Casos Obscuros de Lost Media
0Loss Media são vídeos, filmes ou jogos que acabaram se perdendo com o tempo ou foram destruídos de propósito. Hoje vamos explorar os casos mais sombrios de Lost Media. E à medida que o vídeo avança, as histórias se tornam cada vez mais perturbadoras. Melanie. Em 2008 existia um programa chamado Moment of Truth. A proposta era simples. Um participante era colocado diante de um detector de mentiras e respondia 21 perguntas ao vivo. A cada resposta verdadeira, ele ganhava dinheiro e isso se repetia até que ele pudesse levar até 500.000. Mas havia uma única regra: se ele mentisse, mesmo que fosse uma vez, perdia tudo. Ou seja, o programa era feito para expor pessoas em situações extremamente desconfortáveis. Mas tinha outro detalhe. Além de ser exibido na TV, os familiares, parceiros e amigos dos participantes estavam sempre presentes. Ou seja, as perguntas não eram só desconfortáveis, elas revelam de fato segredos íntimos e bizarros. Então, vamos para o ano de 2009. Nesse ano, a emissora selecionou uma participante chamada Melanie Williams. E o que aconteceu com ela foi realmente sombrio. Mais do que isso, o episódio inteiro foi removido do ar por causa do que foi dito. Hoje em dia, apenas alguns trechos desse episódio foram recuperados com o tempo. Mas o que poderia ser tão perturbador a ponto de se tornar uma lost media? Melanie Williams não era uma participante comum. Ela cresceu em uma comunidade Mormon chamada FLDS. Se você não sabe, bom, eu falei sobre essa comunidade em um vídeo passado que chegou a ser derrubado do canal, mas eu consegui recuperar. Então vou tentar ser breve sobre esse caso, justamente porque foi ele que fez com que meu vídeo caísse, mas na prática essa seita era liderada por um homem chamada Warren Jeffs, que se autoproclamava um profeta. E se você não viu meu vídeo anterior, tá aqui um breve resumo de quem ele era. Ele dizia ser o único homem no mundo capaz de se comunicar diretamente com Deus, o que por si só já soa perigoso. Mas o pior era que Warwen organizava casamentos arranjados dentro da comunidade, geralmente para ele mesmo. E o mais assustador, a idade das meninas nunca eram levada em conta. As cerimônias eram realizadas entre crianças e homens de até 85 anos. A comunidade também possuía regras extremas, como o silêncio absoluto das mulheres e a permissão para que os homens tivessem várias esposas. Mas talvez o mais macabro era que todos os casamentos eram decididos pelos líderes da FLDS, ou seja, claramente um culto. Então, dito isso, em 2009, Melanie apareceu no episódio 9 da segunda temporada do programa, só que ninguém estava preparado para ouvir algo tão perturbador sendo revelado ao vivo na TV. Melanie participou do programa acompanhada do pai, da mãe e do marido, mas logo começou a revelar uma série de verdades perturbadoras e ao fundo era possível ouvir a reação do público. Estavam chocados, surpresos e tensos. O que foi recuperado até hoje é apenas o trailer do episódio 9. O que realmente aconteceu dentro desse programa segue sendo um mistério até hoje. Muitas pessoas têm se dedicado a procurar o episódio perdido de Mel Williams, mas até agora ninguém conseguiu encontrar uma cópia completa. E aí fica a pergunta: o que mais podemos descobrir sobre essa Lost Media? Aqui tem um ponto interessante. Pelo que tudo indica, o episódio foi tão perturbador que precisou ser dividido em duas partes. Ou seja, Melanie voltaria a aparecer no episódio 10, onde responderia a pergunta número 21. E é exatamente nesse momento que acontece a cena mais impactante. No episódio 10, que diferente do anterior ainda pode ser encontrado, ela recebe uma pergunta final valendo meio milhão de dólares. Mas para isso ela teria que expor algo capaz de mudar a vida de toda sua família para sempre. Foi nessa pergunta que todos descobriram algo verdadeiramente perturbador. Logo em seguida vemos o pai dela dizer: “Siga seu coração.” Mas assim que Melanie lê a pergunta no monitor, sua expressão muda completamente. A