COMO CRIAR UMA AMBIÇÃO?
0A ambição é um dos sentimentos mais poderosos que existe. Porque quando a gente pensa em feitos ambiciosos ou pessoas ambiciosas, a gente se foca muito no fim daquele caminho, no que foi conquistado. E na maioria das vezes a gente não vê ou até mesmo não se preocupa com todo o processo até aquilo ser obtido. e a gente acaba dando mais valor para coisas como determinação, convicção, que são sentimentos, formas de pensar e agir que fizeram com que você continuasse naquele caminho, mas foi a ambição que nunca deixou a chama morrer. E quando a gente olha de um ponto narrativo e olhando obras de ficção, a gente tem aquele famoso ditado que toda trama precisa de um conflito para alguma história acontecer. E se tem uma coisa que move muitas tramas é a ambição. Tradicionalmente, esse é um conceito ligado geralmente a uma figura vilanês, ou pelo menos antagônica. Muitas vezes a ambição é ligada a uma característica ruim, a ganância, a querer muito, sem se importar com os meios para isso. Porém, em alguns casos, ela consegue ser representada de uma maneira um pouco fora da caixa. E o personagem, que na minha opinião é a personificação desse conceito, tanto pro lado bom quanto pro lado ruim, é a Se Kingdom, o homem destinado a unificar a China. E antes da gente mergulhar nesse personagem, eu devo dizer que esse vídeo conterá spoilers sobre o mangá de Kingdom. Então, esteja avisado. Então, começando o vídeo. [ __ ] que que foi? Que que tá atrapalhando aí, cara? Um minutinho, rapaziada. [ __ ] [ __ ] Tomar no cu. Kingdom, para quem não sabe, é uma obra que retrata a unificação da China no período dos Estados Combatentes, o momento onde a China era dividida em sete grandes estados que viviam em constantes guerras. Isso tudo bem antes de Cristo, tá bom? E nós acompanhamos essa história pela perspectiva do estado de quem, que foi o estado responsável pela unificação. E nessa história nós acompanhamos a trajetória de Shin, um ex-escravo que um dia se tornará um dos maiores generais da China, que é o nosso protagonista. Porém, no seu primeiro capítulo, a gente começa a ver essa história sobre a ótica de dois protagonistas e não de um só. Estamos falando da trajetória de Shin, que você já conhece, e Rio, o seu melhor amigo, que também é um escravo junto com ele, na qual ambos tem o grandioso sonho de um dia serem os grandes generais da China, mesmo que tenha uma origem que façam que seja quase impossível esse processo. Porém, em determinado momento, um oficial do governo de Kim fala pra Ry que ele chamou atenção e a partir de agora ele irá trabalhar no palácio real, aparentemente abandonando a vida escrava e tendo uma ascensão nunca antes vista, o que faz com que Shin fique sozinho nessa. Só que depois de alguns dias, Rio aparece na sua porta sangrando e mesmo morrendo, ele mantém determinada, entrega o mapa pro Shin e fala para ele levar essa [ __ ] toda a sério. Então, depois disso, seu melhor amigo morre na sua frente, fazendo com que o grande sonho deles dois virarem grandes generais se mantenha só no shim. Essa para mim é uma virada muito corajosa, logo no primeiro capítulo da obra para mostrar muito bem que Kingdom é um seen, né? Não é um bert shonenzinho. Talvez pra gente estar tão acostumado, né, com o formato shonen de ver certas obras, porque obras shonen são muito mais famosas do Brasil, a gente consumiu muito mais decorrer da nossa vida. Eu acho que todo mundo que leu esse primeiro capítulo de Kingdom achou que o Rio poderia ir lá pro Palácio Real e depois lá na frente ele, Shin se reencontrariam. Uma pegada meio Black Clover com asta e Yuno. Mas não, desde o primeiro capítulo, esse mangá faz questão da realidade bater na porta de qualquer um. Shin segue o mapa que seu amigo lhe entregou e ele passa por caminhos tortuosos, vários desafios e depois chegando até a marcação do mapa, que seria uma cabana no meio do nada, ele se pergunta pelo que você morreu e por você me guiou até aqui. E entrando na cabana, ele vê um jovem e logo entra em choque porque ele vê Rio na sua frente. Mas esse moleque logo o corrige e diz que o nome dele é Sei. Ele segue algum tempo juntos com Shin, não entendendo que [ __ ] é essa, até que um assassino aparece e ameaça sei de morte, falando