DEBATE: ANTIFEMINISMO X FEMINISMO – ANA CAMPAGNOLO X RACHEL RIPANI – Inteligência Ltda.Podcast #1595

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Olá, [Música] Terráquos, como é que vocês estão? Eu sou Rogério Vila, tá começando mais um Inteligência Limitado, programa onde a limitação da inteligência acontece somente por parte do apresentador que vos fala. Sempre trago pessoas mais inteligentes, mais interessantes e com a vida muito mais o quê? Feminina. Então para deixar as duas contentes aqui. Feminina que eu não feminina. Você é um Você é feminino? Não sou nem um pouco, né? Cara, você é o cara mais tosco que eu conheço. Por que tosco? Porque você não tem sensibilidade, cara. Nunca mandou flores para uma mulher. É verdade, mas eu tô aprendendo. Cada cada episódio aqui vou aprendendo. Você falou que ia começar a fazer quantas quantas flores você mandou já desde aquele dia que a gente cobrou você? Zero. Nenhuma por enquanto. Outra coisa, mas é que eu tô guardando para ser uma flor pra pessoa certa. É, exatamente. Não vai ser para qualquer uma, né? Que flor você vai comprar? Buquê de rosas. Quantas rosas? Várias, né? Várias. Ele não tem. Que cor? Vermelha. Esses dias eu vi no semáforo que o rapaz vendu no buquê, eu quase comprei que eu não tinha para quem dar, senão eu tinha comprado. Ah, então fica a dica. Você que tá aí já manda no chat assim: “Quero você, Cratos”. É, vou descrever. O pessoal já te viu aqui? Já, já, já. Então, ele é cabeludo, até o ombro aqui. O cabelo até o ombro é magrelo. Magrelo, bem magro e muito baixo. É igual Paquito, assim, igual Paquito. Parecido. Bem parecido. Então, mande a sua declaração para ele no chat. Como vai ser a participação do pessoal nesse debate de hoje? Olha, para quem quiser participar desse debate, pode mandar seu super chat aqui, que vou est escolhendo os melhores. Lembrando que como é um debate, né, a pessoa mandar para quem tá sendo direcionada a pergunta. É, e para quem é, porque a gente é se é pra Ana ou pra Raquel, que a gente vai estar escolhendo os melhores. Nem todas vão pro ar, mas eu vou ler todas, prometo. Mas dá, ó, segundo bloco é só de pergunta do chat. Então, caprichem e mandem, mandem aí porque às vezes o pessoal fica meio receioso, mas já manda no começo que aí eu vou escolhendo. E aí depois isso, manda o super chat. E também vejam se elas já fizeram essas perguntas. Eles mandam mesma pergunta que elas mesmos já fizeram uma para outra. Certo. Exatamente. E lembrar para quem não se inscreveu ainda, se inscrever, né? A caminho dos 6 milhões. A caminho dos 6 milhões. E deixa aquele like agora. Deixa o like agora se você se arrependeu, porque eu duvido que vai acontecer, porque vai ser de alto nível, pelo que eu tava conversando aqui antes. E no final, se se arrepender, você pode tirar o like, que eu duvido. E você que é vagabundo, que tá na televisão assistindo, dá para dar like também na televisão, porque na televisão dá um pouquinho mais trabalho, mas dá para dar like. É, vai aumentar o volume. Já dá um like. Já é, você já pegou para ver aumentar o volume. Não dá trabalho nenhum. Fechou? Então vamos começar. Agradecer de demais aí o nosso patrocinador que proporciona programas especiais como esse, Insider, que tem nosso cupom de 20% que é acionado automaticamente com o nosso link na descrição. Exatamente. Qcode na tela. Exatamente. E agora é o momento de eu saudar as nossas participantes e as duas são virgens aqui. Primeira vez. Então se apresente pro pessoal. Raquel, tua câmera é aquela lá. se apresente pro povo. Pera aí, eu perdi a câmera. Ah, oi. Tá, é que tá escondida no meio do cenário, né? Cenário tem muita coisa. Meu nome é Raquel Ripan. Eu sou atriz, trabalho no mercado da cultura no Brasil há 35 anos. Sou diretora, também autora, eh, intermediadora de direitos autorais, tradutora, trabalho nessa área. E nesse momento, depois, durante a pandemia, eu comecei a fazer uns vídeos no Instagram e fiz uma coisa muito ousada, que é propor de fato um debate. Eu falei sobre vários assuntos, mas naturalmente acabou que eu comecei a falar bastante sobre temas relacionados à equidade, ao feminismo e tô aqui hoje para falar sobre isso. Eu falo o meu arroba depois. É isso, né? É, no, no final, no final a gente vai ter canais, livros e tudo mais, mas como é a primeira vez, tem uma parte chata, tem que me dar presente porque eu sou interesseiro, desculpa. Tá certo? Tá certo. Você que você trouxe? Eu é, eu esqueci de falar que eu trabalhei bastante com teatro musical e eu trouxe para você umcote do Lemizer Rabble, que foi o musical que eu dirigi aqui no Brasil. Participei do Mamamia, Rei Leão, o Wicked Brasil. Aí já na parte como direção, direção residente, Wick, Lemise Rubble e Fantasma da ópera, dois filhos de Francisco, enfim, adoro teatro musical e esse aqui é um um bonequinho que tá vestido com a roupa dos revolucionários do Lemise Hler, que são o Anjor, o Mários, o Joli. Foi feito o figurino pela Vânia Canto porque ele é um bonequinho inflável, micro, mas ele tá confortável. É comportadinho. Não, que tem uma câmera aqui em cima, ó lá, ó. Ah, sério? Ele é uma gracinha. É, ele tem cara. É, enfim. E aí a gente, eu trouxe ele para ficar aqui com vocês. Um cenário aqui. Vamos depois colocar ele aqui, ó. É o Lemis. É uma peça. N deixar meu filho ver isso daí, não, né? Não é melhor não. Senão ele estoura isso daí na primeira oportunidade. Ana, tua câmera é aquela lá, se apresenta pro povo e também quero meu presente. Tá certo. Eu sou Ana Campanholo, sou filha de militar e esposa de militar. Um beijo no meu marido, tá me assistindo. Tenho duas filhinhas pequenas, a Catarina de 4 e5, a Joana de 1 ano e meio. Sou deputada estadual no meu estado que é Santa Catarina, que pro a contra gosto dos dos paulistas é o melhor estado do Brasil, Santa Catarina. Ah, vou concordar contigo. A deputada mais votada da história no meu estado com a pauta conservadora, sempre levantando essas duas bandeiras, principalmente a educação verdadeiramente livre de doutrinação ideológica e o antifeminismo. Eh, também sou escritora, tenho seis livros publicados e trouxe para você, Vilela, presentes inúteis são os meus livros, né? Porque você já não úteis aí são úteis. Aí você tá roubando que eu só trouxe presente. Presentees úteis. São os meus livros, alguns vários. Esse aqui, o primeiro é sobre o processo que eu tomei do Chico Boarque. Qual? Mulheres de Atenas. É mulheres de Atenas e Homens do Brasil. Esse aqui é um guia para adolescentes. Último lançamento nosso. Não existe cristã feminista, que é explica porque que uma mulher evangélica ou católica não pode ser feminista. É, eu quero fazer um programa com esse tema aqui, hein, Ana. Já tem uns nomes para você convidar, hein? Eu já até sei alguns também, talvez sejam os mesmos, né? Legal. Ensino domiciliar é uma bandeira que eu defendo o direito dos pais de não mandarem os seus filhos pra escola e educarem em casa, como existe nos Estados Unidos, em outros 60 países ao redor do mundo. Esse é o meu penúltimo livro, que é sobre como funciona o como funciona o movimento feminista dentro do parlamento, como eles conseguem aprovar tantos projetos de lei. E por fim, esse é da nossa biblioteca antifeminista, o que é casamento? Define o conceito de casamento, como ele sempre foi entendido nos últimos 10.000 1 anos, porque casamento é uma defesa da posição do homem e da mulher. São todos teus. O que é o presente útil de verdade é o seguinte, lá em Santa Catarina, nosso estado é o único estado com o nome de mulher. Isso já nos dá um, já nos torna especiais. E este nome, Santa Catarina de Alexandria, é em virtude, não sou católica, só para deixar claro pro pessoal, mas é em virtude de Santa Catarina de Alexandria, que é considerada a padroeira, inclusive dos estudantes e dos filósofos, porque ela foi morta pelo Estado por defender um ponto de vista filosófico e religioso. E ela é a padroeira do nosso estado porque deu nome ao estado. O jornalista Moacir Pereira escreveu um livro sobre a nossa padroeira e como que nós conseguimos uma relíquia que veio lá do Monte Santa Catarina para pertencer ao Tribunal de Justiça ali de Santa Catarina, pertinho da Assembleia Legislativa. Obrigado. Para você decorar o seu ambiente. E também trouxe um presente pros dois. Um bebezinho para cada um. Ah, eu ganhei um veto. É um bebê. É um feto. É. Eu tô na dúvida de quanto tempo é isso. 12 semanas. 12 semanas. né, que tava com desse aqui também é um para cada um, mas você não vai pregar ele na parede com um prego na testa coloca ele bonitinho aí, né? Puxa, eu tinha tinha um amigo que que brincava que colecionava as figurinhas do cigarro, sabe? Ele fumava e achava um saco até aquelas figurinhas dizendo que você não podia fumar. Ele falava: “A, aí ele escolhia, ele guardava que nem e figurinha de álbum de figurinha.” Ele diz: “Eu já tenho bebê no pote”. A minha filha mãe, já tenho do broch, um homem assim. As minhas filhas mordem os fetinhos, então diz que elas são comunistas, comem criancinha. Come criancinha, gente. Mas não é de comer esse aqui, não. Essa roupa é bonitinha. É bonito. Ganhou uma uma santa e um revolucionário. Começamos bem. É, eu pensei que era o quê? Fala pro pessoal. Ela achou que eu tinha trazido um voodu para ela. Falei: “Calma, amor”. Parecendo mas vudu não tem que ter medo não, porque é uma acupultura wireless. Você meninas, vamos então às regras do primeiro bloco. Teremos três blocos. Primeiro bloco aí vai vir, vai vir um videozinho com as regras. Solte aí, por favor, Kratos. Primeiro bloco a tema livre. Cada debatedor fazenda de três a quatro perguntas. Para cada pergunta, 3 minutos para perguntar, 5 minutos para resposta. 3 minutos para réplica. Estamos de volta. Então, temos aqui o primeiro bloco é 3 minutos para pergunta, 5 minutos para resposta e 3 minutos para réplica. Não são tempos assim. Se vocês acharem que precisa um pouco mais, a gente acrescenta na na outra debatedora. Então é mais livre, mas só pra gente ter um controle, para uma pessoa não falar muito mais que a outra. Eu vou escolher então a Raquel para fazer a primeira pergunta para Ana. Ana, quais as conquistas práticas que você entregou para suas eleitoras do antifeminismo? Eleitoras ou eleitores no geral? Eleitoras. Eleitoras. Tá, nós podemos começar. É, você tem 3 minutos. É só, só que é só isso. Pode. Ah, eu posso sugerir, querem e definir, queremos definir feminismo antes de começar ou não? Não, depois não. Tudo bem. Acho que todo mundo define esse negócio tanto. Tá certo. Então você fez uma pergunta sobre quais os nossos as nossas entregas práticas eh pro meu eleitorado que é feminina feminino. Mas eu eu gostaria até de esclarecer sobre isso. Nós temos aprovação de uma lei sobre violência contra a mulher que é a lei 19.037 1037, que foi publicada em 2024, sancionada pelo nosso governador, que é o governador Jorginho Melo. E é uma lei que consolida as políticas públicas para obrigar a notificação compulsória de violência doméstica quando uma mulher entra no sistema de saúde. Você pode pesquisar essa lei depois, lei 19.037 de Santa Catarina. É uma delas, eu vou falar sobre ela para começar e depois posso falar sobre as demais. Pois bem, por que que nós apresentamos essa lei? Eh, de muitas formas, o movimento feminista defende que é que existe a sua existência, se justifica pela defesa da mulher com relação à violência doméstica, estupro, abuso. Então, as feministas se definem como aquelas que basicamente monopolizam a luta em defesa da mulher. Eu não acredito que quem defende a mulher contra violência, abuso ou qualquer tipo de violência necessariamente precisa ser feminista. também não acredito que só as feministas fazem essa defesa. Então essa nossa lei faz com que quando uma mulher ingresse no sistema público de saúde machucada, alegando que sofreu violência, que ela não possa acobertar o seu agressor. Por que que nós apresentamos essa lei? Recentemente, as feministas apresentaram eh postulações através de normativas técnicas do aborto. O que que isso significa? O aborto não é legalizado no Brasil, eh, em todos os casos, como seria do do agrado das feministas. Ele só tm um, digamos assim, um excludente de ilicitude para alguns casos. E muitas feministas defendem o aborto até o nono mês em todas as situações, etc. para conseguir promover essa pauta do aborto. Estou explicando porque que essa lei existe. Para conseguir promover essa prática do aborto, as feministas usam essa temática do estupro, do aborto em caso de estupro. E elas apresentam, já que não conseguem aprovar uma lei porque o Congresso é majoritariamente contra, porque o Brasil também é majoritariamente contra o aborto. Como elas não conseguem aprovar uma lei via Congresso, elas tentam isso através, por exemplo, do judiciário, ADPFs e também através de normas técnicas que podem ser eh ministradas por conselhos. ou pelo poder executivo. Então, uma dessas normas técnicas da em defesa do aborto, que chamava o bebê de lixo, de restos, de resíduos, numa dessas normas técnicas estava eh descrito que a mulher que procurasse o sistema de saúde para abortar um bebê, para fazer o abortamento, que ela não precise notificar nada, não precisa informar as autoridades policiais sobre o autor ou o caso do estupro que ela sofreu. Lembrando que o aborto é permitido em caso de estupro. Então, se uma mulher entra na maternidade, desde a lei do minuto seguinte da presidente Dilma, uma mulher entra na maternidade e diz: “Eu fui estuprada, quero abortar no Brasil hoje, ela tem o direito de abortar imediatamente. Imediatamente o aborto é realizado sem que ela precisa apresentar documento algum. No entanto, muitas mulheres mentem a esse respeito. Algumas mulheres procuram um aborto de forma ilegal e conseguem apenas com esta alegação. Para proteger as mulheres que abortam criminosamente, o movimento feminino feminista faz normas técnicas. E nessas normas técnicas estão alguns conselhos, como uma que foi apresentada em Santa Catarina, onde dizia eh que constava que os médicos, enfermeiros, as pessoas que atendessem essa mulher não precisavam notificar as autoridades policiais a respeito da violência que essa mulher sofreu. Qual é a justificativa das feministas? Que a mulher que já realizou um aborto em virtude de um estupro, ela vai ser revitimizada com o processo que vai avaliar esse estupro. Qual que é o nosso entendimento? que o meu entendimento é que existe uma disputa entre direito individual e direito coletivo. E se alguém estuprou uma mulher, essa pessoa que estuprou esse homem, que estuprou essa mulher, ele tá solto e ele pode estuprar outras mulheres. Então, por mais que a mulher eh se sinta revitimizada, o poder público pode e deve, na verdade, já existe uma lei federal que diz que o poder público deve perseguir esse esse estuprador, deve investigar esse caso. é um caso de ação penal incondicionada, ou seja, mesmo que a vítima não queira denunciar o seu estuprador, o poder público tem que investigar esse estupro. Isso é um favor, um favor, não, uma obrigação que o estado cumpre para defender todas as mulheres catarinenses ou brasileiras, todas as mulheres que são hoje eh que estão a mercê ou são vítimas de estupro. Então, uma mulher quando ela procura, desde que nós aprovamos essa lei estadual, que na verdade é um reflexo de uma lei federal, a 19.037, uma mulher que alega que sofreu um estupro, ela precisa, os as autoridades precisam ser notificadas. Quais autoridades? Especificamente, principalmente a polícia civil, para que a polícia civil pratique e possibilite a persecução penal desse marginal, desse bandido, desse criminoso que estuprou uma mulher. Então essa uma das nossas leis estaduais em defesa da mulher. Lembrando que não é como sou deputada estadual, eu não posso legislar amplamente sobre código penal, por exemplo, código civil. A competência do deputado estadual é bem regionalizada. Réplica. Achei interessante ela usar a palavra avaliar um estupro. Engraçado, vai dar nota 0 a 10. E é interessante aí perseguir a mulher ou perseguir o estuprador, mas eu entendo que é uma lei que de fato atende as pessoas que as mulheres que elegeram que e eu assim concordo completamente que todo crime deve ser eh investigado, especificamente um crime dessa natureza. Se você entende, tem capacidade de entender o que tá, o que aconteceu, qualquer pessoa, não há por você não querer que isso seja investigado, punido, investigado, evidentemente. Quer dizer, há muito porquê, né? Porque tem gente que passa por isso e isso acontece dentro da sua casa e você pode morrer se você, se acontecer da pessoa ser chamada delegacia. Quer dizer, tem muitas coisas para serem consideradas no porqu uma mulher não, quando ela sofre violência, ela não denuncia. E a minha única consideração é que, na minha opinião, a primeira coisa é acolhimento, eh, não julgamento para alguém que tá passando por qualquer situação de violência. Eu não sou a favor de que ninguém eh seja julgado injustamente ou que ninguém seja perseguido, porque se a pessoa, né, tá ali, se aconteceu alguma coisa, quer dizer, em geral, quando você passa por esse tipo de situação, mulheres adultas, elas vão eh elas recebem uma pílula do dia seguinte, né? Se você sofre essa violência, consegue reconhecer e vai, você vai pro IML, você passa por um exame, depois você passa por um exame eh médico que já te dá a pílula. Então assim, se você é uma mulher adulta, as chances de você não tá desenvolvendo nenhum sintoma decorrente da pior violência que, na minha opinião, a mulher pode sofrer, que é a sua dignidade. Eh, isso não deveria nem ser necessário, né? Mas infelizmente acontece. Eu só acho que a gente deve acolher agora só pergunta, Ana, para ela. Certo. Antes de eu perguntar, eu quero eh só esclarecer. Eu eu então é, você tem 3 minutos, pode usar isso para esclarecer e no final faz a pergunta. Eh, eu entendo perfeitamente o que você disse, talvez a tu a tu o teu incômodo com a palavra perseguir venha do fato de eu ter citado a persecução penal, mas é porque e persecução penal não contra a vítima, mas contra o estuprador, né? E muitas vezes a falta de provas ou a falta de uma mulher deixar de denunciar um estuprador faz com que não se realize a persecução penal. Aquele cara fica solto. Então a nossa lei faz com que o médico, enfermeiro, que recebeu uma mulher que alega a violência, mesmo que essa mulher diga: “Por inúmeras razões me sinto mal, não quero ser revitimizada, eu não quero responder, eh eu não quero levar adiante esse processo, eu não quero deporigam com a investigação, mesmo que a vítima não não queira”. Pois bem, eh, eu achava interessante que nós tivéssemos, eh, definido superficialmente o feminismo, mas vamos, eh, deixar isso para lá por enquanto. Então, pois bem, o movimento feminista, em tese, diz eh que além de dizer que defende a mulher, o movimento feminista também diz que luta por igualdade. Essa expressão é muito recorrente nos livros das principais autoras feministas, tanto das de primeira onda, segunda onda, terceira onda, as feministas sempre falam que lutam por igualdade. E não só uma igualdade civil, jurídica, mas igualdade social, igualdade plena. Pois bem, nós temos quatro episódios bem recentes na história do Brasil que eu gostaria de apresentar. Talvez eu sei até que a Raquel já conhece um desses casos, mas vamos aos quatro casos e depois a gente, eu faço a minha pergunta. Em abril de 2024, hum, em São Paulo, o alguns advogados, alguns homens advogados tentaram propor a criação de uma comissão do homem advogado. Por quê? Porque já existe a comissão da mulher advogada. Então eles tentaram fazer a comissão do homem advogado para discutir algumas leis que podem ou não favorecer os homens ou não, né? Enfim, eh, todos os direitos que qualquer um tem, o idoso tem, a criança tem, o adolescente tem de ter órgãos e secretarias que o representem. Da mesma forma, os homens tentaram criar a comissão dos advogados, dos homens advogados, e eles foram impedidos, foram muito criticados, violentamente criticados, perseguidos pelas feministas, que disseram que é legítimo haver uma comissão da mulher advogada, mas não é legítimo haver uma comissão do homem advogado. Nós temos também, isso aconteceu numa OAB, né? Mas nós temos também o caso de coisas semelhantes a essa que acontecem, por exemplo, no Ministério Público, no Tribunal, no Tribunal de Justiça, ou seja, no Judiciário. Exemplo, eles têm núcleo da mulher, núcleo de gênero, coordenadoria da mulher, mas nenhum movimento semelhante com relação aos homens. Tem o MP pró mulher, não tem o MP pró-homem. Nós temos também o caso das assembleias legislativas. No poder legislativo nós temos procuradoria da mulher, secretaria da mulher, bancada da mulher, observatório da violência contra a mulher, mas também não há nada semelhante nas assembleias legislativas. A gente poderia falar também sobre educação. Na educação nós temos bolsas e patrocínios editais especiais, chamados especiais para mulheres, CNPq, FINEP, enfim, eh órgãos vinculados à educação. Por exemplo, existem poucas mulheres nas áreas de ciências duras. Então, faço um programa de inclusão das mulheres nesse nesse sistema, nessas áreas onde elas são minoria. Mas não existe nenhum programa semelhante para incluir os homens nas áreas onde eles são minoria. exemplo, psicologia, pedagogia, enfermagem. Por fim, a gente poderia citar também o caso do Distrito Federal, recentemente, a a Defensoria Pública do Distrito Federal em julho, agora nós estamos em julho, julho tem o dia 15, que é o dia do homem, que ninguém liga, né, mas existe. E nesse dia, nesse dia 15 de julho, a Defensoria Pública tentou promover um evento chamado Homens Extraordinários. E aí a Defensoria Pública teve que pedir desculpas, teve que pedir desculpas pelo seu evento, mesmo que a própria Defensoria Pública já promova um evento chamado Mulheres Inspiradoras. Além disso, a Defensoria Pública do Distrito Federal também promove o dia da felicidade, o dia dos namorados, o dia do indígena, o dia do trans e até o dia do Star Wars, mas teve que retirar o seu evento do dia do homem, que era o evento Homens Extraordinários. Então a minha pergunta para Raquel é: você reconhece que essas práticas feministas que acontecem em nível estadual, municipal, nacional, poder legislativo, poder judiciário, poder executivo, que essas práticas são desiguais? A minha primeira pergunta é: você reconhece que elas são desiguais? E se você reconhece ou não, mas como é que concilia essas práticas que são documentadas com o discurso, com a propaganda que o feminismo faz de de igualdade? Boa pergunta. Eu fiz vídeo sobre isso, acho que você viu, né? Eu viu da Defensoria Pública, achei bom. Muito bem. Eh, bom, eu vou dizer que, na minha opinião, o feminismo luta pela equidade. Equidade não é igualdade. Então, a gente tá começando de algumas maneiras a tentar corrigir discrepâncias. Se você for olhar no judiciário, se você for olhar no mundo, as mulheres ocupam poucos espaços ainda em relação a homens em muitos desses ambientes no que você citou. Então, esse é um motivo para você ter um comitê para fomentar. Eh, e eu concordo que a gente tinha que ter comitês para fomentar, por exemplo, a presença masculina em funções como escolas, professores, para