As 2 Grandes Pontes que vão Mudar a Maior Cidade de Santa Catarina

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[Música] Em uma cidade com mais de 650.000 habitantes, atravessar de um bairro a outro deveria ser algo simples. Mas em Joinville, no norte de Santa Catarina, esse deslocamento virou sinônimo de estresse, perda de tempo e, para muitos, um verdadeiro teste diário de paciência. Tudo isso porque a malha urbana da cidade é recortada por rios, limitada por gargalos viários e sustentada por uma estrutura que não acompanhou o crescimento acelerado das últimas décadas. O resultado engarrafamentos constantes, regiões isoladas entre si e trajetos que poderiam durar 10 minutos se transformando em viagens de quase uma hora. Infelizmente, Joinville, apesar de ser um dos maiores polos industriais do Brasil, ainda convivia com a infraestrutura urbana marcada por desconexão. E isso afeta diretamente a qualidade de vida da população, o transporte público, a logística e até o crescimento econômico da cidade. Mas esse cenário começa a mudar agora. Duas obras gigantes estão em curso e prometem transformar radicalmente a forma como a cidade se move. duas pontes que não são apenas ligadas sobre rios, mas sim verdadeiras conexões entre regiões, pessoas e oportunidades. Esse é o Construction Time. Eu sou o Luciano Guimarães e nesse vídeo você vai descobrir como a Ponte Joinville e a ponte Anêmona estão reescrevendo o futuro da mobilidade urbana na maior cidade de Santa Catarina. Os protagonistas desta transformação urbana são duas pontes estratégicas, a ponte Joinville e a ponte Anêmona. E embora estejam em pontos diferentes da cidade, elas compartilham um objetivo comum: aliviar o trânsito, reduzir distâncias e conectar regiões historicamente isoladas dentro do maior município de Santa Catarina. A ponte Joinville é considerada pela prefeitura a maior obra urbana da história de Joinville. Ela ligará os bairros à Demarcacia, na zona sul e Boa Vista, no leste da região. Para isso, cruzará o rio Cachoeira, criando uma ligação direta entre a Avenida Alvino Hansen e as ruas São Leopoldo e São Borba. Em termos de escada, a estrutura terá aproximadamente 980 m de comprimento e 26 m de largura. configurada com duas pistas por sentido, sendo quatro faixas no total, acostamentos de segurança, ciclovia segregada e calçada para pedestres. Do outro lado da cidade, a ponte anêmona vai cumprir uma função vital, conectar os bairros Fátima e Guanabara, passando sobre o rio Itaú Azul. Seu traçado, com cerca de 200 m de extensão e 14 m de largura, conta com uma leve curva planejada para preservar a vegetação nativa. Assim como a ponte Joinville, ela também vai incluir duas pistas de rolamento, ciclovias e calçadas nos dois lados, reforçando o compromisso da cidade com a mobilidade para todos. Somadas, as duas intervenções devem beneficiar diretamente mais de 560.000 moradores em Joinville, sendo a maior parcela, cerca de 448.000 pessoas na área de influência da Ponte Joinville e outros moradores beneficiados pela ponte Anêmona e sua rede de bairros conectados. E o mais importante, essas não são obras isoladas, elas se encaixam em um plano maior de reequilíbrio viário e inclusão urbana. E já que estamos falando de inclusão e acessibilidade, é hora de entender porque essas pontes se tornaram tão urgentes. [Música] Joinville cresceu e cresceu muito. A cidade se expandiu para todas as direções, mas suas conexões internas ficaram limitadas, gerando gargados históricos entre bairros com realidades distintas, separados por poucos quilômetros. Basta conversar com moradores do Ademarcia, Itaú ou Paranaguamirim para entender que trajetos curtos levam até 40 minutos para ser concluído. Caminhoneiros parados, ônibus lotados, comércios isolados por falta de acessos eficientes e o custo invisível da desconexão urbana. A ponte Joinville surge para mudar isso. Ela permitirá que o trajeto entre as zonas sul e leste seja feito em menos da metade do tempo, abrindo novos caminhos para o trabalho, o comércio e os serviços. Isso representa mais qualidade de vida, menos estresse e maior mobilidade para milhares de pessoas. Já a ponte anêmona atuará como uma conexão de vizinhança com grande impacto. Interligará os bairros Fátima e Guanabara e como já mencionado, ela criará uma alternativa para mais de 110.000 moradores, que hoje depende de desvios longos para circular por áreas vizinhas. E com novas rotas vem também a valorização imobiliária, a revitalização urbana e a circulação econômica. é o tipo de transformação que não se limita ao trânsito, mas atinge todos os aspectos da cidade. Porém, como será que está sendo realizado a construção dessas duas estruturas? [Música] Agora que você entendeu onde ficam as pontes e porque elas são tão necessárias, vamos entender como essas estruturas estão sendo erguidas. Para você ter uma ideia, a obra da Ponte Joinville está usando o método digno de megaprojetos portuários para cruzar o rio Cachoeira com precisão e mínimo impacto ambiental. Joinville não está improvisando, está fazendo engenharia de ponta. Mas é claro, antes mesmo de qualquer concreto chegar ao canteiro, veio um longo capítulo de bastidores. Levantamentos topográficos, sondagens profundas de solo, estudos geotécnicos, modelagem do comportamento hidráulico do rio, verificação de interferências de redes enterradas e adequação das faixas necessárias para acesso. Com o canteiro instalado, começaram as fundações profundas. Ao todo, serão cerca de 3,3 km de profundidade de estacas, somando todos os pontos da ponte. Essas estacas, parte delas em aço, parte em concreto moldado, transferem o peso da estrutura para camadas resistentes