DEBATE ESQUENTA ENTRE PAVINATTO E GAIOFATO!

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Você já foi pro Oriente Médio, Gustavo? Não, não, nunca fui. Você já visitou Palestina, Israel? Não. Eh, Afeganistão? Não, a Palestina, a Palestina nem dá para eh visitar porque Israel faz o cerco sob a faixa de Gaza. Não, antes. Antes, tipo 10 anos antes, 5 anos antes. Não, não. Era muito jovem. E Pois é. Como é que você sabe que aquilo é uma faz? a uma farça eh eh no meio de uma narrativa de barbárie. Não, porque eu já fui Uhum. Eu já experimentei na pele, eu já recebi aviso, porque eu na época que eu não era não era tão conhecido, né, mesmo assim eu não podia eh viajar com um namorado para lá. a gente recebia na fronteira este aviso, né, que ninguém se responsabilizava porque no Egito, por exemplo, posso ser preso e em outros países, como na como quando eu fui ao Paquistão, eu podia ser morto. E de fato eu andei por esses lugares, né? Não é uma propaganda, não é uma realidade que se vive. No Brasil você fala em feminicídio. De fato, feminicídio é uma expressão que existe, porque existe uma lei. Agora, se o nosso povo é bárbaro a ponto de violentar mulheres, isso é muito lamentável. Se nós eh eh temos sangue de barata em aguentar ver um ministro dos direitos humanos assediando sexualmente, uma colega ministra da igualdade racial, e não temos uma palavra da grande autoridade do país ou da sua mulher que se diz feminista. É muito lamentável, mas o fato é que se nós, e vê, eu não sou sionista, eu não sou judeu. Se eu vejo que alguém quer colonizar uma terra para que as pessoas sejam respeitadas, eu não vejo problema nenhum em trocar de ditador. Porque se o meu ditador quer a minha morte e se o colonizador quer a vida de todos, eu escolho aquele que quer a vida de todos. Legal, Thaago já fez a réplica agora. Então, temos a 2 minutos para a tréplica do Gustavo. Perfeito. Eh, Pavinato, acho muito importante trazer eh essa questão da sua ida até alguns países do Oriente Médio e alguns não e alguns fora do Oriente Médio, como o Afeganistão, o Paquistão. Mas eu acho que é também importante para falar com a audiência que as experiências que a gente tem na nossa realidade elas moldam, elas fazem, elas constróem uma parte do nosso saber sobre o mundo, mas elas não necessariamente vão ter todas as respostas para as perguntas que a gente se fizer, nunca, né? Então eu acho que isso é importante porque, de fato eu nunca fui pro Oriente Médio, nunca fui pra Palestina, eh, nem paraa faixa de GA, nem para C Jordânia. O que eu sei, da maneira que eu sei, é a partir dos materiais e dos documentos que chegam até nós, tanto de veículos de comunicação da mídia dominante, como é, por exemplo, a TV Globo, né, que historicamente, eh, para poder retratar o genocídio colonial que acontece hoje na faixa de Gaza, fala muito um grande um grande fusuê sobre a força palestina, ao mesmo tempo que deixa como nota de rodapé o fato de que Israel bombardeou uma escola ou bombardeou um hospital. né? Então, a gente recebe essas mídias, né, de pais pegando filhos decaptados. A gente recebe essas mídias de eh crianças no meio de das chamas de um acampamento da ONU. A gente recebe as notícias de que há um conflito que é o conflito mais mortal da história dos jornalistas. é o conflito que mais morreu jornalista na história. Jornalistas que andam uniformizados como jornalistas e que são mortos de maneira proposital, em que a gente vê relatos de soldados e israelenses, sionistas. Eu tenho um vídeo no meu canal sobre isso, que eu falo sobre os mecanismos do apartado israelense ao longo da história e soldados israelenses que se gabam por fazer competições em quem atira em mais joelhos nas grades de proteção que cercam Gaza. E isso é um dado concreto. A gente vê soldados do ID brincando com brinquedos de criança. a gente vê soldados do ID destruindo, eh, enfim, profanando a última igreja cristã que existia na faixa de Gaza, a igreja de onde o Papa Francisco fazia ligações para prestar solidariedade ao povo palestino, foi destruída ontem no ataque israelense. Então essas informações elas não são a partir só da minha vivência, da