que meninos e meninas tenham as duas, né, ou cuidadores. Eu acho muito importante que os dois lados estejam sendo atendidos, tá? Então, não, não acho necessariamente que você ter um grupo olhando para as mulheres quer dizer significa que você tá discriminando os homens, quer dizer que você tá tendo um olhar para um lugar onde as mulheres ainda precisam de estratégias para se unir, para se encontrar e para avançar. Porque muitas vezes a gente chega em espaços onde você, imagino que no seu caso, não sei, espero que não, mas que é fácil de você sofrer perseguição ou violência ou de ser difícil entrar, porque são ambientes considerados muito masculinos. E acho que esse tipo de iniciativa das mulheres se unirem nesse sentido, é só elas se unirem, né? Não precisa ser uma coisa contra o outro. Agora, quanto a essa segunda iniciativa sobre a qual você falou sobre da Defensoria no Distrito Federal, eu fiz um vídeo dizendo que eu discordo que as mulheres eh tenham tenham achado que de cara a esse seria um evento eh contra mulheres, porque foi isso, né? O evento se chamava Homens Extraordinários, se chamaria. E nesse evento, a só com o anúncio do evento, eles foram tão criticados que eles cancelaram e pediram desculpas. E o meu questionamento, porque eu não expliquei ainda, mas vou falar um pouquinho sobre isso, porque acho que eu tenho um tempo sobrando. Eh, ó lá. Sim. Tô vendo. Acho que eu tenho mais. Eu falei muito, quero, eu faço uma coisa que eu chamo de feminismo conciliatório, eh, porque eu acho que a gente tem que chegar a espaços de consenso. Então, o meu objetivo não é antagonizar necessariamente, mas ser tentar a equidade mesmo. Então assim, eu acho que para as para a sociedade avançar é muito importante que os homens tenham o espaço, porque se as mulheres estão saindo do lugar que elas estavam historicamente, falando a respeito disso, se unindo para tentar eh galgar espaços, os homens têm que começar a entender que tipo de masculinidade é essa. Não necessariamente os homens para falarem, estarem juntos, eles vão estar fazendo um discurso de ódio contra mulheres. Eu acho que a resposta das mulheres a esse evento, eh, homens extraordinários foi ruim, porque a gente tem um aumento gigante de de movimentos que de fato desvalorizam as mulheres, que de fato são de ódio às mulheres. Então, elas viram o título do evento, que eu não sei do que qual era a programação, pelo que eu li, podia ser alguma coisa inclusive em relação a cuidados médicos, etc. Eh, se fosse pros homens se encontrarem e debaterem a masculinidade, quem eles são no mundo agora, como se tornar um homem atento, um homem atencioso, um homem presente, um homem honrado, tudo isso eu acho importante. Inclusive a Dra. Valéria, eh, Zalesco, ah, meu Deus, Valesca Zanelo, desculpa, eu sempre faço isso. Ela tem um livro muito bom que se chama masculinidade e dispositivo de eficácia, onde ela fala que os homens eles escutam uns aos outros, eles não vão ouvir as nossas reclamações, porque basicamente é isso, né? feminismo faz lobby para mudanças, para que a gente ocupe espaços de equidade. Igualdade não é igual a equidade. E eu acho que é ruim a gente reagir dessa maneira antecipando um movimento que a gente não sabe qual é necessariamente, porque tem dois dois tipos de grupos de masculinidades. Tem o tipo de grupo de masculinidade que fomenta o ódio, que realmente quer dizer que as mulheres são inferiores, que elas são menores, que elas tinham que, enfim, determinar o que elas tinham que fazer. E tem outro tipo de grupo que é reflexivo, que são homens que vão se encontrar e dizer: “Poxa, a gente precisa falar mais sobre os nossos sentimentos, a gente precisa fazer marcar nosso médico sozinho, a gente precisa assumir nossa parte na economia do cuidado.” Tem muita coisa pros homens conversarem. Eu acho difícil. Eu acho que a nossa sociedade não deu esse espaço ainda e eu acho que eles devem procurar e ter esse espaço e ter também o mesmo acolhimento que eu tô dizendo que as vítimas de estupro tê que ter, os homens também têm que ter se eles não tiverem buscando violência. Então eu acho que, enfim, o ambiente das redes faz isso com a gente, né? Ele faz com que a gente queira primeiro passar um julgamento em relação ao que tá acontecendo, sem de fato saber o que que foi. Então, homens tentando ser mais éticos, tentando se ouvir mesmo, ainda mais que teve o grupo das mulheres, eu acho que se quiserem ter o grupo dos homens na OAB, mas assim, vai ser tipo 80% das pessoas lá, sei lá quantos por cento que hoje em dia são advogados, entendeu? Então assim, já é um ambiente eh prioritariamente masculino. Acho que é por isso que eles mesmos não vem motivo para fazerem um outro. Sim. Eh, eu achei muito legal muitas coisas que você falou e concordo com algumas, mas, eh, só para lembrar a a Raquel e o telespectador da pergunta que eu fiz, a pergunta, eh, principal era: “Se você e se você quiser, não tem problema. Se você quiser me interromper para me dizer que eu me equivoquei na descrição do que você pensa, eu a minha pergunta é: você acha que o discurso feminista de igualdade tá sendo realizado na prática conforme se observa nesses casos?” E aí você trocou a palavra igualdade por equidade, que significaria tratar os desiguais conforme a medida do que eles necessitam, não é? Exato. OK. Mas no geral, o feminismo usa a palavra igualdade e não equidade. Não, não. Eu eu estou convicta que sim. Algumas pessoas até dizem, depois você pode me corrigir, mas algumas escritoras como a Bel Hooks falam sobre equidade, mas a maior parte das mulheres falam que estão lutando por direitos iguais. Mas vamos falar também sobre equidade, não tem problema. Eh, equidade, então, seria nós darmos a cada um a medida do que precisa, da do que carece na sociedade. Pois bem, o pressuposto eh do que a Raquel nos disse aqui é que, bom, não existem tantos grupos assim para homens e existem tantos para as mulheres porque os homens não precisam tanto assim. É mais ou menos isso? Não. Quer me explicar o que você quis dizer? Não, primeiro não acho que existem tantos grupos para mulheres. Eh, acho que isso é uma desvirtuação do que do que são iniciativas que são necessárias e eu acho que que são necessários mais grupos para homens. Ótimo. Tá ótimo. Então, veja como eu tinha entendido errado. Foi bom você ter explicado. Então, vamos lá. Ã, a Raquel então parece concordar comigo que é ruim que essas práticas aconteçam no movimento feminista, mas elas acontecem. Uhum. Ah, acontece com muita frequência. E por que que isso acontece com frequência? Porque o movimento feminista, embora pareça que a Raquel não concorda com isso, o movimento feminista se entende como aquele responsável por dizer o que que é uma feminilidade sadia. Olha, nós mulheres temos condição de avaliar nossa própria feminilidade, mas o movimento feminista também quer dizer o que que é uma masculinidade sadia. Não quer permitir que os homens se encontrem e definam o que para eles orienta o propósito de vida, o melhor estilo de vida, que é quando essas feministas se manifestam. E veja, eu não estou trazendo aqui evidências anedóticas, eu não tô, ah, aconteceu um lugar ou tal, eu tô trazendo evidências que podem ser consultadas por todos vocês e documentadas. Com muita frequência, as feministas se posicionam violentamente e contundentemente contra grupos organizados em favor dos direitos dos homens. Eu citei aqui os casos Tribunal de Justiça, Ministério Público, que nós estamos falando do judiciário. Eu citei os casos da educação, que são plataformas de recursos e de privilégios que podem vir direto do executivo. Citei também os exemplos do executivo através das coordenadorias. Enfim, são inúmeros inúmeros inúmeros exemplos, mas eu gostaria de citar mais três, porque esses três que eu vou citar agora vão deixar claro cabalmente, sem dúvidas, que o movimento feminista tem esta prática recorrente, a prática de impedir, impedir os homens de lutarem pelos seus direitos. Eu gostaria de citar o exemplo da procuradoria do homem. Nós temos uma Procuradoria da Mulher em Santa Catarina que foi há alguns anos autorizada e essa procuradoria lá em Santa Catarina serve aos interesses de avaliar se um projeto de lei é ou não benéfico para as mulheres. Acontece que a procuradoria da mulher foi estabelecida, mesmo sendo a nossa procuradora geral já uma mulher. Então, hoje nós temos uma procuradora, mulher geral e uma procuradora, uma procuradoria especial da mulher. Você quer que eu pare? Eu posso terminar um? Eu só queria ter tá contando quanto tempo há mais para depois eu saber quanto tempo eu tenho paraa minha resposta porque aí fica no zero. Aí eu fico corto. Não, pode posso continuar. Então tem a procuradoria, nós temos a procuradora geral que é mulher a procuradoria geral da mulher. Então eu propus a Procuradoria do Homem, só para eu mostrar com documentos, não é uma evidência anedótica, é um documento. As pessoas podem acessar o PRS 4.5 de 2021, o projeto de lei. Neste projeto de lei, onde neste requerimento onde nós tentamos criar uma procuradoria do homem para discutir as pautas afetas à saúde, trabalho, violência contra o homem, quatro órgãos se manifestaram contrariamente com cartas escritas por professoras feministas, não por um cidadão qualquer, por uma feminista da rua, da internet, por pessoas autorizadas em posição de poder. O Tribunal de Justiça de Santa Catarina, a Universidade Federal de Santa Catarina, a Defensoria Pública de Santa Catarina e o Ministério Público de Santa Catarina se manifestaram contra e dizendo que é um assinte, que é grave, que é bárbaro nós termos uma procuradoria para representar os direitos dos homens. Então, embora a Raquel tenha dito que não concorda ela como pessoa, e eu até acredito que ela provavelmente não concorde com essa prática eh que eu considero persecutória e desigual, o movimento feminista tem feito isso reiteradamente. Ei, vamos lá. Quanto tempo? Não, agora é a sua segunda pergunta. Você tem 3 minutos e 30 para fazer. Pode comemorar. Eh, pode comentar e e fazer a pergunta no final. Tá bom. Entendi. Pera aí. Vamos lá. É pergunta. Sim, eu entendi. Pode comentar o que foi falado e deixa a pergunta. Beleza, beleza. Beleza. Estamos aí, estamos chegando junto. Primeiro eu queria discordar, dizer que tem uma falácia em dizer que o movimento feminista, primeiro, o movimento feminista X, né? Porque a gente sabe que assim como a gente não pode dizer que o movimento conservador é uma coisa só. ou que todas as pessoas religiosas são tané. A gente não pode dizer que o movimento feminista é um movimento único. E ele acha uma coisa, a gente não tem, juro por Deus, a gente não tem um um headquarters, não tem, não tem, não tem essa verba toda. Aliás, né? Eu não tô ganhando nada aqui, eu não tenho cargo, eu não vendo livro, eu não vendo curso, não faço nada. Eu só tô ouvindo porque eu realmente acredito nas coisas que eu que eu tô falando. O movimento feminista é um movimento múltiplo. Ele não se arvora a dizer o que é feminilidade, de quem é essa feminilidade, qual é o comportamento dessa feminilidade e nem o que é masculinidade e como essa masculinidade deve se tratar. Pelo contrário, eu sou devota do deboísmo. Eu acho que a gente devia seguir as regras do mscicatra. Deixa as pessoas, deixa as pessoas seguir, deixa as as pessoas comer, deixa as mulheres dar, deixa ele ter os filhos dele, deixa as pessoas. Eu sou a favor da liberdade, na verdade. Eu acho que todo mundo deve poder viver como desejar, inclusive as mulheres. Eh, falando sobre o que você tá dizendo, eh, na em relação à procuradoria, eu diria que duas coisas podem ser verdade ao mesmo tempo, né? Os homens podem ser atendidos e as mulheres podem ser atendidas e devem ser atendidas. O como isso está acontecendo? qual é a reatividade de determinada parte do movimento feminista ao que tiver sendo proposto? Eu não tenho como dizer, porque eu não sei exatamente qual é o direcionamento desses tipos de grupos. Como eu tô dizendo, se é um grupo para evolução, eh, e que é de acolhimento e não é um grupo de ódio, eu sou a favor. Agora, se é um grupo para desfalar de superioridade, eu não sou a favor. De superioridade e inferioridade feminina, eu não sou a favor. Eu acho que a gente tem que ter esse discernimento e olhar cada caso. Eu acho que isso é uma das coisas ruins do ambiente que a gente vive digital, que fomenta muito ódio. Antes de saber do que as coisas estão falando, você já vai receber ódio antes de eu também. Então não importa muito o caso a caso e acaba que isso limita as pessoas e coloca ela dentro de caixinhas. Eu acho que quem tá em casa tem a capacidade de discernir entre uma coisa e outra e a capacidade de decidir. Então eu sou a favor da gente achar pontos em comum e de colaboração, porque afinal essa é a natureza da política, senão a gente estava em guerra. Eh, agora minha segunda pergunta, ai, tô bem aqui. Eh, eu queria te perguntar, você é contra ou a favor da igualdade? Eh, não. Equidade jurídica entre os sexos. Meu Deus, eu tenho que responder o primeiro, responder o segundo. Vamos lá. É difícil, né? O tempo nos deixa nervosos. Pois bem, eh, é muito difícil a gente começar a discutir se o feminismo é bom ou ruim, se o antifeminismo é bom ou ruim, se a gente não puder definir o que é feminismo. Eu, eu concordo e entendo o que a Raquel quis dizer. Raquel, eu te entendo quando você diz: “É impossível definir o feminismo como uma coisa só”. Pois bem, mas existem eh conceitos nevrálgicos, né? Existe uma uma espinha dorsal no conservadorismo, existe uma espinha dorsal no pensamento de esquerda, no pensamento de direita, no pensamento feminista. E se nós não pudermos trabalhar em cima disso, a gente não vai conseguir definir nada porque ou discutir nada. Porque toda vez que eu te disser as feministas fazem a, você vai dizer depende. Eu acho que não. Então existem sim livros consagrados e autoras consagradas. Bet Freedom, Kate Millet, Schulamit Firestone, Bell Hooks, que elas são lidas, repetidas, citadas em trabalhos acadêmicos e que sim, elas podem ser consideradas bispos do feminismo, digamos assim, por terem mais porinência pelo que elas escrevem e terem representatividade e e se reproduzir no meio feminista. Então, por exemplo, a gente tem um livro da Bel Hooks que se chama O feminismo para todo mundo. Nesse livro, ela define em vários termos o que é o feminismo, etc. E uma das coisas que ela define lá é: é impossível ser feminista e ser contra o aborto. Então, lendo o livro da Bel Hooks, eu chego à conclusão que toda feminista é pró aborto, porque nisso parecem concordar 90% delas. Então, eu preciso ter uma definição. E no começo do programa eu tentei pedir pra gente fazer uma definição pra gente poder discutir isso. Eh, eu acho que ah sem essa definição a gente vai sofrer um pouco aqui para dizer se o feminismo é bom ou ruim, etc. Eh, quando você diz que nós não podemos permitir que os homens se reúnam para discutir supremacia ou superioridade, eu até concordo que nós não podemos apoiar esses grupos, mas eh eles existem, assim como as mulheres se unem e discutem e debatem sim, políticas públicas que prejudicam os homens. Um exemplo é uma foto muito famosa da Manuela Dávila, o homem segurando um livro que diz: “O homem precisa acabar”. Outro exemplo eh bem legal sobre isso, bem legal não, bem grave sobre isso, foi uma campanha de camisetas eh que surgiu nos Estados Unidos, eh, que tinha como lema: “Meninos são estúpidos, joguem pedras neles” ou fábrica de estupidez, o lugar onde os meninos são produzidos. Então, existem muito material antihomem de ódio contra o homem sendo produzido. Existem grupos feministas que defendem sim a supremacia da mulher, que defendem a superioridade da mulher. E por fim, a sua última pergunta, eh, a sua última pergunta aqui para mim é se eu concordo que deve existir, eh, igualdade jurídica e civil em quanto em relação aos homens e às mulheres. De modo geral, sim, aí você usou a expressão equidade, né? De modo geral, eu concordo que a lei deve ser justa, principalmente quando se trata, por exemplo, do código penal. Se é se é crime uma mulher bater num homem, tem que ser crime um homem bater numa mulher. Se é crime um homem mentir sobre uma mulher, deve ser crime a mulher mentir sobre o homem. Mas não é isso que a gente verifica eh nas leis. Nós temos uma série, uma infinidade de leis que, na verdade, só defendem as mulheres, leis que favorecem as mulheres. Por exemplo, tem um a lei, a própria lei do feminicídio não necessariamente favorece as mulheres, mas ela eh considera que o crime contra a mulher é mais grave do que o crime contra o homem, porque a pena é maior, né? Nós temos também, por exemplo, um crime, uma lei, a lei 13.640. 1642, que é sobre a atribuição da Polícia Federal para investigar machismo online. Então, machismo online não pode. Ódio contra a mulher não pode. Eu concordo, não deve ter mesmo. Porém, ódio contra os homens pode. Aina, a publicação da Manuela Dávila com aquele livro O homem precisa acabar, não aconteceu nada com ela. Vou dar um outro exemplo. A atriz famosa Tyla Aala, quando ela engravidou pela primeira vez do filho dela de um menino, a atriz Tyla Yala deu uma entrevista, respondeu uma pergunta numa caixinha dizendo que bah, eu queria que fosse uma menina porque criar homem é difícil, porque bá, as mulheres são maravilhosas, as mulheres são incríveis, mas os homens, os homens e ela continua na sua explicação dizendo que é muito difícil criar um ser humano do sexo masculino, porque ele pode acabar virando machista, um bobo, um criminoso. alguma coisa assim, se eu estiver me equivocando numa palavrinha ou outra, mas eu quero que vocês lembrem desse caso que que é muito sério. Nós temos também o caso da Gabi Catuzo, já que você pediu exemplos, a Gabi Catuzo é uma gamer e durante um programa ela perdeu até o patrocínio, ou seja, quem a puniu foi a empresa, porque a legislação brasileira não a puniu. Ela tava numa live disse que o homem era lixo. E aí alguém contestou: “Você acha mesmo que o homem é lixo? Não precisa generalizar.” E ela respondeu: “Precisa generalizar, sim. Quando a gente fala esse tipo de coisa, vem os caras dizendo que não precisa generalizar, não é todo mundo. E na primeira oportunidade fica sendo escroto. Homem que não é merda é exceção. A maioria dos homens são merda. A Gabi Catuzo disse isso. Então eu citei casos internacionais, casos brasileiros. Então nós temos uma lei que é a lei da 13.642 que proíbe o machismo online. Tem alguma lei que proíbe a Misandria online? Eu acho que que não, né? Não tem, não tem essa lei. Nós temos também o caso da lei contra stalking, a lei 14.132 de 2021. É uma lei que uma lei que proíbe stalquear, né, você ficar seguindo, perseguindo alguém. Só que a lei tem um agravamento de pena se a vítima for. Se você perseguir uma mulher, por exemplo, que tá apaixonado, ficar seguindo ela, mandando mensagem, mandando flores, a pena é pior do que se for do que se for se uma mulher perseguir um cara. Só que nós temos um caso na minha cidade natal, Itajaí. Gente, por favor. Em Itajaí eu tô falando demais. É muito mais toda vez aí fica difícil 3 minutos para ret. Eu queria comentar sobre isso que você tá falando de ódio. Eh, é muito difícil a gente colocar isso como iniciativas públicas, né? Porque o ódio online é de todo mundo. Tanto que, por exemplo, quando o Trump foi eleito, uma das coisas que eu achei uma de tantas ofensivas foi o Nick Fuentes dizer: “Your body my choice”. Ou seja, para as mulheres, vocês nunca vão estar no poder. É o seu corpo e eu escolho. Quer dizer, eh, e isso tá acontecendo digitalmente, a gente sabe disso. Tem um aumento de misoginia online que tá que foi estudado pelo Ministério da Mulheres e que aponta para um aumento da violência concreta contra mulheres. Então, assim, a Talia Ella não querer um filho homem não justifica a violência pública que que vai de parte a parte assim. e fogo cruzado. Eu acho um horror. Eu acho que a gente devia regular as redes para que a gente não pudesse eh disseminar ódio online. E aí você falou de Misandria. Isso é uma coisa que a gente sempre ouve, né? Porque no primeiro momento que você começa a falar sobre direitos das mulheres, vem algum homem chorar misandrias. Fal. É muito diferente você viver num ambiente de misoginia e você reagir a essa misogenia. reagir à misogenia, ser considerado o crime de ódio equivalente a à violência que você sofreu, é justo. Eu não considero que seja justo. Agora, não dá para você falar porque, ai meu Deus, ele me xingou na internet, eu tô sofrendo violência. Se alguém tá te ameaçando, eu acho que é por isso que você tá dizendo que tem um qualificante aí de ameaça quando uma mulher sofre uma ameaça digital, é porque essas coisas se concretizam na vida real. E eu nunca vi alguém ameaçar e ou falar do homem, você é ruim e esse cara aparecer morto no dia seguinte. Só que isso acontece com mulheres o tempo inteiro. Então assim, eu não acho que que nada deve ser desigual, mas eu não acho que dá pra gente colocar peras e maçãs na mesma cesta, porque elas não são a mesma coisa. Se a gente for olhar os dados de violência e o aumento da violência de a gente fala disso tanto por causa da séria adolescência, tanto por causa da violência digital que a gente tá vendo aumentar, a gente tem que tomar alguma atitude para prevenir que a violência aconteça de ambas, de parte a parte. Agora, não dá para fingir que ela não tá crescendo, porque a gente tá vendo o aumento de feminicídio, a gente tá vendo o aumento de estupro, a gente tá vendo o aumento de violência doméstica e a gente tá vendo o crescimento e monetização absurdo de muitas, muitos canais que ganham dinheiro inventando mentiras sobre mulheres, torcendo os fatos, criando falsas narrativas que levam as pessoas a desvalorizarem mais ainda eh um grupo que ainda não conseguiu ter equidade. Então assim, eu não entendo qual que é o problema da gente lutar por equidade e falar: “Não vamos nos ofender, não vamos nos ameaçar”. Isso era o ideal. E especificamente que isso não ocorresse depois na vida real, que é uma coisa que acontece diferentemente do que acontece quando uma mulher fala disso online com um homem, acontece com uma mulher o tempo inteiro. Segunda pergunta, Ana, para ela. Ah, pois bem. Eu dei vários exemplos porque você me pediu um exemplo quando eu tava explicando. Só para lembrar, o pessoal tem um livro chamado Eu odeio homens de uma feminista, publicado em 17 línguas. E há muito tempo já não se publicam livros famosos e gabaritados e consagrados no meio acadêmico, dizendo, por exemplo, “Eu odeio mulheres”. Pois bem, minha próxima pergunta é a seguinte: Muitas vezes a gente já viu ataque de cachorro contra seres humanos. Você deve ter visto recentemente uma senhorinha de 77 anos foi atacada por por um cachorro, um bebezinho de 10 meses foi atacado por um pitbull e acabou morrendo. Pois bem, quando os animais fazem isso, Vilela, a gente tem a eutanásia, né, para o sacrifício de animais. Pois bem, o Conselho Federal de Medicina Veterinária em 2000 12, se não me falha a memória, eles fizeram um resolução sobre como matar animais, como sacrificar animais. animal terrível lá tá passando uma zonose ou lá ratinho