que ele é o rei de King. E sei. Na hora Shin já percebe tudo. Desde o começo, Rio só foi levado ao palácio porque era parecido com o rei e ele foi confundido com o rei e assassinado. O sóia fez o seu trabalho. Isso era uma prática bem comum. Antigamente pessoas muito importantes tinham sosias para que se algo acontecesse, isso aconteceria com o sóziia. Isso também é uma prática recorrente no mundo do crime, aonde grandes chefões tinham que ter seusas. Mas entendo que ele dá com problema na sua frente. Ele tá quase matando aquele assassino que não se provou o grande desafio, sendo que na hora da morte ele suplica por piedade, falando que tem família, tem filhos e o cara. Nesse momento, Shin hesita e está disposto a perdoá-lo, sendo que Ai corta sua cabeça de maneira fria e diz que os seus filhos não tem nada a ver com os seus crimes. Depois disso, ele olha pro Shin, já que ele sabe que o garoto culpa ele pela morte de Rio. Então, se você tentar me matar, eu não vou ficar quieto. Muitas pessoas morreram para proteger a minha vida e um deles foi Rio. Entendendo que proteger o rei Ei era o que Rio queria, ele se junta a ele e agora começa o seguir. Vemos então essa união e dinâmica acontecendo pela primeira vez, né? Shin ei, garotos com a mesma idade, mas ao mesmo tempo que Shin foi exposto a uma realidade viver como um escravo, ele sempre foi um garoto sonhador que, apesar de ter essa origem, nunca deixou de querer ocupar um dos postos mais respeitados de uma China guerreira, que é o posto de um grande general. Apesar dos apesares a sua infância e seus sonhos infantis foram preservados muito por causa do Rio, né, por causa dessa união de amizade. Mas vemos emi, no que deveria ser uma criança privilegiada por ser o rei dessa província, um garoto extremamente históico, sério e frio, alguém que dá para ver que foi forçado a amadurecer muito cedo. Eles têm uma dinâmica tão única, porque é claramente a diferença de um personagem emocional e um personagem racional. Shin é um garoto movido por instinto, movido pelo momento, na mesma medida que ele é violento, ele é empático. Enquanto AI é um cubo de gelo perante aqueles que lhe representam perigo, porque ele sabe que a sua existência como rei é digna de inúmeros sacrifícios e ele não pretende deshonrá-los. Então é como se ele não tivesse o luxo de ser emocional. Aí você me pergunta, por que tem assassinos caçando o rei de Kim? Porque ele tava escondido num cabana no meio do nada. É simples. O irmão J se deu um golpe nele, tomou o trono a força e agora tá tentando matar o Ei e todos seus aliados. Visto isso, se Ei quiser reividicar seu trono e batalhar contra seu irmão, que tomou a capital para ele, ele precisa de aliados fortes o suficiente, o que faz ele, Shin e seu grupo irem até as montanhas, tentar conversar com as tribos das montanhas que são lideradas por um grande rei, Yotama. E é importante dizer que o povo das cidades, o povo, entre aspas, civilizado, tem uma richa meio histórica com as tribos das montanhas. Eles não se dão bem e vivem isolados, né? Cada um no seu quadrado, basicamente. E é exatamente isso que Otama fala parecer quando ele suplica por suas forças. Ele diz que há centenas de anos atrás, um homem da capital de Kim, um homem chamado Dukimu, teve uma espécie de aliança com o povo da montanha, fez algumas construções e tal, sendo que depois que esse cara morreu, a intolerância e o preconceito ficaram descabidos e o povo da cidade deixou claro o que eles sentiam acerca, né, das tribos, matando um monte de gente, queimando suas construções e expulsando eles pras montanhas de novo. I Oma diz: “Para tranquilizar a raiva dos nossos ancestrais, devemos cortar a cabeça do atual rei de King, ou seja, você tem algo a dizer ao seu favor?” Ele permanece sério e diz que sim, nós somos os culpados. Como representante do estado de quem eu me desculpo pelas ações dos nossos ancestrais, mas isso não é razão suficiente para cortar a minha cabeça. Esse pequeno garoto de 15 anos de idade simplesmente tá relativizando a quase extinção de um povo inteiro e dizendo que a sua vida e existência pode ser até maior. Se você analisar a história das pessoas até hoje, entenderá que eliminar isso é praticamente impossível, né? a intolerância e o