COMO A CHINA ESTÁ DOMINANDO O MUNDO (E O OCIDENTE JÁ NÃO TEM CHANCE) | Market Makers #232
2A China tirou da pobreza nos últimos 40 anos mais de 800 milhões de pessoas. Em 95 a nossa economia era maior que a economia chinesa. A nossa renda per capita era oito vezes maior. Então, independente das tuas opiniões ideológicas, cara, vale a pena estudar aquilo. Mesmo que você ache tudo errado, vale a pena entender que que foi feito. A China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009. Se a China espirrar, o Brasil pega uma gripe. Devia ser capa de todos os jornais, todos os dias. A gente não sabe nada de China, a gente não discute nada de China. É assustador. Os nossos costumes mais ocidentais são muito diferentes. A gente vê a infância como um período lúdico de brincadeiras. O chinês, cara, é 1 bilhão e meio, 1 bilhão400 milhões de pessoas. O nível de competição é outro patamar. Então os chinês fala: “Cara, planta semente agora que você vai colher o resto da vida”. O trabalho é em primeiro lugar num nível que a gente não tá acostumado. O local mais seguro do mundo, de muito longe que eu morei, era China. E a minha mulher pode sair 2as da manhã falando no celular e não vai acontecer nada. Quem vai pra China e volta, e eu já levei mais de 1000 pessoas foram comigo nessas viagens e eu sempre pergunto a mesma coisa para todas. E aí, que que você mais gostou? E os caras falam: “Eu nunca imaginei que um governo pudesse ter um papel positivo numa sociedade. O acordo na China é ordem e progresso, mas progresso, crescimento econômico com ordem social. Não tem essa de porque você tem poder e porque você conseguiu construir um negócio tão grande e você ganhou muito dinheiro, você vai conseguir interferir no que é melhor pro povo.” Então o povo não acha assustador e maluco e fala: “Cara, não vou eu querer ser bilionário para não estar nos olhos do governo”. fala que bom. Não é só porque ele tem dinheiro que ele pode qualquer coisa mesmo. O empresário aqui ele busca o lucro. Na China, antes do lucro, o cara tem que ter uma boa relação com o partido, tem que estar alinhado com o partido, porque se ele não tiver e só tiver lucro, a casa vai cair. Existe protestos na China, o pessoal vai protestar contra, por exemplo, um empresário de uma fábrica que atrasou os pagamentos dos funcionários. Isso eu tenho protestos mais de um por dia naquele país daquele tamanho. Mas tem alguns assuntos que realmente não podem ser protestados. Pessoal me perguntei, tem uns grupos que ficam tentando mudar para ter voto? Não sei, nunca, nunca, nunca tive esse papo. Faz 15 anos que eu acompanho muito intensamente a China. Faz 15 anos que eu vejo vários gurus falando: “Agora vai quebrar, olha a dívida dos governos locais, olha”. E não quebra. Para quem gosta de aprender, cuidado. Você tá aqui, eu vindo de China, cuidado, porque você pode se viciar na China. [Música] Sim, sim, sim. Tá começando mais um Marketmakers. Seja bem-vindo ao podcast da família investidora brasileira. Sou Thiago Salomão. Hoje, episódio 232, aulão de China. Já aviso que a gente já teve muita gente boa falando de China aqui no Marketmers, mas hoje a gente vai falar com um cara que viveu essa experiência a fundo, com muita intensidade. Inclusive tem um livraço sobre China, o poder da China, como os chineses estão mudando o Brasil e o mundo. Eu vou fazer a apresentação do Ricardo Geromel, que é co-founder da FCGI, para vocês entenderem um pouco da profundidade desse papo de China que teremos aqui. Ele é formado em administração pela Fair Late Dixon University, onde ele foi com bolsa para jogar futebol, mas depois ele fez um uma pós-graduação em Paris e um mestrado em Tinuais. Ele vai falar um pouquinho mais sobre isso, mas ele já virou um grande especialista de China antes mesmo de boa parte da Faria Lima começar a descobrir sobre esse gigante asiático e querer saber mais. O Jeromé, ele insiste um ponto muito importante que às vezes passa desapercebido. Não basta apenas entender o PIB da China, mas é preciso conhecer o povo chinês. Mais do que um conhecedor de China, o Jeromel também ele é apaixonado por ensinar. Quem já leu o livro dele ou já acompanhou algumas falas dele, vê que ele tem essa predileção, essa quase que esse diamon, né, em passar o conhecimento pras pessoas. Por isso que o papo de hoje vai ser muito especial para você entender bastante de China. já pega papel e caneta, porque como o Geromel disse, quem não entende a China ficará para trás. Mas não é só de China que é feito o currículo do Geromel. Ele liderou investimentos em tecnologia e private act na gestora 3G Radar, foi sócio da Starts, onde ele liderou as missões que a Starts fazia com road shows de empresários, investidores, inclusive pra China. E também tem um envolvimento ali no mundo do futebol, né? Ele criou uma startup de futebol em Pequim e nos Estados Unidos ele foi sócio do Ronaldo Fenômeno no For Lauder Day Strikes e foi cofundador do time de São Francisco, né, o São Francisco Deltas. E bom, falando tanto de Jeromel, para quem gosta de futebol, né, o sobrenome não deve ter passado desapercebido, principalmente pelos gremistas, já que o Ricardo Geromel é irmão do Pedro Geromel, exjogador que fez história na zaga do Grêmio e disputou a Copa do Mundo de 2018, que, ó, já vou mostrar aqui, Ricardo trouxe para mim de presente, morram de inveja, camiseta do Pedro Jeromel época de Celessa, pô, sensacional. Não, você mereceu. Enquanto a gente marcava a data aqui, o Salomão só falava do Palmeiras. Cara, o cara nem sei como é que ele tá focado hoje que vai ter o jogo contra o Chelsea. Não, nem fala isso, porque esse episódio vai ao ar bem depois do jogo contra o Chelsea. Eu vou estar muito feliz, eu vou est muito triste quando for pro ar. Mas obrigadão pelo presente, obrigadão por ter vindo. E bom, eu trouxe um presente, não trouxe um livro, até um puxão de orelha nos meus pais que passei na casa dele, só tinha camisa, não tinha livro. Mas o livro é mais fácil. A gente compra ali com Mas só para aquecer os motores, pessoal guardar o tostão da sua voz, eh, 30 segundinhos. Quem é Jeromel? O que que eu já fiz uma breve apresentação, mas o que que você faz? Como você eh virou esse esse especialista em China, né? Ninguém se autointitula especialista, mas de fato você vivenciou a China, né? Como é que você, se alguém falar mesmo um chinês que é especialista em China já corre pro outro lado, porque aquilo lá, a velocidade da mudança é gigantesca. Mas como é que a China entrou na sua vida de maneira bem transparente? Eh, eu tive o meu primeiro emprego quando eu me formei na faculdade em 2008, foi eh no setor de commodities por uma empresa chamada Nobel, que acabou sendo adquirida pela COFCO, uma gigante do agro que foi feita para garantir a segurança alimentar chinesa e a empresa era sediada em Hong Kong. Eu fui lá para Hong Kong, eh, morei lá há um tempo e você era jovem, ambicioso, recém formado e vi um país que era dado que ia crescer double digits por alguns anos. Eh, você era inevitável. Então, a China entrou com muita força na minha vida assim. E depois, de maneira bem transparente, eu tive uma namorada chinesa, a gente noivou, quase casamos. Você comentou da da pós que eu fiz em Paris na primeira festa que teve, que o curso tinha ganho, aquela coisa de de ranking do Financial Times, tal, teve uma celebração e na primeira festa a gente se conheceu e foi um negócio muito intenso, a relação não não perdurou, eh, mas ali o dragão me mordeu e eu fiquei encantado com aquela cultura. E hoje sou casado há mais de 10 anos eh com uma pessoa não chinesa. E a minha esposa é de de Los Angeles. E depois eu tava lá no Vale do Silício. Você comentou de uma startup de tecnologia que era um time de futebol. Quem gosta de futebol? Dagoberto era o nosso craque. Nós jogamos um ano e fomos campeões nacionais da segunda divisão dos Estados Unidos. E ali eu tinha investidor de Apple, Google, PayPal, Facebook, Yahu. A gente levantou mais de 20 milhões de dólares para fazer esse time. E essa turma vinha falar comigo sobre China e que que eu era apaixonado por história, cultura da China. E e num dado momento eu falava: “Cara, vocês sabem que eu sou brasileiro, que eu visto essa camisa o tempo todo? Eh, eu tenho puto orgulho de ser brasileiro. Ser brasileiro só me abriu portas no mundo inteiro. Eu falo: “Cara, vocês nunca me perguntaram nada do Brasil, então vocês não são curiosos intelectualmente, por que cargas d’água vocês querem tanto saber de China?” E lá em 2015, 16, 17, o pessoal falava: “Não, eu tô indo para lá beber aquela fonte. Eles estão na nossa frente em tudo que é fintech, e-commerce, tudo que é hardware vem de lá. Eu preciso entender aquilo. Nunca fui ou conheço muito pouco. Então essa ignorância que nós brasileiros em geral temos, que nós, nossos filhos, não estão aprendendo nada de China na escola, não somos só nós, os ocidentais como um todo, os americanos também. E os caras percebiam e aí eh eles iam. E aí o meu time, pô, jogou um ano e foi campeão nacional, mas o time acabou porque a liga acabou. Eu falei: “Pô, o que que eu vou fazer?” E aí eu tava lá no Vale do Silício, no Vale do Silício, onde o empreendedor é um é um ser, é quase aqui no Brasil um jogador de futebol de grande sucesso, é um ser tão admirado que vários amigos meus vinham para mim e falaram: “Jerome, o que que você vai fazer?” Fala: “Cara, não sei. Eles, pelo amor de Deus, não vai virar consultor, não vai voltar pro mercado financeiro, tu é empreendedor. Se você precisar de um cheque, toma aqui para você começar. Eu nem sei o que você vai fazer, mas eu tive mais de 20 conversas dessas.” E aí um desses caras que veio falar comigo foi o o Mesonave que tinha fundado a XP e falou assim para mim: “Eu vou te fazer uma uma proposta e recusar”. [ __ ] Marcelo, que que papo é esse, cara? Meio poderoso chefão. Não, e esse negócio? Ah, no ali. Daí ele ele me fez uma proposta que era o seguinte, a empresa dele já tinha levado 800 brasileiros pro vale para fazer aquelas missões empresariais aqui. E eu era uma das pessoas que sempre os recebia. E eu achava muito maneiro, vinham brasileiros, eu saí do Brasil em 2005, já fazia mais de 10 anos. A minha empresa era um time de futebol, brasileiro em geral é apaixonado. Então nego comprava. Como assim? Meu Grêmio tem mais de 100 anos, meu meu Corinthians tem mais de 100 anos. Como é que você começa do zero? E ainda tá me falando que é uma startup de tecnologia. Então depois você coloca nos links lá. A gente fez uma um negócio de ticket usando AIA em 2017, tá lá no YouTube ainda. Eh, e o pessoal ficava maluco e comprava cashol, virava season ticket holder, como se fosse sócio torcedor, queria investir no clube. A gente não precisava de investidor, mas era muito bom pro clube. E eu gostava. E aí o Marcelo falou: “Não, então usa a infra da nossa empresa para você fazer o que você quiser. Se em seis meses você me entregar isso de bora online, de resultado final, você vira sócio do todo.” Essa era a proposta irrecusável. Era proposta recusável para mim. Quando eu fui falar com a minha esposa, ela falou assim: “A minha esposa é o cérebro da família. Ah, eu, como vocês podem ver, sou o nariz.” Ela falou: “Não, legal, porque daí você vai estar se barbeando na cara dos outros. Tipo, se der errado, a gente não perde nada. Ao invés de fazer um sabátate, ao invés de viajar para pensar o que eu ia fazer, eu sempre me vi como um empreendedor. E aí eu peguei o business que eles tinham, que já tinham levado 800 pessoas pro vale e eu liderei viagens para Israel, ah, pra Coreia, pro Japão, para Londres, para Paris. E quando eu cheguei na China, eu já tinha morado na China em 2009, em 2011. aquilo tinha mudado assim, não é que tinham mudado, que tinham passado 7 anos de evolução, não, porque o pai daquela minha namorada na época, ela era dono de fábrica da Armani, perto de Shangá. Então eu conheci a China Fabril. Quando eu cheguei lá e vi uma super potência em inovação, pessoal me falava, eu não conhecia, eu era ignorante, a China inovadora. E aí e aí a minha esposa também, quem quem vai pra China e não se apaixona, não fez a China direito. O pessoal que vai e fala: “Ai, mas a comida, cara, eu tenho saudade da comida chinesa”. Bom, enfim, aí mudei pra China e o negócio bombou de interesse de ocidentais querendo aprofundar a China. E eu percebi, igual você tava falando, qual é a frase bonita que você falou? Diamond. O é o Diamond, né, de ser qual que é o seu sua essência interior, né? O que te faz dormir mais cedo, dormir mais tarde, acordar mais cedo, né? Então, eu eu cresci. É legal você falar isso até. O meu vô faleceu esse ano e ele falava uma frase que ele falava assim: “A coisa tá indo mal, acorda mais cedo, vai dormir mais tarde, trabalha”. Então na minha família, meu irmão, eu, a gente é trabalho em primeiro lugar, assim, eh, enfim. Daí, então, para nós é meio, não funcionaria isso d sabe que tem que acordar mais cedo e dormir mais tarde pr as coisas para ter uma chance de dar certa. Mas o meu da vida sempre foi, eu tive uma vida meio muitas mudanças, né, e muita viagem, que o meu tesão sempre foi onde eu vou aprender mais e onde eu vou crescer mais rápido. E aí quando você viaja, quando você sai da sua zona de conforto, cara, você aprende demais. E aí esse negócio de ensinar, eu percebi quando você vai dar uma aula, quando você vai falar de algum assunto para alguém, se você não conhece muito aquela coisa que o Einstein falava, se você não consegue explicar para uma criança de 5 anos, você não conhece o suficiente. E eu percebi que ensinar era meio aprender ao quadrado, porque uma vez que você conta, você deve ver bem isso. E aí me apaixonei por isso de e também li uma matéria do fundador do Airbnb, um guri de menos de 35 anos, de repente criou um império e aí ele falava como é que ele fazia para aprender. E ele queria aprender de investimento, o que que ele fazia? Ele não lia livro nenhum. Ou talvez ele lia, mas ele falou que ele dava um jeito, pegava um avião e ia lá conversar com Warren Buffett, quem é a pessoa que mais entend isso no mundo? E aí trocava ideia, eu pegava o livro mais bacana e ia lá falar com o autor. E aí esse negócio de poder olhar no olho e fazer qualquer pergunta, que é o que você faz aqui, pô, já assisti a entrevista tua com o Estuba, com várias lendas do mercado. Eh, eu acho que isso é, sem dúvida nenhuma, a melhor maneira de aprender. Uhum. Então eu fundei uma empresa, agora eu saí da até daí daí como é que eu fui parar no mercado financeiro, que eu sei que é o interesse do pessoal, o pessoal da 3G Radar, que é uma gestora fundada em 2013 que tinha Trade Capital como sócia relevante, os oito sócios foram pra China e eu organizei um road show eh para eles nos interesses deles. Uhum. Eram e são grandes acionistas de Eletrobras, por exemplo. H. E aí no último dia eles falaram: “Pô, Geromel, você saiu do Brasil em 2005? Estamos aqui no final de 19. Que você tá fazendo? Volta pro Brasil, vem trabalhar com a gente. E eu lembro direitinho uma frase que o Mário, o Mário Campos, lá, um dos dois fundadores junto com o Pedro Batista me falou que ele falou: “Cara, chega aí, a gente vai ver o que você vai fazer”. A gente acredita naquela frase do Janin Collins de pôr as melhores pessoas dentro do ônibus e aí elas decidem para onde vai o ônibus, como é que a gente faz. E aí teve várias entrevistas, até te contei, né? tava, a gente tava concendo antes do o Teles veio me entrevistar para e falou de um amigo nosso em comum aqui. Eh, e aí entrei lá e fique virei sócio rapidamente. E o meu papel lá, então, como é que funciona a gestora, como várias, tem os especialistas por setor. Então, tem o time de infra, time de saúde, o time de consumo. E eu era o eletron livre que trabalhava com todos esses times falando, ó, nessa nossas nossas teses aqui, nessas empresas específicas, que que pode ser disrupção? Por exemplo, teve um cara lá, um sócio, grangeiro, um fenômeno, que ficou vários anos estudando saneamento antes da gente investir um centavo em saneamento. E aí falava: “Cara, o que que pode ser uma disrupção em saneamento?” Tu imagina que se alguém inventar uma caixa, você vai lá, faz suas necessidades e aquela caixa depois você usa aquilo como adubo. Pô, todos os tubos, todo o capex que uma Sabesp fez, se nasce um negócio desse, realmente desrupta. E aí eu fiz mais de 150 reuniões ao redor do mundo para ver se tinha alguma coisa vindo. Eh, e depois a gente viu que que não e a gente olhava muito vento a favor, que que a gente pode pro lugar. Por exemplo, a gente era acionista de Grend. Grenden, mais de 25.000 1 funcionários lá em Sobral fazendo calçados, maior exportador de calçados do Brasil. Pô, se a gente plugar algum IOT naquela fábrica que gera uma eficiência de 0.5% 5% é é lucro na veia. tem algum IoT que a gente consegue pegar lá no nos cantões de Shenjen. E a a gente fazia isso, conectava com as empresas e a outra coisa que eu fazia que gerava muito valor era realmente conectar os o nosso time e o nosso as nossas empresas e o pessoal próximo com pessoas brilhantes do mundo, que a gente ia lá conversar sobre o que aquela, por exemplo, um amigo meu que é um médico formado em Stanford, tocou hospital na Arábia Saudita. e se apaixonou pela Ásia, eh, e estuda modelos de inovação no setor de saúde da China. A gente pegou ele, levou ele para uma das nossas investidas e ele ficou um dia inteiro discutindo estratégia eh com a empresa. Então, isso tinha um valor do [ __ ] de estar nessa sala discutindo sobre o futuro da saúde. Então, a gente fazia muita coisa. Eu nem sei se eles vão gostar, porque eles não não gostam de dar entrevista, de falar nada, mas eu sou um grande fã. eh, fã, fã, fã, admirador daquelas pessoas. Eh, como seriam assim, sei lá, o que eu olho, que eu quero que meus filhos sejam, seria pessoas como eles, de valor da palavra, eh, trabalhador, eh, do bem, feliz, bem resolvido. Eh, e aí eh, dois anos atrás, no final de 23, eles pediram para organizar uma viagem para uma das empresas do nosso portfólio paraa China. E quando eu me organizei aquela viagem e vi colocando o pessoal na cara do gol e estando na sala e trocando aquelas ideias, eu falei: “Cara, eu tenho que voltar pra minha natureza, pro meu diamond, né, que fala: Aham. Eh, eu tenho que viver disso, cara. Tenho que arrumar um jeito de est fazendo só isso. Ah, e aí eu pedi para sair, mas mais de 80% do meu patrimônio continua lá. a melhor maneira que eu que eu conheço de de perpetuar e crescer patrimônio mesmo são os melhores que tem na minha visão. Não conheço todo mundo mais do que eu conheço para perpetuar capital de longo prazo mesmo. E e aí fiz minha empresa que chama FCGI. Não tem nenhum site, não tem nada, só no boca a boca mesmo. A gente quer conectar o melhor do mundo, o melhor do Brasil. Então, e hoje você fica baseado na