Alguém detonou uma arma nuclear e não sabemos quem!

0
Share
Copy the link

alguém detonou uma arma nuclear e não sabemos quem é isso mesmo em setembro de 1979 o satélite americano Vela 6911 captou sobre o Oceano Índico dois picos de luz separados por alguns milissegundos o satélite foi treinado a identificar explosões nucleares e ainda hoje quase meio século após o fato ainda não houve identificação de autoria por meio de nenhum governo afinal de contas quem apertou o botão era o final dos anos 70 a Guerra Fria ainda dividiu o mundo a África do Sul estava sobre o regime do aparta que lutava para se manter no poder com as sanções impostas pelos outros países o governo israelense mantinha a postura de não confirmar e nem negar desenvolver armas atômicas e Estados Unidos e União Soviética negociavam o tratado Salt 2 com o objetivo de limitar os arsenais os dois países inclusive junto ao Reino Unido já haviam assinado o tratado de proibição limitada de testes nucleares o TLT em 1963 esse tratado proibia que testes com armas nucleares fossem feitos no espaço exterior na atmosfera e até debaixo d’água quem o a assinasse só poderia fazer testes subterrâneos e apesar do potencial de desenvolvimento nuclear de França e China nenhum dos dois países seria o autor o projeto Vela começou como uma pesquisa de baixo orçamento lá em 1959 e ganhou força devido ao seu potencial de fazer o monitoramento sobre a União Soviética está respeitando ou não o tratado de proibição limitada de testes nucleares os norte-americanos construíram 12 satélites seis no projeto Vela Hotel que identificavam explosões nucleares no espaço e seis no projeto Advanced Vela que além de identificar as explosões nucleares no espaço deveria identificar se houvessem explosões na atmosfera eles eram compostos por sensores chamados bunters capazes de detectar a curva de luz em dois picos características de bombas atômicas um flash duplo que ocorria em testes nucleares atmosféricos os satélites lançados logo após a assinatura do TLT já haviam sido testados ao identificar 41 clarões confirmados como bombas e foi no dia seguinte que chegou a 42ª identificação de Clarão que começou uma das maiores controvérsias da história militar que conhecemos até os dias de hoje foi na madrugada de 22 de setembro que a polêmica começou quando os bunge metters do Vela 6911 registraram um clarão intenso a escuridão e outro clarão com potencial nuclear de 2 a 3 kilon no momento em que cruzava o percurso entre a costa sul do continente africano e a Antártica mais precisamente entre as ilhas COSP da França e o arquipélago príncipe Eduardo da África do Sul o protocolo soou o alarme um óco os técnicos correram aos telefones e o mistério começou nenhum aliado ou rival havia programado testes para aquele dia e local pelo menos nenhum com aviso prévio sem declaração de autoria a Casa Branca convocou um comitê secreto painel Ruína que foi chefeado pelo físico Jack P ruína do MITET e que deveria analisar se o sinal havia sido genuíno ou um erro do sistema de detecção e foi então que as pesquisas começaram em busca da verdade sobre o duplo Claron concordando com o Vela 6911 provas hidroacústicas da Marinha também foram analisadas as estações sóusos Mills captaram um sinal coerente com explosão subérea um pulso anômalo para o Oceano Índico em Porto Rico o Observatório de Jarebo detectou uma onda ionosférica anômala se movendo do Sudeste para o Noroeste que não havia sido captada anteriormente além de ser compatível com pulso eletromagnético semas depois do acontecimento o Ministério da Agricultura Australiana encontrou iodo 131 produto de meia vida curta da fissão nuclear em ovelhas dos estados de Victória e Tasmânia no entanto o mesmo não foi encontrado em ovelhas neozelandesas ainda assim ao publicar um relatório desclassificado em maio de 1980 o painel Ruína rotulou os dados como inconclusivos já os memorandos militares da mesma época sugerem uma alta confiança na evidência de teste atômico o que houve por que a cautela o quase esclarecimento veio quando documentos obtidos que datam de 1974 revelaram uma cooperação militar secreta entre Israel e a África do Sul pretória forneceria urânio e o espaço aéreo remoto e Telviv forneceria o conhecimento de energia nuclear os dois países estavam fora do TLT em 79 a África do Sul não tinha a capacidade de desenvolvimento ou logística nuclear suficiente para tentativa de testes nucleares já Israel tinha capacidade técnica e a motivação política para organizar os testes clandestinos precisando apenas do espaço para tal devido à sua localização um teste conjunto em mar aberto reduziria as chances de detecção e problemas diplomáticos que viessem a ocorrer de acordo com algumas fontes o teste quase passou despercebido pelo vela em razão da cobertura de nuvens outro fator que parece confirmar essa colaboração foi a visita que técnicos nucleares sul-africanos fizeram a usina israelense de Dimona na mesma época e os aviões israelenses que treinavam no deserto de Calahari o clarão duplo poderia ser uma bomba de nêutrons israelense de baixa potência detonada para validar ogivas de mísseis em Jericó em 79 o regime existente na África do Sul não detinha tecnologia comprovada para a realização