preconceito. Ingênuo achar que a intervenção de uma pessoa, o tal dok faria milhares de anos de discórdia desaparecerem. E tão a diz: “Então não devemos te matar porque isso não resolverá nada. Está nos dizendo que devemos perdoar os assassinos de nossos companheiros?” E aí simplesmente diz: “Há um monte de coisas mais importantes do que a vingança.” Nesse momento, Yotão atrás, Heikin e Karioten, né? o grupo que estava acompanhando ele até então como prisioneiros nessa audiência, com uma técnica de intimidação e simplesmente na frente dele fala para matá-los. E quando eles estão prestes a fazer isso, ele calmamente diz que bom, você não precisa fazer isso. Eu já conheço muito bem essa dor. Se um rei é compelido pelo ódio e o desprezo a levantar a sua espada, seu reinado acabará destruído por esse ódio. Um rei deve pegar sua espada com a intenção de preservar vidas. Esse conflito entre o povo da planície e da montanha existe porque eles vivem separados. Mas isso já é natural para todos nós, porque as coisas funcionam assim desde muito tempo atrás. É a mesma coisa por toda a China. Todos nós somos o povo da planície, mas nós continuamos a guerrear uns contra os outros. É claro, raramente aparecem líderes como Dukim que conseguem erradicar barreiras, mas essa estabilidade que ele trouxe foi só temporária. E nisso o Shin, emocional e simples como sempre, simplesmente grita para IS, dizendo que um pouco de paz já é melhor do que nada. Afinal, o que é melhor do que isso? Nesse mundo que a gente vive, um pouco de paz é o melhor que você pode escolher. A melhor coisa é a eliminação das fronteiras do país inteiro. E Otão havendo esse pivete com a boca grande, fala: “Olha em sua volta, acha mesmo que existe sequer um país que aceitaria tal ideal?” E a Sei diz que se eles não aceitarem, iremos forçá-los até que aceitem. Como a de prast num período de guerras, esse é o caminho oposto de preservar vidas, não é? ee se permite ser emocional e diz que não. Houve um período contínuo de guerras nesses últimos 500 anos e o mesmo poderá continuar por mais 500 anos. Eu levantarei a minha espada para evitar vítimas nesses próximos 500 anos de guerra. Eu serei o primeiro rei a unificar a China. É por essa razão que eu vim pedir pelo auxílio do povo da montanha. Agora entendemos a ambição de E sei, unificar a China, algo que não daria nem para conceber. E esse sonho e determinação determina ele como um personagem cinzento. Ele não é bom e muito menos ruim. Ele é alguém que sabe que para acabar com essas guerras contínuas, muito sangue será derramado. Mas esse sangue vai semear o solo, que vai ver o nascer do sol unificado, sem mais guerras. mostrando já uma subversão do conceito de ambição tradicional que é muito ligada a vilões, ainda mais quando a gente tá falando de animes com vários exemplos como Isen, o Griffiff, além de que essa cena no começo do mangá representa algo que a gente vai ver com frequência toda vez que a estiver tratando com outro governante, que é exatamente a sua determinação e convicção, sendo maior do que qualquer conceito. Porque mesmo que ele esteja diante de governantes que fizeram o impossível, como a própria Ota, que foi uma líder de tribo que conseguiu unificar todas as tribos das montanhas de quem o [ __ ] ao feito nunca antes visto, esse manga faz um trabalho excelente em mostrar a como um personagem que vê o macro, ele vê a visão maior, algo que ninguém nem conseguiu imaginar. E isso é muito difícil porque a gente conhece a história da China e sabe que ele foi um país que algum momento foi unificado. A gente sabe que isso aconteceu, mas retratar isso naquele momento de maneira crível, como sei realmente estivesse quebrando um tabu [ __ ] é muito bem feito nessa obra. Ou seja, diante de Ai, todo governante é menor e isso faz que a gente acredite nesse cara. Porque no fim do dia a gente acompanha a história de Shin, que é um soldado de King. E por causa disso a gente vê Kim como os, entre aspas mocinhos. Mas esse sonho de ificação mostra cada vez mais como esse estado quem e o que ele fez, dependendo de diferentes perspectivas, é extremamente cinzento. Pode até mesmo determinar que eles foram vilões para conseguir fazer tudo aquilo. Mas são por causas dessas cenas que a gente