China? Hoje eu eu tô meio nômade. Eu fiquei agora s semanas na China. Eh, no primeiro semestre, eu vou ficar nove semanas agora no segundo semestre, mas a gente organiza essas essas imersões globalmente. Então, fiquei três semanas na Escandinávia agora, cara, com diferentes clientes querendo conhecer eh o que que dá para trazer de lá para cá. Eh, organizei pro Instituto Caldeira, que é um negócio incrível, que vale a pena todo mundo conhecer. No Rio Grande do Sul, a elite empresarial, 42 empresas se uniram e falaram: “Cara, nessa nova matéria, nessa nova economia digital, a matéria prima fundamental é cérebro bem treinada e os nossos melhores, os nossos melhores pessoais aqui, pessoal de tecnologia, tá indo para São Paulo, tá indo paraos Estados Unidos, tá indo para Europa, o que que a gente faz para esse pessoal ficar aqui?” Então, quando a gente estuda, quando a gente olha um ecossistema inovador, vem na cabeça Vale do Silício, Shan Jane, Israel, eles têm algumas características em comum. Uma delas é a academia, muito perto. Então, Vale do Silício não seria Vale do Silício se não tivesse Berkley, Stanford ali por perto. Papel do governo é um papel fundamental, eh, até para sair do meio do caminho, eh, o papel das grandes empresas que acabam virando clientes e até dão saídas menores, o papel do capital. E aí o Instituto Caldeira foi esses 42 líderes muito eh eh ancorados pelo Marciano do Agibank. O Marciano, ele foi meio ele é o chairman lá. Uhum. Eles falaram: “Cara, vamos fazer isso aqui”. Eles pegaram, por que que chama caldeira? Porque é a última, é a primeira fábrica da Henner. Tinha um caldeirão lá, uma área gigantesca. Cara, a gente tava na China, o Marciano, um cara que não gosta de aparecer do setor de calçadas chamado Ricardo Correia, fenômeno. E o Cris Galò, que é filho do Galeny, que é um mega investidor, baita cara para você entrevistar Salomão da Quart. Acho que já, acho que já falaram dele em algum em alguma outra ocasião. Não gosta muito de aparecer, né? Não gosto, não sei se ele toparia, mas já trabalhou na Dino, trabalhou em vários lugares e agora toca a empresa dele chamada Quartz. Olhem o site aí, eh, focado em crescimento, um baita cara, baita cara, estudioso do bem. E aí o Marciano, ele e o Ricardo, a gente tava num trem de Shanghai para Han ir visitar Alibaba com um grupo. E aí eles me contam essa visão deles. E aí eu pego o o Rui, que trabalhava comigo, Rui Cavend, que é outro fenômeno que hoje é é meu sócio, é irmão do Raul. Cavendes que é do mercado aqui. Não, o Rui a gente até gravou com ele na acho que na época do Stock Pickers. É você que você me chamou, eu não podia e daí eu falei: “Fala com o Rui que você não vai sair”. Você gostou, né? É um fenômeno. O Rui é um é um é uma é a minha Wikipédia ambulante melhor que a Wikipédia, né? Que a Wikipédia tem muitos erros. O Rui erra de vez em quando, mas quem não erra, mas é mais raro. Eh, e aí eu peguei eles e falei: “Cara, deixa a reunião lá com a Alibaba, com o resto do grupo e eu vou levar vocês para Dreamown”. Dream Town é um negócio que a China fez, é um instituto Caldeira vezes China. Deu para entender um pouco que que é o Instituto Caldeira que quando a Alibaba fez o maior IPO da história até então, em 2014, ninguém nunca tinha levantado tanto capital num IPO. Ah, o e era uma empresa de tecnologia, então muita gente com stock options e tudo mais ficou muito rico. Eles criaram um hub de inovação ali do lado do do headquarters da Alibaba e os números são inacreditáveis. Tanto que eles me falaram os números a primeira vez, eu não acreditei. Falei: “Ah, mulher chinês tem uma dificuldade. Quando ele vai traduzir número para outra língua, o jeito que eles contam é diferente. Sempre dá um tilt falar: “Ela, ela contou errado, não é possível”. Aí eu voltei lá, ela falou: “Certo”. Aí eu levei uma jornalista que eu falei: “Cara, vamos ver, ela não vai mentir paraa jornalista”. Ela falou o mesmo número. Então era assim, eram números muito avacaladores e foi dali que saiu de psiquic. É desse lugar. Então, tem várias sementes que foram plantadas ali. A região de Rand é a região que mais tem startups e-commerce do mundo, que é o pessoal que vai trabalhar na Alibaba, aprende, conhece e eh funda sua própria empresa. Aliás, no meu livro que o Salomão contou para vocês, tem um capítulo que é coescrito com alguém, eh, que é o Eri. O Eri é um cara que trabalhou na Alibaba e ele fez uma empresa chamada Urbanic, que é tipo um, vamos chamar assim, parecida com a Shin. Todo mundo conhece a Shin, que você compra aquelas roupas de de boa qualidade, muito baratas e o cara já virou unicórnio, tá bombando. Então, e esses celeiros, por isso que eu tô também tô bem animado com o potencial do Brasil em tecnologia, porque agora a gente já tem várias empresas no bank, Mercado Livre, grandes que o pessoal trabalha ali, aprende, tem capital, enfim. Eh, tô, tô, é isso, é um pouco isso, é assim. E aí, cara, a real é que se você gosta de aprender, a China é inevitável, porque é tudo tão diferente do que a gente tá acostumado, que que você aprende com tudo, com a cultura, com a história. E a maneira é muito diferente. São mais de 4.000 anos de civilização continuada. Então, o peso, nosso país aqui malemale 500 anos. O peso da tradição nas coisas, você fala: “Pô, mas para que isso?” E lá tem uma, todo mundo que foi pra China uma vez vai aprender que você pega um cartão de visitas, você tem que dar com as duas mãos. Se você der com uma mão só, não é que o cara vai te dar um tapa na cara ou vai te deletar, acabou, não. Mas o cara vai falar, pô, esse aqui é o mercado mais competitivo do mundo, é a maior classe média do mundo, o mundo inteiro quer fazer negócio com eles. Eh, o cara nem não sabe nem o básico, então você perde uns pontos. Uhum. E a dança do acasalamento empresarial lá é muito diferente do do mundo ocidental. Aqui você vai fazer um negócio antes de fazer qualquer negócio. Até você tava me contando da tua história da Stock Pickers e como é que chegou aqui. Eu imagino que teve muitos advogados envolvidos na entrada, na saída, nos contratos lá. O estado de direito tal qual a gente tá acostumado é muito diferente. Você pôr um advogado para entrevistar aqui, o cara vai contar que a constituição e tem uma mão dilem, mas na prática é muito diferente. Eh, então, antes de fazer negócio, o chinês quer criar confiança. Vou te contar um exemplo que parece meio esdrúchelo, mas lá em 2011 eu morava na China e você contou que eu tinha um startup de futebol. Minha startup era trazer jogadores, técnicos, árbitros, médicos da China pro Brasil e passar um período de treinamento na Granja Comari, lá onde a seleção brasileira treina, e voltar com diploma. Chinês é tarado por diploma também. E aí, cara, eu precisei contratar um chinês mais velho. Eu fingia que eu trabalhava para ele, porque eu tenho, cara, eu tenho 38 anos, mas eu sempre tive, agora eu já tenho cabelo branco, agora tô melhorzinho. Eu sempre tive, era uma merda, né? Dos 18 aos 25, par sempre, eu sempre pareci que tive 10 anos antes, 10 anos menos. Então com 25 parecia que você tem 15 é uma merda. Com 28 parecia que você tem 18 é uma merda. Agora com 38 parecia que você tem 28. Agora é muito bom. Agora é bom. Mas eu o pessoal não me levava a sério, não, não conseguia. Aí quando eu contratei o chinês e eu trabalhava para ele, era o brasileiro que trabalhava para ele, o negócio foi indo. Eh, então são várias eh vários detalhes que se você não parar isso e o chinês é um povo que não é educado, ele é muito estudioso. Educação é muito diferente de estudo. Mas, por exemplo, a gente antes de conversar aqui comentou de vários amigos em comum, deixa eu te perguntar onde eles estudaram, você provavelmente nem sabe a formação deles. Até você comentou da minha formação, mas é é um negócio que pessoa brasileiro cagou. Eh, quem é aonde estuda nosso presidente, nosso ex-presidente, nossa ex presidente? A gente ou Temer, onde estudou? A gente sabe mais ou menos onde estudou o Fernando Henrique que ele foi professor, tal. Então não é um negócio que a gente valoriza. A gente vota em alguém sem saber se ela estudou ou se não estudou. Na China o pessoal não vota, mas todo mundo sabe que o atual presidente Jimpin é engenheiro formado em Tinruá. O ex-presidente Rudin engenheiro formado em em Tináis. O ex-presidente J engenheiro. Então é um país que a vovozinha lá no interior e a China tem vários problemas, tá longe de ser um local utópico, valoriza demais o estudo. O que que ela quer pro neto é que ele seja engenheiro, se ele for engenheiro. E aí é muito diferente de educação, estudo, porque você vai pegar um um metrô na China, cara, a gente tem uma coisa que é que a gente nunca vai parecer chinês. O pessoal bate olho sabe que isso é gringo. Então eu tô com a minha esposa ou com algum amigo trocando ideia, conversando. Se tiver um espaço igual tô eu e entre eu e esse microfone, chinês se mete nesse espaço. Para nós é um negócio meio não educado. Eu tava agora, a gente fez um grupo na China com 20 empresários brasileiros donos de concessionária, que tá tendo uma revolução no setor de carros elétricos aqui híbridos. E o pessoal foi, a gente foi visitar sete fábricas, fizemos reuniões com e aí um bilionário chinês Lista Forbs, tal, nos recebeu, eh, mostrou pra gente o tour da fábrica dele, ele tem um outro segmento e agora tá entrando em carros elétricos e num almoção, ele meteu quatro arrotos, aquele do Homer Simpson de vibrar o o Barney, né? Não, sabe aquele que vibra o ar? você vê a vibração e o pessoal ficou em choque. Mas na China, eh, isso não é uma coisa. Então, os nossos costumes mais ocidentais são muito diferentes. Então, para quem gosta de aprender, cuidado. Você tá aqui ouvindo de China, cuidado, porque você pode se viciar na China. Eh, é muito, muito, muito diferente. Antes da gente entrar em outros assuntos, deixa eu fazer só os recados rápidos do antes de começar o episódio, mas eu eu deixei para metade porque eu já passei para você antes, Geromel. Eh, tenho três recados para vocês, meus queridos ouvintes e espectadores. O primeiro, a gente sempre pede, inscreva-se no canal. A gente teve uma audiência absurda no mês passado, mas 80% das pessoas que assistiram Marketmers no mês passado não eram inscritas no canal. Então, ó, aproveita essa pausa aí, clica em inscreva-se, custa nada para você e ajuda muito o Marketmers a crescer. E o segundo recado, e esse é o mais importante, eh sobre o evento do que vamos fazer do ciclo Brasil. E você já pode reservar o seu ingresso no primeiro encontro presencial que vamos fazer no dia 18 de julho aqui em São Paulo, das 18 horas às 22 horas. Vai ser aqui perto da Faria Lima. É muito network em troca de ideias e aprendizados. O link tá aí, tá lá lp.makers.com.br/eventociclobrasil. Você já vai ter todas as informações lá. Eh, o evento, a gente já eh só explicando um pouco sobre evento, né? A gente já viveu quatro grandes ciclos de valorização eh na história da bolsa brasileira, com Ibovespa subindo eh mais de 1000% nesses ciclos. a gente nunca consegue cravar quando ele virar, mas a gente tem vários indícios de que a gente pode viver um grande ciclo de valorização na bolsa eh em breve, quem sabe até começando ainda esse ano. E então, nesse evento a gente vai falar bastante sobre esse ciclo Brasil, por que vivem esses ciclos. Se você garantindo esse ingresso, você vai est lá junto com a gente, não só acompanhando esse evento, mas tendo toda aquela troca de ideia, aquele networking que vale muito a pena. São 4 horas que certamente vão mudar a sua vida. O link tá lá, se inscreva e a gente se vê no dia 18 de julho. Geromel, eh, cara, já começou a pincelar um monte de coisa aqui na minha cabeça. Eh, deixa eu trazer uma, eu nem sei se você vai ter uma resposta tão pronta para isso, porque quando a gente fala de China aqui no Marketmers, eh, acaba entrando muito em dados econômicos, em, eh, tentar analisar o PIB e a inflação e agora vai ter problema do real estate e vem Evergrand e tudo mais. Eh, o quanto que de fato, né, essa leitura econômica de China, ela pesa dentro do da dinâmica da economia chinesa como um polo de inovação, né? Você até já pincelou o Deep Se, que acho que talvez seja o exemplo que a gente mais sentiu na pele aqui no Ocidente, nos mercados, mas a gente vê a enchurrada de carros elétricos e outras coisas da China que sei lá se talvez 30 anos atrás a China era sinônimo de o brinquedinho mais barato que a gente comprava, hoje já é sinônimo de o xingling, produto falso. E foi verdade, não é mentira. É, mas já já subiu um degrau, né? A gente já vê outra maneira de de enxergar o produto chinês, né? Ninguém fala hoje tem um carro elétrico, o cara fala carro elétrico, né? Não, nem fala carro chinês e se fala carro chinês não não fala de uma maneira pejorativa. É até algo positivo. Enfim, como é que como é que se conecta, né, toda essa leitura de quando você conheceu a China era o país que ia crescer, mas de uns tempos para cá a gente vê muita gente falando: “Não, o modelo da China se esgotou e tudo mais.” e com uma sociedade pujante crescendo com tecnologia, com inovação, com formação de eh escolar, educacional, enfim, como se conecta esses mundos? Pô, você abordou vários temas aí, né? Então, vamos lá. O crescimento, por que que a China fascina tanto? E daí não tem como falar da China sem falar do governo chinês, mas eu não quero dar tanta volta que você abordou tanto tema, tentando ser o mais direto possível. Não, vai lá. A China tirou da pobreza nos últimos 40 anos mais de 800 milhões de pessoas. E aí os dados da China são geralmente você tem que ter uma margem de segurança mais ampla, é mais complicado de de medir. H só que eu aqui no Brasil eles me chamam para falar de China e na China eles me chamam para falar de Brasil. Então eu rodei os os cantões da China. E sim, desigualdade é um dos que eu diria assim, vamos chamar dos três principais problemas da China. Desigualdade é um deles. Então, quando o Xinpin anunciou que a China acabou com miséria, passou uns meses, o segundo cara no comando falou que tinha 40% de chineses, então vai dar umas 600 milhões de pessoas vivendo com 1000 quais por mês, que dá uns 200 por mês, que é uma loucura, porque quando a gente olha o PIB per capta, são 13.000, 13.500, então passou o Brasil. Então, pera aí, como é que passou o Brasil? se tem, se o que o cara falou tá certo e é difícil você ter acesso a esses dados. Eh, então esse negócio do produto ingling que você comentou não tem mais, porque a a o jeito que a China começou a mudar o mundo foram tantos e mudar o Brasil. Porque Salomão, isso que me deixa maluco, cara. A China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009. Em 2011, eu morava em Pequim e eu comecei a a trabalhar para Forbs. Eu trabalhei na Forbes durante 10 anos, 2 anos como repórter full time e o resto como colunista. Em 2011 eu escrevi um artigo que o título era eh como é que era? Porque o Brasil é um derivativo da China. Então, lá em 2011, o pessoal do mercado falava: “Se a China pegar uma uma gripe, se a China espirrar, o Brasil pega uma gripe.” O Brasil já era dependente economicamente da China. Fast forward, passa aqui, vamos para 2025, eu vou conversar com a elite econômica, empresarial ou até intelectual do Brasil e é uma ignorância completa em relação à China. Eh, é muito assustador isso, o nosso cân escolar não envolver a China. E aí, ah, por que que isso é tão importante? Porque, cara, não é só que não dá para entender o Brasil sem entender a China. A China são mais de 120 países que tem como seu maior parceiro comercial a China. Então, se você acredita que Follow the Money vai te ajudar a chegar em respostas, e eu acredito muito nisso, segue o dinheiro. Quando você não entende o negócio, começa a ficar muito professoresco, muito, começa a seguir o dinheiro, fala: “Não, como é que você ganha dinheiro, cara? Ou como é que funciona isso aí?” e segue. E então a gente precisa entender e não só aprender do Brasil, mas do mundo. Então como é que chegamos aqui? Então a China só foi se tornar um país urbano, onde mais da metade da população vive em cidade em 2011, 2012. Então, para o que o Den Shelpin, foi o grande pai daquilo tudo, da estrutura econômica, o que ele fez em primeiro lugar foi vamos transformar a China na fábrica do mundo, que ao fazer isso vai ajudar na urbanização e vai ser mais barato importar da China por navio do que ter fábrica. Enfim, vocês conhecem tudo isso. Agora nós vamos o ano que vem entrar no 15º plano Quinquen o plano Kinkenal e o Five Year Plan é um negócio que começou com o mal, que ele importou dos soviéticos e é imagina que na tua empresa, o o Salomão tava me contando aqui da Market Makers, imagina que você tem KPI pros times diferentes, pras diferentes áreas de negócio, os caras dão KPIs públicos. Kpi é os indicadores de performance. É, seria no time de futebol, seria pro zagueiro lá quantos gols vai tomar, quantas bolas vai tirar, eh, pro cara não ser um louco furioso, tipo Lúci, ficar subindo na área, quantas vezes você vai passar o meio-campo, sei lá, que seriam os capis de um zagueiro. Eh, mas eles fazem isso a nível nacional e público, revelam. No último plano quinquenal, esse 14º foi o primeiro dos planos quinquenais contemporâneos que não teve meta de crescimento de PIB. Então, antes a lógica da China era: “Vamos crescer que o resto vai acontecer, vamos crescer a economia”. Então, chinês enriqueceu num nível, cara, em 95 a nossa economia era maior que a economia chinesa. A nossa renda per capita era oito vezes maior que a economia chinesa. Então, independente das tuas opiniões ideológicas, cara, o nível de crescimento, a economia deles cresceu 30 vezes, enfim, nenhuma economia nunca cresceu tão rápido na história. Então, vale a pena. e ninguém nunca tirou tanta gente da Então, vale a pena estudar aquilo. Mesmo que você ache tudo errado, vale a pena entender que que foi feito para quem é curioso. Agora eles estão mudando o modelo econômico, tá nessa fase de transição. E aí, quais são os três principais problemas? Porque daria para falar, só para tentar tentar a gente fazer sentido nesse breve tempo aqui. Primeiro é demográfico. A demografia eh, demografia é destino, né? é uma frase boa. E a demografia no começo da década de 80 foi o Den Schalpin, que eu falei que foi um dos maiores estadistas, se não o maior do século passado, ele criou a tal bizarra política do filho Único, que é um negócio maluco. Tem um livro, tem um filme na Amazon que conta um lado obscuro disso chamado eh Amazon Prime, né? One Child Nation, para quem quiser entrar em detalhe. Mas resumindo, naquela época a China era rural, as mulheres tinham eh em média chegou a ter mais de sete filhos por casal, eh porque mais filhos no campo, eh, melhor, né? Você acaba girando mais renda pra família. E as famílias