AS CONSEQUÊNCIAS DO VÍDEO DO FELCA
1O vídeo do Felco acabou escancarando um problema gravíssimo que muita gente, especialmente políticos, fingiam não ver, que é adultização e a exploração de crianças na internet. Em menos de uma semana, o conteúdo já ultrapassou 32 milhões de visualizações e se transformou, né, num assuntos mais comentados aí da internet brasileira nos últimos anos. Mas o que que aconteceu depois disso? Quais que foram as consequências reais desse vídeo? Nesse vídeo de hoje aqui, tá, a gente vai mostrar como que o vídeo do Felca não só sacudiu aí as redes sociais, mas também movimentou políticos, gerou mais de 17 projetos de lei, levantou debates na Câmara e até virou destaque no Jornal Nacional. Mas será que tudo isso é mesmo por precaução com as crianças ou tem algo mais por trás? Bom, com o governo agora falando em regulamentar a internet, fica a dúvida, né? Será que a intenção é proteger ou censurar? Bom, hoje a gente vai entender quais estão sendo as consequências do vídeo do Felka. Eu sou o Marcelo Milos e depois a vinheta eu te conto. Em menos de uma semana, o vídeo do Felka sobre a adultização já ultrapassou a marca de 32 milhões de visualizações. Desde o momento em que foi ao ar, o conteúdo chamou atenção para todos os lados. Mesmo tratando de um tema pesado, ninguém esperava que ganhasse tamanha repercussão. E hoje a gente vai falar justamente sobre o impacto que esse vídeo vem causando por aí. A repercussão postado no dia 6 de agosto, numa quarta-feira, o vídeo rapidamente incendiou a internet. Ainda no mesmo dia já era assunto em tudo quanto é canto, né? a publicação acabou escancarando uma realidade que muita gente até sabia que existia, mas no fundo nunca tinham parado para enxergar de fato, né? Ou preferiam fingir que não era tão grave assim. Essa natureza de algoritmo educado, para isso, a gente vai chamar de algoritmo P. Todas essas contas que vocês estão vendo nos comentários são de pedófilos. Esses pedófilos se comunicam por inúmeros códigos. Vou falar um deles. Você tá vendo que eles estão falando trade? Essa palavra trade em inglês significa troca. Isso literalmente significa que eles estão procurando outros pedófilos para trocar conteúdo pornográfico de criança. No próprio vídeo, né, o Felka, ele revelou algumas atitudes que ele mesmo já tinha tomado por conta própria em relação a alguns dos casos que mencionou, como o os de Camilinha, do Ítalo, né, e a da Caroline Dreer. Pessoal, depois da gravação do último trecho, a Caroline Drerher deixou de morar com a mãe, foi morar com a avó. O caso ainda tá sobre investigação do Conselho Tutelar e há ofícios enviados ao Ministério Público para apuração. A investigação até o momento dessa gravação continua em aberto com aparentemente mais pessoas da família envolvida no caso. Segundo o portal Léo Dias, a ex-assessora de Ítalo chegou a registrar um boletim de ocorrência contra o Felca. pelas redes sociais, ela alegou ter sido exposta de forma indevida e disse que a sua imagem tinha sido usada sem permissão, o que teria então provocado uma onda de ataques virtuais contra ela. Bom, resta saber agora se o Felka vai conseguir se sair bem diante dos processos que devem surgir contra ele. Bom, seguindo para outras repercussões do vídeo, né, segundo o Jornal Nacional, o próprio Instagram se manifestou deixando claro que não compactua com a disseminação dos conteúdos denunciados por Felka. Engraçado, não compactua, mas também finge que não tá vendo, né? O Instagram afirmou que não permite, que remove das plataformas conteúdos de exploração sexual, abuso no deszin infantil e sexualização de menores. Bom, mas tirando isso, né, o que realmente mudou? Logo de cara, deu para notar que muita gente passou a enxergar com mais clareza, né, esse tipo de conteúdo envolvendo aí a sexualização de crianças. Diversos canais e influenciadores vieram a público apoiar a crítica feita no vídeo e não parou por aí. Além dos nomes citados, outros criadores também começaram a ser alvo de denúncias por conta do conteúdo questionável que vinham publicando. Alguns até chegaram a desativar os comentários, tentaram dar uma repaginada no material, mas sem grandes mudanças, né? Afinal, o público que consome esse tipo de coisa, né? já tá contaminado. Política. O vídeo do Felka ganhou tanta força, né, que acabou sendo destaque lá no Jornal Nacional, até como eu já mencionei, e por lá exibiram uma reportagem comentando não só sobre o conteúdo em si, mas também sobre os possíveis desdobramentos políticos que essa repercussão toda poderia causar. E o impacto na política não ficou só na teoria, a repercussão foi real. Tanto que o deputado Hugo Mota, né, presidente eh da Câmara, anunciou que vai colocar em pauta já na próxima semana uma série de projetos voltados à proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital. Percussão chegou ao Congresso Nacional. O presidente da Câmara, Hugo Mota dos Republicanos, disse ontem em uma rede social que na Câmara há uma série de projetos importantes sobre o assunto. Nesta semana vamos pautar e enfrentar essa discussão. Já no dia 11 de agosto, uma segunda-feira, foram protocolados 17 projetos de lei voltados ao combate da adultização infantil, né? além de outras propostas focadas também na criminalização desse tipo de conteúdo. Entre esses projetos, um deles ganhou destaque a chamada lei fel, que trata de medidas para prevenir, proibir e criminalizar a adultização e a sexualização infantil na internet, além de outras providências relacionadas. Segundo a apuração do jornal O Globo, as propostas apresentadas vão