BURACO NEGRO ULTRAMASSIVO NA FERRADURA CÓSMICA

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daquele que pode ser, talvez, quem sabe o buraco negro mais massivo já descoberto na história. Todo mundo sabe, né, que no centro ali, da maior parte das grandes galáxias existem buracos negros massivos, super massivos, né? Ou até como o pessoal chama hoje, buracos negros ultra massivos, tá? Então, buracos negros supermassivos são aqueles buracos negros que excedem ali a massa de milhões de vezes a massa do Sol. Aqui no centro da nossa galáxia, da Via Láctea, nós temos um que é o chamado Sagitários a Estrela, que tem ali seus 4.5, né, milhões de vezes a massa do Sol. Muito bem. Os pesquisadores observaram um objeto no universo muito conhecido. Ele é conhecido como a ferradura do cavalo, eh, horse, tá? É, esse objeto, ele é, na verdade, uma belíssima de uma lente gravitacional e uma lente, além de uma lente gravitacional, né, a gente chama ele de um anel de Einstein. É isso mesmo. Por qu, né? O que que acontece com uma lente gravitacional? Você tem uma galáxia ou um aglomerado de galáxias e deste aglomerado de galáxia você tem então o efeito, né, dele aumentar, dele aqui, ó, ampliar, tá vendo aqui, ó? e aproximar. Então você tem essa galáxia aqui no meio, tá vendo? Essa galáxia aqui. E essa galáxia aqui fez com que esse arco aqui se criasse. Esse arco aqui é uma galáxia que tá muito mais afastada. E como ele não completa, né? Mas ele completa quase aqui, mas ele não completa perfeitamente. A gente chama isso aqui de ferradura de cavalo, né? Que parece uma ferradura mesmo, né? Então esse aqui é um objeto muito conhecido, tá? Muito conhecido dos astrônomos. E foi esse objeto que eles usaram então para para observar e para detectar o buraco negro super massivo da Horse Shy, que a gente chama, né? Cosmic Horse Shooy, ou seja, que é a famosa a famosa ferradura cósmica, né? A ferradura cósmica e através de uma lente gravitacional. Então, é isso aqui que é a lente gravitacional, ou seja, a galáxia que tá ali dentro, essa galáxia aqui, ela ampliou a imagem e aproximou a imagem dessa galáxia aqui que sofreu o efeito de lente gravitacional. Muito bem. Nessa imagem aqui, eles já estão mostrando aqui, ó, esse esse esse detalhe aqui, ó. Isso aqui é muito interessante, tá? Isso aqui é muito interessante. A gente chama essa é como esse anel aqui, ele está quase, né, que praticamente fechado, a gente chama esse tipo de lente gravitacional de anel de Einstein, tá? Então o anel de Einstein é quando a existe um alinhamento praticamente perfeito entre a galáxia que tá lá no, né, a galáxia, a galáxia que é ampliada e nós os observadores. Então porque normalmente fica só aqueles arcos aqui laterais. Quando você tem um anel de Einstein, fica uma coisa assim perfeita. E eles deram destaque aqui, né, para essa para essa para esse arco, né, para esse arco radial aqui dentro. E isso aqui que foi super importante para se fazer a descoberta. Muito bem. A descoberta se deu da seguinte maneira. Os astrônomos conseguiram medir, isso é sensacional, eles conseguiram medir a velocidade das estrelas. Eles pegaram dados desde 2007 e naquele arco radial ali, aquele arco radial tem estrelinhas ali e eles conseguiram medir a velocidade daquelas estrelas. Chegaram a detectar estrelas a mais de 300 km/s e aí o que que você faz? Quando você faz isso, né? você usa esse tipo de esse tipo de medida para você então poder calcular calcular a massa que tá envolvida ali. É da mesma maneira, né, que a gente tem aqui na aqui na Via Láctea aquela aquela imagem, né, aquela com as estrelinhas girando ali e aí você calcula a massa do buraco negro da Via Láctea, que que bate ali no na casa dos 4.5 milhões de vezes a massa do Sol. 366, ó, a velocidade era de cerca de 366 km/s. Então, com isso, eles conseguiram calcular a massa do buraco negro em 36.3 bilhões de vezes a massa do sol. Isso é impressionante, tá? Isto é impressionante porque este buraco negro, ele está chegando no que a gente chama do limite. Existe um limite, tá? Existe um limite, é chamado limite de Edington, que é um limite que um buraco negro pode crescer. Por que que existe esse limite de Edington? Porque o universo ele tem uma certa idade. Então a gente sabe que buracos negros não podem crescer mais do que um certo ponto, porque não teria nem tempo para isso acontecer, tá? E este buraco negro de 36.3 3 bilhões de vezes a massa do Sol está bem próximo ou até acima do limite de Editon, porque eles falam, né, que teoricamente o limite de Editon seria de 15 bilhões de vezes a massa do Sol. Nesses 13.8 bilhões de anos do universo, a gente só conseguiria ter buracos negros com 15 bilhões de vezes a massa do Sol. Mas esse buraco negro, ele tem 36.3 bilhões. Então, como que isso faz, né? eh, já que ele passou este limite de editor. Então, tem toda essa história aí por trás desse, mas eu tô falando desse buraco negro e alguém vai chegar assim: “Aí o Tom 618, ó, não é o Tom 618, que é um o maior buraco negro já registrado com 