entendiam que se nascesse um meninô, só podia nascer um. Então, política do filho único vai gerar mais valor paraa família do que meninar, porque tem mais força ali no campo. Acho que todo mundo entende isso. Qual o resultado disso? E o pessoal seguiu, seguiu 100%, como é que faz sens? Não, se seguiu muito. Tanto que vários dos meus amigos, você pergunta, né, de irmão, tô começou falando do meu irmão aqui, olha que loucura a sociedade. Então, cresceu um, uma criança, dois pais, quatro avós, então é uma criança e lá pela cultura milenar chinesa confuciana vai ter que cuidar de seis adultos. Eh, imagina a pressão nesse guri ou guria. E aí o pior, ao fazer o filho único, gerou que hoje tem mais de 30 milhões de jovens chineses que não conseguirão casar com uma mulher chinesa, porque todo mundo jamais meninou. Eh, então da onde pode ser que venha uma grande insegurança pro governo chinês é esses 30 milhões, porque lá na na sociedade chinesa tem uma pressão gigantesca, não só da sociedade, mas do indivíduo como si que quer casar e o cara não vai conseguir casar com uma mulher chinesa, é uma sociedade monogâmica. Eh, aí o governo faz uns 9 anos deixou ter dois filhos, agora tá podendo ter três filhos, só que o pessoal não tá eh tendo filho. E qual é um dos motivos? São vários. Um dos motivos chave é um pouquinho que a gente falou da obsessão com estudo. Então, como é que é obsessão com estudo? Pô, se nós fôssemos chineses, a gente saberia aonde cada um de nós estudou. Os amigos que a gente comentou aqui, a gente saberia, o cara estudou tal. Eu estudei em Tiná, eu ganhei uma bolsa para estudar na mesma universidade que o Xinpin estudou. E cara, meu cartão de entrada, todo lugar, todo mundo sabe que o Geromar estudou lá. E se não sabe, eles perguntam: “Pô, onde você estudou?” Eh, Itinroá é um dos locais mais visitados de Pequim. Pô, Pequim tem a muralha da China, a cidade proibida, tem vários museus. É, você vai lá em qualquer final de semana tem vovozinho, papai levando criancinha para plantar uma semente na cabeça da criança. Falando: “Imagina que um dia você poder estudar onde estudou xijim, que é a universidade. Quem aqui já levou uma criança para visitar a universidade? Talvez você tiver em Boston, você leva lá para visitar ou ou na Califórnia ou se eh então o estudo lá, o jeito que a gente encara a infância, a gente vê a infância como um período lúdico de brincadeiras. O chinês, cara, é 1 bilhão e 1.hão400 milhões de pessoas. O nível de competição é outro patamar. Então os chinêses fala: “Cara, planta semente agora que você vai colher o resto da vida.” E aí não tem faculdade para todo mundo lá. Ah, então eles têm um modelo de educação mais parecido com o alemão de escolas técnicas. Então lá, para vocês entenderem o nível de competição, quando bebê nasce, é muito comum o pai por lá dá um uma um cartaz pro filho, pro bebê, bebê e bater uma foto lá, 65.584, que é um countdown, é uma contagem regressiva de quantos dias faltam pro vestibular, [ __ ] Que o vestibular é o dia que define a vida do ser humano lá. Se o cara não passar por uma faculdade top e lá não é igual o modelo americano, ah, tem extracurricular activities, redação, carta de recomendação, vamos ver o cidadão de maneira holística. Se tivesse, ia ter muito espaço para corrupção. Então é uma prova, passou na prova, eh, vai pra faculdade ou não. E aí que acabou acontecendo? Você olha até no meu livro, eu tenho um capítulo inteiro só de educação, que é muito importante entender isso, que é a essência do povo lá. O povo lá, antes de fazer qualquer negócio, eles são tão obsecados com isso tudo que a cultura lá é 996 de trabalho. O pessoal trabalha das 9 da manhã, às 9 da noite, seis dias por semana. Nas empresas de tecnologia é assim, Jack Ma já deu entrevista defendendo, falando: “Porra, que que você quer fazer? Se você não trabalhar, como é que você vai ganhar do outro?” E daí agora o governo mudou a lei, mas todo mundo que você conhece que trabalha nas empresas, o o pau segue comendo desse jeito. Eh, não é que o pessoal se forme e comece a trabalhar desse jeito, para entrar na faculdade, o cara já teve que estudar tanto. Então, que que acabou acontecendo? Quem tinha grana pagava os melhores tutores, os melhores eh after class, né, aquele tipo cumon aqui no Brasil pro cara. E aí consegui entrar nas melhores faculdades, o pessoal oriundo de famílias com mais renda, que os ricos, a classe média, todo mundo investe muito em estudo. A porcentagem do household income que vai para estudo lá é eh não fica atrás de ninguém no mundo. E aí o pessoal que é mais numeroso e das classes mais baixas começou a ficar revoltado. Ó, cara, acabou a meritocracia nesse país, só quem é rico tá entrando nas melhores faculdades, porque a gente não consegue pagar os melhores professores. E aí acontece aquilo lá em 2021, se eu não me engano, 2020, onde as três maiores empresas de educação do mundo eram chinesas, listadas nos Estados Unidos. Do dia paraa noite, o Xijinpin vai lá, aperta um botão e fala: “Ó, o setor de educação foi sequestrado pelo capital e acabou, não pode mais ter lucro essas empresas”. Então, tutor tá proibido porque a população tava revoltada e não tava deixando de ter filho. Qual que era as empresas mesmo? Eu tal e new, aliás, tem um filmaço que vale a pena assistir chamado American Dream, que é sobre a fundação de uma delas. Ah, é? É American Dream. É. E é e é chinês. Chinês é um filme, então vai ser com com legenda, mas é Hollywoodano, assim, é muito bem feito. Eu acho que é American Dream. Depois a gente olha direitinho. Dá uma dá uma achada aí. Eh, e aí essas empresas foram para zero. E aí o mundo inteiro falou: “Porra, tá vendo só o governo chinês tá cagando? Onde já se viu?” Porque as empresas eram gigantes e muita gente do mundo investia. Aliás, eu acho que no meu livro eu meio que falo, pô, o setor de educação era um que mais era do mundo. O setor deu de startups em educação era na China, era onde mais tinha unicórnio, era onde mais tava dado o crescimento. Então o governo foi lá e mudou as regras do jogo, porque a população tava deixando de ter filho. Por que que é tão importante a população ter filho? que as estimativas é que daqui 10 anos, achou aí o nome, American Dreams in China. É, aí é do [ __ ] esse filme vocês vão entender. Eh, então a população tava deixando de ter filho que falou: “Pô, meu filho não vai passar numa faculdade top e se meu filho não passar numa faculdade, pô, a vida dele vai ser uma merda. Então, para que eu vou ter filho?” É, tô resumindo bem, mas é um dos motivos chave. Então, a demografia junto com a desigualdade. E o terceiro modelo que aí você até comentou ali, foi que a gente chama de real estate, né? Mas o setor de construção como um todo China era 25 a 30% do PIB. E o governo viu lá a bolha e falou: “Pô, tá se formando uma bolha gigante”. Aqui ele foi lá e estourou essa bolha. E aí, que que o governo chinês agora tá redesenhando? economia pra China continuar a ser a fábrica do mundo, agora não mais baseada numa mão de obra tão barata como foi lá no passado dos produtos tinglinks, mas baseado numa vantagem competitiva de tecnologia, de apoio governamental, eh, e de uma rede de suprimentos realmente desenvolvida. Por exemplo, você comentou dos carros elétricos, quem trabalha no setor automotivo e muito mais setor automotivo, quem trabalha no setor elétrico, quem mexe com energia e não tá olhando com lupa, a China não tá indo paraa China com uma frequência absurda, não tem time na China, tá ficando para trás. Aliás, eu acho uma loucura o que eu já conheci de amigos meus que falam de Suzano, de Guerdal e nunca pisaram na China. Cara, mas a metade do faturamento da Suzana vem de um país só. Eles têm mais de 100 pessoas lá na China, Susana. E o CEO lá é um fenômeno. Talvez seja o empresário, o CEO brasileiro que que realmente mais, aliás, vê se ele pode lá entrevistar o Pablo, é um baita de um cara, um baita da Susana na China. Susana. O outro cara que era o CEO da de uma empresa que eu admiro demais, que é a Veg, que é o Cuba, ele era o CEO na China, ele virou o CEO Sim, da Veg global, eh, que é bem é bem emblemático, né? Porque a Veg é uma empresa de uma é bem familiar ali, né? A maneira de gestão e o novo CEO, cara, cara. Veg monstra. Mais de 50% do faturamento fora do Brasil, mais de 3.000 funcionários na China. Eh, é uma empresa que eu admiro muito. Quem investe em Gerdal, cara, Gerdal maior produtora de aço do Brasil. a China eh consome mais de 50% do aço do mundo. Então o teu play de Gerdal é um play chinês. Se tiver problema na China vai impactar o preço do aço no mundo. Então tem vários setores que eu não consigo entender o tamanho da ignorância e às vezes eu acho uma maluquícia. O gestor aqui pisou na China uma vez e tem posição que é completamente impactada na China, mas cada um tem seu modelo. Quem sou eu para falar o que cada um tem que fazer? Se só sempre que a gente fala de China aqui, eh, eu cito um relatório da Gavc, vou até depois, acho que era China and Prudice ou Prejudice and China, que falando sobre o o preconceito do Ocidente em relação à China, mas e ele começa o relatório falando que os as montadoras ocidentais, os executivos são os mais bem pagos do mundo e ninguém viu essa super expansão dos carros elétricos e onde estavam esses executivos tão bem pagos que não viram isso aí. E aí ele vai explicando de onde as raízes do preconceito, né, que na verdade depois da pandemia ou durante a pandemia, né, praticamente impediu que o o entrasse na China. Então ficou muito largado ali o o acompanhamento, que já não era tão grande, mas ficou ainda mais largado, né? Então acabaram deixando muito de lado. É um relatório espetacular. Quem quiser pede para mim lá no LinkedIn no Instagram, eu eu mando o link que eu tenho salvo esse aí, mas eh vale muito a pena até para entender um pouco dessa que fala muito dessa dinâmica, né, de pô, como é que o cara não tá vendo o que tá acontecendo na China? Cara, eu sou o ser humano mais sortudo do mundo, não só pela minha família, pelo meu irmão onde eu nasci, que é meio a gente não escolhe. Eu nasci numa família incrível que eu tenho muita gratidão. Mas também porque quando o pessoal da da 3G Radar, que agora mudou o nome para radar, foram lá na China comigo, foi em agosto de 19 e eles me convidaram para vir trabalhar com eles. Eu mudei pro Brasil em janeiro de 20, porque eu já tinha vendido uns grupos até janeiro de 20. Então eu saí da China mais ou menos ali na segunda semana de janeiro de 20. E a pandemia lá começou, eu lembro direitinho, no dia 23 de janeiro de 2020, porque naquele ano o ano novo chinês, que é a maior migração da humanidade, faça o que você quiser fazer da vida, mas não esteja na China novo chinês. São mais de 800 milhões de pessoas mudando para cima, para baixo, porque as pessoas saem dos grandes polos e voltam paraas suas origens no interior. E naquele ano o governo falou: “Cara, não dá para ter essa migração toda porque tá rolando um vírus. Ninguém sabia direito o que que que ia ser e tal”. Eh, e aí eu tinha mudado pro Brasil. Os meus amigos que ficaram lá, estrangeiros ou chineses, principalmente em Shanghai. Nessa época eu tava morando em Pequim, Pequim foi mais tranquilo, mas em Shanghai, cara, a gente não viveu um lockdown da maneira que foi. E aí a maioria dos estrangos Shanghai era a cidade que mais concentrava estrangeiros eh na China. Brasileiros era em Donguan por causa da indústria de calçados, mas essa é outra história. E aí a China ficou fechada para estrangeiros de janeiro de 2020 até 2023. Isso para mim, eu eu mudei pro Brasil e tava trabalhando no fundo, acabou me gerando um mol de conhecimento de China, porque eu falava com China e falo diariamente, eh, por causa dos nossos negócios que o pessoal entende que me uma tese até do setor elétrico tem tudo a ver com China, porque da onde vem mais de 85% dos painéis solares do mundo. Isso é muito louco para entender o o poder de longo prazo do chinês. já entro nisso, me cobra, mas para falar que eu não quero é tanto assunto. Mas eu acho que o preconceito vem de desconhecimento, lógico, sempre. E aí, eh, vocês devem ter ouvido falar de um, de um livro de mais de 10 anos que chacoalhou o planeta chamado, eh, um, é um professor de Harvard, o Alison, que falou da armadilha de Tusides. Esse cara, Tucides, foi o primeiro historiador ocidental, contou lá do que a gente estuda no colégio, a gente não estuda nada de China, a gente estuda a guerra do Peloponeso, quando a ascensão de Atenas fez com que a guerra com Esparta se tornasse inevitável. O que que esse cara estudou? Ele viu lá que nas últimas 16 vezes que a superpotência econômica foi ultrapassada economicamente, então o país com a maior economia do mundo, deixou de seu a maior economia do mundo, das últimas 16 vezes em 12 deu guerra, 75% das vezes teve uma guerra. E naquela época os economistas do mundo tinham um consenso que a China passaria os Estados Unidos e se tornaria a maior economia do planeta. Se a gente olhar em PP desde 2014, a China já é PPP, você leva em consideração o poder da moeda. Então, quanto custa para você cortar um cabelo, teu aluguel, tua moradia, teu transporte. Se levar, você ganha 30.000 por ano, você mora em Atibaia, tua vida é uma. Ganha 30.000, você mora em Manhattan, tua vida é outra. Então, se levar em em consideração poder da moeda, em PP, a China já é a maior economia do planeta. Aí quando ele escreveu esse esse livro, o pessoal ficou maluco, falou: “Cara, você tem histórias não se repete, mas rima. Em 75% das vezes deu merda. da China vai passar e aí? E aí um cara, o Schwarzman da Blackstone fez alguma coisa a respeito. Que que ele fez? Ele construiu dentro de Tinhoisa, essa faculdade onde o Xijimpin estudou, um negócio chamado Shoresman Scholars, que é uma Harvard. Você entra lá, se eu te bater, se eu bater uma foto e te mandar, é Harvard. Eh, e ele falou: “Ó, guris formados, meninos e meninas, depois com bacharelado formado e com menos de 30 anos, que serão os líderes do futuro, se eles conhecerem a China mais profundamente, a chance de ter uma guerra diminui.” E aí é uma é um dos é um dos programas mais prestigiados do mundo. Eh, eles pagam tudo e você fica lá um ano tendo essa posse. E eu fiquei muito próximo deles porque eles vieram me procurar. Eu tinha, eu nem tinha escrito livro ainda, mas eu já trazia tanto brasileiro e fazia tanto negócio que ele fala: “Cara, por que que os brasileiros não estão aplicando? É culpa de vocês. O pessoal não sabe que existe.” Então, o que que a gente pode fazer para para divulgar? E aí, cara? Então, a ideia do Shorman foi, pô, se o pessoal conhecer mais, a chance de guerra diminui. Então, essa ignorância, eu acho que em primeiro lugar vem de uma de uma esse preconceito vem de ignorância. O segundo é que executivo ganha o bônus anual, né? Se o cara contar do que tá rolando, então eu acho que o nosso modelo eh de curto prazismo é muito diferente do jeito que o samba tá organizado na China. Então vamos falar do painel solar que eu comecei agora. Em 2011 eu morava em Pequim, prédio da frente. Mas o prédio da A gente tá aqui na Faria Lima, o prédio do Itaú. Uhum. E a gente tá aqui no no prédio do Google. É que que vai melhor falar do BTG que senão o pessoal do BTG fica mordido. Salomão tem um b escritório aqui. Eh, e do no prédio da frente, imagina que você não consegue ver. Sabe quando você desce a serra aqui de São Paulo, de vez em quando tem uma neblina? Imagina aquela neblina, era uma poluição. Aquela neblina na China em 2011, na capital. Você ia pro interior, cara, dava quase para pegar o ar na mão assim. Eh, e você acha que o povo não vê isso e não fica revoltado? fica revoltado porque tem um bebezinho, pô, o bebezinho vai ter dificuldade respiratória, tem um velhinho na família e o chinês é muito família, muito mais que o americano, bem mais parecido com o brasileiro, family first, assim. Eh, e aí o problema que a gente tem no Brasil de segurança, que todos nós sabemos qual é, na China é o problema do meio ambiente, é o problema. Eh, então o governo fez várias apostas, uma delas foi, falou: “Pô, os painel solar, esse negócio aí faz sentido”. Só que em 2009 a ciência tava feita, realmente você conseguia eh usar aquilo, mas o Units economics, a conta não fechava, não fazia sentido nenhum. A China colocou tanto dinheiro, quebrou empresa de painel solar nos Estados Unidos, na Alemanha, no mundo inteiro. Hoje mais de 85% de todos os painéis solares vem de um só país, da China. E aí quando você olha, porque várias dessas empresas gigantes chinesas são listadas, você olha, essa empresa nunca gerou valor pro acionista. Eh, essa empresa é deficitária, o setor é deficitário, mas é o modelão chinês do C do Five Year Plan, ele dá a direção e fala: “Vai, aí a classe empresarial, qualquer um que faz negócio, lê aquilo e fala: “Opa, é o o a bola tá indo para lá, deixa eu estar lá meio Romário ali, não preciso fazer nada, só preciso estar onde a bola vai estar e empurrar”. Eh, então o setor elétrico foi parecido e aí eu não sei se foi o G, qual que você comentou que fazem um [ __ ] trabalho concediados em Hong Kong, mas tem um um desses uma dessas casas que todo mundo lê, que que faz opinião, que é opinião maker, assim, eh, que eu lembro direitinho em 2020, 2020, no comecinho de 2020, eles eles colocaram lá, olha, esse sistema a longo prazo da China, deu muito resultado em painel solar, deu muito resultado em em trembala. A China tem mais de dois ter de todos os trem balas do mundo. Tá tendo uma uma lua de mel china. Eu nunca vi tanto chinês vindo pro Brasil quanto agora. né? Então eu levo os brasileiros para conhecer o melhor da China lá e trago os chineses aqui. Tá bombando isso. E daí as duas maiores cidades do Brasil são Paulo e Rio de Janeiro. E Rio de Janeiro tem um apil para final de semana no mundo que todo mundo conhece a imagem daquela cidade. E nós estamos aqui na Farelão, mas o Leblon lá é incrível mesmo. As gestoras e e a qualidade do pessoal lá. E o chinês fica maluco. Como assim não tem um trembala? Como assim tem que subir no avião? Não, não é possível. As duas maiores cidades, eles não entendem. Mas bom. É. E aí o pessoal colocava no relatório, olha só, semicondutores, a China investiu centenas de bilhões de dólares e vamos ver para onde vai, mas ainda tá muito para trás. E eles colocavam lá conventional automobilees, carros convencionais. Então, e de repente que que acontece? Eu até tô olhando aqui que eu não lembro de cabeça, mas 1/3 de todos os carros do mundo são produzidos na China, 2/3 de todos os carros elétricos do mundo e 70% das baterias. Então, a China dominou o carro elétrico, é uma revolução. E se você não acredita no futuro do carro elétrico, no Brasil não tem infra, no na China tem a infra. Eh, mas o carro híbrido. Então, por que que tá rolando