Compramos nosso CARRO SOBREVIVENCIALISTA!

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Faz muitos anos que a gente pensa em preparação veicular e a gente brincou com esse tema, mas a gente nunca fez do modo raiz. Poxa, a gente construiu casas juntos, quase sozinhos, mas a gente nunca pegou para futricar num carro bruto e ver o que acontece. Então, caros amigos e amigas, acho que a gente tem um novo problema para se incomodar. [Música] A grande questão é entender o que que é um carro sobrevivencialista, né? A gente também não sabe muito bem, mas a nossa ideia é começar a procurar por essa resposta. Para começar, pra gente fazer a escolha desse veículo, a gente passou por alguns critérios. Primeiro, um carro sobrevivencialista não pode ter muita eletrônica embarcada, certo? Se tiver um computador aqui que is ele para, é um problema. Dois, ele tem que ter pelo menos alguma fama de aguentar a porrada, de ser um carro de serviço. Ele tem que ser um utilitário, não pode ser, como o pessoal tem falado ultimamente, as plastetes, as caminhonetes de plástico. E três, ele precisa ser arrumado sem uma mão de obra muito especializada. Até onde vai o nosso conhecimento? Talvez nós tenhamos uma boa candidata aqui. Essa daqui é uma L200 GLS 2.5 ano 2000. A clássica L200 quadradinha ou mais conhecida como chaleira, porque supostamente tem a fama de ferver. E aí talvez você diga assim: “Pô, juro, mas esse não é o carro sobrevivencialista?” Calma lá, meu amigão. Vamos pensar com calma aqui. Primeiro, por que que a gente comprou esse carro especificamente? Primeiro porque é o que tava disponível. A gente encontrou ele na OLX. Achamos legal e a gente foi atrás para conhecer. Segundo, porque honestamente eu não consigo pagar 60 70.000 numa Hilux anos 98. Não consigo, cara. É muito dinheiro para um carro de mais de 20 anos. Então a alternativa foi escolher algo que o nosso orçamento comportava e que atendia parte dos nossos requisitos. Tem muita coisa para fazer nesse carro, mas a gente vai tentar. Esse é o veículo que a gente pegou para tentar solucionar problemas. E essa aqui é a graça de quem gosta de carro velho, eu imagino, né? Então agora eu vou apresentar para você o estado geral desse carro. Se você não conhece ele, eu vou fazer um tour pelo estado dele e as características dele para você começar a fazer parte dessa festa aqui também. Vamos começar pelo básico. Vamos falar um pouquinho da funilaria desse carro. Olha só, ele tem muita coisa para fazer e a gente não tá muito preocupado nesse sentido. Eu vou ir passando por todas as categorias enquanto a gente tiver falando. Vai ser meio bagunçado, mas tá tudo bem. Esse é o segredo. Ah, tem muita mancha de queimadura de sol no veículo, tá? Muita coisa desse tipo. No telhado também tá bem manchado. Tem alguns trincados aqui em alguns detalhes, uns frisos que precisam tomar cuidado com ferrugem. Nós temos também situações como, por exemplo, um para-choque trincado aqui embaixo, temos um para-choque lá traseiro também que tá bastante e danificado, mas isso a gente vai ver com calma, mas no geral, apesar de você ver alguns pontos que esteticamente são feios, até onde foi a nossa capacidade de análise, que não é lá das melhores, meu histórico me condena. Mas o ponto aqui é que nós não temos pontos de ferrugem sérios. A gente olhou embaixo de todo o veículo, ele tá com todos os frisos, tudo certinho. Então, no que tange a funilaria tem muito trabalho. Aqui na caçamba a gente tem um estrago associado também a um potencial Santo Antônio que colocaram aqui, ficou raspando contra a lataria, mas não tem oxidação, só tem o raspado do metal. Então, parece-me que quando a gente tá falando da parte estética e de conservação da carcaça do veículo, tem trabalho, mas não é aquele trabalho absurdo. Bom, dito isso, vamos para a próxima etapa. Vamos para o motor, que eu sei que é o coração do carro. No nosso motor, nós temos uma situação, talvez mais agradável. Segundo o ex-proprietário, a gente ainda vai fazer uma revisão geral do veículo, trocando todos os fluídos, etc. A gente acabou de pegar ele. Esse motor foi feito há menos de 10.000 km atrás. Ela tá com 300 e pouquinho no painel e supostamente o motor teve que ser refeito porque essa tampa não segurou a pressão, acabou falhando e teve queima de cabeçote. Isso foi o histórico que nós que nos contaram. No entanto, vindo para cá, o motor tá rodando suave, não tenho fumaça, não tem nada estranho e realmente as peças parecem estar muito boas. Você não vê nenhum cano ressecado, você não vê nada que seja necessariamente estranho, apesar de que essa mangueira de gás de cozinha é