As Propriedades que os Homens Perderam na Modernidade!

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algo curioso aconteceu com a forma como o mundo moderno passou a se organizar se olharmos com atenção veremos que sua estrutura social parece cada vez mais orientada não pela afirmação do homem e menos ainda pela realização de sua expansão egoísta mas pela maximização da eficiência da segurança e da previsibilidade em teoria esses valores são tratados como sendo universais mas se observarmos sua origem histórica e antropológica percebemos que eles estão mais associados a uma visão feminina do mundo que é voltada para a proteção para o abrigo e para o cuidado com os recursos diferente disso o modo masculino de existir sempre esteve ligado à intensidade ao risco e a superação de obstáculos o homem tradicionalmente não buscava apenas um refúgio no mundo mas muitas vezes se rebelar contra ele o homem não media seus passos somente com base na segurança mas também naquilo que o permitia firmar sua força seja na guerra na criação de sistemas de poder ou no trabalho como forma de transcendência essa disposição não era apenas instintiva mas também socialmente reconhecida existiam espaços que canalizavam essa energia masculina de forma legítima como no caso das guildas mas ao longo dos séculos esses espaços foram sendo apagados ou substituídos por mecanicismos que neutralizam a diferença entre os interesses e equalizam os modos de vida o resultado é que o homem moderno este cidadão do mundo ao contrário de seus ancestrais vive mais como gestor de recursos como um gerente qualquer não possui mais o espírito de alguém que confronta o mundo ele opera dentro de engrenagens estatais e corporativistas que o mantém em funcionamento mas que claro o afastam de sua natureza e isso se torna ainda mais paradoxal se considerarmos que a própria civilização moderna foi construída a partir da produção masculina se tudo que nos cerca foi forjado por homens por o mundo atual parece ter sido desenhado para realizar interesses que não se sustentam como propriamente masculinos a resposta pode estar na maneira como o Estado moderno se constituiu durante boa parte da história o homem livre era aquele que podia se colocar como força paralela ao estado mas com o surgimento do terceiro estado e a ascensão do liberalismo iniciou-se um processo de centralização do poder onde o Estado deixou de ser apenas um árbitro distante para se tornar um grande reordenador da vida civil o homem foi sendo integrado ou melhor engolido por essa nova ordem com o tempo seu egoísmo que antes era fonte de criação disputa e identidade foi sendo diluído em estruturas burocráticas normas morais universais e exigências produtivas as guerras mundiais intensificaram esse processo o homem já não era mais visto como sujeito de vontade mas como uma peça substituível um mero número ou seja um recurso humano o que vemos hoje é o fim dessa transição o homem como cidadão idealizado funcional obediente programado para seguir diretrizes institucionais que pouco ou nada tem a ver com a sua verdadeira natureza e seus interesses isso não significa que o homem deixou de ser egoísta o que mudou foi mais o modo como seu egoísmo se manifesta hoje ele não se realiza mais a partir de si mesmo mas por meio do egoísmo de outros especialmente através da realização dos desejos femininos aos quais ele passou a servir mesmo sem perceber assim o homem contemporâneo já não atua mais como agente ativo no mundo mas como um observador apático ele parece muitas vezes esvaziado da vontade sem espírito sem forma apenas mais um entre milhões apenas um cidadão do mundo e se tudo isso foi perdido e esse vigor masculino foi neutralizado é porque havia algo ali antes algo que existia não apenas no indivíduo isolado mas nas estruturas sociais que permitiam a expressão da vontade masculina de se expandir com isso chamarei isso que se perdeu de propriedade perdida não propriamente no sentido econômico mas como um conjunto de experiências espaços e valores que permitiam a um homem se realizar como homem em união com outros homens mas não por altruísmo mas por interesse próprio compartilhado isso era evidente nas antigas corporações de ofício nas guildas e nas confrarias havia ali uma lógica onde o egoísmo masculino encontrava forma e reconhecimento ou seja um lugar onde o homem podia crescer competir cooperar e afirmar-se o liberalismo com sua promessa de liberdade para todos destruiu essas formas sem oferecer substitutos reais em seu lugar ergueu um mercado nivelado onde todos competem como equivalentes ainda que os meios não sejam iguais o resultado o homem deixou de ver no outro um aliado em sua jornada egoísta e passou a vê-lo como um inimigo um