CERBASI ALERTA: BENEFÍCIOS SOCIAIS ESTÃO ACABANDO COM A MÃO DE OBRA E A PRODUTIVIDADE DO BRASIL
0Mas você tá confirmando alguns pontos que eu mencionei antes. Primeiro, a os auxílios sociais multiplicaram seis vezes. Isso mostra que a gente é bom para caramba em geral uma riqueza que não é produtiva, né? Porque se a gente é capaz de pagar isso, quem tá pagando é quem produz, é quem paga impostos. Então, e o Brasil continua funcionando apesar dos seus governos, o que acontece 525 anos. Base, eh, o Brasil nos últimos anos eh subiu gasto, vou vou considerar gasto porque ele nunca diminui, ele só aumenta. Então é gasto. É no Bolsa Família de 30 bilhões para 180 bilhões é o orçamento do Bolsa Família em 2025. Eh, e a gente tá vivendo um outro problema social, empresarial no Brasil, que as pessoas elas não querem eh pegar o emprego, receber um salário mínimo, porque elas recebem o Bolsa Família. Então, se eu recebo 2.000 para trabalhar, é, desculpa, ou você tem emprego ou quer receber por fora, né? registrar porque senão perde o direito, né? Exatamente. Então, se a gente tem lá um emprego de 2.000 e um Bolsa Família de 1000 e pouco, a pessoa fom entre um e outro, entre um eu trabalho, o outro eu não trabalho. Se eu trabalhar, eu vou ter que gastar também com transporte, com alimentação, fora. A pessoa prefere ficar em casa. Então, sumiu a mão de obra no Brasil. O que que tu me diz disso? E aonde a gente vai parar? Porque não me parece que o governo quer retroceder nesses benefícios sociais, só aumentar, escalar mais. E a gente tá com um déficit de mão de obra que isso também tá causando surto inflacionário. Um dos motivos do surto inflacionário no Brasil são vários, né? Um dos é falta de mão de obra qualificada no Brasil. Não tem mão de obra qualificada, as as as mentes brilhantas vão embora. Quando elas não vão embora, elas também as pessoas mais cai a oferta agregada. Cai oferta agregada. É. Então, queria que tu comentasse um pouco isso, eh, e não me parece ter uma solução, porque o governo não consegue tirar esse benefício. Então, a gente tá indo num caminho que me parece que é tipo rumo ao inferno, né? Tipo assim, tu vai e tu não pode dar um passo para trás. Como é que é a tua visão disso? Porque eu frequentemente escuto os meus clientes aqui, alguns tm milhares de funcionários. Fal, cara, não tem mão de obra, ninguém quer trabalhar, o cara não quer, não quer abrir mão dos benefícios sociais. É, vamos lá. Eu não sou tão pessimista assim, porque eu continuo achando que a gente tem um potencial muito grande. Enquanto há potencial, há um caminho. A gente não tá sabendo aproveitar o potencial. A gente não tá eh eh eh não há nenhuma sugestão de quem tá seguindo por um caminho que aproveite o nosso potencial. Mas você tá confirmando alguns pontos que eu mencionei antes. Primeiro, a os auxílios sociais multiplicaram seis vezes. Isso mostra que a gente é bom para caramba em geral uma riqueza que não é produtiva, né? Porque se a gente é capaz de pagar isso, quem tá pagando é quem produz, é quem eh paga impostos. Então, eh o Brasil continua funcionando apesar dos seus governos, o que acontece a 525 anos. H, só que falta a mão de obra e quem seria mão de obra não quer trabalhar porque tá recebendo auxílio. Então, tá mais fácil ganhar sem trabalhar do que trabalhar. Quando você coloca um limite, você tá encontrando um caminho para isso. Ó, você tem um ano ou vamos colocar um ano para receber uma bolsa dobrada. Depois de um ano, ela cai pela metade, mas você continua com direito de aprender. Depois de 2 anos, cara, vai ter que ser um outro tipo de auxílio. Nós vamos ter que te colocar num trabalho público muito baixo com salário, mas você vai ter que agregar de alguma forma. Ah, lidar com a miséria não é simples, mas a miséria, de certa forma, ela vai sendo construída quando você não tem pessoas dispostas a trabalhar, né? Porque a pessoa tá tá em casa e o filho tá aprendendo a ficar em casa também. O filho não se estimula a se educar, a competir. Ele acha que indo pra escola ou não, ele vai passar do mesmo jeito, né? Fazendo escola ou não, ele vai ter renda do mesmo jeito, porque não precisa trabalhar, né? Papai e mamãe vivem assim. Então você vai perpetuando geração após geração. Eh, quando você eh primeiro cria uma coordenação social em que começa a mapear onde estão as oportunidades, vai perceber que se vocês tentaram reformar a casa recentemente, dependendo do lugar, cara, você não encontra pintor, você não encontra pedreiro, você não encontra eletricista ou quando encontra é um trabalho extremamente desqualificado. Por quê? O bom pintor, aquele fez uma escola técnica, tá trabalhando paraa construtora, para um grande arquiteto, para para pros grandes