Como a TAM virou a maior companhia aérea do país | A História da TAM EP.2
0no episódio anterior você viu que antes de se tornar uma gigante da aviação a Tan era apenas um sonho e no centro dele havia um piloto persistente Rolin Amaro do sertão paulista A selva amazônica ele enfrentou de tudo para voar ele fundou sua própria empresa entrou como sócio Nathan impôs disciplina trocou a frota e assumiu riscos com o novo sistema de aviação regional a companhia decolou mas o sucesso trouxe tensões sua parceria com Orlando Ometo começou a ruir e agora com o controle da empresa ao alcance Rolin está pronto para dar o passo que mudará para sempre a história da Tanã seja bem-vindo ao segundo episódio que conta a história da gigante aérea brasileira a T mas antes por favor não se esqueça já deixa teu like no vídeo se inscreve no canal e ativa as notificações toda semana as curiosidades mais interessantes do mundo dos negócios você encontra aqui no Curioso [Música] Mercado em 1965 um ano depois de entrar como sócio Natan o empresário Tião Maia se desentendeu com o governo Geisel e desiludido com o Brasil decidiu se mudar para Austrália onde se tornaria um grande produtor de gados lá recebeu a visita de Orlando Ometo e entre uma conversa e outra vendeu os seus 33% na T sem avisar a Ronin Amaro o outro sócio da empresa quando soube da transação Rolin ficou furioso para ele aquilo quebrava o pacto entre os sócios quando alguém saísse a sociedade deveria voltar ao formato anterior então ele confrontou Orlando que respondeu: “Abre aspas: “Bom negócio não é sociedade equilibrada é sociedade lucrativa.” Fecha aspas a relação entre os dois azedou rolin com 33% sentia-se apenas um executor sob o controle dos 67% de Orlando que passou a nomear diretores e conselheiros ligados ao seu grupo inclusive seu sobrinho Ruben Zometo para a presidência do conselho da Tan além disso seu cunhado e braço direito na área financeira Daniel Mandelli Martim foi forçado a sair em pouco tempo Rolin ficou isolado dentro da empresa na época a ia mal o governo havia congelado tarifas aéreas e o setor enfrentava as consequências da crise do petróleo a tensão interna entre os sócios agravava ainda mais a situação da empresa rubens sobrinho de Orlando sugeriu que um dos dois comprasse a parte do outro as conversas foram longas e frustrantes e depois de 9 meses de negociação tudo mudou em um encontro no hangar um quando Orlando falou que a sua parte valia cerca de 2 milhões de dólares certo de que Rolin não teria como pagar foi surpreendido rolin sacou um cheque e preencheu o valor na hora o cheque estava sem fundos mas entre empresários do interior a palavra valia mais do que o papel mesmo sem um contrato formal aquele aceite era a chancela do negócio mas agora existia um problema como ele iria pagar os 2 milhões de dólares começava ali a negociação para formalizar o pagamento em promissórias rolin reassumiu o comando financeiro e trouxe Daniel de volta tentou de tudo vendeu aviões cortou custos pediu ajuda aos funcionários mas mesmo assim não foi suficiente então foi ao Dak e conseguiu uma permissão estratégica inverter as rotas dos voos partindo de São Paulo para o interior o que aumentou a ocupação das aeronaves mesmo assim ainda faltava dinheiro então cogitou parar de pagar o seguro dos aviões o que renderia boa parte da quantia que precisava a decisão era arriscada em dúvida ele almoçou com o antigo parceiro americano Richard Hoger que foi direto abre aspas se não pode pagar o seguro pareiões não se faz aviação sem seguros fecha aspas a frase o atingiu como um soco ligou para sua equipe e ordenou: “Se não houver seguro par em todos os aviões.” Milagrosamente na mesma noite todos os aviões estavam segurados e no dia seguinte um lierget da Tan caiu na baia de Guanabara ninguém se feriu mas o avião foi perdido com o seguro renovado na última hora Rolin não apenas salvou a empresa mas garantiu o pagamento das parcelas de sua dívida com Orlando antes de assinar oficialmente o contrato da compra Orlando quis resolver a questão de uma fazenda que os dois tinham em sociedade rolin pegou um papel e escreveu um recibo no valor de um cruzeiro abre aspas estou comprando a Tan que é a minha vida