um pouco estranho. A gente vai chegar lá eventualmente. Nós temos um radiador que quando a gente abre aqui, a gente vê que não tem nenhum tipo de oxidação na água. Também temos todos os fluídos nas cores certas, sem indício de contaminação. E o mais legal, cara, é tão básico olhar para esse motor. Eu que não entendo praticamente bulufa nenhuma de mecânica, consigo ver as peças e falar: “Ah, isso aqui é tal coisa, isso aqui é tal coisa”. Isso me empolga muito, cara. Talvez seja a primeira vez na vida que eu sinta que que massa, eu vou poder desmontar e montar coisas de um carro se me der coragem, né? Mas enfim, o motor está muito bonito. Vamos para a próxima etapa. Vamos falar um pouquinho sobre o interior. Bom, o interior de um veículo, honestamente, eu não tenho tanta preocupação com o interior, porque a gente vai, pelo menos na minha van fantasia, modificar bastante esse veículo, né? Pelo menos é a minha ideia. Mas o interior está, hum, adequado. Curiosamente, esse carro tem vai só um pouco estranho para você, mas alguém vai entender. Fala nos comentários se você entendeu. Esse carro tem cheiro de carro japonês da década de 90. É bem específico, mas vamos lá. Deixa eu te mostrar como é que é esse painel aqui, que não tem como ficar mais simples. Olha só que interessante, um volante não tem comandos de console. Aqui nós temos aqui o sistema de ligar as luzes, para-brisas. Olha o freio de mão, meu amigo, ó. Você puxa e aperta o freio de mão. É aqui, ó. Tá? Inclusive, tá até em inglês aqui. Além disso, você tem o farol de milha nesses botões analógicos aqui. O pisca alerta. Olha o ar condicionado. E vou te dizer, tá? Eu vim para cá dirigindo com o ar condicionado, gela, que é uma maravilha. O ar- condicionado você liga neste botão e aqui você seleciona a temperatura, o direção, a direção para onde você vai colocar o ar condicionado. Além disso, você tem também porta trecos, que curiosamente está do lado de uma das coisas que há muitos anos eu não via, que é um acendedor de cigarro. Isso aí, ó. Tá vendo, ó? Para fazer bushcraft, cara, eu paro, faço fogo só com o acendedor do carro. Além disso, nós temos também algumas outras coisas. Eu ainda não sei o que a gente vai fazer aqui. Esse painel provavelmente vai sair, mas a gente fala sobre potenciais e modificações mais à frente. Nós temos aqui um altímetro, um inclinômetro, uma bússola e um porta treco. Certo? Temos aqui o câmbio. Naturalmente é um veículo manual, onde nós temos cinco marchas. Aqui nós temos tração nas duas, tração nas quatro e reduzida, tá? Sendo que esse aqui é a roda livre. Se você não sabe o que é isso, acho que é importante te mostrar. A roda livre nada mais é do que um sistema onde manualmente você desativa o acoplamento da roda do sistema de girar da da tração do veículo. Então, por exemplo, aqui você pode ver, não sei se você vai conseguir ver, mas nós temos aqui um indicativo de 4×2, certo? Então ela está desengajada. Mesmo que o cardan girar ali na frente ou qualquer sistema de direção girar na frente, a roda não engaja. Lá dentro eu coloco a alavanca no 4×4 e giro esse 4×4 aqui. Agora a roda está engajada no sistema de rodagem de tração e aí então ela vira 4×4. Por que que esse sistema manual é tão interessante? Porque não tem eletrônica nenhuma. Novamente, talvez não seja lá a coisa mais prática do mundo você descer talvez no meio da lama para enfiar a mão na roda e trocar, mas é o custo de um sistema mais robusto. Olha só que interessante. Se eu fizer assim, ó, que eu sou uma grrana, hein, cara? Ó, quase não dá para ver a porta de trás. Olha isso. 1 2 três palmos de porta. Ela é uma porta toy, mas independente disso, perceba que aqui dentro nós temos um interior muito bem feito. Cara, honestamente, para um carro dos anos 2000, estamos falando de 25 anos de carro, um estofamento desse jeito, bonitinho, olha, me surpreende. Tudo funciona, os vidros de trás são manuais, o que eu acho legal. Honestamente, se eu pudesse, eu deixava os vidros da frente manuais também, mas eles já vem de fábrica com essa configuração, então a gente provavelmente vai deixar. Mas o interior tá, ó, top. Tem um detalhe, um problema. Isso não abre. Ou seja, nós podemos, com todas as forças do mundo, puxar isso aqui. Não vai acontecer. Certo? O dia foi fechado e então ele não abriu mais. Vai que aqui dentro tem uma barra de ouro. A gente vai ter que descobrir eventualmente. Não sei como a gente vai abrir isso, mas eventualmente a gente abre. Falando da caçamba, nós temos um sistema curioso de fixação da caçamba aqui, porque este elástico aqui foi colocado porque essas travas estão com o jogo e podem se