do laboratório tem que morrer. Então eles vão sacrificar esse animal e aí eles listaram maneiras humanas e maneiras desumanas de matar animais. Um cavalo, um rato, uma cobra, como matar um animal de forma humana. E aí tem as formas humanizadas e as não humanizadas, as formas aceitas e as não aceitas. E no artigo 15 do Conselho Federal de Medicina Veterinária diz que uma forma inaceitável de matar um bichinho, um rato, um gato, é usando o cloreto de potássio. O cloreto de potássio é uma substância que causa parada cardíaca e a dor é lancinante, a pessoa é quase uma tortura morrer com uma injeção do clorito de potássio. Então é proibido e mesmo se você for aplicar isso num animal, vai entrar a obrigatoriedade de você aplicar anestesia para poder matar um bichinho assim. Pois bem, em 2024, o Conselho Federal de Medicina Humana tentou aprovar uma, tentou passar uma resolução também para proibir a sistolia fetal com cloreto e potássio em bebês humanos, em fetos humanos. Ou seja, eh, ele tentou, o Conselho Federal de Medicina tentou proibir que nós pudéssemos matar os bebês com uma substância que já é proibido proibida para matar animais. Pois bem, as feministas se mobilizaram em todo o país e conseguiram que o STF derrubasse essa resolução. Ou seja, nesse momento no Brasil está autorizado matar bebês no ventre de suas mães, matar fetos no ventre de suas mães usando uma substância que não é permitida nem para cachorros. Quando as feministas falam, Raquel, sobre e sobre o aborto, elas dizem que estão defendendo o aborto para o bem-estar da mulher, para a segurança da mulher. Então, para contextualizar minha pergunta, eu quero contar a história da menina lá de Santa Catarina. Essa menina eh realizou um aborto, ela tinha 11 anos, realizou um aborto de um bebê de 7 meses, mais ou menos desse tamanho, porque as feministas pressionaram por esse aborto. A juíza havia determinado, Vilela, que fosse feita uma cirurgia cesariana, abrir a barriga, com toda segurança, tirar o bebê vivo, botar ele na UTN ao Natal, porque ele já tinha 27, 28 semanas, tinha que aguardar um período ali para ele ter mais viabilidade, ele ia ser dado para adoção, a menina fazer a cesariana, ia seguir paraa sua casa. As feministas insistiram, insistiram, insistiram muito para que fosse feita uma cistolia fetal. Então, o bebê foi morto, teve uma dor lancinante, morreu, teve uma parada cardíaca. E aí vem a parte da mulher, é a pergunta que eu quero fazer paraa Raquel. Essa menina teve que passar por um parto induzido que durou 24 horas com ositocina e ela teve que passar por esse parto de um cadáver. Pariu um cadáver, enquanto o bebê poderia ter saído morto numa cirurgia mais segura. Mesmo em casos como esse, depois da 22ª semana, onde o bebê pode ser retirado vivo, a gravidez pode ser interrompida com o bebê vivo, você ainda preferiria, no seu caso, se você tivesse julgando esse caso, você ainda preferiria matar o bebê, ainda que isso custasse mais sofrimento para adolescente ou pra menina? Bom, primeiro, a menina queria o aborto, a menina não queria. A menina tava sendo presa numa casa lá onde no abrigo, ela e a mãe, sem a possibilidade de sair, porque essa juíza perguntou para ela se ela podia esperar mais um pouquinho. Essa foi a menina que você tentou abrir uma CPI para investigar depois o aborto, né? Você tentou pegar os restos do bebê ou da do feto, enfim. Eh, sobre o procedimento médico, pelo que eu saiba, primeiro vamos voltar aqui. Eu tenho que dar um passo para trás para te responder e dizer que, como eu já disse, a maioria dos abortos, por conta de estupro, e no Brasil a gente só se permite por conta de estupro, eh anecefalia ou eh possibilidade de morte da mãe. São só esses três momentos em que uma mulher tem direito ao seu próprio corpo. A mulher não é dona do seu corpo quando ela gesta, ela se torna uma incubadora. Ela não tem direito de escolher. Essa menina que era menor, que tava dentro desse aborto legal, escolheu e queria esse aborto legal. Isso foi negado a ela. Ela foi colocada no lugar contra a sua vontade. As feministas vieram porque elas pediram ajuda e elas queriam esse aborto. Essa menina só fez esse aborto porque ela queria. A parte médica, que eu saiba, se coloca uma anestesia que faz que desliga a criança antes disso que vocês estão dizendo aí, eh, do sofrimento fetal. E a gente precisa dizer que a maioria desses abortos tardios, infelizmente, acontecem com crianças, que também são mais de 70% das vítimas de estupro de vulnerável. Então, quem em geral espera para fazer um aborto e não pega uma pílula do dia seguinte, é uma criança que sequer entende que sofreu violência sexual. Então, essas crianças estão eh passando risco de morte porque aquela o corpo delas não tá preparado para essa gestação, porque um movimento antifeminista ou um movimento masculinista ou o movimento, enfim, o patriarcado acha que o corpo dela ou a vida dela é menos importante do que eh o feto que ela tá gestando. E mesmo nessa situação, então essas meninas quando elas descobrem que elas estão é gestando e elas descobrem que elas foram abusadas algumas vezes e elas não sabem, elas querem se livrar do que aconteceu. Infelizmente isso pode acontecer tardiamente. Eu não acho que um aborto tardio é uma coisa maravilhosa. Claro. Agora, é um direito legal. É um direito conquistado pelas mulheres nos anos 40. tentar trabalhar para aminar esse direito, como aliás tá acontecendo em São Paulo, no Hospital Nova Cachoeirinha, que tá mais de um ano sem fazer um procedimento de aborto por conta do tipo de lobby que, infelizmente, o Conselho Federal de Medicina, o Conselho Estadual de Medicina estão tentando chancelar para impedir de jeitos vi o acesso a mulheres a seus direitos legais. Eles estão sem atender mulheres que estão nessa situação há um tempo. Inclusive, a gente teve recentemente uma menina de 12 anos que morreu em perto de Belo Horizonte, em Betim, porque ela tava, ela tinha sido abusada e ela não sabia, ela tinha engravidado e ela não sabia. E ela teve uma pré-eclâmpia e morreu. Ela morreu. É uma menina de 12 anos que não só foi abusada, como não teve acesso, não entendeu o que aconteceu com ela, tava gestando e ela morreu. Quer dizer, eu não entendo muito bem quem a gente tá protegendo, sabe? Porque evidentemente que na minha opinião a gente devia estar protegendo a infância para que as crianças não tivessem sofrendo violência sexual e elas são as maiores vítimas de violência sexual. Isso é preferível. Segundo, educando os homens e os meninos para que eles não abusem sexualmente de crianças e de meninas. Terceiro, punindo, investigando, porque a taxa de pessoas que são punidas por violência eh sexual é mínima. Violência assassinato. Sabemos disso. A gente não tem eh uma policiais que podem investigar. A gente não tem punições que aconteçam de fato com quem tá fazendo isso. E quem sobra no na linha de frente não são mulheres adultas lidando com a consequência dos seus atos. ou mesmo a menina eh Maissa que passou por isso, deu paraa adoção e ela foi condenada nas nas redes sociais. Quer dizer, a mulher não tem como acertar. Se ela fica grávida depois de uma um absurdo desse e ela escolhe terminar a gestação, esse acesso vai ser dificultado. E o interesse é que o acesso seja impedido de fato. Eh, eu acho que um aborto tardiou uma coisa ruim. Eu acho que um aborto é uma coisa ruim em definição. Se você fizer ele no começo da gestação, não necessariamente. Eu sou a favor de que as mulheres tenham direito sobre seus próprios sistemas reprodutivos. Eu acho que as mulheres não são incubadoras, como foi o caso da Adriana Smith, nos Estados Unidos, que teve uma morte cerebral de aos oito semanas de gestação e foi obrigada pelo Estado americano a ser um cadáver gestando durante 5 meses a mais. O que aconteceu com essa mulher? Ina. Eh, absurdo. Primeiro que ela, enfim, o estado não cuidou da saúde dessa mulher, ela morreu. O corpo dela foi usado como incubadora para um feto que nasceu, espero que fique bem, mas nasceu em condições, enfim, com com vários problemas de saúde decorrentes disso. E a pergunta é: vale tudo mesmo para conseguir arrancar um feto de uma pessoa? É isso. Réplica de 3 minutos. Eu vou, eu poderia responder pelo começo, mas eu achei maravilhosa essa última frase da Raquel. A Raquel perguntou assim: “Vale tudo para arrancar um feto de uma mulher?” Essa é exatamente a pergunta que eu fiz para Raquel. Eu entendo o drama da mulher que passa pelo aborto e por isso que nós fizemos inclusive aquele projeto de lei que eu comecei comentei no começo do programa. Mas a minha pergunta que a Raquel respondeu implicitamente foi exatamente essa. A vontade que as feministas têm de matar o bebezinho é tão grande que vale inclusive submeter uma menina de 11 anos ao parto natural de um cadáver pela duração de aproximadamente 24 horas. Quando é possível tirar o bebê com vida? A Raquel respondeu aí que eu tentei abrir uma CPI do aborto. Não, não tentei. Eu fiz uma CPI do aborto. Tem muita informação, cerca de 120 páginas de relatório que eu não posso divulgar por causa do nome da menina, mas é inverídica a informação de que a menina queria um aborto. A menina tem 11 anos, não poderia responder por isso. É verdadeira a informação de que a mãe inicialmente queria o aborto, porque não que ela não quisesse criança, mas ela temia o julgamento moral com relação a como seria aquela menina de só 11 anos grávida. Mas nós entrevistamos a família durante a CPI do aborto e várias coisas que foram ditas aqui pela Raquel suposições são inverídicas e eu só não exponho a verdade plenamente em respeito a esta a essa família. Mas bem, nós conduzimos essa CPI do aborto e elas não procuraram ajuda ou não procuraram advogadas militantes. Elas foram captadas pelas advogadas militantes, assim como aconteceu, por exemplo, no caso Roy versus Wade, nos Estados Unidos, onde duas advogadas feministas foram atrás de uma menina e convenceram, naquele caso dos Estados Unidos, a menina a mentir que tinha sofrido um estupro coletivo. Aqui em Santa Catarina não era mentira, realmente era verdade. Foi um relacionamento entre uma menina de 10 anos e um menino de de 12, o que pressupõe um estupro de vulnerável mútuo. Os dois, um um estuprando ao outro, a que pressupõe a legislação. Mas se nós vamos falar mesmo sobre o bem-estar da mulher, essa foi a pergunta que eu fiz para Raquel e que ela não me respondeu, que eu faço novamente para você que tá me ouvindo. Se eu posso fazer uma cesariana na 25ª semana, na 27ª semana, que é o momento em que a menina procurou a médica, uma cesariana com segurança dentro de um hospital de qualidade e tirar o bebê vivo e a mãe com menos riscos sem passar por um parto induzido de um cadáver, por que que as feministas preferem a todo custo? Mesmo que signifique mais sofrimento para aquela menina de 11 anos, mesmo que signifique mais sofrimento para ela, elas preferem o bebê morto. Nesse caso, a escolha humanitária que respeita o corpo da mulher e da criança e que tira as duas vidas viva, as duas pessoas vivas, o bebê e a mãe, é uma cirurgia cesariana com todos os cuidados necessários. A gravidez seria igualmente interrompida. A gravidez não ia continuar. A gravidez seria interrompida. o bebê iria paraa UTI Natal e então seria entregue paraa adoção. Terceira pergunta, Raquel. Beleza. Aqui eu queria perguntar sobre a Ah, eu vou só voltar aqui no entre cesário e o parto. Eu não sei qual tipo de de parto você teve, mas sabemos que para fazer uma cesárea são sete camadas de Uhum. e sete tecidos que você tem que cortar para entrar até o útero de uma pessoa que tá em desenvolvimento ainda. Eu não sou uma pessoa que vai julgar as ações médicas, desde que os médicos estejam cuidando pelo melhor bem-estar da criança. Se essa é a escolha daquela família é a escolha que tem que ser respeitada. Eu acho que a gente não deve ficar forçando nem para um lado nem pro outro, né? Porque nesse caso aí que você tá dizendo, quem falou pra menina: “Você não pode esperar mais um pouquinho” foi a juíza. E isso a gente tem registrado. Quer dizer, eu acho que essa ideia de que as feministas odeiam crianças é o contrário. A gente é mãe, a gente, nós somos mulheres, a gente quer o melhor e a gente a gente só quer que as mulheres tenham direito a ter autonomia sobre seu corpo. E eu sei que isso pode parecer muito estranho, mas a gente ainda não tem. Inclusive nos Estados Unidos eles conseguiram reverter isso, o que gerou um aumento de mortandade das mulheres, das gestantes e dos bebês nos Estados Unidos, nos estados onde isso está sendo proibido. Não só isso, como também fez um causou um aumento nas laqueaduras e nas vasesctomias, porque os jovens americanos, ao saber que eles não vão ter mais a escolha, o direito de escolher se acontecer contra o os seus planos, o planejamento familiar, que é uma coisa tão importante, eles não vão poder, eles estão escolhendo. Assim como no Brasil, a gente teve um aumento de 70% ou mais em busca por laqueadura nas mulheres a partir dos 21 anos que agora é permitido. Por quê? Se você não vai ter o direito de escolher quando você quer ter filho, se o estado vai mandar no seu corpo, melhor arrancar fora. É na isso é uma opinião individual de cada uma, de cada mulher. É claro, se elas não querem ter um bebê, eu não acho que elas devem ser forçadas a ter em nenhuma situação. Eu acho que pensar mais no feto do que na mulher demonstra muito claramente o quanto que o movimento antifeminista ou masculinista ou os governos que a gente tem não se importam com a saúde e nem a saúde mental de uma mulher. Porque uma mulher que passa por por esse tipo de violência não deve ser julgada em nenhuma das suas escolhas. Ela só deve ter o seu direito respeitado e acolhido. Aliás, eu acho que ela devia ter em qualquer instância esse direito. 5 minutos paraa resposta, Ana. Tá. Eh, vamos lá. A Raquel, mais uma vez, ela tá fazendo suposições sobre sobre aquele caso. A Raquel supôs aqui, e tudo bem, eu não tô falando que você tá sendo desonesta de propósito, mas é porque esse caso foi pra mídia de uma forma, mas na nossa investigação ele foi compreendido de uma forma mais ampla. Então eu sei que você não está fazendo isso por mal, mas a Raquel disse aqui, por exemplo, e eu não vou julgar os médicos, não. Eh, o que acontece? Nós não estamos falando de uma questão médica, porque quando essa menina procurou a justiça com a mãe, a mãe queria o a mãe é uma família de evangélicos, tá? Que queria aquele abortamento por medo do julgamento. Então isso aqui inclusive fica esse alerta para você que é evangélico. Não faça assim. Não seja moralista, não julgue as pessoas sem conhecer as histórias. Eu sou evangélica também. Pois bem, elas procuraram a justiça e a justiça mandou fazer um exame médico e o primeiro relato médico, o primeiro relatório médico dizia que aquela menina não corria riscos a não ser aqueles inerentes da sua idade. O risco que uma mulher tem aos 11 anos, o risco que uma menina tem aos 11 anos, que uma mulher tem aos 25, que uma mulher tem a engravidar aos 40. Então os médicos não queriam e não iam realizar o abortamento. O aborto não foi realizado porque essa foi a melhor decisão médica. Isso nunca aconteceu. Os médicos não acharam que essa era a melhor escolha. Os médicos foram induzidos por uma recomendação do Ministério Público Federal de uma uma promotora que não conhecia o caso, que usurpou a competência do Ministério Público de Santa Catarina, se meteu no caso e deu uma recomendação para que realizasse um abortamento em 24 horas. A família já tinha desistido vendo a barriga da criança. Tinha desistido do procedimento de abortamento. Por quê? Aquela criança ali era neta da era neta e era neto dos dois, do casal do padrasto e da da mãe e da menina. Então eles decidiram que queriam ficar com a criança, mas foram induzidos pelas feministas. Elas foram induzidas advogadas, pessoas da equipe de saúde a realizarem o procedimento como se depois da decisão do Ministério Público elas fossem obrigadas a realizar o procedimento. Então a Raquel também me pergunta assim, não sei sobre minhas filhas, eu tive duas cesarianas, tentei o parto normal na primeira, acabei escolhendo, depois foram duas cesarianas. Pois bem, eu sei que a cesariana é um procedimento relativamente invasivo, mas é um procedimento cirúrgico com o qual os médicos estão tão acostumados quanto um parto normal. Só que nós não estamos falando, no caso dessa menina de um parto normal. Eu repito, você que tá em casa, não era um parto normal, gente. Era o parto de um cadáver que foi morto propositadamente. Em uma indução de parto normal, o bebê ajudaria a sair dentro da mãe. O bebê quer viver, ele quer sair de dentro da mãe. Então, se fosse um parto natural, normal, o bebê supa. Quantas semanas o bebê tava? Tinha 27 semanas. Ele não tinha condições de empurrar para sair. Você sabe disso. O bebê não tem força, não tem peso. O bebê vivo ajuda a si mesmo. Ué, você acha mais fácil realizar o parto de um cadáver? Então não, eu sou, eu sou mãe de de prematura. E é mais fácil realizar o parto de um cadáver, então? Claro. É, desculpa. Não, pera. É mais fácil alisar o parto de um natural, de um cadáver, do que de um bebê vivo? Não, claro. Mas o bebê que tá prematuro, ele não vai fazer força para sair. O bebê não consegue sair. Não dá. com uma indução de parto, né? O citocina, você sabe disso, né? Eu sei, mas OK. Eu acho que a escolha, desculpa só falar, é que a gente tá aqui falando sobre um caso sobre o qual você tem acesso a informações que eu não tenho. Por isso que eu tô dizer sobre isso. Então, só que a gente não conhece, isso é a violação dessa da história dessa família. É uma história que a gente não vai ter o mesmo peso para poder falar, porque como você disse, eu só sei o que foi. Sim, mas eu acho que eu tô te perguntando objetivamente. Você não respondeu até agora minha pergunta, não quero ser mal educada, mas a minha pergunta é: se é possível numa cesariana tirar o bebê vivo na 28ª semana, por que que você prefere tirar o bebê morto? Porque a menina não queria. Eu tenho que respeitar a vontade dela. Você tirou isso que a menina não queria. A informação que eu tenho, se você tem outra informação, a informação que eu tenho é essa. E a informação que tem que valer é a vontade da mulher, a vontade da pessoa, a criança. Tá. Mas então, se uma mulher quiser matar um bebê, é isso que conta. Depende. Como nesse caso, nesse caso, eu posso tirar o bebê vivo ou posso tirar morto. Eu tenho que dar a mãezinha, a mulher. Você quer esses bebês, gente? O que que vocês vão fazer? Essa pessoa não quer. Essa pessoa tem direito à autonomia do corpo dela. É isso que ficou. Tá parado. Tudo bem, pode continuar. Eu sou A mulher tem que ter direito de escolher. A criança não deveria nunca ter ficado grávida. Não deveria concordamente. Mas a menina estava grávida e era possível tirar com segurança médica. Quem é prioridade? A menina de 11 anos vai decidir se vai ficar com o bebê ou não. Quem é prioridade? A menina de 11 anos concordou na audiência. A menina de 11 anos concordou na audiência em dar o bebê produção. Essa informação eu não tenho. Não sei. Sim. Isso. Isso foi vazado. Ó o pessoal que tá nos a imprensa vazou. A imprensa vazou o trecho da audiência onde a médica perguntava se a menina aceitava esperar mais duas semanas pro bebê ter mais chance de viver. E a menina concordou. Você bom, a menina pode ou não pode decidir? Você tá dizendo que a menina tem que decidir se ela tivesse sendo coagida. Mas como coagida? Foi perguntada, não foi coagida. Sim. Por que que ela tá perguntando isso? Então, então você quer dizer que a menina não pode ser coagida a salvar o bebê, mas pode ser coagida a matar o bebê. Eu não vi ninguém coagindo a menina a não salvar o bebê ou salvar o Você acabou de me dizer que ela tava sendo coagida pelo juíza. Ava, porque isso saiu na imprensa. Mas o que que saiu na imprensa? A audiência juiz estava abordando ela violentamente, agressivamente, de alguma forma? Estava tentando convencer uma pessoa vítima de violência sexual, uma criança que não tem um corpo com idade o suficiente para carregar uma gestação a termo, que pode morrer em consequência disso com a menina de 12 anos que acabou que acabou de falecer, infelizmente, a priorizar uma coisa que a família ou a menina, não tenho a informação, mas pelo que a gente entende não queria. Eu acho que a gente não tem que se envolver nisso e a gente vê isso o tempo inteiro. Mas nós não temos que nos envolver nisso. Por que que as quatro advogadas do caso se envolveram nisso ao ponto de vazar criminosamente um trecho da audiência? Você tá ou você respeitar a família da menina ou não. Aquele vazamento é criminoso. A menina é uma menor de idade. As feministas tinham tanta vontade de matar aquele bebê. Elas tinham tanta vontade. Veja bem, o aborto é um direito, ele não é um dever. O o aborto é um direito. Não, não é um direito. O aborto não é um direito. O aborto ele tem um atenuante na lei. Você pode abortar em caso de estúpes casos vocês não deixam as mulheres impas. Não, a mulher tem um direito se essa for a escolha sentimental, conforme a lei determina. Mas a questão é o seguinte, aquela menina tinha a opção de tirar o bebê vivo ou morto. As feministas tinham tanta vontade, eu quero que você me ouva, nossa, as feministas tinham tanta vontade de matar aquele bebê, que elas fizeram um vazamento criminoso de uma audiência. Se as feministas respeitassem aquela menina, não teriam vazado o trecho de uma justiça respeitasse essa menina, não estaria tentando coagi-la a carregar uma gestação que ela não queria por mais tempo? Não, como assim? O o aborto não é um dever. A a juíza tem o não só o dever, a juíza tem sim o dever de não, a a juíza tem o dever legal de propor as duas opções. Você pode ter o direito ao aborto e o direito à entrega legal. As duas coisas são direito. Salvar o bebê também é direito. Nenhuma mulher estuprada é obrigada a matar um bebê. Não existe isso. Eu acho sempre maravilhoso com as conservadoras só se importam com o bebê antes dele nascer. Depois que ele nasce quatro pessoas aqui que vocês estão vendo, pessoal em casa, duas delas foram concebidas por um estupro e as outras duas não. Então agora a gente justifica obrigar mulheres a gestar contra a vontade delas. É isso? Não. Você acha que essas, qual dessas pessoas merecem morrer se eu tivesse que escolher? Uma pessoa adulta. Essa é uma pergunta concreta. É uma pergunta concreta. Não sei. Você acha que alguma pessoa adulta merece morrer? Uma pessoa só depois que ela nasce e é dado um certificado de pessoa viva, aí a gente começa a falar que ninguém tem que ser morto, certo? Quer dizer, eu não sou a favor da pena de morte, não sei você. Então eu acho que ninguém, claro, depois que nasceu ótimo. Excelente. Então você tá dizendo que o bebê antes de nascer não é uma pessoa, não é uma pessoa jurídica. Então não é um ser humano, é uma vida de ser depende da depende. A gente vai entrar nessa, a gente pode. Depende com quantas semanas. É porque você tá na sua resposta, quer terminar isso depois. Ah, tá. Tá bom. Pois bem. Vamos, eu vou concluir meus 30 segundos falando sobre esse caso. Então, essa menina tinha acesso ao aborto, ela