Começa a nova era do comércio global e o Brasil está na mira de Trump

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Finalmente está valendo o tarifaço de Trump que redesenha o comércio global e a maior parte dos parceiros comerciais está impactada com a tarifa média na ordem de 15%, mínima de 10% e alguns casos podendo chegar a 50%. Só que ainda não acabou porque alguns setores ou produtos ainda podem sofrer elevações ou isenções, como é o caso de semicondutores e produtos farmacêuticos. E aqui no Brasil, que quase ninguém está falando, ainda corremos o risco de uma tarifa maior, além dos 50% que já estão vigentes. E é sobre isso que a gente precisa falar, então, nesse vídeo, atualizar a situação da guerra tarifária depois de várias semanas de ameaças, negociações e acordos. E, claro, entender esse embrolho que se encontra o nosso país e que pode prejudicar ainda mais na relação com os Estados Unidos. Então esse é aquele vídeo para você compartilhar com todos que resume tudo sobre a guerra comercial de Trump. E se você gostar, claro, já dê o joinha, compartilhe e ative as notificações aqui e se inscreva no canal. Pois começando então com essa tarifa média estimada que está calculada em 15% e que portanto é a maior tarifa desde a era da Segunda Guerra Mundial ou então década de 30, quando tínhamos sim uma verdadeira guerra comercial entre vários países, não apenas tarifa dos Estados Unidos, mas foi um momento em que aquele aumento tarifário do governo americano desencadeou respostas dos demais. mais países e tivemos uma verdadeira guerra comercial e que é importante ressaltar neste momento e que certamente é um triunfo do presidente Trump porque este tarifaço não resultou em tarifas ou retaliações dos demais parceiros. Portanto, é uma guerra unilateral em que apenas os Estados Unidos estão aumentando as tarifas, mas que felizmente bem abaixo do que havia sido ameaçado naquele dia 2 de abril, o dia da libertação dos americanos, porque a gente sabia que era muito mais paraa negociação. Ainda assim, as notícias são boas porque as tarifas foram reduzidas, porém num patamar, como eu acabei de mostrar, mais elevado e maior nesses últimos 80 anos. Portanto, sim, temos um mundo com mais protecionismo, com mais barreiras tarifárias. Mas é importante a gente ver dos principais países como ficou a situação. Eu vou mostrar aqui alguns gráficos e mapas até inclusive porque é importante notar o que está acontecendo. E começando com a informação de que neste momento de tarifas válidas, a maior tarifa é a que incide sobre as exportações brasileiras para os Estados Unidos com 50%. Sim, que temos ainda algumas ameaças, como o caso da Índia, que eu vou falar muito importante pro fim do vídeo, de 25% adicional, que chegaria então a 50%, mas isso apenas daqui cerca de 20 dias. E o caso da China, que ainda está em negociação, no momento, a tarifa vigente é de 30%, porém ela pode chegar de volta a 54%. Se os Estados Unidos e a China não chegarem a nenhum acordo, ainda estão em negociações e pode até, o mais provável é que haja novamente uma postergação de 90 dias em meio a todas essas discussões. Mas é importante e eu vou também mostrar aqui um pouco da as listas que temos agora com as principais tarifas. Então aqui Brasil com 50%, a Índia ainda ameaçada 50%, Síria 40%, Laus 40%, Myanmar, a Suíça com 39%, o Canadá ainda segue com 35%, já que as relações entre o Trump e o Mark Carn estão indo bem mal. Então aqui tarifa 35%. A Iraque, Sérvia, Algéria, eh, com 35, aliás, Algéria com 30, Bosnia, Líbia, África do Sul com 30, Brunei, Cazaquistão, Moldova, Tunísia com 25, Banglad, Sri Lanka, Taiwan com 20, Camboja, Malásia, Paquistão, Tailândia com 19 e tem vários e alguns parceiros importantes, como o caso do Japão, que ainda estão com uma tarifa elevada depois do acordo que eles chegaram. E no caso Japão, que ficou então em 15%, Coreia do Sul também em 15%, então parceiros importantes e mesmo assim a tarifa está neste patamar. até mostrar aqui este outro mapa que a gente pode ver agora pelo tamanho das importações dos Estados Unidos e a gente vê como são importantes parceiros China, México, que ainda tá em 25%, Canadá, Japão, Coreia, Vietnã também, que era a maior tarifa ameaçada antes, 46% e acabou fechando em apenas 20%, com aquela ameaça de 40% se produtos forem exportados à China pelo para o Vietnã para chegarem finalmente aos Estados Unidos. Até para relembrar um pouco do que foi ameaçado, porque a gente perde um pouco até a a lembrança de tudo que tinha sido aventado, anunciado na época, mas vale a gente e relembrar alguns dos casos. Por a Canadá tinha sido ameaçado em 35 e continua por