças não têm dinheiro. Então quando um criminoso encontra uma criança, ele quer transformá-la em um produto que ele possa vir a ter algum dinheiro. Então eu educo porque nós, a população, os pais, todo mundo que é responsável por crianças, precisa saber o que tá acontecendo para conseguir ter uma relação saudável com esses ambientes. Obrigado, seja bem-vindo. E agora chamar o advogado do Felca e também meu advogado aí, né, João Deenzi. E como ele tem um compromisso um pouco mais tarde, ele vai ficar com a gente aqui no começo até o a metade do programa e vai responder às nossas dúvidas. se apresente pro pessoal. João, perfeito. Tá me ouvindo bem? Tô. Perfeito. Eh, eu sou o João Sense, sou advogado especializado em direito digital e meu escritório hoje é focado em influenciadores digitais. Sou advogado do Felga também, como com do Vilela também, como ele falou, né? E de vários outros youtubers aí que provavelmente vocês gostam, né? E eu entrei nessa nessa causa para auxiliar o Felc. Vou explicar também daqui a pouco, né? como é que a gente tá fazendo esse esse auxílio e também produzo conteúdo no YouTube, né? O meu canal ainda é pequeno, mas quem tiver interesse pode me seguir lá também. Vamos lá, então. Eh, tem muitas coisas que eu quero falar, mas eu eu quero primeiro agradecer demais ao Felka, como eu eu disse no post que eu que eu compartilhei dele, ele foi gigante, foi um cara que não mediu esforços realmente para para falar sobre sobre Bets, né? e a gente fez um programa com ele aqui que foi incrível. E agora sobre esse assunto que com certeza, como o Joel falou, tá mexendo com forças muito grandes e por isso tá recebendo ameaças e muita gente também confundindo muito eh as a qual a motivação dele fazer isso. E eu acho que o o o João vai poder falar sobre isso também. O pessoal tá politizando muito, sendo que todo mundo deveria estar unido para combater o que ele tá combatendo, o que ele tá colocando um foco de luz em cima. Por isso que eu queria começar com a Luana para dar o contexto, né, eh, deantes do do vídeo do Felka e a importância do que ele tá fazendo, né, pelo tamanho que ele tem como influencer e usando realmente esse termo de influenciador pro bem, né, quando ele é muito usado para para de influenciar pro mal. Vamos lá, perfeito. Bom, Rogério, eu acho que todo mundo tem consciência que o que o Felca trouxe não foi uma descoberta, né? Isso existe há muito tempo na internet. Isso é combatido e era discutido há muito tempo na internet por vários influenciadores. A primeira coisa até que eu quero usar aqui é que os alguns influenciadores, né, e é por isso que eh a militância ela perde tanto credibilidade, fica lutando, ai quero crédito, quer eu que comecei a falar. Eu acho que todos nós, primeiramente, devemos aplaudir e agradecer que o Felka, com a visibilidade que ele tem, com o investimento que ele fez produzindo esse vídeo, ele conseguiu trazer uma visibilidade absurda para um assunto que já era debatido, mas não era ouvido. Então, o assunto se trata não só da criminalização de condutas que envolvem pedofilia, tá, pessoal? Não é só isso que ele está falando. Ele está falando de algo um pouco mais profundo, um pouco mais no início. Estamos falando sobre roubar a infância de crianças, né? Adultizar essas crianças, eh essa essa infância roubada por meio de excesso de postagem, por meio de engajamento, por procura, eh, de monetização, entre tantos outros assuntos, e que acaba aí desaguando em um mundo de inúmeras consequências, inclusive criminais. Então esse vídeo do Felca que assim furou a bolha, ele é importantíssimo, ele tem uma preciosidade muito grande, aonde ele não só trouxe exemplos de adotização, como ele deu nome a bois, né, vamos dizer assim, de pessoas que já eram questionadas. Ele questiona o poder público, ele questiona as autoridades, ele questiona não só isso, a sociedade, eu e você, qual o nosso papel diante de tudo isso que nós estamos assistindo? E é muito importante isso, gente. Nós não podemos olhar para um assunto tão precioso como esse, olhando por bandeiras de política, mas é óbvio que sempre vai surgir as teorias das da conspiração. A gente sempre pediu ali a proteção do Felca, o vídeo estourou, furou a bolha, trouxe consequências e espero que traga mais consequências. Boas. Pois é. eh, cerca de 30 milhões de visualizações e tão pouco tempo para você ver como é o assunto que tá na boca de todo mundo. E agora eu quero já colocar o o Senzi na no papo, né, que o Felca denunciou essas questões envolvendo menores de idades e adultização na internet. Agora quero saber da parte da lei, como que a lei enxerga essas questões, João? Perfeito, Vilela. Hoje em dia, né, essa questão de de adultização, né, não existe um crime específico previsto na legislação que a gente vai ter ali o nome de adultização, né? O que nós temos no Estatuto da Crença Adolescente são eh princípios gerais, né, da eh do ECA, né, que se a gente chama de Estatuto de Crianças do Adolescente, né, que vão garantir uma proteção integral à criança, eh, ao adolescente, tal, como, por exemplo, a questão, as questões morais, éticas, imagem, né, da criança não participar de eh questões eh vechatórias, né? Eh, e a legislação ela é interessante porque ela coloca essas pessoas, né, essa criança, eu, adolescente, como pessoas em desenvolvimento, né? Então, no momento que a gente tá ali eh em desenvolvimento, que a gente tá eh eh nesse momento de ser criança ou adolescente, como a Dra. Luana falou, né, de roubar a infância, né, ou seja, quando a gente tá nesse momento de de desenvolvimento, n nós estamos nessa etapa da vida, ela tem que ser vivida sem nenhuma inviolabilidade, sem sem que a gente tenha a nossa integridade eh psíquica ou moral. né, eh, eh, violada. Isso tudo, né, eh, tá de acordo com esses princípios da do Estatuto da Criança Adolescente. Então, não existe assim na lei, né, uma a palavra adultização, né, mas tem esses princípios gerais. E o que a gente viu, né, nesse vídeo, né, do do Felk em outros também que eu que eu tive acesso, a gente viu, a gente vê eh várias crianças eh e adolescentes, né, rebolando, fazendo poses, simulando eh questões sexuais, né, etc. Eh, eu entendo, né, pelo menos é a minha concepção, que sujeitar essas crianças, né, a esse tipo de de situação, é, viola totalmente esses princípios que eu que eu falei, né, porque você tá dando aquela criança uma característica de adulto, né, que são essas características sociais, né, uma sexualidade exacerbada, etc., né, as as crianças ali com bebida, cigarro, né? Infeliz infelizmente a gente sabe que existe um tipo de perversidade, né, de algumas pessoas que sentem esses prazeres sexuais com com crianças, né? Isso é uma realidade, a gente não pode negar, né? E a gente precisa jogar luz como o Felca fez, né? Justamente para combater. E a gente fica inclusive muito feliz que a sociedade acolheu e abraçou, né, essa essa denúncia que o Felka realizou, né? Professora Sheile, que que você tem a dizer sobre isso, sobre esse vídeo? Que que que que te pareceu quando você viu o vídeo do Felca? Você já tava eh por dentro, né, e de tudo que acontece no Discord? Que que você pode falar sobre tudo isso? Uma alegria sem fim, porque ele pautou o país em algo que a gente fala bastante, sim, há muito tempo, mas todo mundo precisa conversar sobre isso, né? A gente tem no nosso país 68 milhões de adultos que já sofreram violência sexual, geralmente na infância. E com as redes sociais, essas violências contra a dignidade sexual das crianças aumentam muito, né? Como a gente viu no vídeo dele, a gente tem essa adultização e essa erotização que acontece ali. Então eu tô muito feliz. Eu não podia falar nada, todo mundo tava me mandando vídeo. Che não vai comentar porque eu tava sofrendo ameaças e não podia. E hoje eu posso falar porque foram presas, as pessoas estavam me ameaçando. Então eu só tenho a comemorar, como a Luana falou, não importa quem sou falar, todo mundo tem que falar, não é uma competição, todo mundo tem que falar, não importa o seu eh espectro político, tem coisas, a proteção da infância precisa ser algo que tá para cima dessas discussões. Ou a gente algum consenso a gente tem que ter e proteger a infância tem que ser o nosso consenso. E o Felka veio com tudo nessa direção. Então, tá todo mundo muito feliz com esse vídeo. Luana e e professora, você falou em adotização e erotização, certo? São duas coisas diferentes. Podia explicar essa diferença, a Luana também poduder ajudar a gente? É, a tudo o que é do universo adulto vai ser uma adultização. Então, dirigir, fumar, eh, usar salto alto, já pode ser uma adultização, mas também uma erotização. Toda sexualização e erotização é uma adultização, mas não necessariamente uma adultização, é uma sexualização. Ah, tá. Isso. Perceb? Então, a gente todas essas coisas. E a gente tem que falar, ô Rogério, que como o Dr. Senzi falou, a o princípio da máxima proteção da criança, ele foi encampado na Constituição de 88. São 37 anos que nós estamos lutando contra a adultização de crianças. Desde o Corte Civil de 2002, que regulou, regulamentou inclusive o casamento civil. Para quem não sabe, até 2002, meninas de 12 anos poderiam se casar em meninos a partir dos 14, tá? 2002, eu não tô falando de 1900 e bolinha, tá? Então, a gente tá falando disso. A gente tá falando sobre o combate, que eu acho que a maioria de nós pegamos sobre o combate contra a a erradicação do trabalho infantil. São tantos aspectos de luta contra a adultização de de criança, de conseguir com que essa criança viva somente essa fase de infância estudando e se preparando pro mundo adulto. Que quando esse mundo real ele começa a ser ali combatido e as leis vão mudando, vem o mundo virtual completamente da contramão, atropela tudo. E a gente ficou assistindo parado essa duutização acontecer nas redes sociais, no nosso celular, num like. achando que não tem nada demais, achando que é só um engajamento, achando que é bonitinho, é o outro, é o fulano. Quando na verdade os riscos que estão por trás disso, é o que a Sheily falou, vai, não é necessariamente uma erotização, mas com certeza vai desenvolver aspectos psicológicos nessa criança, vai sofrer aspectos educacionais, sazionais na família, na nas relações eh dessa dessa dessa criança. Então assim, a adultização que o Felka trouxe no vídeo, muito bem, ele trouxe dois pontos importantes e que a gente acredito que vamos discutir, não só quem lucra com isso, mas também a missão das plataformas que continuam assistindo, como nós assistimos como telespectadores. E a gente precisa agora criticar e combater. João, um mau exemplo, né? Perdão. E o mau exemplo, eu peguei um dado aqui do Instituto Alana. 38% das meninas de até 4 anos de idade, veja, meninas muito pequenininhas estão insatisfeitas com o seu corpo e quase 40% das que tem entre 9 e 10 anos fazem dieta. Meninas de 9 anos fazendo dieta. Onde elas estão aprendendo isso? Onde elas têm esse exemplo? Por isso que eu acho que o vídeo dele foi tão pontual, porque é naquele cotidiano que a gente tá quase habituado a ver e acha comum. Só que isso tá influenciando toda uma geração de criança muito pequena. Eu queria colocar o o Joel no papo porque a gente vai começar a falar sobre algoritmo, né? Né, Joel? Você trabalha em rede social, você já denunciou várias coisas e quando a gente tava falando muito de Discord, parecia uma coisa muito distante para todo mundo, inclusive para mim que não usa o Discord. Mas quando o Felca começa a falar Instagram e TikTok, aí todo mundo fala: “Putz, é verdade, essas coisas incomodam eh há muito tempo as as pessoas com dancinhas, com essa sexualização e tudo mais, mas parecia que tava todo mundo esperando realmente falar quando a gente vai falar sobre isso?” E aí, eh, eh, Joel, é uma coisa que dá para lutar ou ou ou é o algoritmo é uma coisa tão forte assim que não pode ser mudado e que começa a aparecer essas coisas? Eh, tem que partir do governo, da plataforma, quem que pode fazer essa mudança além da gente fazer essa gritaria e pedir por essas mudanças? Eu acho que o o algoritmo ele parece ser um ser que não tem responsabilidade nenhuma, né? As pessoas falam do algoritmo como se ele fosse apenas uma sistemática que não fosse configurada por seres humanos ou que não tivesse uma intencionalidade. Então os caras falam assim: “Ah, o algoritmo que tá mandando, o algoritmo que envia essas coisas, o algoritmo que percebe isso e aquilo.” Se o algoritmo tem a condição de perceber o que você tá gostando de assistir e o que você vai consumir cada vez mais para ficar ali, o algoritmo também tem a condição de definir o que que é sexualização e o que que é adottização de criança e o que que pode e o que que não pode ver. Então eu acho que essa bomba que o Felka jogou, que inclusive eu até vou vou deixar bem claro aqui que quando a gente tava antes, eu já procurava bastante desse tema e queria agradecer a Sheil, a Luana, a Carla Buquerque, a Carol de Filipe, porque é uma mulherada mesmo que que vai atrás disso, tá? o grosso de quem produz conteúdo para ir atrás dessas pessoas que usam as crianças e os filhos para monetizar a vida deles e de certa forma monetizar em cima da dessa questão da fantasia. Eh, quem vai para cima deles é essa mulherada aí tá batendo forte. Então agora o Felka jogou a bomba e cabe as pessoas que estão aqui ouvindo irem conferir o trabalho que a Sheil faz, que a Glora faz, que essas pessoas fazem, porque não é fácil enfrentar esse tipo de gente e não é fácil também enfrentar o algoritmo. Todas as vezes que a Sheil tá falando de alguma coisa sobre abuso ou sexualização, o algoritmo também tá mandando pro inimigo dela isso daí. O algoritmo vai mandar pra pessoa que a Sheil tá falando sobre ela e essa pessoa vai ver que a Sheil tá combatendo ela e tá tirando de certa forma, né, o que ela gosta de assistir ou o que ela tá fazendo com o próprio filho ou que ela tá produzindo ali para ganhar esse ponto. Eu acho que a gente vai ter uma chance nesse momento de debater eh as regras que também gerem o algoritmo, que são por demais eh secretas, escondidas, eh dissimuladas. Porque veja, a adultização e a erotização de crianças, elas mantém muito a jeitinho captada atenção na internet, muito. Cri uma rede. Você viu que o Felka ele demonstrou que criou-se uma rede de pessoas compartilhando links de comércio desse de fotos e vídeos de crianças a partir desse bloco de de vídeos que o algoritmo vai mandando pras pessoas e ele vai espalhando e ele vai captando mais pessoas. Então o serviço de captação é feito pelo próprio algoritmo e isso é uma coisa que tem que ser debatido e muito e eu