tinha o direito de abortar e não o dever de abortar. A juíza, que é especialista da Vara da Família, deu à criança as duas opções legais que ela tinha: abortar ou salvar o bebê e entregar para adoção. A família, no final do processo, estava inclinada a ficar com a criança porque era membro da família, o bebê era membro daquela família. Pois bem, eh, as feministas vazaram a audiência de uma menina menor de idade, exibiram aquela menina, ela vai crescer, ela vai ter 30, 40 anos e para sempre aquele vídeo criminosamente vazado, somente com a intenção de realizar a morte daquele bebezinho. Gente, a gente vai ficar discutindo falasse aqui que não dá pra gente ter acesso às duas é difícil. Desculpa, não, mas é que eu tô falando, eu só tô falando que é público, eu não posso falar o que não é público. Réplica então da da Raquel. Eu acho muito triste que a gente tenha que lidar além do estupro, além da falta de educação sexual das nas escolas para as crianças saberem pelo menos se defender ou pelo menos saberem identificar o que tá acontecendo com elas. Além da gente não ter apoio na hora de buscar eh denúncia, além da gente não ter criminalização eh de fato com essas pessoas sendo condenadas, a gente ainda tem a coação de grande, infelizmente, de muita gente que acha que é muito mais importante a partir do momento que uma uma possível gestação começar falar disso ao invés de focar na violência sexual. A mulher foi estuprada. Se ela for estuprada, ela tem direito ao aborto. Ela é uma criança, a maioria delas que passa por isso tardiamente. É uma pena. A maioria das mulheres não passa por isso dessa maneira. A maioria das mulheres estupradas t acesso ao aborto muito antes disso. E a minha opinião é que as mulheres tinham que ter acesso ao aborto. E a gente poderia chegar a uma conclusão sobre até qual semana em todos os casos, como é em muitos países no mundo, onde as mulheres têm mais direito à dignidade do que elas têm no Brasil. Posso? Pode. Agora é a pergunta, a terceira pergunta sua. Ana. Pois bem, eh, vou terminar de concluir esse assunto. Se a questão da Raquel e das feministas é a questão do bem-estar da mulher, mais uma vez eu vou perguntar. Se a questão é o bem-estar da mulher, por que optar pelo método que causou mais sofrimento à menina? O parto induzido de um cadáver causa mais sofrimento que uma cesariana segura. Eu acho que isso é é ponto pacífico. Pois bem, agora eu gostaria de pra gente sair um pouco desse desse tema que é é difícil também, né? Eu gostaria de fazer uma pergunta sobre sobre trabalho, ficar um pouco mais leve a nossa conversa, né, Raquel? Porque tá ficando pesado o negócio aqui. Eh, bom, eh, nós sabemos que o trabalho, trabalhar não é um direito. Ainda existem, talvez não as feministas mais consagradas, que já sabem que o trabalho não é um direito, mas ainda circula entre as pessoas a falsa noção de que o feminismo conquistou o direito de trabalhar para a mulher. E as feministas mais consagradas, Alexandra Colontai, enfim, muitas falam sobre o trabalho de outra maneira. O trabalho sempre existiu, foi necessário paraa sobrevivência, sempre foi cooperativo entre homem e mulher, sempre houve distribuição do trabalho. Então começa a revolução, a revolução industrial. A revolução industrial não é um movimento ideológico, é um movimento econômico. Existem várias formas de produção. A produção agrícola, feudal, e aí surge a revolução industrial. Na revolução industrial, há uma grande transformação no mundo do trabalho. A mulher e o homem que antes trabalhava em casa, sapateiro, ferreiro, agora precisam sair das suas casas. E aí surge o conceito de dona de casa e algumas mulheres mais privilegiadas são poupadas de trabalhar 10, 11, 12 horas numa fábrica. Nesse contexto da Revolução Industrial, a Igreja Católica foi uma das primeiras a se posicionar sobre o abuso que era cometido contra os operários. Então o Papa Leão XI, Papa Leão X, perto de 1850, emite uma bula chamada das Coisas Novas, ou seja, da novidade, que era a Revolução Industrial. e diz que os patrões têm que tratar seus funcionários com dignidade. Os de os funcionários têm que respeitar as regras eh estabelecidas nos contratos de trabalho. Ele faz uma crítica ao capitalismo feroz e também uma crítica ao socialismo de toda forma. Então o papa, a bula papal, a Igreja Católica, a Igreja Cristã é uma das primeiras referências que depois são usadas para estabelecer o Código de Leis Trabalhistas. E nós temos aqui no Brasil, então, a CLT, eh, que foi instituída pelo nosso ex-ditador fascista, o Getúlio Vargas. E o Getúlio Vargas não é segredo para ninguém, embora tenha se baseado bem superficialmente no princípio cristão do respeito, ele também se baseou na carta de lavoro do Benito Muselini, que é outro ditador fascista. Pois bem, esse essa CLT já determina desde quando ela foi criada, se não me falha a memória, em 1943, já determina que os salários têm que ser iguais entre homens e mulheres sem acepção de pessoa. Já tá determinado isso. Pois bem, apesar disso já existir desde 1943, em 2023, agora o Lula tentou passar e passou e aprovou uma nova lei sobre igualdade salarial, só para para inglês ver, porque isso aí já era regra. E o que aconteceu depois dessa lei? a desigualdade, a desigualdade salarial permanece e as mulheres continuam recebendo um salário relativamente menor do que os homens de modo global, de modo geral, não de modo específico, de modo global. A minha pergunta para Raquel é a seguinte. A minha pergunta para Hackar é a seguinte: será que depois de tantas iniciativas e de mais de um século em que se fala sobre igualdade salarial, de tantos programas, de tantas plataformas em defesa disso, não tá na hora do movimento feminista entender que boa parte das diferenças que existem entre homens e mulheres, inclusive no mercado de trabalho, se devem a causas naturais e também a preferências de homens e mulheres? Não, eu vou só fazer uma correção que eu errei o nome da pessoa que foi eh estuprada e deu para adoção e ainda assim foi julgada, foi a Clara Castanho. Me desculpem, mas a gente percebeu. É, me desculpem. Enfim, eh, não, eu acho que não. Não, o quê? Não, não concordo. Eu não acho que existem causas naturais para uma mulher trabalhar ou não. Primeiro a gente tá falando de capitalismo, né? Não é para trabalhar, é sobre desigualdade salarial. Pergunta. Então, não, não é natural. Como assim é natural? As pessoas têm que receber mesmo pelo mesmo trabalho, quando elas exercerem esse trabalho, não tem uma causa natural. Eu posso fazer pergunta para você para uma mulher receber menos que que o que o homem ou eu posso respond a desigualdade do trabalho é porque a mulher é que você falou do Tú, enfim, então faço a pergunta do tempo. Pos fazer. Vamos lá. Então o seguinte eh existem muitas normativas e leis que já determinam a obrigatoriedade da igualdade salarial. O Lula aprovou no ano passado, sancionou uma lei que determina novamente a igualdade salarial. O resultado dessa lei foi que a diferença salarial se acentuou em vez de melhorar. É, pois bem, depois de tantos e tantos anos e de tantas e tantas iniciativas no mercado de trabalho legislativos e tudo mais para igualar forçadamente os salários entre homens e mulheres, você não acha que tá no momento do movimento feminista explicar de outra forma que não seja machismo super estrutural as diferenças de trabalho nos salários. Diferença global, as mulheres em média ganham R$ 80 centavos para cada R$ 1 ganhado por um homem num salário, certo? Em média, globalmente. Queria entender, você tá defendendo que as mulheres recebam menos que os homens pelo mesmo trabalho, né? Eu estou descrevendo que é assim que acontece. Eu não tô defendendo. É assim que acontece. Eu pergunto para você, o movimento feminista, você quer que eu te explique? Eu posso ser dê meu tempo para você vai ser desse tempo. A minha pergunta é: não está na hora do movimento feminista encontrar outra resposta para a desigualdade salarial que não seja o machismo? Qual seria outra resposta para a desigualdade salarial? Você quer me dizer que as mulheres são menos capazes que os homens para Não, tô fazendo perguntas aqui. Você vai, você vai partir da premissa que as mulheres são menos capazes de de desempenhar alguns trabalhos. Isso vai contra tudo que a gente tem visto atualmente. As mulheres são maioria na universidade. Elas vão muito melhor quando elas chegam na carreira. E a gente sabe que existe uma coisa chamada a pena da maternidade, que faz que quando as mulheres parem suas carreiras para ter filhos, se elas não tiverem privilégio de ter pessoas cuidando de seus filhos, como eu imagino que você tenha, porque senão você não estaria aqui. Eh, as suas carreiras sofrem porque elas para darem conta da sobrecarga materna, elas deixam de dar a mesma atenção. E femismo, isso é uma realidade, porque a gente não divide a paternidade a maternidade igualmente. Eu sou, eu sou favorável a que homens e mulheres tenham direito à licença, maternidade e paternidade, para que ambos se ocupem da economia do cuidado, por exemplo. Então, quando só a mulher socialmente é esperada de parar a sua carreira para cuidar de um filho, isso é uma coisa que jamais eh tem até uma série da Netflix que mostra isso. Isso não se reverte. A mulher não consegue ter o mesmo salário, o mesmo alcance que ela teria se ela não tivesse parado para ter filhos. O que pode ser um dos motivos que tem feito com que as pessoas tenham os filhos mais tarde, tenham menos filhos e escolham não ter filhos. Mas se as mulheres não pararem para ter filhos, elas são melhores, elas vão mais longe. Quer dizer, se a gente não falar do teto de vidro, que é uma outra coisa que atrapalha as mulheres, porque as mulheres assim, começam em em melhor estágio na universidade, começam um estágio equivalente no mercado de trabalho, tem essa parte da pena da maternidade quando elas param, mas mesmo assim, apesar disso, conforme vai acontecendo a carreira das mulheres, elas acabam ganhando menos e elas acabam recebendo menos promoções. Então a gente tem 4% de mulheres CEOs, por exemplo, hoje em dia as mulheres não têm o mesmo acesso aos lugares de poder. Então, por isso que a gente fala que tem um machismo estrutural, porque as mulheres não conseguem atingirem, mesmo em igual proporção, os espaços de poder que os homens conseguem. Então, você pode dizer que os homens estão estão se reunindo para impedir que isso aconteça eh necessariamente? Não. Mas você, inclusive a gente sabe disso em relação a políticas, as pessoas têm uma tendência a acreditar ou a confiar mais nos homens. a gente precisa falar mais o quanto que as mulheres são capazes e e o quanto que elas conseguem avançar nas suas carreiras e trazer benefícios. A gente sabe que, por exemplo, as presidentas dos países onde tava durante o COVID, que eram que tinham mulheres como presidente, esses país, esses países foram muito melhores. Esses países que t mulheres como líderes têm menos guerra, eles têm menos violência. Quer dizer, existe uma diferença na maneira de ver as coisas se você tá fazendo de um lado ou de outro, mas a gente não dá oportunidade a mulheres a que elas cheguem e galguem todos esses espaços de poder. E hoje em dia a minha sensação é que muitas mulheres vendo como que assim isso que você tá descrevendo para mim é capitalismo, não é feminismo ou machismo. Tentar colocar tudo, tentar colocar tudo dentro da caixinha do que as feministas estão ali obrigando as mulheres a fazer uma Ninguém tá fazendo isso assim, mas as feministas acham que a mulher que é que é Sim. Então, descrever o capitalismo, não o feminismo e a sua vontade. Então, as mulheres estão tentando no mercado de trabalho sobreviver. E mesmo porque hoje em dia não se sobrevive mais com um ganho, eh, só único. A gente não consegue mais ter uma casa mantida por uma pessoa só. A gente precisa de duas pessoas para manter uma casa. Tá tudo ficando muito mais difícil da gente fazer e da gente conseguir viver esse tipo de vida. Isso não é uma decisão do feminismo ou do machismo. É capitalismo. Só é o capitalismo. Então a minha pergunta foi exatamente isso. Isso é o que é o capitalismo acontecendo. A desigualdade salarial inclusive também é fruto da liberdade que o capitalismo proporciona. Essa liberdade faz com que pessoas tomem decisões e escolhas diferentes. E a pergunta que eu fiz para você e que você eu acho me respondeu indiretamente quando você falou sobre o machismo. A pergunta que eu fiz é: “Não está na hora do movimento feminista reconhecer outras causas paraa desigualdade salarial. que não seja o machismo, o machismo ou a superestrutura machista e patriarcal. Eu acabei de dizer que tem um monte de causas para isso, outros fatores que não são o machismo. Acabei de dizer que tem vários outros fatores. Então, nesse ponto, eu gostaria de dizer que eu concordo perfeitamente com você. Os fatores que fazem Pera aí só, só um pouquinho. E você tem mais coisa para falar? Tem tempo ainda. Não, pera. Já era tempo. Não era meu tempo. Agora eu não entendi. Eu tava perdida no rol. Eu comecei a comer. Você tem 1 minuto e 21. Pode terminar de comer. Tem réplica. Eu não vi. Pelo amor de Deus. Mas você quer completar? Não, eu acho que a gente tá falando sobre uma dificuldade do capitalismo que a gente precisa trabalhar juntos para reverter. Uhum. Eu não tô dizendo aqui que um é melhor do que o outro, pelo contrário, os dois têm que trabalhar juntos para construir um futuro melhor. Eu acho que a gente tem que achar os espaços de conciliação. Eu acho que a gente tem que achar os espaços onde a gente pode ser colaborativo. Nesse sentido, eu acho que os homens têm que ir mais pro espaço do lar, eles têm que ser mais presentes na criação dos filhos, que é uma coisa que a gente historicamente não não se preocupava em ter isso. É melhor. Os homens podem estar mais dividindo esses trabalhos com as mulheres. mulheres podem para mulheres poderem estar no mercado de trabalho com mais segurança também. E eu acho que a gente tem que pensar novas maneiras de pensar o futuro, porque do jeito que a gente tá fazendo, tá sendo muito difícil da gente conseguir se manter mesmo. E isso, na minha opinião, não vem de um lado ou enfim, não vem do lado do feminismo. Certamente a gente precisa de novas estruturas e novas maneiras de entender como a gente pode sobreviver na modernidade agora. Perfeitamente. Então eu quer terminar seus 20 segundos. Eu quero, mas eu quero terminar minha cara, esse tempo. Dá os 20 segundos para ela depois. Ela pelo amor de Deus. Pode ser o quê? Quer guardar seus 20 segundos para depois? Guarde no banco não. Ela tá, ela tá só absorvendo a a jujuba. Como que tá o chat aí? Tá tranquilo ou tão brigando aí no chat? Ah, já sabem daquele aquela briga entre eles, né? Tem uma briga interna. Vamos lá, então, Raquel. É, eu acho isso. Acho que a gente tem que pensar em novas maneiras de olhar pro futuro. Eu acho que as mulheres ainda sofrem. dentro do ambiente de trabalho, eh, o teto de vidro, que é uma sensação que você tem, que você chega num ambiente, você de repente não consegue mais crescer. Isso são coisas com contra as quais a gente tem que continuar lutando. Tem muitas estruturas acontecendo ao mesmo tempo para que a gente não tenha o mesmo resultado financeiro. Não é todo mundo que vai ter o mesmo sucesso igualmente. Não é um motivo só. São vários motivos, mas colocar tudo numa caixinha só e botar isso na conta de um movimento que só quer buscar a equidade, eu acho que é injusto. Perfeito. Pois bem, por que que eu fiz essa pergunta para pra Raquel? Porque o esse esse conceito, por exemplo, do teto de vidro é um conceito criado pelas feministas. No geral, popularmente as feministas dizem que sim, tanto o cuidado que a mulher dedica à casa, quanto mais tempo que ela passa em casa, enfim, que indiretamente todos os as causas desses efeitos indicados pela Raquel são fruto de uma estrutura machista. Eu fiz essa pergunta por quê? H, eu gostaria de ter a oportunidade de explicar a vocês e conversar com vocês sobre a desigualdade no mercado de trabalho, a desigualdade salarial, não como um fruto do patriarcado da superestrutura machista, que o feminismo alega ser culpado por isso. Esse conceito do teto de vidro, por exemplo, ele já foi rebatido por uma feminista chamada Roxan Kremer. E nós temos uma outra chamada Susan Pinker, que é economista, irmã do Steven Pinker, um escritor bem famoso também, os dois economista, não, psicóloga, se não me falha memória. E ela escreveu um livro chamado paradoxo sexual. E nesse livro ela explica sim causas naturais de preferência, entre outras, para justificar, não para justificar, perdão, para explicar porque que as mulheres ganham média em média menos do que os homens. E isso é o que ela chama de paradoxo sexual. As mulheres têm mais, tantas oportunidades quanto os homens, melhor desempenho acadêmico, notas melhores. Por exemplo, no curso de medicina, só só mesmo a título de exemplo, no curso de medicina, as mulheres têm mais facilidade de serem aprovadas na residência estatisticamente. Então, as mulheres têm muitos benefícios educativos em em relação aos homens e mesmo assim isso não se reflete em salado. Sim, benefício. A mulher só estuda. Eu posso quer o que que eu faço? Pauso, você que sabe. Você tá aí no seu tempo, tá? Tá, tá parado, mas se quiserem ficar não, tudo bem. Eh, sim, as mulheres desfrutam de muitos benefícios, como programas, bolsas, prêmios, cot. Os homens também tem pros dois. Aonde? No Brasil. Sim. CPQ, CAPs, programa de ciência voltado para as mulheres. Incentivo do governo para, eu falei sobre isso antes, incentivo que existe no do governo para que as mulheres entrem nas áreas de ciências duras, ciências exatas e que não existe para que os homens entrem nas áreas onde eles não são maioria. Falei que eu acho que a gente tinha que ter esse estímulo pros dois. Pois é, mas não é o que acontece. E as mulheres têm 60% dos diplomas hoje, são a maioria das egressas nas universidades. E o que a Susan Pinker nos explica é que, apesar do melhor resultado na educação que as mulheres têm, de se saírem melhor, estatisticamente, inclusive, isso não se reflete nos salários, porque entre a formação e as escolhas profissionais das mulheres no montante, as mulheres tomam decisões que priorizam outras coisas, como qualidade de vida, mais tempo em casa e inclusive cuidar dos filhos. E eu fiz essa pergunta justamente porque eu acho que quando uma mulher, eu acho, não, a Susan Pinker fala que quando uma mulher prioriza cuidar dos filhos e pausa a sua carreira para cuidar dos filhos, ela não está em desvantagem total. Ela pode estar em desvantagem econômica, mas não em desvantagem total. Isso é importante mencionar, porque o movimento feminista não para de apresentar sistemas e propostas de cotas para que as mulheres estejam em status, em lugares de poder. E você é contra? Sim, sou contra todo tipo de cota. Você é contra mulheres terem espaço, não? Eu sou a favor de mulheres terem espaço pelos seus talentos, pelo mérito, e não por cotas. Ah, tá bom. Por exemplo, as mulheres não receberam cotas para estar nas universidades, graças a Deus. Imagina que em 1950 tivessem criado uma cota para que nós mulheres fôssemos metade das universitárias. Hoje nós somos 60%. Se essa cota tivesse sido criada, nós teríamos que deixar essas vagas pros homens. Seguinte, agora vamos para o segundo bloco, perguntas do chat e depois voltamos para o terceiro com as considerações finais e o tempo de 15 minutos para cada uma. Certo? Então solta o vídeo do segundo bloco, querido Crato. Segundo bloco, há perguntas do chat. Serão feitas quatro perguntas do chat para cada pergunta. 5 minutos para resposta do debatedor. 3 minutos para comentários do outro debatedor. Então vamos, primeira pergunta do chat para Raquel. Manda aí, Kratos. Vamos lá. Eh, a Ana, ela fala assim: “Raquel, mulher não é dona do seu corpo e nem o bebê é dono do dele. Por quê? Qual a diferença entre matar um bebê de 7 meses na barriga e matar um 7 meses de vida? Se matar o bebê de 7 meses de vida é crime. É crime. É crime se ele tiver nascido vivo. A diferença é a vontade da mulher ela ser autônoma, ela ter direito sobre seu próprio corpo. Eu sei que as mulheres de direita não querem que as mulheres tenham direito à autonomia. Elas não são donas do seu próprio útero. Enfim, infelizmente, eu acho que as mulheres têm que ter direito a decidir o seu planejamento familiar. a gente precisa ter mais educação sexual, mais acesso e mais possibilidades das mulheres poderem ter a contracepção que elas precisam quando elas querem para que a gente impeça que gestações eh indesejadas ocorram para que esse tipo de situação não aconteça. Primeiro que isso que eu tô dizendo, em geral, as os abortos tardios, infelizmente, acontecem com crianças. E aí a gente tem que considerar uma questão maior, que é o abandono dessa infância, que é a falta de educação sexual, que é como que as mulheres que t bebês antes dos 15 anos tem são condenadas a uma vida de pobreza, que não conseguem terminar a escola, que elas são parte do que depois acaba ficando no mapa da fome. Você tá condenando o futuro inteiro de uma criança se você obrigar ela a seguir com uma gestação que é fruto de estupro. E mais, é um direito conquistado nos anos 40. Você pode ser contra, mas assim, se você é contra um aborto, não faça um. Essa é a minha sugestão. Comentários, Ana. Ah, pois é. É como dizer assim: “Ah, se você é contra pedofilia, não pratique. Se você é contra o homicídio qualificado, não faz”. De preferência, né? Mas se você é contra o aborto, não é só você não fazer, mas também impedir que os outros façam, né? É. Por quê? Por que que você tem que ter direito sobre o meu corpo? Porque eu quero ter direito desde o momento em que eu fui concebida. Porque quando eu tinha esse tamanhinho desse fetinho, aí eu já era eu. E assim, por mais que eu disordo de você, Raquel, eu queria que você eu creio que você foi sustentada até o nono mês para que pudesse nascer, como você diz, nascido vivo. Se o bebê que está na barriga da mãe não estivesse vivo, ela não precisava ser morto por métodos mecânicos ou farmacêuticos. aquilo que tá dentro da mulher, que você chama de aquilo, que eu já vi num vídeo você falando assim, chamo aquilo mesmo. É, então esse aquilo que você chama de aquilo já tem uma identidade própria, tem até certos direitos, como direito de imagem, você não pode pegar um ultrassom de um bebê e sair por aí escandalizando. Depende de qual momento da gestação a gente tá falando. Você tá falando de de 32 semanas, evidente. Você tá falando de 20, você há pouco o aborto de um bebê de 27 semanas. Defendi porque é a vontade de uma menina estuprada, é um direito legal. A vontade do ser humano mais desenvolvido deve imperar sobre o direito de viver do ser humano menos desenvolvido, do não nascido, de um não nascido vítima de estupro. Mas pera aí, o que que tem de diferença entre essas pessoas que vítimas de estupro, nascidas de um estupro? Elas for nasceram sim, mas elas só nasceram porque ninguém mecanicamente contra. Não sei se contra ou com a vontade da das pessoas que estavam sendo submetidas a isso. Então a gente para de pensar sobre o sofrimento da pessoa que passou pela violência sexual. São mulheres que são estupradas. Você, eu não entendo, você vai pensar em quem? Só no resultado do que aconteceu. Quer dizer, me parece que a vida da mulher não interessa. A vida da pessoa que é chamada de hospedeira ou incubadora, não importa, seja ela criança ou adulta. Meu tempo, né? Ah, não, tudo bem, não tem problema. Pois bem. H, vamos lá. Metade das crianças abortadas são mulheres. O que define quem você vai ser? Se você vai ser Raquel e se eu Ana, acontece no primeiro dia da concepção. Nós poderíamos discutir, como a própria igreja já discutiu, se até a 12ª semana bebê é consciente ou não, etc. Mas você defende o aborto não durante as 12 primeiras semanas, não por causa do estupro. Tem que ser claro aqui que ela defende o aborto até o nono mês de gestação, um dia antes de você nascer. Não, não. Então acho qual que é o prazo? Dis eu não disse isso. Qual é o prazo para abortar uma uma criança? Depende. Depende do quê? A gente tem que fazer uma conversa sobre quando você pode dizer que há uma sustentabilidade para aquela vida. Tem país pode ser, tem país. É a favor que ele seja assassinado mesmo assim porque o bebezinho que nasceu no Eu sou a favor do direito da mulher ter escolha sobre seu corpo e autonomia sobre seu corpo. Corpo da mulher é se não fosse ele podia ser tirado fora e sobreviver. Ele podia sobreviver fora se ele fosse auto. Esse assunto é enfim. Olha, eu acho que a mulher tem que ter direito de escolha e os direitos que já estão Mas o que que é direito de escolha? Escolher o que que ela vai escolher? Escolher planejamento familiar. Escolher matar um bebê de 27 semanas. 