isso agora? Porque todos os insumos para fazer a tal da bateria, o custo da bateria diminuiu exponencialmente e é a China que domina todos aqueles insumos. E a China foi de do nada paraa maior exportadora de carros do planeta, não só elétricos ou híbridos. Então, muito provavelmente você terá um carro chinês. Eu falo isso com bastante segurança, que eu acabei de passar um tempão lá. Aqui no Brasil nós temos um negócio chamado lei Ferrari, que a montadora não pode vender um carro direto pro pro cliente final. você precisa necessariamente passar por uma concessionária. Então eu peguei, foram 20 donos das maiores de algumas das maiores concessionárias do Brasil entender o que que tá rolando, porque muitos deles também vendem carro chinês, mas foram lá algumas vezes. Não, não. Então a gente foi muito focado, visitou. Então assim, o carro médio chinês é exportado a 19.000, dos Estados Unidos acho que é 47.000. Da a Bid tá vendendo carro na China a 7.500. E carro não é um não é um carro bom. Então o preço é muito mais baixo, a tecnologia muito superior. E o que o que acontece é que no Brasil é cerca de 200 tem a cada 1000 pessoas tem 224 carros. Nos Estados Unidos, a cada 1000 pessoas tem 860 carros. Na China cada 1000 pessoas são 234 carros. Então, o que eles vendem de carro na China, eles são os maiores exportadores do mundo, de muito longe, só que é o mercado interno que dita. E o pessoal que tá comprando carro é mais novo como nós. A mentalidade deles, eles chamam os carros lá de smartphones on wheels. Eh, eh, celular, sim, o celular sobre rodas. Sobre rodas. Obrigado. Eh, é diferente. O cara tá muito mais preocupado. Sabe quando você entra num carro e você vai conectar o teu celular para ouvir tua música ou ouvir o teu podcast do do Market Makers ou qualquer coisa dá aquele tiltzinho, você não consegue pôr? pessoal lá acha isso muito inaceitável, todo toda essa integração dos softwares. E como lá o governo já investiu na infra, você não tem problema para recarregar a bateria do teu carro elétrico, é no país inteiro. Eh, então realmente aquilo já é uma uma realidade. E o governo lá, por exemplo, em Shanghai, se você tem o carro elétrico, você tem uma série de benefícios, eh, como aqui também tem alguns, mas lá muito mais acentuados. E lá a placa do carro elétrico híbrido é verde. Então, você bate o carro na rua, você vê qual carro é e qual não é. E é um absurdo de novos carros vendidos, mais da metade já é o que eles chamam do NV New Electric Vehicles, que é ou elétrico ou híbrido. Uhum. Então o governo lá tá tendo uma eletrificação da economia bizarra. O o a China consome mais do que o dobro do que a os Estados Unidos em energia elétrica. mais de 30% da demanda de energia na China já é elétrica, que é a maior do mundo de muito longe. Só que é muito louco que tem as dualidades chinesas que é o seguinte, mais de da mais da metade de toda a energia consumida lá ainda vem do carvão. Então você compra o carro elétrico. Sinceramente o chinês não tá tão preocupado com o meio ambiente. Ele compra porque o carro é bom, ele tá preocupado, mas ele não quer mexer no bolso dele. Ele tá mais preocupado com o bolso. Aham. Aí o cara chega em casa para abastecer o carro e metade vende o carvão. Só que o carvão é lá no interior, você acaba não vendo tanto a, enfim. Então é meio complexo. Eh, mas eu acho bastante inevitável. Se você é do setor automotivo, do setor elétrico, você tem que ir lá entender o que tá acontecendo. Cara, hidrogênio verde, você deve ter ouvido falar já. Eh, basicamente o Brasil que realmente é um grande bom, é o agro que alimenta o mundo e que é o quê? Exportar solo, solo e clima. Eh, é isso que a gente faz. E com o hidrogênio verde, talvez a gente consiga eh a nossa matriz energética, mais de 90% é limpa. Eh, na China, como eu acabei de falar, mais de 50% ainda vem do carvão, é muito suja. Já até para então eh colocar um novo tópico aí. Eu prometo que eu não vou não vou falar muito também para não não puxar vários assuntos, mas quais que são as grandes tendências que o Brasil pode capturar da China, né? E até também quais essas grandes tendências que a China pode trazer pro mundo. Acho que já são óbvias, né? No lado do dos carros. É, inclusive um episódio, o episódio mais visto do Marketmers ou um dos mais foi com o Sérgio Abib da Jack Motor e falou muito sobre Não, e ele é do setor, ele conhece muito, ele tem vários dados, vale a pena reassistir, quem é do setor assiste ele, segue ele. Aí vale a pena ver esse episódio que foi, mas o onde o Brasil pode pegar, então vou contar um contexto para vocês. Eu tenho um amigo que trabalha na Nokia há mais de 15 anos e a Nokia é uma empresa europeia. Uhum. E ele me contou, cara, nunca tinha ouvido falar dessa empresa chamada Huawei. E eles comeram o nosso almoço, eles atropelaram e realmente estão muito na frente desse 5G. E aqui nem aqui na Nokia a gente cagava. Da onde vieram esses caras? E aí o governo americano passou o chapéu no mundo inteiro. Tem entrevista de embaixador para veículo brasileiro do embaixador dos Estados Unidos eh, no Brasil falando: “Olha, vocês não podem usar a tecnologia do Huawei pro 5G, que apesar dela ser, ele não fala isso, mas todo mundo sabe, mais barato e melhor, mas a tecnologia, o governo chinês tem uma lei que se ele pedir qualquer dado para a sua a empresa, a empresa tem que dar. Então, o que vai acontecer? Eh, e o governo chinês tem o hábito de roubar a propriedade intelectual. Então, se você aceitar o 5G chinês, o governo chinês vai est vendo tudo que tá passando nas suas rodovias digitais. Então, todo mundo sabe dessa confusão toda que deu. Ótimo. Então, isso é óbvio. O que tá acontecendo agora, por exemplo, em saúde? O setor de saúde tem outro filmaço, põe aí no link, D to Survive, que o governo chinês, pô, saúde é um tema que no mundo inteiro é bastante complexo, tanto aqui no Brasil quanto nos nos Estados Unidos é 18% do PIB, no Brasil é 10% do PIB. E o principal problema é que o custo para entregar saúde não para de aumentar. A inflação para isso é muito maior que até inflação de de preço de universidade nos Estados Unidos. Ding to survive. Ding to survive. Filmaço. Filmaço. Daí que que o governo chinês fez? Colocou como o o responsável por isso as grandes farmacêuticas globais que capturam um profit to pool bizarro e que fala: “Cara, o que que tá tendo tanto lucro essas empresas, sendo que a minha população tá morrendo?” E o filme conta meio a história de uma mulher lá, de uma família que fica doente e o preço do remédio é inacreditável. Mas o que que aconteceu foi que o governo chinês apontou a o canhão para lá, falou: “Cara, nossa saúde, parecido com o solar vai ser das melhores do mundo e nós vamos, não vai faltar capital para isso e vamos dar um jeito”. E aí eu vou contar para você de uma empresa chamada BDI BGI, Bijing Dynamics Institute, que imagina que nós dois saímos para beber hoje, Salomão, e vamos com ressaca amanhã. ou pegamos uma gripe, melhor, vai esse exemplo. Pegamos uma gripe porque é muito estresse com o Palmeiras e tal, jogo foi pros pênaltis. Eh, e aí amanhã nós dois tomaremos o mesmo remédio. No futuro vai ter vização dos remédios. Então o Salomão vai ter um remédio só pro Salomão, Jeromel vai ter um remédio só pro Jeromel. E aí a empresa de sequenciamento geral, então para isso acontecer o teu DNA tem que tá mapeado. A maior empresa do mundo é uma americana chamada Ilumina, que tinha mais de 80% do mercado global das máquinas que fazem sequenciamento genético. A BDI parecido com a Huawei, varreu, fez uma máquina mais barata, melhor. Eh, e aí o governo americano, parecido com que fez com a Huawei, então o que que aconteceu com o preço de sequenciamento genético? Custava $.000 1.000 30 anos atrás, hoje custa 200 e daqui a pouco vai custar $. Eh, o governo americano foi lá e falou: “Olha, a população americana não pode usar máquinas da BDI. Isso quem passou foi o Biden, o Biosecurity, Biosecure Act. Porque o nosso DNA tá na mão do governo chinês. Pô, isso não pode. Daí eles vão saber nosso DNA. Você acha que isso foi para proteger o DNA dos americanos ou uma reserva de mercado para Ilumina? Então, no setor de saúde tá vindo tanta revolução chinesa, tem um remédio, o remédio que mais faturou, o maior sales do mundo, chama Kudra, eu acho que é da Merkel ou da Fire, de alguma big farma e americana ocidental, apareceu uma empresa chinesa chamada Beijin, que fez um um genérico que combate o mesmo problema e tá varrendo, varrendo, varrendo, varrendo com remédio muito mais barato. Então, acho que saúde, as máquinas, você entra num hospital no mundo inteiro hoje, eh, já tá cheio de máquinas chinesas, eu acho que então saúde é um setor que o pessoal vai vir porque a China largou muito na frente. O outro setor que o o pessoal já sabe, revoluções de varegistas. Na década de 90, o pessoal ia pros Estados Unidos para estudar que que tá acontecendo nos shopping malls e tal. Na China, esse negócio de live commerce já é uma realidade desde 2015. Cara, você ter uma porcentagem relevante das tuas vendas vindo dentro do TikTok, que lá chama Din, eh, muda o jeito de de fazer marc. Tem uma empresa que vale a pena ressaltar aqui que chama Hotsmax, que é uma varita que fazendo um um barulho gigantesco na China. E basicamente o que eles fazem é as grandes empresas lançam lá, sei lá, uma batatinha de de algum sabores drúchulo, tipo de de fígado. Aí o negócio não vende ou algum produto que ficou encalhado e não vai vender, eles estão vendo que vai vencer e produziram demais. Então esse Hotmart pega um negócio que tá para vencer, não venceu ainda e vende com desconto bizarro. Só que não é só coisa estranha, tem coisa normal também que por algum motivo vai vencer. Então eles viram um negócio que eh os produtos vencem, esse é o problema, o empreendedor resolve o problema, falou: “Como é que eu faço isso? E o negócio tá crescendo assim.” E aí eu sou muito amigo de um investidor dessa empresa e conheci o CEO nessa Hotmax. E o cara falou que ele passou duas semanas nos Estados Unidos conversando com varista e ele falou: “Cara, com todo respeito, assim, os meus competidores aqui eles atropelam. Acho que o mundo não viu ainda a revolução do varejo que tá vindo. Então acho que varejista vai ter muito e todos os varejistas meio que já sabem disso e os benchmarks deles não são ocidentais, são China. Eh, o pessoal do iFood, quando eu trabalhava na Forbes, eu entrevistei o o Fabrício em 2013, a da MV do o cara o CEO do IFood, aliás, esse talvez seja o maior empresário executivo brasileiro, que hoje ele é o CEO da Pros, que é uma empresa que vale mais de 100 bit de euros listada eh na Europa, tem mais de 100 investimentos globais e fez o maior investimento da história que eles compraram uma participação muito relevante na Tencent por nada, por alguns algumas dezenas de milhões, enfim. Eh, desde o começo eles falam publicamente que a referência pro iFood é realmente o que tá acontecendo na China, que tem a maior empresa de delivery do mundo, a Mean, e que agora ela tá vindo pro Brasil. Ela anunciou publicamente que vai investir mais de 1 bilhão de dólares no Brasil. Então, a gente vai ver assim, eh, você vai ver muito mais China no teu dia a dia. Eu olho ao redor e não é só o made in China nas roupas e já vejo a China. Tem uma empresa que vale a pena contar que é a PIN do OD, que é a dona da Temu. Vocês ouviram falar de Xin Chin? vende roupa ferrou com CIA, Renner, eh, Zara, eu tava agora na na Escandinávia e encontrei com se level lá da H&M. A H&M tá abrindo aqui no Shopping Guatemi nesse ano. Vai, o plano deles é ter cinco lojas no Brasil esse ano. Então, esse mercado de fast fashion, a Shin fez uma grande revolução e tem uma empresa chamada Temu, que é uma concorrente da Shin, só que ela não para em roupa, ela vende outras coisas. A empresa mãe da Temu chama Pinduodó. Essa empresa, Salomão, ela foi fundada em 2015, em 5 anos ela foi de não ter nada a valer 200 bilhões de dólares na bolsa americana. Como assim? Então, a velocidade das coisas na China eh é bacana para empresário, para quem gosta de negócio e ver, porque as coisas realmente acontecem em outro ritmo. Esse negócio quando uma reunião tá boa e vai que acontece sempre em qualquer reunião, você gera outra reunião, né? É o natural. E aí no ocidente, eu sei que eu tô no ocidente que o pessoal, ah, vamos marcar outra reunião, eles olham o calendário, aí marca aqui duas, três semanas, cara. Se não tem tempo, vai fazer no final de semana, vai fazer às 10 da noite. Não, não tem horário. O melhor caso é um amigo do meu irmão, que é um empresário de jogador de futebol, vocês entenderem isso. Ele vendeu um jogador pra China e aí finalmente o cidadão foi lá pra China e lembrou que existe um negócio chamado fuso horário. Tava todo [ __ ] de fuso horário que é complicado mesmo lá 11 horas na frente. Aí o cara, putz, cara, agora que eu me liguei, eu te ligava 4 da tarde, te ligava 5 da tarde, que é 4 da manhã, 3 da manhã. Eh, você sempre atendeu. Desculpa, deve ter te incomodado, cara. Não, você não tem que me desculpa não. Nós ganhamos dinheiro junto, tá tudo certo. Então o chinês, cara, o trabalho é em primeiro lugar num nível que a gente não tá acostumado. Vários empreendedores chineses já nascem fazendo coisas globais que ele fala: “Cara, é muito melhor competir com ocidental, work in life, work from home, do que competir com esses loucos furiosos aqui que e que também vão fazer qualquer coisa para dar certo.” Eh, eu até numa conversa recente com um gestor, essa aí não foi aberta pro público, foi só pros assinantes do M3. Eh, e é o João Landal da Vista, ele tava falando sobre China e, bom, ele é um cara, gosta muito de trazer contexto geopolítico no no papo e e ele falou muito sobre o essa welfare states que a gente vive muito na eh no ocidente, né, que, bom, resumindo uma história longa, né, mas do pós-guerra paraa frente teve muita prosperidade. Quero manter essa prosperidade. Pô, agora a gente já tá rico, não precisa trabalhar tanto, né? Um pouco da mentalidade eh do principalmente na Europa. E isso não é essa, aliás, essa cultura não é nem incentivada na China, né? exatamente o oposto e acaba até por isso também, por uma questão cultural acaba tendo essa vantagem aí da China que você trouxe vários exemplos que comprovam isso aí, né, de o trabalho em primeiro lugar e acaba passando na frente mesmo, né, no final do dia e e pro mundo também o mundo acaba abraçando porque é um efeito deflacionário do mundo absurdo. Quem imaginaria que a gente poderia estar falando de queda de preço de automóvel, né, que é uma coisa que a gente vê sempre eh para cima, para cima e agora a gente pode ver isso para baixo e várias outras coisas, né, que até da do mercado de sequenciamento genético, né, essa queda que teve é absurda, né, enfim, é uma tecnologia que acaba avançando e a sociedade compra porque é totalmente deflacionário, né, bom pro povo. É, exatamente. E e essa e é incrível que na China você tá falando de qualquer assunto, atualmente qualquer um dos setores e de repente vem alguém começa a falar espontaneamente dos Estados Unidos. Então o embate Estados Unidos e China é o grande assunto da nossa geração dessa década. Eh, porque leva tem a questão de Taiwan que a gente pode falar, pode falar do que você quiser. Uhum. Mas é é o seguinte, os a China se preparou, então quando o Trump assumiu, eu sou o cidadão americano, né? No primeiro mandato dele, ele falava assim da China: “Nós não podemos deixar que os chineses continuem a estuprar os Estados Unidos”. Aí ele falava um tema verdade, mais mais mais eh pernicioso, que era: “A China controla o valor da sua moeda e por isso consegue exportar tanto”. Aí ele falava aquela coisa maluca que o chinês roubou o emprego do nosso, por isso que não tem fábrica, por isso que você tá desempregado, que o seu emprego foi paraa China. Então eu achava que ele tava sendo populista e que talvez não tivesse grandes grandes mudanças do status qu entre Estados Unidos e China. Só que quando ele ganha e a sociedade americana tão polarizada quanto a brasileira, talvez mais. Cara, eu percebo que os republicanos e os democratas no assunto China não tinha eh eles concordavam. Uhum. E começou coisa muito séria, muito forte. Então ali em 2018, de todo o superavit chinês, então tudo que a China exporta, menos o que ela importa, de mais de 1 trilhão de dólares o ano passado. Em 2018, 30, é mais da metade vinha só de um país dos Estados Unidos. No ano passado só foi 30%. Então o chinês já tá se preparando para esse decoupling, para essa separação que a China, os Estados Unidos tinham há muito tempo. E exportação pros Estados Unidos só representa uns 2, 3% da economia chinesa. Então, eh, o que aconteceu foi que na eleição, quando do fim do primeiro mandato do Trump, competição ali eleitoral com o Biden, logo no comecinho da campanha, ele chamava o o Biden de Beijin Biden. falava: “Ó, esse cara de esquerda, ele é alinhado com os chineses”. E aquilo meio que pegou. E rapidamente o Biden, para mostrar que ele não era Beijing Biden, ele pegou ainda mais pesado do que o Trump com a China. Uhum. E aí teve toda aquele período do Bayern, volta o Trump. E para muitos da elite chinesa, eles entenderam que o o assunto China nos Estados Unidos tá dada a estratégia é separar, é reduzir. E eles veem o Trump, como vários deles falam isso, eles falam: “Cara, o Trump é uma é uma bênção para nós, porque ele vai romper os acordos que foram feitos ao longo desse último século e o mundo vai ver um vácuo e vai falar: “Cara, pera aí, não dá para confiar no nos americanos, naqueles caras”. como é que eu faço? E aí a China a longo prazo consegue ganhar mais poder. O Trump vai acelerar esse processo que a China talvez o grande mérito, né, de uma nação milenar e que não tem que lidar com eleição de quatro em 4 anos, é que ela consegue fazer planos de mais de longo prazo. Então pra China a paciência, né, até no mundo dos investimentos a gente fala que o o mercado financeiro é a transferência do recurso dos impacientes pros pacientes. Nesse jogo geopolítico, a China é talvez o player mais paciente de todos, né? E aí a China vem, por que que eu tô vendo tanto, cara, eu não sei se isso é verdade, mas me falaram que teve um mês esse ano, que 2/3 de todos os vistos brasileiros no mundo foram feitos num país só, na China. Então o que eu tô vendo no meu dia a dia de chinês querendo vi vindo porque a China precisa, então a China, o shift da economia chinesa é para continuar sendo a fábrica do mundo e precisa exportar. E daí eles olhamos Estados Unidos vai ser complicado, América do Norte vai ser complicado. Europa, cara, como é que vai ser Europa Ocidental? E aí o resto do mundo já tá rolando a chinalização da África. Tem um capítulo no meu livro lá sobre isso, mas resumindo, você quer ver como é que