abrir com o movimento do veículo. Mas para abrir esta caçamba, você pode ver que você abre desse lado, você abre desse lado, então ela desce. A caçamba parece estar conservada. Quem sou eu para julgar esse tipo de coisa? Mas com certeza vai ser muito útil. Ó, ponto importante, tá? Senta aqui com o Júlio. Deixa eu te explicar uma coisa. A ideia aqui é a gente fazer um misto entre um carro de pira que vai ficar bonitão, estilo MadMax, sabe? Com cara de mal, aquele carro que aparece no Resident Evil, sabe? e um carro utilitário que precisa ter utilidade, não adianta empiriquitar o carro inteiro e ele não conseguir servir para carregar madeira aqui no rancho. Então a caçamba com certeza é uma das áreas de maior valor desse veículo, porque é nela que a gente vai carregar tudo quanto é tralha que a gente precisa aqui no nosso ambiente. Mas enfim, perceba que nós temos um veículo com muito trabalho para fazer, trabalho mais estético, muitas outras coisas. Ele agora, inclusive, quando a gente parar essa câmera aqui, amanhã eu tô levando ele pro mecânico para fazer uma revisão geral, trocar tudo que tá errado, troca polia, troca correia dentada, tudo, fazer aquele geralzão pra gente começar, entre aspas do zero. Mas aí, bom, então vamos agora pensar um pouquinho, vamos sonhar um pouquinho o que que a gente quer desse veículo. Como o YouTube é o local com maior adençamento de especialistas em mecânica que existe na internet, eu devo fazer uma ressalva importante para vocês. Gente, carro perfeito não existe, cara. Existem carros muito legais de vários tipos, mas geralmente quando você vê um projeto final, você nunca imagina o tamanho da dor de cabeça que o cara passou. Se me deria louca, a gente vai até tentar mudar o motor desse carro. A questão aqui é entender que mediante as possibilidades, a gente quer fazer um carro que a gente mais nada seja que ele seja muito útil para nós, que ele seja um utilitário verdadeiramente, que aguente porrada, que nos leve para lugares mais isolados, que tem a capacidade de carregar 30 sacos de cimento aqui dentro. A ideia é realmente um mão na roda pra gente. Mas mais do que isso, a gente prepara a nossa vida para o pior, mas a gente espera pelo melhor. Então ele também vai ser um carro legal. A gente quer deixar ele bonito, quer brincar com essa ideia. E uma coisa que me chamou atenção, eu comecei a pesquisar na internet, cara, quase não tem projetos documentados do começo ao fim de modificações da L200 quadrada. Eu pensei, pô, que massa, vamos fazer isso aí. Deve ter muita gente que é fã desse modelo, gostaria de ver alguma coisa assim e a gente tem a oportunidade de fazer também. Na internet a gente começou a pesquisar algumas referências, cara. Encontramos carros utilitários brutos, encontramos uns carros mais estilo savana africana, encontramos carros no estilo Monster. Tem muita coisa misturada, mas a gente vai tentar encontrar o meiotermo disso, até porque um dos pontos que eu não falei, que eu gostaria de fazer desse carro aqui, é torná-lo o veículo de fuga mais próximo do ideal pra nossa pra nossa realidade. Então, a gente quer adicionar nele aspectos de autossuficiência, por exemplo, quem sabe inserir água, sistemas de carregamento, talvez solares, enfim, a gente vai brincar com esses conceitos. E aí que eu peço tua ajuda. Se você pudesse pegar um projeto como esse, onde você não tem muito risco associado porque é um carro feito para isso, que loucura você inventaria? Essa é a pergunta do vídeo de hoje. Eu ainda não sei quais vão ser os primeiros passos. Não tenha pressa, tá? Isso custa dinheiro, leva tempo, a gente vai ir com calma, não tem episódio semanal ainda. A gente vai começar a pensar em quais são quais são as primeiras etapas. Se você acha que isso aqui tem potencial para virar uma série massa para você acompanhar, seja a gente e se ferrando no processo ou a gente se divertindo no processo, você tem que nos ajudar. Compartilha com seus amigos, deixa sua curtida, porque aí se o episódio realmente mostrar que vocês estão interessados, aí a gente vai começar a fazer o nosso esforço para fazer isso aqui se tornar algo real para vocês também, tá? Por fim, um último pedido. Qual é o nome desse projeto? Hum, essa é uma boa pergunta. Se você tiver uma sugestão de nome para essa L200, seria curioso vê-lo nos comentários. Pois bem, está feita a introdução de que, quem sabe pode ser um projeto muito legal e ao mesmo tempo provavelmente muito frustrante. E a gente se vê num próximo vídeo aqui do sobrevivencialismo. Eu sou o Júlio Lobo. esteja preparado. [Música]

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