Anistia: o plano secreto pro Bolsonaro ser presidente (de novo)

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Seja muito bem-vindo a mais um episódio desse canal. Aqui eu sou sobrevivente. Lê essa notícia aqui comigo. Lula defende cassação de parlamentares que fizeram greve por anistia. Flávio Bolsonaro diz que há acordo para pautar a anistia, mas não para provar. Quem tiver maioria leva. Líder do PP na Câmara, pele da anistia precisa ser amadurecido. Oposição ganha apoio de partidos do Centrão por anistia e foro. Entendam o que falta para votação. E por último, Hugo Mota nega acordo com bolsonaristas para pautar anistia. Esse vídeo aqui é muito importante, mas ao mesmo tempo eu sei que a gente tem um problema aqui. O problema de que esse vídeo vai ter poucas visualizações. O título não é interessante, a tamb não tem como chamar tanta atenção assim. E é um assunto que só mesmo quem acompanha a política de perto vai ter algum interesse. Inclusive, como eu vou te contar muitas coisas nesse vídeo, como eu vou passar muitas informações, caso você queira me corrigir, fique à vontade aí nos comentários. Mas você precisa entender o que diabos é a anistia e se ela deve ser aprovada ou não. Você precisa entender como é sujo o ambiente lá em Brasília e como mais uma vez você está sendo manipulado pelo governo atual, pela mídia e também pela oposição. Para começo de conversa, pra gente começar esse vídeo na mesma página, o que diabos é anistia? Anistia, em resumo, é um perdão coletivo dado por lei. É algo que o Congresso aprova, o presidente sanciona e todo mundo que cometeu um crime específico é perdoado. A anistia, por exemplo, já aconteceu antes. Em 1945, por exemplo, teve anistia no fim do Estado Novo, na era Vargas. E também ocorreu em 1979 a lei da anistia na ditadura militar. Claro que em contextos políticos bem diferentes do que a gente tá enfrentando hoje em dia. Mas por que que esse assunto de anistia explodiu exatamente agora? Porque tá tendo uma pressão para perdoar de algum jeito quem se meteu nos atos de 8 de janeiro de 2023. Você provavelmente lembra dessa situação, lembra do que aconteceu? Aquela invasão e quebradeira nos prédios dos três poderes lá em Brasília. Esse quebra-quebra todo ocorreu porque muita gente queria reverter o resultado da eleição. Muita gente não concordou com que Lula assumisse o poder justamente porque foi uma eleição bem polarizada. A diferença de votos foi bem pequena em relação a outras outras eleições também. E a galera aproveitou para pedir intervenção militar como se de alguma forma os militares fossem se meter nas eleições e colocar o Bolsonaro de volta. O estrago desse dia foi grande, foi uma situação bem absurda. Foram vidros, móveis, obras de arte todas danificadas ou várias danificadas, no caso, artefatos históricos destruídos. E independente se você concorda com a direita ou com a esquerda ou sei lá, com qualquer outro outra ideologia política, é um absurdo que isso tenha acontecido com patrimônio do nosso país. Por conta disso, a Polícia Federal abriu a operação lesa pátria para investigar e prender as pessoas envolvidas no 8 de janeiro, aprendendo bens delas e executando mandados de busca. É muito engraçado porque várias pessoas fizeram isso e elas mesmas divulgaram nas redes sociais o que elas fizeram com uma espécie de orgulho até, sem falar em câmeras e outros recursos que facilitou o trabalho da polícia de identificar quem estava invadindo lá a sede dos três poderes e fazendo aquele quebra-quebra. Chega a ser engraçado. Por exemplo, pegos pelo Wi-Fi, invasores cadastraram nome CPF para acessar internet da Câmara no 8 de janeiro e geraram provas. Basicamente, os caras deram de mão beijada as informações pra polícia, ir atrás deles e conseguir