o resto não vale nada fecha aspas disse Rolim orlando aceitou em 15 de setembro de 1977 dia do seu aniversário Rolin comprou a Tand de vez no dia seguinte dormiu até mais tarde e pela primeira vez em anos acordou sem dor daquela crise Rolin tirou lições importantes passou a priorizar pessoas não negócios preferia lidar com bons homens mesmo em má situações do que fazer bons negócios com pessoas ruins e mais adotou a filosofia de que o dirigente não poderia se afastar do chão da empresa para ele o presidente era o primeiro servidor do cliente e os funcionários deveriam se inspirar nele era esse espírito que ele passaria a cultivar na nova fase da Tan [Música] ao separar-se de Orlando Meto Rolin Amaro ficou com a maior empresa que já tiver em mãos e também com seu maior desafio mas a T ainda era uma companhia frágil com pouco mercado muitos problemas operacionais e uma dívida considerável o ano de 1978 foi dedicado à reestruturação total da companhia rolin demitiu funcionários eliminou departamentos e concentrou a empresa apenas naquilo que realmente importava o transporte de passageiros tirou da folha todos que não estavam envolvidos diretamente com essa atividade rolin não podia controlar as receitas pois as tarifas eram tabeladas pelo governo então o controle das despesas era sua principal ferramenta de gestão ele reduziu a frota e rotas e passou a administrar a T com um grupo de diretores bastante inxuto assim a tomada de decisões era rápida direta e sem burocracia mas havia um problema de bastidores após a saída de Orlando Rolin precisou substituir os avis bancários que garantiam os financiamentos da empresa sem a figura poderosa do Zometo ao lado ele enfrentou o preconceito do sistema financeiro rolin tinha apenas 35 anos e não era dono de terras como seus antigos sócios foi recusado por banqueiros tradicionais ao tentar colocar outros avalistas desesperado buscou a ajuda de George Volnei Atala um magnata do setor sucro alcoleiro que conhecia dos tempos que pilotava aviões monomotores a Tala autorizou Rolin a usar seu nome em todos os compromissos bancários e assim Rolin conseguiu um empréstimo com os irmãos Pedro e Armando Conde assim Rolin quitou suas dívidas e concentrou a exposição financeira da empresa apenas no BCN onde tinha boa relação a Tan enfim estava voando por conta própria porém mesmo com as contas em ordem e a equipe mais engajada a frota ainda era um problema os aviões eram caros pouco rentáveis e a quebra de uma única aeronave colocava toda a operação em risco na busca por mais receita Rolin aumentou o número de voos mas isso não bastava e ele logo entendeu que para crescer precisava de aviões melhores mas importar aviões era proibido a Imbraer detinha um monopólio e o governo impunha a compra de modelos nacionais rolin odiava o Bandeirante e odiava ainda mais ser obrigado a comprá-lo foi aí que decidiu quebrar o monopólio estudou modelos disponíveis e escolheu o Fer 27 um turbo hélice holandês esse era um avião mais confortável pressurizado e com um custo benefício melhor mas ele não tinha dinheiro nem autorização do governo para importá-lo mesmo assim embarcou para a Europa com sua pastinha na mão e um inglês improvisado chegou à sede da Foker na Holanda e disse que queria três aviões não tinha o dinheiro nem a permissão mas queria garantir os aparelhos e ele conseguiu a Fer aceitou reformar os aviões e aguardaria o pagamento de uma entrada de 450.000 com a minuta do contrato em mãos foi a Houston no Texas onde com o apoio de Atala conseguiu um empréstimo no Texas Commerce Bank aprovado por ninguém menos que John Connel agora restava conseguir a liberação do governo brasileiro rolin apostou na influência de seu antigo contato o brigadeiro Délio Jardim de Matos que acabara de assumir o ministério da Aeronáutica délio gostava de Rolin e tentou encontrar uma brecha no sistema o aviso ministerial número cinco autorizou a importação e assim depois de meses de espera e um risco gigantesco os três primeiros FOCER 27 chegaram ao Brasil para pagar a operação Rolin vendeu aviões do seu táxi aéreo um a um os monomotores da Tan original foram virando capital para a nova empresa de transporte regional e deu certo a TAN trocou nove