acho que esse é o momento da gente conseguir debatar isso daí. Perguntar pro Senzi também é essa questão que no final do vídeo o Felka e até fala quem que era era uma coisa mais pessoal dele, né, que ele tá movendo eh processo para contra aqui tá 233 pessoas, eu acho. Por que que aconteceu isso? Você pode explicar um pouco pra gente, João? Não, importante, Vilela, você ter eh tocado nessa questão, né? Essa questão ela é o seguinte. O Felca, ele quando ele tava preparando esse vídeo, né, fazendo os estudos, né, e eu sou testemunha disso porque eu tava lá, né, ele eh seguiu diversos eh perfis para fazer esse esse monitoramento, né? São perfis abertos, perfis públicos, inclusive alguns eh com milhares de seguidores, né? Tem perfil ali com 200, 300.000 seguidores, né? Aí o que que aconteceu? uma pessoa lá no Twitter de perfil, o nome era na Clara, né, chegou a postar no Twitter a seguinte e questão, né, porque o Felka segue uma menor de idade e curte vários conteúdos de menor que se sexualizam, né? E isso, né, sabe, a gente isso antes dele lançar o vídeo, só para deixar claro, né? Antes de ele lançar o vídeo, isso uns 8 meses, 10 meses, mais ou menos, tá? Tá. essa na Clara, esse perfil pega essa essa essa essa foto ali da de que ele seguia, né, essa esse perfil de eu não vou me lembrar o nome agora, porque ele seguiu vários, né, uns dois, três, enfim. Mas ela pega e eh essa foto, posta porque o Felka eh segue uma menor de idade e curte vários conteúdos de menor que se sexualizam, tá? Sendo que não é verdade que ele curtia, ele seguia, tá? Essa postagem desse perfil, né, dessa Ana Clara, gerou assim uma repercussão eh assim de não vou me lembrar exatamente, mas são milhões de visualizações, foram 5 milhões, 4 5 milhões, 6 milhões foram a repercussão foi assim, eh, extrema, né? E além dessa postagem, esse perfil ele começou a engajar, né, nos comentários. Naqueles comentários estavam começando a dar a entender que o Felco então seria pedófilo. Então, ela ficava, é para você ver, né? Então, ela ficava engajando nesse nesse eh nesse tipo de comentário. Isso foi assim um completo absurdo que aconteceu, né? E logo depois da da desse perfil fazer essa postagem, eh diversas outras pessoas, outros perfis começaram a postar diversas mensagens no seguinte sentido. Espero que o Felca se mate, ele é um estuprador pedófilo, assim, tudo nesse nível, tá? Tudo nesse nível. E por conta disso, justamente nós movemos um processo contra essa conta, né, do Twitter específica para o afastamento do do sigilo, né, a gente já até descobriu quem foi, já descobrimos o endereço lá na na Bahia, né, que deve receber aí um a continuidade do processo aí nos próximos nos próximos meses, né, e todo e todo mundo que tá fazendo esse tipo de acusação, a gente tá processando, tá? H, a gente entende, lógico, né, fazer que eu eu vejo o Twitter, eu vejo algumas críticas, né, que o Felca tá sofrendo ali. Então, algumas pessoas acab Ah, mas ele tá eh processando uma menor de idade, Ana Clara, que fez um questionamento. Então, eu tô vindo justamente também, aproveitando esse momento para explicar. Ele não tá processando qualquer pessoa, ele está processando uma pessoa que inventou uma mentira, que ele curtia conteúdos de menor idade, que é mentira. E nos comentários ela engajava, né, essas questões, eh, falando que ele, eh, seria um pedófilo ou algo desse, eh, nesse sentido. a gente entende que o Felca é pessoa pública. Eu, né, advogo para influenciadores, então eu sei que existe uma jurisprudência no tribunal que pessoa pública está aberta a críticas, né? Está aberta ao escrutínio público, né? Só que eh isso já passa de todo o limite, né? Não são não são críticas, são acusações, são mentirosas, são calúnias, né? São difamações. Enfim, inclusive eh, Vilela, eu faço até um parênteses aqui, né? Eu tenho notado, né? Como eu já divulgo há um tempo na internet ali no Twitter, as pessoas ultimamente t acusado eh os outros, né, de pedofilia o tempo todo. Tá todo mundo sendo acusado ali. É tudo qualquer coisa, ah, pedófilo, não sei o quê. Eu mesmo sou vítima disso. Eu tenho uns uns cinco, seis clientes que processam por conta disso. Então tem um monte de gente que faz campanha de difamação justamente chamando as pessoas de de pedófilo, né, o tempo todo. E eu quero aproveitar esse espaço justamente para fazer um repúdio a isso, porque isso banaliza o termo, né? Banaliza o termo pedofilia, né? E banalizando o termo pedofilia, essas pessoas estão justamente ajudando os pedófilos, né? A gente tem que lembrar que pedofilia é uma questão, é uma coisa muito séria, né? Essas pessoas que estão falando isso, elas não têm noção, né? Eu advoguei no caso do Discord, né? Em outro caso do eh eh do Kidflix, que era um um streaming, um streaming de pedofilia, né? Que a gente conseguiu derrubar, conseguimos identificar as pessoas. Então, assim, eu tenho total noção, né? Porque eu trabalho diretamente com as vítimas, né? Então, eu tenho eu tenho total noção de como as vítimas ficam. Então, quando você usa isso para chamar alguém, para xingar, de famar, enfim, eu acho isso algo assim muito sério. A gente tem que aproveitar esse espaço para também falar sobre isso, né, para as pessoas não banalizarem eh o termo. Então, ele tá processando por conta disso, né, 233 pessoas, né, que se se engajaram numa campanha de difamação, dizendo que ele estupra crianças. até eu agora tô sendo envolvido também, tô colocando meu nome no meio. Então assim, eh esse é o motivo do processo. É importante a gente esclarecer que não tem nada de de anormal em a gente buscar o direito que é dele. Lu, Luana, eh, e essa essa politização que aconteceu após o vídeo dele, porque eu não esperava isso, não esperava que todo mundo ia engajar no sentido de resolver isso de uma maneira ah, esperal. Você esperava mesmo? Eu esperava por causa da nova, dos novos rumos que a nossa sociedade toma. Eu até senti um pouco de alívio quando eu vi dois deputados federais, né? Eu acho que eu posso citar aqui, que foi o Nicolas e a Érica, os dois aplaudindo ali. Eu falei: “Poxa, finalmente, né, nós temos os dois extremos se unindo para falar de alguma coisa”. É, mas é óbvio que o discurso ele ia gerar alguma competição de lado, porque assim, querendo ou não, o assunto quando ele ganha espaço no na opinião pública, ele também vira palanque político. A gente precisa falar isso. A gente sabe que políticos vão usar do tema como palanque, assim como o usado da Maria da Pen vem usando há anos como palanque político. Então, assim, só que, pessoal, eh, a gente precisa realmente levantar uma bandeira política num assunto de proteção de criança. Será que a denúncia da Damares lá na época do do Pará, né, do pessoal lá, eu esqueço até Ilha do Marajó, Ilha do Marajó, da Ilha do Marajó, não era tão importante quanto? Sim, eu falei super bem, eu falei que era necessário. E esse assunto não é importante. Será que é importante quem fala e não sobre o que se fala? É isso que a gente tem que se perguntar. Vamos supor, se o Felca fosse uma pessoa de esquerda, eu não sei a posição política do Felca, se ele fosse uma pessoa de extrema esquerda, o que ele fala não tem importância por causa da posição política dele. Se ele fosse uma pessoa de extrema direita, não teria importância. Então, a gente tem uma alienação na comunidade como um todo de que esse assunto só me interessa ou não se se quem tiver por trás dele tem o mesmo anseio político que eu. E dessa forma a gente continua o quê? retroalimentando os discursos que só fortalecem pedofilia, que só fortalecem criminalidade no país. Porque toda vez que a gente se une para falar de um assunto sério, a gente tem um discurso num viés político para arrecadar a população brasileira para ver com outros olhos aquilo ali. Calma, não é isso mesmo, não. E aí eu te pergunto, você já se fez essa pergunta? Interessa a quem? A quem interessa falar mal do vídeo que o Felka produziu? A quem interessa falar mal do vídeo, por exemplo, que a Damares produziu? A quem interessa? É isso que a gente tem que se perguntar. Porque se você está ali diminuindo a importância de um vídeo tão importante como esse, se você tá diminuindo a credibilidade de um vídeo tão importante como esse, você tá do lado de quem nessa luta? Então essa é a pergunta que você tem que se fazer. Então, baseado nisso, ô, ô Vilela, eu eu percebi e até ficou me perguntando, eu fui olhar até as pessoas que ele nominalmente falou no vídeo e assim, a maioria tem não não consegui achar, mas a maioria tinha muito mais viés de esquerda do que de direita, as pessoas que ele denuncia no livro, no vídeo. E mesmo assim virou como se fosse uma isca da esquerda para poder regular a regulamentar as a internet. Bom, o que eu falo é o seguinte, eu não me importo qual o nome que você quer dar para esse contexto. Eu posso falar como atuante no meio, eu posso falar como policial. Se a gente não tiver como inibir bigte, redes sociais e a internet como um todo para poder punir os praticantes dessas condutas, a gente nunca vai avançar. Então, se você é de direita, você tem repulsa a falar a palavra, né, o termo regular a internet, então inventa outro nome. A gente trabalha aqui, ó, com a pedofilia, a gente trabalha aqui com massacres, a gente trabalha com o que você achar que te cabe. Se você acha que isso vai ser utilizado para para poder vedar a sua liberdade de expressão, a gente coloca lá no projeto de lei vedada utilização para que eu não importo, sabe, ô Vilela, o que a gente tem que fazer é isso. Não me importo, desde que eu consiga de alguma forma alcançar os criminosos por trás do anonimato digital, que é o maior problema hoje enfrentado pela investigação no Brasil. Quero aproveitar a presença então do do João, que ele tem tem um horário para sair também e fazer a essa pergunta em cima do que a gente tá falando, viu? eh, sense que eu tenho visto muitas muitas pessoas falando sobre a regulamentação das redes sociais e com base no, principalmente usando o vídeo que o Felka fez. O que que você tem para falar eh pra gente sobre isso? Porque eu achei injusto porque não era o intuito do vídeo e não é, né? Mas eu quero saber de você que tá com do lado dele, tá conversando com ele e passou todo esse processo desse dessa feitura do vídeo que foram meses, né? e aconselhando ele também eh eh juridicamente. Que que você tem para falar sobre isso? Perfeito, Vilela. Acho que essa questão ela foi muito importante você ter eh tocado, porque a gente tá vendo que muitas pessoas estão eh tentando, né, eh desmerecer, né, o desmerecer às vezes o vídeo, né? E eu acho que assim, regulamentação de de redes sociais, ele é um termo que pode significar tudo, como também eh pode não significar nada. É, é igual eu falar assim, eh, matar a fome, né? Você pode matar a fome de vários jeitos, né? Você pode comer um frango, você pode comer uma pizza, você pode comer carne. Então, acho que matar a fome eh está vinculado eh, né, fazendo essa analogia como regular rede. O que que significa? Tudo e não significa nada. é um termo genérico, né, que vai ter um significado de acordo com quem fala, né, mas eh independente dessas questões, né, na perspectiva do Felka, o objetivo do vídeo foi mostrar uma realidade, né, foi mostrar um fato. Existe um existe um um fato, né? Qual que é esse fato? O algoritmo ele vai sendo treinado, né? Ele treinou o algoritmo dele, ele criou uma conta, ou seja, o algoritmo, né? Esse é o fato. O algoritmo vai sendo treinado para mostrar crianças sexualizadas ou em situações eh sugestivas, né, extremamente sugestivas. Então, o próprio algoritmo auxilia e e ajuda, né, esses esses eh esses pedófilos a se conectarem com essas imagens de crianças, né? Então, isso é um fato. O Felca foi e mostrou um fato, né? Agora, o que que as autoridades vão fazer, né? O que que o que que esse fato, o que que a sociedade vai fazer com isso aí? Não cabe ao Felca, não cabe a mim, não cabe ao influenciador dizer, né? Eh eh a eu entendo que assim não cabe ao influenciador dizer se tem que existir uma lei X de um jeito X ou ou de uma forma Y, né, uma de outra forma, né? E é óbvio, né, que que os políticos estão tentando coptar essa pauta justamente para eh tentar apoiar alguma legislação do interesse específico deles, né? Nós já já sabemos que existem eh intenções, né, por trás, seja se opositor, seja o que for, mas da nossa parte, da parte do Felca, nós não estamos apoiando nenhuma legislação específica, tá? O papel do do Felca é de ser um comunicador e isso eu entendo, acho que todos aqui concordam comigo, ele foi um comunicador com maestria, ele comunicou um fato à sociedade, né? Eh, inclusive Estatuto da Crença Adolescente já é uma legislação que existe, já prevê, né, algumas proibições, né? O próprio judiciário já deu recentemente uma decisão sobre o marco civil da internet que responsabiliza a plataforma por conteúdo de pornografia infantil, que é uma decisão muito importante. Duvido encontrar alguém que seja contra nessa decisão de de responsabilizar uma plataforma por pornografia infantil. Não, até agora não encontrei ninguém que falou que é contra, né? Então, eh eh eu acho que é difícil, eu acho que a questão assim que eh retomando, né, o que tava falando de que, enfim, o marco civil da internet, tá toda criança eh do da do adolescente, né, o próprio judiciário decidiu recentemente, então eu entendo que já tem logicamente leis nesse nesse sentido, né, para tomar algumas atitudes, né, lógico. Agora, o se isso precisa avançar ou não, aí cabe as autoridades decidirem, discutir, não ao fel, né? Eu queria deixar isso bem claro sobre esse tema regulação de redes de uma vez por todas pra gente eh matar eh matar esse tema, né, dessas até às vezes teorias da conspiração. O Felka é um comunicador, ele comunicou um fato. Agora, o que as pessoas vão fazer com isso, que a sociedade vai fazer, o que os políticos vão fazer, o que vai se decidir, aí não cabe a ele, né? A gente não não encampa essa questão e de nenhuma forma, né? Nesse sentido, obrigado doutor pela participação. Sei que você tem um horário aí, tem bastante coisa, deve tá caindo o mundo aí para você em relação a tudo que tá acontecendo. Então, obrigado por ter esse esse tempo pra gente aí para para explicar essas suas questões. Obrigado demais. Eu que agradeço, agradeço o convite para, é importante, né, em nome do Fiel Cair aí também esclarecer algum alguns pontos, né, que que eu pude esclarecer aqui, a questão do processo, né, a questão eh da da regulamentação, né, que que é importante a gente deixar isso claro. Então, agradeço demais, Joel, né, a Sheile, né, Luana, você, Vilela, a Fabi, aí pelo sempre