angústia fica evidente no rosto dela, como se estivesse prestes a desabar. [Aplausos] Nesse ponto, vemos Melanie decidindo ir até o fim. Ela respira fundo e aceita responder. Mas o que vem logo depois é a pergunta que mudaria tudo. A pergunta que, sem que ninguém esperasse, viraria a vida daquela família de cabeça para baixo. Então, é aqui que pergunto para Melanie se ela acha que o pai dela já esteve com uma menor. No vídeo vemos o quanto ela sofre para responder e quando ela diz que sim, a resposta se confirma. E Melanie então ganha meio milhão de dólares. Ela não só revelou coisas terríveis sobre a FLDS, como também expôs o pai para milhões de pessoas. Nesse momento, o pai tentava explicar a acusação dizendo que tudo foi por causa de um casamento arranjado pela FLDS. O programa acabou e com o tempo tudo parecia voltar ao normal, mas acontece que em 2011 Melanie revelaria algo mais. Três anos depois do programa, Melanie surge na internet com um blog chamado Confissões de uma garota polígama. Lá ela contou como era crescer na FLDS, uma comunidade rígida, fechada e, acima de tudo, secreta. As mulheres não podiam falar nem contar a verdade. Se fizessem, eram chamadas de traidoras e condenados a queimar no inferno. Mas o mais chocante foi quando ela revelou que o pai havia mentido no programa. No show, ele disse que se casou com uma garota de 17 anos, mas segundo Melanie ela tinha só 14. O blog terminava revelando que o pai dela dizia que as mulheres eram chamadas de ovelhas na Bíblia e por isso deveriam ser tratadas como tal. E bom, no episódio 9 da Melanie ainda se encontra perdido e parece que nunca saberemos quais outras perguntas foram feitas. É um caso impressionante de Lost Media. Megan Hemman. O próximo caso aconteceu em 15 de agosto de 2009 e ainda é mais perturbador. Essa data, a polícia de Buena, na Califórnia, recebeu uma denúncia sobre um forte cheiro vindo de um beco. Pouco tempo depois, os oficiais chegaram ao local e encontraram um contêiner de lixo. Ao abrirem e começarem a vasculhar o conteúdo, eles se depararam com uma mala estranha. Quando abriram essa mala, eles encontraram o corpo de uma mulher. Mas os detalhes dessa cena eram bem assustadores. Essa mulher estava sem dentes, com os dedos cortados e sem nenhuma roupa. Ou seja, alguém fez de tudo para apagar qualquer traço de identidade da vítima. Parecia o crime perfeito, mas havia um detalhe crucial que o assassino havia deixado passar. E daqui a pouco vamos falar exatamente sobre isso. Enquanto isso, os investigadores iniciavam uma busca intensa para tentarem identificar a vítima. Mas o que eles não sabiam é que ao mesmo tempo algo completamente diferente estava acontecendo. Pouco antes dessa data, em agosto de 2009, a emissora VH1 havia lançado um novo reality show de namoro. A fórmula era simples. Uma mulher chamada Megan Hsman buscava o amor da sua vida entre 18 homens ricos. Esses homens competiam com jantares caros, viagens e uma série de desafios para conquistar ela. O nome do programa era Mega Once a Millionire. Megang era conhecida no mundo dos realities. Ela havia participado de outros programas Aviate One e era praticamente a estrela das competições amorosas da emissora. Mas entre todos os participantes havia um que se destacava dos demais. O nome dele era Ryan Jenkins. Ryan chamava atenção não só de Mega, mas também de toda a produção do programa. Ele era carismático, confiante e tão estratégico que ganhou o apelido de Smooth Operator ou operador suave. Ou seja, tudo parecia dentro do padrão desse tipo de reality. Pessoas com dinheiro competindo por amor, com muito luxo e drama. Mais um programa qualquer na longa lista da V8 One. Provavelmente um daqueles que seriam esquecidos com o tempo. Mas aí algo inesperado acontece. Quando o quarto episódio estava prestes a ir ao ar, o que poucos sabiam é que Ryan verdade já era casado. E nessa mesma época a esposa de Ryan foi encontrada sem vida. Enquanto a polícia ainda investigava o corpo da mulher no beco, Ryan