condomínios que estão, o mercado imobiliário tá crescendo. Mesma coisa pro gessiro, mesma coisa pro pedreiro. Então, quem que tá trabalhando eh para pro contratante individual? É a pessoa que atuou um tempo com aprendiz porque tava desempregado, o tio, primo, compadre ajudou, né? Aprendeu um ofício. Aí, provavelmente aprendeu o ofício e como ele tava começando, algum parente contratou ele para ajudar, né? E aí, como ajudou, ele já tem uma experiência, o parente indicou para algum vizinho, o vizinho quando contratou não gostou tanto porque ele não tinha experiência, o parente não contratou mais também porque o trabalho não foi tão bom, né? Mas melhor não cutucar. Então, a pessoa acha que conseguiu emprego porque teve a oportunidade de aprender, teve oportunidade de um parente contratar, o parente indicou para outra pessoa, então ele já acreditou que era um emprego, ele não procurou mais outro emprego. Ele não tem conhecimento, não tem experiência suficiente para fazer daquilo uma carreira, mas ele tá acreditando que ainda vai ter alguém contratando, ele vai dar cabeçadas, ele começa a comprar algum equipamento ou outro para melhorar o trabalho dele, mas ele não é capacitado. Então ele tem a ilusão do emprego, ganha bem por um tempo, depois tem dificuldade. algum algum ex-cliente processa ele porque fez um trabalho errado, tem que fazer de novo, né? Refaz a pintura, refaz o gesso, refaz o cano, ele começa a ter prejuízo, ele vai abandonar essa carreira, vai tentar outro bico num segundo momento. Então nós temos uma grande massa de trabalhadores que no ofício que faz é algo improvisado, não teve conhecimento técnico. Se não é trabalhador é comerciante. Anda na Paulista 6:15, 6:30 da manhã, quantidade de pessoas que estão com aquela banquinha oferecendo café da manhã. Nada errado com isso. Mas se fosse algo planejado, monta um plano de negócios, faz um curso no Sebrai que é baratinho, vai conversar com uma cooperativa de crédito, tenta fazer aquilo de uma esquina mais valorizada, compra um food truck, vai dando o volume para aquilo, amanhã você tem uma franquia. Não, ninguém tem esse plano. A pessoa tá improvisando. Então tem muito trabalho improvisado que não vai dar em nada. Talvez mantenha por um tempo até uma das pessoas que trabalha ali ficar doente. Aí pronto, morreu um profissional ali, coloca outro no lugar. A realidade do Brasil é isso. Se você for pro turismo do Nordeste, no litoral, dois, três ali mais profissionais que vão atender o turista estrangeiro, o resto é bico. O cara dá 30 anos vendendo do mesmo jeito, a mesma arara com kangas, com coquinho ali na mão, ele não consegue desenvolver, que ele não consegue montar um plano. Se ele tem um plano, apresenta pra cooperativa, ele consegue o dinheiro, ele consegue comprar ferramentas. Então nós temos uma dificuldade de crescer por falta de conhecimento, por falta de orientação social para falar: “Cara, você é comerciante, vai fazer um curso técnico, um curso e de capacitor para empreendedor para você dar volume pro negócio. Enquanto norte-americano lá, acho que 65, 70% das das do curso de graduação nos Estados Unidos é de business, né? O cara faz faculdade de business já pensando em montar um pequeno negócio físico online para criar equity para vender no segundo momento. A gente nem sabe o que é equity. a gente monta um negócio para tirar renda, para pagar as contas do mês na família. Então nós estamos muito distante numa realidade de poder ficar independente de auxílio social. Agora, não acho que não tem caminho. Eu acho que o caminho é uma coordenação que mapeie onde estão as oportunidades. Ó, pintor, você ganha 4.000 em São Paulo. Não dá para viver bem com 4.000 em São Paulo, mas você vai ganhar 3.000 no Mato Grosso do Sul. Lá dá para viver bem. ou se não for Mato Grosso do Sul, não for na capital, é no interior, mas você consegue oferecer paraa sua família um estilo de vida digno, um lugar onde o ensino público é visto como de qualidade, a saúde pública é vista como de qualidade. O pessoal fala mal para caramba da escola pública da saúde pública, mas quanto mais pro interior, quanto menor a cidade, a gente sabe que tem qualidade. Geralmente as melhores cidades são aquelas que o político profissional não tá administrando, né? No nosso estado, Rio Grande do Sul, quais são as melhores prefeituras? O prefeito é o professor mais velho da cidade, é o médico de família da cidade, né? Ele não é um político tradicional que herdou do pai a política. Então tem caminhos para mudar, tem que quebrar o tal do mecanismo. a gente tem que começar por essa coordenação, mapeando onde estão as oportunidades, onde está sobrando gente que possa ocupar essas oportunidades e criar uma certa mobilidade.