Comprovado: SEU DNA VEIO DO ESPAÇO!

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Este episódio é um oferecimento da Insider. Mais detalhes ao final do vídeo. Uma das perguntas que eu mais me fazia quando criança era: Como as células sabem o que precisam fazer para compor o corpo humano? Afinal, cada órgão que temos possui células especializadas. uma célula parietal, aquelas que secretam os ácidos gástricos, dificilmente encontraria emprego no corttex cerebral, por exemplo. Eu tinha 11 anos quando esse programa me apresentou a resposta. Seu apresentador explicou que existe uma espécie de biblioteca química dentro de cada uma das nossas células e que além das instruções para construir todo tipo de moléculas, célula e órgão do nosso corpo, ela também coordena o que cada célula deve fazer e quando, o que possibilita tanta especialização. Ao me aprofundar no estudo do DNA, descobri que ele só tem quatro letras: a adenina, a timina, a guanina e a citosina, que se organizam em cadeias ou frases no formato de uma dupla hélice e que em organismos complexos como os nossos duplicam-se enrolando-se em cromossomos que são puxados pelas fibras do fuso durante a reprodução celular. Os seres humanos, os cachorros, as aves, os insetos, as bactérias e até mesmo os vegetais, como essas células de cebola, usam o mesmo alfabeto, adenina, timina, guanina e citosina para construir o seu maquinário celular, que por sua vez tem como tijolos primordiais um grupo de 20 aminoácidos, moléculas baseadas em carbono que compõem todas as proteínas que a vida produz. luz. Essas moléculas, portanto, necessariamente surgiram antes do primeiro ser vivo. Afinal, eles são formados por elas. Mas quando? Porque a Terra foi inabitável durante seus primeiros 500 milhões de anos, época em que o sistema solar era bem mais caótico e a superfície do nosso planeta era composta principalmente por lava pastosa. E praticamente assim que as coisas se acalmaram por aqui, os primeiros seres vivos surgiram. Teria o planeta tido tempo de criar nucleotídios e aminoácidos tão rapidamente? Ou será que eles vieram de outro lugar ansiosos por encontrar um ambiente onde pudessem prosperar? A hipótese de que a vida veio do espaço é bastante antiga. Ela se chama panspermia e quem a idealizou foi o filósofo grego Anaxágoras. 5 séculos antes do nascimento de Cristo. Ela cogita, em suas versões mais modernas que rochas carregadas de vida microscópica foram expelidas de seus planetas de origem após colisões com asteroides e que milhares ou milhões de anos depois, essas rochas teriam caído em planetas como a Terra, iniciando assim uma nova biosfera. A panspermia nunca foi amplamente aceita, porque ela apenas transfere o problema da biogênese para outro lugar que não a Terra. Não há indício de vida em outros planetas. Nós só conhecemos uma biosfera, a nossa. Então, não há motivo para imaginar que a biogênese tenha ocorrido em outro lugar que não aqui. Há, porém, indícios que as moléculas primordiais da vida tenham vindo de fora. Nós já as detectamos em nebulosas distantes e em meteoritos aqui na Terra, o que indica que nucleotídios e aminoácidos sejam comuns no universo. E como as condições da Terra logo após sua formação eram bastante desfavoráveis pra sobrevivência de moléculas orgânicas e a vida surgiu logo após a poeira da formação do planeta baixar, é bem possível que as peças fundamentais dos seres vivos tenham vindo do espaço e encontrado aqui as condições ideais para a biogênese acontecer. A vida surgiu nos mares que muito provavelmente vieram do espaço também. Afinal, a distância que estamos, o Sol sublima a água e empurra o vapor para longe. Então, a grande maioria dela deve ter chegado aqui a bordo de asteroides e cometas. Os elementos que formam a vida, como o carbono, o hidrogênio e o nitrogênio, são abundantes em nossa superfície. Então eles poderiam ter se combinado nos tijolos fundamentais dentro dos nossos mares, mas isso levaria tempo e dependeria de uma série de coincidências que muito provavelmente adiariam a biogênese em vários milhões de anos. É por isso que a hipótese dos nucleotídios e aminoácidos terem se formado