concorrente ou seja um obstáculo o mundo se tornou um grande campo de competição anônima onde os antigos laços de pertencimento masculino foram dissolvidos e é justamente a partir daí que podemos começar a enxergar com mais clareza aquilo que foi perdido então se o homem foi despotencializado parte de seu poder diminuiu então isso significa que algo foi perdido sim essas são as coisas que eu gosto de chamar de nossa propriedade perdida embora essa propriedade era preida individualmente e os homens livres viviam colaborando para atingir interesses propriamente individuais em verdade há poucas coisas que o homem pode fazer sozinho quando ele não tem tanto poder isto é sempre foi o interesse egoísta a união em conjunto de homens para a realização de um determinado objetivo obviamente que isso não é comum hoje pois a massificação e o liberalismo moderno fizeram com que o homem se tornasse um mero competidor um equivalente geral denominado por fatores como diploma certificados autorizações eleições etc ou seja o livre mercado do liberalismo não é exatamente livre por essência ele é apenas nivelado para que todos possam teoricamente participar mas os meios não são idênticos e o homem vê o outro homem como inimigo daí eu posso começar a mostrar o que foi perdido de lá para cá diferente disso na natureza não há costume ou lei não existem pactos de paz nem misericórdia nem honra aos mortos a natureza é uma guerra selvagem de todos contra todos onde não há moralidade na natureza em seu nível mais básico tudo tenta devorar tudo é implícito nessa concepção da natureza como devoradora está o entendimento da vida biológica como algo que em seu nível mais fundamental hã seja uma árvore seja um ser humano ou seja um animal a busca pelo crescimento e por isso ele precisa consumir nenhuma regra nenhum limite vivenciando isso e com muita luta reflexão guerras e criação de conhecimento o homem entendeu o papel devorador da natureza e aprendeu a controlar isso por meio da razão e da criação de valores a partir disso ele começou a se afastar de seu aspecto mais animalesco de sua natureza egoísta e esqueceu-se das coisas que lhe fortaleciam fisicamente e mentalmente a história de como a civilização foi construída é praticamente a luta da ordem contra o caos o caos era concebido como morte decadência desarmonia feiura e os aspectos devoradores e violentos tanto da natureza exterior quanto da natureza humana a ordem em contraste era tratada como harmonia beleza excelência glória aspectos criativos da natureza e no fim coisas e com isso suas raízes necessitavam ir cada vez mais fundo para que você conseguisse superar o espírito da gravidade e é por isso que Niet sempre fala: “Vamos matar o espírito da gravidade” pois é a gravidade que a vida tenta superar é a gravidade que oferece resistência é contra ela que as plantas lutam enquanto crescem em direção aos céus é contra a entropia contra a dissolução que a vida luta ao manter sua estrutura interna durante o crescimento então de certa forma o aspecto de uma vida afirmativa é uma das propriedades que o homem acabou perdendo em seguro mas ele se sente imortal se sente seguro se sente feminino com isso ele se importa mais com as coisas femininas e ele luta contra sua própria natureza para cumprir seus papéis de cidadão do mundo ele ignora e despreza os meios de si e troca tudo isso pelos meios dos outros da sociedade da igualdade do feminismo e de tudo que não for dele ele se realiza como sendo apenas um capacho de todas as coisas que não fazem parte da sua natureza ou seja ele se torna oco vazio mecânico e robótico antes do surgimento desse modelo baseado no estado moderno e na luta pela igualdade e pela padronização dos interesses a vida social e política era estruturada por corporações fechadas como as guildas de ofício a nobreza feudal o clero as comunas urbanas os burgos entre outros grupos em qualquer lugar da sociedade europeia medieval o indivíduo era antes de tudo um membro de uma pequena comunidade fosse ela uma guilda de artesãos um clã nobre uma ordem religiosa ou uma comuna urbana e devia lealdade total ao que Steiner chama de espírito coletivo dessa corporação o indivíduo só existia plenamente dentro desses meios da corporação que ele pertencia e de fato as guildas começaram como simples agrupamento de homens baseado em seus interesses e tudo isso inicialmente era muito diverso a partir dessas guildas mais simples os interesses podiam ser realizados de diversas formas as interações masculinas iam desde beber até cair até a busca da derrubada de algum governante ou pelo menos o mero questionamento de suas normas obviamente com o avanço do comércio e com a imposição das diversas necessidades o sistema de guildas foi se tornando