Como o MAIOR TELESCÓPIO do ESPAÇO funciona? James Webb

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Galáxias supertivas no universo primitivo. A revelação de segredos do centro da nossa Via Láctea. A descoberta de um novo exoplaneta e a visão do início do universo. Fala analíticos, Nicão aqui e hoje você vai entender como funciona o maior e mais poderoso telescópio espacial da história. Capaz de mostrar as origens do universo, da onde a gente veio e até se estamos sozinhos ou não. O telescópio espacial James Web. Que telescópio que é esse? O Humble foi substituído? O quão longe esse telescópio enxerga? E como? O James Web era uma pessoa. Então que que se chama telescópio? Que piadinha ruim, hein? James Edwin Web. Ele foi um militar, funcionário público nos Estados Unidos e se destacou como segundo administrador da NASA durante o programa Apolo. Ele era o chefão da parada. O James Web liderou a NASA no momento importante da corrida espacial, ajudando os Estados Unidos a enviar os primeiros humanos à lua. Ele era um gestor, um estrategista e muito bom de lá, um cara político, sabe? Ele não era cientista. Se a NASA é o que é hoje essa referência em ciência e tecnologia, foi graças aos trabalhos iniciais desse cara lá atrás. E sim, ele é envolvido em um monte de polêmica, tá? Você já deve ter caído em alguma notícia, eu não prefiro nem comentar. Esse canal não é de fofoca, mas até teve uma comoção na época para tentar tirar o nome dele desse telescópio para não ter que homenagear o cara. E pelo visto não deu certo, né? O telescópio poderia ter vários outros nomes. Rubble 2, telescópio espacial Carlos, Seagan, entre outros vários nomes. Qual nome você daria para o telescópio James Web? Comenta aqui embaixo. A ideia inicial do projeto Telescópio Espacial James Web, eu vou chamar de JWST, tá? Vou abreviar a explicação. A ideia inicial do projeto do JWST começou lá nos anos 90 para ser o sucessor do Hubble, que até então era o telescópio mais tecnológico do espaço. Ou seja, o JWST ele tinha que ser mais poderoso, ver mais longe, com mais detalhes e o início do universo. Enquanto que o Hubble captura principalmente luz visível, igual o nosso olho, e luz ultravioleta também. O JWST foi projetado para operar na faixa do infravermelho, fazendo observações de objetos muito distantes formados logo após o Big Bang, o início de tudo. Mas como assim? Ver no infravermelho faria com que ele visse coisas mais distantes no passado? Eu vou explicar rápido, mas se você quer uma explicação completa de como que a gente enxerga e de como as cores funcionam, clica aqui em cima, você vai ver como que o seu olho te engana. A cor azul não existe. Luzes nada mais são do que ondas. E existem ondas curtas e ondas longas. E quanto maior o comprimento dessa onda, mais longe a luz está. No caso, a luz vermelha são luzes com ondas de comprimento longo, bem distante. Então, se o telescópio James Web enxerga no infravermelho, quer dizer que ele consegue enxergar o comprimento de luz mais distante possível. Genial, vai. Mas para fazer isso não foi nada simples. O projeto quase nem saiu do papel. O desenvolvimento desse projeto foi uma loucura total. Enfrentou inúmeros desafios, técnicos, financeiros. O primeiro foi a complexidade tecnológica, construir um espelho de 6,5 m dobrável, um escudo térmico gigante e câmaras ultra sensíveis ao infravermelho. Não é uma tarefa simples. Os cientistas inventaram algo que não existia ainda, ou seja, exigiu décadas de pesquisa, muita gente envolvida e muito teste. E segundo, um custo bilionário. Esse projeto era para ter custado 1 bilhão de dólares só, só que acabou custando 10. Além de ter essa verba cortada várias vezes ao longo do projeto, o que foi um dos fatores que atrasou o lançamento. E terceiro, testes extremos. Tiveram que fazer inúmeros testes para que nada desse errado. Afinal, era muito dinheiro envolvido, né? Imagina o telescópio tá lá no espaço, lá onde Judas perdeu as botas, aí depois de seis meses de funcionamento, ele quebra. Vai fazer como? Vai chamar o seguro, o guincho da NASA? Não tem como não. Ah, e eu quase ia me esquecendo. Devido a esses problemas durante o desenvolvimento desse projeto, fez com que atrasasse muito o lançamento. Toda a pesquisa começou nos anos 90. Aí falaram que era para lançar em 2007, mas na verdade o lançamento desse telescópio só foi acontecer no Natal de 2021. Em dias, o lançamento foi um sucesso. Depois de um mês de viagem e 15 milhão e de km de distância da Terra, as primeiras imagens foram tiradas. Valeu a pena. Essas daí foram as primeiras imagens tiradas pelo James Web, a galáxia SMAX 0723, vista como era 4.6 bilhões de anos atrás. A nebulosa do anel sul, mostrando os anéis de gás e poeira em alta definição. O quinteto de Stephan, um grupo de cinco galáxias na constelação de Pegasus, descoberto pela primeira vez por Edward Stephen em 1877 e a Nebulosa Karina com seu famoso bersário estelar. Maravilhoso, né? Aí você me pergunta, como assim um telescópio aqui e agora conseguiu ver algo de 4.6 bilhões de anos atrás? Esse