compra o barulho do Ei, a gente acredita na sua ambição. E nisso a gente se pergunta, né, como que uma criança tem esse tipo de visão? O que ele deve ter passado para chegar nesse ponto? Em determinado momento, a obra nos leva para um flashback, aonde uma grande guerra envolvendo Kin e Zaal, no período dos seis grandes generais, no período onde King estava voando militarmente, o general Hakuki enterrou 400.000 soldados de Zal vivos, fazendo um ato que até naqueles tempos era considerado talvez o mais viu de todos. E por causa disso, a região de Zal teve uma richa histórica imutável com o estado de King. Porém, alguns meses após essa tragédia, uma criança da realeza de Kim nasceu na capital real de Zal. E como essa criança nasceu no primeiro mês do ano lunar chinês, ela foi nomeada de sei. E o que acontecia naquela época era o seguinte, né? pessoas das famílias reais se casavam com outras de outros estados para meio que fazer uma pseudoaliança, sendo que de maneira estratégica os filhos daqueles casais ficavam em um dos estados para fazer uma espécie de situação de refém e ter a vantagem em inúmeras negociações. Então, por exemplo, é filho do rei de King, mas ele nasceu em Z e ficou em Zal como uma espécie de refém. Ou seja, se King quisesse fazer alguma graça com o Zal, quiser invadir o [ __ ] os caras vão falar: “Ô, ô, ô, tem aqui o seu herdeiro aqui, amigão!” E depois daquela tragédia com Hakuki, com certeza eles iriam usar essa vantagem. Porém, em algum lugar de Zal, a gente vê três espiões de kim conversando com três mercadores/crabandistas de Zal, aonde eles têm um plano para escoltar o sei, o filho do rei, de volta para Kin, já que o rei de Kim acabou de morrer e eles precisam transportá-lo antes que Zau saiba. Então, nós vemos o jovem sei, um garoto completamente afetado pelo ódio que as pessoas de Zal tm por quim. É como se os habitantes desse local canalizassem todo o ódio que eles sentem pelo estado e pelo general Hakuki nesse moleque. Porém, a Chica, a líder dos contrabandistas, fala para sei que se eles passarem de cinco postos de zal, né, cinco fronteiras, eles chegarão até aqui. Não há o que se preocupar. Esta chica te levará até quem são e salvo. Porém, enquanto a viagem acontece, nós vemos que Sei tem pesadelos e ele tem pesadelos exatamente com as 400.000 pessoas que morreram naquele dia. Mesmo que ele não tenha nada a ver com isso, ele carregue esse fardo por ser da linhagem real de Kim. É como se ele se culpasse por tudo que aconteceu. E no decorrer dessa viagem, alguns problemas acontecem. Eles são alvejados e a gente vê que enquanto sei se escondendo em um barril, uma flecha acerta ele e ele não dá nenhum pi, ele não se mexe, ele não se move. Chica percebendo isso e notando que não existe brilho no olho desse moleque, se pergunta o que tá acontecendo com essa criança? E no momento onde ele pira, tenta fugir e o [ __ ] ele diz pra Chica que ele não consegue sentir nada. cheiro, tato, sabor, dor. Ele perdeu tudo isso. Quando eu entendi que fazia parte da realeza, meu coração tremeu perante tamanha fortuna e prestígio. Mas no momento que eu dei um passo para fora, eu me dei conta que estava no centro da nação inimiga, essa mesma nação que teve 400.000 soldados massacrados por Kim. Então eles começaram a violentar por causa desse ódio. Chica percebe que desde novo ele foi forçado a sofrer o ódio de Show Rei, que é onde aconteceu aquela batalha que morreu 400.000. E sequer uma pessoa ofereceu as mãos para essa criança de menos de 10 anos de idade. Ele sempre esteve completamente sozinho. Mas então, Chica diz que ele consegue. Ela irá ajudar sei a se tornar um rei. Se você não sente dor, eu sentirei para você. Não tem problema. Estarei junto de você. Vamos retornar para Kim juntos. E no momento onde ele tá quase aceitando esse papo da Chic, ele vê que vários dos espíritos daquela batalha vem até ele e falam que ele não pode e ele tem que pagar. Se junte conosco na morte. E Chica percebendo isso, grita para ele acordar. Esses seus fantasmas não existem. A única coisa na sua frente nesse momento sou eu. O resto é uma ilusão. Então ele abraça essa mera contrabandista que calhou de ter empatia por uma criança em necessidade. Nas memórias de sei, essa foi a primeira