receptividade e tá caindo o mundo, sim. Muita gente chamando, muita coisa acontecendo, muitos processos chegando, muitos processos indo, então muita coisa para fazer. Então tenho realmente que ir. Peço desculpas, mas agradeço ao mesmo tempo. E agradece ao Felka, ele já mandou, a gente mandou o convite para ele, ele agradeceu. Realmente é isso que você tava falando, né? No momento, como não tem nada a acrescentar, é melhor ele ele esperar o que vai acontecer e assim quando tiver alguma novidade ele volta para falar, tá certo? O espaço aqui tá aberto como teve na época das bets. Obrigado, doutor. Até mais. Joel, a gente tá falando da dessa regulamentação das redes e o pessoal que não trabalha com internet às vezes não sabe que a as próprias plataformas tem muita regra. Se você descumprir essas regras, algumas a gente sabe, algumas a gente não sabe, mas já tem muitas regras que a gente não pode descumprir, né? colocou palavrão, colocou alguma coisa pesada, seu vídeo não vai ser monetizado ou até vai ser derrubado. Se tiver copyright, né, se você tiver usando conteúdo de terceiro sem a permissão, que que você poderia falar sobre essa regulamentação? O medo eh real, e eu entendo esse medo, também tenho o medo de uma regulamentação que possa ser prejudicial a a livre a a livre expressão, a, por exemplo, eu trazer um convidado aqui e a plataforma ficar com tanto medo do que aquele convidado possa falar que ela já de antemão vai censurar o vídeo sem saber o que a pessoa vai falar. Então, claro que tem riscos, mas algum tipo de controle tem que ter. Eu, na minha opinião, eh, eu acho que todas as pessoas que estão na rede, na, na rede, elas têm que ter, mesmo que tenha um pseudônimo, um avatar, você tem que saber com o CPF daquela pessoa, né, até para facilitar quando ela cometer crime. Que que você acha, Jó? Não, eu acho que que eu acho que as plataformas tinham que ter regras mais claras sobre as coisas, tá? Eh, eu acho que não custa nada isso é é da vida em sociedade, cara. Desde que a gente começa a viver em sociedade, a gente vai incluindo algumas regras que não necessariamente é censura ou equação. Eu não posso regivência, eu não posso entrar de sunga, eu não posso entrar de sunga num banco, né? Vai ter a regra lá, não, né? Tem tem regras nos lugares onde você onde você vai, né? Regras, inclusive muitas delas a gente é uma regra de etiqueta que é seguido pelas pessoas, é porque é de bom tom. Nas redes sociais parece que essa materialização ela acaba, né? Eh, eu costumo dizer que a falta do olho do olho, essa hiperconectividade, essa falta de materialidade na conversa com outra pessoa faz com que as pessoas acreditem que elas podem falar e fazer o que quiserem aí na internet, porque simplesmente estão atrás de um avatar. E aí eu me pergunto se em tudo na vida a gente coloca o CPF, o RG, por que que o perfil não pode colocar esse RG e simplesmente se responsabilizar pelas coisas que está falando? Eh, na rua você tem que se responsabilizar por isso. A internet são as novas ruas, né? Mas eu eu eu fico mais preocupado ainda e aí nem tô falando necessariamente de discussão sobre como será a regulamentação, mas aí eu fico bastante preocupado é com as novas gerações elas têm dominado muito mais e tem tido muito mais liberdade de caminhar pelas ruas da internet e das redes sociais do que as pessoas mais velhas que eram para est educando essas pessoas que estão andando agora. Então, muitas vezes, eh, pô, há há uma década atrás, você não deixava o teu filho da rua porque era perigoso e aí você acha que ele com o celular na mão, ele tá totalmente seguro. E na verdade pode tá acontecendo total, geralmente acontece totalmente o contrário, ele tá num mundo totalmente diferenciado ali dentro, sem legislação, sem organização, sem sem nenhuma, enfim, regulamentação. Eu nem falo estatal, mas nas próprias redes sociais que a gente não entende direito quais são as regras, o que se pode fazer e o que se não pode fazer. Se a gente quer continuar convivendo em sociedade sem ter um colapso, muitas coisas precisam ser regulamentadas. Agora a gente precisa fazer um debate honesto, um debate com muito diálogo para ver como que a gente vai fazer essas coisas, porque não vai dar mais, mano. Vai chegar um momento que vai acontecer alguma coisa, já tá acontecendo coisas muito terríveis, mas vai chegar o momento que a sociedade vai olhar para isso e vai falar assim: “Olha, sem a gente responsabilizar as pessoas pelo que acontece nas redes sociais, a gente não vai conseguir se manter como sociedade.” É basicamente, ó, quer um exemplo de como a gente não tá avançando nisso e a gente vai se ferrar no ano que vem. As inteligências artificiais estão fazendo vários vídeos e a questão é que essa tecnologia ela tá muito tá avançando muito rapidamente. Até o final do ano vai ser muito difícil ou no começo do ano que vem vai ser muito difícil a pessoa entender em baixa resolução que vídeo que é IA ou que vídeo é real. E aí a gente tem eleições do ano que vem. Imagina a quantidade de vídeos de inteligência artificial que vão ser lançadas no WhatsApp das pessoas, nas redes sociais, difamando candidatos com fake news e agora com uma prova real que a verdade vai est perdida, porque eh quem é a favor desse candidato vai dizer que é IA, quem é contra esse candidato vai dizer que é real. E aí não importa se é umaá ou se não é umaá. Cada um vai acreditar na verdade que mais lhe convém e não importa se aquilo é real ou não. E então essas faltas de regulamentações em tudo que a gente fala das redes sociais vai desembocar num conflito de ódio terrível no ano que vem, na época das eleições, por exemplo. Se a gente não se mexer agora, vai ser uma carneficina. Então, eh, a gente precisa perder um pouco de medo de debater a regulamentação das redes sociais. E, obviamente que regulamentar uma rede social não é censura, né? A gente conseguir proteger pelo menos as nossas crianças que são os nossos futuro e que não tem como se proteger, né? Pois é. Deixa eu jogar a palavra paraa Luana, que ela também tem horário. Eu queria que você tentasse então, Luana, pegar tudo que a gente falou, dar sua consideração final antes de se de se despedir aí. E obrigado também pela participação. Obrigada, Rogério. Pessoal que tá aqui comigo. Bom, eu quero só deixar alguns dados antes de ir embora, porque infelizmente não vai dar tempo de falar, mas o o Felk ele bate muito no assunto exatamente de e é importante que as pessoas entendam, ô Rogério, que ele falou da pontinha do iceberg sobre a duização. Ele não falou sobre tudo. Eu sei que tá todo mundo falando assim: “Ah, por que que ele não falou disso, disso, daquilo?” Gente, o vídeo já tinha 50 minutos, né? Já é difícil você prender a atenção de uma pessoa 50 minutos. Então ele falou sobre o que realmente dava para dizer e ele passeou, ele passeou sobre os adultos lá do podcast, né, dos adultos mirins em podcast, sobre a a dispersão da escola, né? Ele falou sobre outros pontos, falou do do influenciador, enfim, gente, não dá para falar de tudo num vídeo de 50 minutos, mas sim tudo faz parte. shows com erotização, o o tipo de conteúdo que é consumido, as músicas que são consumidos, tudo isso é debate, é assunto que deve ser falado, sim. Mas ele falou de um ponto muito importante principal que era o ponto da monetização em cima da adottização de crianças. Isso aí é muito pesado, realmente não é só o fato de que você dentro da sua casa permite que o seu filho dance uma dança, consuma uma música ou tenha uma internet. a partir do momento que você, como pai, e ele fala muito bem sobre isso, permite e ganha em cima desse processo de adotização. E a VG, a Vog, ela trouxe um levantamento nos últimos anos de quais são os assuntos que mais engajam na internet, tá? E esses dados são muito interessantes. O primeiro assunto que mais engaja na internet é chamada Momsoft TikTok, é a comunidade de maternidade. São 121,9 bilhões de visualizações em conteúdo que envolve exatamente o quê? O excesso de exposição de filhos. Muit das vezes o conteúdo da maternidade ele vem ligado ao excesso e a necessidade de exposição dos filhos, porque enquanto tá dentro da sua barriga é só a criança. Mas aí passou da barriga, já tem a criança ali eh vindo ao mundo e às vezes essa mãe não consegue desvincular do valor que ela recebia, da do do abraço da sociedade que ela recebia, entre outros. Em segundo lugar é modo e estilo. Em terceiro lugar é adolescência e tendência. O terceiro assunto que mais monetiza é o público jovem de lifestyle adolescente, música, aqueles get ready with me, né? A gente tem visto que crianças vem se preparar comigo antes de ir pra escola, né? Usando uma cambada de de dermatológicos, né? Entre outros. Isso é muito consumido também, um excesso, um overposting. E aí a gente precisa, por fim, começar a se questionar realmente sobre a responsabilidade de paz e da própria plataforma em cima desse conteúdo, né? É isso que é a discussão ali. Afinal de contas, a gente sabe que o algoritmo não é o EA, a gente sabe que o algoritmo é inteligente, que ele conecta pessoas e por que que ele não usa essa mesma inteligência para derrubar conteúdos que são denunciados e que a plataforma não derruba? A gente teve, eu vou citar, ô Rogério, eh perfis no TikTok completamente ligados à erotização da amamentação. O cara pegou um monte de conteúdo de mulheres amamentando, em que o seio ficava amostra. E aí a a própria plataforma entende que aquilo é uma um conteúdo de amamentação e não um conteúdo de erotização, quando ele só pega esse tipo de imagem com foco no seio, com foco no seios, amostras, entre outras outros conteúdos. Então aqui há uma responsabilidade civil dos pais que deve ser questionada e que deve ser ampliada. Só que, é claro, todas as autoridades públicas, elas precisam melhorar o seu acervo, seu recurso humano, fazer mais concurso, porque realmente não se dá conta da quantidade de criminalidade e de ações civis que deveriam ser tomadas nesse âmbito. E sobre a questão de adultização de criança e o quanto a criança ela é um objeto de desejo de mentes perversas, de mentes psicopatas, de um pedófilo, né, que é uma pessoa que você quer ter longe. O que eu posso falar que como delegada todos os pedófilos que eu peguei não se tratava é não se tratava de uma pessoa maluca, não se tratava de uma pessoa com cara de bandido, era uma pessoa do seio do convívio familiar, uma pessoa até amada no seio que convivia, no ambiente em que convivia. E aí eu queria dar um dado que é sobre o japonês Xingtagak, que é um pedófilo, confesso, e que o seu maior faturamento hoje é introduzir bonecas de borracha com aparência de crianças. Meu Deus. E quanto esse conteúdo ele é consumido. E é isso que as pessoas se falam. Se esse conteúdo é consumido, é porque tem quem consome. Sim, tem quem consome. E quando a internet faz um catálogo para esse para esse consumidor, que é isso que a internet faz por meio das hashtags, do algoritmo, etc e tal, é criar um catálogo. A gente desprotege as crianças e a gente tá protegando dinheiro, tá ganhando visualização, tá ganhando fama. A custas de quê? Qual é o impacto disso na vida de uma criança? o quanto essa criança queria ter sua infância repartida com os outros. Então assim, são questionamentos que a gente tem que fazer e a discussão ela vai profunda, né, ô Rogério? Porque é muito difícil investigar essas redes, é muito difícil chegar nessas pessoas. O próprio Fel trouxe algumas algumas genocas que eles usam, né, de utilizar gifs e não hashtags para serem ali ocultados. Eu já trouxe inúmeros códigos e sinais que essas pessoas utilizam na internet. Então, eh, o que eu passe importante, Lana, você acha importante falar algum deles ou não? A gente tem assim, aparece inofensivo, mas tem uma emoction do da bola de beisebol. Acho interessantíssimo. É, é um exemplo de código de compartilhamento. Então assim, eh, de que é desejo atração por menores de idade. Quer dizer, essa essa bola de beismo. Mas é claro que à medida que vai sendo descoberto, exposto, esses códigos vão mudando, né? Então assim, o que é mais importante, Rogério, que eu queria finalizar aqui, é que a internet não é lugar para criança. Eu vou falar isso pros pais. A internet não é lugar pro seu filho, nem pro seu filho ter uma rede social, nem para você ficar postando seus filhos nas redes sociais. É algo muito muito perigoso. E eu me despeço com essas minhas falas e agradeço. Obrigado, Luana. Obrigado demais. Eh, o pessoal tá perguntando por que que todo mundo tá com horário. Porque a gente teve que fazer, realmente, convidou todo mundo em cima da hora por causa da da do problema da Ana Beatriz, que ela teve embarcar. Então, realmente quebrar o galho aí pra gente e quebrar o galho de uma maneira muito boa aí com conhecimento. Obrigado, Luana. E tem que tem que voltar aqui também. Volta. Tchau. Até mais. Vamos aproveitar agora que estamos o Joel e a Sheile. Eh, a gente vai continando no assunto com perguntas aqui do chat. Pode ser? E eu quero saber da Sheili também sobre regulamentação, mas tem perguntas sobre isso também. Então, manda aí, Lene. Ó, vamos lá. O Júlio Duarte, ele perguntou aqui o seguinte, eh, queria muito perguntar para qualquer um dos entrevistados onde fica os pais nisso. Não seriam eles os maiores responsáveis e devem ser investigados juntos, como o caso do Ítalo? Quem quer responder? Pode, pode, pode ser, então vamos lá, Chelly. Os pais ficam fazendo tudo que dá, porém diante de um problema desse tamanho, é difícil que eles consigam agir sozinhos. Vou te dar um exemplo. A maioria das pessoas acha que a rede social é um álbum de foto. O Instagram, por exemplo, porque ele era, não dava nem para escrever. Se você lembrar, antigamente Instagram era só foto, podia colocar uma palavrinha ali ou só hashtag. Então isso tá na memória desses pais. Eles aí, eles tm um monte de foto lá, eles acham que é isso. Então eles compartilham ali fotos da família. Eu acompanhei o caso de uma mulher, foi preso um cara em Maricá, no Rio de Janeiro, que violentou duas crianças, uma de 2 e 3 anos, e ele foi preso e foi um choque para essa mulher, porque ele trabalhava com ela no mesmo local. E a cidade, que é muito pequenininha, 30.000 habitantes, descobriu naquele dia que ele foi preso que ele tinha uma rede social onde ele se passava por um pai de uma criança, sabe assim, perfil monitorado pelo pai, monitorado pela mãe. Aliás, saibam que isso não faz diferença nenhuma pros predadores, pros criminosos. Não significa nada você dizer, fazer um perfil de criança e dizer, monitorado pelo pai ou pela mãe. Então, o que que esse cara fez? Ele roubou todas