geopolítica é feita? Número um, segue o dinheiro. Vai seguindo o dinheiro que você vai entender. E número dois, vai lá na ONU que os países votam. Aí olha como é que os países votavam na década de 90. Estados Unidos votou, os países africanos corriam atrás. Agora eles votam muito mais alinhados com a China do que com os Estados Unidos. O apetite do dragão é muito inexorável. Ele, eu falei mais de 50% do aço que ele consome, mas ele consome eh várias das maiores das das principais comas do mundo. E isso que que o mundo precisa entender. Os Estados Unidos tem dois oceanos e e é cercado por dois países que não rivalizam. Sim. Totalmente, se a gente olhar a geografia da China, a China não não produz alimento suficiente para alimentar aquela população. A China precisa necessariamente, a China não produz energia suficiente para garantir o crescimento da economia. Então a China precisa estar com o mundo. E aí a gente olha tudo que tá acontecendo e vê que a que pro Brasil nós vamos precisar de líderes com jogo de cintura alá Estevão hoje que consigam fazer negócio com os dois não se alinham com nenhum lado porque a China olha pro mundo e fala: “Cara, aqui no Brasil a gente tem esse complexo de vira lata muito forte, né? Eu fico puto com isso que às vezes eu tô em algum lugar do mundo, aparece lá um um gringo holandês, sei lá, falando: “Pô, tive lá no Brasil na Copa, foi incrível, uma das melhores viagens da minha vida”. Aí um brasileiro fala: “Não, isso aí foi porque a Copa tava tudo mais seguro, mas se você voltar lá e começa a enumerar os problemas, nunca vi um país para jogar contra tão grande. Um chinês nunca falaria isso. Vai falar com ou vai falar com alguém de Israel? Não, Israel é o melhor lugar do mundo. Não, bomba não. Isso aqui é eu acho incrível esse orgulho pelo pelo país. E eu tenho muito orgulho do Brasil e fico puto com nego que fala tão mal o tempo todo. Não tem nem gratidão que todos nós chegamos aqui, a maioria de nós, né, meus meus meus avôs, bisavôs, com uma mão na frente, outra atrás. essa terra deu tudo pra gente, mas eh o chinês olha pro Brasil porque muitas vezes a exp a internacionalização das empresas chinesas não é o empresário aqui ele busca o lucro. Se tiver lucro vamos fazer você quando tá estudando teus tuas novas linhas de negócio do market makers tal. Na China antes do lucro o cara tem que ter uma boa relação com o partido, tem que tá alinhado com o partido, porque se ele não tiver e só tiver lucro, a casa vai cair. Uhum. Eh, então muitas vezes a internacionalização é alinhada com os planos de país. Então essa coisa do Belton Roads Iniciary, a nova rota da seda, foi um jeito eles tentaram organizar. Então, quando os empresários chines são mandados pro Brasil, o cara vem, o cara fala: “Porra, 220 milhões de pessoas, uma lei só, eh, um mercado pulsante que é bem-vindo. O pessoal, como você falou dos carros chineses, o pessoal compra com eh não tem tanto preconceito assim. Eh, e aí você vê o relativismo, se ele não vier para cá, ele vai para onde? Estados Unidos tá ruim, Europa Ocidental tá ruim. Vai fazer negócio na Turquia, vai fazer negócio na Nigéria, vai fazer negócio eh na Indonésia. Cara, o Brasil eh para esse cara que poderia ser enviado para um lugar desse. Então eu vejo o chinês com apetite gigantesco e feliz de tá aqui. Eh, então se preparem aí que vocês vão ver cada vez mais empresários e empresas chinesas vindo porque eles precisam. Eu, um exemplo anedótico aí, só que eu moro aqui no na região do da zona sul de São Paulo, ali perto da Berrine. É incrível. moro a vida inteira aqui no nessa região. Basicamente sair pouco de E é incrível o crescimento de empresas eh e empresas chinesas, chineses. E agora tá aparecendo até restaurantes com o letreiro já escrito em em China. Legal. Essa essa tu comentário aneddótico num dos bairros mais nobres de é que é uma região que de São Paulo e do Brasil e você começa a ver que, pô, eu eu ando muito por ali, né? E eu comecei, caramba, mais um restaurante aqui. Mais cara, ontem eu tava jantando com um amigão meu que você tem que entrevistar. Quando eu tomei a decisão de mudar pra China, ele teve um papel fundamental que ele é meio, eu troco ideia com muita gente e pergunto assim, né? E aí, que que você acha desse meu movimento? E o cara me apoiou muito, mas assim, vai que vai, realmente, que eu tinha várias opções, eh, que é o Ricardo Roldão, que é um empresário do setor de atacareja. E aí um amigo da filha dele falou para mim que recebeu uma proposta da Mate One para ir trabalhar e perguntou minha opinião. Eu falei: “Cara, você tá preparado? Porque o ritmo de trabalho, você no mercado financeiro, a gente Salomão, a gente tá acostumado, a gente gosta, a gente é assim independente, mas o ritmo da molecada em geral é diferente. E o ritmo do chinês, cara, não queira competir com chinês. Se o suor eh é o que faz a diferença em alguns mercados, é, você vê mercadinho chinês no mundo inteiro, qualquer lugar, os caras tão tão abertos de final de semana, é um ritmo bem diferente trabalhar paraa empresa chinesa. Eh, deixa eu fazer uma pergunta ainda no contexto geopolítico. Eh, o Estados Unidos ele de certa forma, quando se tornou a principal economia do mundo, ele não só teve uma influência financeira, mas também cultural, né? o mundo, né, Hollywood, eh, os hábitos de consumo, filmes, música, tudo tem eh tem um um detalhe ali, eh, americano, né? E a China se tornando, caso se torne, se já não se tornou a principal economia do mundo, ela vai ter essa mesma influência social no resto do mundo? Não, cara, o sonho americano todos nós sabemos qual é e somos fãs. Achar que a gente assiste os filmes de Hollywood não impacta a nossa ideia do que é uma família feliz, do que é uma vida feliz, do que é o amor, é uma falácia. O sonho chinês, qual é? Quem você conhece que foi estudar na China? Aqui é é um é um o mundo almeja estudar nos Estados Unidos. Tem até esse esse tema aí do brain drain, que os melhores cérebros acabam saindo de nações emergentes, tais quais o Brasil, para irem estudar nos melhores locais. Quem tá estudar na China? O chinês realmente não focou nessa visão em em vender o sonho chinês. Na minha humilde opinião, eles fizeram o Instituto Confúcios, tem mais de 500 ao redor do mundo, que é meio parecido com o Instituto Miguel Cervantes da Espanha e alguns outros. Eh, mas o sonho chinês como é que é? Olimpíada de 2008, maior show da história da humanidade. Muitos dizem aquilo lá chocou o mundo, que o mundo era muito ignorante em relação à China. E de repente toda essa pujância assustou. Eh, eu morei em vários locais do mundo. Meus pais foram foram me visitar em todos os locais e não foram me visitar na China. E meu pai fala: “Cara, não tenho a mínima curiosidade”. Eu falo: “Não, pai, que é isso?” E eu mostro. É, o meu irmão teve proposta para ir jogar na China, não quis e há muitos anos atrás. Então, a China realmente não é um local que o mundo deseja. É um local muito desconhecido, muita ignorância. Cara, quem vai pra China e volta? Eu já levei mais de 1000 pessoas foram comigo nessas viagens e eu sempre pergunto a mesma coisa para todas. E aí, que que você mais gostou? E a gente faz reuniões assim com nego da lista da For. Eu pego a empresa do cara e acho lá. E os caras falam: “Eu nunca imaginei que um governo pudesse ter um papel positivo numa sociedade, que eu sempre achei que o governo tem que sair da frente onde tem governo.” Ah, eh, esse é um. E a outra coisa que eles falam, cara, toda essa, geralmente os meus road shows do jeito que eles funcionam, é reunião tem nada road show mesmo, de cedinho de manhã até à noite, de segunda a sexta, em final de semana vai zaralhar, vai fazer turismo e o pessoal curioso fala: “Cara, eu não vi tanta miséria, eu não, eu não me senti.” O negócio da segurança pega muito pros brasileiros. Lá é câmera em todos os lados, mas todos os lados mesmo. Eh, em restaurante tem câmera, em ônibus, então pra gente se locomover, eu pego uma vão, um ônibus tem câmera dentro do ônibus. Mas a diferença disso foi até um uma mulher brasileira que me falou que ela falou: “Cara, no Brasil nós temos direito de ir e vir, eu não posso sair de casa meia-noite? Eh, aqui eu posso sair aqui é o, cara, eu morei na Suíça, em Nova York, em em São Francisco, eh, em For Lauder, o local mais seguro do mundo, de muito longe que eu morei, é na China, que a minha mulher pode sair 2as da manhã falando no celular e não vai acontecer nada porque tem câmera em todos os lados. Então, esse negócio de um estado onde não há realmente a liberdade de expressão tal qual a gente tá acostumada, você não pode fazer várias críticas ou vários comentários. Eh, New York Times e vários outros veículos não abrem, então esse controle da informação diferente. Então, tá longe de ser um local tópico, esse local não existe. Mas e o jeito que a China fez para vender a imagem da China? A China investiu em muitos estúdios de Hollywood. Alibaba, por exemplo, tem um estúdio de mais de 20.000 ha em na Califórnia. O filme que ganhou o o Oscar de melhor filme do ano, aquele Greenbook, que tem aquele motorista branco de um músico negro que mostra um pouco de vários problemas a sociedade americana. Eh, foi bancado pela Alibaba Pictures. Então, vários dos filmes americanos, se eles têm alguma coisa que não condiz com os valores chineses, eles não podem ser passados na China. Então é um jeito soft da China meio que comandar o que Hollywood faz. Uhum. Eh, porque é o segundo maior mercado do mundo para filmes. Tem até um baita episódio do South Park, depois coloca nas descrição pra galera assistir que mostra um pouco de como Hollywood e a Disney principalmente se vendeu pra China e os caras criticam de maneira brilhante. Vale muito a pena mesmo. Eh, só para quem não conhece, Sof Park tem um uma leve dose de conteúdo adulto, então, só para para caso não não não ofenda a família brasileira ali, mas isso, mas esse episódio vale a pena, eu acho. Se não gostarem, sinto muito, mas eh esse daí realmente explica bem. Eh, então realmente é um daí a diplomacia chinesa no exterior várias vezes foi descrita como wolf e de diplomacia lobo, onde eles falam: “Não, não é assim que é mesmo”. Então, acho que o sonho chinês não tá claro pro mundo. E lá na China, quando você vive lá e conversa com estrangeiros, tem uma frase muito pesada que eles falam: “China para os chineses, quem se dá bem aqui é ganhando dinheiro de outros gringos”. Nos Estados Unidos não. O cara vai lá e quer ter a vida americana e é bem assimilado e é um melting pots, né? Tem gente do mundo inteiro. Na China, mais de 90% da população é etnia ran. Então, eh, é, é, é diferente. Me conta um pouquinho mais essas peculiaridades da sociedade chinesa, né? O que que pecularidade da sociedade chinesa. Então, o mais importante para vocês entenderem, turma, o que que gera muita frustração com quem vai fazer negócio brasileiro indo pra China. primeira reunião, o cara viajou, [ __ ] demora 24 horas para chegar lá, tem 11 horas difuso, então é um grande comprometimento do teu bem mais valioso de tempo. E aí você chega lá com sede, né, para fazer negócio e a gente vem numa lógica ocidental onde o quê? Tempo é dinheiro. Então você chega lá paraa reunião, vamos falar de negócio. E na primeira reunião chinês quer resenha, ele não quer falar de negócio. O cara quer falar do futebol, quer perguntar quantos filhos você tem, quer quer resenha, ele quer ver se você é um jogador de longo prazo. Quanta gente não vai lá para fazer negócio e ele só quer fazer negócio de longo prazo. Ele quer eh ele não tá a fim de ganhar um quick buck e uma uma graninha aqui, fazer um tradezinho. Vai tá a fim lá. Você vai descer do aer, você vai ficar num hotel legal, você vai sair do hotel, se você tem cara de estrangeiro igual eu, igual todos nós ocidentais, vai aparecer um carinha lá, uma mulher e vai falar: “Ei, quer um relógio?” Não, relógio não, não quero. Quer um tênis? Quer um celular? Quer uma massagem? Quer, sabe que abre a jaqueta? tem de tudo. Então tem essas coisas ainda. Existe, existe em vários locais do mundo. Eh, e lá por você ser estrangeiro é muito fácil ser identificado. Até até lembrei de uma coisa e perdi o fio da minha onde eu tava antes do das peculiaridades da China. Primeira reunião é sempre resenha. Então, a primeira reunião é resenha. Obrigado. Eu tinha esquecido que a gente tava aí a segunda reunião, né, que a resenha é tão boa. E daí o brasileiro fala: “Não, entendi resenha, pô. Brasileiro, resenha minha vida. Vamos embora então. Vamos trocar ideia. Só que o chinês é o povo mais estudioso que tem. De fazer qualquer projeto, qualquer empresa, eles estudam tudo, estudam eh o o o teu o teu negócio, teu competidor, eh quem é você. E aí o chinês chega duas orelhas uma boca e vai arrancando tudo que ele quer na segunda reunião e o brasileiro achando que é só resenha. Então essa frustração é muito comum. Então, primeira reunião em geral é para criar confiança e depois chegue preparado e o brasileiro não se prepara e aí toma bailer. Eh, então esse pré-trabalho antes das reuniões é fundamental. E a outra coisa que acontecia, acontece muito menos é a importância de se embebedar com a turma. Aqueles chinês fala: “Entra a bebida, sai a verdade.” Então, hoje a nova geração já é mais light, mas é a capacidade de encher a cara. Mas encher a cara, eu tô falando, sai arrastado, que para nós no Ocidente é uma vergonha, né? Se sai arrastado, pô. acontece, já aconteceu na época, sei lá, é uma vergonha, você pede desculpa depois lá não, lá você mostra que é o tal de dar face. Então você ter a capacidade de ficar bebça e não falar merda, não entregar nenhum segredo teu ou ofender alguém. E aí um exemplo, eh, a gente levou um pessoal de uma empresa específica para lá e um cara que até trabalhava comigo, agora ele mudou de país, não tá mais lá. O cara falou: “Cara, eu vou ficar com os brasileiros aqui. Se eu ficar bebaço, mesmo que a gente explique para eles que é a cultura, eh, vou vai pegar mal os meus brasileiros.” E o presidente de um banco tinha sediado o jantar e começou a fazer gambi. Bay é copo e ganzio. Então, Gambi é o tintim deles, é o tears. O cara começou a fazer Gambei com esse cara que trabalhava comigo, o cara não bebia, cara. Daí o dono, o presidente do banco ficou, deu, deu uma festa na casa dele depois. Daí esse, esse meu colega, com quem não quisia, ele foi para outro lugar e o cara já tava muito louco, ficou a noite inteira falando mal que eu tinha que mandar o cara embora. O cara ficou revoltado. Como assim o cara não bebeu comigo? Ele me sacaneou, só fez um gambi. Então é um negócio que pros mais antigos é muito sério. Não dá para exagerar o quão sério é parece meio lúdico, brincadeira de bobeiro, mas é uma cultura de 4000 anos, civilização continuada. Outra grande diferença aqui no Brasil, eh, se eu sou muito amigo teu, pô, imagina que a gente é amigo de infância, muito amigo, a gente às vezes evita fazer negócio junto que fala, [ __ ] vai que dá errado, estraga amizade. Aham. Na China, se a gente é muito amigo, a frase é: “Cara, a gente é tão amigo, como assim a gente não tem nenhum negócio junto?” fazer qualquer merda pra gente ter um negócio junto. O legal mesmo é ganhar dinheiro. É o povo que mais é obsecado por não só trabalhar, mas por por grana mesmo, que eu já tive a experiência de de tá perto. E a outra coisa é os negócios acontecem ao redor da mesa, não só cachaça, mas eh lá na China tem um negócio que chama Hucou. É como se fosse o teu RG o Hukol, porque imagina só, a renda per capita em Shangai é muito mais elevada que em qualquer outro local da China. Então, se não tivesse um controle migratório, qualquer um pudesse mudar para Shanghai, teria, sei lá, centenas de milhões de pessoas lá, teria um desbalanço. Então, o que começou com mal, isso o que foi organizado foi, você pode ir para qualquer lugar, mas você não pode morar em qualquer lugar. Você só pode morar onde você tem autorização. Então, se você pegar e fui lá visitar e fui ficando, seu filho não vai poder ir pra escola, você não vai poder ir para hospital público, você vai ter muita dificuldade em alugar um apartamento. E aí, que que acabou gerando? Quem é rico não tem problema, eu ponho escola privada, eu pago o hospital, eu moro em qualquer lugar, eu compro. Então, a desigualdade é um dos grandes temas da sociedade chinesa. E aí me deixa maluco também. Pessoal vai lá, fica uma semana lá e já vira especialista de China e aí fala: “Ah, China é o país mais capitalista do mundo”. Quem fala isso não não deu o double click. Quando você você sente isso lá, porque você tá andando lá, você olha um esses prédiões arranhacéus que a gente tem aqui em São Paulo, esquece, é para cima de Nova York, para cima de de Singapura. E aí você vê o penthouse. O penthouse é a cobertura é tipo aquele do vilão do do Homem-Aranha. Sabe aquele gordão branco de de de terno branco? é um negócio muito imponente, são tipo cinco andares. Então, numa sociedade comunista não vai ter um penthouse daquele. Então, o sistema político é muito centrado noinismo, onde o partidão é único e concentra o poder mesmo, concentra informação. Então, todos eh tem os podcasts lá, eh, mas você não pode falar qualquer coisa. Eh, só que o sistema político é é mais lesf, o sistema econômico é mais você escolhe com que você vai trabalhar, o que você vai fazer, mas não dá para falar que é um capitalismo puro. Deixa eu pegar um assunto que eh ganhou repercussão mundial na época e você como um estudioso de China e de bilionários pode falar bem disso, que foi o sumíso do Jackm, né, o fundador do Alibaba, né, pós críticas lá ao governo chinês, teve aquele sumiço, o assim aquele aquele é o tipo de evento que aqui no Ocidente ele teve uma grande repercussão. Ó lá, a China você não pode ser bilionário porque você vai sumir e tudo mais. o o que que de fato aconteceu? O que que de fato representa um um evento como esse? Bom, vamos lá. Primeiro dos bilionários. Então, eu trabalhei na Forbies por uns 10 anos. Dois anos eu fui repórter e os outros anos eu fui colunista e o meu trabalho era cobrir os bilionários brasileiros. Então, eu fazia aquela lista e entrevistava a turma. Muitas vezes não saia em lugar nenhuma entrevista, era mais para bater lá os se tá tudo certo lá a valuation que a gente chegava. E aí a minha chefe na época que a minha grande amiga até hoje, Carry Dollan, em 2015, o 16, escreveu um artigo chamado Por que é uma má ideia ser bilionário? O por que ser bilionário na China vem com risco de desaparecer, morrer ou até pior, sei lá, depois a gente acha e coloca no link pra turma aí o título exato. Então não é uma coisa nova. Aqui no ocidente, eu lembro direitinho quando começou a Lava-Jato, quando foi preso Marcelo Odebrash, pessoal falava: “Não é possível, tá sendo preso um bilionário”. Uau! Quando na história