vez que ele foi abraçado por outra pessoa. Então, quando eles acabam de passar do último posto e começam a ser caçado pelos oficiais de Zal, é como se a pequena criança acordasse e usasse a sua liderança, sua linhagem, seu destino para ser rei, falando para eles não desistirem. Porém, nem tudo são flores e no fim a realidade sempre vence. E diante dos habilidosos soldados de Zal, infelizmente três contrabandistas não seriam muito desafio, com Chica sendo brutalmente perfurado na sua frente, mas pelo menos a tempo das forças de quem chegarem. No seu leito de morte, Chica só consegue olhar para e dizer que ele se liberou dos seus fantasmas. Seus olhos são tão lindos. Finalmente, aquela aparência anilista conseguiu ser engolida pela ambição de ser rei. E no fim do dia, com 9 anos de idade, Sei entra pela primeira vez na sua terra natal, determinada a fazer o impossível para honrar a memória dos sacrifícios aconteceram pela sua existência. Se vemos na história do Ei, uma criança completamente perdida, mergulhada na apatia desse mundo horrível que ele cerca, sendo salva por uma pessoa que tem amor de sobra para dar, que não vê aquele moleque como representante de quem responsável por matar 1 milhão de pessoas, vê ele como uma criança, com a necessidade de afago, de atenção, de um abraço que seja. E a gente percebe nessa história que o sei sombrio e mergulhado em escuridão, que falava que não sentia nada, na verdade era o que mais sentia. Literalmente uma criança de 9 anos de idade que nunca saiu de Zal, que nunca fez [ __ ] nenhuma, se sentia responsável pela decisão de um general do estado que ele faz parte da linhagem. general esse que ele nunca viu na vida dele em uma guerra que ele nunca ousou chegar perto, mas mesmo assim ele carregava esses fardos impossíveis que não lhe cabiam. Isso é interessante, me lembra uma questão um pouco pessoal que pode ser algo que talvez você se identifique. Quando eu era um pouco mais novo, eu dizia que eu nunca senti carência. Eu não era um cara, eu poderia ficar dias sem falar com a minha mãe, sem falar com meus amigos, ia tá de boa, eu me basto. Sendo que depois que eu comecei a fazer terapia e, né, amadureci e vi as coisas como elas são, eu entendi que essa parada de ser, né, o homem de gelo, cara, que não sente [ __ ] nenhuma, sou blindado, isso é só o que eu falava e não compreendia a realidade. Na verdade é assim que eu era uma pessoa carente, eu queria minha atenção, eu queria ser amado que nem todo mundo quer, mas talvez por ter ficado muito tempo mergulhado nesse conceito e tendo que arregafar dos que não me cabiam, eu me contentei com essa realidade até finalmente amadurecer e acordar. E sei acorda desse transcrific, né? O sacrifício é um tema que caminha muito junto do Asi e também o motivo de mesmo fazendo parte da linhagem real, ele não é um, né, um playboy, um boyzinho, até porque ele teve uma existência [ __ ] antes de completar 10 anos de idade e ele foi salvo por uma contrabandista. É por isso, por exemplo, que ele respeita tanto Rio e o sacrifício que ele fez por ele e não pretende decepcioná-lo. Agora ele substitui o peso dos fardos que não lhe cabiam pelo peso dos sacrifícios daqueles que se foram. E esse passado alavanca muito esse personagem no sentido de que a gente vê que o objetivo dele, a ambição dele está em unificar a China, de acabar com as fronteiras. que estando a posição dele, qualquer um iria querer ser rei para [ __ ] e fazer a sua vingança. Mas como ele mesmo disse, existem coisas maiores e mais importantes do que vingança. E no fim do dia ele foi salvo por uma mulher deal, não foi uma mulher de kim. Então é por isso que desde pequeno ele nunca se permitiu ver o micro, ver o mundo como as pessoas vêm, como sete estados combatentes na qual você tem que sangrar e morrer pelo estado que você nasceu. Ele nunca viu o mundo por essas barreiras imaginárias. E o objetivo de unificação que ele tem se torna mais [ __ ] ainda quando a gente aprende que esse era o objetivo do seu avô, o rei Show, o homem que criou o sistema dos seis grandes generais e que foi conhecido como deus da guerra. o cara que colocou Kim no topo da China como uma das províncias mais importantes. E isso se torna interessante porque indiretamente foi o seu