fez uma ligação desesperada. Ele implorava por ajuda para encontrar sua esposa, uma modelo de Los Angeles chamada Jasmine, que havia desaparecido sem deixar vestígios. Segundo Ryan. Na noite anterior, ele e Jasmine tinham voltado juntos para casa e no dia seguinte ela saiu para fazer algumas compras, mas nunca mais voltou. Ele contou que tentou ligar para ela várias vezes, mas ela não atendia mais. E lembro daquele detalhe importante que mencionamos lá no começo? Pois é, quando a polícia encontrou o corpo da mulher dentro da mala, eles perceberam que ela tinha implantes de silicone e esses implantes foram removidos e enviados para análise. Graças a isso, eles conseguiram confirmar a identidade da vítima, era Jasmine. E naquele instante Ryan Janks se tornou o principal suspeito. Mas é aqui que tudo começa a mudar. Os investigadores ainda não tinham provas suficientes para prender Ryan. Então, nos dias seguintes, começaram a reconstituir os últimos passos de Jasmine antes do seu desaparecimento. Foi aí que eles descobriram algo que contradizia totalmente o que Ryan havia contado à polícia. Na verdade, Jasmine nunca voltou para casa naquela noite. Eles descobriram que na noite da suposta despedida de Jasmine, o casal havia ido a um hotel em Delmar, na Califórnia, para participar de um torneio de pôker. E pelo menos as câmeras de segurança do hotel registraram tudo nos vídeos. É possível ver o casal chegando, colocando as malas no quarto e depois saindo. Mas aí vem o mais estranho. Por volta das 4:30 da madrugada de 15 de agosto, poucas horas antes do corpo de Jasmine ser encontrado, as câmeras gravaram Ryan correndo sozinho, visivelmente nervoso. Ou seja, aquela gravação desmentia completamente sua versão dos fatos. Ficou claro, Jasmine nunca voltou daquela noite. Nesse ponto, Ryan já havia fugido. Em apenas dois dias, ele cruzou a fronteira indo de Los Angeles até o Canadá. E tudo indicava que o plano foi cuidadosamente executado. Ryan sabia exatamente onde se esconder. Ele tinha dinheiro, tinha contatos e era inteligente, o bastante para se manter invisível. No dia 20 de agosto, as autoridades finalmente declararam ele culpado oficialmente. Mais alertas foram emitidos e as buscas foram intensificadas, mas Ryan parecia sempre um passo à frente. Então, chegamos na manhã de 23 de agosto. Foi nesse dia que a polícia finalmente localizou o Ryan Janks. Mas o que aconteceu em seguida foi chocante. Após dias de uma verdadeira caçada internacional, as autoridades haviam montado um plano rigoroso que supostamente impediria qualquer nova fuga. Mas algumas horas depois, a polícia recebe uma ligação de um motel no Canadá e era o lugar onde Ryan estava escondido. Só que quando chegaram já era tarde demais. Ryan Janks estava morto. Na manhã de 23 de agosto, as autoridades chegaram ao motel esperando finalmente prender o Ryan. Ele estava hospedado lá há três dias, mas não havia saído do quarto nenhuma vez. No dia em que Ryan deveria fazer o checkout e ir embora, ele simplesmente não apareceu. Algumas horas depois, o gerente do hotel entrou no quarto e encontrou ele sem vida. Foi nesse momento que a polícia recebeu o relatório e a caçada finalmente terminou. Mas o que veio depois foi algo terrível e controverso. Após isso, Aviate One suspendeu a transmissão de Megan Once a Millionaire. Os episódios restantes da temporada passaram a ser uma Lost Media. Eles jamais foram exibidos na TV. Foi aí que as autoridades começaram a investigar mais a fundo e descobriram que Ryan já tinha antecedentes de violência, algo ocorrido alguns anos antes de participar do reality. Isso deveria ter sido um grande sinal de alerta para a emissora. E não para por aí. Ryan não era o único com processos criminais. Boa parte dos participantes do programa também tinham antecedentes. Então começaram as acusações. A one possivelmente sabia disso, mas deixou passar para criar ainda mais drama e aumentar a audiência. No caso de Megan, ela pagou um preço alto. Seu contrato com a emissora foi