voos diários desconfortáveis por três voos eficientes e confortáveis pela primeira vez Rolin tinha um avião à altura do serviço que prometia uma das maiores emoções que eu tive na minha vida e foi do rolinho também foi quando chegou o nosso primeiro F27 em 1980 e aquilo não foi só eu que chorei meu Deus do céu eu fiquei imaginando mas que tamanho que tá a Tã que nós começamos com um aviãozinho monomotor no C 1970 que levava só quatro passageiros que tá lá no museu foi nesse contexto também que Rolin amadureceu uma convicção sua gestão precisava ser horizontal todos deveriam ter os mesmos direitos e deveres inclusive ele mas mesmo com os investimentos realizados a realidade era bastante dura [Música] nos anos 1980 a T ainda era uma pequena companhia regional mesmo com os aviões mais modernos como os FO 27 que chegaram em 1980 a empresa ainda operava no fio da navalha dependia de subsídios estatais tinha gestão familiar e carecia de profissionalismo isso começou a mudar com a chegada do brigadeiro Pamplona que impôs método e disciplina separando os negócios da família e preparando a Tan para crescer com base em mérito o comandante Rolin seguia na empresa e inspeccionava os aviões pessoalmente às 6 horas da manhã e terceirizava tudo que não fosse essencial focado em excelência mas o cenário econômico era cruel em 1983 após comprar dois FOER 27 novinhos o Brasil mergulhou em uma crise cambial com dívidas em dólar e receitas em cruzeiros a TAN quase quebrou para sobreviver Rolin vendeu ativos renegociou dívidas e lançou o ousado programa Roupa Boa Não Encole no qual funcionários cederam parte do salário em troca de ações futuras da TAN sabendo que a aviação regional era arriscada Rolin reativou o negócio de táxi aéreo tornando-se representante da Cesna no Brasil seu modelo baseado em serviço e confiança deu muito certo enquanto isso o mercado doméstico sofria com inflação tarifas congeladas e planos econômicos mal executados e mesmo assim Rolinvia oportunidades em 1986 comprou a frota da endividada Votec e criou a Brasil Central que somada a TAN passou a operar metade do mercado regional mas o crescimento veio acompanhado de dívidas a T a Brasil Central faturavam 45 milhões de dólares mas deviam 80 milhões de dólares além disso internamente havia tensões rolin era visto como um visionário mas impulsivo tomava decisões com base em seu faro às vezes ouvindo mais os funcionários do chão de fábrica do que seus diretores a pior fase veio entre 1986 e 1987 com a implosão do plano cruzado e o congelamento de tarifas enquanto concorrentes como a Varg tinham receitas em dólar a Tan enfrentava custos crescentes e margens evaporando com o fracasso do plano Brester a situação se agravou um bilhete da T chegou a custar menos do que uma corrida de táxi até o aeroporto sem alternativas novamente Rolin cortou custos vendeu aviões e reduziu operações aan respirava por aparelhos o acidente de 1989 em Bauru foi um golpe duro um Foker 27 invadiu uma rua matando uma mãe e uma criança o comandante morreu dias depois a como foi grande e pouco tempo depois Rolin perdeu o brigadeiro Pamplona seu conselheiro mais fiel parecia o fim mas como um piloto experiente em meio à tempestade Rolin decidiu que era hora de recomeçar [Música] no final da década de 1980 o Brasil cambaleava entre planos econômicos fracassados e uma inflação descontrolada nesse cenário caótico Rolin Amaro seguiu tentando fazer a tanda decolar apesar das dificuldades Rolin conseguiu uma façanha quebrou o monopólio da ponte aérea Rio São Paulo e passou a operar seus Foker 27 na rota mais cobiçada do país mesmo com aviões menores e barulhentos conquistou os passageiros com pontualidade atendimento de excelência e respeito algo raro no setor aéreo da época mas a vitória durou pouco em novembro de 1989 a ponte aérea foi entregue aos jatos os turboélices da Tan ficaram para trás ainda assim Rolin tinha provado seu ponto quando havia competição justa ele sabia vencer esse episódio acendeu algo maior o desejo de comprar a VASP então a segunda maior companhia aérea do país mergulhada em dívidas e prestes a ser privatizada rolin estava determinado tentou convencer a Varg a ser sua sócia sem sucesso então correu atrás