prendê-los. Claramente tudo isso foi uma situação terrível. A galera já tá no Congresso, não tem como segurar. Vamos pra casa do povo. A galera já tá no congresso. Já tá no congresso. Bora. Não, não, a gente não vai entrar. A gente vai invadir. Um vídeo que ficou bem conhecido dessa época foi o da dona Fátima, por exemplo. Aqui, pessoal. Dona Fátima, de Tubarão, Santa Catarina, 67 anos. Tá quebrando tudo. Quebrando tudo e cagando nessa bosta aqui. Cagou lá no banheiro, fez uma sujeira lá. Saindo na Fátima. Deus abençoe a senhora. É guerra. É guerra. É isso aí. Agora enfim. Só que tudo isso tem a ver também com Bolsonaro. Agora ficam as perguntas. Por que tem gente querendo perdoar criminosos? Quais as intenções por trás disso tudo? E isso já aconteceu alguma vez no Brasil? A gente vai conversar sobre isso antes. Comenta aí um oi sobrevivente para me ajudar com o engajamento desse vídeo e eu te respondo com coraçãozinho. Eu acredito que a principal pergunta que você tem que se fazer em relação a tudo isso é: por que que tá tendo toda uma briga política para perdoar essas pessoas que participaram do 8 de janeiro? Por que que magicamente isso virou uma pauta política? Porque que magicamente toda a direita tá se movimentando por conta do 8 de janeiro, por conta daquelas imagens terríveis que a gente acabou de ver. São três principais motivos. O primeiro motivos, de acordo com eles, é para pacificar e separar quem quebrou de quem só foi na onda. Por exemplo, o problema aqui é justamente que várias pessoas foram condenadas, mas esse primeiro motivo é condenar quem merece ser condenado e perdoar as pessoas que não foram envolvidas diretamente no quebra-quebra. A argumentação aqui é que muita gente inocente foi achando que era só um protesto normal, caiu em desinformação e não depredou nada. A pessoa esteve lá no 8 de janeiro, mas ela não participou do quebra-quebra. E aí seria injusto ela sofrer, como as outras pessoas que também participaram dessa balbúrdia toda. Eles falam que como a justiça ficou sobrecarregada, ela não individualizou bem cada caso. Por isso, muitos defendem uma espécie de anistia condicionada, ou seja, sem perdoar quem quebrou, quem liderou ou quem financiou esse quebra-quebra, mas perdoando aquelas pessoas que estavam lá apenas protestando e permaneceram pacíficas. É algo, por exemplo, para salvar quem foi lá desavisado e sem má intenção. O P1983 de 2025 do deputado Beto Pereira trata exatamente disso. O texto do projeto de lei diz que a anistia, essa anistia condicionada, valeria, por exemplo, para condenados que não invadiram nem depredaram patrimônio público, ou para quem tinha 60 anos ou mais e não depredou, ou para quem tem doença crônica. Muitas pessoas vêm esse projeto de lei como justo, por exemplo, quem cometeu o crime lá, quem quebrou as coisas, beleza, esses têm que ser presos. Mas para quem tava só lá no protesto, não faz sentido eles serem condenados também. Mais uma vez, é essa a argumentação. E o interessante nesse projeto é que ele não perdoa nenhuma multa ou indenização civil. Você vai pagar aquilo que você deve. Então, é uma espécie de anistia pela metade e é algo que as pessoas até apoiam com certo pé atrás. Porque até que ponto a justiça vai considerar quem se envolveu, quem não se envolveu, né? Aqui no Brasil você tem muita desconfiança em relação à justiça. O segundo motivo das pessoas quererem essa anistia é por conta da liberdade de expressão e por conta dos excessos. Basicamente a argumentação aqui é de que, ah, o brasileiro não pode, então, ter a liberdade de ser contra o governo atual, não pode ter a liberdade de pedir uma intervenção militar e coisas do tipo. Esse motivo aqui em específico alega que as prisões estão sendo injustas. Ah, não, não. Você não pode prender