28. Por que você não pode falar o que você defende? Eu falo o que eu defendo. Se eu falo, você defende que um bebê vivo aconteça o que com ele? Defende. Eu defendo que a mulher tenha direito de interromper uma gestação quando é uma coisa que tem que ser conversada, porque você pode dizer semanas, 12 semanas. Gente, bebê de 27 semanas, meses de No caso de uma criança estuprada, eu defendo que um que o que a o filho seja seja pague pela pena do pai. Então você caso de uma criança estuprada que não deseja seguir adiante ou que não tem saúde para seguir adiante com uma gestação, eu defendo porque a gente tem países como até outro dia o Chile onde mesmo se a mulher tivesse em risco de morte, o bebê ainda assim ganhava direito sobre o corpo da pessoa que tá do lado de fora. Quer dizer, você deixa de ter nenhum nenhum direito mesmo à sua própria sobrevivência. Então, depende depende de um tipo de conversa franca que não seja para tentar eh levar as coisas para uma dramática para um lado ou a gente tem que olhar pros pros dois e tentar o melhor a melhor solução. Isso deveria ser feito sem a gente tá falando de religião. A gente devia tá falando, não, eu tô dizendo, a gente não deveria estar falando sobre crenças que não sejam as médicas e as jurídicas, que são os direitos. Falando de coisas bom. Pois bem, você falou sobre dramatizar a questão, mas com todo respeito, é você que é atriz, não sou eu. E homem, fetinho para mostrar pros outros o formatinho. É uma tentativa, eu achei ele muito fofo, mas isso é uma tentativa de tentar dizer: “Olha, esse é uma pessoa, tá? Você cria esse?” Tudo bem. Eu achei bom isso que você falou. Eu achei muito bom isso que você falou. Você falou que o bebê tem que ser estuprado, tem que ser morto, porque ele é fruto de um estupro. Esse cara aqui foi que estuprou a mãe da Tasnim. Você é a favor que ele morra também, já que ele estuprou a mãe da Tasnim? Essa moça. Não, eu não sou a favor da pena de morte, mas mas para o bebê, sim. Para um feto não nascido, indesejado, que é um direito de uma mulher ou de uma criança estuprada no Brasil, eu sou a favor que ela tenha direito de escolher. Certo. Um feto não nascido. Veja bem, uma pessoa ela é feita de fases. Um ser humano tem fases. Quando ela fala a palavra, deixa eu terminar, por favor. Quando a Raquel fala feto, quando a Raquel fala feto, ela tá querendo dizer que uma determinada fase do desenvolvimento humano desumaniza uma pessoa. Mas veja quais são as fases do desenvolvimento humano, você que tá me ouvindo, um embrião. Nós temos o zigoto, nós temos o embrião, nós temos o feto, depois nós temos a criança, adolescente, o idoso. O zigoto vai direto pra criança. É, não, você são várias fases. Não, eu não falei que o zigoto, eu falei feto é a última etapa, depois virou feto aí bebê, aí depois você tem o bebê criança. Se tudo for, se der certo, continuar, você não deixar terminar, eu vou ficar tão feliz. Vamos lá, tem 48 segundos. Vamos passar. Então, todas as fases do desenvolvimento humano, ele continua sendo uma vida humana. Então, quando você diz assim, não é um idoso, é um idoso, não é um ser humano, você tá errado, porque o feto ainda é uma vida humana. Essa matéria que vocês estão vendo aqui, ó, nazistas usam linguagem para desumanizar judeus e conduzir o holocausto. Foi um trabalho feito por muitos especialistas com materiais panfletos feitos pelos nazistas antes de começarem um genocídio contra eles. É comum que autoritários e totalitários, antes de promoverem a morte de alguém, eliminarem a vida de alguém, desumanizem ou despessoalizem a pessoa. Isso era feito durante a escravidão, quando diziam que um negro não era tão pessoa assim quanto um branco valia metade. Isso já foi feito com a mulher também, quando se dizia que o testemunho da mulher varia metade do testemunho de um homem. E quando você diz que uma vida humana, ainda que tenha um DNA identificado, ainda que seja um indivíduo único, uma vida humana, um bebê de 8 meses que pode ser retirado numa cesariana e colocado numa UTI é o Natal para sobreviver, ele já tem a sua identidade. Dizer que esse bebê não é uma vida humana ou que é aquilo ou que não merece consideração é nada mais do que isso aqui. Desumanizar a futura vítima. Segunda pergunta, aliás, a primeira pergunta do chat pra Ana agora e comentários. Parece que tudo era para mim e para ti ao mesmo tempo, né? É. Vamos lá. O Rafael Pimenta, ele fala assim: “Ana, por que o feminismo se apresenta como libertador, mas exige adesão ideológica irrestrita ao ponto de hostilizar mulheres que escolhem o caminho diferente ditados pelos movimentos? exemplo, o seu caminho. É, é. Pois bem, aconteceu isso comigo, mas eu não vou ficar falando de mim porque deu você muito autorreferente, vai ser uma evidência anedótica. Mas vamos ao caso recente, por exemplo, da Fernanda Torres. Todo mundo viu ela, ela é de esquerda, ela é feminista e ela filha de uma feminista. Recentemente, em 2016, a Fernanda Torres escreveu uma matéria num canal chamado Agora que São Elas e publicou a opinião dela que as mulheres tinham que se posicionar com mais força, as mulheres tinham que ser menos vitimistas, as mulheres tinham que ser mais corajosas, enfim. E ao se posicionar dessa maneira, uma outra feminista, a Stephanie, publicou uma matéria chamando, dizendo assim: “Eu não perdoo Fernanda Torres”. E nessa matéria, ela pediu desculpas, ela exige que a Fernanda Torres peça desculpa por ter dado sua opinião e diz: “Quem a Fernanda Torres pensa que é para poder dar a sua visão sobre o feminismo sendo branca, mulher e rica”. Então isso que foi feito com a Fernanda Torres também foi feito, por exemplo, com a autora do livro do Harry Potter, que agora me fugiu o nome, acho que é Rolling. Ela se pronunciou contra os esportes que misturem mulheres biológicas com mulheres trans, contra homens biológicos competirem contra mulheres trans. Também foi achincalhada pelo movimento feminista, entrou até na lista de inimigos e da igualdade, transfóbicos, etc, etc. Você citou o meu caso, mas ele é só um. Existem inúmeros de mulheres que, por não se posicionarem em favor do feminismo, não devem ter voz, não tem lugar de fala, ou como muitas devem, eu não tô acompanhando o chat, mas como muitas devem estar me xingando aí, ah, se você é contra o feminismo, vai para casa lavar roupa, vai cuidar dos teus filhos, você não devia votar, você não devia estudar. Quando a gente sabe que todos esses direitos foram alavancados, primeiro com a construção da dignidade eh isonômica de homens e mulheres através do cristianismo, primeiramente, e depois do liberalismo a partir do século XVI X. Então, eu posso trabalhar, eu posso estudar, eu posso votar, ser votada, representar os meus eleitores, eu posso cuidar da minha casa ou não, posso ter ajuda para cuidar da minha casa, meu marido para me ajudar ou não. Enfim, o feminismo realmente, como você tá dizendo, Rafael, se não me falha memória, teu nome, o feminismo realmente exige adesão integral. É como aquele livro que eu mencionei rapidamente aqui, o livro da Bell Hooks, o feminismo é para todos. Olha o nome do livro, feminismo é para todo mundo. Aí você abre o livro, já nas primeiras páginas, tá escrito lá: “A mulher que não defende integralmente o direito ao aborto, não pode ser feminista, enquanto um livro se chama O feminismo é para todo mundo.” Então, você falou muito bem, o feminismo não é para todas as mulheres. O feminismo é só para aquelas que têm um pensamento ã coletivista de esquerda. O feminismo é para aquelas mulheres que defendem o aborto, que acham que a sociedade tem uma super estrutura patriarcal. opressora, que as mulheres estão sempre em desvantagem. Eh, e qualquer mulher que tentar defender um ponto de vista conservador vai ser perseguido. Outro exemplo para terminar o meu tempo aqui foi recentemente a Folha de São Paulo ter divulgado no mês de março, que é o mês da mulher, duas matérias bem contraditórias. Primeiro, ela divulgou uma matéria falando mal da balerina Farm, dizendo que a dona de casa, uma dona de casa como ela, que deixa a carreira para cuidar dos filhos e do marido, é um perigo pra sociedade. E na semana seguinte, a mesma Folha de São Paulo publicou uma matéria dizendo que um par de gays que vive junto era inspirador pra sociedade, porque um deles largou o trabalho e virou dono de casa. Então, é assim que o feminismo funciona. Todos que aderem ao feminismo recebem elogios, são tratados como inspiradores, como extraordinários. E toda mulher que se posiciona contra é tratada dessa forma, como se fosse uma pária, como se fosse mais burra, como se fosse opressora, enfim. Comentários, né, agora da da Raquel. Vamos lá. Três minutos. Eu achei bem interessante a sua resposta, porque eu acho que a resposta para essa pergunta é a polarização, não é o feminismo. Assim como você tá sendo atacada no chat, provavelmente eu também tô sendo atacada no chat e eu acho que as duas coisas são ruins. Eu acho que a gente precisa conseguir achar pontos de convergência. A gente precisa chegar a consensos. Isso é política. Então quer dizer que eu vou ter uma opinião, você vai ter outra, eu vou respeitar a sua, você vai respeitar a minha. E dentro do lugar adequado, que seria no Congresso, as leis vão ser debatidas para que se chegue ao melhor consenso sobre o que vai ser e o que a população quer através do voto. Então, a minha opinião é que o ódio nas redes sociais, o cancelamento, a polarização e a pessoa querer ditar o que a outra pessoa tá dizendo ou pensando é muito ruim pros dois lados. A gente não vai negar que isso tá acontecendo com cancelamento dentro do ambiente do conservador ou do ambiente de direita, assim como ele também tá acontecendo dentro do ambiente de esquerda. Eu discordo que a gente vai julgar qual é o tipo de feminismo de outras mulheres, apesar de terem vários tipos de feminismo que a gente pode falar a respeito. Eu queria falar um pouquinho sobre eh o feminismo que já foi conservador também, você fala disso no seu curso. E a gente hoje em dia também tem redes de mulheres negras evangélicas, aqui a Valéria Vilana fala, e mulheres e g evangélicas pela igualdade de gênero. O feminismo pode, você não precisa ser assim, você não precisa concordar com tudo que a que que se fala em todos os livros para você e ser feminista na forma que para você for adequada. Se você é a favor de uma luta igualitária eh pela equidade de direitos, você é feminista. Se você acha que uma mulher não tem que morrer na sua casa apanhando do marido, você é feminista. Se você é a favor de mulheres terem direitos políticos e serem seres humanos com direitos plenos, íntegros, você é feminista. Você não precisa ser mais ou menos radical para você ser feminista. Eu sou contra a gente polarizar isso nesse lugar. Achei muito interessante a gente entrar na questão do masculinismo e e dessa questão do antifeminismo que apoia esse tipo de visão de mundo, que faz com que a violência contra mulheres digitalmente só cresce cresça e isso se transforma em violência na vida real. Infelizmente o masculinismo é um que a gente não falou ainda, mas tá nos nossos temas, né? É uma reação desesperada, perda de privilégios de uma ideologia patriarcal, reacionária e misógena, que reage aos avanços dos direitos das mulheres, tentando restaurar a dominação masculinista. E ele não é novo tampouco, tampouco é o feminismo. Vamos lá. Eh, segunda pergunta para Raquel, eh, querido Kratos. Eh, vamos lá. O Você não tava preparado, né, Cratos? Eu posso falar mais, eu falo mais. Pera aí que eu vou ler aqui do meu papel. Ah, não, você falhou agora, hein? Tem o Tinha Eterna que ela fala assim: “Partindo do pressuposto que o corpo da mulher não pode ser obrigado a ser uma incubadora, podemos dizer que o corpo do homem não deve ser escravizado por 12 horas de trabalho para sustentar uma criança caso ele não queira. Ah, e você tá falando do do homem não precisar assumir uma suspeção, alguma coisa assim. Será? É isso. É uma é uma dúvida masculinista, né? Eles dizem que se o cara não quiser e a mulher se quiser seguir uma gestação, ele deveria não poder, não, não ter que eh contribuir com o o resto da vida da criança. Esse é um debate que eu não tenho uma resposta fixa para te dizer. Eu acho que eh essa é uma desonestidade comum, infelizmente, ao masculinismo e dizer assim, porque assim, francamente, os homens abandonam bebês nascidos e gestações em andamento desde que o mundo é mundo. O homem nunca foi obrigado a ficar e a cuidar da sua família e a prover. Infelizmente, a gente tem no Brasil uma taxa de bebês que nascem e são registrados sem o nome do pai gigantesca. A gente tem quase 70% das pessoas que estão no mapa da fome no Brasil sendo mulheres mães solo. Ou seja, os homens foram embora. Então assim, esse papinho de que ele deveria ter direito de não cuidar, não faz nenhuma diferença, porque ele nunca teve obrigação de ficar, não foi condenado à morte por abandonar uma família, por exemplo, ir embora. Não, que eu acho que ele deveria ser condenado à morte. Eu acho que as pessoas têm que ser responsáveis. Por isso que a resposta paraa sua pergunta, na minha opinião, seria a gente ter melhor acesso a planejamento familiar e que as pessoas pudessem escolher quando e se elas vão carregar uma gestação a termo ou não. Os dois, porque os dois, claro, o homem contribui com muito menos esforço biológico de tempo do que a mulher. E, portanto, eu acho que isso deve ser pesado nessa equação, mas eu acho que essa é uma um debate que talvez precise durar mais tempo, se é isso, né? Mas se a vontade é só se evadir de pagar pensão alimentícia, é um homem bem micho, né? Eu acho comentários, né? Ó, mais uma vez aqui, pessoal. O homem que não paga uma conta é lixo. Eu não, eu não quero te desrespeitar, Raquel. Eu falei micho. Ah, pois bem. Tá. O homem tá errado por não pagar uma conta de pensão e vai preso. Exato. Exato. O homem vai preso por não pagar pensão, mas a mulher não responde por matar um bebê viável. Mais uma vez. Mais uma vez. é que é a a questão muito importante aqui, porque isso eh revela dois pressupostos muito distintos, que depois a gente poderia falar melhor sobre isso, mas basicamente o que diferencia. Ela diz que eu também sou feminista porque eu defendo direitos iguais. Então, olha, a importância que nós de nós termos definido no começo. No meu primeiro livro, eu defino já na introdução, feminismo, perversão, subversão. No introdução eu já defino o que o que eu considero ser feminismo para que eu possa dizer porque eu sou contra ele. Então, nós não termos definido o feminismo no início do debate com clareza faz com que ela diga agora que eu sou uma feminista porque eu defendo igualdade. Novamente, defender as mulheres da violência, do abuso, isso não é ser feminista, porque isso já foi feito por apóstolo Paulo, Jesus Cristo, muito, muito antes, né? os pilares do que a gente hoje conhece como fraternidade, igualdade, liberdade. Os pilares e tudo isso estão pressupostos lá no Novo Testamento. Esse é o motivo pelo qual o ocidente que se baseia no Novo Testamento é tão diferente do hinduísmo, é tão diferente, é tão diferente da Índia, é tão diferente da China, é tão diferente do da Arábia Saudita que não se baseia no Novo Testamento. Então nós temos um problema de definição aqui. e a Raquel eh não vamos conseguir avançar nisso por nós não termos definido antes o que é feminismo, né? Então nós temos esse esse problema. Quando ela fala sobre masculinismo, isso aqui eh o masculinismo em alguns momentos ele parece revanchista de fato. Parece que quer se vingar pelo fato de as mulheres terem eh aprovado ou conquistado leis que são bastante desiguais em favor delas. Eh, e eu não sou contra a igualdade, não sou contra, por exemplo, a Lei Maria da Penha, que protege a mulher da violência. Eu não sou contra a lei que pune crimes ediondos contra mulheres. Eh, aliás, recentemente a Erica Hilton e outros deputados do PT votaram contra a questão da progressão da progressão de pena, né, para que um estuprador fique mais tempo preso. Elas são feministas e votaram contra isso. Eu teria votado a favor se eu fosse deputada federal. Então, nós temos aqui esse problema que é um problema de definição. Ela vai dizer que qualquer mulher que defenda igualdade é feminista. Eu vou. Então, eh, mas não dá, porque eu defendo igualdade e sou antifeminista. Então, nós temos que definir o que é feminismo para conseguir continuar nisso. E essa foi a minha proposta eh inicial. Mas masar que de todos os direitos que a mulher tem e que eu sou a favor que tenha, o mais importante de todos é o direito de nascer. Se uma mulher não nasce e os países que têm aborto legalizado e a possibilidade de escolher ou ver o sexo do bebê antes do aborto, ou os países que praticavam infanticídio ao longo da história, as nações que praticavam infanticídio ao longo da história, sempre preferem abortar meninas. Então, ser contra o aborto é ser a favor da vida das mulheres, tanto da mulher que vai realizar o aborto, quanto da mulher que está no vento. Eu posso comentar isso também? Achei muito legal você falar isso, porque é verdade. Em países como a Índia e a China, onde era permitido o aborto, eles até tiveram que fazer uma lei para parar de permitir que você que você visse o eh o sexo do feto antes de escolher abortar. Mas esse é mais um exemplo do quanto eh o machismo e a misoginia são pervasivos, são ruins na sociedade. Porque tanto na China quanto na Índia ter um filho homem é é considerado mais status do que ter uma filha mulher. E, aliás, foi assim durante a história, durante muito tempo. Então, famílias pobres que na época na China só podia ter um filho e escolher ter sempre um filho homem. Então, eles sempre matavam um feto do sexo feminino. E na Índia ainda isso também continua. Isso só um sinal do quanto as mulheres ainda, infelizmente, são desvalorizadas em alguns lugares do mundo e o quanto, enfim, idealmente a com o planejamento, eh, com o planejamento familiar e com o direito à contracepção e com direito à educação sexual, a gente pode diminuir esse tipo de taxa. Agora, o motivo pelo qual as mulheres são mais abortadas continua sendo machismo, continua sendo o fato de que as meninas não são valorizadas. Inclusive, isso gerou um problema gigante na China, onde 20 anos depois dessa política ser adotada, meninas, mulheres já de 15 mais anos começaram a ser eh sequestradas para serem usadas como escravas sexuais, porque tinha uma geração inteira de meninos que nasceram e não tinham mulheres para eles. Quer dizer, no final das contas, as mulheres acabam sempre tando num lugar de vulnerabilidade quando você tem situações de violência que a gente deve proteger. Na minha opinião, eu queria, eu posso só mais uma é que você pode aproveitar nos comentários ou vocês querem deixar mais ali. Eu poderia ser. Você quer falar um pouco? Eu queria porque vai ter o terceiro bloco para que é livre assim, eles vão conversar. Tá bom. Eu ia fazer uma uma fala que eu acho muito legal da ONU, que eu guardei sobre o discurso de ódio, porque você falou, né, que podia ser um revanchismo. Eu acho que é um um revanchismo e é um revanchismo que, infelizmente, vira assassinato, né? Ele se torna em céu, ele se torna assassinato em Columbine ou o rapaz que entrou em Suzano também assassinou pessoas. Esse tipo de ódio a gente tem que lutar contra. Por isso que eu acho que a gente estimular eh esse tipo de visão digital ou presencial é é ruim para homens e para mulheres. Nunca devemos esquecer a facilidade com que o discurso de ódio pode transformar-se em crime de ódio. Como a ignorância ou indiferência podem levar à intolerância ou como o silêncio diante do fanatismo é cumplicidade. Essa é uma frase do Antônio, Antônio Guterres, secretário geral da ONU de 2022 que eu queria encerrar com essa fala. Eu queria só complementar então o que a Raquel disse. Eu fiquei feliz que ela reconheceu então que o aborto é uma forma de se livrar de pessoas inconvenientes, porque nos países e que consideram as meninas inconvenientes, eles realizam o aborto e matam meninas. Então o aborto é para isso. Quando uma criança é considerada inconveniente, mata-se essa criança. Assim como os judeus eram inconvenientes, se foram mortos, os escravos eram inconvenientes, então eram escravizados. Não eram pessoas como nós, não eram pessoas perfeitas, como se existissem pessoas mais perfeitas do que outras. Eh, gostei também que ela falou que crimes de ódio, ideias de ódio podem virar crimes de ódio. O Brasil deveria ser palco de uma grande audiência internacional na ONU, porque um dos crimes mais bárbaros da história do nosso país aconteceu por Mandria. Duas lésbicas mataram um menino de 9 anos chamado Juan. Você pode pesquisar depois aí caso do menino Juan. Elas cortaram. Não era só um crime contra uma criança, um infanticídio. Elas odiavam tanto o masculino que elas cortaram o pênis do menino com uma faca de cozinha. Cortaram o penizinho dele com uma faca de cozinha e deixaram o menino agonizando sem tratamento médico em cárcere privado por um ano. Quando as autoridades policiais encontraram as duas lésbicas que cuidavam desse menino e a outra menininha que também era filha de uma delas, inclusive em disputa de guarda, ela fugiu. Ou seja, o fato do judiciário favorecer sempre as mulheres nas varas da família fez com que essa criança ficasse desassistida, longe do pai, foi morta por essa mulher. E a outra menininha que ficou tinha medo de se aproximar de qualquer figura. masculina, mesmo tendo presenciado um homicídio bárbaro realizado por mulheres. Ou seja, a