mais diverso mas também mais excludente e mesmo que isso seja verdade eu ainda acho mais fácil convencer um mestre de guildas a me pegar como aprendiz do que convencer a uma mulher do RH que eu sei o que eu de fato sei mas dentro da crítica de Max Stiner quando ele observou o surgimento do comércio burguês obviamente que ele viu isso tudo com maus olhos e ele criticava justamente a hierarquia gerada dentro desses sistemas mas a questão é que o mundo massificado também exige o mesmo jogo social na minha opinião isso não mudou muito apenas se tornou impessoal e mecânico dentro do sistema de guildas pelo menos se podia escolher quem te interessava para entrar em tal ou qual guilda e se você não gostasse de determinado tipo não existiu uma lei que te obrigasse a contratá-lo então a liberdade varia de acordo com quem tu era não é muito diferente de hoje você deve perceber mas a diversidade era maior caso tu fosse rejeitado em uma guilda ou não concordasse com alguma coisa tu poderias ir até outra guilda poderia de alguma forma encontrar o seu lugar hoje é tudo mais ou menos a mesma coisa o mundo corporativo é extremamente padronizado quase que em termos globais na própria visão de Stiner a nova figura do trabalhador agora é visto essencialmente como um ser produtivo onde ele sacrifica o próprio ego em nome da sociedade onde ele opera assim como o burguês se entregava ao estado concorrencial outro ponto positivo que eu vejo é que em ambas as formações de guildas tanto as mais simples quanto as posteriores mais complexas a fluidez urbana era mais interessante as cidades tinham uma funcionalidade comercial e não meramente industrial como eu falei no meu outro vídeo sobre o estado eu vejo o comércio e o período de revolução comercial com bons olhos eu não sou particularmente contra o meio urbano mas sim contra a massificação do meio urbano moderno ou seja pós-industrial onde é baseado praticamente na expansão do consumo do crédito de certa forma a cidade moderna é feita para satisfazer o feminismo e não as potencialidades masculinas por isso era comum você ver homens em Nova York se anestesiando como é muito mostrado naquela série chamada Madman com as funcionalidades das cidades baseando nos diversos interesses comerciais ou não pelo menos se podia fazer essa embriaguez de uma forma mais divertida a violência moderna geralmente é fruto do ressentimento ressentimento daquele cidadão do mundo que foi pisoteado pela má sorte a violência antes era mero conflito de interesses e em algumas vezes até mesmo fruto da mera estupidez e com isso eu não estou dizendo que eu quero voltar atrás mas apenas que a forma como estruturamos a sociedade tem diferentes vazamentos diferentes formas de se escapar do que eu considero desinteressante querendo ou não era muito melhor abaixar a cabeça para o mestre de guildas que tinha alguma habilidade real do que abaixar a cabeça para um RH robótico feito na GUP como exemplo desse argumento eh no século X em Tornei o trabalho manual era organizado majoritariamente pelas guildas eles regulavam quem podia trabalhar e os trâmites de pagamentos de salários mas eles tinham os mesmos problemas de rotina de trabalho eles enfrentavam um problema clássico os trabalhadores costumavam faltar nas segundas-feiras isso era uma dificuldade comum para patrões e mestres mais interessante do que isso é o que eles fizeram para resolver esse problema em 1356 os mestres tintureiros da cidade de Tonai criaram uma estratégia para tentar reduzir essas faltas lhe dando pagamentos maiores nas segundas e nas terças era meio que uma forma prática de motivar os trabalhadores a evitar as faltas e atrasos no início da semana aumentando assim a produtividade e reduzindo os prejuízos hoje isso até acontece mas sejamos sinceros quanto dos seus interesses são atendidos pela modalidade de trabalho moderno isso é algo que você precisa refletir no geral eu penso que os homens perderam muitas propriedades que lhes eram úteis no sentido de favorecer a sua própria natureza hoje por incompetência ou por preguiça os homens apenas ficam olhando tudo isso acontecer de forma passiva e robótica muitos deles nem sequer sabiam como eram as coisas antes eles não conhecem a si mesmo nem a sua natureza eles não são nada nem criam nada eles não são tão interessantes assim e nem e nem mesmo confiáveis essas são algumas coisas que eu acho que foram perdidas bom como eu costumo dizer este é apenas um canal para que eu fale sobre as coisas que eu acho interessante e coisas que eu gosto em de forma geral caso tenha interesse sobre esses assuntos dentre outros considere fazer parte da área de membros e se inscrever no meu canal até a próxima m

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