as fotos da filha dessa mulher desde que a menina tinha nascido. E ele postava num perfil parecido inclusive com o dela. Foto dela com o pai, com a mãe, passeando, dançando, parecia um perfil de criança que ele usava para ficar amigo, pedir amizade de outros perfis de criança, né? Para ter contato com outras crianças que ele aliciava. Do momento que essa mãe viu isso e também tinham imagens de umas outras crianças da região, ela denunciou, procurou a rede social. Eh, entrevistei ela e uma advogada na época, sabe quanto tempo levou para tirar do ar esse perfil de um criminoso condenado, sendo que os pais legítimos da criança foram lá explicar: “Olha, ele roubou essas imagens do da minha filha, por favor, tire” e tal. 1 ano e 3 meses. Meu Deus, ano e 3 meses. Imagina que toda foto que você já postou da sua criança, do seu sobrinho, do seu neto, é roubada por um criminoso, porque isso pode acontecer. Então, por mais que esse pai seja diligente, e não tinha uma foto da menina de calcinha ou de fralda, que a gente não recomenda, eram fotos cotidianas de uma família, a rede não fez nada. Uma das propostas do projeto de lei, que é o bom, qual que é o projeto de lei bom? já existe, não precisa fazer uma lei chamada felca. Podem fazer, podem apilidar de lei fel. O 268, o que que ele diz? Remoção, até abrir ele aqui, remoção imediata de conteúdos ilegais. Nem isso a plataforma faz. Chegou uma hora que eu falei com essa mãe, ela falou: “Não aguento mais falar desse assunto, eu tenho palpitação, eu”. Então, os pais, eu acho que tem três tipos de pais aí. Tem os ingênuos que é a maioria que não vê maldade na rede social, porque a rede social não fala mal de si mesma, ela fala aqui você vai fazer amigos. Aqui é um lugar bacana. Ninguém diz aqui tá cheio de predador que vai atrás da sua criança, seja para consumir o conteúdo ou para comercializar. Tem os pais predadores que vão os pais que vão exploradores, né? Então, tem um ingêno, tem o explorador que sabe que criança dá dinheiro na internet, então ele vai deixar a criança lá intencionalmente ou até o adulto responsável explorador, nem sempre é o pai e vai muitas vezes explorar essa criança porque ela vem de uma condição humilde. A gente tá num país muito pobre e isso faz com que as pessoas busquem qualquer tipo de recurso. Eu tenho amigos que falam de parentalidade e se eles não mostrarem a criança, a marca não faz público com eles. Eles exigem. Eles não gostam de mostrar a criança, mas a marca exige. Então eu quero que as marcas também fiquem atentas com esse conteúdo do Felca. E a gente tem o terceiro tipo de pai, que eu até anotei aqui. O terceiro tipo de pai eu chamo de desinformado. Ele é um ingênuo, mas ele também é o desenformado, porque ele vê o conteúdo, por exemplo, do Ítalo e pensa: “Poxa, a minha filha também dança muito bem, né? A minha filha também pinta muito bem, o meu filho é um excelente jogador de futebol. Então eu vou colocá-lo lá sem imaginar o tamanho do problema, sem ter noção de que além de uma praça pública, a rede social é um local de comércio. Tudo que tá ali é para vender, é comércio. Você deixa seu filho ali para ser comercializado. É uma decisão muito difícil, né, Joel? É, mas eh acho que ele falou perfeitamente acho que ela deu uma aula e eu acho que a gente tem que fazer um processo de educação dos pais, cara. Os pais precisam ser educados. Pela primeira vez na história, a gente tem que prestar mais atenção na educação dada aos pais, do aprendizado, do que tá acontecendo, do que muitas vezes aos próprios filhos, porque realmente há um analfabetismo digital e muitos pais. Mas Che, e aí? Pode, pode, Chele. Eu agora eu vou fazer uma pergunta como pai e tenho essa dúvida a partir de agora que eu não tinha pensado sobre isso. Eu evito mostrar meu filho, mas de vez em quando eu tô aqui com ele, faço uma pergunta, ele responde e tal. Isso pode ser prejudicial também? É zero participação. Como eu saber qual é esse limite? Claro que eu não coloco ele fazendo dancinha nem nada, mas eu tinha aquele negócio, tá? tá jogando videogame, fala alguma coisa, tem uma pergunta, ele responde alguma coisa engraçada. Eu eu e vários pais devem estar com essas dúvidas agora, né? Uhum. Eu só acho que não vai ser prejudicial se primeiro ele está num contexto de família cotidiana. Vocês não estão gravando uma cena para postar. Ah, entendi. Então, nós já estamos aqui jogando videogame. Ah, eu vou registrar, né? Você é uma pessoa pública, você está junto com ele na cena. É muito mais difícil eles usarem cenas onde os adultos estão juntos. Então eu falo, não posto foto de criança sozinha. Agora se é uma cena familiar, tudo bem. Mas o que que não é bacana? Hoje eu tava falando com um rapaz que a sobrinha dele tem um canal porque ela quer ter um canal. Então fica aquela coisa, ah não, mas é que a minha filha quer ter. Não, criança quer tudo. Felca disse muito bem que você quer comer terra, você não vai deixar. Eu falei, ela acompanha, ela quer saber quantos likes teve, quais são os comentários, porque isso é uma dependência emocional que nem pro adulto faz bem. Então a criança quer saber, ah, quantos seguidores tem? Aumentou, não aumentou? e comentário que ter essa dependência da validação externa que você tem que evitar. Você fez o vídeo, postou, é tua rede de adulto, não é na rede dele. E você não vai ficar dizendo: “Olha, filho, fulano gostou, Beltrano não gostou, fulano te criticou, Beltrano diz que você é horrível. E sabe porque vai vir isso, né? A gente vê de tudo. Então, evitar se é a tua rede de adulto, quem tem que ver esse resultado de gostou ou não gostou, curtiu ou não curtiu é você, não é a criança. Porque essa dependência nela é muito rápida, ela ficar dependente de like. Tanto que tem eh eh crianças, né, adolescentes que postam uma coisa, se elas não recebem like, elas tiram do ar. É. E veja só, tem um livro novo que saiu agora, infelizmente não tem em português, que chama Careless People, tipo Pessoas Descuidadas, que é de uma mulher que trabalhou na meta durante muito tempo. E ela explica que eles sabem quando um adolescente posta uma foto, por exemplo, no não TikTok, não é a rede deles, né, mas no Facebook ou no Instagram, e depois de um tempo ela tira uma selfie. E aí o que eles fazem? manda um conteúdo de produto de beleza. Nossa, isso é eles sabem, eles sabem que tem uma adolescente ali, eles sabem que provavelmente ela tá com uma questão de autoestima. Então não é à toa aquele dado que eu falei, né, que as meninas entre 9 e 10 anos estão fazendo dieta. Inclusive um dos itens da proposta de regulação 26 28 e eu vou fazer esse link porque as pessoas falam muito mal e elas não conhecem. Então, olha só que legal, fortalecimento do controle parental e familiar. garante o direito das famílias de contar com mecanismos de supervisão parental acessíveis em português e fáceis de usar. Porque hoje para um pai zeloso que resolve dar acesso aos seus filhos, às redes sociais ou a internet como um todo, ele vai ter que baixar um family link, um custódio que é muito bom, mas é pago. O dentro da ou ele vai ter que entrar em cada coisa que o filho vai e fazer um um protocolo ali que é difícil na regulação já fala, já tem que vir o mais seguro possível pra criança. E aí você vai E aí você e você vai abrindo e aí você vai abrindo. Claro. Por que que a rede não vem fechada, que é o jeito mais protetivo para uma criança e vem aberta. Então são coisas até simples, se você for ver, a regulação não tá propondo pare tudo agora, não. São coisas que vão proteger. E tem uma coisa sobre os pais, a pergunta dele é: onde é que estão os pais? Existe uma, para mim, toda essa violência contra a infância, ela vem do mesma origem. uma noção equivocada de que criança é uma propriedade da família e não um ser humano com direitos. A gente tem que fazer um monte de lei para proteger as crianças da própria família. A gente mata criança espancada no Brasil, né? A gente tem um estupro a cada 6 minutos, geralmente uma menina com menos de 13 anos e um menino. Então não, a gente tem que proteger como ser humano. Então eles têm direito à própria imagem. A família não é dona da imagem da criança. Ela não é dona nem da criança, nem da imagem da criança, porque ninguém é dono de um ser humano. Você é responsável por esse ser humano. Então, se você pensar assim: “Poxa, eu não sou dono da imagem, será que ele quer ser exposto o meu filho?” Posso perguntar? Ele tem uma noção do que é? Ele tem a real noção de todo o perigo de se expor para ele decidir sozinho, né? A rede social é um contrato. Com que idade a gente pode assinar contrato com empresa? No Brasil? 13 anos, a pessoa tem capacidade de assinar um contrato com uma empresa? Porque aquele aceite é um contrato, um contrato de que tudo que tá ali pode ser usado por eles. Pois é, Leni, mais uma pergunta. Ó, o Maon, ele perguntou o seguinte: se o algoritmo aplica a sexualização infantil, isso ocorre na mesma proporção em todos os países ou a influência de fatores culturais, sociais e econômicos? Aí ele dá um exemplo aqui. O funk causa impacto. Quer começar aí o Joel? Cara, eu acho que eu acredito que em todos os países deve haver as instruções primárias para que o algoritmo passe para esse tipo de grupo. Todo mundo em qualquer país, expõe os filhos. Isso não é necessariamente uma regra do Brasil. O que acontece no Brasil é a quantidade gigantesca de influencers que tem o nosso país e de influencers que fazem sucesso com esse tipo de situação. Aí tem sim bastante gente. E eu acho que também tem uma questão eh da pobreza e desigualdade do nosso país e que a hora que a pessoa começa a monetizar com os próprios filhos, ela vê uma fonte de renda ali e aí ela vira escra vira escrava não, ela continua fazendo esse tipo de coisa. Porque grandes influencers também fazem isso. Tem influencers que criaram perfis para filhos que nem nasceram. É, é, é, é verdade. Tipo assim, tem o o ultrassom e tá lá o nome da criança e a criança já está vendendo coisas com a a promessa de eh vinda, de nascer. Então, particularmente, eu acredito que todos os lugares tenham, mas eu acho que o Brasil ele é um país que tem bastante influencer e tem um mercado gigantesco com isso. E a gente é um país gigantesco também, né, pessoal? A gente tem que lembrar disso daí. Mas o algoritmo ele vai encontrar esse tipo de gente em todo lugar e ele vai encontrar quem ele vai quem ele vai mandar para captar essa atenção em qualquer lugar que for. É tipo assim, eh, eu consumo vídeos de rock and roll aqui no Brasil ou na Holanda, se eu curtir alguma coisa de rock and roll, o algoritmo vai me andar cada vez mais nisso. Daí tanto que a gente tem eh fenômenos de extrema direita ou de extrema esquerda muito parecidos aqui e na Ucrânia, aqui e na Itália, aqui e na Hungria. Tem livros, por exemplo, que você lê, por exemplo, o Engenheiros do Caos, do Julian Dou, eh, e outros tantos livros que falam sobre a engenharia dos algoritmos e que eles funcionam da mesma forma, seja aqui no Brasil ou sei lá, na Austrália. Então, é é uma questão universal mesmo. É essa eh vai além das fronteiras, mas a Chili explica melhor essa situação aí. Não, eu concordo totalmente. Você vai encontrar essa exploração em qualquer lugar, mas lembrando que as vulnerabilidades se somam, né? Você vai ter mais no Brasil, mais crianças negras expostas na rede social. E tem um pouco de fator cultural. Por exemplo, nos Estados Unidos é um pouco hábito entregar um celular quando a criança faz 13 anos. Eles têm uma coisa que é weight and see weights, que é um movimento espere até a oitava série, que é mais ou menos quando ela tá ali com 13, 14. Aqui no Brasil, com 6 anos, muitas crianças já têm celular. Com do anos tem criança com seu próprio celular. Então é uma cultura diferente. Porém, cultura é uma coisa que a gente constrói no dia a dia. Tanto que no Brasil já chegou o movimento desconecta, que é baseado nesses outros movimentos, está dentro de várias escolas. Vocês podem buscar aí movimento desconecta. É um acordo que os pais assinam online, né, de entregar o celular para os seus filhos a partir dos 14 anos. Eu entendo que isso pode não ser uma realidade em várias famílias. Tanto que eu dou aula para criança de 6 a 12 sobre proteção, de 12 a 18 e para educadores. Eu essa semana vou amanhã eu viajo para dar aula numa instituição. Eu tenho uma metodologia para falar sobre riscos online com criança de 6 a 12, porque elas estão no digital. É o ideal? Não. Então a gente tem que reconhecer a realidade que a gente tá e educar todo mundo para essa realidade. E eu gostaria só de trazer um dado que ficou ão tá se falando muito entre os ativistas de direitos das crianças no mundo inteiro, porque essa semana todo mundo entendeu que o Mark Zuckerberg, que é o dono da meta, tem os filhos numa escola montessoriana que não tem tela. Então assim, ao mesmo tempo que eles estão criando aplicativos para que todo mundo estude, tenha IA, lá no pré já tem a criança usando IA, os filhos deles não tem nenhum acesso à tela. O presidente do TikTok já falou isso também. Ele falou: “Não, meu filho é muito pequeno, tem 11, 12, ninguém vai ter TikTok”. Então, tem uma coisa aí que a gente pode analisar. A gente não admira tanto. As pessoas adoram admirar esses grandes gigantes da tecnologia. Eu trabalho muito com inovação também em grandes empresas. Dá pra gente olhar mais o que eles fazem na própria família do que o que eles vendem para nós. É, as escolas, teve uma lei federal aí, né? E as escolas aqui do estado de São Paulo, eu não sei, Chelin, você é do estado de São Paulo também? Moro aqui. É, as escolas do estado de São Paulo, muitas delas já se adaptaram e estão tirando mesmo o celular das das crianças e dos adolescentes. E assim, você conversa com os professores, eles dizem que mudou muita coisa, cara. tipo o rendimento escolar, a quantidade. Então a gente tem um discurso muitas vezes que fala assim: “Ai, cara, mas você tem que deixar o celular com a criança porque ela tem que tá conectada à atualidade, as tecnologias. Mas esa aí, conectada ao quê? Você você vai o celular usar o celular para fazer uma uma conta para eh desenvolver um raciocínio lógico ou você vai usar o celular para ficar nas redes sociais, para arrumar picuí, para arrumar problema dentro das redes sociais e ficar navegando dessa forma. Então, a gente tem que começar a aprender a dosar isso daí mesmo. Eh, e se questionar assim: “Pera aí, o quanto a tela é importante ou não é importante pra educação das nossas crianças e adolescentes do ponto de vista que a gente consiga educá-los para que a hora que eles tiverem acesso à tela de verdade de forma