China acelera produção de navios de assalto anfíbio – Preparação para guerra de expansão no Pacífico

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Caros amigos, bem-vindos a mais um episódio de hoje no mundo militar. Neste vídeo falaremos sobre o gigantesco esforço que a China está fazendo para ampliar a sua frota de navios de assalto anfíbio e de como isso revela o plano de Pequim de se expandir a força pelo Pacífico. A RP Trader é a maior empresa guerra moderna, especialmente no teatro marítimo, foi profundamente marcada pelas operações de assalto anfíbio, em que as forças navais são capazes de projetar poder diretamente das águas para o litoral em uma incursão agressiva e surpresa contra posições inimigas. Vimos inúmeros exemplos dessas operações durante a Segunda Guerra Mundial nas vastas ilhas do Pacífico, onde os Estados Unidos, através do emprego dos seus fuzileiros navais, conduziram uma série de assaltos anfíbios para libertar territórios ocupados pelo Japão. Entre as operações mais notáveis estão a batalha de Guadalucal, a batalha de Tarawaua e a invasão das ilhas Marianas. Batalhas nas quais os Estados Unidos utilizaram embarcações de desembarque e veículos de assalto para desembarcar as suas tropas e equipamentos pesados em praias fortemente defendidas pelo inimigo. Desde então, a capacidade de lançar operações de assalto anfíbio tem sido um pilar da estratégia militar moderna, principalmente para países que necessitam projetar poder além da sua costa. Nos dias de hoje, a China possui a maior marinha do mundo em termos de quantidade de embarcações, com mais de 370 navios e submarinos. E uma parte considerável dessa frota é composta justamente por embarcações projetadas para assaltos anfíbios. A China tem investido forte na modernização das suas embarcações de assalto, incluindo o desenvolvimento de novos tipos de meios de desembarque de alta capacidade, como é o caso dos Elicax, também conhecidos como embarcações de desembarque com almofada de ar. Diferente das embarcações convencionais, que são limitadas a cargas mais leves e têm uma capacidade de manobra mais restrita, os elic chineses têm se destacado pela sua capacidade de transportar não apenas tropas, mas também veículos pesados, como tanques e caminhões carregados com suprimentos. E tudo isso de grandes navios diretamente para a costa. Além do seu tamanho impressionante, a frota chinesa inclui diferentes classes de ELC, como o tipo 726, projetado para transportar até 60 toneladas de carga, o que equivale ao peso de um blindado pesado, totalmente carregado com combustível e munição extra. Esse tipo de embarcação é capaz de alcançar velocidades de até 55 nós, um desempenho superior ao dos Licx americanos, que possuem uma velocidade máxima de cerca de 40 nós. Essas embarcações são operadas a partir de navios porta helicópteros e de assalto anfíbio como o tipo 0,75. Embarcações gigantescas com deslocamento de até 40.000 1000 toneladas, capaz de transportar e desembarcar até 800 fuzileiros e 60 veículos, podendo ainda operar 28 helicópteros que podem ser de ataque ou de transporte, acelerando ainda mais o processo de desembarque. Através do LCAC tipo 726, operando a partir do porta helicópteros tipo 0,75, a China pode mobilizar rapidamente forças pesadas, como blindados e artilharia para qualquer praia ou ilha, mesmo aquelas com defesas muito difíceis. O tipo 726 também possui uma impressionante capacidade de manobra, permitindo o seu emprego em regiões com difícil acesso, como as ilhas do mar do sul da China, onde a infraestrutura local é limitada ou inexistente. E por falar em Mar do Sul da China, trata-se de uma área que é para Pequim vital, tanto em termos econômicos quanto militares. Uma área gigantesca do Pacífico que Pequim alega que pertence apenas à China e a mais ninguém, com os chineses realizando exercícios militares regulares na região, alcançando agora, com o crescimento da sua frota anfíbia, a capacidade de projetar forças rapidamente para ilhas disputadas. Outro ponto estratégico importante é o estreito de Taiwan, com a China ameaçando tomar Taiwan à força caso a ilha continue a sua trajetória de independência. A frota de assalto anfíbio da China, especialmente os alics, é uma das chaves para esse potencial conflito, pois permitiria que as forças chinesas desembarcassem rapidamente tropas e equipamentos pesados na ilha em um cenário de confronto. Em um cenário de conflito como esse, a China com certeza enfrentará forte resistência das defesas de Taiwan, com muitos analistas estimando uma taxa de baixas para o lado chinês que poderá ultrapassar os 60%. Ou seja, de cada 100 navios chineses de desembarque anfíbio, cerca de 60 poderão ser afundados antes de alcançar a costa. Por isso, quanto maior for a capacidade unitária de carga de cada LCAC, maiores serão as chances da força desembarcada ser suficiente para garantir uma cabeça de praia em Taiwan, permitindo assim a chegada e o desembarque de forças adicionais nas ondas seguintes de assalto. O fortalecimento das capacidades de assalto anfíbio da China tem gerado preocupações entre os seus vizinhos, especialmente entre os aliados dos Estados Unidos na região, como as Filipinas, Japão e Taiwán. As capacidades de assalto anfíbio da China também são um reflexo do crescente militarismo do país e das suas ambições de estabelecer uma presença mais forte e dominante na região do Pacífico, colocando diretamente em risco a estabilidade da região. Ao analisarmos o desenvolvimento das capacidades de assalto anfíbio da China, é impossível não traçar paralelos com as operações anfíbias realizadas pelos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. As operações dos fuzileiros navais dos Estados Unidos, nas ilhas do Pacífico, foram fundamentais para garantir a vitória sobre o Japão. E a China, ao investir tanto em sua própria frota de embarcações de assalto, parece estar fazendo um movimento estratégico semelhante, adaptando táticas de ataque bem conhecidas e consolidadas para um novo cenário de guerra no Pacífico. O uso de embarcações 100% ofensivas, como os tipo 726, mostra uma clara intenção da China de projetar poder e tomar ilhas e territórios com grande rapidez, com isso podendo ser visto como parte de uma preparação para uma guerra de expansão no Pacífico, com a China buscando garantir não apenas as suas reivindicações territoriais, mas também um controle mais amplo sobre aquela região estratégica. O legado da Segunda Guerra Mundial no Pacífico e as lições aprendidas com as suas invasões anfíbias parece estar influenciando profundamente a estratégia da China, garantindo o impulso para desenvolver e expandir as suas capacidades de assalto anfíbio, visando obter agora, no século XX a vantagem que os Estados Unidos alcançaram no século XX contra o Japão Imperial. [Música] [Música] [Música]

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