Carlos I da Áustria: O último imperador dos Habsburgos
0Antes de começar o vídeo, peço que você entre no Discord do canal, caso não tenha entrado. O link estará na descrição. Sem mais sinolação, vamos para o vídeo. Carlos I da Áustria assumiu o trono em 21 de novembro de 1916, após a morte do imperador Francisco José I, que havia governado o império austro-úngngaro por 68 anos. Carlos tinha 29 anos e não fora criado como herdeiro direto. Sua ascensão ocorreu porque o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro oficial, havia sido assassinado em 1914, dando início à Primeira Guerra Mundial. Com isso, Carlos passou a ser o próximo na linha de sucessão. Ao assumir, encontrou um império em colapso. A guerra se arrastava. As finanças estavam arruinadas. O exército Austrúngngaro dependia cada vez mais dos alemães e os movimentos nacionalistas ganhavam força em várias regiões do império, húngaros, Tcus, Eslovaco, Poloneses, croatas e eslovenos exigiam maior autonomia ou independência. Carlos acreditava na ideia de uma monarquia que pudesse representar todos os povos do império de forma equilibrada. defendia um modelo federativo, onde cada nacionalidade teria autonomia interna, mas unidas sob a coroa imperial, também defendia o fim da guerra, que via como desastrosa para o futuro da monarquia. Para isso, buscou negociar secretamente a paz com os aliados, enquanto ainda havia tempo. Em 1917, deu início a negociações sigilosas através do príncipe Cistus de Gorbon Parma, seu cunhado, que servia no exército belga. Carlos ofereceu aos aliados condições como a devolução da Lorena à França, apoio à independência da Bélgica e a disposição de mediar a situação italiana. Essas propostas ficaram conhecidas como a Fércisto. O plano fracassou quando, em abril de 1918, as cartas que comprovavam as intenções de Carlos foram divulgadas publicamente. Após atrito entre ele e o chanceler tocarzen Fern rompeu com o imperador e tornou público o conteúdo das negociações, expondo Carlos como alguém que atuava sem consultar seus ministros e as escondidas dos alemães. O escândalo político isolou Carl. perdeu a confiança do alto escalão aostrúmbero dos aliados alemães e aumentou a desconfiança de setores internos que viam nele um obstáculo à sobrevivência da aliança com a Alemanha. Além do fracasso nas negociações de paz, Carlos enfrentava o avanço dos movimentos separatistas. Em outubro de 1918, com o império se desintegrando, Carlos publicou o Manifesto de Outubro propondo a federalização das terras austriacas. A ideia era que cada nacionalidade tivesse seu próprio governo regional sob a autoridade do imperador. A proposta chegou tarde. Os líderes nacionalistas já estavam comprometidos com a independência total e o manifesto teve pouco efeito prático. Nos dias seguintes, os tecos e eslovacos proclamaram a independência da Tcoslováquia. A Polônia foi restabelecida, incluindo territórios anteriormente controlados por Áustria, Alemanha e Rússia. E eslavos do sul avançaram na criação de um estado próprio, o futuro reino dos sérvios, croatas e eslovinos. O parlamento austríaco declarou a separação entre estado e trono. O império havia deixado de funcionar na prática. No dia 11 de novembro de 1918, com a guerra oficialmente encerrada e o império desfeito, Carlos redigiu um documento em que renunciava ao exercício do governo, mas se recusava a abdicar formalmente da coroa. No texto, reconheceu o direito dos povos de decidir em sua forma de governo e dispensava todos os funcionários do império dos juramentos de lealdade a sua pessoa. No dia seguinte, 12 de novembro, a República da Áustria Alemã foi proclamada. Em 16 de novembro, a Hungria também se declarou uma república. Carlos e sua família deixaram o palácio de Chombru e se mudaram para sua secapção, uma residência areal mais afastada, próxima à fronteira com a Islováquia. Ainda em novembro de 1918, Carlos publicou uma declaração semelhante para o lado húngaro do império, também sem usar o termo abdicação, manteve a convicção de que ainda era legalmente imperador, mesmo sem exercer o poder. Em março de 1919, sobreva República Austriaca e com o avanço de medidas contra a dinastia Absburgo, Carlos aceitou deixar o país. Partiu para o exílio na Suíça com sua família. Antes de cruzar a fronteira, publicou o manifesto de Feuts, onde declarou nulas, do seu ponto de vista, todas as decisões tomadas pela República Austriac e reafirmou que não havia abdicado. Acreditava que poderia retornar ao trono no futuro. Durante o exílio, Carlos manteve contato com monarquistas da Hondria. Em 1920, a Hondria restaurou a monarquia, mas sem rei, o governo ficou nas mãos do Almirante Miclos, que assumiu como regente. Carlos tentou duas vezes retomar o trono húngaro. A primeira tentativa ocorreu em março de 1921. Carlos retornou secretamente à Hungria e se encontrou com OT. esperava que o regente lhe entregasse o governo, mas recusou, alegando que a restauração provocaria intervenção estrangeira estabilidade. Carlos retornou à Suíça. A segunda tentativa, em outubro de 1921, foi mais. Carlos retornou à Hungria com apoio de setores monarquistas e se dirigiu a Budapeste, esperando recuperar o trono. No entanto, as forças leais ao governo de Otuaram antes de alcançar a capital. O movimento fracassou. A Yugoslávia e outros países vizinhos ameaçaram intervir militarmente se a monarquia fosse restaurada. Carlos foi detido e deportado com autorização do próprio governo húngaro, sob forte pressão internacional. Após negociações com os aliados, Carlos foi enviado ao exílio definitivo na Ilha da Madeira, Portugal, sob vigilância britânica, a casa onde viveu era modesta, com pouca estrutura. A família enfrentou dificuldades financeiras. e problemas de saúde devido ao clima um. Carlos adoeceu em março de 1922 com uma forte pneumonia. Recebeu cuidados médicos limitados. Morreu em primeiro de abril daquele ano aos 34 anos. Seus últimos dias foram marcados pela oração e pela convicção de que havia cumprido seu dever como imperador. Foi enterrado na igreja do monte em Funchal. Segundo a tradição da Casa Absburgo, seu coração foi enviado para a abadia de Muri na Suíça. O corpo permanece em Portugal até hoje. Sua abdicação nunca foi formalizada. o que mantém sua renúncia como um caso atípico. Ele deixou de governar, mas jamais abriu mão formalmente da coroa. A chamada lei dosgos, promulgada pela República Austria em 1919, proibiu membros da família imperial de retornar ao país sem renunciar a seus direitos dinásticos, além de confiscar seus bens e retirar seus direitos civis e político. Carlos se recusou a fazê-lo. Em 2004, o Papa João Paulo I Betificou Carlos I da Áustria, reconhecendo sua fé católica, seu esforço pela paz durante a guerra e sua conduta como governante em tempos de colapso. Co?