do Brasil um bilionário foi preso na China o Jack Ma é um dos exemplos, tiveram vários outros que que desapareceram, que que desapareceram, que não é bem ser preso, eles lá eles a na linguagem chinesa meio foi tomar um chá, então tá lá tomando chá. Eh, então nunca teve na história do Brasil, não sei se terá, um empresário brasileiro que representou pro povo chinês o que o Jackmar representou. Jack Ma chegou a ser o homem mais rico da China. Jack Ma chegou a ser o homem mais rico da Ásia. Alibaba chegou a ser a maior empresa da Ásia e o Jack Ma veio do nada. Ele nasceu em Han. Ele conta uma história que abriu um KFC na cidade dele e 24 pessoas aplicaram, 23 entraram para trabalhar, só uma não foi aceita, era ele. Ele conta que ele aplicou para Harvard mais de 10 vezes, nunca foi aceito. Ele virou professor de inglês, que era uma coisa que a cidade dele, Han é meio, acho que a cidade irmã do Rio de Janeiro, mas é meio emblemática assim de turismo. Tem o Lago do Oeste, já foi capital. O apelido da cidade é paraíso na Terra. Você entra no site da universidade, ela fala: “Estamos aqui localizados no paraíso, na Terra”. Então era, por ser uma cidade turística, ele aprendeu inglês e aí conseguiu construir aquele império todo. Então, eh, ia rolar o IPO da N Financial, ele deu uma entrevista criticando os reguladores e aí ele deu uma desaparecida. Quando ele reaparece, ele reapareceu, eu assisti, que eu tenho uma mania depois de ter trabalhado na for na fonte primária. Por isso que o teu trabalho aqui é tão importante que você traz os caras para falarem. E não tem nada como ouvir o cara falando. E é maior loucura, né? Você pergunta, o cara responde, é difícil um cara que foge, que fica, né? Tem alguns, mas eh enfim, lá na China não é tão assim. E aí na primeira entrevista dele, ele mostra total alinhamento com o partido, como eu falei para vocês que eh nesse último plano quinquenal, o foco não é mais crescimento, é crescimento com qualidade. Então a desigualdade é um dos grandes temas e tem que crescer o campo. O campo não é bem o que a gente pensa, é meio as cidades não principais. Então o pessoal pergunta: “Qual a próxima China?” naquele crescimento double digits, muita gente fala, é a China do interior. Eh, e aí ele fala, ele tá, ele aparece enaltecendo os professores no campo. Foi a primeira entrevista dele depois que ele apareceu. Então, na China, no Ocidente, quando tem algum quebra-apa de empresa grande ou de bilionário com o governo e tem vários, a gente tá vendo Google sendo processado, já foi processado várias vezes, que que rola vai pros advogados e tentam se defender. Na China é alinhamento total e não existe isso de bater de frente ou discordar. falou, tá falado e quer mostrar para pra sociedade inteira que não dá, tem algumas linhas que não dá para cruzar. No caso do Jackm tinha líder de estado que ia pra China e não pedia audiência em Pequin com o Shi, pedia para ir para Ron encontrar com o Jackmar. Quando ele saiu de CEO para ir pro conselho, normal. quando ele saiu do conselho, para não estar mais no conselho, o papo ali, igual tem vários papos aqui no Leblon, na Faria Lima, tal, eh, era que, opa, quis aparecer mais que o rei e aí ele foi e deu aquela entrevista. Então, eh, é uma coisa que acontece na China. E uma coisa que aconteceu na China também foi que o governo fez uma lista e deu um prêmio, tipo um prêmio do empreendedor do ano ou enaltecendo os grandes empreendedores. E aí tava lá o cara do da Baidu, o cara da o cara da Tencents, que é membro do partido, e tava lá o nome do Jack Ma vírgula, membro do partido. E aquilo foi um grande assunto na China e uma grande surpresa para todo mundo, porque a Alibaba fez o maior IPO da história até então em 2014 e eh por ser listada nos Estados Unidos tinha que dar eh justificativa ao mercado. E ele falava muito, dava muitas entrevistas e o pessoal perguntava: “Qual a sua relação com o partido?” E ele geralmente respondia algo muito político, que não queria dizer nada, mas ele respondia que era: “Ah, com o partido chinês você pode namorar mas não casar” ou qualquer merda dessa que não significava nada. Eh, mas tá respondido. E aí quando saiu o nome dele, vírgula, membro do partido, as pessoas não sabiam que ele era membro do partido, nunca tinha se posicionado assim. E aí o papo na China fica, que que todo pai quer para um filho? É opção, é prosperidade, é oportunidade. Fala, cara, mas é óbvio que ele é do partido, [ __ ] Como é que o cara de ter criado um império desse sem tá próximo? Então, eh, e daí apareceu um cara lá no Twitter deles no sign que é, eh, falando: “Não, na década de 80 nós éramos colegas na universidade, nós fomos juntos, ser do partido te abria portas, mostrava que você era um cara sério, você conseguia falar com o teu fornecedor, com o teu investidor, enfim”. Eh, então a China anunciou recentemente, tem mais de 100 milhões de membros do partido, Partido Comunista Chinês. Então, imagina que tem 1.4, 1.5 bilhões de pessoas, a cada 14, 15 é do partido. Então, ser do partido não significa que você trabalha eh você é um servidor público, você pode trabalhar pro partido, mas você pode ser um pescador, você pode ser um professor, você pode ser um um profissional de entretenimento, você pode ser um empresário, você pode ser um jogador de futebol. Eh, mas eles estão inseridos na sociedade e dentro de várias empresas das grandes. Então, assim, se você for abrir um restaurante, você vai ter que lidar com o FDA, com a Anvisa local. Se você tiver 1000 restaurantes, pode ter certeza que o partido vai est mais presente no teu dia a dia. Então, do mesmo jeito que eu levo brasileiros pra China para conhecer o melhor da China, fazer negócios com a China, eu trago chineses para conhecer o melhor do Brasil, fazer negócio com brasileiros. E daí organizando essas viagens para Chines, eles falam: “Não, com aquela empresa ali, eu quero falar com o departamento do partido dentro dela”. Não, cara, isso não existe no Brasil. Não existe no Brasil. Como assim? Como é que vocês fazem então para saber o que acontece em Brasília, para saber o que acontece com o prefeito, que que o prefeito quer com aquela empresa, que que o governador quer, quais as diretrizes? Fala: “É, como é que a gente faz?” Que lá na China as empresas têm esse departamento que faz a interlocução do partido com a empresa. Eh, então acho que a grande mensagem do Partido Comunista Chinês é aqui quem manda somos nós, né? E e não tem essa de porque você tem poder e porque você conseguiu construir um negócio tão grande e você ganhou muito dinheiro, você vai conseguir interferir no que é melhor pro povo. Então o povo não acha assustador e maluco e fala: “Cara, não vou eu querer ser bilionário para não estar nos olhos do governo”. fala que bom. Não é só porque ele tem dinheiro que ele pode qualquer coisa mesmo. Então é uma lógica eh diferente. Nisso de lógica diferente, eh o assim, você acha que o Vou trazer aqui uma provocação e você vê se faz sentido. Eh, a China cresceu muito de uma maneira, né, eh, muito fechada, o país foi prosperando e com a prosperidade você tem dinheiro, você pode viajar, você pode conhecer outras culturas e tudo mais. E esperava-se que, pô, com o chinês conhecendo o Ocidente, vendo como é que é a democracia, a beleza da democracia, a beleza da da escolha de E ele já podendo ter essa prosperidade voltaria e isso poderia trazer mudanças para a China. Eh, pelo que você me retrata sobre a China, o chinês gosta ou está alinhado com com isso. A a falta de liberdade na escolha de um governante não necessariamente é ruim, porque ele acaba tendo todos os outros benefícios que estão ligados à segurança, à própria prosperidade e tudo mais. Eh, então o talvez esse efeito que poderia ter na China dessa abertura poderia provocar uma uma mudança no na política. É, é meio é meio acordo na China, é ordem e progresso, mas progresso, crescimento econômico com ordem social. Então, na China o governo é muito centralizado, né? é um é um partido que manda, mas o os diferentes eh líderes políticos tem muito poder na sua região e existe protestos na China. O pessoal vai protestar contra, por exemplo, um empresário de uma fábrica que atrasou os pagamentos dos funcionários. Isso tem protestos mais de um por dia naquele país, daquele tamanho. Mas tem alguns assuntos que realmente não podem ser protestados. E aí, o que você comentou, Salomão, aqui? Cara, um fato que mudou realmente o mundo, que foi muito apoiado pelo Bill Clinton, foi a entrada da China na Organização de Comércio Mundial, no começo desse século, que tinha uma tese dos intelectuais globais falando: “Uma vez que um país passa de 7.000 ou 7.500 de renda per capta, se o recurso, se a origem daquele capital não for algum recurso natural, tipo petróleo, o país vai inevitavelmente virar uma democracia.” E aí deu globalização bombando, como você falou, o pessoal viajando mais. A gente vê em 2019 quem mais viajou e quem mais gastou dinheiro fora do país foram os chineses. Até porque imagina só, cara, no começo da década de 80, a gente sendo encantado por Falcão, Sócrates, Zico, aquela Copa do Mundo mais de 82, mais de 88% da população chinesa não tinha passar, era miserável, vivia com menos de 90 por dia, não tinha praticamente o que comer. Dali que vem a piada, comem cachorro. Tem algumas regiões da China que sim comem cachorro, mas naquela época não era nem legal ter um pet, porque como é que você vai ter petizinho tem fome? E aí a eu nasci em 87, a minha geração é a primeira que não passou fome. Mas imagina você ser criado por um pai, por um tio, por um avô que passou fome. É muito diferente. E a gente falou pouco de história aqui porque não é, mas para entender a China, a gente precisa dar um passo para trás. O último imperador só caiu em 1911, 1912. Até então teve mais de 2000 anos de imperador numa cultura confuciana, que o Confuciano fala muito da meritocracia, mas fala muito dos papéis. Então tem o papel do pai e o papel do filho, o papel do governador e do governado. Então o chinês tá muito mais acostumado com essa história da hierarquia. Cara, eu tinha te contado que eu tenho um grande amigo que trabalha no CIC, até é muito engraçado. O nome desse cara é music, o nome ocidental, porque na China você vai começar a aprender inglês com 5, 6, 7 anos e o professor fala: “Ecolhe um nome”. É uma criança de 5 anos, vai escolher um nome? Eu tenho vários amigos que o nome é céu, pedra, mar, que é uma criança escolheu, enfim, mas essa é uma outra coisa. E aí ele falou: “Pô, meu chefe se amarra em futebol e o povo chinês é se amarra muito em futebol. Número um.” E número dois é muito nacionalista. A hora que a seleção chinesa começar a ganhar do Japão, começar a parar de perder de Tailândia, Vietnã, se classificar pra Copa, acho que o mundo vai acordar e falar: “Uau, como esse povo gosta!” Porque eles odeiam que a seleção perca. Quando a seleção começar a ganhar em uma hora, vamos ver se vai, acho que vai, eh, a gente vai perceber essa paixão que nós temos pelo futebol lá. É muito comum. Desculpa, vou ter que interromper porque eu quero que você volte para explicar da dessa história, mas essa é uma questão que nós brasileiros que gostamos de futebol já falamos. A China é uma potência em todos os esportes. A gente vê nas Olimpíadas. Por que que o futebol não deu certo na China? Cara, é complexo, mas teve vários casos de corrupção que os líderes da confederação já estão presos, foram presos e o governo chinês, as políticas de estado deles, eh, teve um tempo que sob xijinim eles declararam quantos eles tiveram um plano de estado para ser chegar numa final de Copa do Mundo, sediar uma Copa do Mundo e tinha até quantos campos de futebol tinha que ter a por habitante. Eles realmente, por quê? Porque a gente gosta tanto de futebol, a gente esquece, mas gera muito consumo. A China tá querendo migrar, a população chinesa é o povo das das se bobear tem algum milhota aí que poupa mais, mas acho que não. Mas das 100 maiores economias do mundo é a que mais poupa de muito longe. E o principal motivo tem a causa histórica, cultural, mas é como é que funciona a aposentadoria hoje, como é que funciona o seguro saúde hoje. Não importa como é que funciona, porque lá quando o cara muda de ideia, uma canetada mudou as regras do jogo e todo mundo sabe disso. Então, ao saber disso, o pessoal fala: “Pô, deixa eu ter uma reserva aqui, porque se der algum algum xabu, eu tenho para onde me virar”. Então, o povo poupa muito e ele quer que o futebol cresça, não só para saúde, ter menos gasto de saúde, mas também principalmente por consumo, que a gente esquece, mas, pô, quanto dinheiro não rola no mundo da bola? Eh, então tem isso. E aí ele fez um grande plano, teve uma janela de transferência que o futebol chinês gastou mais que futebol britânico do que a a IPL, do que a primeira liga inglesa. Eh, e aí veio a pandemia e eles deletaram o futebol, aquele plano todo. Ainda tá rolando a Liga Nacional, mas você vê o Renato Augusto voltou, o Oscar voltou. Cara, esse é um cara, esses dois, eh, eu sou mais amigo do Renato, mas já tive com o Oscar várias vezes. São dois caras que viveram a China. O Oscar ficou lá 8 anos. O Renato tem saudade das Chinas, cara. Terminava o Renato Augusto era um ídolo. Que esse cara joga de bola porque ele jogou no time da capital e o time não era campeão. Quando ele foi campeão, era com o Renato o maior craque assim da liga disparada. E daí o Renato, então, maior craque, capitão do time, estádio inteiro gritando o nome dele, estádio lotado, terminava o jogo, ele tomava banho, dava entrevista dele, ele subia na motinho de chinelo e vinha para um bar dentro do estádio, tipo no estacionamento do estádio, encontrava a gente, a mulher dele ficava ali, tomava uma cerveja, devia ter 1000 chineses, ninguém vinha pedir para bater uma foto. O pessoal até dava uma olhadinha porque, pô, é o grande ídolo, mas o respeito que o pessoal tem, eu vejo meu irmão é eh foi, ele se aposentou agora, mas foi profissional por mais de 20 anos. Eu nunca quero ser famoso. Que coisa chata você sair para jantar e o e todo mundo ficar te olhando, pedindo para bater foto, te interrompendo. Insuportável. Tô tô meu irmão sempre levou numa boa porque faz parte da profissão. Mas a China tem essa tem esse respeito e essa distância eh com os jogadores de futebol que os caras apreciavam muito. E fora isso, pergunta para eles o que eles achavam de morar lá. Negócio da segurança. O melhor da China é realmente comida. Cara, quem morou na China tem uma saudade, porque é uma culinária muito muito diferente, muito única. Quem gosta de pimenta, tem uma região lá chamada Sichuan, que é um molho tipo que aqui tem aquela jambu, é um negócio que [ __ ] a língua que não temos no Brasil. Enfim, é para quem é curioso e gosta de aprender, cuidado com a China. Mas voltando, voltando ao CIC, é, o cara me ligou e falou: “Pô, arruma aí algum esquema pra gente assistir um jogo de futebol, que o meu chefe se amarre o futebol”. Aí eu montei um esquema lá no no Maracanã, era aquele jogo Flamengo e Maringá, que eu lembro que foi 8 a 2, Copa do Brasil. O Flamengo tinha perdido o primeiro jogo, entrou com tudo, atropelou. Eh, e aí no caminho, no carro tavam lá quatro chineses e dava para saber exatamente quem era o chefe. Não porque o meu amigo me falou, mas porque os outros caras não abriam a boca. Quando eles abriam, era meio o chefe passava a autorização para eles falarem. Então, é uma sociedade absurdamente hierárquica, eh, onde até onde você senta mostra o papel de cada um. Então, é muito diferente, muito hierárquico. E aí você conversa com a chinesado sobre os diferentes modelos, ela fala: “Cara, tão enriquecendo”. Porque o povo é isso também, né? Um caipira nos Estados Unidos lá, um redneck no interior dos Estados Unidos, tem uma vida melhor que a vida da rainha na Inglaterra 100 anos atrás. Só que o cara tá putaço, ele consegue, o salário mínimo dele, ele consegue levar a esposa no cinema, o filho tem educação. Eh, ele tem uma vida digna, eh, só que ele tá putaço, ele olha pro lado e, opa, pera aí, aquele pessoal teve uma evolução de vida muito melhor que a minha. Ele olha pro pai dele e fala: “Pô, a vida do meu pai, meu pai cresceu muito mais que o meu”. Então, a China, a economia lá de 1990 até o final de 19, vamos cortar ali na pandemia, não teve nenhum trimestre que encolheu. Então, o pessoal continua, a economia vai crescendo, o pessoal tá enriquecendo, então meio de é cale a boca e enriqueça. Agora, se e faz e é inerente ao capitalismo e até a vida ter ups and downs, ter sobes e e desces, quando começar a ter descidas, como é que o povo vai reagir? Eh, a gente não sabe, veremos. Mas hoje não é um assunto. Ah, e aí democracia? Ah, o pessoal me pergunta aí, tem uns grupos que ficam tentando mudar para ter voto. Não sei. Nunca nunca nunca tive esse papo. Eh, nunca alguém vi falar. De repente você encontra um chinês e e troca, fala: “Cara, não sei se esse é melhor pro povo”. Uhum. Tem isso um pouco de de realmente querer o que é o que é bom pro país. É, bem ou mal, eu amo viver numa democracia, embora não tenha vivido em outro em outro regime, mas o o declínio da Europa, economicamente falando, e a ascensão da China, né, você não você não sente uma necessidade de mudança se o seu o seu bem-estar aqui você se sente mais rico do que no velho continente. você tinha me falado, né, da falta do poder suave da China, de como é o sonho chinês, que realmente a China teve uma fraqueza nisso, mas, cara, a China foi o maior potência econômica do mundo em 100, 100, 1600, 1700, até vir a primeira revolução industrial e ficou para trás. Quem aprendeu isso na escola? A gente não aprendeu. E nesse período de pujância econômica chinesa, os espanhóis, os ingleses, os portugueses fazendo as suas colonizações, vindo lá e falando: “Ó, minha religião é essa, vamos te transformar”. O chinês nunca teve isso. Tem uma um país gigante geograficamente, mas o chinês nunca saiu do seu lugar para ir falar: “Ó, aqui você faz assim”. Uhum. Então esse é até um dos motivos que eles falam quando a gente fala da finalização da África, que eles chegam lá e falam: “Cara, caguei para como tá o seu país aí politicamente, como você trata os gays ou o que que você faz, como é que você chegou no poder, tua guerra civil, eu quero fazer negócio.” Eh, que às vezes, eh, o Banco Mundial, por exemplo, tem taxas diferentes para países, como é que tá a situação interna? Mas independente do julgamento de valor, a China sempre teve esse jeitão de falar: “Ó, faz o do faz aí do jeito que você quiser, vamos fazer negócio.” Foi muito mais um país de uma cultura de comerciante. Uhum. E enfim. Bom, eh, cara, esse é o tipo de papo que a gente poderia fazer por muito tempo. Eu vou vou só endereçar algumas perguntas antes do ping-pong. Eh, eu não sei se você