os patriotas. Então, a anistia aqui serviria para proteger os direitos de manifestação e encerrar o que as pessoas estão chamando de perseguição à direita. Pensando nisso, tem o PL 1068 de 2024 do Humberto Costa e ele usa exatamente esse argumento na justificativa. Ele fala em pluralismo, livre expressão e que muitas pessoas foram presas injustamente. Esse projeto de lei do Humberto anistia todos os envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Todos, todos. até quem quebrou as coisas, até quem organizou tudo, até quem apoiou que aquilo acontecesse. Além disso, de quebra, esse PL restaura os direitos políticos de quem ficou inelegível por atos ligados às eleições de 2022. Você tá lembrando de alguém que ficou inelegível por conta dessas coisas? De quem será que a gente tá falando exatamente? do Bolsonaro. Para muitos críticos desse projeto de lei, isso é só uma estratégia michuruca pro Bolsonaro perder a inegibilidade e poder concorrer às próximas eleições. É você falar assim: “Ó, não, vamos anistiar porque nós precisamos de paz, precisamos de liberdade de expressão, tudo isso para no fim salvar a pele do Bolsonaro.” Eu vi vários comentários na internet interpretando essa estratégia como se fosse uma espécie de cavalo de Troia. Você chega assim: “Ah, vamos buscar anistia para diminuir a polarização política. Vamos salvar as pessoas”. Meu Deus, o Brasil está muito violento. Só que tudo isso sendo uma estratégia pro Bolsonaro voltar ao poder. Até porque o governo Lula tá tão terrível que numa possível eleição, eu acredito que o Bolsonaro talvez ganhasse. Só que esse P, né, de ah, vamos antiar todo mundo, tá com a votação pública terrível. É claro que são pouquíssimos votos também, né? Mas é algo que claramente é um cavalo de Troia para poder tentar salvar o Bolsonaro. O terceiro motivo que eles alegam do por que tem que ter anistia é porque a gente tem que virar a página e até restaurar direitos políticos. A gente tem que, sabe, perdoar uns aos outros. A gente tem que abraçar patriotas e vermelhinhos se abraçando, se beijando pela paz do país ou coisa parecida. Porque tem uma galera que defende um simples Calma, galera, calma. Vamos voltar a unificar o Brasil. Chega de treta. É só anistar todo mundo que o Brasil volta a ser colorido, brilhante, cheio de felicidade, que nem um panfletito de testemunha de Jeová. Então, sobrevivente, a anistia vai ser aprovada, então. Então, realmente, com a anistia aprovada, o Brasil vai estar em paz, nós vamos nos amar novamente. E até o momento a anistia não foi aprovada e não tem data de votação no plenário, pelo menos não no exato momento em que eu estou gravando esse vídeo. A oposição, claro, coletou assinaturas para tentar pular comissões e levar direto ao plenário. Basicamente, o que a oposição tá tentando fazer é agilizar a aprovação dessa anistia, até porque o processo para você aprovar uma lei é uma coisa que demora anos para ser feito, mas eles conseguem agilizar muitas pautas se eles quiserem, é claro. Para tentar acelerar esse processo, tá rolando uma espécie de motim entre os bolsonaristas. deputados e senadores do bolsonarismo, né, ligados ao bolsonarismo, ocuparam as mesas do plenário da Câmara e do Senado. Também dormiram nos plenários e travaram as sessões para forçar que os seus temas entrem em votação. É algo como é greve aqui, a gente só vai voltar a trabalhar quando a nossa pauta for agilizada. Eles chamam isso de pressão política e de certa forma acaba sendo mesmo. É algo como aprova logo minha pauta aí, eu quero urgência cara, aprova aí logo. Só que juristas e parte da mesa dizem que isso é quebra de decoro e que pode ser até mesmo prevaricação. Eu sei que esse termo prevaricação não é tão comum assim, né? Mas significa basicamente um