menina também era alvo de uma constante doutrinação antihomem. Então, nunca esqueça, o Brasil é o país do menino Juan. Quer comentar? Eu acho esse crime horrendo e a gente é horrendo. É terrível que isso tenha acontecido. Infelizmente no Brasil a gente tem quatro mortes de mulher por dia, dois estupros a cada minuto. E assim, toda mulher com quem você conversar, infelizmente, vai relatar ter passado por alguma situação de violência. Eh, que isso se torne uma violência em retorno, que você cometa essa violência, ainda mais com alguém vulnerável, é terrível e é inaceitável. A gente não deve aceitar violência em instância nenhuma, contra homens, contra crianças principalmente ou contra mulheres. Concordo plenamente com você, pelo amor de Deus. A pessoa, eu inclusive sou a favor de penas cada vez mais duras para estupradores, para homicidas, para homens que matam mulheres, cometem crime passional contra a mulher. É só uma pena que a esquerda não concorde comigo, né? A esquerda defende o laxismo penal, garantismo penal, a audiência de custódia, o cara bate na mulher, depois ele comete crimes. Aliás, a gente tem dados também de que quem comete crime contra a mulher é reincidente em crimes. Eh, e a falta de punição é um dos motivos. A esquerda tá sempre defendendo aí, passando a mão na cabeça de vagabundo, como é o caso da Maria do Rosário defendendo o Champinha, que estuprou uma menina por cinco dias. Aliana. É, exatamente. Essa história é horrível. É horrível, não é? Claro que horív. Maria do Rosário tava defendendo ele era menor de idade, não devia responder pelo que ela ela tava defendendo, não ele exatamente, né? Eu acho o caso dele envolvido, né? Muito indefensável. Eh, é, é claro que é um absurdo e eu acho que, mas ao mesmo tempo é muito difícil a gente querer instaurar no Brasil um país que tem ainda tantas pessoas que não são punidas ou que não chegam a processos afim no sistema penal que a gente tem ainda, na situação que a gente tem, a gente colocar ainda essa questão de pena de morte, porque a gente pode cometer pena de morte, mas ele não foi punido. Ele só pode pegar três. Ele cometeu esse crime bárbaro. Ele tá preso ainda. Não, ele tá no manicômi, né, como dizem, porque Mas tiveram que fazer uma gambiarra porque ele é da menor de idade. Sim, mas ele tá preso. Mas a esquerda, por que que a esquerda não defende que um menor de idade de 16 anos que estupra uma menina responda pelos seus atos? Eu gostaria muito que a gente aumentasse a idade de vulnerabilidade aí pr para 16 anos falando sobre isso com as meninas. Pou que a gente concorda com isso. Eu acho que a gente não que estupro de vulnerável tinha que ser até mais velho e não só até 14 anos pra gente tentar proteger um pouco mais a infância. Eu achei maravilhosa essa ideia porque inclusive uma das pessoas que mais defendia baixar a idade de consentimento em vez de aumentar era a feminista Simone Bovoá. inclusive assinou um termo em favor de três pedófilos para que eles fossem. E eu acho que essa história dela, eu concordo com você nisso também, que a Simone de Bová não devia ter se aproveitado de meninas menores de idade, mulheres de 17, 17 anos, mas mesmo assim acho a situação foi abuso psicológico, é claro, e tá tudo errado. Não é porque você tá dentro de um campo que você tem que aprovar tudo que esse campo faz. Vamos saber. Ô, Crato, segunda pergunta da do chat pra Ana. Vamos lá. O, a Emanuele Oliveira, ela fala assim: “Você diz ser antifeminista, mas age como feminista. Sua luta é por espaço ou para agradar conservadores enquanto outras mulheres seguem oprimidas? Tá vendo só o problema da definição? Por que que ela acha que eu sou feminista? Porque você Isso é um chá revelação. É um chá revelação pro Olha só, isso aí é o problema na definição. A feminista em essência defende o aborto. A feminista na prática, em essência, na teoria e na prática, ela defende o aborto. A feminista na prática defende e se posiciona oficialmente pela supremacia da mulher. Isso é femista, amada. Não, não. Só se o o Ministério Público Federal, Defensoria Pública, o TJ, todo mundo é femista. Então, escuta. Então, tá bom. Você quer falar sobre femismo? Me diz uma autora femista, um livro femista, uma pessoa que diz: “Eu sou femista”. Quem é essa pessoa? A Cláudia Campolina, né? Não existe essa pessoa. Ó, tudo de ruim que o feminismo faz, bota na conta, né? Bota na conta de uma ideia fictícia que é o feminismo, entendeu? Elas fazem um monte de coisa errada, daí para não assumir a culpa, elas dizem: “Não, isso não é feminismo, isso é feminismo”. Mas não, tudo isso é feminismo? O que que é feminismo? Olha só, como é que eu faço para saber o que é feminismo? tem que ler as autoras que são amadas, idolatradas, consagradas dentro da academia e também que são e as ideias que são executadas na prática. Na teoria, você pega os livros da Simone Bovois, da Bet Freed, da Schulamit Fariston, da Kate Millet. Isso é feminismo. Na teoria, esse feminismo vem pra prática e se manifesta nas pessoas que estão em espaço de poder, que estão no Ministério Público, no Tribunal de Justiça, na Defensoria Pública. E eu já mostrei para vocês os documentos, depois vou subir numa pastinha aqui todos os dados. No final, vou dizer pro Vilelo link. para vocês baixarem esses projetos de lei e verem como as feministas se posicionam oficialmente em favor da supremacia da mulher. Defender que a mulher tenha direitos iguais e seja tratada dignamente não é feminismo. Até eu vou dizer uma coisa que eu acho que devia ser dito mais vez aqui. Defender a dignidade da mulher e a sua igualdade ontológica é cristianismo. O cristianismo fez absolutamente todas as conquistas sociais relevantes das quais inclusive a esquerda se louc. Por exemplo, foi o feminismo que conseguiu acabar com a escravidão quando começou a se tornar cultural, quando o comunismo, o cristianismo se tornou cultural. A escravidão entrou em decréscimo. O infanticídio entrou em decréscimo. O aborto entrou em decréscimo. A noção de liberdade e responsabilidade individual foi construída. A noção de que a mulher e o homem merecem a mesma dignidade porque foram imagi criados à imagem de Deus ambos. Tudo isso nós colhemos do cristianismo. Somente as feministas somente podem dizer hoje que defendem igualdade, fraternidade e dignidade da mulher porque Jesus Cristo passou nessa terra. Senão nós estaríamos aqui ainda discutindo o código de Amurab ou nós poderíamos estar lá na Somália, onde 99% das mulheres são mutiladas, um país muçulmano. Nós poderíamos estar discutindo isso, mas o fato de nós estarmos aqui no Ocidente discutindo a liberdade da mulher só existe porque o nosso ocidente é fundamentado no cristianismo que fundamenta, que impulsiona a autocrítica. A nossa civilização cristã e ocidental é a que mais pratica autocrítica, que olha para si mesmo e diz: “Nossa, isso aqui tem que melhorar, isso aqui tem que piorar”. Então, todas essas coisas que nós desprezamos, o casamento infantil, o aborto, o infanticídio, a desigualdade, a violência contra a mulher, a escravidão, todas elas foram combatidas por Jesus e pelos apóstolos há 2000 anos atrás, quando o movimento feminista, aquele tempo é o meu, é? Ai, que bom. Quando o movimento feminista, por exemplo, interseccional diz: “Ah, nós defendemos que as pessoas têm que ser respeitadas na sua classe, nas no seu sexo, na sua condição social, elas nós temos que fazer uma intersecção de fatores para respeitar alguém.” Cara, isso nada mais é do que uma repetição muito tardia do que Jesus fez quando encontrou a mulher cirufení ou a mulher samaritânia. Jesus era um judeu que não podia conversar com mulheres, tanto menos com mulheres imorais e tanto menos com mulheres de de um povo considerado cidadão de segunda classe. Eles eram tratados muito mal. E Jesus, então, ele recebe, ele conversa e trata com a mulher cirofenícia e com a samaritana, que eram consideradas cidadãs de etnias inferiores, de cidadãs de segunda classe imorais. Uma delas tinha cinco maridos, outra também cometia pecados de toda sorte. Enfim. Então Jesus, ao se aproximar dessas mulheres, ao dar voz a elas, dirimiu, destruiu todos os preconceitos que elas poderiam estar sofrendo. Todas as vezes na Bíblia Sagrada, em que Jesus conversou com uma mulher, ele a abençoou, favoreceu, salvou, curou, melhorou sua condição social. Jesus tratava as mulheres melhor do que qualquer um desses socialistas feministas. E tudo que esses movimentos progressistas de hoje fazem, eles só podem fazer. Eles só podem fazer porque, graças a Deus, o cristianismo colonizou o Ocidente. Porque senão a gente ainda tá discutindo mutilação de genital, como acontece na Somália. A gente ia tá discutindo casamento de criança vendida aos 6 anos pelos seus pelos seus próprios pais. Comentários. É, achei interessante eh porque é uma falácia argumentativa fazer do feminismo bod expiatório dos males atualidade, né? O feminismo, de fato, ele defende a equidade. Eh, se a gente quiser inventar que o feminismo defende outras coisas ou se pessoas radicais dentro do movimento podem ter posições um pouco mais para lá ou para cá, dizer que o feminismo é uma coisa que ele não é desleal, não é a realidade. Aí dizer que os direitos das mulheres começaram graças ao cristianismo demorou um pouquinho, né? que foram 1900 anos antes da gente começar a fazer alguma coisa para mudar isso. Mas que bom, acho muito bonita a filosofia da gente pensar no amor, na perda, na na perda, na na união, na conciliação, em dar direitos ao invés de tirar direitos e não em tentar dividir as pessoas e sim em tentar achar os campos em comum. Então, colocar o feminismo como um grande eh espantalho retórico, que é um grande vilão, é uma coisa que já aconteceu na história antes. Claro, acontece hoje em dia eh com os imigrantes em outros lugares do mundo, já aconteceu com os judeus na época do nazismo. É fácil, é simples, porque a palavra e a e o feminismo desde que ele começou é vilipendiado, desde que ele começou é dito que as mulheres tinham que estar em casa, que elas não podiam sair, que aquele não era o lugar delas, elas sofriam essas violências. E essa foi uma luta de influência para que a gente pudesse estar aqui hoje. Eu fico feliz que tanto eu quanto você estamos aqui e que nós todas temos o direito ao voto, o direito de circular, o direito de agir como a gente quiser e o direito também de escolher se a gente tem uma religião ou não. Que bom que a gente tá numa democracia. Kratos, terceira e última pergunta para Raquel do chats. Vamos lá. A Ana G, ela fala assim: “Raquel, se uma mulher abortar um bebê de estupro, isso vai isentar ela desse trauma ou vai trazer mais traumas? Resolver um problema com outro?” Essa é uma ótima pergunta. É, eu acho muito difícil a gente falar de fora que o trauma vai existir da experiência de uma pessoa que passou pela pelo momento mais desumanizante possível. Ela perdeu a sua dignidade. Ela foi transformada literalmente numa coisa. É, eu tenho tem já entrevistei pessoas aqui, mulheres que foram estupradas. É, triste, é devastador. Eu acho que antes de tudo, como eu falei antes, é muito difícil a gente julgar a escolha de uma mulher, primeiro considerando que isso já é eh um direito conquistado, porque em 1940 se entendeu que a dignidade do direito da escolha da mulher que sofre tal ofensa seria lícita, seria boa e seria justa. Então, conseguir colocar em palavras qual é o menor trauma, se dá para esperar mais um pouquinho ou não, eu não acho que cabe a quem não passou pela experiência. Eu acho que é um trauma assim, eu de novo, não tô aqui defendendo porque as pessoas têm essa essa ideia, né, das feministas querem colocar esse espantalho, colar isso nelas, né, que elas querem e que elas são contra crianças. Pelo contrário, o feminismo tá lutando para que a gente tenha paternidade responsável, para que a gente possa falar sobre a maternidade solo, sobre a sobrecarga da mãe, para que a gente acolha as mulheres também, para que a gente tenha mais famílias felizes e e juntas. A gente não quer estimular os homens a se afastarem. Na verdade, eu acho que é o contrário. A gente quer que as pessoas estejam estejam juntas e cuidando umas das outras. O feminismo só quer a equidade. Eh, quanto ao trauma, o trauma já ocorreu. Você não vai conseguir impedir esse trauma específico, mas você consegue imaginar passar por esse trauma e depois você passar quase um ano da sua vida vivendo com ele todo dia, em algum momento sentindo esse esse isso que para você, como eu disse, a Ana comentou, é verdade, para você não é uma pessoa. você quer, você não consegue pensar que você tá conectada ao que aconteceu de pior na sua vida para sempre através dessa gestação. Imagina, você vai sentir aquilo crescer ou se mexer ou se tornar uma pessoa de fato. E o conflito de dentro que você vai se sentir, como você vai se sentir em relação a isso? Porque se você eh levar essa criança deixar essa criança ser eh adotada, por exemplo, você vai sempre estar pensando, se 20 anos depois você cruzar com essa pessoa na rua que você deu pra doação, da qual você foi vítima de de estupro, eu não sei, eu não posso dizer qual é o resultado que isso poderia ser de trauma ou de acolhimento, porque o que a Ana tá mostrando aqui também pode acontecer. Se a mulher escolhe, se ela tem o direito, eu tô aqui advogando pelo direito da mulher escolher, se ela escolher tomar essa decisão de carregar essa gestação e após isso criar esse bebê que nasce decorrente de um estupro, isso é uma escolha dela. E é claro, o amor é sempre lindo, ele pode de alguma maneira ajudar a suavizar um trauma decorrente de um estupro. Agora, eu não acho que é um trauma que nunca passa. Eu não acho que é uma coisa que acaba e infelizmente é uma das coisas mais recorrentes que acontecem com mulheres e meninas, não só no Brasil, mas no mundo. Então nós todas devíamos estar lutando contra o a violência contra crianças e mulheres para que esse tipo de coisa não acontecesse. E parece que a gente presta muito mais atenção no resultado da violência no que do que como preveni-la. Comentários, Ana. Bom, realmente eu não consigo imaginar o que uma pessoa que que foi estuprada passa. É um negócio absurdo mesmo. É realmente inimaginável. Mas veja, tem um motivo pelo qual as feministas são contra. Onde foi apresentado esse projeto de lei, elas se posicionaram contra. A iniciativa de que a mulher que procura um aborto legal, ainda que seja um aborto permitido, que essa mulher possa fazer um ultrassom e ouvir o coração do bebê. Tem um motivo, se tiver alguém aqui nos ouvindo que, sei lá, passou por isso, tem um motivo porque não querem que você ouça o coração do bebê. Não é um algo um monstro, é um filho seu. Por quê? Metade desse bebê realmente carrega a genética desse abusador, desse diabo que passou pela sua vida e que, infelizmente, as feministas não defendem que seja condenado à morte, não defendem que a pena dele seja equivalente à pena do bebê. Mas tem um motivo pelo qual as feministas não querem que você ouça o coração desse bebê. Elas fazem campanha para que não seja realizado esse ultrom em mulheres que buscam o abortamento por qualquer razão, porque você vai ver, você vai sentir que aquilo ali é uma vida e você, a sua vida foi maculada, foi atacada por um monstro, mas você tem essa escolha. Você pode decidir transformar uma coisa má em uma coisa boa, gerar a vida. Essa criança não vai responder pelos pecados do pai dela, pelo crime do pai dela. Veja, essa criança tem uma chance de uma vida inteira, ouvi o canto dos passarinhos, comer o chocolate. Você tá tirando disso. Mário Quintana, que é um grande poeta brasileiro, diz que o aborto não é só um homicídio, mas o homicídio sim é o crime maior de todos. O estupro realmente é um absurdo, mas o homicídio ainda é maior. Porque Marco Quintana diz que o aborto não é só a morte, mas é também o roubo. O roubo de tudo, de tudo que você viu de bom. Eu sei que nesse momento você pode pensar: “Mas o que eu sofri faz a minha vida parecer que não vale a pena”. Mas vai valer. Vai valer. A sua vida não se define por um momento, mas a vida do seu filho pode ser decidida por uma escolha de algum alguns meses da sua vida. Então, se você tiver com medo, sei lá, de condições socioeconômicas ou do julgamento, eu tenho certeza que você pode procurar. E se você falhar na primeira e não te receberem na primeira, procure a segunda, a terceira, na chance de três você vai encontrar. Procure uma igreja evangélica, católica ou até um centro espírita, se for o caso. Procure e diga: “Essa é minha situação. Eu tenho vontade de matar meu filho, mas no fundo algo me diz para não fazer isso.” Eu tenho certeza que você vai encontrar, não importa quão pequena ser sua cidade, pessoas dispostas a te ajudarem até o dia da entrega legal. Você vai entregar esse bebê para alguém que tá na fila sonhando com filho. Lá em Santa Catarina, nós temos duas 12.000 12.000 pessoas esperando na fila da adoção e somente 7.000 crianças aptas a serem adotadas. Tem alguém que quer dar amor pro seu filho. Então, se você por algum motivo, tiver com essa dúvida, faça a escolha mais sábia e a mais. Seja melhor do que esse monstro que passou pela sua vida. Seja melhor do que ele, entregue vida onde colocaram morte. Faça isso. E eu tenho certeza, como dizem os estudos, inclusive um de 1997, as mulheres que desistiram de um aborto se arrependem muito menos do que aquelas que levaram o aborto adiante. Pode ter certeza disso. É estatística. Vamos pra terceira e última pergunta do chat pra Ana. O Kratos. Bom, vamos lá. Eh, tá perdidão, né, Sandra? É que eu pensei que fosse já tinha encerrado já. Ah, per eu que tenho que ficar contando aqui, né? É que eu é, vai, vamos lá. A Sandra, ela fala assim, é para quem a pergunta? É. Ela fala: “Ana, você realmente acha que a mulher que foi abusada ou que sofreu violência doméstica é culpada? Não seria melhor ensinar esses homens machistas a respeitar as mulheres?” Olha, eh, a mulher não é culpada de nada. Eu não acho que a mulher é culpada de absolutamente nada. Nem aquela mulher que está embreagada de mini saia às 3 da manhã no meio da rua, nem ela, ninguém, nenhuma mulher é culpada. Cada pessoa tem que responder pelos seus crimes. E quando acontece uma situação como essa, nós temos três pessoas. O estuprador, na minha opinião, crime deiondo, ele não deveria ter nenhum tipo de relaxamento de pena. O estuprador pegou 12 anos a 12 anos. A gente já vai falar sobre isso. Eu acho que a mulher não deveria ser culpada, mas tampouco a criança. Se tem alguém que não fez nada contra ninguém, é o feto. Veja bem novamente, o feto é só uma etapa do desenvolvimento da vida humana. Você que tá me ouvindo, você já foi um feto. Antes de ser um feto, você foi um zigoto. É o início da sua vida. O início da sua vida, quando você foi concebido, ali tinha sua identidade. No seu DNA já dizia se você seria XX, XY nos seus cromossomos e dali em diante você já era você. Em nenhum momento no retroativo você não foi você. Você não foi um cavalo, um camelo, um você sempre foi você. Tá? Então eu acho que sim. O estuprador tem que receber a pena mais pesada de todas. A mulher vítima não tem que receber pena nenhuma, tampouco a criança. Mas mais uma vez eu quero mostrar para você como essa é uma falácia feminista. Em 2009, as feministas, uma deputada de esquerda, propôs uma alteração no nosso Código Penal. Antes dessa alteração do Código Penal, um estuprador podia pegar 20, 24 anos de condenação, porque ele respondia concomitantemente por dois crimes, o crime de atentado violento ao pudor e o crime de estupro. até 2009, um cara como Champinha, se tivesse 18 anos, é porque ele tinha 16, a turma tava defendendo ele. Mas um estuprador aqui, por exemplo, obrigasse a mulher a fazer sexo vaginal e oral, um estuprador que abusasse de uma mulher, ele podia pegar pena pelo artigo 213 e pelo artigo 214, somados até 20, 24 anos de cadeia. Aí uma feminista, uma deputada de esquerda, resolveu propor uma alteração na lei. E desde então nós temos a vigência da lei 12.000 2015. Essa lei aboliu um dos artigos considerando tudo como estupro. Isso é fruto do discurso feminista universitário. E ali a Raquel me disse assim: “Ah, você não pode pegar um espantalho”. Essas mulheres que eu citei aqui são promotoras, juízas, elas não são radicais monstros feministas, são mulheres comuns. Se você conversar com elas são até moderadas. Então essa deputada é feminista, se diz feminista, se autodeclara feminista, apresentou esse projeto de lei que impediu que um estuprador, que antes podia pegar 20 anos, continuasse inclusive preso. Depois dessa alteração da lei em 2009, os advogados entraram na justiça inclusive para soltar o estuprador que já tava preso. Essa alteração na lei 2015, essa lei 2015, ela foi feita por uma feminista baseada no pressuposto feminista de que tudo é estupro, acabando com o o conceito de atentado violento ou pudor, que elas consideravam ser um conceito católico, um conceito moralista. Então, se hoje um estuprador não fica 20 anos na cadeia, você tem que agradecer as feministas. eh, pesquisa aí, pesquisa essa lei, a alteração que aconteceu nessa lei, os estupradores que foram soltos depois disso. É, eu pesquisei aqui, eh, o que tá dizendo era que era um crime sexual que não era pela forma vaginal, ou seja, se você tivesse sofrido só eh o outro crime que não for o sexo vaginal, você ele só teria a pena menor que porque o atentado violento ao pudor era uma pena menor. Aqui o que tá dizendo é que a unificação dos crimes trouxe benefícios, como a simplificação da legislação e a possibilidade de condenações mais justas, já que antes, em alguns casos, a vítima poderia ter dificuldade em comprovar a diferença entre os atos, porque se fosse sexo oral, por exemplo, como é que você vai fazer um exame de delito nisso? Enfim, pode ser difícil. É importante ressaltar que embora nomenclatura tentado violento ao pudor não exista mais no Código Penal, o termo ainda pode ser utilizado. E de qualquer forma, eu queria só dizer que eu concordo muito com você com aumentar a pena. Então acho que assim, unificar tudo sobre estupro pode ser uma uma simplificação, porque tudo é estupro. Desculpa, se alguém fizer sexo anal com você, é um estupro. Se você viola, se você não tiver, se você não tiver consentindo, é tudo, é tudo. E você vai é uma violência, é uma grande violência, é um estupro. Absurdo. Estupro era, era conjunção carnal mediante violência. Então, mas essa unificação, essa unificação jurídica, você viu para que as defend unificação jurídica? Eu defendo, o que eu ia dizer é que eu defendo que a a pena para o estupro seja aumentada. Eu defendo que a gente já tá tendo eh já foi regulamentado agora também que não tenha eh um atenuante eh e que também não prescreva. Eu defendo que a gente tenha, além de tudo isso, eu defendo que a gente consiga investir em polícia, investir em investigação, investir em salário para que a gente possa ter a proteção acontecendo. E mais que tudo, eu defendo que a gente fale com quem comete os crimes para que esses crimes não sejam cometidos, porque a gente fica aqui tentando enxugar gelo e não e pensa da onde vem os estupradores, do que que acontece, como que um homem consegue