de apoio no mercado financeiro formando um consórcio com o Banco SLR Hnover e a Brasil Par e chegou a estudar maneiras de assumir as dívidas da VASP com títulos públicos descontados mas a maré não ajudava o plano color confiscou a poupança da população e desestruturou ainda mais a economia e nos bastidores surgiu um novo competidor Wagner Canhedo empresário do setor de ônibus com conexões políticas e o apoio do governo Color canhedo articulou um consórcio de 3.500 funcionários da VASP e recebeu o suporte silencioso de figuras poderosas como PC Farias rolin tentou resistir procurou o governo buscou garantias consultou a ministra Zélia Cardoso de Melo mas a três dias do leilão sem respaldo oficial teve que desistir a derrota foi dura mas como sempre virou o combustível nos meses seguintes denúncias sobre o favorecimento político a Canhedo e o envolvimento de PCarias ganharam força em parte sopradas pelo próprio Rolim a VASP afundaria sobre a gestão de Canhedo enquanto a Tan se preparava para voos mais altos com o fim do monopólio dos voos internacionais e uma abertura maior no setor Rolin reafirmou seu propósito: “Não queria ser grande por influência queria ser grande por mérito.” E foi aí que tirou da gaveta o projeto Evolução um plano ambicioso para transformar a Tã na maior companhia aérea do Brasil com trabalho disciplina e visão porque mesmo depois das maiores turbulências Rolin Amaro ainda acreditava que era possível voar mais [Música] alto rolin Amaro seguia seu propósito crescimento com qualidade controle e foco no cliente desde 1989 havia apostado nos Jatos Fer 100 modernos silenciosos e ideais para operar nos aeroportos centrais sem dinheiro mas com credibilidade fechou um acordo ousado com a Guinpeit Aviation alugaria os aviões com tudo incluso só que operar jatos exigiu uma T diferente mais profissional então Rolin reformulou a companhia até mesmo interferindo no design da logomarca chegando até a fraudar uma votação interna para garantir a versão que queria os Fer 100 chegaram ao Brasil em 1990 discretamente rotulados como aviões regionais embora fossem visivelmente grandes para burlar as regras do governo Rolin criou rotas com escala entre capitais mantendo a aparência de regional mas o plano quase afundou os voos com escala não atraíam passageiros e os altos custos do leasing acumulavam aan chegou no fim do ano com aviões no chão e nenhuma parcela paga rolim para variar não desistiu viajou até a Irlanda para renegociar suas dívidas e voltou com uma nova estratégia não bastava ter um avião moderno era preciso conquistar o passageiro então ele mesmo passou a abordar clientes nos embarques rolin explicava o que era o Fer contava a história da empresa e agradecia pela confiança assim ele criava vínculos pessoais e aos poucos o boca a boca funcionou com a frota dobrada Rolling definiu o modelo ideal rotas curtas voos frequentes e serviço impecável nada de guerras de preço ele acreditava que abaixar a tarifa desvalorizava o serviço se o cliente pagava mais deveria receber algo melhor essa obsessão por excelência se tornava marca registrada da Tan rolins pensionava pessoalmente a limpeza dos aviões com lenço branco no bolso definia a maquiagem das comissárias criava ações de marketing com doces personalizados sorteios e claro o emblemático tapete vermelho nos embarques símbolo máximo de respeito ao passageiro mais do que um empresário Rolin era um anfitrião conhecia clientes pelo nome colecionava cartões de visita e respondia a cartas inclusive às críticas mesmo ainda limitado por regras que impediam voos diretos entre capitais Rolin usava essas escalas obrigatórias como forma de protesto silencioso e seus clientes já fiéis murmuravam nas salas de embarque e nos bastidores de Brasília foi nesse clima que em 1991 o governo convocou uma conferência para redesenhar a aviação civil aan ainda era pequena mas Rolin foi se inscreveu nos debates e observou os gigantes tentou até uma aliança com a Varg mas ouviu: “Abre aspas temos dinheiro demais” fecha aspas o resultado da conferência mudou tudo o fim das capitanias hereditárias flexibilização das rotas e autorização para TAN operavoo diretos entre capitais a ponte aérea ainda pertenceria às