funcionário público não trabalhar ou trabalhar de forma errada, tentando satisfazer um interesse pessoal ou um sentimento pessoal. O gatilho disso tudo foi a prisão domiciliar do Bolsonaro, que aconteceu agora em 4 de agosto. E logo no dia seguinte começou a ocupação e a promessa de obstruir tudo até pautar o chamado pacote da paz. Olha só que nome bonito, pacote da paz. Sobrevivente, o que que tem nesse pacote da paz? Porque é um nome tão bonito, né? Pacote da paz. Nossa, eu acho que deve ser uma coisa muito boa que eles estão tentando aprovar, né? Então, basicamente, esse pacote da paz é eles querendo aprovar que todo mundo do 8 de janeiro seja perdoado. Todo mundo, certo? Todo mundo. Até quem quebrou tudo, até quem deixou dejetos ali. Eles pedem também o impeachment do Alexandre de Moraes. E eu já gravei vídeo sobre isso, inclusive você precisa ver esse vídeo. E eles pedem também o fim do furo privilegiado. E agora a gente começa outra treta. Que sobrevivente, fim do foro privilegiado. Que diabos é isso? Eu já ouvi isso em algum vídeo, mas o que que o que que é foro privilegiado sobrevivente? É o seguinte, foro privilegiado é quando algumas autoridades, como presidente, ministros, senadores, juízes, deputados, eles não são julgados por um juiz comum. Se você, por exemplo, você que tá vendo esse vídeo, comete um crime, você vai ser julgado por um juiz comum. Se o Nicolas Ferreira, se o Magno Malta, se o Guilherme Bolos, se o Moro, que agora é senador, cometerem um crime, eles têm o foro privilegiado e eles não vão ser julgados por juízes comuns e sim por instâncias superiores. Eles vão direto para esses tribunais, como o STF, por exemplo, e o STJ. Só que o que que acontece? Em 2018, o STF limitou o foro de deputados e senadores. O STF definiu que o foro privilegiado só vale se o crime foi no mandato e foi por causa do mandato. Só que em 2025 o STF ajustou isso. Agora a nova regra é: se o crime foi ligado ao cargo, o foro pode continuar mesmo se a pessoa sair do cargo. E é o caso do Bolsonaro. Bolsonaro está tendo o foro privilegiado. Ele está sendo julgado pelo STF justamente porque ele cometeu crimes quando era presidente da República. Com o fim do foro privilegiado, que é o que os deputados bolsonaristas querem, o Bolsonaro sairia das garras do Alexandre de Moraes, que seria julgado na primeira instância. Ou seja, ao invés do Xandão tomar conta do processo do Bolsonaro, seria algum juiz de primeira instância, depois Bolsonaro iria paraa segunda instância e poderia recorrer várias e várias vezes. Ele podendo fazer isso, o Bolsonaro teria mais chances de não ser punido ou de ter uma pena bem menor, inclusive, porque indo pra primeira instância e tendo que partir por todas as instâncias, isso alonga mais o processo e gera muito mais chances de defesa. Nesse momento, você tá percebendo algo? Tem quem pense que é a direita se importando com a liberdade de manifestação, que a anistia tem que ser aprovada porque as pessoas estão sendo injustiçadas. Mas não parece muito só uma série de medidas para tentar salvar o Bolsonaro ou reduzir a punição do Bolsonaro. Tanto a anistia quanto o fim do foro privilegiado são medidas que vão ajudar o Bolsonaro. Mas a gente vê muito discurso da direita de que é para proteger as pessoas que foram injustiçadas, para proteger as pessoas que estão sofrendo nas mãos da justiça, por exemplo. Isso acontece em parte porque não tem uma figura na direita com o mesmo poder que o Bolsonaro. Algo parecido acontece com a esquerda e o Lula também. Sem o Lula, a esquerda não tem um nome forte o suficiente. O Nicolas Ferreira, por exemplo, é uma das apostas atualmente ou uma das melhores apostas para substituir o Bolsonaro. Só que a idade para se candidatar a presidente é de no mínimo 35 anos. O