desde a definição do termo adultização e a criminalização desse tipo de conduta, até ações preventivas contra a exploração e a sexualização de menores nas redes, incluindo o bloqueio de algoritmos e perfis. Mas os efeitos do vídeo do Felka não pararam nos projetos de leis. Mas os efeitos do vídeo do Felca não pararam nos projetos de lei. Dois deputados aí, o Maurício Carvalho e o Túlio Gadelha, solicitaram audiências públicas para discutir a adotização e a responsabilidade das plataformas e responsáveis legais sobre esse tipo de conteúdo. Enquanto isso, o capitão Alden, né, ele apresentou uma moção de aplauso ao youtuber, destacando o vídeo como um serviço relevante à sociedade por denunciar de forma responsável a exposição indevida de crianças na internet. E no Senado, nomes aí como Jaime Bagatoli e Tamares Alves avançaram com proposta ali de uma CPI para investigar influenciadores e plataformas digitais, né? A iniciativa já conta aí com mais de 60 assinaturas. Os senadores Jaime Bagatoli do PL e Damares Alves do Republicanos estão colhendo assinaturas para pedir a criação de uma CPI para apurar a atuação de influenciadores digitais e plataformas de redes sociais na promoção e disseminação de conteúdos que sexualizam crianças e adolescentes. A verdade é que antes mesmo do vídeo do FECA já existiam cerca de 45 projetos de lei relacionados ao tema, mas foi só depois da repercussão que o assunto realmente descongelou, né, e passou a ganhar destaque aí como uma das principais pautas dentro da Câmara. Claro, né, não dá para esperar que o governo deixasse tudo isso passar em branco, né? E ao que tudo indica, já tão encontrando formas de usar essa mobilização de um jeito, no mínimo, suspeito, a favor, é claro, deles próprios. A regulamentação das redes. No vídeo anterior, quando eu comentei sobre a repercussão no vídeo do Felc, eu já tinha levantado a possibilidade de que usariam isso como argumento para tentar empurrar uma regulamentação ali mais rigorosa, né, da internet. Mas a grande questão é até que ponto isso vai ser realmente para proteger e quando começa a virar controle? Que elas tem toda a capacidade técnica de identificar esse conteúdo automaticamente ou semiautomaticamente retirar esse conteúdo e poderiam optar por não ganhar dinheiro com isso. Na medida que elas optam por ganhar dinheiro com isso, elas são corresponsáveis por esse fenômeno. No combate à questão da pedofilia, né? Isso, sem dúvida, seria algo extremamente positivo, mas olhando, por outro lado, abre espaço pro governo tirar do ar qualquer perfil que o desagrade, né? não só de criminosos, mas também de influenciadores ou até cidadãos comuns que pensem diferente. Gente que se posiciona como oposição. A própria Janja já se pronunciou defendendo a regulamentação das redes e um uso mais seguro das telas para proteger crianças e adolescentes. E de fato, uma das últimas notícias confirma que Lula pretende sim, né, enviar um projeto de lei para regulamentar as plataformas digitais. A pergunta que fica é: você confia na Janja e no Lula para controlar os possíveis crimes que ocorrem na internet? De acordo com Rui Costa, né, o ministro da Casa Civil, o projeto de lei vai ser voltado a coibir crimes contra crianças e adolescentes. Ele ainda defendeu que a legislação brasileira sobre as redes sociais precisa ser aprimorada. Abre aspas. Plataforma digital não pode estimular o crime, ganhar dinheiro facilitando crimes contra pessoas vulneráveis, como crianças, idosos e adolescentes. Segundo ele, o presidente Lula apoia a regulamentação e a fiscalização dessas plataformas que lucram e muito às custas da saúde mental e física, especialmente de crianças, adolescentes e mulheres. Mas vamos ser sincero aqui, né? A gente sabe que isso dificilmente vai ser feito exclusivamente para combater a exploração infantil nas redes. Pode escrever, tá? Tem bomba vindo aí, né? E não sou só eu que penso assim, tá? Os comentários na publicação ali do Metrópoles mostram uma galera preocupada, pessoas dizendo que o PT usa causas nobres como escudo para interesses próprios, que querem censurar a sociedade e até relembrando que o partido foi contra o aumento da pena para crimes mais graves no Congresso. Então, até que ponto, né, eles realmente estão focados na causa e não apenas buscando se beneficiar com tudo isso? A verdade é que o Brasil já tem leis suficientes para combater exploração infantil na internet. O problema nunca foi a falta de legislação, é a falta de aplicação. O Estatuto da Criança e do Adolescente, por exemplo, né, já tipifica crimes como aliciamento, exposição indevida e abuso sexual envolvendo menores. O marco civil da internet, em vigor desde 2014, também permite a responsabilização de plataformas por conteúdos ilegais. quando há descumprimento de ordens judiciais. Além disso, o Código Penal já prevê penas severas para quem produz, compartilha ou consome material com conteúdo sexual envolvendo crianças e adolescentes. Ou seja, o que falta não é criar novas regras, sim fazer valer as que já existem. Por isso, quando o governo fala em regulamentação ampla, né, é preciso ficar atento, né? Será que o objetivo é proteger ou estão aproveitando o momento para avançar ainda mais sobre a liberdade das pessoas? Regular o que já tá regulado, sem garantir o cumprimento das leis atuais, pode ser só mais uma forma de ampliar o poder do Estado. E aí quem paga a conta é sempre o cidadão comum. Para mim está claro os interesses desses políticos. Sem mais, comenta aqui que que você acha sobre isso. Eu tô de olho. Até o próximo vídeo. Ciao [Música]