livre, autônoma, que eles consigam ser o melhor possível e seguir esses caminhos virtuais aí da melhor forma possível. Então, eh eh o resultado que a gente tem aqui, que os professores dizem pra gente, eu dei aula em escola pública durante 13 anos, é que melhorou demais o relacionamento, as questões, a se falar, a aprendizagem, uma série de coisa. E ainda assim vai pai lá na porta da escola reclamar porque queria conversar com o filho pelo celular e falar: “Ah, como é que converso com o meu filho?” Faça igual há 10, 15 anos atrás. você liga aqui na escola, a gente chama o teu filho que tá sob custódia da gente e a gente vai e conversa com você. Então tem essa essas questões aí. Pois é, essa lei é muito importante e e eu falo assim, essa lei ela é paraa escola pública, porque eu dou aula em escola bilíngua e muita gente me chama essas escolas de rico nenhuma permitia celular livremente. Essa é muito raro. Essa lei é para que a gente tenha um pouquinho mais de paridade ali, de equidade no ensino. Ô, ô, Joel, você recebeu ameaça algum problema também quando você fez aquele vídeo sobre isso ou não? Cara, então o ô Vilira, eu até tava comentando aqui da questão do Felca, a gente que trabalha com segurança pública e crime organizado, a gente fala de muitos temas delicados, né? E sempre me perguntam se já me ameaçaram tirar minha vida, tal, alguma coisa nesse sentido. E a gente que trabalha com segurança pública, a gente sempre tem que ter na mente as coisas assim, ó. Um mercado é ilegal, ele só funciona porque há um mercado que protege ele, tá? E a gente precisa entender quem que é o mercado que protege esse mercado ilegal para poder falar sobre o assunto. A Sheily deve receber muitas ameaças de morte com uma série de coisas absurdas, porque o mercado de proteção de quem mexe com criança, de quem explora criança, é um mercado bastante poderoso de gente que é abjeta e não tem nada a perder. Mas ao mesmo tempo a gente precisa se expor para bater nessa nisso que acontece, para falar sobre isso, porque senão quem vai fazer? E aí que eu vejo a importância do Felk. O Fel é um cara gigante na internet. Ele deu uma visibilidade que a gente busca muito tempo. Eu fiz um vídeo falando nisso, achei ele trabalha com isso há muitos anos e só agora que conseguiu explodir e a gente teve aí uma semana de janela para poder comentar sobre esse assunto. E obviamente que quem trabalha com isso sofre ameaça, mesmo que seja velada. Nesse caso, se o cara for, por exemplo, nessa questão da de você denunciar a pedofilia, se você for homem, muito provavelmente as pessoas que virão atrás de você vão te acusar de ser pedófilo, de ser objeto que você tá denunciando. Isso é muito perigoso. Se você é mulher, obviamente que os caras vêm e eles começam a te ameaçar de morte, a tentar te coagir de várias maneiras nesse sentido. E existe uma coação também que muita gente não fala, mas que é acção jurídica. Tem sujeitos que foram falados nesse vídeo que já processaram muita gente e que já ganharam o processo de muita gente e que eu, por exemplo, deixei de falar coisa porque eu não tenho dinheiro para pagar esse processo. O Felca tem. Então vai muito da estrutura que você tem para poder falar de certas questões. Ô Vilela, você sabe muito bem dessa questão. Cheirinho também. E e quando entra alguém tão forte quanto o F que eu tô falando ele tem o dinheiro para bancar e ele já começa o vídeo falando assim, ó, é tudo responsabilidade minha o que eu vou falar aqui. Então é eh o mesmo jeito que se bate em seres objetos, você precisa estar muito forte para tomar essa. Eu não sei como a Sheily consegue fazer isso daí, porque realmente ela é uma guerreira nesse ponto, porque a pancada que vem de volta é muito forte. muito mais do que o crime organizado que eu trabalho. É muito maior, muito maior. Feni, ó, o Júnior perguntou aqui o seguinte: o que é mais urgente, endurecer as penas ou criar fiscalização tecnológica mais eficiente? Fiscalização tecnológica é próxima. É isso, Jô? Você nem prende os cara, nem importa o tamanho da pena. você não consegue nem pegar, você não consegue nem achar, nem prender. Claro, nossa polícia tá cada vez melhor nisso, mas todo criminoso hoje vai pro online. Inclusive esses predadores, né, esses exploradores, se se um predador, veja só, se eu tenho 68 milhões de brasileiros que foram violentados sexualmente, geralmente na infância, são adultos hoje, é 32% da população, quando não tinha internet, agora com a internet a gente prende cara que tá falando com 50 crianças ao mesmo tempo, com 300. E não importa se você é violentado no mundo presencial ou no mundo virtual, especialmente para essas novas gerações, não tem diferença. O trauma é o mesmo. Então assim, essa é minha opinião, mas deixo vocês falarem. Para mim, principalmente questões assim, eu que lido com estupro, que tem um grupo de apoio a vítimas há muitos anos, nem nem vai a julgamento, nem se pode denunciar ainda é difícil. Até esses crimes online, onde você denuncia? Pois é, onde você denuncia? As pessoas denunciam para mim. Sabe que o meu maior problema até recentemente, Joel, era ver crimes, porque as pessoas não sabendo para onde denunciar, elas mandam para mim. Então, eu já vi tudo. Eu comecei a ter síndrome do Pânico em 2023, quando eu recebi alguns vídeos assim de mães que violentavam os próprios filhos. Foi a coisa, acho que foi, foi um negócio tão indigesto e desesperador que eu não consegui respirar. Assim, eu comecei a ter problemas psicológicos por causa disso. Ameaças eu só sofri agora. Mas então eu te digo, é muito, a pessoa não chega nem a falar, quando ela consegue falar, ninguém quer escutar, começam a desconfiar da vítima. Então é uma coisa tão difícil quando, porque sexualidade é um tabu tão grande e o crime contra a criança, ele é na sexualidade ou a gente entende que vai ser na dignidade sexual dela, essas meninas que o Fel expôs, dignidade sexual. É isso que tá sendo explorado. E a gente tem um tabu de falar desses assuntos de quando eu falo de educação sexual, eu tomo hate, educação sexual na escola, rate. Então é por isso que é um, você pode ver, tem crimes que talvez sejam mais fáceis de com a robô. Todo mundo entende que roubou agora essa violência sexual. Eh, e assim sabe o que que eu acho muito muito muito me deixa muito mesma coisa comigo, tá ali? As pessoas mandam lá, ah, eu sei que picou fulano em Sapopa, São Paulo e manda. Tipo, falei: “Pô, vai procurar polícia e não é vou mandar para você aqui porque aqui não pode procurar com a polícia e tal”. Mas sabe o que que eu acho absurdo assim? eh as instituições brasileiras só terem se mexido quando só se mexerem eh e as próprias redes sociais suspendendo contas, porque agora suspenderam um monte de conta, né, depois do vídeo. Só a hora que um cara muito grande faz um vídeo, dá essa bomba desse jeito e aí os caras tiram uma coisa que você tá todo dia lá batalhando para que seja. Esse é o meu maior agradecimento. Eu sei que você falou na pergunta anterior, mas é a proteção jurídica. Quantos de nós que trabalham nessa causa, mulheres e homens, principalmente mulheres, como você falou, a gente faz muitas vezes a denúncia ao Ministério Público anônima. A gente junta toda a informação que a gente tem e manda a denúncia. Só que quando ela é anônima você não consegue acompanhar. Eu tenho várias denúncias que eu fiz nominais e eu acompanho várias denúncias anônimas. Eu já tenho, o meu advogado falou que eu posso falar que já processei a meta várias vezes porque as minhas contas foram invadidas e eles não me devolveram. Eu só recebi minha conta de volta quando eu levei cartazes pra frente do prédio onde fica o escritório da meta aqui em São Paulo. Eles não recebem as pessoas, mas eu fiquei lá igual uma idiota, com o meu cartaz na mão, até que os advogados deles ligaram pro meu e pediram para eu sair de lá para me tirarem de lá. Eles falaram: “Não podemos, ela está com uma crise emocional. Não, não consigo dominar minha cliente”. Eu falei: “Não consegue mesmo, só saio daqui com a minha conta na minha mão”. Porque eles estavam dando golpe em pessoas que já se vulnerabilizaram, já contaram para mim coisas, por exemplo, sei lá, que o avô estuprava a filha, que já sofreu violência, eu tava desesperada, as pessoas também. E aí eles para manter uma reputação me devolveram a conta em 2 horas. Então é um negócio assim, é outra coisa dinheiro para combater isso. E não é função do Felca, é como o advogado dele falou, ele é um comunicador. É função do Felca, não é minha função, não. É função do Joel, não. Da Carla, da Leiliane Rocha, de todas as mulheres maravilhosas que fazem esse trabalho, não. Mas ao mesmo tempo sim, é de todos, cada um na sua medida. Todos deveriam se mobilizar, porém principalmente de quem faz lei, principalmente dos políticos, a sociedade civil se mobiliza, as escolas, os pais, mas a gente precisa de lei e de fiscalização, porque se não fiscaliza, como é que e os caras demoram 1 ano e 3 meses para tirar do ar perfil de um pedófilo que já está condenado, preso, que explorava crianças também no online e não aconteceu nada. É. E e assim, eh, tem esse lance de cair à tua conta, né, cara? Quantas vezes eu publiquei alguma coisa relacionada a seja crime, a organização, há há denúncias em relação a a pedófilos também. E de repente o Instagram tira do ar, a plataforma simplesmente tira do ar falando que eu tava fazendo alguma apologia ou que eu descumpri as regras. Então, tipo assim, quando você consegue dar visibilidade pra coisa, os caras você fica a mercê também de ser derrubado. Então, você fica se perguntando todos os dias que essa luta ela vale muito pela questão do bem que você tá fazendo pra sociedade como formiguinha, mas você fica olhando para cima e falando: “Nossa, quantas forças eu tenho que lutar contra para conseguir fazer esse trabalho”. Agora que o Felk conseguiu fazer esse vídeo, pessoal, se engaje com os influencers menores, com as pessoas que são engajadas com isso e crie uma rede, um mercado de proteção para essas pessoas. As ilegalidades elas só acontecem porque existe um mercado de proteção. Os bicheiros só são famosos, só fazem sucesso porque eles corrompem polícia. Eles têm dinheiro para fazer um sistema de corrupção em torno deles. O que a gente precisa é que vocês protejam pessoas como a Sheili, pessoas que que fazem toda essa essa corajosamente fazem todas essas denúncias, toda essa essa tentativa de proteger crianças que é muito difícil de se fazer. Quando a gente começou a trabalhar com o Discord, cara, eu tinha comecei a ter os primeiros contatos com os crimes do Discord, que eram crimes principalmente contra meninas muito novas que aconteciam dentro de salas eh lotadas de de outras pessoas, pagando para ver conteúdo absurdos de meninas se mutilando, fazendo e eh tirando vida de animais, bebendoicidas, coisas absurdas. Eu tomei um susto absurdo daquilo. Falei: “Cara, mas isso é só o começo pra gente bater nisso daqui”. E aí você vai lá o mistério, por exemplo, e a gente tem uma rede de derrubar esse. Rede que derruba esses perfis e que caça essas pessoas. Mas se a gente caça 20, no outro dia tem 30 pessoas ali e a rede social emite uma nota falando assim: “Nós estamos cuidando do ambiente virtual e qualquer coisa que a gente for acionado a gente vai tirar. Meu amigo, você ser acionado para tirar uma coisa quer dizer que aquilo já tá acontecendo dentro do seu espaço.” Então é muito difícil você batalhar nesse ponto porque é muita coisa contra, né? uma muita coisa tentando te combater. Len, ó, tem uma pergunta aqui do Hunt Family. Ele tá dizendo se existe uma relação com a questão da baixa renda e que e que necessariamente é tá muito aberta essa pergunta, não dá para entender, né? Eu vou pedir para ele mandar aqui alguma complementa. Vou vou mandar aqui. Falei é porque eu falei da vulnerabilidade, né? Que as vulnerabilidades se somam. Então, as crianças mais pobres, pretas, que já sofrem sempre, vão sofrer mais. As famílias mais pobres vão sofrer mais. Eu já vi caso de um monte de mãe que explora os filhos na internet, eu vou falar mãe porque era a mãe a a atora, a atriz principal dos vídeos, digamos, né? a pessoa quer aparecer a mais, mas certamente talvez com o pai, com a família toda explorando. Mas as pessoas denunciam muito mais quando é uma família pobre, porque como o Joel citou, a gente tem grandes influenciadoras dando esse mau exemplo, explorando seus filhos, só que elas têm advogados, elas têm dinheiro, elas têm maneira de se proteger. Então, sim, do mesmo jeito que a maioria das meninas estupradas no Brasil é negra e com uma renda mais baixa, isso também vai pra internet. A diferença na internet é que a gente tem também muitas eh ela tem que ter algum acesso, então você pode aumentar um pouco essa renda, mas também a gente tem uma diferença no crime, especialmente no discórdia. Aí se inverte. Existia um perfil de adolescente que ia pro judiciário, que era esse perfil do jovem de baixa rena em situação de vulnerabilidade, geralmente por furto, alguma coisa ligada ao tráfico. Isso quem explica muito bem a juíza Vanessa Cavaliere, eu já entrevistei ela. E agora você tem um menino de renda mais alta que comete crimes como esse do Discord. Então, perfeito. Essas duas coisas tm a ver com renda e acho que pode ajudar na resposta. A Vanessa realmente é uma juíza, né? culta da vara da criança do adolescente de menores infratores lá da da do Rio de Janeiro. Ela realmente ela tem falado nos últimos tempos que o perfil do do menor infrator ele tem mudado, ele tem mudado para um perfil de classe média que está dentro da internet, né, que está atuando nas redes sociais, geralmente com tortura, com estouro virtual e esse tipo de coisa. Mas a gente tem a grande vulnerabilidade de do país ser um país muito desigual, país muito pobre, onde uma grande quantidade de pessoas está jogado em bolções de pobreza e que o estado não chega nem para educar. E essas explorações muitas vezes acontecem dentro de casa e essa pessoa não tem uma rede de proteção para tirá-la de dentro de casa. Ela não tem uma rede de proteção para cuidar dela, para enfim. E e aí é isso, né, Chile? Quanto mais o país é pobre, maior a quantidade de pobre sofrendo. Ítalo. Enquanto o Ítalo demora anos, quanto a gente já denuncia isso há anos, demora anos para cair a conta dele, teve uma mãe, a filha dela dançava forró e a menina gostava de dançar e a mãe achava que ela era um talento. Em todos os vídeos que a menina estava dançando, a mãe estava junto. E aí aconteceu uma situação lá, todo mundo denunciou. Gente, caiu o perfil dessa mãe em horas. Não durou um dia caiu o