Nicolas tem 29, então ele não pode no momento. Inclusive, todo esse favoritismo pelo Nicolas já fez a família Bolsonaro ser meia desconfiada dele. Sobrevivente, mas pera aí, tá? Eu entendi todo o assunto, mas eu quero saber se a anistia deve ser aprovada. Você acha que a anistia vai fazer bem pro país, sobrevivente? Então, você é livre para ter a opinião que você desejar e até discordar de mim. Eu não vou ficar com raiva de você. Se você discordar da minha opinião, pode comentar aí à vontade. Para mim tá super de boa, desde que você não seja um babaca, né? Mas para mim não. A anestia não deve ser aprovada. Crimes foram cometidos e perdoar as pessoas por esses crimes me parece algo bem forçado, ainda mais com a desculpa de que isso é para pacificar a política, para acalmar os ânimos. Se crimes foram cometidos, principalmente crimes contra o patrimônio público, contra o patrimônio histórico do Brasil, as pessoas precisam ser punidas. Só que quando a gente trata disso, tem discursos bem emotivos, como aconteceu com a Débora Rodrigues dos Santos, que pintou a estátua. Ela pintou Perdeu Mané, se eu não me engano, ela fez isso com Batom, inclusive. Mas aí tem todo aquele discurso de, ah, o Xandão condenou a mulher a 200 anos de cadeia por algo simples, como pintar a estátua ou coisa do tipo. Mas fugindo da questão emocional, é interessante a gente analisar isso de forma legal. Quem faz isso é o Mateus Fartura. Mateus, e as prisões do dia 8 de janeiro e a pena de 14 anos da Débora por ter pichado com batom uma estátua? Você não vai falar nada? Até impossível comentar as mais de 500 condenações envolvendo os atos do dia 8 de janeiro, mas vamos analisar aqui um dos casos mais emblemáticos, mais repercutidos, que é o caso envolvendo a Débora Rodrigues dos Santos, que ficou nacionalmente conhecida após pichar com Batom, a estátua da justiça que fica em frente ao STF e teve uma pena aí de 14 anos de prisão. Antes de mais nada, eu preciso afirmar categoricamente para você que mais uma vez mentiram para você. A Débora não foi condenada a uma pena de 14 anos por ter pxado uma estátua com batom. Na verdade, por ter pichado a estátua, que é exatamente essa foto que eu tô te mostrando aqui, a pena da Débora foi de somente 1 ano e 6 meses de detenção, que é o crime de deterioração de patrimônio tombado. Acontece que a Débora, juntamente com as outras demais centenas de pessoas que invadiram o STF, Congresso Nacional e o Palácio do Planalto, foram denunciadas pela PGR e condenadas por outros mais quatro crimes, sendo eles a tentativa pela abolição do Estado democrático de direito, tentar pelo golpe de estado, plano qualificado e associação criminosa. Inclusive, eu ouço muitas pessoas falando: “Meus, mas você acha certo uma justiça que condena Débora 14 anos e condena criminosos como assassinos, ladrões, a uma pena de 10, 12 anos?” Se de fato essa for uma das suas preocupações, eu tô aqui para calmar seu coração. Fica tranquilo que nenhum dos crimes em que a Débora foi condenada possui uma pena maior do que um crime de homicídio, por exemplo. Só que no caso da Débora e de outros condenados pelos atos do dia 8 de janeiro, deve ser aplicado o artigo 69 do Código Penal, que prevê o concurso material de crimes. E o que isso significa? que todas as penas dos crimes que ela foi condenada neste caso são somadas, totalizando assim 14 anos de prisão. Para mim, a questão é muito simples. Se você não entende a gravidade dos atos do dia 8 de janeiro, jamais você vai entender a rigidez da pena aplicada. A verdade é que a Débora tinha a opção de não praticar aqueles crimes. Já o judiciário não tem a opção de não apreciar e de não aplicar o rigor da lei. Então a gente consegue perceber aqui o quanto se tem um discurso emocional, né, de