66, né, bilhões de vezes a massa, a massa do Sol.” Muito bem, pessoal. Então é o seguinte, o Tom 618, sim, ele era ele era, tá, ele era considerado até pouco tempo o maior buraco negro, o buraco negro mais massivo do universo, com cerca de 66 bilhões de vezes a massa do Sol. A questão é, o método usado para medir a massa do tom 618 não é o mesmo usado neste aqui. São métodos mais indiretos. Isso gera uma grande incerteza. Isso faz com que o buraco negro, Tom 618, hoje teve sua massa revisada para cerca de 40 bilhões de vezes a massa do Sol, ou até menos. Eles acham que ele tem menos do que 40 bilhões de vezes a massa do sol. Isso faz com que este buraco negro aqui da ferradura cósmica seja então talvez o buraco negro mais massivo já detectado. Mais massivo já detectado. Então, e descoberto com uma técnica muito interessante, né? Com uma técnica que é usar a lente gravitacional para poder fazer essa medida. Outra coisa, né? Existem outros buracos negros, existe o Phoenix, A que a gente fala, né? Ele também foi calculado com métodos indiretos, né? E o seu a sua massa atualmente ela ela tá, como que eu vou dizer, em hold, né? Ela tá ela não tá estimada com precisão. Tem o buraco negro da IC101. O que que é IC101? IC101 é a maior galáxia que a gente conhece. Como a maior galáxia no universo, como os buracos negros, eles têm uma relação direta. Quanto maior a galáxia, maior a massa do buraco negro. A gente acredita que a maior galáxia do universo tenha talvez o maior buraco negro no centro dela. Só que também a massa deste buraco negro está sendo calculada por métodos indiretos. Este aqui, o da ferradura cósmica, é o buraco negro. Foi calculado através da velocidade das estrelas passando ali, o que é um método bem mais direto do que outros, né? E aí vem a grande questão, por que que tá acima do limite editor? Então, muito provavelmente o que pode ter acontecido com esse buraco negro nesta galáxia é que ex tenha tenha ocorrido aqui fusões de galáxia e na verdade o buraco negro ele pode crescer acima do limite de editon desde que ele tenha desde que ele tenha um fusões acontecendo entre eles, tá? Se você tiver fusões de buracos negros, o buraco negro não tá crescendo eh eh sozinho, não tá crescendo apenas engolindo matéria mesmo, porque este buraco negro aqui é um buraco negro que fica quietinho, ele não é um AGN, ele é um núcleo ativo de galáxia, ele não tá engolindo muito a matéria. Então eles têm toda essa toda essa questão relacionada ao a à fusão de galáxias, tá? A fusão de galáxias. Se você vê o nome do vê o nome do artigo, está escrito UMBH. O que que é UMBH? Ultra Massive Black Hole. Porque este buraco negro aqui, buracos negros que t mais que dezenas de bilhões de vezes a massa do Sol, os astrônomos hoje chamam de buracos negros ultra massivos, tá? É um detalhe aí na questão de na questão de nomenclatura de buraco negro, mas são buracos negros super massivos, não deixam de ser, tá? Mas eles costumam falar que esses que são muito muito grandes, eles geraram buraco negros ultra massivos. E por que que ele cresceria acima do limite de editor? Então, cresceria acima do limite de editor pelo fato dele eh estar eh ser o resultado de fusão de outros buracos negros. É aí é que tá toda a história. Por isso que esse deve ser um dos buracos negros, senão o buraco negro mais massivo já descoberto na história. Isso é realmente sensacional, tá? Isso é realmente sensacional. Uma descoberta incrível. Um buraco n vai continuar sendo estudado, tá? É legal aqui, ó, porque tem todos os dados. Eles usaram o Hubble para fazer essa descoberta e o Mus. E o MUS ele é um ele é um equipamento que fica no VLT do ESO no Chile. E eles vão continuar obviamente estudando este objeto para poder chegar aí em mais conclusões. Muito provavelmente a missão Euclid também vai observar ele, o ELT quando ele tiver pronto também vou observar ele e vários outros telescópios. Mas está aí então vocês de frente, né, pra ferradura cósmica, o buraco negro, talvez o buraco negro mais massivo do universo, superando o famosíssimo Tom 618, como eu falei para vocês, que teve sua massa revisada e agora tem cerca, só só 40 bilhões de vezes a massa do Sol. Beleza, o universo realmente é incrível, buracos negros super massivos são coisas mais incríveis ainda. Esse era o vídeo que eu queria trazer aqui no canal para vocês agora. Espero que vocês tenham gostado. Se gostou, já sabe. Aquele tapa no dedão, aquela voadora com tudo no peito do like. Isso ajuda para caramba o vídeo e o canal a ganhar relevância. Nunca se esqueça do pacotão youtubístico. Compartilha, favorita, se inscreve no canal se você ainda não é inscrito. Deixa aí nos comentários o que você quiser saber. Estamos junto deoturnamente na luta contra a má divulgação científica no Brasil e contra a anemia na divulgação da astronomia no nosso país. Mais uma vez, meu nome é Sérgio Sacan, sou editor do blog Space Today e você acabou de assistir a mais um Space Today TV. Fui. [Música]

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