no espaço e os nossos mares serem apenas catalisadores da criação da vida é tão atraente assim. Para provar então que moléculas orgânicas vieram do espaço, precisamos encontrar moléculas orgânicas no espaço. A maneira mais fácil de se fazer isso é usar a espectroscopia. Quando separamos a luz vinda do espaço com um prisma, podemos encontrar a assinatura dos elementos químicos presentes nela, porque cada elemento absorve e reemite a luz de uma maneira bem específica, o que cria esses traços em seu espectro. É por isso que sabemos que existem moléculas orgânicas em nebulosas como essa, a cabeça do cavalo, que está a quase 100 anos luz daqui, logo acima de a Unitquec, uma das três Marias, para quem vive no hemisfério sul. A cabeça do cavalo faz parte de um bersário estelar que não deve ser muito diferente daquele que formou o sistema solar. Portanto, sabemos que nucleotídios e aminoácidos não precisam de um oceano para se formar, mas como a infância da Terra foi bastante violenta, e quando eu digo violenta é violenta mesmo, é bem provável que as moléculas orgânicas presentes na poeira da nebulosa que originou o nosso planeta tenham se desfeito com tanto calor. Precisávamos, portanto, encontrar essas moléculas em rochas que não tivessem vivido tanta brutalidade, ou seja, algo que tenha vindo do espaço de carona em um asteroide ou cometa. E não é que encontramos? Talvez a amostra mais famosa de material orgânico vindo do espaço seja um meteorito que explodiu nos céus da Austrália em 1969 em um evento que não deve ter sido muito diferente desse. batizado como meteorito Merchinson por ter caído próximo à cidade de Merchinson. O estudo de sua composição revelou a presença de mais de 90 aminoácidos, vários dos quais utilizados no maquinário da vida, mas também muitos outros bastante incomuns aqui na Terra. E não é só na sua composição que o meteorito de Merchins não é comum. Ele tem 7 bilhões de anos de idade, sendo que o sistema solar tem menos de cinco. Ou seja, não apenas ele é a rocha mais antiga que conhecemos, como deve terse formado em outro sistema estelar que não o nosso. E há ainda outras particularidades nesse pedaço de rocha. Aí um dos medos dos pesquisadores era o de que as amostras do meteorito tivessem se contaminado com a vida da Terra, porque desse jeito os aminoácidos e nucleotídeos encontrados poderiam ser terrestres, mas há uma diferença que indica que pelo menos uma boa parte deles tenha vindo mesmo do espaço, sua quiralidade. Quiralidade é uma característica estrutural das moléculas. Elas podem ser compostas pelos exatos mesmos átomos, ligados das exatas mesmas maneiras, mas se espelharem, assim como as nossas mãos, que são praticamente idênticas, mas espelhadas uma em relação à outra. A vida na Terra dá preferência às moléculas canhotas e como os seres vivos se reproduzem há quase 4 bilhões de anos, é praticamente impossível encontrar moléculas orgânicas com quiralidade destra por aqui, o que é uma pena, porque, por exemplo, o açúcar de quiralidade direita tem exatamente o mesmo gosto do açúcar que nós digerimos e os nossos corpos são incapazes de processá-lo, o que o tornaria o adoçante perfeito se não fosse tão absurdamente caro para se criar e altamente laxante também. Mas o importante é saber que o fato de o meteorito de Merinson possuir ambas as quiralidades indica que suas moléculas orgânicas vieram mesmo do espaço, o que já seria suficiente para convencer a maioria dos cientistas, mas não os mais céticos. Para satisfazê-los, seria necessário colher amostras diretamente do espaço. O único modo de se ter certeza de que não houve contaminação, feito alcançado pela Osiris Hex, apenas uma de um grupo de sondas lançadas em busca de amostras de rochas interplanetárias, mas que ganhou ainda mais destaque em janeiro desse ano, quando os seus pesquisadores divulgaram resultados bastante interessantes. A Osiris Hex, essa belezinha aí que você está vendo ainda dentro de sua embalagem, foi lançada em 2016 do Cabo Canaveral na Flórida. Seu objeto de estudo era o asteroide Benu, que tem aproximadamente 490 m de diâmetro e está em uma órbita que cruza com a da Terra. Ou