encerrado imediatamente e ela praticamente desapareceu da TV. Durante os anos, os episódios finais de Mega On a Millionar foi uma das loss mídias mais procuradas da televisão. Em 2022, a Megan publicou os episódios 4 e 5 em seu canal no YouTube, mas o episódio final, aquele que mostraria a sua decisão sobre Ryan, continua um mistério. E é bem provável que nunca seja revelado. Mas se a gente parar para pensar, Ryan dominava algo que muitos psicopatas aperfeiçoam. criar uma persona falsa. Então, o que você faria se conhecesse alguém que parece perfeito? E se essa pessoa não for o que parece? Como você saberia? Mas um caso, né, bizarro pra lista. Então vamos pro próximo aí. WWE. O jogo WWE Smackdown versus Round 2008 era um dos mais aguardados do ano. Essa edição do jogo continha mais uma novidade: estilo de lutas diferentes de acordo com a personalidade de cada lutador. Essa era uma função inédita que dava um toque extra de realismo, algo que nunca tinha sido visto antes. Na verdade, o jogo venderia quase 8 milhões de cópias e até entraria pro Guinness. Mas a WWE tinha um problema. O jogo escondia evidências de algo sombrio, um evento assustador que acabou criando uma los media. Durante o desenvolvimento, o jogo sofreu muitos atrasos, alguns por falta de tempo, mas outros por causa de um acontecimento terrível e perturbador que rolou em junho de 2007, alguns meses antes do lançamento. Por maiores nomes dessa época era Chris Benois. Isso não era comum dele. Chris sempre cumpria com seus compromissos, então muita gente ficou sem entender, mas o evento seguiu de forma improvisada. Tud. Algumas horas depois tudo faria sentido. O primeiro recado de Chris dizia: “Os cachorros estão na área fechada da piscina e a porta dos fundos está aberta”. Já a segunda mensagem simplesmente continha o endereço da casa dele. Ninguém entendeu porque Chris teria enviado mensagens assim, até que depois de um tempo passou a fazer sentido. No dia seguinte ao evento, a polícia foi até a casa de Chris e o que encontraram mudou tudo. Lá dentro estava a família, mas todos haviam sido assassinados. Depois de investigar a casa, descobrindo que Chris não estava lá. E sem entrar em detalhes, podemos dizer que ele tomou uma decisão muito ruim. Esse episódio se tornou um dos mais sombrios na história da luta livre, sendo uma das histórias mais obscuras da WWE. E a partir daí, algo aconteceu. Imediatamente após o ocorrido, a WWE quis apagar toda a ligação com Chris. De um dia pro outro, sua imagem foi removida da companhia. Todas as menções a ele foram excluídas dos arquivos até as suas lutas e gravações desapareceram. Mas aí tá o problema. A exclusão afetou o jogo, né, que estava prestes a ser lançado. O jogo trazia várias animações, movimentos e aspectos do Chris, mas eles foram removidos, ou pelo menos era o que se pensava. Em novembro, o jogo foi lançado a tempo para a temporada de Natal, mas por causa da pressa para publicar, os desenvolvedores deixaram algumas pistas escondidas. Por exemplo, o movimento característico de Chris, o Creepler Cross Face, podia ser acessado se você hackeasse o jogo. Algumas pessoas relatam que existe versões de pré-lançamento do jogo que ainda incluem o Cris, versões que nunca chegaram ao público. Inclusive, a capa do jogo passou por mudanças depois do incidente. Reza a lenda que Chris apareceria nela, mas devido ao ocorrido, a arte precisou ser redesenhada para mostrar outras estrelas. Bill Conrad. Caçando um predador era um programa de TV bem famoso que começou nos anos 2000. Nele, os jornalistas esfarçados se passavam por menores de idade na internet com o único objetivo: flagrar adultos que estavam tentando se encontrar com crianças para fins abusivos. O apresentador do programa era Chris Hansing, que após uma investigação localizava onde esses indivíduos moravam. Uma vez à frente com o suspeito, Chris confrontava essas pessoas e com a ajuda da polícia, o indivíduo era preso. Na maioria dos episódios víamos o mesmo desfecho. Durante sua produção, o