Cabo de Guerra entre galáxias intriga cientistas
0Astrônomos observaram o fenômeno raríssimo, onde uma galáxia gigante está roubando estrelas de outra. A descoberta, além de ser espetacular, pode revelar pistas sobre a misteriosa matéria escura. Vamos ver. [Música] Pela primeira vez, astrônomos captaram um cabo de guerra de estrelas. Uma galáxia maior está puxando estrelas da sua vizinha e a ponte estelar que se forma entre elas é um espetáculo de brilho fraco e intrigante. A cena foi observada há 700 milhões de anos luz da Terra no aglomerado Abel 3667 e foi detectado usando um observatório interamericano de Serro Tolo, que fica no Chile. Os cientistas acreditam que o aglomerado é o resultado da fusão de outros dois grupos de galáxias. E a ponte de estrelas é uma espécie de trilha deixada por essa fusão. No topo da trilha está a galáxia IC4965, enquanto abaixo está a J171, afilidade de Galáxia Água Viva. O nome é por conta dos filamentos de gás que parecem tentáculos que são esticados conforme a galáxia se funde ao aglomerado. Os cientistas acreditam que essa trilha de estrelas pode ser a chave para desvendar um dos maiores mistérios da astronomia. A matéria escura, que é invisível, compõe a maior parte da massa do universo e é detectada apenas pelo seu efeito gravitacional sobre galáxias e estrelas. Isso porque o brilho difuso das estrelas, chamado de luz intraaglomerado, deve seguir a mesma distribuição da matéria escura, oferecendo uma forma indireta de detectar essa enigmática substância. E para conseguir respostas, podemos ter um reforço de peso em breve. A esperança da equipe é que as futuras imagens do Observatório Vera Robin revelem novos dados sobre essa ponte estelar e nos ajudem a entender mais sobre a matéria escura. [Música] Um dos eventos astronômicos mais espetaculares do ano que já está chegando, a lua de sangue. Vamos ver. Na noite, entre os dias 7 e 8 de setembro, a lua vai dar um show no céu. Um eclipse lunar total será visível para cerca de 60% da população mundial e até 87% das pessoas vão ter a chance de ver pelo menos uma parte do fenômeno. A totalidade, o ponto alto do evento vai durar por cerca de 3 horas. Um tempo considerável para quem quiser acompanhar. O eclipse lunar acontece quando a Terra se alinha perfeitamente entre o Sol e a Lua, fazendo com que a nossa sombra encubra o satélite. Isso só ocorre durante a fase de lua cheia e quando o alinhamento é perfeito. Um fenômeno raro que os astrônomos chamam de sisíia. A maior parte da Ásia, o leste da África e o oeste da Austrália vão poder acompanhar o espetáculo completo. Já aqui no Brasil, as melhores chances de observação para quem estiver no litoral, que poderá haver ao menos uma parte da parcialidade ou da totalidade do eclipse. E por que o nome lua de sangue. Durante o eclipse total, a lua assume uma coloração avermelhada. Isso acontece porque a luz do sol, ao atravessar a atmosfera da Terra, é filtrada e desviada. A luz azul é espalhada, mas a luz vermelha atravessa a atmosfera, deixando a sombra do nosso planeta com esse tom que acaba tingindo a superfície lunar. Para quem se prepara para a observação, vale lembrar que o céu precisa estar limpo para uma boa visualização. No hemisfério norte, onde a constelação de Perseus é mais visível, esse tipo de eclipse é um show à parte. Por aqui a vista pode não ser tão espetacular, mas a beleza do fenômeno continua garantida. Se você quiser saber o horário exato do evento astronômico na sua região, basta conferir a matéria que está no nosso site. Lá colocamos um link que detalhe os horários para cada localidade. Este será o segundo de quatro eclipses em 2025. O fenômeno seguinte está previsto para o dia 21 de setembro e será solar, mas infelizmente não poderá ser visto aqui do Brasil.