perfil dessa mãe. Só que aí eu fui, gente, a mãe era super zelosa. Ela fazia o melhor vídeo possível. A menina sempre bem vestida. Não era, ela não tinha uma intenção. Você via que não tinha, diferente dos vídeos que a gente viu no vídeo do Fel com uma intenção de sexualizar. Pelo contrário, a menina tava com roupas de menina novinha, ela mas ela estava dançando. E claro que isso atrai pessoas ali. Caiu em horas. O do cara leva anos para cair. Se não tem uma diferença financeira aí, que diferença que é, né? E e a e para você ver, né, que o Ítalo tinha mais seguidores do que o Fel nas redes sociais, mas muito mais quando até vamos falar aí que daqui a pouco ele manda processo para mim também, mas a vida é essa. Eh, quando me me falaram do Ítalo, eles disseram que, cara, é um cara que ele tem um reality show com adolescentes. Eu pensei que seria alguma coisa relacionada a a, não sei, cara, ajudar adolescentes, por exemplo, com uma cesta básica ou alguma coisa de educação e tal, alguma coisa nesse sentido, sabe? Eu já fui pobre, eu tô ajudando, pô. Mas aí eu vi que era um monte de moleque dentro de uma casa, de menina dentro de uma casa e uma gandai, todo mundo dançando. E e aí tem uma cena que tem duas meninas deitadas e ele chega com celular assim e fala: “Ah, vê os seios novos que a menina colocou”. E aí, tipo, a menina tá com silicone e obviamente que aquilo cria uma atenção sexual. E na hora que eu vi aquilo, eu falei: “Meu Deus, eu senti, eu senti uma coisa muito ruim assistindo isso. Eu não quero assistir mais, eu não quero ver, não quero ver mais isso.” Tanto que daí quem fez o roteiro foi a Adriana, né? Que trabalha comigo, que é minha sócia. E ela fez o roteiro porque eu não, eu vi, eu senti uma coisa muito ruim, sabe? ele vendo aquilo e pô, até esses dias atrás tava aí, sei lá, até anteontem acho que tava funcionando o perfil dele e nitidamente essas crianças, esses adolescentes uma naturalização, é uma naturalização desses comportamentos. Assim, eu fiquei muito feliz. A Felca, eu tenho que te agradecer especialmente porque muita gente foi me mandando vídeo, eu tava sem poder comentar por causa das ameaças, mas eu recebi o vídeo de adolescente da minha família, gente com 15, 14 anos que me segue, que falou assim: “Olha as coisas que você fala, porque ninguém vai seguir uma tiazona que nem eu, eu falo com os pais, o Felca fala com outra geração e a geração entendeu, não só entendeu e talvez pela primeira vez tenha percebido, poxa, talvez isso não seja legal, talvez essa roupa que eu usei, esse comportamento que eu tô tendo, colocar esse talvez não seja seja legal. Então ele falou com uma geração, eu recebi de gente com 14, com 15, com 13 anos. Teve uma menina que me mandou disse: “Você viu o vídeo do Felca? Como eu dou palestra nas escolas, eles me conhecem, muitos me seguem, mas não, eu não falo com eles, não é o meu foco. O Felca fala: “Ô Gelie, aqui, aqui perto da aqui perto da onde eu moro aqui na quebrada, o o cara tava aqui os caras falando aqui: “Ô, você viu aquele alemão lá? O alemão fez um vídeo [ __ ] né? Tipo assim, eles nem sabem o nome do Felcou de lemão, mas tudo cai na boca desses caras que tá no boteco, quer dizer que o negócio estourou a bola, coisa absurda. Você viu o lemão de cabelo comprido lá, mano? O lemão falando das crianças na internet, tem que tomar cuidado com as crianças na internet. Então, se você chegou no homem comum, num pessoa comum ali, eh, essa preocupação, então quer dizer que deu uma estourada muito boa na bolha. Mas hoje ele também tem, nossa, eu vi uma tentativa de esvaziamento disso puxando pro lado político partidário que é embaçado, né, cara? tudo na internet vai acaba indo para esse lado, né? Eu vi só um pouco disso hoje, mas já aconteceu comigo de determinado vídeo meu. Eu tenho maior cuidado do mundo, porque não importa se seus filhos estão numa família que é de direito ou de esquerda ou de centro ou de qualquer extremo, eles vão ser estuprado igual, né? A gente vai ter seis em cada 10 mulheres brasileiras estupradas. Então eu não quero saber, então eu busco não falar disso. Eventualmente, por exemplo, esse PL, eu acho que é um senador de direita que criou, porque ele era delegado, né? E ele trabalhou com crimes digitais e com crimes contra criança. Então é muito bom, é muito bem feito. É o Alessandro Vieira. Não é maravilhoso. Eu estudei o negócio de cabo a rabo aqui. Fal bom, está bom. Todo mundo apoia. Instituto Alana, todo mundo trabalha com isso, apoia, fala: “Tá bom, então eu vou apoiar”. Então é triste por quê? E aí vem, olha, gente, quando a gente entende isso, a vida muda. O elemento das redes sociais, o modelo de negócio de todas as redes sociais é a violência. O pano de fundo é a violência. El, se você não brigar e discutir ali dentro, eles não ganham dinheiro. Então, deixar a gente odioso, com raiva, sempre que eu faço um vídeo com denúncia, todo mundo vai lá e comenta, ele bomba. Mas não é o vídeo que eu mais gosto de fazer. Eu gosto de fazer o vídeo orientação, o vídeo educativo. Eu não consigo fazer isso em 30 segundos. Não dá. Mesmo que eu seja rainha da oratória, em 1 minuto e meio, como é que eu vou explicar um conceito para uma pessoa? Então, a violência é o modelo de negócio. Quanto mais a gente consome redes sociais, a gente tá na mão de quatro empresas que estão dizendo como as pessoas vão pensar e se relacionar. E aí eu vou dar uma provinha, porque estudando cyber bullying e treinando professores em relação a isso, para como lidar com isso, eu encontrei uma reportagem maravilhosa que falava de violência contra professores em sala de aula. Começava com a história de uma professora na Coreia do Sul que se matou depois de ser xingada numa sala de crianças pequenas. Aí tinha um exemplo do México, tinha uma pesquisa do Brasil e vários exemplos de professores sofreram violência no Brasil, desde professora que toma facada pelas costas, como a gente viu, mas professora que tomou vassoradas e o vídeo foi parar na internet, enfim, eh, na Europa, em dois países e na França. Aí eu pergunto para vocês que estão aqui, meus parceiros aqui no dia de hoje, para vocês que estão nos ouvindo, o que é que tem a ver mesmo sem você estudar educação, a educação da Coreia do Sul, da França, da Espanha, do México e do Brasil. Nada. Absolutamente nada. Como é que os índices de violência contra professores estão crescendo em todos os países de forma alarmante do mesmo jeito? O que que é igual entre os adolescentes que estão indo à escola em todos esses países do mundo? Vou deixar vocês responderem. Não é educação. Nem o jeito de colocar as cadeira na sala de aula é igual. Onde é que eles estão aprendendo esse comportamento? A odiar o outro, a brigar, a ir para cima. Onde é que esse comportamento tá sendo ensinado? De forma balizando o comportamento de todo mundo igual. Tinha competição no TikTok de bater em professor e postar. Nossa, isso era uma trend. Então, tem um negócio ali, a rede social, ela vive da violência. O modelo de negócio não é só um modelo de exploração de dinheiro, é o modelo da violência. E eu tô lá, olha que hipocrisia, falando de educação. Eu tenho que usar esse modelo violento para tentar falar de não violência. E é muito complexo, é muito difícil. Len, eh, ó, o André, ele perguntou o seguinte: “Por que alguns casos ganham repercussão nacional e outros passam desapercebidos?” Às vezes é a cor da pele. Ai, desculpa falar isso, mas é que eu me irritei tanto esse ano com a questão do desafio do desodorante. A gente teve uma menina que morreu em Brasília, vítima do desafio do desodorante. Eu acho que ela tinha 8 anos ou 10, agora não tenho certeza. Eu fiz vídeo sobre isso e ela morreu vítima desse desafio do TikTok medonho que tá há anos aí que a gente já perdeu um monte de gente, já temos 56 vítimas de desafios online. Tem um instituto no Brasil, o Instituto de Me Cuida, que só trata disso. 30 dias antes, em Pernambuco, tinha morrido outra menina de 11, tipo dois ou três anos mais velha que essa. A repercussão foi mínima, enquanto essa menina, todo mundo se comoveu. Qual é a diferença entre as duas? Eu ponho a foto de uma e a foto de outra no vídeo que eu fiz. Tenta adivinhar a cor da pele, a situação financeira e a condição social. É, infelizmente nós somos um país extremamente racista. E vou te dizer, não, de nove em cada 10 escolas de instituições nas quais eu dou aula, porque desde escolas públicas particulares que me chamam para dar palestra a CESC, SES SENAC, né, nove tem casos de nazismo, apologia ao nazismo e apologia ao neon nazismo. As as ameaças que eu recebi e tinham adolescentes e jovens dentro desses grupos, tinha duas coisas eh que chamaram atenção. Uma era pedofilia não é crime, como você diz nos seus vídeos, é arte de enganar uma criança. E pelo amor de Deus, cuidem para não fazer um corte disso. Isso é o que os colocaram na ameaça que eles mandaram para mim. E aí eles me davam um prazo para eu tirar o meu perfil do ar. E a outra coisa que eles colocaram no mesmo e-mail, eles fizeram uma análise do meu rosto e disseram que eu não era branca o suficiente, que eu era uma missigenação. Por isso que eu estava fazendo. Eu não era de uma raça pura. Esse isso é o que existem adolescentes e adultos acreditando nisso no nosso país. Então, pra gente não falar só de tragédia e desculpa, já eu fui aqui, né? Ai, perdão. Eh, o que que a gente pode fazer em relação a isso? O que que a gente faz em relação a isso? A gente precisa conversar. A gente tem que chegar antes da rede social. Você tem que falar sobre sexualidade, educação sexual e respeito à sexualidade do outro, ao pensamento do outro antes da rede social. Você tem que chegar antes, enquanto família, pai, tio, tia, primo, professor, a gente tem que chegar antes porque senão eles vão acreditar. A gente tem muitos adolescentes acreditando em supremacia branca, supremacia masculina, casos de misogenia em todas as escolas, violência contra meninas na sala de aula. A gente tem que chegar antes porque a rede deseduca. A rede social não educa. E eu não sou contra tecnologia. O nosso problema é rede social, não é tecnologia. Tecnologia é bacana. Eles têm que aprender a usar tecnologia. Então nós temos que chegar antes. Conversem sobre isso que a gente tá conversando hoje. Tipo, conversa em casa, sabe? Mesmo que o adolescente esteja naquela fase que ele não quer falar com você, você enche o saco. Você vai dizer: “Quero saber o que você sabe sobre isso”. Já ouviu falar, né? a gente vai ter que forçar essa conversa porque a coisa tá tá forte, tá grande e é no país inteiro. É, a hipercolividade tirou um pouco dessa questão da educação emocional, né? Eu fiz um vídeo esses dias atrás e a gente coletou alguns casos de adolescentes infratores que cometeram crimes edos. E cara, assim, o que a gente reparou muito era que eram crimes que eles cometiam, crimes ediondos, por não aceitar frustração. Então, por exemplo, teve um menino que matou a família inteira porque o pai não queria deixar ele ver a namorada e ele e a namorada tavam conversando sobre isso. Teve um outro caso da menina que colocou fogo no apartamento porque não queria mais ficar cuidando das duas dos dois irmãos pequenos, né, menores. E e a forma dela resolver isso foi colocar fogo na casa com as duas crianças. Teve o caso de uma menina aqui que aconteceu aqui perto da Nicole também, que eh ela foi atraída pelo ex-namorado, que ainda era namorado dela de certa forma e e o namorado já tava com outra menina e aí mataram a menina, picaram e jogaram na lagoa. E aí eles escreveram PCC nas costas da menina, eh, porque ele não não terminou com ela e aí jogou no Rio, na lagoa. Então são crimes que edionos pesados, com conteúdo violentíssimo, intermediados pelas redes sociais, porque tudo foi pensado e bolado dentro das redes sociais. E, cara, eh, que tem como motivação, segundo os próprios adolescentes, é a frustração. A frustração, mas também aí eu vou só te complementar, é esse essa dessensibilização à violência. Tem uma pesquisa, eu não vou conseguir achar ela agora, mas se vocês procurarem, procurarem aí para que Dark Web se existe o TikTok, o nome da reportagem é essa que vai citar essa pesquisa, acho que é da Fest Company. Lá alguns repórteres se disfarçaram de adolescentes e começaram a usar o TikTok e eles não curtiam nada. Eh, perdão, eles não postavam nada, eles só curtiam o que aparecia para eles, assim, só viam o que tava aparecendo. Em 12 dias eles estavam vendo assassinato, coisas extremamente violentas. Porque isso é oferecido. Aí uma amiga minha não acreditou, ela falou: “Não acredito, Chile, vou fazer eu uma conta e vou ver o que que eu vejo se eu disser que eu sou um menino”. Então ela botou que gostava de carro, anime e sei lá o que que adolescentes, meninos gostam. Só para ver o que aparecer. E não postou nada. Ela só foi rolando, né? Scrollando. Eu fiz um vídeo mostrando tudo que ela viu. Era ostentação, primeiro conteúdo, violência, armas, apologia, arma, violência de modo geral, tipo dizendo que quem merece morrer e quem não merece, quem é o bom, quem é o ruim. Esse conteúdo bem redpill também. E conteúdo contra mulheres, misogenia assim disfarçada de meme, porque é assim que eles captam as crianças e os adolescentes, né? Então, ai, capacete de mulher é panela de pressão, essa coisa de esquentar a barriga no t, coisas assim bem eh horrorosas contra a mulher e até bem clássicas assim de ofensa contra a mulher. Imagina que você, se você passa algumas horas do seu dia vendo isso, como que você vai estar sensível ao que o outro pensa? A a achar que o que o outro pensa é importante, que ele tem relevância? Se o discurso para você é, você é mais importante que todo mundo, você tem que ser machão, você tem que brigar, homem forte é isso, né? A cara quadrada com não sei o quê. Claro que vai dessensibilizar todo mundo. E e me impressionou, e talvez até você saiba mais, Joel, você falando desses crimes, ficou muito na minha cabeça. Um que foi aqui no litoral de um rapaz que matou a família e e teve um outro que agora eu não me lembro onde foi, que até tinham dito que era por causa do pai não deixar usar o celular. Depois viram que não era isso, mas me espantou porque ele matou a família, foi cuidar da vida dele e depois ele liga pra polícia e diz assim: “Eh, então matei a família”. E isso aconteceu em outro caso também. É, então porque eles só conseguem pensar até o momento da morte, porque é o que tem no jog no joguinho. Você mata as pessoas e elas desaparecem, né? Os bonequin você mata ele. Você não tem que lidar com consequência nenhuma. Você não vai lidar com aquele corpo apodrecendo