avô e as suas medidas que fizeram EI passar pelo passado tenebroso que ele teve. O general Hakuki fazia parte dos seis grandes generais e foi por causa daquele sistema que valorizava força, acima de tudo, que ele fez o que fez, que ele enterrou 400.000 soldados vivos. Então sofreu com tudo isso. Ainda assim a vontade herdada, né? O destino objetivo continua o mesmo, mostrando que esse personagem é simplesmente inabalável desde criança. É por isso que quando ele é apresentado a nós, ele é tão [ __ ] mesmo sendo tão novo. Vários arcos se passam e é importante dizer que a passagem de arcos em Kingdom representa, na verdade anos. Afinal, essa é a história da unificação da China que não aconteceu em dois anos, aconteceu em vários anos. Logo, o mangá ele opera nesse sentido e durante todo esse tempo o autor ele faz um trabalho excelente em mostrar o quão difícil é conceber a unificação. Mais e mais parece um objetivo realmente impossível até para nós que sabemos que isso vai acontecer em algum momento, porque não é só uma questão de que os outros países também têm exércitos e sabem bater e sabem se defender. Kindon trabalha também muito as questões internas de quem e do que tá acontecendo ali. Isso foi algo que eu falei bastante no como criar um rival do Rio Fu que representa, né, a máxima disso tudo. E agora com o arco atual do mangá, a gente vê que o problema não é simplesmente tomar um dos estados, é depois o que a gente vai fazer com ele, como a gente vai conseguir controlar esse lugar e fazer o povo, né, aderir à unificação e não simplesmente começar outras guerras. Porém, apesar disso tudo, em determinado momento, nós entramos no arco da guerra de coalizão, na qual, se você já ouviu falar de Kingdom, provavelmente você já ouviu falar desse arco, porque é simplesmente o melhor arco da obra. Com os outros estados, temendo os avanços de Kim e realmente achando que eles estão sérios em unificar o país inteiro, grandes líderes de outros estados se juntam e formam um gigantesco exército de coalizão. Um exército que existe para simplesmente terraplanar quem e acabar com desejo de unificação. E quem lidera tudo isso é o, entre aspas, vilão, né, o antagonista da obra Riboku, um dos grandes céus de Zal, o maior estrategista da China, que é uma pedra no sapato de Kim há muito tempo. E esse arco é simplesmente cinema. Algum dia eu vou trazer um vídeo só sobre esse arco, mas o que vocês precisam saber é que todo o exército de quem todos os seus homens se concentram em um determinado lugar aonde eles vão se defender do grosso do exército de coalizão. Porém, nos bastidores, o ardiloso Riboku já estava montando um exército próprio para invadir outra cidade, fugir do foco da guerra e tentar invadir Kim por outro lugar. E quando a capital fica sabendo disso, sabendo que eles não podem mover nenhum exército de onde tá acontecendo a guerra, senão tudo vai pro [ __ ] simplesmente o rei de King E6 se prontifica e diz que ele vai lá para parar com avanço de Ribuku e ele vai até a Pacata, cidade de Sai, uma cidade meio isolada, completamente normal, que não sofreu muitos perigos decorrer da história, mas agora vai ser alvo de uma das maiores guerras que a gente já viu. estrategista do Shin, fala pro sei que desde o início essa cidade estava pensando em abrir suas portas e se render ao exército Riboku quando ele chegasse. Isso é porque eles já tinham desistido de todos os 30.000 que ficaram aqui nessa cidade. Ou seja, essa não é uma cidade de guerreiros, é uma cidade de pessoas normais que estão com medo dessa guerra e desse grande general vindo aí, mas seia direto e diz que a tarefa dele é transformar todos eles em soldados. E isso é algo que eu gosto muito nesse personagem, do quão prático ele é. E isso vem por causa da sua convicção. Ele não se permite em olhar os cenários e si, oh meu Deus, o que que vai acontecer? Será que tem outro jeito? Ele sempre consegue ver o único caminho, mesmo que esse caminho seja impossível. E então diante do povo de Sai, que são literalmente famílias, velhos, mulheres, crianças, ele diz para todos os presentes ouvirem ele: “Se Sai não parar o inimigo aqui, quem perecerá?” O inimigo é poderoso, enquanto muitos de nós são mulheres e crianças. Se vocês não lutarem, muito