do subsolo. A partir dos pilares principais, entra em cena o grande diferencial técnico, o sistema de avanço e em balanço sucessivo, conhecido popularmente como Kant Travel. Em vez de montar andes gigantes ou aterrar trechos do rio, a ponte é construída para fora dos apoios para o vão. Equipamentos móveis, os chamados traveles, são instalados no topo dos pilares. Neles se montam formas, armações e cabos de proteção. Cada segmento de tabuleiro é concretado no local. Depois do tempo de cura inicial e da primeira etapa de proteção, o conjunto avança e o processo se repete. Segimento após segmento, os balanços crescem simetricamente de cada lado do pilar, até que sobre o trecho navegável, as frentes se encontram para o fechamento do vão central. Mas caso você esteja se perguntando o por esse método é tão importante, vamos dizer que é bem simples. Esse método importa porque praticamente elimina a necessidade de estruturas provisórias no leito do rio. Menos material dentro d’água significa menos turbidez, menos interferência na fauna aquática, menos risco de contaminação por combustíveis e maior segurança para embarcações que seguem a operação no canal navegável de 80 m de largura e 9,5 m de altura livre. Essa abordagem construtiva sustentável foi um dos fatores que ajudaram o IMA a liberar as licenças ambientais para o empreendimento. Além dessas técnicas, os números da Ponte Joinville também mostram a dimensão do desafio. Serão cerca de 980 m de comprimento e 26 m de largura. A estrutura consumirá aproximadamente 76.000 toneladas de concreto, algo em torno de 32.000 1000 m³, volume que encheria cerca de 13 piscinas olímpicas ou exigiria quase 4.000 viagens de caminão betoneira padrão. Serão ainda 2.000 toneladas de aço estrutural e de protensão, peso equivalente a aproximadamente 1300 carros populares, além de cerca de 210 toneladas em estacas metálicas usadas nas fundações e apoios. Também é importante mencionar que a empresa responsável pela construção é a Alia Construtora SA, com o investimento inicial de 296,2 milhõesais, que passou para R10,9 milhõesais e foi reajustado para cerca de R4,2 milhõesais em julho de 2025, com um prazo contratual de 24 meses a partir da ordem de serviço, com entrega prevista para 2026 sujeita a variações por clima. e desembolsos financeiros. Além disso, estima-se que essa nova ligação beneficie diretamente ou indiretamente cerca de 448.000 moradores na faixa leste a sul da cidade. Se a ponte Joinville é a peça estrutural que reorganiza fluxos da cidade inteira, a ponte anêmona é a solução cirúrgica que muda o dia a dia dos bairros. Ela atravessa o rio Itaíçu ligando Fátima a Guanabara e encurtando o acesso a outras comunidades da zona sul, como a Demar Garcia, Itaú, Jariatuba e Paranaguamiri. Diferente da travessia maior, aqui o traçado foi desenhado com uma curvatura deliberada para contornar áreas da vegetação nativa, escolha de projeto que rendeu à obra o apelido popular de Ponte Curva. Tecnicamente, a anêmona terá cerca de 200 m de extensão por 14 m de largura, com duas faixas de rolamento, ciclovias e calçadas dos dois lados. O investimento é de R$ 25,9 milhões de reais, financiado com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento BID, dentro do programa Viva Cidade 2. E a execução está a cargo da trilha engenharia. O contrato prever entrega no início de 2027 com impacto direto que ultrapassa 110.000 1 moradores, que hoje depende de rotas longas para cruzar o rio. No conjunto, as duas pontes mostram duas escalas de transformação. Uma que redesenha a mobilidade regional de toda Joinville, outra que aproxima bairros, serviços e oportunidades para toda a população. E quando colocamos essas obras lado a lado, fica ainda mais claro como elas se complementam. [Música] Embora estejam na mesma cidade, as pontes têm perfis muito diferentes e complementares. A ponte Joinville atua como uma artéria viária estratégica regional, enquanto a ponte anêmona funciona como elo de capilaridade urbana inteligente, garantindo acessibilidade de bairro a bairro e priorizando mobilidade ativa. Para colocar essas obras em perspectiva nacional, vale lembrar como a ponte estaiada Otávio Frias de Oliveira, Rio Pinheiros, em São Paulo, e definiu fluxos urbanos ao conectar áreas com forte atençamento econômico e tráfego intenso. Guardadas as proporções, Joinville está aplicando o mesmo princípio: criar eixos de travessia que redistribuem tráfego, aceleram deslocamentos e ancoram desenvolvimento imobiliário e comercial no entorno. Com as duas grandes obras em andamento, João Evil está escrevendo um novo capítulo em sua história urbana. Mas a pergunta que fica é: essas pontes vão realmente cumprir tudo o que prometem ou vamos assistir mais uma vez a prazos estourados, orçamentos reajustados e obras que se arrastam enquanto a população espera? De qualquer forma, mais do que concreto e aço, essas pontes carregam a esperança de milhares de pessoas que sonham com uma cidade mais justa, acessível e funcional. Elas não são apenas travessias entre margens, são travessias entre o presente que limita e o futuro que pode transformar. E no fim das contas, toda a grande transformação começa com uma conexão. E às vezes tudo que uma cidade precisa é de uma ponte no lugar certo. Obrigado por ter assistido este vídeo até aqui. Você conhecia esse projeto? Deixa aqui nos comentários se sim ou se não. E o mais importante, você acha que realmente nós veremos essas construções realizadas e concretizadas até o final de 2026? Esperamos positivamente que sim, não é mesmo? Mas deixe sua opinião nos comentários. Eu vou ficando por aqui. [Música]

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