seja, em um futuro talvez não tão distante assim, pode ser que os dois se encontrem. Esse foi um dos motivos de termos mandado a Osiris Hex estudá-lo. Seu formato lembra vagamente o de um peão e a sonda, após se aproximar e entrar em sua órbita, fez uma série de manobras até tocar sua superfície. O asteroide foi completamente mapeado. A primeira coisa que descobrimos foi isso. Ele é uma pilha de pedras unidas por sua fraquíssima gravidade e não apenas uma única rocha. Em 20 de outubro de 2020, a Osiris Hex baixou o seu braço coletor e tocou o asteroide, levantando uma nuvem de rochas e poeira que foi capturada em parte sonda. Em setembro de 2023, as amostras foram lançadas na direção da Terra, penetraram a nossa atmosfera e pousaram no estado americano de Utá, onde foram recolhidas e enviadas ao laboratório. Essa poeira negra, portanto, é composta por material que veio do espaço sem contaminação terrestre, tudo que o mais cético dos cientistas precisaria para saber se as moléculas da vida do espaço ou não. E o que nós encontramos? todos os nucleotídios, inclusive a uracila, que não está no DNA, mas aparece no RNA, e 14 aminoácidos mais usados pela vida para construir as proteínas em ambas as quiralidades. Ou seja, parece que as amostras do meteorito Merchinson não se contaminaram tanto assim. E como vários dos minerais encontrados no Benu se formam em ambientes dominados por água salgada, é fácil deduzir que o corpo que o originou, muito provavelmente foi um planeta que já possuía água líquida em sua superfície quando foi destruído pela colisão com um outro planetesimal na infância do sistema solar. Esse planetesimal deveria estar próximo ou além da órbita de Júpiter. Afinal, praticamente toda a água do sistema solar foi varrida para lá pelo vento solar e parte dela estava líquida, muito provavelmente por conta da radiação emitida pelos elementos que formavam o planeta, que existiu por tempo suficiente para que os nucleotídeos e aminoácidos se formassem, mas que acabou se chocando com outro planeta. evento que o transformou em uma nuvem de rochas que se espalhou pelo sistema solar e acabou se condensando em asteroides como o Benu. A maior parte dessas rochas, porém, deve ter caído nos planetas. Mercúrio não tem gravidade suficiente para manter água em sua superfície. Vênus é quente demais para isso. Marte não tem uma atmosfera capaz de suportar um oceano líquido, pelo menos não hoje em dia, mas a Terra sim. Não apenas nossos oceanos cobrem a maior parte do planeta, como eles estão fervilhando de vida. O que demonstra não apenas que nossos tijolos primordiais devem ter vido do espaço, como o universo em si deve estar cheio de vida, pelo menos vida unicelular. É interessantíssimo imaginar que um punhado de poeira estelar pode ter provado que literalmente do pó nós viemos. Júlio é um mês especial para mim porque foi nele em que eu nasci, no Já Longic ano de 1970. Eu vim ao mundo exatamente um mês depois da final da Copa. Meu nome, inclusive foi escolhido durante aquele jogo. A Itália colocou um Giuliano para tentar se defender, o que não deu muito certo. O Brasil ganhou de 4 a 1. É um mês de festa para mim e de dor de cabeça pra minha família, porque desde que eu comecei a usar Insider, ninguém quer me dar nada de qualidade inferior, o que está tornando cada vez mais difícil me presentear com roupas. Já faz mais de 3 anos que eu ganhei as minhas primeiras tech t-shirts, que aliás continuam com a mesma aparência até hoje. Essa aí é uma delas. É complicado voltar a usar tecidos tradicionais como o algodão exatamente por isso. As tech t-shirts não desbotam, são versatilíssimas, caem bem com bermudas, calças de moletom e calças jeans. Não precisam passar, portanto você já pode tirá-las da gaveta e colocar no corpo, mesmo de gavetas tão bagunçadas quanto as minhas. E isso se aplica às peças de inverno também, como o Heavy Hood, que te mantém quente e elegante sem poluir o seu visual. Quer dar um belo presente pro seu apresentador do YouTube predileto? Compre um belo presente Insider para você nesse mês usando o cupom Somos Breves. 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