ó, ela só pintou a estátua, ah, ela só escreveu, perdeu o mané. Mas a gente vê que é uma série de condenações, não é apenas devido à estátua. E como o advogado aqui falou, nenhuma supera, por exemplo, a do crime de homicídio. Mas juntas, né, a pena acaba se tornando maior. Inclusive nesse vídeo, eu vi esse comentário aqui, achei interessante, ainda se tratando da Débora, lembrando que ela recusou um acordo que não previa um único dia de prisão. Ela preferiu ir a julgamento. Aí ele continuou. Não só ela, mas todos os demais presos. Apenas uma minoria aceitou o acordo. Teve até uma complementação aqui de outro comentário. Isso mesmo, ela pagaria 5.000 de multa, ficaria 2 anos sem acesso à internet e precisaria fazer um curso sobre democracia, mas negou, agora vai ver o sol nascer quadrado. Então, de acordo com esses comentários, a Débora teve chance de diminuir a pena, mas ela não aceitou o acordo. Só que isso é uma fake news. Uma fake news que eu acreditei inclusive do tipo, pô, ela não quis o acordo e aí ela vai sofrer com 14 anos por conta disso. Que burra, né? Só que isso aqui não é verdade. Em nota, a imprensa, a procuradoria geral da República esclareceu que não houve proposta de não persecução penal no caso da Débora Rodriguez. A oferta foi feita sobretudo a pessoas que estavam acampadas em frente ao quartel general do exército e que não participaram dos atos de depredação na explanada dos ministérios. Ou seja, realmente teve gente que teve esse acordo, mas não foi o caso da Débora. Apesar disso tudo, como eu acabei de falar, teve uma galera que teve a possibilidade de acordo. Ah, sobrevivente, mas foram idosos, foram velhinhos, foram donas de casa. Não pode, você não pode deixar essa galera presa. Eles vão sofrer, eles precisam cuidar da família sobrevivente, eles vão, eles vão perder a vida na cadeia porque eles já são idosos. Esse discurso foi bem comum, né, nesse período aí do 8 de janeiro. Mas cara, idosos também cometem crimes, donas de casa também cometem crimes, senhoras também cometem crimes. E aí, por que a senhora porque é dona de casa, a pessoa não pode ser punida? Então, tem que ter impunidade porque a pessoa é mais velha, tem que ter impunidade porque a pessoa tem filho em casa. Eu juro que eu não consigo entender esse raciocínio. Além disso, com toda essa situação, eu fiquei bem surpreso com pessoas da direita falando em direitos humanos, em superlotação, em perdoar criminosos. E e eu tive que assim limpar meus olhos do tipo, cara, eu tô vendo isso mesmo. Tipo, é o pessoal da direita querendo que bandidos sejam soltos e perdoados. É a galera da direita falando de direitos humanos. Tipo, o que que aconteceu pro Brasil dar esse dar essa volta toda aqui? Tipo, o que que foi que aconteceu com a gente? Porque normalmente isso é papo de esquerdista, né? É papo da galera que também passa pano pra bandida pra caramba, né? A esquerda é uma merda nesse sentido e em vários outros. Famosa vítima da sociedade, né? Mas enfim, é só mais uma vez a política mostrando que o que importa mesmo é um interesse, tá? É simplesmente salvar o Bolsonaro. Ninguém tá preocupado com quem tava lá no no 8 de janeiro. O próprio Bolsonaro falou, né, que a galera que estava pedindo intervenção militar, um bando de maluco. Enfim, compartilha esse vídeo com quem precisa entender toda essa questão da anistia. Seria impossível gravar esse vídeo sem a ajuda financeira do Amy Chris, do Marcos de Lima. do Douglas Manuel, do Save Corrompido, do Fish Pitula, do John Silva, do William Jeff, do Gladson Taciano, do Marcílio Santos, do Zero, do Rio Matsuk, do Igor, do Alguém Disposto, do Samuel Melo PS5, daqui do Marcos Vinícius, do Eduardo e de cada um dos membros desse canal. 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