sangue será derramado. Muitos de vocês vão perder suas vidas. E nissso Shin tem vendo esse discurso, fica com [ __ ] ele vai forçar essa galera a lutar, vai tomar no cu. Que cara babaca. No entanto, foi através do sangue da vida oferecidas dessa mesma maneira por seus pais e os pais de seus pais que Kim foi construída para ser o que é hoje. Suas vidas de agora são o produto de tudo isso, mostrando de novo como essa questão do sacrifício é um tema recorrente desse personagem. Se nos rendermos ou se formos derrotados, tudo isso vai se transformar em cinzas. A história do estado de Kim vai acabar aqui. O seu povo será abatido. Aqueles que sobreviverem serão arrebatados juntamente com nossas terras. Nesse momento, um guri da multidão grita e fala que de jeito nenhum ele vai deixar a família dele ser escravizada e ser morta. [ __ ] que pariu. Nesse momento, Ai diz para esse jovem garoto que será uma honra lutar ao seu lado nessa batalha decisiva. E nesse momento, as pessoas mais velhas da cidade, que t uma devoção muito grande pela família real falam que não, pelo amor de Deus, não. Você é o rei, volta pra capital, não se preocupe, blá blá, isso está fora de questão. Eu vim aqui para que eu pudesse derramar o meu sangue ao lado de todos vocês. O destino de quem está em nossas mãos? Como eu poderia partir agora? E todos vem que, apesar desse rei ser jovem, esse bicho não é brincadeira. Depois desse discurso inflamado, onde a I é completamente transparente, o povo se junta e diz que vai lutar. Vamos lutar até o fim, ó filhos de Quim. Nós certamente iremos proteger nosso reino. E não sei vocês, mas se eu fosse um habitante Sai, eu morreria por esse cara aí. Porém, de novo, a realidade é dura. E Riboku vem com seu exército de Zaal completamente puto e pronto para [ __ ] A cidade de Sai resiste por cinco dias o exército de Riboku. Enquanto Riboku tem inúmeras táticas ardilosas de fodeu psicológico do inimigo. Ele, por exemplo, alterna turnos de soldados à noite para que ninguém consiga dormir fazendo barulho e o [ __ ] pr as pessoas das muralhas ficarem completamente fodidas e não conseguirem lutar de manhã. Ele faz várias dessas táticas de jogo psicológico, sabendo que o exército de Sai são literalmente habitantes da cidade, que não são treinados para a guerra, até que eventualmente esse exército ferrenho consegue invadir as muralhas depois de tanto esforço. E o povo vê a realidade bateu a porta e sai caiu. Não tem mais o que fazer. Mas diante do desespero, Shin olha pro horizonte e diz que o milagre acabou de acontecer. E vemos que do topo das montanhas simplesmente vem Iotamaa com os seus soldados, aonde ela acabando de suprimir as ameaças do exército de colisão lá daquela parte principal veio para Sai para resgatar o rei. Shin proclama que essa é a nossa vitória por conseguirmos aguentar por tanto tempo. Então o Riboku ponderando o que acabou de acontecer fala que provavelmente tudo isso foi escondido dele. Toda essa manobra de Yotama. Tudo começou com a aparição do rei e a mostra de suas habilidades. Essa situação era inevitável. Ele percebe aqui que ele subestimou E a sua ambição. Ele nunca achou que um rei apareceria numa cidade e transformaria habitantes em soldados. Ele nunca achou que um rei conseguiria inflamar tantos. Ainda mais um rei que tem um objetivo maluco de unificação. E por causa de subestimar seu inimigo, algo que ele nunca fez, ele perdeu. Diante do imenso exército dos guerreiros da montanha, Riboku não tem nada a fazer se não bater em retirada. Naquela noite, o povo de Sai e o povo da montanha tiveram uma celebração juntos, mostrando um mini cosmos da unificação que sei quer. O povo da montanha, tão judiado pelo povo da planície, se juntando em celebração por um bem comum, se ajudando, guerreando juntos, formando laços, destruindo barreiras. E diante dos habitantes desmaiados de sa conseguiram aguentar tudo isso, sei mesmo sendo um rei, se curva todos eles e agradece. Esse é o momento que a sua ambição se externaliza e inspira os outros. É por causa dele ter essa chama dentro dele que a sua determinação e convicção infecta todos aqueles que vem a sua verdade. E esse é o momento que meio que sacramenta e sei como verdadeiro rei de king e alguém que verdadeiramente vai