grandes mas os filés do mercado doméstico agora estavam ao alcance de Rolin ele enxergou o futuro com clareza enquanto as gigantes disputavam o glamur das rotas internacionais ele focaria no executivo brasileiro alguém que valorizava tempo conforto e confiança o que acontece o comandante Rolim fica conversando com os passageiros no caso tem existem aqui três executivos eu vou interromper aqui desculpa eu vou interromper aliás eu encontro um executivo conhecido Miguel Grisga que é o presidente do Boticário eu quero saber o seguinte você como empresário né conhece muito bem a história do do e presidente de uma empresa não pode ficar aqui comandante faz favor a história a história com você vem aqui qual a a vamos dizer vamos dizer emoção ou a sensação você como presidente de uma empresa está obviamente nesse local que pertence a TAN sendo recebido ou de repente o comandante vem conversar como é que funciona isso para um presidente como você de uma outra companhia eu acho que é extremamente gratificante e ao ver uma companhia como Atanã também que eu acho que é prima pelo serviço que faz a nação e mostra como é viável uma companhia a dar certo no Brasil também a Tan enfim estava pronta para voar alto não por força política mas por merecimento mas Rolin viveria agora um novo temor e esse de ordem pessoal o ano de 1991 foi um ponto de virada para TAN com a abertura dos aeroportos centrais e o fim das amarras regulatórias a empresa finalmente conquistava seu espaço no mercado nacional rolin Amaro depois de anos apostando na excelência e na paciência estava prestes a voar mais alto do que nunca mas no auge dessa ascensão veio o choque um tumor nas cordas vocais para o comandante que sempre estivera no controle a notícia foi devastadora rolin submeteu-se a duas cirurgias nos Estados Unidos e após sobreviver percorreu 5.000 km de estrada sobre uma moto BMW mas o susto deixou marcas profundas e mudou o seu olhar sobre a vida eu nunca tive dúvida que eu ia me curar disso eu eu evidentemente se assusta num primeiro momento mas não tive dúvida que eu ia me curar disso por uma razão simples não há nenhum caso na minha família de uma encrenca como essa não é então eu não tinha dúvida disso agora quando você se depara com um problema desse você já imagina eu já enfrentei tudo quanto é emoção que um homem pode passar eu já fiz acrobacia já pilotei avião a jato corri de motocicleta que que os for querer mais não é verdade encranca de tudo que é ordem agora quando você dá de cara com um problema desse você diz: “Meu Deus passou tudo tão rápido eu não fiz nada” rolin redescobriu o tempo quis ser mais do que o se incansável tornou-se pai presente companheiro de viagens e apaixonado por motos aviões e cavalos encontrou a paz na fazenda Jaguar Undi onde vivia com simplicidade e deixava os números de lado mesmo assim não abandonou a Tan apenas redefiniu seu papel em 1992 criou o Fale com o presidente um canal direto com os passageiros foi criado um serviço muito interessante para quem voa pela que é o serviço fale com presidente é exatamente isso que a gente vai mostrar aqui para vocês nós estamos aqui nesse setor aonde todas as pessoas que eventualmente t algum problema alguma reclamação algum até claro elogios também as pessoas entram em contato com esse departamento e o comandante Rolim atende a todas as pessoas é impressionante o que tem de casos aqui interessantes mas a prova disso é que o próprio comandante está aqui já atendendo e assinando umas cartas quer dizer na realidade o pessoal às vezes critica faz algum elogio algum problema o senhor resolve tudo é inotável que depois que instituímos o serviço como cresceu a nossa comunicação com o cliente agora cresceu no no seguinte sentido 90% das ligações são sugestões quem liga fala com se um cliente um passageiro ligava quero falar com o presidente a reclamação senhor tem evidentemente eu tenho que me defender dos políticos que querem passagem de graça né evidentemente eu tenho que me defender de muitas pessoas que querem eh as benesses que pensando que uma empresa privada é uma é uma gorda vaca leiteira né eu preciso me defender dessa gente não é nada disso e não é nada disso mais do que uma ação de marketing