Como o CANGAÇO e LAMPIÃO se ORGANIZAVAM?
0Quantos anos o o Lampião ficou nessa vida? Veja a o o a grande estreia dele antes de 22 ele já tinha incursões e e já fazia muita coisa, né? Mas o pai dele falece em 1921 e aí vem a Reis Detre de que ele ia matar até morrer, né? Ele até diz uma entrevista em 26 no Juazeiro, né? que ele disse: “Eu vou matar porque ele quis dar o que o Frederico Pernambucano de Mério chamou de escudo ético, né? Eu vou matar até morrer porque mataram meu pai injustamente.” Isso a verdade é conversa porque antes do antes da da morte do pai dele, ele já era cangaceiro já. Ah, tá. O pai dele morreu por quê? Também por problemas da da por problemas desses filhos dele. Tudo tudo envolvido com com bandidagem. Então, uma uma um delegado de Alagoas foi fazer uma campanha contra o comunismo com promoção imperdível, frete grátis e três cursos de bônus até o dia 7 de agosto. Aproveite. Fez uma incursão, pegou o pai dele e matou. E o pai dele também, né? Se fala pouco do pai dele, mas tem autor que disse também o pai dele não era flor que se cheira. Não era falou que você cheirasse também não. Aí vai mata o pai. A mãe dele já tinha falecido já. Mata o pai dele. É um é um delegado de Alagoas de uma cidade chamada Pariconhas, eu acho. É a Marilo, que tinha, acho que era Amarilo o nome do delegado, junto com outro chefe da polícia, mata e com esse sargento Lucena, né, que mata o pai dele. E ele nunca, ele nunca, Lampião nunca matou essas pessoas, né? Ele sempre matou um bocado de gente, mas assim, se fosse o caso para vingar, eu vou vingar quem matou meu pai, né? Eu sou o pai. Acabou, né? É. E e teria acabado. E nunca nunca fez isso não. Agora, como é que era o o dia a dia dele? Ele mat ele atacava um grupo, atacava uma cidade, uma região, por qual razão? E onde é que ele se escondia? Onde é que ele, como é que era o jeito que ele trabalhava? É, a grande a grande o grande cinturão dele era os coiteiros, né? Então o governo de Pernambuco já percebeu logo que para acabar com o cangaço tinha que tinha que ir atrás dos coiteiros, né? E aí os coiteiros tinha duas dois tipos de coiteiros. Tinha um o coeiteiro muito rico e tinha o coiteiro, que eram os grandes fazendeiros que precisavam de Então o Lampião teve como coiteiro, entre aspas, o governador do estado de de Sergipe, Sergipe Del Rei, o governador Eronildes, né? Ele foi, Lampião teve uma proteção dele. Então você vê que ele era uma pessoa que estava circulando entre os homens do poder, mas também tinha eh homens mais simples que davam essa guarida. E aí, eh, essa guarida, ela poderia ser uma pernoitar na casa da pessoa, passar uma temporada ali naquela região. Eh, na Bahia ele se escondeu muito no Raso da Catarina, que é uma região muito inóspita, dificílimo de entrar e ele conhecia aquilo dali. Então, ele passou muito tempo no Raso da Catarina, eh, se escondendo, né, nas florestas eh sertanejas, nos lugares que ele conhecia, nas grotas. Agora, o que que motivava ele chegar num lugar e atacar ou chegar no lugar e roubar? Por que que eu num lugar e não outro? Como é que ele escolheu os alvos? É, o que motivava era é o interesse de da rapinagem. Então vamos lá. Vamos pro primeiro. Você perguntou o tempo, né? Eu eu eu não dei a resposta da do tempo assim. Então eu eu disse que era um pouquinho antes de 22, mas a sua grande estreia foi em 1922, no assalto que ele fez a Baronesa de Água Branca. Eu acho que responde um pouco a sua a sua pergunta. Então veja, foi de 22 a 38. Ele morreu em 38. Então vai lá. De 22 a 38 dá quanto tempo, filósofo? 22 a 38 dá exatamente aproximadamente 16 anos. Pronto. Então axima, então ele teve ele teve aproximadamente 16 anos, né, de uma vida de aventuras, né, e e de mortes, etc. Então, e aí foi 22 com a baronesa de Água Branca. Ele soube que era que a a baronesa era de uma família importante, Água Branca no na em Alagoas. A casa a casa está lá, né? uma casa bonita, antiga, soube que se tinha um dinheiro, uma eh e objetos de valor, e ele escreveu paraa baronesa dizendo que ele queria não sei quantos contos de réis, não lembro agora, mas era um valor muito alto. Sei lá, eu quero quatro contos de réis, alguma coisa do tipo, né? Não importa. Sei que o valor era alto. E chegou o recado pra baronesa. Olha, Lampin, um cabo, um cabo, ele