ali, com você tendo que passar por ali com todas as consequências. E eles de repente fica evidente nas ligações que eles mesmos fazem, tipo, eu não fazia a menor ideia do que eu ia fazer depois, eu só fui até esse raciocínio. Nossa, muito louco. Isso é verdade mesmo. Esse caso aí do litoral, o moleque mata a família, ele dorme ali, né? Ele vai passear, depois ele dorme, aí ele liga e fala assim: “Ah, eu matei a família, tem que vir buscar o corpo aqui e tal”. Numaidade impressionante que até os tiras mais antigões, né? Acharam assim: “Cara, a gente nunca tinha visto isso, o que aconteceu”. mata todo mundo e não tem que lidar com as consequências. É, pode crer. Len, ó, tem uma pergunta da Flávia aqui. Ela ela diz o seguinte: “Como garantir que denúncias contra esse tipo de conteúdo com menores não sejam ignoradas e engavetadas?” Quem quer responder? Ah, é não é aqui. Pergunta de 1 milhão de é dólares, reais, euros. Cara, eu o nosso país ele ele ele ele care ele carece muito de eficiência nas coisas, cara. Sempre falta um um efetivo, sempre falta estrutura. Eh, paraa investigação, a polícia tenta fazer, tenta eh prender, mas parece que não vai. Não sei. Eu trabalho com segurança pública. Você faz a denúncia, você denuncia, você denuncia, você não denuncia. Muitas vezes não vai. Tem os casos também, né, Chelie? Porque que acontece na casa? Eu trabalhei, eu trabalhei em escola 13 anos da minha vida, cara. Muitas das meninas que tinham coragem de chegar ao ponto de denunciar, elas já estavam sendo estupradas há muito tempo dentro de casa. Muitas vezes, olha, olha que loucura isso. Isso é uma coisa que a gente tem que problematizar também. Muitas vezes a a pessoa só tem a noção de que ela foi abusada quando ela assiste uma palestra de alguém na escola. Ixe, quantas vezes eu não vi isso. Assiste uma palestra de escola e a pessoa fala assim, ó, não pode tocar aí que isso aí é é abuso, é estúpal. Aí, cara, dá uma hora depois da palestra, você vê uma criança chorando, você leva ela pra diretoria e ela começa a contar para você o que acontece. Aí é o seguinte, o diretor ele não tem escolha, ele tem que denunciar. E há muitas escolas que o diretor prefere deixar quieto isso, porque ele tem que levar todo o processo pra frente, pra polícia, tudo e depois tem que ir lá e testemunhar e tal. Então, em muitas escolas isso acontece também. Então, tem muita gente que também não quer se comprometer com o direito das crianças, tá ligado? Como a She falou, é como se ela fosse propriedade privada. É como se ela fosse propriedade privada da família dela e falando assim: “Ah, não, eu não tenho responsabilidade em relação a isso. Talvez ela possa estar inventando.” Tem gente que faz isso, né? Tem gente que fala assim: “Ah, ela pode estar inventando porque você tenta tirar a responsabilidade de você e colocar”. Então, tem todas essas essas nuances aí, né? Lembrando que a gente tem duas leis, né? A gente tem a lei Menino Bernardo, que obriga todo profissional que lida com crianças a denunciar violência ou suspeita. Você não precisa ter certeza, gente. Às vezes a pessoa fala: “Ah, eu não vou denunciar porque eu não tenho provas”. Você não é polícia, você não tem que ter provas. Você tem que denunciar a suspeita. Você não precisa esperar algo acontecer e provar isso. Você tem que denunciar, nem que seja anonimamente no disk. E a lei em riborel, mais recente, agora, acho que é 2022 ou 23 a lei, que qualquer pessoa tem que denunciar, é obrigada. E se você for um parente consanguíneo e não denunciar esse abuso, seja violência sexual, violência física, eh mesmo com essa desculpa de que a educação é violência física e é crime, só pra gente evidenciar, bater em criança é crime. É, você é obrigado e se você for parente consanguíneo, sua pena é aumentada em três vezes. Porque a gente tem que obrigar as pessoas a entenderem que não se batem em crianças. Até a violência física. E a violência física e a violência sexual são violências. Muitas vezes quando eu falo de violência sexual todo mundo fica espantado. Meu Deus, que horror violência sexual. Aí você fala que não pode bater em criança. Não, mas veja bem, é só para educar. Eu apanhei e não morri. A, a gente adora relativizar a violência. Você apanhou, não morreu, mas agora a lei não vai bater, né? Você vai denunciar. E muitas pessoas escrevem para mim falando, muitos professores dizendo: “Olha, está acontecendo isso. Eu já falei com a diretoria, diretoria não fez nada”. Então, eu recomendo a vocês, porque aí estoura num lugar mais fraco. Você falou aí das polícias, eh, de profissionais que não querem levar adiante, mas tem muitos que querem, muitos que querem. E às vezes isso coloca o emprego deles em risco, coloca a credibilidade deles na cidade pequena em risco. Então esse professor que quer, ele pode fazer a denúncia, nem que seja anônima, né? Buscar ele o conselho tutelar e avisar que a escola não está fazendo o que deveria. Mas toda a escola tem que ter um protocolo. E assim, meu sonho é que a gente tenha lei. É obrigatório a pessoa ter um curso de prevenção ao abuso sexual se ela vai trabalhar com criança. Não tenho curso. E curso todo ano tem que fazer de novo. Eu administrei um teatro aqui em São Paulo. Eu era obrigada, era como era um espaço público, a fazer o curso de brigadista todo ano, né? Você tem que renovar aquele curso de brigada de incêndio. E quando que tem um incêndio? Uma vez na vida, outra na morte. Eu tenho um estupro de criança a cada 6 minutos no país e quem trabalha com criança não sabe o que fazer nessa hora, não sabe identificar, não sabe o que fazer. Se não é uma vontade da escola, né, principalmente escolas de fora que tem salvaguardas e decisões assim, não se tem curso, não se tem preparação dos funcionários. Então eu preciso saber se essa criança tá sofrendo alguma violência. E eu consigo saber até se essa violência é online ou não, porque o trauma é o mesmo. Eu consigo perceber o comportamento da criança. Então a gente precisaria lei, gente, que lei que Sheily sonha com uma lei? Ó, vou aproveitar esse podcast de grande visibilidade. Qual é a lei? Educação sexual e de prevenção ao abuso obrigatório em todas as escolas, começando por todos os funcionários. Não tem curso de prevenção ao abuso, não pode trabalhar com criança. Chell, Shelly, deixa eu só fazer aqui uma um um uma parte aqui que o pessoal tá revoltado contigo por causa do videogame. Só deixando claro aqui que ela está falando sobre os pais controlarem isso, né? Que o videogame em si não é bom nem mau. Não é porque o cara joga um jogo de tiro que ele vai sair atirando aí. Então só deixar claro isso. Fazer esse disclaimer. Calma. É, o pessoal tá revoltado aqui, né? A gente tem muita pesquisa que mostra, a gente tem eh Ludô, a gente tem o vício em jogos online, que é um vício muito presente por causa da dopamina. Isso pode acontecer, isso é um problema que a gente tem que lidar. E tem muitas pesquisas que mostram que não existe uma ligação direta da violência física com a violência que acontece no jogo. Existem muitas pesquisas que mostram isso. Já tem outras pesquisas, mas existe mas existe controle, mas existe um controle parental, né? Existe eh jogos que é a idade, né? Temado para jogar, se tem alguém acompanhando, qual é o comportamento que essa criança e esse adolescente? Nós não estamos falando de adultos, tá gente? Sim, eu sei que a maioria que tá nos assistindo é adulto. Não se compare com criança e adolescente que tem tá com cérebro em desenvolvimento. Então, o que é que eles estão jogando? Se é paraa idade deles, tudo tem idade recomendada. Então é bom que se siga isso. E é muito raro que sigam vocês que jogam. Gente, eu tenho muito amigo que joga e que joga jogos muito violentos e eles sempre me contam, inclusive tem gente que faz vídeo sobre isso, que eles encontram crianças pequenas ali, que eles encontram, eles vêm pela voz que é uma criança pequena. Eles fazem vídeos denunciando isso. Então é que idade tem, como é, se tem orientação ou não, como é que a gente conversa sobre esse jogo e qual é o comportamento que a criança tá desenvolvendo, se ela tá dependente desse jogo ou não. Pois é, só deixa claro isso assim. A She também falou, cara, na verdade o ponto principal é que quando fala de videogame daí também dá dá um foco muito forte, né? Mas ela falou do fato da dessensibilização por conta da hiperconectividade. Eu tô entendendo que os adolescentes eles perderam a noção de materialidade e peso que é cometer um crime contra uma pessoa. Matar alguém para alguém dos anos 90 que não viveu essa situação é um crime completamente idondo que você fala assim: “Olha, tirei a vida de uma pessoa, vou ter que lidar com o corpo, com essa morte, com tudo isso”. Aí essa dessensibilização que ela tá falando do ambiente de ódio que acontece, faz com que talvez esses crimes aconteçam com um menor grau de consciência eh e de peso da consciência dessas crianças. E aí esse ponto que ela fala sobre os corpos ali, ela tá falando do ponto específico de você matar e não saber o que fazer com aquele corpo ou não entender que aquele corpo é a materialidade do seu crime, porque dentro de um videogame esse corpo desaparece. É apenas uma percepção. Eu não tô, eu não vi a Sheily falando que o videogame é a culpa do moleque tá matando os outros, entendeu? Tudo bem, a internet faz isso, né? A gente vai entendendo, pegando o que que tá vendo, tá tudo certo, gente. A questão é que onde é que a gente está aprendendo a ser violento e onde é que a nossa sensibilidade tá mudando. Eu tava lembrando outro dia, Joel, a primeira vez que eu vi uma cena de guerra na minha vida, eu tava no cursinho, eu tinha uns 14 anos, hoje eu tenho 43. Eu tava no cursinho e um professor conseguiu umas imagens, eu não tinha acesso a isso, eu não via jornal, eu acho, não tinha, que era de um sniper atirando numa pessoa que tava correndo para tentar salvar uma outra pessoa da família. Até hoje eu lembro daquilo de tão, tão horrorizada que eu fiquei. Eu tinha 14, 15 anos, chocada assim, passada e tinha uma outra imagem, sabe essa imagem de corpos todos mortos um ao lado do outro, que a gente tem de guerra? Aquilo foi algo que me deixou. Eu nunca tinha visto aquilo na minha vida. Com 14 anos, 15 anos ali, eu tava chocadíssimo. Eu entrei com 16, com 15 eu tava ali chocada. Hoje, com que idade alguém vê essa imagem? Com todas, porque a gente tá vendo uma guerra ao vivo, por exemplo. Nós estamos vendo guerras ao vivo na nossa frente. A gente tem toda a tecnologia, não para acabar com a guerra, mas para ver ela ao vivo e não conseguir fazer nada. Será que isso não d sensibiliza? A pessoa não naturaliza, não é que é natural. Será que não dá um tom de que isso sempre acontece, de que é assim, de que a gente não pode fazer nada? Uma das coisas que eu mais ouço dessa geração mais nova é: não tem o que fazer. É assim, a política é assim, não podemos fazer nada. Tal coisa é assim, não podemos fazer nada. E a gente é muito importante, cada um de nós. Não importa se você não é o Felka e tem 200 milhões ou se você vai falar falar durante anos como eu e como várias amigas minhas e ninguém vai ouvir, vai ouvir aquele núcleozinho de pais que é muito interessado no assunto. É muito importante. A gente não faz uma mudança cultural só com uma pessoa um dia, pro Felca chegar e falar isso e tudo ser ouvido, já tinha uma cama para ele deitar que agora vai segurar ele e vai dizer: “Cara, é isso mesmo. A gente tá vendo, a gente sabe o que que é”. Então, saibam que cada atitude importa. Não tem nada que não importa. Então, o tempo que a gente fica, como a gente orienta os adolescentes, qual é o nosso comportamento, porque tem muito adulto que segue criança, que curte, porque acha a criança bonitinha, não sabe nem Eu falo assim, se você sabe se essa criança que apareceu nas suas timeline está viva agora e em segurança você consegue afirmar? Se você não consegue, não curte, não compartilha, nem assiste. Você não sabe. Você não sabe nem se ela tá em cárcere privado, você não sabe nada da criança. Então, toda a nossa atitude importa. E eu queria muito deixar esse recado para vocês. Não é porque duas pessoas, “Ah, não, mas eu nem tenho rede social, Chile”. Fala lá na igreja, pede um espacinho pro seu pastor para comentar sobre essas violências e que os pais podem ficar mais atentos, sabe? Todo lugar é um lugar e toda pessoa é importante para falar sobre esse assunto. Vamos então, Len, para a última pergunta aí. Vamos lá. Ó, o Henrique mandou, na verdade, duas perguntas em uma aqui. Ele falou o seguinte: “Como separar liberdade de expressão de crime quando o assunto é conteúdo envolvendo menores? E a sociedade está normalizando demais a exposição de crianças ou ainda existe um limite claro?” Quem quer falar? Partic. Pode, pode liberdade. Vamos tentar achar um exemplo prático. O que que seria liberdade de expressão? Coloquem aí nos comentários uma frase que vocês acham que é liberdade de expressão ou uma coisa que seria liberdade de expressão. Vou tentar. Eu eu dou aula de comunicação não violenta também, né, nas empresas. Então, vamos tentar. Liberdade de expressão. Joel, quando você diz tal coisa, ó, você postou um negócio lá, eu falo: “Poxa, Joel, eu discordo disso porque na minha experiência assim, assim, assim”. Acho inclusive que essa sua opinião, inclusive eu já fiz isso com o Joel, não fiz? Já, já da Marina, posto, porque eu é uma coisa que eu estudava muito e eu escrevi pro Joel, falei: “Joel, adoro o que você faz”. Porém, nesse aspecto, eu acho que essa comparação não é válida por causa disso, diz disso. Liberdade expressão, Joel, você é um babaca. Ofensa não é liberdade de expressão. Xingamento não é liberdade de expressão. Xingamento, ofensa, difamação. Isso tá na lei, inclusive, né? Outro dia eu postei um vídeo de um promotor falando que quem falar mal dos outros num grupo de WhatsApp vai responder juridicamente. Aí as pessoas cadê minha liberdade de expressão? Não, mas você quer liberdade para falar mal de uma pessoa? Isso você não fala mal. Eu não chego aqui na cara do Vilela e fala: “Vila, você é um idiota”. Isso não. Aperta a campainha. Aperta a campainha de alguém e e fala: “Eu quero falar um negócio de você.” Aí tem que lidar com as consequências, cara. Não, acho que rola uma confusão, né? Ou eu digo, eu posso dizer, vamos lá, fulano é ladrão, que é isso. As pessoas geralmente querem brigar porque querem chamar, sei lá, o Lula ou o Bolsonaro de ladrão. Geralmente a conversa vem aí, né? Eu posso dizer, fulano foi condenado por tal coisa. Eu posso dizer isso. Se isso é um dado público, eu posso falar. Agora, fulano não merece