Como PARAR DE SE OFENDER FÁCIL (e Recuperar Sua Paz)

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Você já se pegou remoendo uma crítica ou um comentário por horas ou até por dias? Como se aquilo definisse quem você é. Pois é, você não tá sozinho. Levar as coisas pro lado pessoal, isso é mais comum do que parece, mas também é um hábito mental que pode sim ser transformado. E o mais importante, entender por que a gente faz isso é o primeiro passo para mudar. Vem comigo. Então, para começar, por que que a gente leva pro lado pessoal certas coisas? Bom, tudo começa com o nosso cérebro, que evoluiu para nos proteger de perigos. Quando alguém diz algo que soa como uma crítica, um julgamento ou uma rejeição, o cérebro interpreta isso como uma ameaça, não como uma ameaça física, mas uma ameaça à nossa autoimagem, a nossa identidade. E isso ativa o modo de luta ou fuga. E quando a gente leva algo pro lado pessoal, geralmente a gente reage com luta. A gente contra-ataca ou fica ressentido ou então a gente se fecha para outra pessoa. E esse tipo de reação emocional automática é como um alarme disparando, o que distorce a nossa visão da realidade, porque ninguém vê nada com clareza debaixo de um alarme. Um outro motivo pra gente se ofender fácil é que diante de uma situação desconfortável, o cérebro da gente rapidamente constrói logo uma história. E adivinha? Nessa história, geralmente a gente é a vítima, tá? Fulano me ignorou de propósito. Ou então fulana me criticou porque tem raiva de mim. Essas narrativas elas servem num primeiro momento, como um alívio emocional. Elas dão pra gente uma sensação de superioridade moral sobre o outro e elas justificam a reação que a gente quer ter. Mas o problema é que a longo prazo isso alimenta sentimentos de insegurança, de isolamento e de amargura. A gente fica preso num ciclo em que tudo é interpretado como se fosse um ataque, mesmo quando não é. Tem também a coisa da insegurança pessoal. E aqui tá um ponto essencial. Você só leva pro lado pessoal aquilo que já toca numa ferida interna sua. Se se alguém te chama de algo que não tem nada a ver com você, como irresponsável, por exemplo, e se você sabe que é super comprometido, que faz tudo direitinho, você não vai dar muita bola. Agora, se tem uma parte sua que tem dúvida sobre o que foi dito, aí sim a crítica entra direto como uma flecha. E o que é que isso mostra? que o problema nem sempre é o que o outro diz, e sim quando o que foi dito encontra eco dentro da gente. E o mais interessante é que na maioria das vezes o comportamento do outro nem é sobre você, é sobre o mundo interno da própria pessoa. Ela só joga em você o que ela ela tem para dar, tá? Mas como que a gente faz então para parar de ficar inculcando com essas coisas? Bom, para começar, sempre que você sentir que algo te atingiu, pare por um instante, respire e pergunte para si mesmo: “O que foi que realmente aconteceu? Será que realmente tentaram me atingir ou eu tô só interpretando?” Essa diferença entre os fatos e a história que você tá criando para si mesmo pode ser gigantesca, porque as nossas interpretações subjetivas, elas são responsáveis por até 90% das nossas emoções. Ou seja, nem sempre é o que a pessoa disse, e sim como você entendeu. Percebe? Exercite também a empatia, ou seja, tente imaginar o que foi que levou a outra pessoa a agir daquela forma. Às vezes uma pergunta simples como: “O que você quis dizer com isso? Já é suficiente para desarmar o conflito e para evitar horas de mágoa desnecessária?” Então, nem sempre caia logo de cara nas interpretações que você cria. Você certamente também já foi mal interpretado, não foi? Então, deu benefício da dúvida. Também é libertador aceitar que o comportamento das outras pessoas, inclusive as falhas, as grosserias e as críticas, não estão sob o teu controle. O que é que tá no teu controle? Então, as suas reações, a sua postura, a sua paz de espírito. Então, se uma crítica veio, pare e avalie. Isso faz sentido. Isso pode ser útil para mim? Se a tua resposta for sim, ótimo, use como aprendizado. Se a resposta for não, então descarte como um bilhete escrito por alguém que não te conhece de verdade. E lembre-se, nem toda crítica que a gente recebe, reflete a verdade, muitas vezes elas são projeções, são frustrações ou são dores não resolvidas que as outras pessoas carregam. Também vale muito a pena fazer o seguinte, ter clareza de quem você é. Isso aí. O que os outros dizem perde o poder de te desestabilizar. A autoestima saudável não é arrogância. É ter uma base interna forte construída a partir de valores e não da necessidade de aprovação externa. Pergunte-se: Eu tô vivendo de acordo com o que eu acredito ou tô vivendo para agradar as pessoas? para ser aceito, para ser validado. A autossegurança verdadeira, ela vem da tua integridade, de uma vida sincera, da coerência entre aquilo que você pensa, sente e faz. Então, meus amores, deixa eu dar umas dicas práticas. Na hora que vier a irritação ou a mágoa, respire fundo. Isso ajuda a reativar o córtex pré-frontal, a parte racional do cérebro e ajuda a desativar a resposta emocional imediata. Pense algo neutro, como eu entendi. Obrigado por me dizer isso. Esse pensamento te dá tempo para digerir, para pensar e para decidir como que você realmente quer reagir. Outra dica maravilhosa é a da comunicação assertiva, né? Não guarde ressentimentos, nem exploda de uma vez. Expresse os seus sentimentos de uma forma que seja clara e respeitosa. Diga, por exemplo, quando você falou aquilo, eu não me senti bem. Foi essa a sua intenção? Veja que a comunicação assertiva, ela evita mal entendidos e promove relações mais honestas e mais saudáveis. Não quer dizer que a pessoa não vai mentir nem tentar te enrolar, mas pelo menos você deêu uma chance. Por fim, aqui tá o verdadeiro segredo. Quanto mais você desenvolve uma base interna sólida através do autoconhecimento, do alinhamento com os teus valores, da busca por um propósito, menos os comentários e as atitudes alheias vão te atingir. Conheça-se, abrace o que você considera que é verdadeiro e digno para guiar a tua vida. Quando a gente faz isso, todo o resto deixa de interferir na nossa paz interior. Mas entenda que parar de levar as coisas pro lado pessoal não significa se tornar insensível. Pelo contrário, significa ter inteligência para separar o que é seu do que é do outro. Um beijo no teu coração e a gente se vê no próximo episódio. Valeu, [Música]

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