programa chegou a aprender mais de 20 pessoas. Mas existe um episódio em particular que teve um final completamente inesperado. Esse episódio girava em torno de um homem chamado Bill Conrad, um promotor público bastante respeitado em Ter no Texas. Bill era conhecido por ter dedicado sua vida inteira à justiça. Ele sempre seguiu as regras. Era aparentemente o tipo de pessoa que poderíamos chamar de exemplar. Em 2002, ele chegou a se candidatar como juiz pelo Partido Democrata. Ele conseguiu uma boa quantidade de votos, mas perdeu para seu oponente republicano. Já em 2006, sua carreira parecia estar se recuperando. Bill se tornou promotor, assistente chefe de crimes graves no condado de Rockwall. O problema é que, na verdade, Bill também era um dos predadores da internet e é aqui que tudo se conecta ao programa. Um dos grupos que colaborava com o programa de Chris Hansen se chamava Perverted Justice. Esse grupo criava perfis falsos no Wall e no My Spaces e passando por crianças e adolescentes. E o mais perturpador é que eles eram um time extremamente eficaz e constantemente conseguiam atrair e flagrar criminosos. Um desses criminosos foi justamente o promotor Bill Conrad. Apesar de sua posição profissional como responsável por prender criminosos na internet, Bill levava uma vida paralela. Online, ele se passava por um estudante universitário de 19 anos. Ele usava foto de modelos e seu nome era Inx00. Com esse perfil, ele começou a conversar com um garoto de 13 anos chamado Luke. Mas o que o Bill não sabia é que Luke na verdade era um perfil falso criado pela equipe do programa. E é aqui onde tudo começa a ficar extremamente perturbador. O programa revelou várias das conversas trocadas entre Bill e Lucky em uma interação que durou cerca de duas semanas. Entre as provas reunidas estavam mensagens escritas e até ligações telefônicas feitas com um ator contratado para fingir ser o garoto. Essas conversas eram tão explícitas e gráficas que ultrapassavam os limites do que o programa normalmente exibia. Mas não para por aí. Bill também tirava fotos de si mesmo e enviava para o suposto garoto. As mensagens começaram de forma relativamente inocente, mas foram escalando rapidamente. Em pouco tempo, Bill passou a pedir para se encontrar pessoalmente com Luke, alegando que queria tirar fotos com ele juntos. Quando o programa finalmente reuniu evidências suficientes contra Bill Conrad, chegou o momento dele encarar a verdade. Mas o que aconteceu a seguir mudaria tudo para sempre. Naquele ponto, a equipe de Chris Hans da NBC e a polícia tinham um material bastante para agir. Isso nos leva ao dia 5 de novembro de 2006. Nesse dia, a equipe do programa e a polícia foram até a casa de Corwat. Todos estavam preparados, mas assim que chegaram ao local perceberam que algo não estava certo. A primeira atitude da equipe de produção foi se esconder como de costume, mas rapidamente notaram que havia alguém dentro da casa. O mais estranho é que essa pessoa parecia estar tentando se esconder. Depois de alguns minutos de espera, Chris se aproxima da porta com o mandado de busca nas mãos. Ele bate, mas nenhuma resposta. A polícia então começa a chamar por ele em voz alta, mas ainda assim ninguém atende. Todos ali sabiam que ele estava lá dentro, mas havia algo a mais. A tensão aumentava a cada segundo. Foi nesse momento que a polícia decidiu arrombar a porta e entrar a força. Alguns minutos depois, eles finalmente encontraram Bill. Ele saiu de onde estava escondido e apareceu em um dos corredores da casa segurando uma arma. Os oficiais se posicionaram à sua frente e, segundo testemunhas, Bill parecia calmo. Ele dizia aos policiais para não se preocuparem que não iria machucar ninguém. Por um instante, parecia que a situação terminaria de forma pacífica. Os oficiais tentaram convencer ele, pediram com calma que abaixasse a arma. Fizeram de tudo para evitar o pior. Mas então o Bill, ele toma uma decisão trágica, bem na frente de todos. Ele tira a própria vida. Ninguém