AUVP11 – O metodologia DIAGRAMA DO CERRADO para selecionar empresas de qualidade no Brasil.
0Olá, meus amigos. Meu nome é Geraldo Burgo. Eu sou analista de valores mobiliários e consultor CVM. Esse canal ele é 100% focado em ETFs, onde eu te ajudo a construir uma carteira realmente passiva. Aproveita para se inscrever no canal, me seguir nas redes sociais e ficar por dentro de todas as novidades. Essa semana a gente vai falar sobre o AUVP11, que é um ETF que foi lançado semana passada no Brasil, que tem como proposta buscar se expor a empresas de qualidade no mercado brasileiro. Então, a minha ideia aqui hoje é trazer para vocês eh as principais informações sobre ETF, as principais características, a metodologia, né, como que ele seleciona essas empresas aí para definir o que que é, o que que não é uma empresa de qualidade. E trouxe para vocês um back test, ou seja, como que essa estratégia se comportou nos últimos 10 anos frente a outros índices de mercado. A UVP11 é um ETF da gestora do BTG, tá na categoria de renda variável, segue o índice TEVA ações fundamentos e faz o seu rebalanceamento uma vez ao ano. Aqui eu já passo algumas observações. Normalmente esses ETFs de renda variável que possuem estratégias até um pouco mais específicas, fazem um rebalanceamento no mínimo duas vezes ao ano. O que que é o rebalanceamento? Então nada mais é do que ele vai rodar novamente a metodologia para definir quais serão os ativos que irão compor o fundo. Então, sempre num rebalanceamento, algumas empresas podem sair do índice e outras empresas podem entrar no índice. Na primeira sexta de ativos do da UVP11, nós temos 34 empresas, que pro tamanho do mercado brasileiro aí acho que tá suficiente. A estratégia principal é buscar empresas de qualidade. Ele tem uma metodologia própria que eu vou detalhar para vocês no próximo slide. uma taxa de administração total de 0,75% ao ano. Aqui eu faço um outro parênteses, uma outra observação que eu achei muito alta essa taxa de administração. Eu sei que a gente não tem como comparar com ETFs do mercado americano, que não tem como comparar com ETFs mais simples, digamos, mais amplos, né, como ETFs que seguem o índice Bovespa, mas a gente tem no Brasil outros ETFs com estratégias também mais específicas que possuem uma taxa de administração mais mais barata, né, uma taxa de administração menor. Então eu achei essa taxa de administração um pouco alta e eu espereo, né, que ela se reduza aí com o passar do tempo. Número de cotistas e patrimônio líquido, como foi lançado aí recentemente, não não faz muito sentido apresentar essas informações agora. Ele é um ETF de acumulação, ou seja, ele não distribui dividendos, ele acumula os dividendos dentro do fundo. E quando a gente fala com relação a impostos, somente sobre a venda das cotas da UUV11, onde o investidor vai pagar um imposto de renda de 15% sobre o seu ganho de capital. Agora vamos dar uma olhada na metodologia do AUVP11, a estratégia do índice, metodologia diagrama do cerrado. Confesso que eu não conhecia essa metodologia. Depois que eu postei lá no ex, alguns seguidores vieram me dizer que se trata da metodologia criada pelo Raul Senena. Acho que ele era o antigo investidor sardinha, então foi ele que criou. Acredito que ele ensine essa estratégia paraos seus alunos ou pros seus clientes. Então, basicamente é um conjunto de filtros para chegar a uma seleção ideal de ativos. Ele começa lá selecionando empresas que tenham pelo menos 5 anos de listagem na B3. Ele faz um filtro de capitalização do de mercado para selecionar empresas que possuem um market cap superior a R$ 3 bilhões deais. Aplica um filtro de liquidez e agora ele começa três filtros de qualidade. O primeiro, ele exclui empresas em recuperação judicial e aquelas empresas que não entregaram os informes periódicos obrigatórios. Depois ele acaba excluindo setores de varejo, proteína animal e transporte aéreo. E por último, ele faz a seleção dos ativos com quatro métricas, digamos assim, fundamentalistas, que é o lucro positivo nos últimos 5 anos. O endividamento líquido inferior a três vezes o EBIT, ROI acima de 10% e uma margem líquida superior a 8%. Essa é, eu acredito que essa seja a metodologia do diagrama do cerrado, né? a fórmula criada para selecionar ativos de qualidade. E por último, a gente faz a ponderação dos ativos. Ele leva em conta aí o market cap das empresas, ou seja, quanto maior o valor de mercado das empresas, maior é o peso dela dentro do fundo. Bom, o que que me chamou atenção nessa metodologia? Eh, normalmente quando a gente cria um índice, principalmente que busca estratégias mais específicas, como focar empresas de qualidade ou focar empresas de valor, né, aquelas que estão baratas perante a seus múltiplos de preços, ah, o índice ele é criado não utilizando eh valores absolutos, como a gente tem aqui, lucro positivo. O lucro positivo nos últimos 5 anos é essa forma aqui é utilizada por outros índices, mas principalmente essas três métricas fundamentalistas que é o endividamento líquido, Roy e a margem líquida, eles estão valores praticamente absolutos. Então, ou seja, uma empresa que tem um ROY de 9,9, ela não entra. Uma empresa que tem um ROI de 10,1, ela entra. Ficou um pouco estranho. Não é comum a gente ver um índice ser criado dessa forma. Então, por isso que eu digo que me chamou atenção. Quais são, digamos, os problemas de a gente utilizar números absolutos na metodologia de um índice, né, de um ETF, é que a gente pode acabar o quê? Concentrando demais em determinados setores ou empresas, tá? Então aqui eu só tô abrindo um parêntese, não fazendo uma crítica, somente dizendo quais são as consequências de a gente realmente eh utilizar esses números absolutos. Numa dessas foi realmente a intenção do ETF, né? vai que o diagrama do cerrado quer realmente essa concentração. Ele não quer, digamos, ele não se importa lá de ter um ETF concentrado num setor, numa empresa. Enfim, somente estou expondo aqui os riscos realmente de a gente ter uma metodologia baseada em valores absolutos, porque normalmente funciona dessa forma. Eu vou mostrar para vocês. Quando a gente cria um índice eh utilizando métricas fundamentalistas, por exemplo, né, para selecionar empresas de qualidade, eh, a gente vai pegar aqui, por exemplo, as empresas de maior ROI e vamos aplicar um score, ou seja, uma pontuação para essas empresas. Quanto maior é o ROI, maior é o score. E depois, para selecionar essas empresas, a gente não utiliza os valores absolutos, a gente utiliza o quê? Um percentual. Ou seja, vamos selecionar 20% das empresas de maior HOI. Então é assim que funciona, né? Quando a gente cria um índice, pelo menos o normal, é grande parte dos índices são criados dessa forma. Não não que a gente vai escolher 20% de maior pontuação, pode ser 30, 40, enfim. E isso aí é depende realmente da empresa que tá criando o índice, mas normalmente a gente seleciona as empresas com base nesse percentil, né? a gente vai definir um percentual de empresas e vai selecionar independentemente do valor absoluto do ROI, nesse caso aqui. Então, eh, eu acredito que é uma forma mais eficiente, porque a gente acaba reduzindo o risco da concentração, seja num setor ou numa empresa específica. Tanto que na primeira cesta de ativos do fundo a gente já observa essa alta concentração. Então na primeira cesta do do ativo que eu peguei lá no site da empresa que criou esse índice, a gente vê que tem um setor, o já tem um setor aqui que já tem uma concentração muito alta, que é o setor bancário. Quase 50% do ETF está focado no setor bancário e 26%, ou seja, 1/4 do fundo somente numa empresa que é no Itaú. Veja, não estou dizendo que o Itaú seja uma maior empresa, ele é uma ótima empresa, nem se compara, é uma das um dos maiores bancos da América Latina, mas não tem como a gente negar que a utilizar a metodologia dessa forma vai criar esse tipo de eh digamos de comportamento com fundo, né? Focado, ou seja, concentrado em setores ou em empresas específicas. Novamente, não estou dizendo que é certo nem errado, são estratégias que você pode utilizar para buscar uma exposição a determinadas características de empresas, né? Eu particularmente prefiro índices que vão utilizar o método de ranking, onde ele vai selecionar um percentual de empresas de maior ROI. Eu acredito que é uma maneira mais eficiente, mas isso sou eu, os meus centavos. Eu acredito que provavelmente, né, se foi criado o índice, o pessoal fez diversos estudos para avaliar e a concentração não era algo que deixava eles, que iria deixá-los, né, preocupados. Então, acredito que faz parte realmente da estratégia buscar essa concentração. Não que esteja errado, mas quando a gente concentra demais, a gente pode ter o quê? é um ativo um pouco mais volátil, digamos, do que ativos não tão concentrados, que vocês vão observar agora em alguns dados que eu vou trazer para vocês. Então, ao buscar uma exposição a UVP11, vocês têm que ter ciência de que, provavelmente vão estar concentrados em algum setor ou em alguma empresa e vão ter, talvez, uma volatilidade maior do que outros índices mais amplos, né, mais diversificados no mercado. Agora analisando o retorno histórico, né, do AUVP11, né, da estratégia do AUVP11, já que o o AUVP11 foi criado semana passada, mas a gente tem aí o histórico dessa estratégia desde 2015. E vou comparar principalmente com o Ibovespa, que é o índice mais conhecido que a gente tem aí do mercado brasileiro, e o IDV, que também é um índice bem conhecido. Porém, ao invés de se expor ao mercado brasileiro de forma ampla, como o Ibovespa faz, tá? O IDV ele seleciona empresas pagadoras de dividendos, né? Pelo menos empresas que tenham recorrência no pagamento de dividendos. E ele não utiliza nenhum filtro, digamos, fundamentalista ou exclui setores, nada. ele vai buscar empresas que pagam dividendos de forma recorrente. Se a gente analisar nesse primeiro gráfico, desde abril de 2015 até abril de 2025, a gente observa que a estratégia do AUVP11 teve um retorno superior ao Ibovespa, porém teve um retorno inferior à estratégia do IDIV. Então, enquanto a UVP11 teve um retorno de 11.83% ao ano nesses últimos 10 anos, o IDV entregou 13.96 96 e o Ibovespa 10,05%. A volatilidade anual foi, como eu mencionei para vocês, ó, a estratégia do AUVP11, ela é um pouco mais volátil que o próprio Ibovespa. O Ibovespa nesse período aqui, teve uma volatilidade anual de 23,69% e o IDV uma volatilidade anual de 22,55%. O que é um movimento esperado, como eu mencionei, né? a gente vai est mais concentrado, então a gente vai ter realmente uma carteira ali que vai ter uma maior dispersão dos retornos, tá? Agora vamos analisar através de janelas móveis, porque aqui a gente tá vendo uma janela específica de tempo, de 2015 até 2025. Nesse intervalo específico, a gente teve esse comportamento. Porém, quando a gente abre através de janelas móveis e começando por janelas móveis curtas de tempo, ou seja, janelas móveis de 12 meses, a gente observa que a UVP11 supera o IDV em 40,7%, 40,7% das janelas e o AUVP11 supera o Ibov em 61,5% das janelas. Aqui não tem muita coisa para analisar, são performances de curto prazo. A gente sabe que quando a gente investe em renda variável, a gente é, o curto prazo, ele é muito aleatório. A gente não tem que se ater a essas oscilações de curto prazo. Mas eu gostaria de ver aqui, eu gosto de ver essas janelas mais curtas para tentar encontrar uma correlação, uma alta correlação, algum movimentos atípicos em em janelas curtas de tempo. E o que me chamou atenção é que a estratégia do AUVP11 nos últimos anos ela vem performando bem. Então vocês observaram no gráfico anterior que a estratégia do IDV entregou um retorno superior naquele período de 10 anos. Porém, nos últimos anos, ó, em 2023, 2024, várias janelas de 12 meses, essa estratégia do AUVP11 vem entregando retornos superiores. Isso fica mais claro quando a gente observa em janelas móveis de 36 e 60 meses. Primeiro, nas janelas móveis de de 36 meses, ou seja, de 3 anos, a gente vê aqui, ó, nos últimos anos, né, nos últimos meses, realmente a estratégia do AUVP11 vem performando acima tanto do Idivio como Ibov. Mas em períodos anteriores não foi isso que aconteceu. A gente teve nesse período entre 2020 até 2022, onde a bolsa brasileira sofreu bastante a estratégia do AUVP11 sofreu mais que o Ibovespa e sofreu mais que o IDIV. Tanto que o AUVP11 supera o IDV em somente 20,8% das janelas de 36 meses. Eu achei um pouco baixo. O AUVP11 supera o Ibovespo em 36% das janelas de 36 meses. Eu também achei muito baixo. Então o que que a gente observa? No passado, digamos recente, a estratégia tá desempenhando bem, porém quando a gente começa a voltar um pouquinho no tempo, ela não desempenhou tão bem quanto os outros índices de mercado. E janelas móveis de 60 meses. Nesse gráfico à direita, observamos o mesmo movimento nos últimos anos aqui, nos últimos 2 anos, a estratégia realmente do a UVP11 vem performando tanto acima do Ibovespa quanto do do da estratégia do Idiv, mas em anos anteriores ela performou muito abaixo tanto do Ibovespa quanto do IDV. Tanto que em janelas móveis de 60 meses, o AUVP supera o IDV em somente 8,6% das janelas. Foram essas últimas janelinhas aqui, ó, nos últimos anos, certo? A gente pega um um passado, digamos, um histórico um pouco maior, a gente vê que o o IDV superou a UVP11 em quase 100% do tempo. Nos últimos anos aqui que a estratégia meio que tá entregando realmente bons retornos. Já o AUVP11 supera o IBOV em 40,9% das janelas de 60 meses. Também achei baixo. Se a se a se a se o objetivo da UVP11 é selecionar empresas de qualidade, a gente espera que no mínimo, tá, supere o Ibovesp. Então, ou seja, a gente tem que superar no número maior de janelas, né? Naquela janela específica que eu apresentei no começo, o AUVP11 supera, mas quando a gente abre em várias janelas de 5 anos, ele fica abaixo do Ibovespa. Ibovespa tem um percentual maior aí de janelas que supera o AUV11. Para vocês entenderem como é que se olha esses gráficos de janelas móveis, às vezes é meio confuso e eu gosto de falar aqui nos meus vídeos. Vamos pegar esse gráfico aqui, ó, janelas móveis de 60 meses. Vamos pegar esse primeiro ponto no gráfico aqui, ó, primeiro de abril de 2020. A gente tem um retorno aqui do ID, né, que seria essa linha vermelha de mais ou menos 10%, né? Vocês estão vendo? Então, que isso, o que que isso quer dizer? Quer dizer que se a pessoa tivesse investido 5 anos antes, ou seja, ela em abril de 2015, e permanecido investido durante 60 meses, ou seja, 5 anos, ela teria tido uma média de 10% ao ano, tá? Caso tivesse investido aqui numa estratégia do ID. Então, é basicamente assim que funciona as janelas móveis. E aqui são gráficos diários, né? Então, cada janelinha dessa aqui vai ser, digamos, 5 anos para trás, daqui que o investidor permaneceu investido. Analisando agora as piores quedas, aí vem o fato, digamos, que me chamou atenção, porque o AUVP11 ele tem a maior volatilidade naquele período que a gente analisou, né, quando comparado ao Idivo e Ibov, mas não tem o maior drawdown. O maior drawd é do Ibovespa que teve aqui, acho que foi na crise de 2016 lá da D, não, desculpa, foi na crise do COVID aqui em 2020. O Ibovespa teve uma queda de 46%. Engraçado que a pior queda do IDV não foi no COVID, foi lá na no auge da do impeachment da Dilma, digamos assim, né, que chegou a cair aqui 45%. E a pior queda da do AUVP11 foi no COVID que chegou a cair 43%, foi o menor drawdown entre os outros três. Bom, meus amigos, e qual é a conclusão que eu chego? Como eu mencionei para vocês, eu particularmente eu não gosto de utilizar índices que utilizam que utilizam é valores absolutos para definir quais ativos que irão compor o fundo. Eu prefiro índices que utilizam o sistema de um método, né, de ranking, tá? Onde a gente define um percentual de empresas que irão compor o fundo, um percentual de empresas que possuem o auto, né? 20% das empresas de Morhoy, eu acredito que é uma estratégia um pouco mais eficiente. Tu acaba mitigando o risco da concentração, mas aqui não tem certo nem errado. São duas formas realmente que a gente tem de buscar essa exposição. Eu acredito que ao montar, ao estruturar essa estratégia do diagrama do cerrado, a concentração não foi um problema. Provavelmente foi algo que foi observado, mas eles chegaram à conclusão de que não era para ser um problema, que eles queriam realmente essa concentração, que não importa para a estratégia concentrar num setor ou numa empresa. Eles querem somente eh empresas que tenham aqueles indicadores ali que foram definidos. Novamente, eu não estou criticando aqueles valores que foram definidos com ROID de 10%, margem líquida acima de 8. Não tô dando nenhuma opinião com relação a isso. E sim ao método utilizado de valores absolutos. Eu prefiro o método de ranking. Bom, meus amigos, esse era o vídeo do AUVP11 que o pessoal me pediu lá no Instagram, no Instagram. Eu espero que tenham gostado. Trouxe aqui uma análise, não quero criticar o índice, eu só passei a minha opinião, tá? Os meus centavos, como eu gosto de brincar, mas eu tentei trazer uma uma visão mais honesta. trouxe dados, eh, mostrei a performance para vocês do back test, comparei com outros índices de mercado para ajudar vocês a tomarem as melhores decisões. Agora, cabe a vocês se faz sentido ou não buscar, digamos, empresas de qualidade aqui no Brasil através dessa estratégia da do diagrama do cerrado, né? A estratégia do AUVP11. Qualquer dúvida que vocês tiverem, basta deixar nos comentários que eu vou responder a todos vocês.