consegue fazer um paralelo entre essas duas economias, mas eh nos anos 80, talvez o que a gente tá vendo hoje da China é um pouco do que a gente viu, sei lá, anos 70, 80, quando falava que o Japão ia eh ia dominar toda a a indústria, ia ocupar o espaço que os Estados Unidos tinha. E bom, não dá para dizer que o Japão foi um fracasso, mas não foi o que aconteceu, né? O Japão passou por um longo período ali de até usado a japanização, né, quando fala que um país entra meio que numa numa inércia que não cresce, mas também não decresce. E o que que dá para fazer de paralelo entre o que foi o movimento da economia japonesa e o que tá sendo o movimento da economia chinesa, né? Existem paralelos ou são, embora próximos, são muito diferentes as culturas? Cara, eu tive no Japão duas vezes nos últimos 8 meses. O Japão tá bom para ir agora. O Japão sempre foi muito caro e agora com o dólar desse jeito tá tá gostoso ir pro Japão. Mas o que a gente vê no Japão que me chama muito atenção é realmente a parte demográfica eh tá muito complicada e vai continuar. E aí um negócio que a China já tá fazendo, a China já é o país do mundo onde tem mais robôs industriais instalados. E o que você vê lá no Japão e na China de eh robô sendo usado no dia a dia? Então, fora tudo isso que você falou e todo mundo fala, acho que uma coisa que o pessoal não fala tanto é do aumento da produtividade. A China deu uma estagnada, o Japão deu uma estagnada, só que a China tá investindo mundos e fundos. Por exemplo, você você comentou do Deep Seek, né? O agente comentou aqui, o Deepsik, o Mark and Dreen, que é um dos maiores, eh, ele toca um dos maiores fundos de vicos Estados Unidos, ele chamou do Sputnck Moment 2.0. Sputnick foi durante a Guerra Fria, quando os eh soviéticos mandaram um satélite pro espaço e os americanos percebam: “Puta, fodeu, ficamos para trás”. Então eles, o pessoal não tava olhando o que tava acontecendo na China. E esse tema do AI é um tema que vai revolucionar o teu dia a dia, o meu dia a dia de todo mundo e é dado. Eh, mas é um tema também de energia e a China tá jogando pro longo. Cara, eu fiz uma uma viagem pro Vale 100% focado em AI nos últimos seis meses. E só das empresas que eu falei ali, do que os caras me falaram quando a gente conversando, eu somei, tinham mais de 15 bilhões de dólares sendo investidos no que eles chamam de eh SNR, é small nuclear reactors, são Uhum. eh reatores nucleares pequenos que eles vão pôr perto dos data de centers, por se não tiver uma disrupção tecnológica e eh a gente mudar o jeito que o EI tá sendo feito hoje, mas mudar realmente o jeito que usam e o jeito que é consumido, o que o que se consome de energia, vai faltar energia. E aí a gente vê no mundo, quem mais está instalando esses small nuclear reactors, quem mais instala reatores nucleares, que a energia nuclear é limpa, é de longe a China. Então o que eu vejo que dá para fazer o paralelo é que o Japão meio que não pegou a onda de tecnologia, que foi o que mudou o Japão depois, no começo da década de 90, eh, que ficou muito concentrado nos Estados Unidos. A próxima onda, qual será? Uma delas vai ser AI. Eh, eu tive agora visitando computadores quânticos. Eh, visitei, eh, enfim, essa pode ser que venha a ser outra onda e que mude todos os paradigmas também. Imagina que as mensagens que a gente manda no WhatsApp vai do meu pro teu com aquela criptografia que nem o meta tem acesso, mas que o computador quant o cara consiga quebrar isso e todo o nosso dinheiro que tá nos bancos de maneira digital. Imagina se um computador quântico, uma ideia de defesa do do banco, enfim, é uma grande mudança de paradigma. Eh, o mundo não sabe o quanto e como a China tá investindo nisso. Eu também fiquei muito focado em visão nuclear. a gente foi visitar eh o Jets, que é um é um é um órgão da UK Atomic Energy Centra, é um órgão do Reino Unido que foi o que comprovou cientificamente que a fusão nuclear é possível. Agora, precisa ser viável economicamente. Então, no mundo tem 50 empresas tentando fazer essa fusão nuclear, que é meio repetir o que acontece no Sol para gerar energia e que se der certo é muito disruptivo o preço da energia. vai muito para baixo aí. Como é que é um mundo com energia limpa, barata, segura e com custo? Imagina o que não vai acontecer com quem tem leas de transmissão, enfim, mas não não sabemos se vai demar 5, 10, 15, 30, 50 anos. Você fala com os caras de estatal, eles falam: “Não, no mínimo 50 anos”. Só aí você pega empreendedorzão, eh, que eu acredito muito na força do indivíduo, isso é muito louco da China que tem aquele governo, mas eles deixam o indivíduo e, eh, isso muda tudo. E daí eles falam: “Não, no mundo inteiro foi investido 12 bilhões de dólares, mas a gente não tem nenhuma clareza do que tá acontecendo na China”. Aí o cara que nos recebeu um PhD, ele fala que esse lugar que a gente tava é o maior lugar do mundo, ex China, com com densidade de cientistas 100% focado em fusão nuclear. é perto de Oxford ali. E ele fala que ele foi convidado pelo por alguém na China lá, por uma entidade para dar uma palestra. Ele chegou lá, tinham 3.000 PhDs assistindo e ele falou: “Eu não fui o único”. Então eu acho que nesse paralelo China, Japão é muito fácil porque a gente olha para trás para falar do Japão, tá dado o que deu, não pegou produtividade, não pegou o bom de internet. Olhando pra frente, eh, a China tem, a gente viu o carro elétrico. Por que, por que que é tão importante essa, esse setor automotivo? Porque é um setor trilionário, é um setor que as empresas que lideravam fazer esse shift para carro elétrico e híbrido é uma mudança muito grande, eles vão ter que abrir mão. Então é um setor que proporciona novos entrantes. E aí quando a gente começa a dar double kick para entender como a China chegou lá, o que aconteceu foi, eu comentei com vocês que em 2011 eu morava num lugar que eu não conseguia ver por poluição que tava na minha frente. O governo chinês pôs mundos e fundos em painel solar. a gente viu o resultado. Ele pôs mundos e fundos em novos carros, né, em novas energias. Eles chamam lá de NV New Energy Vicles. Então não é só carro elétrico, é carro híbrido também. E aí a mudança de paradinho que ele teve foi o que eu chamo meio de um momento iPhone. É uma loucura, né? Até saiu um novo livro. Quem tem Apple tem que ler esse livro que chama Apple in China. É uma loucura. Esse livro é meio take down peace na China e na Apple, mas tem que ler. Leitura obrigatória para quem tem Apple. Eh, Apple deve ser uns 5,5% do SNP. Então, tem SNP também. Eh, que que aconteceu? A Apple decidiu contratar uma empresa de de de Taiwan chamada Foxcom para fazer o que é o que é a talvez a maior obra prima da história da humanidade tecnológica. É uma loucura isso aqui. Mudou o mundo inteiro. Foi inaugurado, foi lançado pro povo em 29 de junho de 2007. Só que para eh conseguir fazer isso, tem centenas de fornecedores que precisam se capacitar. Não é tudo 100%, não é tudo verticalizado pela Fox. E aí esses fornecedores que fornecem paraa Apple, você acha que ele aprende a fazer um negócio tão bom que serve para fazer essa maravilha? Ele para por aí ou ele vai vender para outros também? Então, surgiram na China, o que nem chegou no Brasil com força, mas os cinco maiores produtores de smartphones do mundo são Samsung, coreana, eh, que até o livro retrata relação da da LG com a Apple, que é muito interessante. Enfim, é um pit livre com viés, eh, Apple e os outros três são chineses e são marcas OPO Vivo e umas outras que você vai na África, cara, só tem smartphone chinês que é muito caro. É, a penetração deles é realmente gigantesca. Então vamos voltar pro carro elétrico. Tinham centenas de marcas de carro elétrico e o governo viu e falou: “Cara, o público não tá comprando o governo não vai lá e fala: “Você vai comprar do chinês?” Que vai acontecer da eles pegaram a Tesla, falaram: “Tesla, vem cá, você não quer acessar o maior mercado consumidor do mundo?” Eu fui a primeira fábrica do setor automotivo a poder ser 100% estrangeira, porque antes eles falavam para fazer uma transferência de tecnologia, você quer acessar o meu mercado, você vai ter que ter um sócio local e daí eu aprendo como é que você faz. Deram terra, deram mão de obra, deram subsídio. Tem entrevista do Musk falando: “Cara, eu construí em 100 meses essa Giga Factory demoraria quanto na Califórnia, no Texas? Quantos anos demoraria para transformar, construir um negócio desse tamanho?” Eu já tive na CATL que fez o IPO, esse ano é a maior empresa do mundo de baterias junto e a BID, eles dois são as duas maiores, fica bem na frente. É infinita a fábrica da Tesla lá em do lado de Shanghai. Eh, e aí a Tesla começou a vender absurdamente na China, só que para fabricar lá e vender a Tesla, o carro elétrico tem muito menos componentes, mas ainda tem seus fornecedores. Então, o cara que se habilitou a ser fornecedor da Tesla, você acha que ele parou ali? Acho que tinha uma exclusividade, você só vai vender para mim. E de repente agora o você já vê que a Agil Factory de Chá exporta uma porcentagem absurda dos carros de Tesla no mundo e o chinês já meio que parou de comprar Tesla que os carros lá estão melhores, mais baratos. Uhum. Então é difícil comparar o Japão com a China porque de novo o Japão tá dado, a gente olha para trás e é fácil cagar a regra olhando para trás. Agora, olhar paraa frente e é difícil. É difícil, mas eu diria que o governo chinês tá muito focado em aumentar a produtividade do país, sabe que energia é destino e não vai ficar para trás. Então tá eletrificando, é a economia mais eletrificada do mundo. Hoje todo o consumo de energia da China, 30% já vem de def já é é de origem elétrica. Eh, a China consolve mais do que o dobro da energia elétrica dos Estados Unidos, que é o segundo que mais consome. Então, eu acho que a gente tem que acompanhar a produtividade chinesa e não quer ficar fora das próximas ondas e o mundo. Cara, eu eu passei agora, eu tava te contando, nem sei se a gente falou aqui no podcast, que a gente conversou tanto antes, mas eu levei grandes empresários brasileiros de eh grandes, eu digo assim, que fizeram coisas muito grandes, das maiores do setor no Brasil, foram conhecer o que tá rolando na Escandinávia e estamos lá na Escandinávia e levei uma outra turma para Londres para entender essa coisa de fusão nuclear, é, de computador quântico. E o assunto é China. Então, meio o pessoal para pegar dinheiro dos governos locais, que parte da pesquisa que ainda tá nessa fase de muita pesquisa, eles falam: “Cara, a gente não pode ficar para trás, tem um inimigo”. Então, o que eu tô vendo que me assusta um pouco, é que o Ocidente já meio que falou: “Ó, esse aqui é nosso inimigo, não podemos deixar eles passarem na frente”. Eh, que é um discurso que apetece, é, fica mais fácil, acho, captar dos governos assim, o governo justificar que tá fazendo. E a China tem é meio opaca, você não sabe direito o que que tá rolando. Por exemplo, a a revolução automotiva veio meio do nada. Tem grandes consultorias que falavam até 2020 que deu errado, ó quanto dinheiro eles colocaram. Então, semicondutores que o que o estado americano fez várias e várias e várias e várias sanções. O último telefone da Rua eu só não comprei porque é 3.000, mas é melhor que qualquer Apple. Ele dobra em três, fica um negócio fininho. Enfim, eh, eu devia ter comprado até para para dar uma moral pra nossa China aqui, de repente, né? Enfim. Eh, então não sei, não sei. É difícil. Faz 15 anos que eu acompanho muito intensamente a China. Faz 15 anos que eu vejo vários gurus falando: “Agora vai quebrar, olha a dívida dos governos locais, olha”. E não quebra. Então eu não sei, eu acho difícil. Eu não gosto de fazer shorts. Eu tento viver a vida também olhando o que as pessoas têm de bom, o que os negócios t de bom. E shorts tem um tem um risco muito grande, né? que se você errar o time, você pode estar certo. Erring, é, tá certo na hora errada e tá errado. Jeromel, para chegar na parte final, o seu trabalho é levar pessoas, levar grupos para conhecer, cara, o meu trabalho, eu eu teve um professor que mudou a minha vida no meu primeiro semestre da faculdade, que ele me deu um livro, o nome desse cara é Ken Furfield. Ele, o livro era Strangefinder, o livro falava assim: “Não dá para ser superhomem. Não dá para ser superhomem. A gente tá, sociedade tá toda errada, tem que ser bom história, matemática, geografia para passar no vest loucura. No que que você é bom? Foca no que você é bom, porque o que você é bom você gosta. Você gosta você faz mais, você faz mais você fica melhor e vira um círculo positivo. E eu meio que levei aquilo pra minha vida com 18 anos e mudou. Tô muito longe de ter, você entrevistou gente com conquistou muito mais, mas é meio a minha filosofia. E aí eu entendi o que eu gosto de fazer na vida é aprender e crescer. com todas as decisões que eu tomei e aí isso me levou a viajar muito. Eh, então a minha empresa, eu saí da da trejada agora, chama radar para empreender, porque eu falei: “Cara, eu preciso ter um veículo aqui que vai me possibilitar aprender muito e crescer muito.” Então, quando às vezes você falou meio professoresco, é que quando você vai contar de algum assunto, se você não domina e você é um cara honesto, fala: “Porra, tenho que tenho que ir mais a fundo aqui.” Uhum. “C mesmo”. Então é meio egoísta a minha. O Fábio Barbosa, que é o cara agora que se da natura, ele me falou que ele leu o livro e falou: “Pô, Ger, você falou que você é um aprendedor profissional, não empreendedor, cara, tua missão de vida tá muito egoísta, que que você tá fazendo pro mundo?” E daí, e daí eu comecei a compartilhar mais, então se entre as minhas redes sociais, é uma piada, porque eu acho muito raso tudo aquilo. Eu não aprendo tando lá, mas quando eu vou trocar ideia com alguém, quando eu pego e falo: “Pô, eh, Salomão, você quer ser o melhor podcaster brasileiro, por que que você não vai lá conversar com Joe Roman? Por que que você não vai conversar com o melhor podcaster chinês?” E eu faço essas coisas acontecerem no mundo dos negócios. E aí, daí quando gera uns negócios, a gente também se mete, que é muito legal. Gosto muito também de não só de aprender, de fazer negócio. Então, a minha empresa, vocês vão ver, não tem site, é meio por design, é só 100% boca a boca, porque eh, enfim, é assim que a gente fez, porque é um negócio muito de confiança e de muita confidencialidade. E, e é isso aí. Eh, para um cidadão brasileiro que quer conhecer a China, ouviu esse episódio, falou: “Caramba, preciso ir lá e conhecer. Qual dica você daria?” E assim, aí dicas bem simples de quantos dias são necessários para você conhecer mesmo a China, ou mínimo necessário. Legal. Legal. Um quem que você deve mirar as conversas? Legal. Vamos lá. Então, a China, eu eu falei com o Salomão, mas a gente não falou aqui. Põe no começo. Isso aqui é um presente para quem tá ouvindo aí o Market Makers, o livro Poder da China, o livro Bilionários. O Poder da China eu escrevi porque eu fico muito assustado, cara. Nossa maior parceira comercial, a maior parceira comercial de mais de 120 países, devia ser capa de todos os jornais todos os dias. A gente não sabe nada de China, a gente não discute nada de China. É assustador. Tem gente que, se você tem, aqui, estamos no mercado, se você tem Guerdal, Suzano, esse play é dependente de China. Uhum. Mas metade do faturamento vem de lá. Qualquer commodity, eh, praticamente mineral ou vale, [ __ ] Eh, enfim, mas só sobre o livro do Jeromel, vamos deixar esse livro, tá aqui na descrição do vídeo ou do podcast, tem uma um link lá, clica lá, deixa seu e-mail, você vai receber de graça o e-book ou PDF do livro do Jeromé sobre China, que é um baita livro. Então, o a dica de quem quer ir paraa China, eu gosto, para mim a maneira mais inteligente de aprender ou de conhecer qualquer coisa é conversar com quem conhece muito. Se eu for um dia querer fazer o podcast, eu vou te convidar para almoçar, para jantar lá em casa e vou te perguntar tudo. E e eu acho que na cultura do Vale do Silício tem, que a gente é mais ocidental, tem um negócio de dar, porque o Vale do Silício, se você for ver, mais de 40% de todas as empresas que começam lá tem um estrangeiro como C-Founder. Se você for pegar a porcentagem da população que não nasceu no norte da Califórnia e muda para lá, são muitos migrantes, vários dos Estados Unidos, mas muitos do mundo inteiro. Então quando você tá numa região de migrante, o pessoal é muito mais aberto. Na China não é assim, mas de 90% da etnia ran e é muito menos aberta para estrangeiros. Então o jeito deles fazer negócios é muito diferente e não vai ter toda essa abertura. Não é só porque o cara é meu amigo há 15 anos que ele vai sentar aqui e dividir. Não tem, não tem essa de é diferente. Então, eh, se quer aprender de negócios, eu diria que tem um pré-trabalho a ser feito. Ou você vai comigo eh a Stardus, onde eu abri as operações na China, pô, leva acho que mais de 1000 brasileiros todo ano. Meu negócio é bem menos volume, é bem diferente, mas eles fazem um [ __ ] trabalho de escala, eles têm um esqueminha lá que praticamente todo mundo vive a mesma semana. que eu faço, que é diferente, que eu estudo cada grupo e faço bem específico, mas eles são incríveis. Pode ir que vocês não vão se arrepender. Nunca ninguém me falou mal. O cara que tá tocando lá, eu que contratei um fenômeno. O Vini é um baita cara. Eh, e deve ter outras empresas que fazem também, mas eu diria que vale muito, vai maximizar muito o teu tempo, mas vale do que lá bater perna, tá? Então, vale bem mais a pena você, você quer conhecer a China, procure alguém que te leve, é melhor do que você tentar. É melhor. É melhor. É igual, é o meu modelo. Você quer ir num museu e só ir lá e olhar e achar legal. Agora você pega um guia, pô, é outro, outra profundidade. Daí você escolher bem o guia, eu acho que é o melhor jeito. Eh, e quantos dias mais ou menos essas viagens? Cara, só de de volta vão ser 24 horas dentro do avião. Fora que não existe ainda um avião que te leve nem privado, você vai ter que parar e abastecer pelo menos. Eh, então, no mínimo você vai gastar uns 10 dias. Daí cinco dias muito focado e uns dias de turismo. Não existe como ir até a China e não ir na muralha. É um negócio que te mostra a capacidade de longo prazo, eh, de execução e de pensamento, de planejamento, a cidade proibida. Que é aquilo, cara? Eh, mas de novo, só ir na cidade proibida, sem ninguém te contando o que é, tem gente que vê valor. Eu sou mais cabeçudo, assim, eu gosto mais de entrar no detalhe, de perguntar e daí escolher alguém. Essa parte eu não faço de turismo, mas eu recomendo muito se for pela primeira vez. E aí, eh, enfim, agora uma dica que você já foi, Salomão pra China? Não, já fui pro Japão. Vamos mudar isso