conseguia acreditar no que tinha acabado de acontecer. A equipe da SUAT tentou prestar socorro imediato. O tenente responsável avisou Chris Hansy. Bill foi levado à pressas para o hospital, mas já era tarde demais e foi aí que começou a grande controvérsia. Após o ocorrido, o programa e a polícia foram duramente criticados por como conduzir a operação. A irmã de Bill, Patrícia Conrad, acusou o programa de agir como juiz, juuri e executor. Ela criticou a NBC e a produção e os policiais e disse que tudo aquilo foi feito por audiência e dinheiro. Para ela, o programa foi o verdadeiro responsável pelo destino trágico do irmão. E o que tornou tudo ainda mais revoltante é que foi descoberto que todas as pessoas capturadas naquela operação acabaram sendo soltas devido a falhas na forma como as investigações foram conduzidas pelo programa. Isso causou ainda mais polêmica. Com a pressão pública aumentando, os anunciantes cancelaram todos os contratos com o programa, o que levou ao cancelamento oficial em junho de 2008. Desde então, as gravações do caso de Cornward foram disponibilizadas ao público, mas ainda existe uma última peça perdida, uma fita que nunca foi revelada. A gravação que contém as últimas palavras de Bill. Dizem que essa gravação estava prevista para ser usada em o episódio do programa, mas como você deve imaginar jamais ele foi ao ar. Ela permanece arquivada até hoje e por isso esse caso se tornou uma das lostias mais impactantes da história da televisão. John St. Pouco antes do amanhecer, uma vã chegou ao cemitério Evergreen. Ela transportava 50 pequenas caixas feitas de madeira de pinho. Todas estavam ligadas a um dos casos mais sombrios da história moderna. Para entender isso, precisamos voltar ao início. James Warren Jones nasceu em 1931. Durante toda a infância ele passou por experiências traumáticas. Ele cresceu na zona rural de Indiana, um lugar isolado, conservador e cheio de dificuldades. Foi nesse ambiente que Jones desenvolveu uma obsessão por religião e justiça social. Mas além disso, ele também demonstrava uma estranha fascinação por controle e manipulação. Uma das grandes inspirações de Jones era o pai de Viny, um líder religioso muito influente nos Estados Unidos, que afirmava ter uma conexão direta com Deus. O que realmente chamava a atenção de Jones era a forma como esse homem liderava sua comunidade, com autoridade absoluta, misturando fé com ativismo. E Jones absorveu tudo isso. Em 1955, ele fundou o Templo do Povo em Indianópolis. A organização era divulgada como progressista e defendia a integração racial, algo extremamente incomum para a época. Isso fez de Jones uma figura controversa, mas também muito admirada entre os mais pobres e marginalizados. Ele era carismático, performático e dizia até realizar curas milagrosas. O templo do povo se apresentava como uma alternativa à sociedade tradicional, mas por trás dessa fachada, Jones controlava seus seguidores. Ele exigia a lealdade total e com o tempo, começou a isolar seus fiés do mundo interior. No início dos anos de 1970, começaram a surgir denúncias sobre práticas duvidosas dentro do templo. Foi então que Jones decidiu mudar novamente. Ele e seus seguidores se mudaram para São Francisco, na Califórnia. Mas aquilo era apenas uma preparação para algo muito maior e mais assustador. Conforme os anos passavam, Jon ficava cada vez mais paranoico, até que ele decidiu se isolar completamente e criar aquilo que chamou de paraíso socialista. Mais de 1000 seguidores abandonaram suas vidas e se mudaram com ele para um local remoto na selva da Guiana, na América do Sul. Lá eles fundaram um projeto agrícola do templo do povo, conhecido como Jon Stown. Jones prometia que John Stown seria um refúgio, uma comunidade perfeita, livre de racismo, injustiças e corrupção. Para muitos será a chance de começar de novo, mas a realidade era bem diferente. John Stw era cercado por floresta densa. O trabalho era exaustivo e o clima era sufocante e as condições eram extremamente duras. Foi aí