era uma personificação da sua filosofia o cliente no centro de tudo escolheu para liderar o serviço Humberto de Angeles um antigo funcionário da VASP que anos antes confiara em sua palavra mesmo sem ver sua carteira era esse o tipo de espírito que ele queria perpetuar o projeto cresceu rapidamente em um ano recebeu quase 6.000 mensagens e Rolin respondia todas pessoalmente rolin virou também uma presença viva nos aeroportos pela manhã cumprimentava passageiros no saguão à tarde lia cartas ligava para clientes e resolvia problemas e à noite monitorava os detalhes da maquiagem das comissárias a limpeza dos tratores enquanto concorrentes se perdiam em guerras tarifárias e estruturas pesadas Rolin apostava no vínculo humano entendia que o passageiro fiel era conquistado com respeito escuta e ação rápida foi assim cliente a cliente gesto a gesto que a T começou a crescer de verdade não por propaganda não por lobby mas por confiança alô bom dia cavalheiro é ele prazer é meu joão Paulo de Rocha de Assis Moura tô à suas ordens enquanto suas concorrentes como Varg VASP e Transbrasil enfrentavam dívidas bilionárias mais gestão e tentativas frustradas de expansão a Tan crescia seus Fer 100 conquistavam passageiros a marca ganhava os aeroportos e a sua presença sempre próxima e teatral encantava o público em 1992 a Tan finalmente entrou na ponte aérea Rio São Paulo o programa Gnavita registra hoje mais um marco na história da T da TAM uma companhia que está crescendo em céus turbulentos na Aviação Comercial Nacional hoje vamos apresentar o voo inaugural da TAN com destino ao aeroporto Santos do Mon no Rio de Janeiro com a operação do Fersei vamos embarcar nesse avião e vamos ver esse novo serviço implantado ligando São Paulo ao Rio com direito à reserva com direito ao assento marcado através da Tã na sequência a Tã firmou um patrocínio com o São Paulo Futebol Clube estampando o logotipo da T nos uniformes os resultados foram excelentes já em 1993 a TAN dobrou a sua frota e a sua receita enquanto a concorrência vendia passagens baratas Rolin vendia experiência colocou pianos em Congonhas pintou aviões com gorros de Natal promoveu shows e criou programas como Dê-me uma Ideia e eu te darei um bilhete nesse momento entrou em cena Mauro Sales publicitário que entendeu logo que o maior ativo da Tan era o próprio Rolin foi ele quem criou o conceito da T do Rolin que virou identidade com isso vieram ações marcantes como o cartão fidelidade Simples e Direto Os Brindes Temáticos e O Mítico Passageiro Fantasma que viajava incógnito para testar o padrão de qualidade entre 1994 e 1996 a estabilidade trazida pelo plano real criou um cenário perfeito rolin investiu em tecnologia treinamento e cultura interna atan fechava 1996 com 70 aviões 96 destinos e lucros que subiam 142% ao ano enquanto os rivais derretiam a Tan disparava e as ações valorizavam mais de 500% ao mesmo tempo Rolin se tornava uma celebridade corporativa requisitado para palestras e empresas como IBM IGM ele falava com charme e improviso fascinado pelo Paraguai fundou a Tan Mercosul após comprar a falida estatal Lapsa a operação causou brigas internas e a saída do vice Ramiro Tojal mas reforçou a ideia de que Rolin era guiado por relações pessoais e promessas de palavras não por planilhas com a morte de seu mentor o brigadeiro Pamplona em 1994 Rolin sentia a falta de alguém que o desafiasse tecnicamente ainda assim sabia o que queria levar a Tã para o mercado internacional entre 1991 e 1996 a Tã deixou de ser uma companhia regional para se transformar na nova líder da aviação brasileira e isso aconteceu com um comando firme carismático e fora do comum de Rolin Amaro mas ele sonhava com algo maior com o céu do mundo todo e é isso que vamos ver no episódio final dessa série além da trágica morte do comandante e a fusão que criou a Latan agora eu sempre digo uma coisa que maior do que a qualidade do serviço que nós prestamos é só mesmo a nossa ambição né nós somos muito ambiciosos não é sem sem nenhuma causa e apenas com todo efeito que nós colocamos aqui o relógio ó São Paulo Nova York Los Angeles Paris e Tóquio você só quer dizer alguma coisa com isso não nós não estamos indo lá não é é mas just [Música]