Como o IMPOSTO PROGRESSIVO vai FERRAR os POBRES | Olavo de Carvalho
0Você imagina, por exemplo, uma um pequeno aumento do do imposto, vamos dizer, para pequenas empresas, pode fechar milhares delas e para as grandes fortunas não vai fazer a menor diferença. Ao contrário pode até ajudá-las. Eu digo, como é possível, né? O indivíduo cria uma equação, ele cria um um uma demonstração lógica e ele crê nela, embora a realidade vá no sentido exatamente oposto. Quando o Carl Marx, por exemplo, propõe, diz: “Não, a maneira mais prática de você eliminar a propriedade privada dos meios de produção é o imposto de renda progressivo, não é isto? De bom, é uma é uma equação matemática. quanto mais se quanto mais você ganha, né, mais você paga de imposto. Então você tem uma função eh um efeito equalizante, por assim dizer, que acaba por neutralizar as diferenças de de de poder econômico entre os proprietários dos donos dos meios de produção e os que vendem a sua força de trabalho. Essa é a teoria, é um simples esqueminha matemático. acontece que é o seguinte, se você toma um pouquinho do dinheiro do pobre, isso faz diferença do que se você toma muito dinheiro do rico mesmo, porque o rico, pelo fato de ser rico, ele tem acesso aos meios de poder político e ao controle do Estado. Isso quer dizer que se você se você pegar, por exemplo, a General Motors, qual é a a o lucro médio da General Motor por ano? Quando chega assim, ó, 1,1% é muita coisa, tá certo? Agora você imagina o que aconteceria para mim, por exemplo, se eu lucrasse 1,1% do ano, estaria liquidado. Preciso ganhar mais do que isso. Então, 1% do que eu ganho é uma mxaria, mas 1% de, sei lá, 1 trilhão é alguma coisa. E isso quer dizer que o imposto de renda progressivo, ele só honera os mais pobres, porque os mais ricos, quanto mais eles pagam de imposto, mais eles têm acesso a dinheiro do governo, tá certo? Porque são sócios do governo e na verdade não perdem nada e saem ganhando. Ou seja, a realidade opera ao contrário da fórmula. Quer dizer, em vez de isso equalizar, isso cria uma diferença brutal. Você imagina, por exemplo, uma um pequeno aumento do do imposto, vamos dizer, para pequenas empresas, pode fechar milhares delas e para as grandes fortunas não vai fazer a menor diferença. Ao contrário pode até ajudá-las. E eu digo, como é possível, né? O indivíduo cria uma equação, ele cria um um uma demonstração lógica e ele crê nela, embora a realidade vá no sentido exatamente oposto. Por que que isto acontece? Bom, isto acontece pelo seguinte. Nós usualmente raciocinamos com conceitos. Esses conceitos foram obtidos de algum modo, de alguma observação que você fez e eh você procede como de Aristóteles, por gênero próximo e diferença específica. Você vê um determinado fenômeno, você vê que gênero de fenômeno esse esse pertence e qual é a diferença que o distingue dos demais do mesmo gênero. E aí você tem, vamos dizer, a definição da coisa. Ora, essa definição, ela não diz o que uma coisa substantivamente é, ela só diz a espécie a que pertence. Então isso é, em primeiro lugar, você tem uma definição de espécie e não do indivíduo, né? E não do fenômeno individual. O fenômeno individual, já dizia Aristóteles, ele é logicamente inapreensível. Ele só pode ser apreendido por intuição direta, assim como, por exemplo, você pode, sei lá, definir cigarro, mas digo, como é que você vai definir este cigarro aqui? Não tem jeito, né? É uma coisa simples, um objeto artificial fabricado. Mesmo com uma coisa simples, essa você teria dificuldade ou quase intransponível. Você não tem como defini-lo, você só pode apontá-lo, dizer: “É este aí”. Então existe aí um reconhecimento. Ora, os conceitos das espécies, eles funcionam mais ou menos como se fosse, vamos dizer, num num teatro onde você entra e você deposita lá o seu casaco, o seu chapéu e pega uma fichinha, né? Então, idealmente as fichinhas correspondem aos vários aos vários casacos e na saída você troca. Então, idealmente os conceitos correspondem, vamos dizer, aos objetos reais. ou fatos reais, eh, pertinentes e podem a qualquer momento podem ser trocados, tá certo? Acontece que a mecânica do raciocínio pode prosseguir indefinidamente sem jamais você trocar a fichinha por um casaco. E quando no fim você vai trocar a fichinha por um casaco, o nego te dá uma lata de sardinha no lugar, né? Eh, não há mais jeito de você reconstituir o nexo entre o conceito e o objeto percebido. Isso acontece com uma frequência extraordinária.