botar pra frente o tabu impossível de unificação. E toda essa pequena batalha é extremamente linda pela forma como tudo isso se une vendo os primeiros capítulos. Porque literalmente quem vem salvar de toda Pindaíba é Yotamaa, a primeira governante que acreditou no sonho e ambição de AI, mostrando que a sua ambição não vai simplesmente completar seu objetivo, mas também vai tocar todos os outros. Ele está angareando tudo nesse caminho. Esse é o seu destino. Eu acho que é por isso que a ambição de Asi é fora da caixa, porque não é uma ambição individual e uma ambição tão grandiosa que começa a afastar todos os outros e só eu entendo o que eu quero fazer. É literalmente um sentimento tão grande que se expande e não pode ficar só dentro de você. É por isso que a também é um personagem tão interessante nesse sentido, né? Alguém que superficialmente, vendo de outra perspectiva, teria tudo para ser um grande vilão, o rei de uma grande província que quer guerrear com todo mundo, para unificar todo mundo sobre a bandeira dele. Porém, vendo esses momentos, a gente vê o que ele realmente quer e a maneira como ele quer. No fim do dia, ele não vê bandeiras, ele não vê rótulos, não é como se ele quisesse a bandeira de quem? No meio da China, ele quer preservar as pessoas. São as pessoas comum, ordinárias do dia a dia, que levaram ele chegar onde está. E essas pessoas estão em todas as províncias, em todos os estados, não só em Quim. E é essa unificação que ele busca, não uma unificação de territórios, mas uma unificação de povos. Kingdom é, entre aspas, uma obra histórica, porque conta fatos que realmente aconteceram, mas obviamente se tratando de uma obra ficcional, ela tem suas firulas. Vários personagens não eram exatamente assim. Afinal a gente tá falando de uma história escrita e contada muitos anos antes de Cristo, mas a Sei é um baite de um personagem e a sua interpretação nessa obra é muito diferente, é ímpar. Se a gente vê, por exemplo, o Record of Hagnarok Mat Novalk, a gente tem lá o Ken Shin Huang, que é o A. E é claro que são mangás com propostas diferentes e o King Shin Huang tinha que ter um design, né, para lutar e tal. Eu até gosto da representação que ele tem naquela obra, mas Z e sei é simplesmente superior em todos os sentidos. E essa percepção se dá muito por causa do trabalho de perspectiva que tem nessa obra, que eu já falei diversas vezes, né? Em colocar Kim como, entre aspas, um mocinho, porque é a região que a gente acompanha. Mesmo a gente sabendo que não é bem assim que Ambanda toca. Mas ainda assim e tinha que ser um personagem gostável, tinha que ser um personagem na qual a gente acreditasse e torcesse por ele. Afinal, o protagonista, no fim do dia, responde e luta as guerras dele. Por isso, sei talvez seja o personagem mais fundamental, porque é ele que vai determinar pelo que o Shin luta. E esse trabalho é um pouco difícil de fazer quando historicamente a comandou um estado que matou gente para [ __ ] até conseguir unificar. É difícil apresentar esse cara como uma espécie de mocinho, mas mesmo assim a gente tá falando de Kingdom e eles fizeram um trabalho completamente impecável aqui. Isso não faz com que ele deixe de ser um personagem cinzento, mas ainda assim a gente torce muito por ele. A gente acredita e assim como o povo de Sai, nós somos infectados pela sua ambição. De maneira que ao mesmo tempo que a gente acredita que esse moleque tá quebrando um tabu, a gente acredita que ele vai conseguir fazer o que ele quer. E esse é o poder da sua ambição. Se você chegou até aqui, meu muito obrigado. Lembre-se sempre curta, comenta, compartilha e se inscreva no canal. Isso me ajuda demais. Se tiver celular, dê uma rapada para ajudar o guri. 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O Earthf, Gabriel Rachadel, o Fluminense. Meu nome é Jorge, Sterdrovande, Manjobão, Catraca, Macoto, fã do Dante, Branco Júnior, Richard K e Caik Alexandre. Eles são os membros do canal. Muitíssimo obrigado pelo seu apoio. Vocês são [ __ ] demais. E se você quiser ser que nesse espalad de inferno de Dante, é só se tornar um membro também. É uma coquinha, uma cervejinha que você deixa de beber no mês. Então assim, se tiver soando essa carteira, por favor, considere. Tchau. Tchau.