considerar fazer isso com outro ser humano? Como então eu acho que pensar na prevenção e na educação é a coisa mais importante, porque o ideal não é que a gente esteja prevenindo ou falando sobre como vai abortar ou não vai abortar, o importante era que a gente não tivesse sofrendo violência em primeiro lugar. Perfeito. Eu acho que você concorda. Eu concordo com isso. O estuprador tem que se ferrar e vai parar no colo do capeta. Não tenho dúvida disso, Raquel. Eu eu trouxe porque eu achei que você eu sei que você vai concordar comigo quando eu terminar de explicar. Veja bem, pessoal que tá em casa também existia no nosso Eu entendi o que você quis dizer. É óbvio que qualquer violência contra a mulher, por exemplo, violação anal e obrigar uma mulher a fazer sexo oral é gravíssimo. É um trage. Só que olha só, o que as feministas fizeram foi espalhar o conceito de que tudo é estupro. Eu e o que eu entendi de antemão, você concorda com esse conceito. Só que a consequência prática, a consequência legal de defender essa premissa feminista foi o seguinte. Nós tínhamos antes o artigo 214, que previa de 6 a 10 anos. Esse artigo 214 previa de 6 a 10 anos. E o ato de estupro de fato, que é conjunção vaginal mediante força de 8 a 12. Então, o cara que estuprava, como Champinha estuprou aquela menina Liana, aquele filho da mãe que estuprou aquela menina, ele não praticou só o crime 213, ele praticou 214 também. Então o que que acontecia com ele? O juiz somava as duas penas para ele. Esse cara tinha que responder pelo 214 e tinha que responder pelo 213. Depois dessa alteração dessa lei que foi praticada, realizada, fomentada pelo feminismo, extinguiu-se o artigo 214. Ele não existe mais. Então, acabou esse. Então, agora todos os crimes estão unificados no 213, só que a pena não foi aumentada, a pena continua em 12. Então o cara que antes podia pegar 22, agora só pode pegar, só pode pegar 12 anos. Então o feminismo diminuiu o estupr e depois dessa lei, Raquel, eu sei que você vai concordar comigo quanto eu te explicar, diminuiu a pena do estuprador ao ao conjugar todos os crimes no 203 e ainda os estupradores que estavam soltos sob a alegação do artigo 214 entraram na justiça por meio de seus advogados e saíram da cadeia. Foram soltos, podiam pedir a soltura imediata. Então o que, por que que eu tô falando isso para vocês? Olha, vocês viram que eu e a Raquel nós concordamos todo mundo. Você que tá em casa, tem algum maluco que tem coragem de defender estupro? É um absurdo isso. Eu vi lá, ela já já vi você falando isso uma vez num programa que é lógico que ninguém defende estupro. Então é óbvio que nós não, ninguém aqui, nem eu, nem a Raquel. Raquel com certeza não defende estupro. E o ponto aqui é o seguinte, o método feminista de apresentar uma defesa para você, mulher é ruim, não tá funcionando. Desde que a lei do feminicídio foi aprovada, o feminicídio aumentou. Ao mesmo tempo em que elas fazem projetos demagógicos com nome bonito, com panfleto, com com confete a respeito desse assunto, na prática as decisões são de impunidade, de bandido solto, de estuprador, que não tem sua persecução penal concluída por falta de prova, por relaxamento de pena. Esse pessoal de esquerda que boa parte é feminista defende que esses caras podem ser reintegrados no mapa paz e amor, que eles podem ser reeducados, como também foi feito aqui na pergunta. É claro que que o estupro é um absurdo, mas não pense você que só com educação você vai reduzir isso aqui. As pessoas têm que ter medo da punição para se desestimularem de cometer um crime. É óbvio. Raquel, comentários. Eu nunca ouvi uma feminista defender que que o estuprador seja reintegrado, que tá tudo bem. Pelo contrário. Mas por que que a Érica Coc Por que que a Érica Hilton então votou pelo contra a progressão de pena? Eu não respondo pela Éca Ron. Pois é. É uma feminista que você diz que nunca defendeu penas menores. As feministas todas do Brasil agora falar de uma e falar, colocar todas de novo. Calma, espantalho de novo. Todos eu tô dando nomes. Você disse nunca viu. Eu dei o nomes. Não, não que a pessoa vai ser reintegrada da sociedade, gente. Mas então você, mas quando a pessoa sai da cadeia para ser reentregada na sociedade? Olha só, se as deputadas de esquerda estão defendendo que o cara, o estuprador saia antes da cadeia, quando eu saio da cadeia, eu sou reintegrada onde? Eu não sou. Eu queria comentar que a gente tem um novo projeto aqui, eh, que aumenta a pena contra crimes de crimes sexuais contra vulneráveis. Ele passou agora e ele tá sugerindo a reclusão de 10 a 18 anos e pode chegar a 40 anos em caso de morte da vítima. Estão corrigindo o erro que elas mesmas cometeram, né? Era só as feministas não ter apresentado essa porcaria aqui. É eu de novo usar a palavra feminista o tempo inteiro como espantalho feminismo, se nós não podemos falar sobre ele, porque não é verdade. Eu não conheço mulheres que estão estimulando ou que estão falando eba, vamos botar estuprador na rua. Isso é uma fal, mas é porque o feminismo não é só discurso, o feminismo é prática também. Então você diz uma coisa na teoria e faz outra na prática. Não, você não, a feminista, perdão, não quis ter te dizer isso. Perdão. Bom, você entendeu, né? Me entendi. Vamos lá. Pode, acho que tem. Ah, já terminou. Tem 3 minutos. Tem minutos e me ainda. Ô, gente. Ô, gente, chega de perguntar. Não precisa usar tudo. Quer quer para ir pro terceiro bloco? Então, não, eu acho interessante a gente falar sobre, enfim, sobre como diminuir, sobre como educar meninos e e homens. Eu acho importante a gente falar sobre a inclusão dos homens. Eu acho muito importante a gente falar sobre os aliados, sobre isso de dizer de educação, de trazer os meninos para dentro disso, porque isso só acontece, esse tipo de violência, porque o sistema em que a gente vive permite que as mulheres sejam objetificadas dessa forma, que as mulheres sejam tratadas ou pensadas como algo que você pode tocar ou algo que você algo como um objeto e não uma pessoa que você tem que respeitar. Então, acho muito importante a gente falar sobre maneiras da gente educar meninos, aproximar meninos de e homens, de apoiarem as mulheres, porque a gente precisa dessa ajuda. Como vocês estão vendo, o feminismo é profundamente atacado, eh, como um espantalho, como alguém que tá lutando por uma coisa que não é verdade. E aí parece que você e essa e fica fomentando essa ideia de guerra entre os sexos, que não é real, não é algo que a gente quer. Na minha opinião, o feminismo quer aproximar homens e mulheres, educar meninos e meninas e impedir que violências aconteçam de parte a parte, porque os meninos também sofrem violências. Vamos lá então ao terceiro bloco. Solta o vídeo. Terceiro bloco, conclusão e encerramento. Cada debatedor terá um banco de tempo de 15 minutos para suas considerações finais e encerramento do debate. Então vamos lá. Agora tem 15 minutos livres aí para você falar, outra fala e tal. Para encerramento com serões finais, fiquem à vontade, quem quer começar. É, agora é uma conversa mais solta e a gente vocês têm um banco de de minutos aí de 15 minutos. Primeiras damas. É conversa solta. Como a gente pode interagir? Po, a gente tem 15 minutos para concluir cada uma ou é junto? Não, não. Cada uma tem 15. Você pode falar até os 15 minutos. É, pode falar um pouco. Ela pede a palavra, fala um pouco e vai gastando tempo assim aos poucos. Legal. Bom, então é o momento de eu falar o meu arroba. Sim, sim. Pode deixar pro final, mas é uma consideração final que vocêou e tal. E bom, eu queria agradecer primeiro, não agradeci no começo, né? Agradecer o convite, agradecer a todo mundo que tá assistindo, eh agradecer a quem me segue ou a quem tá chegando agora, dizer que eu acho que o feminismo é para todas. Eu acho que essa ideia é sim. Você pode discordar de todo ponto que você quiser. Se você achar que mulheres merecem viver, que elas merecem ter direito a ter uma vida íntegra e plena. como cidadãs merecem ocupar os espaços, assim como os homens merecem. Eu acho que você é bem-vinda no movimento. Eu acho que eu faço e falo sobre o feminismo conciliatório, porque eu acho que a gente tem que procurar os lugares onde a gente se apoia, onde a gente consegue chegar a consensos, porque a política é feita assim. Eu sinto que, e eu sinto há muito tempo isso, que a gente foi se colocando num lugar onde o debate, onde ouvir o dissonante, onde consegui entender que tem pessoas que não pensam como você e que tudo bem existir mais de uma maneira de ver o mundo, foi diminuindo, a gente foi se colocando ou de um lado do ring ou do outro lado do ring. Isso vale também pras lutas feministas, pra palavra feminista mesmo, que eu já ouvi de um amigo assim, você devia botar outro nome no que você faz, porque a palavra feminismo ela tá tão, ela carrega tanta coisa que as pessoas podem acreditar que de fato esse espantalho retórico de que são, sei lá, um grupo de feministas de mini agarrando mulher na rua para obrigar elas a se vestir de um jeito X. se começa a imaginar que que a gente tá num num lugar, a minha sensação é essa mesmo, de que a gente tem mundos paralelos hoje em dia. E a minha vontade ao falar sobre isso é ouvir, é debater, é conversar com quem tá do outro lado, inclusive me dando o direito de mudar de ideia, porque ao contrário da Ana, né, eu não sou uma professora disso, eu sou uma pessoa comum, eu sou uma artista que acho que mereço o mesmo respeito que um homem merece e que acho que eu tenho que respeitar o homem também, que eu tenho que amar os homens também. Eu tenho dois filhos, eu tenho um menino e uma menina. E eu fiquei muito impressionada quando ele era pequeno com o quanto, na minha opinião, chegou muito rápido o machismo para ele. Eu coloquei ele para fazer na escola umas aulas, umas aulas extras lá, todas que tiveram, porque era tudo o mesmo valor. E aí ele veio para mim dizendo que não queria mais fazer balé, porque era judô e balé. Mas veja, ele tinha do anos. Dois anos ele chegou em casa e disse para mim que ele não podia mais dançar porque papai dele ia ficar triste se ele dançasse. E isso é um é um sintoma de uma forma que a gente educa as nossas crianças, queira ou não, não é racional ou não, às vezes para papéis sociais. Todos nós temos esses papéis sociais. E aquilo me doeu muito porque porque quando a gente sai, a gente vê os meninos dançando, a gente vê que eles não dançaram nunca mais mesmo, que eles se expressavam livremente na sua infância até determinado momento e de repente eles não se expressaram mais. E eu tenho uma filha menina também, então eu vejo nela também a inocência de alguém que tem certeza que tá segura na rua, no mundo, na presença de um estranho. E eu tenho muito medo por ela, pelas filhas das minhas amigas que estão entrando na adolescência, porque elas não sabem o que ainda pode acontecer e o que, infelizmente, acontece todos os dias, duas vezes por minuto, com mulheres no Brasil e e assistir nossos filhos crescerem e pensar que qualquer tipo de violência pode acontecer com eles ou injustiça mesmo, né? Porque muitos meninos estão se tornando agora indo em relação a ser red pill ou ao masculinismo ou ao inccel porque eles sentem que os meninos que que a percepção pública é de que os homens são maus ou de que há uma ideia de que os homens de alguma maneira todo homem é um exato que todos os homens são tóxicos ou que tudo tudo é toxicidade. Eu acho que a gente precisa conseguir ter um debate amplo e claro sobre quais são os limites das coisas, mas não colocando a deen, nem nas feministas, nem nos homens, um alvo nas costas, porque é isso que a gente faz quando a gente radicaliza e quando a gente coloca as coisas em extremo. Eu acho que os homens precisam ser acolhidos, eles precisam se tornar homens mais íntegros, mais inteiros, mais apoiando. Eu acho que parte do que e acontece em comunidades religiosas é a tentativa de estimular esse tipo de comportamento. Mas não apenas. O feminismo, na minha opinião, o progressismo, na minha opinião, ele busca que a gente tenha papéis mais equânimos, que a gente seja eh igualmente responsável e igualmente contribuidor para que a sociedade siga com respeito às diferenças. Então, a minha opinião sobre como o feminismo pode avançar como a luta pela dignidade das mulheres, porque a gente tem que inventar um um outro nome para o que a Ana fala que ela é, porque ela é feminina, mas eu sei que da palavra, vamos usar uma pink pillar, vamos fazer uma palavra nova, quem sabe para para que a gente consiga falar sobre esses termos sem que eles pareçam eh tão inimigos um do outro. Porque eu acho que a ideia da guerra dos sexos é um erro. Eu acho que nós não somos inimigos. Eu acho que a gente precisa dos homens. A gente precisa demais dos homens aliados. A gente precisa das mulheres. Eu acho que as mulheres ou todas as pessoas têm todo o direito de ter a sua convicção religiosa. Eu acho que a gente tem que respeitar a convicção política das pessoas que não têm a mesma convicção que a gente. Isso é importante num estado democrático de direito, que a gente escute o diferente e que a gente consiga chegar a consensos. O meu medo é que a gente tá indo muitas vezes hoje em dia para espaços onde isso não acontece, onde a gente não consegue achar nenhum mínimo de convergência. E se a gente for olhar no nosso debate hoje aqui, eu concordo, tem e ela concorda, ela não acha que as mulheres têm que perder direitos políticos. Ela não acha que as mulheres não podem trabalhar fora. Ela não acha que as Ela não acha eh, assim como eu acho que os crimes têm que ter punição, eu acho que a gente precisa se atentar paraa educação sexual, educação nas escolas. Eu acho que a gente precisa se atentar paraos espaços de encontro, eh, e de debate e de conversa. e conversa, ela prescinde de escuta. Por isso, queria agradecer a vocês todos que me convidaram aqui, a quem me ouviu. É a minha primeira vez, ó. Eu tava aqui chegando do zero, foi muito positivo. Eu acho muito importante que a gente faça mais conversas como essa, nas quais a gente não coloque o outro num lugar do monstro, que a gente não olhe, porque é isso, né? Quando quando vai pra mídia social, a Ana é retratada de uma certa maneira monstruosa e desumanizada. E eu também serei certamente retratada como alguém que não vai ter empatia, que odeia bebês ou sei lá, que é a ideia que que infelizmente funciona para você eh conseguir colocar outro numa numa esquina. E talvez ao antagonizar a rede social ganha eh tempo. E a gente vive numa economia do tempo hoje em dia, né? Você ganha tempo, você ganha tempo de de indignação das pessoas, você ganha voto, você ganha venda de mentoria, você ganha curso. A gente tá vendo um lugar hoje em dia onde os grupos de misogenia digital tão faturando muito, eles não têm nenhum controle e não há nenhuma checagem de fatos, não há nada que a gente possa dizer: “Não, pera aí, você está distorcendo a realidade, a sua opinião não quer dizer ou se você editar uma ação ou você fizer alguma coisa de má fé, isso não é a realidade.” E a gente tá começando a sentir, na minha opinião, que a gente tá perdendo o pé da realidade que a gente divide em comum, porque nós vivemos no mesmo país. Nós somos concidadãos. Eu tenho que respeitar o seu espaço, você tem que respeitar o meu. Eu acho que a gente precisa começar a conseguir abrir os espaços de debate, porque a gente não, na verdade, não tá em lados opostos. A maioria de nós não quer que as suas filhas sofram abuso sexual. A maioria de nós quer que seus filhos tenham acesso à educação. Acho que a maioria de nós também quer que seus filhos possam eh demonstrar suas emoções, demonstrar seus sentimentos, demonstrar o que eles sentem. E isso é um começo para que a gente não tenha eh o que depois pode se tornar uma cultura de violência. Então, a gente precisa estimular os meninos a sentirem mais, a estarem mais presentes com a gente. A, por exemplo, a licença paternidade, né, que é essa coisa que a gente fala que o feminismo também defende para que os homens possam estar na economia do cuidado junto com as mães. Eu acho que a gente precisa falar muito sobre tanto meninos quanto meninas, quanto mulheres e direitos e que isso não queira dizer que a gente quer tirar o direito de ninguém. Duas coisas podem ser verdade ao mesmo tempo. Os homens precisam de atenção e acolhimento. As mulheres precisam de atenção e acolhimento. Há uma desigualdade em como isso se deu na história até hoje? Há. Há ações que a gente pode fazer para remediar isso, corrigir isso e apoiar isso para que meninos e mulheres estejam mais seguras, protegidas e tenham mais chance. Ah, eu acho que devemos fazer isso. Ao mesmo tempo, como a gente vai apoiar esses meninos que agora estão chegando, tão se sentindo mais deslocados, estão se sentindo colocados num lugar de serem necessariamente ruins? Como a gente vai apoiar esses meninos para que eles se tornem homens íntegros, homens que pertencem à sociedade, que apoiam as mulheres com quem eles estão, que são responsáveis? Eu acho que a gente precisa distensionar essas conversas que são realmente muito difíceis. Eh, são difíceis da gente não concordar ou da gente não ter certeza ou da gente mudar de opinião ou da gente não ter todas as respostas. A gente não tem. É por isso que todo dia eu abro câmera e falo perguntando coisas e que tentando chegar a novos pontos a partir do da interação com você que tá aí do outro lado. Uma interação respeitosa, uma interação que considera que você pode discordar de mim, mas isso não vai te fazer um monstro. Mas que eu discordar de você tampouco vai fazer um monstro. Eu acho que a gente precisa tirar as falácias dos argumentos, tirar os espantalhos dos argumentos e tentar achar a humanidade em todos nós, porque todos nós somos humanos que merecemos a vida. Como a gente faz para avançar juntos para uma sociedade mais igualitária, mais justa, que entregue mais tanto pros meninos quanto pras meninas, pros homens, pras mulheres, paraas pessoas que são conservadoras, paraas pessoas que são progressistas. como a gente vai conseguir avançar de uma maneira de uma maneira mais compassiva, de uma maneira mais amorosa, de uma maneira que nos considere mais como seres humanos íntegros que nós somos. Eu sou contra que a gente faça da luta feminista uma guerra, a guerra dos sexos. E acho que a gente tem que fazer dela uma luta pelas alianças e para isso a gente precisa de muita empatia. Então, nesse sentido, eu acho que nós todos, em todos os campos, também temos que olhar pros nossos, pros nossos pontos cegos, pros pontos que a gente não percebeu e pros radicalismos que aparecem de todos os lados, porque a gente só vai avançar com consensos em pontos em que os dois vão concordar. Então, a gente vai acabar saindo dos lugares onde a gente realmente discorda demais. O aborto é um deles, a gente não concorda, mas eu sei e as pesquisas dizem que a maioria das mulheres e dos homens não acham que um aborto, por exemplo, deveria ser crime, que uma mulher que esteve na situação de fazer, de precisar tomar essa decisão que ela deveria ir pra cadeia. O aborto ser criminalizado é uma coisa que a maioria das mulheres e homens discorda que fosse necessária. Mas isso quer dizer que a gente quer que isso aconteça? Não. Como que a gente avança para que isso deixe de acontecer? como que a gente avança para que um planejamento familiar, a educação sexual e a educação plena dê para as pessoas mais chances de fazer sua escolha, de poder começar sua família quando e como quiserem. Como a gente faz para que essa esse bico do jacaré que tá acontecendo das mulheres irem serem mais progressistas e os homens menos isso tá avançando e não só no Brasil, como a gente faz para essas pessoas se encontrarem em algum lugar? Porque daqui a pouquinho a gente não vai ter mais ponto de intersecção. A gente, se a gente começar realmente demonizar todos os homens e a o outro campo demonizar a todas as mulheres e aí a gente simplesmente não se ouve mais, eu acho que nós todos perdemos como nação enquanto nação e perdemos individualmente também porque eu sou mãe e sou esposa e eu tenho vários amigos homens que eu amo e que eu tenho várias amigas mulheres que eu amo. E eu acho que a gente consegue viver numa sociedade em que a gente respeite o espaço do outro para ser o outro, para ter a sua vida, para ter o seu direito. Acho que ninguém merece passar por violência por ser quem é. Acho que todos devemos ter esse direito de existir em paz, existir com segurança. Eu queria muito estar num mundo em que minha filha estivesse segura para sair na rua daqui a pouco, alguns anos e existir um mundo em que meu filho se sinta liber livre para poder moststrar demonstrar seus sentimentos e ser frágil quando ele se tornar um homem adulto. Que ele seja uma pessoa que seja acolhida tanto por pela sociedade dos homens e mulheres e se ele for mais conservador ou mais progressista, igualmente eu realmente gostaria que a gente não se odiasse tanto. Achei muito interessante conversar com você. A gente realmente discorda de muita coisa. É muito difícil. Eh, veja como é fácil a gente se odiar digitalmente e como é difícil a gente se odiar presencialmente. Não, mano, não te odeio não. Nem nem antes, nem agora. Eu também não, mas eu digo, é fácil as pessoas entrarem no meu perfil ou no seu perfil e dizerem assim: “É um monstro, xingar uma ou outra, é, você vai, você vai odiá-la, ela é terrível.” Ou eu só tô dizendo, quando a gente encontra com a pessoa e a gente ouve os argumentos dela, você tem todo o direito de discordar de mim. Eu tenho todo o direito de discordar de você. Eu em momento algum sou a favor de que você sofra violência política de gênero, por exemplo, como aconteceu com todas as deputadas aqui da ALESP em São Paulo, que agora tem que andar com proteção policial porque sofreram ameaças de estupro e morte por serem mulheres e estarem no campo público. Eu acho que a gente precisa olhar para as coisas que nos unem e não para as coisas que nos afastam. E a gente concorda em muita coisa. A gente concorda com proteção e segurança pública, a gente concorda com segurança menstrual, por exemplo, a gente concorda com educação. Eu acho que a gente devia olhar pros lugares onde a gente se encontra mais do que focar nos lugares onde a gente discorda. Eu sei, esse é um debate. Fazia parte a gente ficar tentando ir nos lugares de atrito e é difícil falar sobre isso. E eu respeito quem não concorda comigo. E eu acho que o respeito é um ponto muito importante pra gente começar. Eu acho que a gente tem perdido esse respeito demais. Então, de novo, agradeço por tá tendo, tá num espaço onde o respeito e o espaço respeitoso e o diálogo e o debate existem para que a gente possa sair da nossa bolha de alguma maneira. Eu tenho certeza que, provavelmente, todo mundo que tá me ouvindo agora nunca me viu antes falando sobre essas coisas. E que legal que você me ouviu e discordou ou que você me ouviu e alguma coisa falou: “Poxa, talvez os feministas não sejam monstros eh com penas e bicos. talvez um pouquinho. E é, somos só mulheres como outras mulheres que merecem o mesmo respeito e que lutam pela mesma dignidade, a qual você e eu temos direito. Muito obrigada a