telescópio, ele consegue ver o passado, tipo uma máquina do tempo? Será? A resposta é que sim e não. O JWST não é uma máquina do tempo, mas ele tem capacidade de ver objetos tão distantes, tão antigos, que a luz desses objetos levou bilhões de anos para chegar até aqui. A luz percorre numa velocidade de cerca de 300.000 1000 km/s isso significa que quanto mais longe olhamos no espaço, mais para trás no tempo estamos vendo. Então, quando James Web captura a imagem de uma galáxia distante, ele está vendo como ela era quando a luz partiu dela há bilhões de anos. É como se você olhasse para uma carta que foi escrita lá em 1500, mas ela só chegou agora para você. Ou seja, essa galáxia SMX 0723 que o telescópio tirou foto, essa luz registrada por ele demorou 4.6 bilhões de anos para chegar até aqui. Olhar pro universo é como se a gente tivesse olhando pro passado. Agora, como que tudo isso funciona? Essa tecnologia? A gente entendeu que ele enxerga no infravermelho e o que isso faz. OK. Mas como? Porque olha, ele comparado com o Rubble. Tem uma nítida diferença, não é? Eu vou te explicar tudo, tá? Calma aí. O telescópio James Web é equipado com 18 espelhos em hexágonos feito de berílio. O berílio é um elemento químico tóxico e pode ser misturado com outras ligas, mas não se apega a essa parte técnica não, tá? A gente não precisa focar nisso agora. Esses espelhos em hexágono são revestidos de ouro e refletem melhor a luz infravermelha. E além disso, esse telescópio, ele tem um escudo térmico poderoso. Ele mantém a temperatura interna dos equipamentos a 260º negativos. que é a temperatura ideal para tudo funcionar perfeitamente. Esse escudo está protegendo a Naren, que é a câmera de infravermelho, a Miri, que é um tipo de lente, tipo seu celular, ele não tem duas ou mais câmeras e cada uma faz coisas diferentes? Então, mais ou menos isso, a Near Spec, que é um equipamento que analisa várias fontes, tudo que se registra simultaneamente, e o FGS Nirris, outro equipamento que busca por exoplanetas e ajuda a navegação pelo universo. Junta tudo isso e pimba. Telescópio espacial James Web. Tudo isso para ver o início do universo, estudar formação de estrelas e atmosferas de planetas distantes, além da alta capacidade de enxergar além da poeira cósmica. graças ao infravermelho, o que é muito diferente do Hubble, que estuda galáxias nebulosas e exoplanetas mais próximos. Ele é limitado por essa poeira cósmica também. Ele não consegue enxergar além disso. E o Hubble tá mais próximo da Terra também. E sabe quais foram as coisas mais incríveis que o James Web conseguiu registrar? Galáxias antigas demais pro modelo cósmico atual. Mas por que que isso é surpreendente? Como assim modelo cósmico atual? O modelo cósmico ou o modelo cosmológico ou também lambda CDM é um modelo amplamente aceito pela comunidade científica, entendendo como o universo se desenvolveu. Resumindo, é isso. Então, quando alguém pergunta como que o universo surgiu, o que que é o Big Bang, as respostas para essa pergunta vem do modelo cosmológico atual. OK? Agora pensa aqui comigo. Segundo o modelo cosmológico atual, depois do Big Bang, o universo era um lugar muito simples, cheio de hidrogênio e L, mas sem estrelas ou estruturas complexas. Demorou cerca de 100 a 200 milhões de anos para as primeiras estrelas começarem a surgir. As estrelas. Já o JWST mostrou que já existia galáxias completas, massivas, bem formadas, com buracos negros e tal. muito mais cedo, muito antes do que esse tempo. Ou seja, isso indica que já havia ocorrido muita evolução estelar nesse curto período cósmico. As primeiras estrelas devem ter nascido e morrido mais cedo do que a gente imaginava. Você entendeu quão surpreendente é isso? Agora é como se você descobrisse um bebê de 5 meses que sabe ler, escrever, falar e ainda toca piano. É algo tão fora do normal que faz a gente repensar em tudo que a gente sabia. E isso pode mudar tudo, pode reescrever a história. Tudo no universo é muito mais antigo do que a gente imaginava. A estimativa mais aceita até hoje é de que o universo tem cerca de 13.8 bilhões de anos. E com essas descobertas dessas galáxias que parecem mais maduras e massivas do que deveriam ser nesse estágio inicial da história do cosmos, faz com que mude a nossa compreensão de como tudo se iniciou, de como tudo se formou. Incrível, né? Quanto mais você descobre, mais dúvidas vão surgir. E isso é a ciência. Imagina o que que a gente vai descobrir daqui a uns 10, 20 anos. O que que será que esse telescópio vai encontrar? Vida. Esse telescópio já encontrou um exoplaneta que tem vapor d’água. Será que tem vida lá? Por hoje é isso, analíticos. O James Web é incrível, o telescópio. Curtiu o vídeo? Deixa o seu like aqui. Se inscreve no canal se você é novo, ativa o sininho para você não perder nada que eu vou te encontrar no próximo vídeo. Fechou? Obrigado por assistir. Ah, e se você quiser ver todas as fotos e acompanhar de perto as pesquisas do telescópio espacial James Web, o link vai tá aqui na descrição.

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