conta dessa rusga, essa crise diplomática entre os dois países. A China chegou a sofrer uma ameaça de 145%. Aí houve aquela pausa, aquela trégua e que permanece. A Índia segue com ameaça de até 50%. Por enquanto vale 25, mas pode chegar a 50. México ameaça chegou em 30, fechou em 25. O Vietnã ameaça era em 46%, fechou em 20. Taiwor era mais de 30, fechou em 20. União Europeia também era 30% de ameaça e fechou em 15%. Japão era ameaça de 25, fechou em 15. assim como Coreia do Sul também e Reino Unido aqui em 10%. Então temos essa a situação por países, mas é importante também relembrarmos a situação por produtos específicos, que é que eu vou colocar agora na tela para que a gente também tenha isso em mente. Então vamos lá. Aqui, aqui então produtos específicos. Aço 50%, alumínio 50%, automóveis e peças 25%, partes de cobre aqui 50%, e o que ainda está em processo, semicondutores, como eu mencionei, farmacêuticos, caminhões, aeronaves, enfim, ainda tem muita coisa que pode ser anunciada aí nas próximas semanas. Inclusive, o Trump já acabou de ameaçar tarifas de 100% para semicondutores. Também já falou no seu na sua rede social, no no X ou na Truh Social, dise que o presidente da Intel tem que renunciar porque ele está conflitado, tão alegando que tem alguma relação maior com China e, portanto, há um conflito de interesse. Enfim, então temos ainda coisas para acontecer nesta guerra comercial, mas essa situação e as tarifas globais sim hoje estão valendo. E quais foram os efeitos econômicos das tarifas até o momento? Esse é um grande debate. Segundo Trump, quem paga pelas tarifas são os países exportadores para os Estados Unidos e não os americanos. Mas claro que na prática quem efetivamente está pagando por essa tarifa é o importador americano, porque é sobre ele que o governo consegue incidir e arrecadar impostos. Ainda assim, há aquele argumento que é válido, que dependendo do caso, quem acaba arcando com este custo, essa tarifa, é o exportador. Por exemplo, uma montadora japonesa que decide reduzir os seus preços para compensar aquele aumento de tarifa. Portanto, reduz a sua receita, recebe menos, exporta o automóvel. O consumidor final americano acaba pagando o mesmo preço final, porém parte é o preço que paga pro exportador e o restante seria a tarifa que vai para os cofres do tesouro americano. E claro que em alguns casos isso é verdade, como justamente no exemplo que eu dei, as montadoras japonesas estão comendo boa parte dessas tarifas para não perder o mercado, como mostra aqui esta notícia da Bloomberg. Porém, em outros casos, como neste da General Motors, que está importando algumas peças para incluir nos seus veículos e vender o veículo final para o consumidor, é a montadora importadora que come a tarifa, então tem um custo adicional para não repassar o aumento de preço pro consumidor final. Então não é tão claro em alguns casos pode ser um prejuízo final econômico pro exportador, às vezes pro importador ou parte do custo. Quem come é exportador, quem come é o importador e que no final das contas o setor automotivo como um todo, por exemplo, está sofrendo, como mostra nesta notícia do Wall Street Journal, que a indústria automotiva está recebendo uma conta de cerca de 12 bilhões por conta da guerra comercial. Toyota aqui primeiro quase 3 bilhões, Volkswagen 1,5, GM mais de 1 bilhão, a Ford 1 bilhão e assim por diante. E em outros produtos é o consumidor americano que arga com toda a fatura. Mais uma notícia final e a última que eu coloco também aqui, como o Walmart está repassando preços e o consumidor final vai arcar com esta alta e significa mais inflação, pelo menos nesses produtos. Como sempre, a inflação de tarifas é algo pontual, não perene, mas é uma alta de preço para algumas mercadorias. Então, esses são os efeitos econômicos e que no fim do dia acaba prejudicando o consumidor americano sobretudo. Mas essa não é a preocupação principal de Trump com as tarifas. Eu volto a esse ponto depois. Além desses efeitos que eu mencionei, claro que com as tarifas já vigindo significa que o tesouro americano está arrecadando mais por conta das importações que sofrem uma tarifa maior. E a gente pode ver agora neste gráfico como em 2025 já foi a maior arrecadação por tarifas de importação, chegando a quase 130 bilhões de dólares, muito mais do que todos os outros anos aqui, começando 2017, quando foi o primeiro mandato de Trump. E na balança comercial, como isso afetou? já que este era um dos principais objetivos macro de Trump, reduzir o déficit comercial americano. Com alguns países, ele já teve grande sucesso. Há então aqui uma conquista, segundo seu objetivo. No