de um teste atmosférico aéreo seguro contudo o país já fazia o enriquecimento de urânio e a montagem de ogivas simples de acordo com a documentação apenas em 1982 que o primeiro dispositivo funcional ficou pronto nos cronogramas oficiais do país africano já Israel possuía Plutônio desde o final dos anos 60 e uma detonação no Oceano Índico o deixaria longe de radares soviéticos e do canal de Suez mantendo a sua política da época de não confirmar e nem negar seu desenvolvimento nuclear ainda assim com todos esses dados houve a hipótese de que o clarão pode ter sido um meteorito que ao refletir a luz solar raio super raro provocou-se uma falha eletrônica no satélite mas isso não explica como houve simultaneamente o clarão os sinais hidroacústicos e o iodo 131 na Austrália estamos agora em 79 e tentaremos entender por motivo arriscaram um teste clandestino sendo que os países poderiam simplesmente avisar que fariam um teste no local vamos lembrar que tudo no mundo ocorre por motivos de localização geográfica e diante da crescente ameaça de mísseis soviéticos nos vizinhos Síria e Egito Israel buscava miniaturizar ogivas e garantir eficiência no disparo sob pressão já a África do Sul precisava provar sua capacidade nuclear de forma a adsuadir possíveis intervenções de Cuba e Angola no sudoeste africano a colaboração para ambos os países era extremamente vantajosa ao dividir custos e manter o segredo o tamanho do artefato sendo entre 3 kilões seria pequeno demais para chamar atenção sísmica globalmente e suficiente para comprovação de design e eficiência mas qual a vantagem do painel ruína negar a comprovação do teste nuclear você deve estar se perguntando né e eu respondo em razão da pressão diplomática que o presidente Jimmy Carter investia no Salte 2 e no acordo de não proliferação seria extremamente enfraquecedor a sua imagem admitir que aliados seus haviam violado os acordos seria inevitável um embargo total de armas ao país enquanto Israel desde 69 já havia prometido a Washington não serem os precursores de introduzir armamentos nucleares no Oriente Médio manter silêncio sustentaria a dissuação sem ser responsável pelo gatilho na corrida armamentista da região o resultado de inconclusão oficial servia ao interesse de todos inclusive de Moscou visto que esta não seria obrigada a responder ao disparo ilegal nesse sentido os Estados Unidos evitavam uma crise e os autores seguiam impunes e atualmente 46 anos depois seria possível repetir a realização de testes e sair impune com o aumento da tecnologia e avanço da ciência seria difícil que algum país saísse impune além disso o tratado de proibição completa de testes o CTBT conta com a rede internacional de monitoramento composta por 80 estações sísmicas 60 de infraçom 11 hidroacústicas e 80 laboratórios de rádiuclídeus qualquer explosão atmosférica acima de algumas centenas de toneladas é registrada em múltiplos sensores e triangulada em minutos o incidente vela ainda é estudado como o último grande teste fantasma antes da criação dessa malha global há muitas provas de que de fato o teste aconteceu e foi de forma colaborativa entre os dois países em 2019 a Freedom of Information Act forçou que parte dos cabos da CIA fossem a público sobre o caso embora ainda estejam censurados eles confirmam que houve comunicação intensa entre Telavive e Pretória nas horas seguintes ao que aconteceu clarão e há também o caso de ex-engheiros sul-africanos entrevistados pelo Wilson Center que admitiram haver um conhecimento informal de um ensaio cooperativo mas nenhum deles ofereceu prova documental sobre o acontecimento israel ainda mantém silêncio absoluto e os Estados Unidos ainda mantém como documentos extremamente confidenciais 100 páginas sobre o evento existem ainda outras especulações sobre o porquê da importância de o teste ser secreto como testar bomba de nêutrons que com seu rendimento baixo e radiação máxima seria ideal contra blindados no interesse israelense alto a pequena bomba poderia também ser para validar sensores de espionagens antes de outro tratado sendo assim um experimento de calibração ou até uma operação psicológica ao provocar incertezas na União Soviética ou em Estados árabes vizinhos de Israel o fato é que todas são apenas isso especulações pois sem acesso a amostras do epicentro e suas documentações acerca das motivações fica fica impossível bater o martelo e então quem detonou a arma nuclear que no dia 22 de setembro de 1979 disparou alarme do satélite americano Vela 6911 sobre o Oceano Índico há um consenso sobre grande parte dos pesquisadores do assunto de que a parceria Israel África do Sul motivada pela necessidade de ambos de provarem seus arsenis sem consequências e imposições globais foi de fato a responsável pelo evento mas a verdade continua sendo uma incógnita de conhecimento apenas entre três países: Estados Unidos com seu painel Ruína Israel e África do Sul o assunto ainda gera mais perguntas do que respostas quase meio século depois a cada documento liberado sobre o incidente vela até hoje nenhum governo disse: “Fui eu mas o oceano guarda memórias de um clarão que mudou a diplomacia nuclear para sempre” m

Comments

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *