AVIÃO B2-FAZ COISAS SURREAIS? O MAIS CARO DO MUNDO? com Fernando de Borthole no Engenharia Reversa

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com muita precisão no tempo que precisa ser. Ele não vai fazer isso 5 minutos antes de fazer o ataque, né? Então, dificilmente isso vai dar errado, né? Aliás, já fazer uma pergunta que não tava da pauta, mas nosso querido aqui Mateus já pediu para perguntar. Vamos lembrar essa aí. Já começa com polêmica lá. Já começa com polêmica. Não tem polêmica hoje não falta. Pode entrar em Santes do Mon, a gente vai pegar, mas não falta. Eh, parece que o Trump mandou um avião B2 para enviar bombas, tal. É, eu lembro, eu sou da época ainda do B52, né, que você conhece a banda, né? B, tinha uma ruiva maravilhosa. Cheque outra muito boa. Aliás, quem bife titiu outra é muito boa a banda que é muito que é muito bom. Eh, eu queria que você falasse primeiro desse caso, dessas bombas e depois também explicasse um pouco o que que um avião precisa ter, porque imagina, a princípio, assim, eu que nunca joguei bomba em lugar nenhum, a não ser aqueles bom teria de festa junina, mas eu pensando rápido, o que que eu quero de um avião que lance uma bomba? Eu quero que esse avião seja o mais rápido possível, por exemplo, né? Uma uma coisa que eu quero que ele possa chegar sem dar tempo de pessoas atacarem, né, interceptarem esse avião e que ele possa sair rápido também, né? Mas não sei. Então eu primeiro eu quero que você explique primeiro o que que é essa história que por que esse avião foi usado e e se tem algum tipo de bomba ou qual tipo de bomba que ele pode lançar. Tá bom. Bom, o B2 é um bombardeiro. Ele é o avião mais caro da história da aviação, mais caro do mundo até hoje. É um avião que com o o os valores atuais, né, ele custa por volta de um pouco mais de 2 bilhões de dólares a unidade do avião. Até hoje eu não, porque eu lembro desse avião da década de 80, até hoje eu não tem nenhum avião mais caro mais caro. Não, não, ele é o mais caro. Sim. 2 bilhões de dólares é muito dinheiro. Não, mas eu imaginava que hoje já teria algum Não tem. Não. Por que que ele ficou muito caro? Primeiro que ele tem uma tecnologia absurda que ele foi desenvolvido na década de 80, né? Final de 70, início de 80. Ah, foi fez o primeiro voo em 89 ainda era da época da União Soviética, né? Inclusive ele foi desenvolvido ano que caiu, né? 80 não, 89, 89 caiu o muro de Berlim, 91 caiu a União Soviética. Exatamente. E então é, ele ele voou pela primeira vez no ano que o muro de Berlim caiu, né? Eh, então era assim, era altíssima a tecnologia na época para produzir um avião que a gente chama de avião stealth, ou seja, avião furtivo, invisível aos radares. Não é 100% invisível, o radar identifica alguma coisinha lá, mas ele tem uma assinatura radar do tamanho de uma abelha. É como se uma abelha tivesse voando, ou seja, é isso mesmo. Então é como se não tivesse nada, né? Caramba. E claro que uma abelha não vai voar 800, 900 km/h, mas o cara vê, tem uma abelha muito tem uma abelha um pouco quase supersônica, né? É. Mas se identifica. Ele pode ser visto, mas é a assinatura é muito pequena, então é praticamente que ele não esteja lá no radar, né? Mas em baixas alturas, não. Ele não é identificado no radar. Não, ele não é identificado. Por quê? Por causa do design dele, por causa dos materiais utilizados. Então são materiais que absorvem as ondas emitidas pelo radar, né? Porque só pro pessoal entender como é que um radar funciona, ele emite uma onda, essa onda reflete em algum objeto, volta pro radar e ele identifica o que tem ali. Pelo formato dele, ele é uma asa voadora. Tanto é que você olhando de lado, ele parece até um disco voador, né? Ele é uma asa bem fina, né? Pelo tamanho do do avião. E pelo pelos materiais absorventes de onda de radar, essa onda ela bate, o material absorve boa parte dela, outra parte ela é refletida para outros lados e não para voltar pro radar. Então o que volta é muito pequeno, é praticamente insignificante. A gente não pode dizer que ele é 100% invisível porque volta alguma coisa, mas não é identificável, né? Isso na época é assim, no início dos aviões stels, né? Tava começando essa essa história toda. Ao mesmo tempo, ele é um avião que consegue transportar bastante carga. Eu não vou lembrar de cabeça o peso, né, de de carga dele, mas ele transporta bastante bomba, transporta bastante combustível, porque ele tem aí uma autonomia de mais ou menos 11 horas de voo. Então ele 11 horas de voa, ele consegue fazer porque lógico que vai depender da velocidade, mas autonomia máxima dele voa mais ou menos 1000 km por a conta é muito simples, 11.000 km, né? É muito voo, é muito voo. Então é só que ele não é supersônico. Sim, ele não é, mas dava para atacar Irã e Israel ali diante, jogar bomba Israel e voltar ao vice-versa umas duas vezes. Sim, sim. Mas ele saiu dos Estados Unidos, no caso desse ataque do do de do Irã. Então ele, então ele tem a capacidade de ser reabastecido em voo e aí por em posições estratégicas a rota, sobe um avião tanque, reabastece e ele continua. Tanto é que essa missão foi aí por volta de 37 horas ininterruptas, né? Sempre esse abastecimento. Vocês vocês têm registros porque eu fico muito curioso, eu acho muito eh maravilhoso como acontece esse abastecimento e voo. Sim. Vocês têm informações sobre quantas vezes esse abasteamento dá errado ou ele dá sempre certo? Não dá sempre certo, até porque dar errado pode causar uma tragédia. Se dá errado, o cara tem que pousar, né? Aí errou o teu o teu atuação, teu plano de ação. Tem que pousar. Examente. Ele tem que pousar porque se não abasteceu, se não der errado no sentido de reabastecer, aí ele vai ter que pousar. Mas não, normalmente ele dá certo. É um é um é um, apesar de ser uma coisa para quem olha de fora, para quem não é da área, muito absurda, né? Você transferir combustível de um avião para outro em voo, é uma coisa que é feita corriqueiramente, pelo menos em treinamentos. Então no Brasil é capaz de fazer isso também com os aviões. Os caras erram na Fórmula 1, né? E aí e vou dar um pouquinho mais de trabalho. Mas na Fórmula 1 tem aquela questão de ser muito rápido, né? Tem o tempo nessa nisso não é um agravante, né? É feito tudo com muita precisão no tempo que precisa ser. Ele não vai fazer isso 5 minutos antes de fazer o ataque, né? Então, dificilmente isso vai dar errado, né? Claro que existem eh registros aí de de incidentes, mas normalmente o negócio funciona. Então eu acho engraçado até, claro, engraçado porque eu sou da área, muita gente que não é da área não tem que saber disso, mas é engraçado que as pessoas estão achando que esse B2 é um avião que saiu agora, os Estados Unidos acabou de lançar porque ele ganhou muita evidência nesse ataque. Inclusive o meu vídeo sobre o B2, que já tem uns 4 anos, ele deu um pico assim de visualização, mas não. O avião fez o primeiro bom em 89. Estamos falando aí de 35 anos. 34 35 anos atrás. É 34 anos atrás. Então, eh, já é um avião que ele tá próximo do seu fim, tá mais próximo do seu fim de carreira do que do início, né? Eh, ou seja, já tem outros projetos que os Estados Unidos estão desenvolvendo, que é o B21 Raider, que é o substituto dele, né? É, ele já é um avião com uma tecnologia, não vou dizer ultrapassada, porque ele vem constantemente sofrendo ali as modificações, tal, mas ele é um avião que é da década de 80, né? Não é a última palavra em tecnologia. Então ele custou muito cara, como eu tava dizendo, porque a ideia era que os Estados Unidos fizessem muitas unidades esse avião, centenas de unidades, só que aí veio a queda da União Soviética, então a necessidade não era a mesma. Então foram produzidas 21 unidades só. Ou seja, o programa de construção que custou bilhões de dólares foi dividido em 21 anos 21 unidades. Mas essas 21 unidades são americanas ou outros todas. Não, só os Estados Unidos. Nenhum nenhum outro país tem CV. Só os Estados Unidos. Algum outro país tem algum compatível que chegue? Nenhum. Não, desse tipo não. Não, só os Estados Unidos. Esse é o único avião invisível. Não, não, não, não, não. O avião stealth, ele é característica do que a gente chama de aviões de quinta geração. Essas gerações de aviões, elas começaram a ser nomeadas dessa forma a partir dos primeiros caças da Segunda Guerra Mundial. O B51, o P47, esses são os caças da Primeira Guerra Mundial. O P51 é um avião de altíssima tecnologia daquela época, mas é um caça de primeira geração. É motor a pistão, 12 cilindros, né? Não tinha turbina ainda? Não, não, não, não. Aí foram criando outras geração. Segunda geração que vieram motores a jato, terceira geração, quarta, quarta geração e meia. Então assim, o avião de quarta geração aviões como o F14 do filme Top Gun, por exemplo, que aí já são aviões supersônicos, né? Então foi evoluindo aí nesse quesito. Quinta geração veio o steelf, que são as os aviões invisíveis. Então você tem caças de quinta geração como o F35, o F22 e você tem o bombardeiro de quinta geração, que é o caso do B2.

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