caso do défic comercial com a China, foi reduzido para menos de 10 bilhões, coisa que não acontecia há muito tempo. Então aqui está tendo sucesso. E na balança comercial total chegou em 86 bilhões de dólares no mês de junho, que também é bem menos do que estava aí nos últimos meses, especialmente depois daquela antecipação de importações que aprofundou o défic comercial. Então agora com as tarifas passando a valer neste mês de agosto, é possível que um arrecadação de tarifas aumente, então arrecadação tributária e que o déficit comercial também reduza ainda mais seguindo o grande objetivo de Trump. E aqui que eu preciso relembrar quais eram os principais objetivos de Trump com as tarifas. Sem dúvida que o primeiro deles é reduzir o déficit comercial. Essa é a grande obsessão macroeconômica do presidente americano e que de fato está conseguindo, pelo menos com alguns países, e agora com tarifaço global valendo, deve ajudar a reduzir o déficit na balança comercial dos Estados Unidos nos próximos meses. O segundo objetivo tem a ver com segurança nacional, garantir o fornecimento de materiais críticos e acesso à cadeia de suprimentos global. Terceiro, tem a ver com geopolítica, como no caso agora da Índia, que sofreu um tarifaço adicional por conta da guerra da Ucrânia. Inclusive, este foi o último, a última ordem executiva do Trump no dia 6 de agosto, endereçando as ameaças aos Estados Unidos pelo governo da Federação Russa. E claro, aqui tem a ver justamente com a compra de petróleo russo pela Índia. Portanto, neste caso, quem sofreu um tarifaço adicional foi a Índia. Além de 25%, agora mais 25%, chegando a 50% nos próximos 20 dias. Outro objetivo das tarifas aí são até variados, como a gente vê no caso brasileiro. O que nos traz então ao nosso país o que vem acontecendo e até para relembrar como o impacto desse tarifá de 50% que veio com isenções de vários produtos, aviões, suco de laranja, outros não, carne, pescados e produtos têteis, enfim, acaba afetando de forma desigual várias empresas e estados do Brasil. E aqui numa matéria recente de valor econômico, a gente pode ver quais estados acabam sofrendo mais. Primeiro, em termos de tarifas, aqui temos parcela isenta do total exportado aos Estados Unidos por região em percentual. No caso do Rio Grande do Sul, apenas 12%, Sudeste 49%, Centro-Oeste 39, Norte 45 e Nordeste 38%. E aqui outra tabela mostrando a parcela isenta, total exportado na primeira coluna e na segunda coluna a participação dos Estados Unidos nas exportações desses estados. Então, no caso, por exemplo, aqui do Ceará, apenas 1% da pauta de exportação foi isentada, sendo que os Estados Unidos respondem por quase 50% das exportações do estado. Então, sem dúvida que afetará mais o Ceará do que outros estados. E no caso brasileiro, Trump justificou as tarifas adicionais por conta da perseguição a Bolsonaro e a oposição, a censura e a decisões contra as empresas de tecnologia americanas e o alinhamento ideológico do Brasil com o grupo dos bricks. Só que agora a questão geopolítica pode ser um fator adicional, assim como acaba de acontecer com a Índia, que é preciso lembrar, passou a exportar muito petróleo da Rússia assim que começou a guerra na Ucrânia lá em 2022, a ponto de ser o principal importador de petróleo. E quando a gente relembra também aqui quais são nesse momento os principais parceiros comerciais da Rússia, primeiro China, depois Índia, depois Turquia, Belorússia, Cazaquistão, Uganda, Brasil ali em sétimo. E no caso brasileiro, o que nós estamos importando e muito da Rússia é óleo diesel, a ponto de nos tornarmos um dos três maiores importadores deste produto, portanto, ajudando a financiar a máquina de guerra de Putin. E assim como aconteceu agora com a Índia, que foi tarifada em mais 25% para punir o regime de Putin, o Brasil também pode sofrer sanções adicionais, tarifas adicionais, dependendo de como a situação com a Rússia e os Estados Unidos e a guerra na Ucrânia se desenvolva nos próximos dias e semanas. Então, sim, este é um risco que paira no ar e a julgar pela crise diplomática entre Estados Unidos e Brasil, que ainda perdura e pela inoperância do nosso presidente que não vai dar o braço a torcer, só nos resta rezar para que aconteça o melhor resultado. Então, seguiremos acompanhando. Este é então o grande resumo do que está acontecendo agora com as tarifas de Trump que já estão valendo pro mundo inteiro. Espero gostar desse vídeo. Compartilhem, deem um joinha aqui também. Quem ainda não está inscrito no canal, ative as notificações, se inscreva e voltamos no próximo. Valeu, [Música]

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