isso nem aquilo, ou ele deveria morrer ou sei lá. Isso não é liberdade de expressão. Conseguimos pensar em outra. Alguém mandou aí uma sugestão pra gente analisar? Eu eu não vejo que é tão difícil assim de analisar o que é liberdade de expressão e o que não é. Em relação à exposição de criança, que que é liberdade de expressão, né? A pergunta foi aí, mas sei lá, o o Vilela com o filho dele mostra que eles estavam jogando videogame ou ele faz uma festa de aniversário e posta uma imagem da festa de aniversário com todo mundo. Liberdade da família tá se expressando. Que que é abuso dele em relação a fil? Que que ultrapassa a liberdade de expressão dele ali dentro da casa dele? Algo que viole qualquer direito dessa criança, né? a gente pensando ela como um ser humano, qualquer direito dela, ele tá colocando ela em risco de uma de alguma forma de predadores virem atrás dela. Ele precisa pensar nisso, pensar que ela é um ser humano com direitos e ele não pode violar o direito dessa pessoa. Eu dou um exemplo que é assim: digamos que eu sofri um acidente, não consigo mais me locomover e preciso usar fralda pras minhas necessidades básicas ali. Não consigo ir ao banheiro sozinho, uso fralda. O Joel, meu amigo, ele bate uma foto minha e posta eu de fralda na internet? Não, né? Ninguém vai fazer isso. Por que é que ele posta uma foto do filho de fralda e posta na internet? Qual é a diferença? Ah, mas as pessoas falam: “Ah, mas com criança é natural”. Gente, é um ser humano com direitos. Ele está na intimidade da casa dele de fraldinha correndo para cá e para lá. ou eu, tem gente que gosta de andar só de calcinha em casa, então eu posso bater uma foto que é natural para essa pessoa. Percebe quando você compara com um amigo seu, com uma outra pessoa, você consegue ter mais dimensão se aquilo faz sentido ou não. É, e assim, né, ô Chelie, a gente tá conversando aqui também e eh são é muito difícil fazer esse debate porque são muitos casos e a gente pode pensar um caso que é uma liberdade de expressão tranquila. Por exemplo, o Vilela está com o filho dele jogando videogame. Pô, agora, quando é um uso sistemático da criança no reality show, quando é o uso sistemático da criança aparecendo em situação vestiatória, gente, é muito é é bom. Ou ele fez isso como públ e é trabalho infantil e a gente não sabia, né? Tipo, então tem tem nuances que a gente não sabe, mas eu acredito que a pergunta dele foi mais nessa coisa direta, porque o medo da regulação tem a ver com essa coisa, né? Xingamento, ofensa e difamação é crime. Não importa se é na internet ou se é presencialmente. Daí a pessoa diz: “Mas e se for verdade, né?” Uma vez ele fez assim: “Você chamar a pessoa de feia? Sabia que chamar a pessoa de feia não é uma liberdade de expressão? Porque é a sua opinião. Opinião você guarda para você. Ah, então então pera aí, pera aí. Eu vou então o seguinte e me chamar de velho. Aí o pessoal que trabalha comigo aqui de operadores vão ser processados aqui, principalmente o Fábio, né, que escreve o resumo aqui. Exatamente. Então tá certo. Ô Fábio, cuidado aí, Fábio. Ô Lene, é isso. Tem mais perguntas? É isso aqui. Foi agora com vocês. Eu tenho uma pergunta aqui que eu não sei se tem a ver, né, sobre o Roblox, né, que o cara mandou agora, né, Helen? É exatamente o aqui falando, Roblox pode ser um problema relacionado ao tema do podcast. Muitas crianças em um jogo online com chat/Voz em jogos feitos pela comunidade. Meu filho joga Roblox tem 8 anos de idade. Que que você tem para falar sobre isso, professora? Que o Roblox é o anjo da pedofilia. O quê? É pedófilo está onde a criança está. Inclusive eu já estive no Sof by Salf, que é um festival de inovação no Texas. em 2023 eu estava lá e teve uma palestra onde o pessoal do Roblox estava lá junto com o pessoal de Nova York para lançar um produto para escolas. E eu fui falar no final com a diretora de desenvolvimento e eu falei: “O que que vocês pretendem fazer em relação à quantidade de pornografia que tem no Roblox? As pessoas colocam os bonequinhos para fazer sexo e postam isso? Como o que que vocês vão fazer?” Ela disse para mim: “Não podemos fazer nada. A internet é assim”. Ô louco, eu fiquei meio engasgada com o meu inglês que é meio macarrônico. E um rapaz disse assim, um rapaz que me ouviu, ele falou: “Mas vocês não tm nenhuma ação, nada?” Eu eu achei que eles iam ter uma resposta institucional do tipo: “A gente evita, a gente bloqueia, a gente apoia organizações”. Ela disse simplesmente: “Temos que tornar as crianças consumidores mais conscientes.” As crianças consumidores conscientes, ou seja, nós não vamos fazer nada. O o Roblox é muito famoso pelos casos de pedofilia lá dentro. Se você digitar Roblox, pedofilia, tem um pedófilo que ficou famoso e foi preso agora pelos jogos. Ele criava o jogo para atrair as crianças, porque qualquer um cria um jogo lá dentro. O foco do Roblox é ter a maior quantidade de jogo possível, ser a maior plataforma em quantidade. Então a segurança não é o foco. Claro que eles são muito pressionados e existem ferramentas lá nas configurações que você, pai e mãe, pode usar. Nossa, o que eu recebo de denúncia, de print de pessoas tentando assediar as crianças no Roblox, olha, é, é realmente muita coisa. Mas, ah, então meu filho nunca vai jogar. Vai com você do lado dele, vendo qual é o jogo, se alguém tá tentando falar com ele, fechando nas configurações a possibilidade de alguém acessá-lo. O chat pode ser fechado, pai, mãe. Quando eu Instagram todo mundo, ah, não sabia. Então, se vocêações, explicar, só para explicar, ele fica com os amiguinhos da escola e o primo, assim, por exemplo, no mesmo jogo e ficam trocando ideia lá. Só que tem mais gente, né? Além deles. É. Então você tem que e você vai ter que orientar com quem ele pode falar. Você tem que vocês têm que contar pros filhos de vocês que jogam que existem adultos que se disfarçam de criança, que eles não devem conversar no jogo, principalmente crianças de 8 anos, com quem eles não conhecem. Ah, entrou alguém no jogo que não é o meu primo, o meu coleguinha da escola, você para, você chama, você me chama, né? O pai vai lá e bloqueia, muda eles de sala, muda eles de jogo. Eh, acompanhe, porque é muito rápido. Eu tenho áudios e no Free Fire, áudio de um homem assediando uma criança de 6 anos que tava jogando. Você ouve ele falando: “Oi, que você tá fazendo?” E eles são muito simpáticos, eles são muito fofos. Vocês têm que contar isso para as crianças. O a pessoa que vai, o criminoso, ele não chega como um homem mal do desenho animado. Pelo contrário, eles são amorosos. Eu vou usar essa palavra nem com aspas, porque é assim que eles são. Eles vão dizer: “Oi, que bacana”. Nas redes sociais eles vão dizer: “Gostei muito de você, posso te seguir?” Ele não chega assim, me manda uma foto de cueca pro seu filho. Não vai ser assim. Vai ser uma pessoa que vai se disfarçar de amigo, ao ponto de às vezes você descobre e ele tá tão amigo que o seu filho vai brigar com você e vai falar: “É, meu amigo, como que você não vai deixar eu falar com o meu amigo?” e é visivelmente um adulto se passando por uma criança. Então o que combate esse afeto que eles vão usar para aliciar a criança, que é como a gente chama esse processo de conquista da criança, é o seu afeto. Você tem que chegar antes. Você tem que contar. O saber vai proteger. Eu falo que conhecimento protege. Então você precisa explicar. Não fale com estranho mesmo, porque às vezes a criança fala: “Não vou falar com você” e já vai dando chance pro criminoso ficar falando com ela. Então é não falar mesmo. E eles entendem. Eu dou aula paraa criança de 6 anos, de 8 anos sobre riscos online. Você explicando, eles entendem. Fala: “Ah, entendi.” Então eles vão tentar me enganar se desfazendo de meu coleguinha. Entendi, professora. Pode ser que ele esqueça amanhã, por isso que a gente precisa falar todo mundo, né? Mas já diminui o risco. E falar sobre as partes íntimas que ninguém, se você já ensinou a criança, eu falo que não adianta educação digital sem educação sexual, porque o crime vai ser na sexualidade da criança. Então, ele tem que saber quais são as partes íntimas. que ninguém pode tocar além do pai, pai e da mamãe, enquanto ele não puder se cuidar sozinho, né? O próprio pai e a mãe podem explicar pra criança, eu só estou ajudando você a se limpar, a tomar banho, porque você ainda não faz sozinho, porque isso é da sua intimidade. Então, dêse educação sexual, porque daí vai ficar mais fácil no joguinho se alguém falar qualquer coisa de intimidade, mandar uma imagem de pessoa sem roupa, falar de namoro, todas essas coisas são intimidade. A gente não compartilha com pessoas estranhas. Lembra que a gente já falou? né? Eu conversei com o menino de 8 anos que foi aliciado num jogo online e ele veio me contar depois de uma aula que eu dei ele me disse, eu era, ele era meu amigo e ele me pedia fotos, mas não das partes íntimas, professora. Mas às vezes eu tava sem camiseta jogando, ele pediu uma foto, eu fazia uma foto, ele era meu amigo. O cara foi preso, ele tava falando com 50 crianças e ele tinha foto de todas elas, inclusive desse menino. Só que veja, o menino entendeu tecnicamente que o cara é um criminoso e foi preso, mas ele ainda sente falta do amigo. Pois é. E pro cara construir essa amizade com ele, não foi uma vez jogando com ele, entende? Então, infelizmente, pais, vocês têm que ficar muito em cima. E isso é quase inviável. Por isso que regulação é importante, porque eles poderiam, tem uma conversa estranha, o próprio site já manda um alerta grande pros pais. A tela fica vermelha. Chame seu pai. Chame seu pai porque tem uma coisa acontecendo aqui. A cada x tempo que a criança tá ali no TikTok ou em qualquer coisa, fala assim: “Você já ficou tempo demais aqui, pausa de 30 minutos, não pode jogar mais para evitar aquele vicie naquele comportamento, sabe? Chama is mil coisas podem ser feitas se eles quiserem fazer e eles não vão querer. Então a gente vai ter que pressionar. Então é isso, é ver nas configurações, limitar chat, limitar a chamada de voz e todo tudo isso daí pros pais, né? Em todos os jogos. Em todos os jogos. Agora é a hora, senhora e senhor e todos e agradecer a todos vocês. Considerações finais, redes sociais e agradecer demais o tempo de vocês. Joel. Bom, galera, obrigado pela por estar com a gente até agora, né? A gente foi chamado aqui meio no pote salva vidas. Pois é. E aí a gente vai acudir no Vilel aí como é que dá. Os amigos sempre estamos aí. Tô te devendo. Pode chamar quando precisar aí também, viu? Relaxa, pô. Eh, muito bom estar com você. Tá chili te encontrar pessoalmente aí. Já te sigo. Você me segue, a gente troca umas ideias. Eh, siga a sua mulher. Eu não vou nem dar minhas redes sociais, sigam ela, porque é muito importante o trabalho que ela faz. Eh, e uma boa noite para todo mundo aí, ótima segunda e vamos seguir as pessoas certas aí, rapaziada. Eh, teu canal, fala seu canal pro pessoal se inscrever lá. Aí coreografiahistória @joelpaviote. É nós. Fechou contigo. O meu é @shili, só que minha mãe foi criativa, então é s h e ll li. Escrevemos certo aqui no no no título, então copiem como tá no título do podcast que vocês não têm erro aí. E eu falo muito desses problemas e de como a gente proteger os nossos filhos e se proteger, né? E tem muita gente que faz coisa legal. Então eu falo principalmente no Insta, mas tem muita gente bacana. Inclusive eu tenho um vídeo lá com várias ativistas que a gente fez junto para que as pessoas não fiquem apavoradas também com a tecnologia. É como você vai fazer tudo é como, né, gente? Como a gente vai acessar? Adapte pra sua família. E lá nos meus links, eu tenho uma coisa que eu chamo de acordo de geladeira, que é um acordo que você imprime bem antissugamento, você vai achar um lugar para imprimir e vai fazer um combinado tanto com as crianças quanto com os adultos, quanto com os idosos de como é que a gente vai usar a internet aqui. A gente vai usar nas refeições, vai pro quarto o celular ou não vai? Antes do café da manhã, vale pegar o celular ou não? para todo mundo, não vale uma regra só para adolescente e você fica lá pendurado. A gente tem que ser exemplo, não tem jeito. Então você adapta pra sua família, não precisa seguir aquele. Mas lá eu acho que tem os pontos principais que uma família precisa conversar em casa. Tudo na escola vamos fazer, vamos fazer lei, vamos fazer tudo, mas em casa você vai ter que conversar. E não é como quando nascem os bebês que você fala uma vez e deu. Você vai ter que falar sempre, uma vez por semana, duas vezes no mês. Vai lá conversar sobre o acordo. Tá funcionando, não tá? Que que tem acontecido aí no mundo digital de todo mundo? Assim, vocês cuidam uns dos outros, combinam senhas, porque hoje em dia, gente, tem muito ataque do digital para todos da família, né? Não é só só para criança e adolescente. E estamos junto. Vamos nessa. Juntos a gente pode construir um ambiente digital mais seguro e ético para todos. Iremos, a gente tem vários programas aí sobre o tema com Joel também, alguns deles. Então, procurem aqui na nossa na nossa playlist, não é, Leni? Total. Obrigado demais a vocês. Obrigado ao pessoal que tá com a gente. Dê aquele like. legal com a gente agradecer aos nossos patrocinadores, né? Exatamente. A estratégia aí estratégia concursos que tá aí com esse manual para se dar bem nos concursos públicos em três passos. Link na descrição que é reconha na tela, assim como de Insider também, né? Exato. Use as roupas da Insider com 15% de desconto com o nosso cupom. Exatamente. Ainda dá tempo de dar presente pros pais ainda com a com a Insider ainda. Verdade. Verdade. Correr ainda. É, não me deram nada. Eu ganhei só uma cueca que era já minha. Feliz dia dos pais nessa semana. É exato. Então, obrigado demais, Len. É contigo aí. É isso aí, ó. Se inscreva no canal. Se você não deu like nesse vídeo, corre que ainda dá tempo de você dar like, aproveita, já se torna membro lá também. E para provar que você chegou até aqui, que que escreve nos comentários? Escreva aí: “Protejam as crianças”. Protejam as crianças nos comentários. Fiquem com Deus. Beijo no cute. Tchau. E que bom que vocês vieram. Valeu. As opiniões e declarações feitas pelos entrevistados do Inteligência Limitada são de exclusiva responsabilidade deles e não refletem necessariamente a posição do apresentador, da produção ou do canal. O conteúdo aqui exibido tem caráter informativo e opinativo, não sendo vinculado a qualquer compromisso com a veracidade ou exatidão das falas dos participantes. 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