aí, Salomão. Não, eu eu quero muito ir. já tava até tentando planejar para esse ano, mas só de ter ido pro Japão já foi espetacular, assim, só muito mais de é é quase como se tivesse em outro planeta, né, quando você vai para algum para algum país do Oriente, né, porque você vê como uma sociedade que tem muito pouca influência do Ocidente. A gente percebe o quanto a gente é acostumado com certas influências, cara, que lá do outro lado do mundo é bem diferente. E o Japão e a China tem um embate. O Japão dominou várias partes da China e fez diversos massacres há menos de 100 anos. Então, tem gente que ouviu do vovô o que o japonês fez. Então, a rivalidade deles, o Brasil não tem com ninguém e a cultura deles é muito diferente. Eu falei que o chinês é muito estudioso, mas não educado. O o japonês é o oposto, é de uma educação, jeito que você é tratado por todo mundo o tempo todo. Você se sente um realmente um lord. Aham. É, então vale muito a pena para e se você gosta de aprender até o jeito por que a gente come o que come no café da manhã, da onde viu essa história de comer cereal, leite com cereal ou enfim, frutas, por quê? E daí você, enfim, você vai com olho aberto, mas vale a pena a China aí mesmo sem nenhum guia vai sozinho, vai qualquer jeito que você arrumar. Qual que é a cidade ou condado ou região na China que você fala, putz, isso aqui foi o que mais me surpreendeu para mim? Pô, a minha história é longa. E e eu, cara, eu tive agora, agora, agora, agora eman. Eu já tinha estado em, mas o an mudou o que significa pro mundo, porque foi onde, né, todo mundo sabe. E e o an é meio Chicago da China. É um hub geograficamente eh muito bem localizado, onde tá é é praticamente o mesmo tempo que leva para Beijim, para Shangai, para as principais cidades, para Chindu, para Shinjin. Então é muito bem localizado. E eles falam que o povo de é o povo de vários cérebros. Como assim vários cérebros? Porque é um povo tão comercial e como era num ponto de inflexão de porque o pessoal de beijinho até como lá eu contei para vocês um pouco da migração, você não pode pegar ir para outro lugar. Então, beijinho é mais ao norte, o pessoal é bem mais alto, fala diferente, é a mesma língua, mas fala diferente, mais o ar mais arrastado. É, no sul é muito mais calor. Mas enfim, essa última que eu tive eman, eles falam dos vários cérebros porque vem um cara de Pequim negociar com ele, ele sabe falar a língua do cara. Vem um cara do Sul, o Shanghai que fala o Shanghainês, que é o dialeto local, ele sabe lidar. Enfim. Então o Ram foi hoje, mas você vai para Tindu, cara. Tindu é a capital mundial dos pandas. A gente que é tarado pro futebol. Eh, Elson, que jogou no Botafogo. Sim, sim. Jogou no Grêmio com meu irmão. O Elxon chegou a ser o cara que mais marcou gols na história do futebol chinês. Ele foi o primeiro estrangeiro a vestir a camisa da seleção chinesa. Quando o Elxon veio jogar no no Grêmio, ele contou como estrangeiro, que ele tem cidadão, ele tem passaporte chinês e a China não comporta dois passaportes, só pode ter um. Eh, o Elxon Mor em Chandu. Esse é outro cara, anota aí para você entrevistar no teu, você tem um podcast de esporte, ele é um baita de um cara que conhece a China profundamente e é um baita de um cara e e se deu muito bem. O Elson jogou nessa cidade antes de se aposentar. Essa cidade é a capital mundial dos pandas. Essa cidade que a maioria do pessoal nunca ouviu falar, desde 2015 tem economia maior que da Noruega. Caramba. E essa cidade é a cidade cool da China. pessoal de Shangai, o pessoal de Pequim, as grandes marcas globais, elas investem nessa cidade para fazer o trend, para levar pras outras. E uma das minhas cidades favoritas no mundo, que me dá uma saudade, que até ontem eu conversei com a minha mulher, se a gente não vai passar um bom tempo lá, é Shanghai, cara. Porque uma cidade caminhável, extremamente caminhável, a cidade é gigante, infinita, mas tem o igual Manhattan, Manhatrata é muito grande, né? na Nova York, uma dos cidades mais populosas do mundo, mas você fica ali do Central Park para baixo, pô, dá para ir fazer a pé de boa, tranquilo. E e a China é absurdamente segura. Eh, então se for a tua primeira vez, cara, eh, o o óbvio e imperdível que tem que fazer como a primeira vez é Beijin Shangai. Porque numa cidade, num país onde o governo tem um peso tão desproporcional, Pequim é onde tá os grandes líderes políticos. Então, quem faz negócio grande na China acaba indo para Pequim com uma proporção muito elevada. Então, tem que passar por Pequim para respirar aquilo e daí chegar em Shangai, que Shangai é meio que a China gostaria que o mundo pensasse que é a China e é espetacular. Então, os meus programas que eu costumo fazer é deixa o pessoal chegar quando chegar, mas começa na segunda-feira em Pequim. Aí, então o pessoal geralmente passa o final de semana, cidade proibida, muralha e outras coisas. E aí, eh, road show segunda, terça e na quarta a gente pega o trembala, que pegar o trembala é uma [ __ ] experiência até Shangai e aí faz Shangai quarta, quinta e sexta, que talvez da China inteira os melhores lugares para estar quinta e sexta à noite, quem gosta do oba e de conhecer, que também é um bom maneira de explorar a cultura local. Uhum. É, é Shangai, a é a São Paulo. Ô, que da hora do Brasil. Já tá dando vontade de ir. Bom, vou entrar no ping-pong. Daria para ter um papo. Tem que ir, tem que ir. E com certeza eu vou. Se vai ser agora, sabe qual o problema, né? A gente tá vivendo aí o o próximo bull market. Tô totalmente alocado na bolsa. Se realmente vier o bull market, aí eu acho que já vai ficar mais fácil de Jeromel, cara, que aula foi sensacional. Agora o ping-pong é um pouco mais fácil. Vou perguntar para você. Livros, música, convidado e a maior gentileza que já te fizeram na vida. Só lembrando, todos os livros indicados pelos convidados do Marketmaker já são mais de 230 convidados. Você manda o e-mail para contato @memmakers. com.br. A gente manda a lista atualizada. Que maneiro. Me manda essa lista aí, por favor. Vou te mandar então o livro de mercado. Geralmente fala livro de mercado, mas como você veio para dar uma aula de China, pode indicar algum livro do assunto. Você já falou o seu, né? Mas o seu o pessoal já vai receber. Não, o meu vocês vão receber e assim a primeira leitura. Daí, cara, lê é muito fininho, muito fininho. E mudou o mundo os analetos de Confúcio. Então, Confúcio foi um sábio que não teve nenhum imperador para chamar de seu. Tipo, nenhum imperador contratou o cara. É, quando ele morreu, os os discípulos dele escreveram esse livrinho. E aí um um imperador pegou esse livrinho, falou: “Pô, quer saber? Vou usar isso aqui. Por quê? Porque o que todo imperador, ditador quer o quê? Se manter no poder.” Eu falou: “Com isso aqui eu vou me manter no poder.” E aí que que falava? Falava: “Cara, para você se manter no poder, você tem que ter os melhores do império contigo. Como é que você escolhe os melhores do império? Através de uma prova”. Só que não era um vestibular. Nego morria fazendo a prova, media várias coisas. Claro, né? Faz mais de 2000 anos. Então, só homem podia fazer a prova, mas era normalo, vô e pai fazer a prova. Só que nessa época na Europa, lembra, nasceu vassalo, morreu vassalo, não tinha ascensão de classe social, nasceu camponês, não tem o que fazer, vai morrer camponês. Na China, nasceu na base da pirâmide, tem um jeito de melhorar de vida, como passando numa prova. Então, faz mais de 2000 anos que o chinês pensa: “Porra, se meu filho passar numa prova, ele vai melhorar de vida”. Então, o confuscianismo é fundamental para entender a China. Esse livro é é delicioso. Já vou comprar aqui agora. E o livro Tema Livre. Tema livre, cara. Lá na radar, dois livros que a gente fazia qualquer um para ser entrevistado ler, era o do Howard Marx, 10 Most Things. Esse era era fundamental. E o do Sef Clarman lá, o Ah, e o do CF Claron, como é que é o nome mesmo? Ah, eu vou encontrar porque a gente já falou dele. [ __ ] li tantas vezes. É meu livro de cabeceira. Mas o Margin of Safety, Margin of Safety. Esses eram os dois livros que realmente, já que estamos aqui no mercado financeiro. Uhum. São as as E daí eu comentei um, né, que para mim, para quem é jovem aí, essa filosofia que não é óbvia de de apostar nas tuas fortalezas e e ficar melhor que nem o melhor jogador de futebol do mundo, o Messi não defende, não chuta com a direita, não cabeceia, ele tem aquela perninha esquerda. Eh, mas aquela perninha esquerda fez o cara um dos maiores da história. Então, que o Pelé não é tão humano, né? Então, não dá para ser bom em tudo. Então, passar aquele tempo se aprofundando e descobrindo que isso é bom e gastar tempo naquilo. Então, o Strangferinder, que eu não lembro o autor, mas Strangefinder 2.0 é um é um livro que teve um grande impacto na minha jornada. E aí, cara, dois livros que eu tenho que recomendar. Quem gosta de educação, o livro do Renato Feder, quando ele saiu da Secretaria de Educação do Estado do Paraná, hoje ele é o secretário de educação do estado de São Paulo. Se você mexe com educação pública, se educação é importante, lê esse livro. E o livro do Antônio Carlos Piponze, contando uma das jornadas empresariais mais inspiradoras. E eu sou muito amigo do filho dele, assim, eu gosto muito quando o cara para mim que tem sucesso é quando eu conheço a família e o cara e o Renato e o Antônio conheço e é cara, eu para mim não tem grande sucesso se o cara fez grandes coisas, tipo, admiro muito menos o Steve Job sabendo todas essas merdas que o cara tratou a filha. Eh, mas claro, o cara mudou o mundo e cada um na sua, mas o que para mim eu admiro também é é mais holístico. Sim. E esses dois aí são pessoas que eu admiro. Tenho que acelerar, tenho que acelerar a leitura do Pipon porque em breve ele vai estar aqui no Marketmers. Mudou o mundo, cara. Mudou o Brasil. Eh, que é isso? Mais de 2.000 eh farmácias. Eh, não é nada, faz parecer fácil um dos business mais difíceis. Os caras são e ele é incrível, cara. Agora o livro pede dica de paternidade para ele que ele vai dar aula que eu peço direto para ele porque é pô vou anotar aqui o a audiência tem pedido um programa sobre isso e agora o livro para não ler. O livro para não ler tem mesmo que dá, [ __ ] Ah, se você quiser pular a gente deixa eu pular eu volto aí. Vai, tá? Ó, um livro que eu odeio. Você vai pensando enquanto eu faço as outras. Uma música e por que essa música? Uma música. Cara, minha empresa, a gente tem até um playlist. Eh, quer pegar aí, consultar os Ah, não, uma música, pô, são tantas, Salomão. Eh, cara, o hino do Grêmio, né? O hino do Grêmio é incrível, cara. Ah, até a pé. Nós iremos. Eu sei que você palmeiras fanático, mas você adoraria, você adoraria que essa, que essa linha fosse fosse do Palmeiras, né? Não, não. Eu eu acho que eu eu tinha quando era jovem, jovem, quando era criança, tinha aquele CD da placar dos hinos e eu não vou saber quem era o intérprete, mas o hino do Grêmio era uma era um cara, uma música bem uma versão bem calma, pô. Ficou foi um dos mais bonitos ali do aí do desse CD, cara. Eh, não, eu respeito muito o Grêmio, assim, eu até eu já falei com o Lucas Leiva, que é um investidor e eu falo para ele isso, né? o cara que vivenciou a batalha dos aflitos. Esse cara tem um lugar no céu, assim, é, foi um dos episódios para quem gosta de futebol, talvez o episódio mais incrível da história do futebol. Então, e o Grêmio? Não, o hino do Grêmio arrepia, cara. Arrepia realmente que torcida, que história, que time. E que que da hora pro seu irmão que jogou no seu irmão, imagino que também é é gremista, né? Jogou no time do coração. Você é do [ __ ] né? A gente cresceu aqui em São Paulo, né? Ele ele ficou muitos anos na Europa. Quando ele chegou no Grêmio, ele tinha 28 anos, completamente desacreditado. Primeira vez que ele foi reserva na carreira foi no Grêmio. Quando ele começou tinha um cara lá que era o técnico, colocava o Erley no lar dele, eu ficava louco. Um como assim? Mas o campeonato gaúcho é o time vai ganhando, não tem como. Acho que nos últimos, enfim. Eh, e aí primeiro jogo dele, acho que ele marcou um gol contra. Ele só chegou na seleção depois dos 30 anos e jogou a C de 2018. É um, é um ba é o melhor irmão do mundo, é um baita cara, é um investidor também, cuida, cuida muito bem cuidado das coisas dele, não faz loucura. É um, é um baita cara da hora. Eh, um convidado que você gostaria de ver aqui no Marketmers, você já chamou o Antônio Carlos Piponze? Já vai vir aí o Renato Feder já chamou? Não, Renato Fed, ele foi se da Multilaser, agora tá na Secretaria de Educação, meu amigo Ricardo Roldão, esse aí é uma lenda, eh, que você vai gostar muito de conversar com ele. Eh, então já quando o episódio for pro ar, já encaminha para eles já falando, ó, o Salomão vai enchaçar com Tem tantos antes da gente começar aí que eu te falei, não, já fiz a lista ali, cara. O Romeu Dominguez de saúde é um professor chairman da DASA, a maior empresa do setor, foi CEO, vendeu uma empresa empreendedorzão, é um baita cara. Eh, o Brasil tá cheio de de grandes eh pessoas de de Vici, cara. Tem uma turma legal também, não sei se já entrevistou os os grandes gestores de VC aqui do Brasil, alguns. Então, é uma turma muito boa. O Tem um cara que é muito divertido, que todo pulo vai gostar muito e que eu gosto em visto lá no no fundo dele, é o Gus da Norte, o Salomão, o Gus Arendes, é o sobrinho dele. Ah, tá. Não é a norte. A Norte Asset não chama Norte Vic, eu acho. Ah, tá. É que tem o Gustavo da Norte Asset. Essa essa é um VC. É um é um é um é um fundo pequeno, mas que cara, o portfólio absurdo, o cara conhece todo mundo. E o jogo de VC não é norf, não é um jogo de seleção de ativos igual de ação. É um é um não é um, eles falam, não é um asset class, é um access class. É uma classe de acesso. Aham. O Patrick da Alexia, anota aí, Patrick é um monstro do do SAS, um monstro. A Naddia da da Girv, sabe tudo de saúde, pô. Vou fazer. E e tem dois caras que aí você tem que trazer os dois irmãos, que é o Derek e o Thomas da Indicator Capital, o maior fundo de IoT da América Latina. Eu tô no conselho lá, quem tá no conselho comigo é é o Rafa Stenhauser e esses dois irmãos, cara. Tem um sócio que fica no vale, que é o Fábio, que tocava em TEL Capital lá. E aí eu tinha essa coisa da internet das coisas, os caras criaram que é o maior fundo da América Latina, tem a Qualcompi e o BNDS. Então vai ter um, faz parte do plano nacional de IoT. Então imagina, não tem lei. Quando tudo tiver conectado vai ter que ter lei. Então os caras é esses dois aí também são excepcionais, cara. E eles são da família donas pernambucanas, então já vem de família empresarial. H, vou fazer o seguinte, então, ó. Você conseguir todos esses nomes aí, eu te dou um podcast, você já entrevista eles aqui, a gente já faz um bem bolado aí. Ah, a maior gentileza que já te fizeram na vida, cara. Não vou ser, vou falar mais de uma, mas cada chefe, agora que eu tenho a minha empresa, eu Pedro Batista e Mário Campos foram meus chefes na radar. Cara, esses caras são mais do que como criar a cultura de uma empresa. Eu fui trabalhar com eles porque eu falei, né, eu organizo os grupos pra China e aí foram só os sócios. sa das reuniões, era um quebra-pau tão a meritocracia das ideias assim de realmente que às vezes tá como empresa, você sabe direitinho quem manda, porque saiu, vai rolar aquela ideia do que que você achou, do que que você não achou, nego só tá querendo agradar o chefe ou que um fala não tem muito aquela troca. E ali não era sobre o Salomão falou: “Tá certo.” Eu fiquei muito encantado com aquela cultura e ter sido sócio deles, ter vivido aquilo para mim é coisas que eu vou levar não só com profissional, mas para dentro de casa mesmo, para meus netos. É coisa que eu comento com o meu irmão, com o meu pai o tempo inteiro. São caras assim, tão tão numa missão de vida e honra ter podido estar nas trincheiras com eles. Aí antes disso, meus chefes no meu primeiro emprego na Nobel, o Marcos Cimant, que é um corintiano gente boa, e o Ives Pach, que é um suíço de alma brasileira, que esse cara eu peguei uma uma doença que ninguém descobriu o que que era e fiquei internado no hospital na Suíça por três semanas. Aí chegou um dia lá, ele falou: “Não, cara, você tá, eu tinha de me formar, tinha 20 e poucos anos, tô com 38 agora”. Falou: “Não, cara, você tá faltando é carinho para você, vem aqui para minha casa, vou cuidar de você”. Falei: “Que isso, cara?” Esse o médico foi contra, falou que se ele tiver pode ser transmissível, ele tinha bebê em casa. Ele me levou pra casa dele e aí eu fui melhorando, tal. Mas tipo, o cara expôs a família dele, um maluco que ele conhecia há poucas semanas, eh, e é meu amigão até hoje e joga bola também. Eh, e na al Forbes, as minhas duas chefes, Luía Crow e Carry Dollan, que não falam português ainda, mas que que eu enchi de saco dessas mulheres, cara, elas terem tanta paciência de gastar tempo na minha escrita, eh, nas minhas metodologias e sempre com a porta aberta. E elas não tinham tanto a ganhar assim, gastando tanto tempo comigo. Realmente eu tento levar um pouquinho delas para cada um na minha empresa. Nós estamos com com algumas pessoas lá no time. Se eu for um pouquinho só de cada um desses chefes, já [ __ ] eh, seria tenho muito ainda, mas sou muito grato. E acima de tudo, a minha esposa, né, que aguenta, aguenta tanta viagem, aguenta tanta coisa e tá sempre lá. Ela é tudo da hora, pô. Que maravilha. Bom, Ricardo Jeromel, obrigado pela aula de China e obrigado também pela aula de de vida, assim, acho que é uma construção de você criou uma carreira, é uma profissão que não existe. Parece que você foi construindo isso seguindo muito a sua paixão, essa vontade de aprender. O Diamond, o Diamond. Vou te mandar depois o vídeo do Cloves de Barros explicando isso aí. Depois que a gente entrevistou o Cloves de Barros aqui, a gente ficou meio e clovilizado, né? Isso a gente ficou quase que um não, mas você vai pra China comigo e você vai, vamos fazer essa organização, ó, já vai ter um a gente vai jogar futebol junto, vai ter saída pra China e você ganha um podcast aqui, ó. Tem não, essa galera, essa galera eles são mais off the record assim, mas é uma galera que são meus professores, cara. Todo mundo que eu falei aí nos assuntos que eu preciso, eu ligo para eles, eles são disponíveis. Todos esses fundos aí eu invisto e tão sabe, skin ining the game mesmo. E e são pessoas que eu realmente são diferenciadas, cara. O Brasil tá cheio. Da hora. Bom, porta do marketer sempre aberta para você, meu querido. Valeu. Valeu, Salomão. Obrigado, viu? Saidiana. Você que viu até o final, joinha no vídeo, se inscreve no canal. Toda terça e quinta, 18 horas, episódio novo aqui. A gente se vê numa próxima e tchau. [Música]