não era, ele até famoso, não era famoso. Ó, tem um um bandido aí, tem um caba tá dizendo que tá querendo da senhora quatro conto de réis. Aí ela pegou e disse: “Diga a ele que eu tenho dinheiro agora. Esse dinheiro que eu tenho é de bala que eu vou comprar para meter nas costas dele.” A baroneza também era era fera, hein? A baronesa também era firme, né? Aí Lampião não gostou, né, da do desafio, do desaforo. E ele fez uma ele fez uma uma incursão cinematográfica, né, na cidade. Ele colocou um dos pegou três cangaceiros. Quanto quantas pessoas ele tinha? Quanto que quantas? Segundo consta, no, segundo consta, essa invasão foi, foi com em torno de 50 cangacebs. Eh, eh, agora imagina a cena, né? Imagina aquela turma com aquela roupa de cangaceira entrando na cidade. É um negócio, o pessoal tinha uma vida agitada, né? Só morando no interior, mas tinha vida agitada. Aí o o ele colocou um ele colocou um cangaceiro fingido de morto numa rede, sendo levado por dois outros. Então ele entrou na cidade com essa eh o o bando, né, entra na cidade dessa forma e a coisa não tava tão generalizada assim, né? O o cangaço não tava a coisa assim, né? Por isso que o o o os que sofreram isso aí acolheram, né? E aí, qual foi a a o mote, né? Qual foi o a desculpa? Eles chegaram essa esse grupo chegou na frente da delegacia, ele disse: “Olha, estava vindo na estrada e essa pessoa tava caída na estrada morta. Acho que algum algum bandido, alguma coisa, eh, matou essa pessoa e a gente colocou na rede para trazer para vocês, para fazer algum exame de corpo de delito, alguma coisa.” E aí a polícia comovida com aquilo dali, né? as forças policiais eram pequenas, né? Então a polícia comovida com aqui dali foi pegar o o o corpo, né, para colocar dentro da delegacia e fazer ali os prim chamar o médico, sei lá, fazer o o exame de corpo delite, fazer os primeiros procedimentos. Qual não foi a surpresa quando o bandido sai da da de dentro da rede este preso? Nossa! Aí, aí pega aí, aí pega a polícia, prende a polícia, passa a chave na na na ali na delegacia. Coisa de filme mesmo, coisa de filme. Libera os presos que estavam ali e pronto, a cidade era dele. Foram na casa da baronesa e rapinaram, né? Levaram tudo, fizeram um roubo ali. Foi um roubo eh histórico, né? E aí quando acontece a família da Baronesa tinha pessoas importantes no judiciário, se eu não me engano, ela tinha um filho ou um neto que era desembargador em Alagoas. E aí foi uma atrevimento muito grande. É quando sai a matéria no Diário de Pernambuco, o Famigerado Lampião. Hum. Então, Lampião também, eh, Marcelo, ele foi também fruto de do movimento da mídia também. Então, a mídia eh eh levantou a bola dele, a exploração da imagem de Lampião transformou o transformou também já em vida num personagem, né? Eh, conhecidíssimo, até mesmo até ele ele foi garoto propaganda até da Baia, né? Como assim? Explica a baia deu deu forneceu aspirina pro grupo de Lampião. Sério? Assim do nada, gratuitamente? Sim. Por causa da fama que ele tinha. Que coisa estranha. É do Brasil, né? É. Como é que foi o posicionamento dos padres em relação ao Lampião? Então, veja, o grande, é claro que a igreja não apoiava, né? Claro, claro que não. Aí é agora, eh eh Lampião tinha essas contradições místicas, né? Disse que disse que tem um missionário protestante que escreveu um livro chamado Eu e a Bíblia no Brasil. Eh, eu esqueci agora o nome do livro. Ele fala das minhas aventuras com a Bíblia no Brasil e disse que teve um encontro, né, dele com os cangaceiros. E os cangaceiros eh achava absurdo assim, né, ter o diz que ele fala eh diz que ele ele os cangaceiros quando encontram com ele, ele faz viva Deus aí os cangaceiros faz Nossa Senhora. Viva os santos e tem um embate ali, tem algum embate apologético ali entre os cangaceos. É, ele conta isso n no livro dele, tem um embate lá apologético lá, mas os caceiros acharam ele corajoso lá, ele e deixaram, não mataram ele não, mas ele conta isso no livro dele, né? Então assim, tinha essas questões. A grande a grande história dele de de padre Cissa era o encontro dele com perdão de Lampião. É o encontro dele com padre Cissa em 1926 por causa da coluna Prestes. Você acaba de assistir um corte do Caravelas Podcast. Na tela está aparecendo o episódio completo e outro corte.