que o verdadeiro lado de Jones veio à tona. O que prometia ser um paraíso se transformou em uma prisão. Os moradores eram mantidos contra a vontade em um regime opressivo, controlados por medo e manipulação psicológica. As promessas de liberdade rapidamente se converteram em algo muito mais sombrio. Como descreveriam os poucos que conseguiram escapar, John St se tornou um verdadeiro campo de concentração. Isso nos leva a novembro de 1978. Naquele mês, o congressista americano Lyan começou a receber diversos relatos preocupantes sobre o templo do povo. Segundo essas denúncias, os moradores de John Stw estavam sendo impedidos de sair. Como muitos deles eram cidadãos americanos, Ryan decidiu intervir pessoalmente. No dia 17 de novembro, Lyan viajou até John Stown, acompanhado por um grupo de jornalistas e uma equipe de filmagem da NBC. Durante mais de 12 horas, eles gravaram imagens dentro da comunidade. A princípio, tudo parecia normal. Várias pessoas foram entrevistadas e pareciam felizes. Até mesmo convidaram os visitantes para um show de música. Mas foi aí que algo estranho aconteceu. Durante o evento, um dos moradores passou em segredo uma nota ao repórter Don Harris da NBC. A nota dizia: “Por favor, nos ajude a sair de John Stown”. A partir desse momento, o clima mudou completamente. Conforme o tempo passava, o comportamento dos moradores começou a parecer forçado e ensaiado, como se todos estivessem sendo monitorados. Ao mesmo tempo, havia uma tensão no ar. Algo estava claramente errado. Logo mais pessoas começaram a se aproximar discretamente dos visitantes, pedindo ajuda para fugir. Na manhã seguinte, cerca de 40 moradores tinham pedido para deixar o local junto com o progressista. Ryan decidiu ajudar eles e um plano de fuga foi montado. Mas ninguém sabia que entre os desertores havia alguém infiltrado. No dia 18 de novembro, Ryan e o grupo de desertores e a equipe da NBC seguiram para uma pista de pouso próxima em Port Kaituma. Entre eles estava Larry Layton, um suposto desertor, mas que na verdade ele era um agente infiltrado de Jean Jones. Assim que todos chegaram a pista, eles foram emboscados por homens armados ligados ao templo. O ataque foi brutal. O congressista Leo Ryan, os jornalistas Don Harris, Bob Brown e Gregory Robson e uma das desertoras, Patrícia Parks, foram mortos a tiros e outros ficaram gravemente feridos. E o mais chocante é que a câmera de Bobby Brown gravou tudo. A fita foi danificada no momento do tiroteio, mas anos depois conseguiram restaurar parte do material. Só que o massacre na pista não foi o fim da tragédia. Na verdade foi apenas o começo de algo muito pior. Pouco tempo depois do ataque, Jan Jones convocou todos os seus seguidores para a área central da comunidade. Ali ele anunciou que tinha chegado o momento final. Ele sabia que após o assassinato de um congressista americano, as autoridades não demorariam a aparecer. Então Jonies ordenou que todos tomassem uma bebida especial, uma mistura feita para colocar um fim em tudo. E por conta de uma gravação de áudio encontrada entre os destroços, hoje sabemos que nem todos aceitaram. Na fita é possível ouvir uma mulher chamada Christine Miller confrontando Jan Jones. Ela implora por outra saída, tenta salvar os demais, mas mesmo assim Jones ignora os apelos e ordena que todos bebam o líquido fatal. E assim chegou o fim de John St. Mais de 900 pessoas perderam a vida naquele dia. Homens, mulheres, crianças. Quase todos foram obrigados a participar daquele ato final. Das 13 horas de gravações em vídeo feitas pela equipe da NBC, apenas uma hora foi divulgado em 2014. O restante permanece arquivado, talvez para sempre. Esse Lost Madeia documenta em detalhes um dos episódios mais perturbadores e macabros da história moderna, mas que muito provavelmente nunca poderá ser completamente mostrada ao público. Chegamos ao fim de mais um vídeo, pessoal. Não esqueça de se inscrever e deixar um like, caso você tenha gostado. Que Jesus abençoe a vida de vocês e até a próxima.