todos que nos acompanharam até agora. Me desculpem se eu cometi alguma gaf, porque eu devo ter cometido, porque foi a minha primeira vez, mas eu tô muito feliz de ter estado aqui. Obrigada. Vamos lá. Foi a minha primeira vez também, mas a gente se comportou bem. Acho que o Vila, ela vai convidar a gente outras vezes, né, Vil? Já estão convidad. Tá bom. Muito obrigada primeiro a você, a nossa audiência, dizer pra Raquel que ela é muito mais bonita pessoalmente do que do que na internet. Olha que na internet ela já é muito bonita. Quer dizer que você é muito educada, né? Sem filtro, muito educada também. Ã, a única, eu diria que você é agradabelíssima, com uma única exceção que eu não conseguiria dizer com uma pessoa que defende o aborto é agradável, mas é a única exceção. Que bom que já estamos nós duas vivas, né, Raquel? Já, já nascemos. Então eu tô segura nesse ponto, mas mas foi muito legal mesmo. Você é uma mulher muito inteligente, foi muito bom, você me respeitou e isso é importante. Bom, eu vou voltar numa questão nossa para concluir esse debate, porque afinal o nosso debate era sobre feminismo e antifeminismo. E uma das primeiras coisas que a Raquel falou foi que eu também poderia ser feminista, porque afinal de contas eu poderia sim, porque eu defendo igualdade. E pois bem, é muito difícil eu me definir como uma feminista, já que nós aqui no na discussão, nós até agora não conseguimos que você e eu concordássemos sobre a definição do feminismo. E e o meu ponto aqui é diretamente com quem tá no no público, porque eu sei que você já tá convencida da tua opinião, é demonstrar como conclusão que o feminismo, na teoria realmente ele diz uma coisa e há sim uma certa unidade na maneira como o feminismo se apresenta. Mais uma vez vou repetir. Se você pegar o canon, quando você quer saber qual é o canon, o canon cristão, o canon cristão, você vai para Novo Testamento. Quando você quer saber qual o canon feminista, você pega as principais autoras e lê. E pois bem, em muitos sentidos, algumas coisas que elas escrevem na teoria já são bastante chocantes. É por isso que eu reprovo o movimento feminista, mas no geral, a propaganda alardeada pelas feministas que estão no establishment. Eu entendo que a Raquel diga: “Eu não quero me identificar com essas feministas”. Por exemplo, eu não me identifico com a Érica Hilton e com essas deputadas que estão lá e que votaram pelo relaxamento da pena do estuprador. Nesse sentido, não. OK. Sim. Nesse sentido você não se identifica com elas, mas você entende que elas foram eleitas por outras feministas. E o que que é ser uma deputada? É será representante das feministas. Então, se eu não puder pegar uma representante do feminismo para discutir feminismo, eu pego o quê? Sim. Então eu preciso trabalhar com Hton, com outras deputadas, com outras escritoras para que elas possam servida de referência para o que é o feminismo. E o que eu queria apontar é que em quatro tópicos, eu considero que o movimento feminista tem uma incoerência entre a teoria e a prática. E eu fui anotando aqui enquanto você falava. H, a primeira incoerência do feminismo é de dizer na sua propaganda oficial que defende as mulheres, sendo que, por exemplo, algumas feministas, como a Berenice Bento Bento já disseram em 2016, ela disse num no seminário de teoria querer, que não existe mulher e que a mulher é um conceito essencialmente estratégico. O feminismo usa esse conceito para dizer que defende a mulher. E ela diz a Berenice Bento, nosso verdadeiro objetivo é acabar com a heteronormatividade, mas nós usamos, ela diz a Berenice Bento, nós usamos o conceito mulher para avançar com essa pauta. E é muito contraditório, então, a teoria do movimento feminista de que defende as mulheres quando, na verdade não sabem sequer definir o que é uma mulher. Recentemente foi perguntada a nossa ministra da mulher, das mulheres, o que que é feminismo, o que que é feminino, o que que é mulher e ela não soube responder. Então essa é uma um problema de definição que me me impede de ser feminista. O segundo problema é novamente a incoerência entre o que o feminismo diz a respeito da violência e o que ele faz na prática. Feminismo diz que existe para nos defender, para aumentar a legislação, para aumentar os meios culturais e a conscientização das pessoas acerca de como a violência é um perigo paraa mulher, a violência doméstica, a violência a violência sexual, o abuso. Mas nós temos aqui um exemplo de uma lei federal. Eu poderia citar o exemplo de uma lei estadual que tramitou lá em Santa Catarina, foi aprovada a lei dos peritos médicos legistas, que foi uma lei apresentada pela bancada da mulher, toda a bancada da mulher, todas apresentaram, todas as feministas, exceto eu. Então, não dá para dizer que essa não é a ideia do feminismo, essa é a proposta do feminismo. E essa proposta sobre as peritas mulheres para as meninas que estão nos assistindo pressupunha no pressuposto feminista de que os homens são potenciais estupradores, potenciais agressores, que quando uma menina menor de idade fosse vítima de estupro ou abuso ou pedofilia, que ela chegasse ao IML e ao IGP e não pudesse ser atendida por um médico legista, homem. O pressuposto desse projeto de lei era de que os médicos, legistas, homens vão regimizar ou que o homem é mais perigoso que a mulher. Então elas conseguiram aprovar esse projeto. O parágrafo terceiro dizia que qualquer menor de idade do sexo feminino não podia ser atendida por médico homem. Na teoria elas venderam esse projeto de lei. Algumas deputadas se reelegeram falando sobre esse grande projeto como projeto para elas, né? Leis para elas. Mas na prática, Vilela, por do anos as meninas de Santa Catarina ficaram sem atendimento no IML, porque as feministas foram alertadas pelos documentos oficiais do IGP, do IML, de que nós só temos 15 peritas mulheres em Santa Catarina. E 15 peritas não dão conta de atender 300 municípios. São 295 municípios. Elas foram alertadas por delegada. Até a delegacia da mulher, a delegada da mulher, Dra. A Patrícia Zimmer aplicou uma diligência explicando feministas, não aprovem essa lei, na prática vai dar errado. Mas as feministas tinham dois objetivos e eu posso falar claramente, não tenho medo de acusá-las. As feministas lá de Santa Catarina, as deputadas tinham dois objetivos. O primeiro deles, aprovar uma lei supostamente em favor das mulheres para que isso tivesse um resultado eleitoreiro e segundo criar uma demanda de necessidade para daqui a 2 3 anos apresentar um projeto de cota para que nós tivéssemos cotas de peritas mulheres. E elas não se importaram, as feministas lá de Santa Catarina, as deputadas de lá, em sacrificar 2 anos de persecução penal contra o estuprador. Por 2 anos, as meninas de 4, 5, 8, 10, 12 anos chegavam no IML, no IGP para notificar nós. É, é, a minha filha foi estuprada, não tem médico perito, homem aqui, só tem 15 no estado. Nós recebemos uma carta na Assembleia Legislativa, Vilela, olha, Assembleia Legislativa, senhores deputados, façam alguma coisa, porque os estupradores estão ficando soltos por falta de prova material. Para eu prender um estuprador, para eu prender um criminoso, tem que ter prova contra ele. E esta lei apresentada pela deputada eh Ada Deluca e apoiada por toda a bancada feminista, deixou as nossas meninas 2 anos sem atendimento no IML, sem conseguir produzir provas para para pegar estupradores. Então, na teoria, elas dizem que defendem a mulher. Na prática, elas aprovam redução de pena para estuprador, dificuldade para produzir prova contra pedófilo. Na prática, é isso que acontece. No segundo caso, quando a gente fala sobre o ódio aos homens, eu entendo que o discurso é a bonito. Por exemplo, a Bel Hooks no livro dela disse: “Nós temos que prestar mais atenção na violência contra o homem. Coitado do homem tá abandonado. Ela é feminista e diz isso, mas é uma exceção. Mas esses casos, eu eu quero mais uma vez repetir isso que a gente que eu conversei com a Raquel. Esses casos que eu trouxe aqui não são de meninas que estão impaciatas, não são de militantes lunáticas, não são de mulheres quaisquer que não tem nenhuma fama, nenhum renome. Todos os casos que eu trouxe aqui de apresentação de ódio contra o homem e de posicionamento institucional contra o homem, foram feitos por órgãos oficiais, foram feitos por órgãos como universidades federais, Tribunal de Justiça, Ministério, Defensoria Pública, autoras consagradas. Então, a teoria é uma, mas na prática existe sim uma intenção de diminuir o potencial de cidadania do homem. É como se o homem estivesse se tornando um cidadão de segunda classe. E as feministas quando são instadas a falar sobre isso, por favor, olha só, isso aqui não tá certo. Elas dizem que não, não é feminismo, é feminismo. Ou não, não que você tenha dito isso, Raquel, mas as feministas dizem. Eh, e por fim, quando a gente fala sobre salários desiguais ou salários iguais, é mais uma vez, é mais uma falácia mais uma vez, por quê? Eh, eu trouxe para pro pessoal ver o a verba de gabinete da deputada que propôs os salários iguais. Essa deputada aqui, ó, da professora Rosineid do PT, ela é feminista. Ninguém aqui pode me dizer que ela não representa as feministas, porque pelo amor de Deus, gente, ela é do PT e ela é feminista. Você precisa concordar comigo, pelo amor de Deus. Ela representa os feministas. Esta mulher propôs a lei de de lei de empresa amiga da mulher. A a empresa que coloca a mulher em destaque, que dá aumento pra mulher, a empresa onde a mulher é valorizada, tem que receber o selo empresa da mulher. Aí eu fiz uma pesquisa breve no gabinete da deputada proponente da lei. Ela tem 12 assessores homens e três assessoras mulheres, mas o salário médio do homem é quase o dobro do salário da mulher. É, é isso que eu quero dizer para você. Se você tá aqui assim, ó, eu quero defender os direitos da mulher, eu me importo com as mulheres, eu eu quero que as mulheres sejam respeitadas, que elas recebam dignidade. O meu apelo para você é que você observe isso. Tudo que eu trouxe aqui, esses documentos aqui, na teoria é uma coisa, porque na teoria você fala qualquer coisa bonita, ganha voto, se reelege, como ela disse, vende curso, vende livro, vai para como foi a Éca Hilton com bolsa cara para Nova York. Na teoria, todo mundo quer defender isso, mas na prática, a existe um um abismo entre o que o feminismo promove, o que acontece, as consequências do feminismo na legislação, no positivismo brasileiro e mesmo na nossa vida prática. Por que que essa deputada Rosa Rosene do PT que é feminista, que propôs o selo empresa amiga da mulher, por que que ela não bota um salário igualitário no gabinete dela? É só falar, é uma coisa, é revoltante isso, porque nós conservadores cristãos, que não nos identificamos com o feminismo, somos taxados de inimigos das mulheres por nos posicionarmos como contra coisas como essa. E aí eu eu gostaria de responder e eu não acho que você foi desrespeitosa ou que faltou qualquer expertizo no que você disse, mas em um momento ali você falou assim no seu encerramento. Eu entendo que o não, não foi agora, perdão, foi um pouquinho, um pouquinho anteriormente você falou assim: “É, mas o cristianismo demorou muito, então, para para reconhecer os direitos da mulher, né? Infelizmente o cristianismo não foi colocado em prática. Em muitos países, por exemplo, o o Islã é colocado em prática. Como é que eu, como eu faço para saber como que o Islã pensa, o que o Islã acha sobre a vida das mulheres, sobre que são as mulheres? Muito simples. Olha um país onde o islamismo é levado a sério, onde lá estão as pessoas que seguem o Islã, como que as mulheres são tratadas lá? Você pesquisa agora, como é que as mulheres seriam tratadas se o cristianismo, que sim, ele se tornou em boa parte da história, bastante hegemônico, bastante poderoso, mas como as mulheres seriam tratadas se o cristianismo fosse levado a cabo? Você acha que algum marido abandonaria sua mulher? Você acha que algum marido agrediria sua mulher? E eu e eu gostaria de de terminar dizendo para as mulheres que se você procura um movimento sobre o qual fazer parte, porque é normal que nós queremos fazer parte de algo grande e eu entendo a Raquel saiu, tem a sua vida profissional, mas eu vi alguns vídeos seus Raquel na internet e você quer defender as mulheres e esse sentimento você tem, eu tenho também e nós queremos fazer algo bom, né? A gente olha pro mundo e pensa: “Como é que eu poderia melhorar?” Eu entendo que o que te motiva estar aqui é isso, mas eu gostaria que vocês analisassem rapidamente como que foi o tratamento do Novo Testamento, o tratamento que Cristo deu as mulheres 2000 anos atrás. Não é agora que tem internet, que tem direitos humanos, temo, é quando nada disso existia. Primeiro que Jesus escolheu nascer por uma mulher, sendo que quem é cristão entende que ele é Deus. Ele poderia ter vindo de uma laranja, ele poderia ter aparecido do nada. Ele escolheu nascer de uma mulher. A primeira autoridade religiosa a encontrar-se com Jesus foi uma mulher. Ana profetiza que aguardava no templo. Quando Jesus precisou dizer que ele era o Messias, ele levou mais de 30 anos. Ele tava escondendo essa informação. Não queria dizer para as pessoas: “Eu sou filho de Deus”. Então ele escondeu essa informação por muito tempo. A primeira pessoa para quem Jesus revelou a sua identidade messiânica foi uma mulher samaritana que a Bíblia diz que tinha cinco maridos. Ou seja, ela era samaritana de uma de uma etnia desprezada, uma mulher imoral sexualmente que estava no posto. Jesus falou com uma mulher imoral e deu a ela a tarefa de revelar a informação mais importante do seu ministério, que ele era o próprio filho de Deus. Então essa isso aqui é não é uma historinha solta. Quando Jesus anuncia a verdade do evangelho pra samaritana e depois quando ele ressuscita o momento mais importante da sua vida, ele resolve aparecer também para três mulheres. Por que que isso é paradigmático? Na época que Jesus viveu o testemunho de uma mulher inspirado no pensamento grego sobre o que uma mulher era considerava mulher inferior, quando Jesus testemunhou e pediu que mulheres testemunhassem em seu favor, ele tava revertendo uma lógica social, porque naquela época eles consideravam testemunho de uma mulher menor, valia metade do testemunho de um homem. Muitos lugares sequer consideravam o testemunho da mulher válido em juízo. E Jesus confiou a coisa mais importante. A minha religião, que é o cristianismo, ela só existe porque três mulheres saíram contando uma fofoca. Jesus ressuscitou e todos tiveram que crer nessas três mulheres primariamente. Inclusive os 12 apóstolos a quem Jesus subjulgou, os 11, né? que não tinha se matado. A quem Jesus subjulgou a acreditarem naquelas três mulheres. Jesus curou uma mulher com fluxo de sangue numa época em que ser menstruada era considerada uma impureza. Depois Jesus estava passando por um lugar, viu uma viúva em Naim e essa viúva tava com filho morto, o filho dela tava morto. Ninguém entendia o que aquilo significava socialmente. Mas na época de Jesus, lá no império romano, uma mulher sem filho e sem marido para sustentá-la estava acabada. As mulheres não tinham a força física intrepidez necessária para enfrentar as agras da idade antiga ou da pré-história e até boa parte da idade média sozinhas. Precisavam de homem para protegê-las. Jesus passou por um velório, viu uma mulher chorando a morte do seu filho único. Ninguém precisou dizer para Jesus que aquela mulher precisava de assistência social, de bolsa de auxílio. Jesus ressuscitou o filho único daquela mulher. Não só porque ela perdeu um filho, mas porque aquele era o aquela era a única chance daquela mulher ter uma vida digna até a velice, um filho que a sustentasse. Jesus também falou com a mulher cananeia sobre a sua responsabilidade individual. Jesus enfrentou os judeus para defender as mulheres em duas ocasiões. Numa, Jesus curou uma mulher no sábado. Quem conhece o judaísmo até hoje, até o elevador, você não, Raquel, você entra no elevador lá em Israel, você não pode apertar, né? H, eles não fazem nada no sábado. Jesus curou uma mulher no sábado e quem veio questioná-lo foram os doutores da lei, autoridades masculinas. E Jesus disse: “As pessoas são mais importantes que o sábado.” Eu curei aquela mulher no sábado. Sim. E acabou o ponto final. E e uma outra coisa que Jesus fez ao inverter a lógica machista que existia na na antiguidade, trouxeram para Jesus uma mulher adúltera, condenada a morte por apedrejamento, como acontece ainda nos países onde tem a lei da charia. E Jesus há 2000 anos atrás disse para todos aqueles homens que estavam ali acusando aquela mulher: “Mulher, eu não te condeno”. Essa é a frase mais importante da condição da mulher no Novo Testamento. E se eu quero fazer um apelo para você, mulher, se tiver um movimento que você quiser fazer parte, vem fazer parte do cristianismo que é bastante velho. Obrigado. E agora é hora de redes sociais, livros, cursos. Fiquem à vontade. Obrigado demais. E Ana, você elogiou a beleza dela. Muita gente elogiou a sua beleza aqui. Zero pessoas elogiaram a minha beleza. Eu procurei no chat. Alguém elogiou a minha vida? Eu também procurei aqui para dar uma força para você. Vai vem cá. Que que você achou? Você não falou nada. Mas o meu papel é não falar não. Tudo bem, mas aí eu fui contra a mulher, né? Toda a mulher não falou nada. Isso. Então eu tenho certeza que tu não. Eu queria saber o que que você achou. Que que você achou? Você Achei achei os argumentos maravilhosos. As duas foram educadas mesmo no ponto foi mais de atrito do que era que ela queria me abortar. Mas eu já nasci já. Eu jamais te abortaria. Eu jamais te abortaria a frase. Também jamais te abortaria. Isso é verdade. Assim, o amor, eu jamais de abortaria também o ob se uma mensagem fica pro fim, eu acho que a ideia do do amor do Sim, sim. Da gente achar os lugares onde a gente vai conseguir é difícil. É, a gente precisa, você precisa concordar comigo tudo, né? Não em tudo. Achar os espaços de conversa, de debate, de diálogo, de escuta, de convergência são os lugares onde eu acho que a gente devia focar enquanto sociedade. Agora, eh, fico feliz da gente ter feito isso. O meu @ é @rachelripani, meu nome escreve com ch. Era a bíblia que tinha na maternidade. É só verem como tá escrito aqui no título. Ah, você tem um nome bíblico. Olha que lindo, pessoal. Eu tenho um nome bíblico. Eu adoro a Bíblia. Enfim, eu eu e eu acho que essa mensagem da compaixão e do amor e do não julgamento é um ótimo lugar pra gente parar, porque que seria lindo se a gente conseguisse viver de acordo com isso sempre. Enfim, eu posso seguir ou não seguir e acho que a a o ideal do amor e da compaixão é sempre vai fazer sentido. Muito obrigada a todos que estão com a gente. Obrigada a todos que estão aqui. Obrigada pela oportunidade. Obrigado. Redes sociais, Ana. Minhas redes sociais. É, eu não tenho Twitter porque ela é cracolândia da internet. Você tem Twitter? Não, eu eu eu sigo a relatora. Somos mulheres sábias. Não dá lá. Não dá, não dá. Pois bem. E eu tenho um Instagram Ana Campanholo, que é sobre o meu trabalho cultural e o Instagram do trabalho é Ana Campanholo SC. Mas só se você for catarinense me siga no Instagram de Santa Catarina, porque eu quero falar com meus eleitores, não quero falar com Ah, tá lá específico com eu acho. Eu sou apaixonado por Santa Catarina. Meu Deus, eu amo esse lugar. Mas Florip é bom, né? Tudo é bom. Vou para lá em setembro nova palestra. Vai pro interior também. O serra urubicií. Minha cidade maravilhosa. Qual outro lugar você falou? Urubició três etilhas. Uma cidade Urubici tem neve. Tu tem que Não, lá é demais. Lá São Joaquim, Urubici tem neve. É 13 tilas colonização austríaca. Até hoje eles mantêm a cultura. Blumenau colonização alemã. Você vai lá pro Oeste, agronegócio, turismo rural, maravilhoso. No litoral gigante. Okfest. Exatamente. Jaguaruna. Nós estamos tentando trazer de novo o Mundial de Surf para Santa Catarina. Vamos galera, cara fria lá, né? É, mas aqui também o resto do Brasil também é. Tá. Pois bem, eu queria fazer a propaganda então de dois livros. Eu tenho seis, pessoal. Mas assim, esse daqui, boa, boa parte do que a gente discutiu sobre políticas públicas para as mulheres, por que algumas não funcionam, não funcionam, não sei o quê. Como que o feminismo consegue aprovar, por exemplo, aquela lei que a gente discutiu aqui, como que o feminismo conseguiu diminuir a pena do estupro? Como eu que pode um negócio tá nesse aqui, esse aqui, ó, estratégia de domínio político, como as feministas se organizam na universidade até conseguir aprovar uma lei. E esse daqui o novo que foi inclusive o motivo de eu ter vindo aqui com a editora Vida, que organizou pra gente aqui, é o Não Existe cristã feminista. Então esse é mais para religiosos e esse é mais para políticos. Fechou? Quem sabe a gente transcrever nosso debate, né, e transformar num livro. Poxa, nossa, tem que cortar as Obrigado demais. Seu nome é Kratos, né? Cratos. Obrigado. Ninguém me elogiando mesmo. Minha beleza. Ninguém. Ninguém. E você conseguiu um date? Não consegui, acredita? Poxa vida, você que vai entrar no no no aplicativo aí que falaram que o cara chegou, eles não sabem o que estão perdendo aí. Olha, cara, ele é nota 10. Diz uma coisa, você pagaria a pensão alimentícia sem reclamar? Ah, boa ah, boa pergunta. Pensa é uma questão que eu interessa muito. É, não é acho que pagaria, né? Quem fez não fez tem que pagar, né? Agora se for meu, se não for, né? E pensção sóciaoafetiva tava tão boa. Primeira parte. Primeira parte fica só com a primeira parte. Então, que que você tem que falar agora? Agradecer a nossa parceira de longa data que é Insider, né? Quem quiser adquirir, eu tenho, eu tenho, tá? Nem eu ganhei nada para dizer isso. Eu tenho um. E é ótimo. E link na descrição que é record na tela com a nossa promoção, nosso cupom de 20%. E se você não deu like no começo, você viu que valeu muito a pena esse debate, dá like agora e é hora de ser brilhar. Que que o pessoal escreve nos comentários para provar que chegou até o final? Olha, para provar que você chegou até aqui. Eu gostei muito do jamais te abortaria, mas eu acho que vai ficar um pouco grande. Ficar pesado. O algoritmo vai ajudar. Mas segundo a Raquel, né, a Ana se descobriu feminista hoje. Então quer um charolação. Escrevam um charolação nos comentários que a gente sabe que você chegou até o final. Fiquem com Deus, beijo no cotovelo e tchau. Que bom que vocês vieram. Que legal. As opiniões e declarações feitas pelos entrevistados do Inteligência Limitada são de exclusiva responsabilidade deles e não refletem necessariamente a posição do apresentador, da produção ou do canal. O conteúdo aqui exibido tem caráter informativo e opinativo, não sendo vinculado a qualquer compromisso com a veracidade ou exatidão das falas dos participantes. Caso você se sinta ofendido ou tenha qualquer questionamento sobre as declarações feitas neste vídeo, por favor, entre em contato conosco para esclarecimentos. Estamos abertos a avaliar e, se necessário, editar o conteúdo para garantir a prisão.

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