minha experiência, apesar de achar que essa experiência, essa vivência também construiriam muito como se se constróem, mas a partir dessa denúncia geral e incontornável, que é o fato de que hoje o povo palestino está sofrendo um processo de genocídio por parte do Estado de Israel e é também um exemplo de coragem e de luta contra o colonialismo, uma lição valiosa pra gente poder aprender a nunca desistir do que a gente busca conquistar. Legal, Gustavo. Vamos agora então pra pra afirmativa. Carol, só queria só queria dizer uma coisa. Alguém da da Palestina já convidou vocês para fazerem uma visita lá? Já. Você foi? Já não, não fui porque era uma coisa que precisava ser custeada pelo meu próprio bolso e diferentemente do que as pessoas acham, né? O YouTube não paga tão bem assim, né? Então, eh, acabou sendo, não, acabei nunca tendo a oportunidade de fazê-lo, né? E eu acho que até seria uma experiência muito boa, apesar de só, eu acho que só virtualmente conseguir visitar Jordânia, né? Porque a faixa de gás acabou. Fui, eu fui e não foi isso que vi. O que eu vi é barbárie dos dois lados. É, eu acho que a gente pode analisar pelo tamanho dos danos, né? Já se estima que mais de 100.000 1 palestinos foram mortos pelas forças do ID e até agora o número de israelenses mortos não passou de 2000 com base no ramasso não com base no ministério da saúde do povo palestino, com base controlado pelo com base também nos veículos jornalísticos da região como a Aljazira como outras mídias são controladas pelo a Aljazira é uma mídia do Qatar se não me engano e o Qatar é um país que é aliado dos Estados Unidos quem manda no Ministério da Saúde da Palestina é o Ramas. O Ramas é um grupo terrorista. É, é um dado que é também substancialmente apoiado por outros órgãos internacionais, como a ONU, médicos sem fronteiras, a Cruz Vermelha, várias instituições que estão ali no meio do campo de batalha. Eles foram eleitos. foram foram eleitos em 2008, inclusive foram eleitos justamente porque a autoridade palestina que era governada pelo partido do Fatá, né, o Ramas, para quem não sabe, gente, é um partido político, é um partido político que tem um braço armado, né? Então, chamar, daqui a pouco o PCC vira um partido político, que a gente fala, o PCC é um partido político que tem um braço armado. É, a burguesia tem um braço armado também, o nome dela é polícia, né? É o braço armado que é institucionalizado, que é legalizado, né? O que é a burguesia? A burguesia é a classe que domina as decisões da economia política eh no Brasil e no mundo. É a classe que detém o poder e o controle dos meios de produção, dos meios de circulação, da produção de crédito, de recursos estratégicos. é a classe que consegue fazer essa dominação e é aliada de outras classes mais antigas, né, que herdeiras da nobreza, coisas assim, e que submete o povo eh do mundo, né, a um regime de escravidão assalariada. Existe algum partido não burguês no Brasil? Existe. Qual existe? Existem uma série de agremiações, né? e que um partido existe, um partido, o partido do qual eu faço parte, Partido Comunista Brasileiro Revolucionário, é uma organização eh que reivindica o legado do movimento comunista brasileiro, né? Não é um partido institucionalizado, não é um partido legalizado, né? Mesmo porque a gente sabe que existem muitos mecanismos dos tribunais eleitorais para impedir que partidos menores e representações menores possam as né? Uma vergonha. Sim, de fato, eu acho que é um fechamento do debate do espaço político, né, e que demonstra esse controle, né, da da burguesia. Mas a gente tem outras organizações também que questionam esse poder da burguesia, como a unidade popular, o PSTU, o PCB. Existem essas organizações, algumas eh algumas tendências dentro do PESOL, mas que já não são tendências majoritárias no partido. Então, é um movimento que ainda é muito incipiente, é um movimento que ainda precisa crescer muito, justamente porque eh os os comunistas foram os mais perseguidos durante o regime militar, né? O PCB teve praticamente seu comitê central todo assassinado. O PC do B é a mesma coisa, né? Ainda que tenham adotado táticas diferentes. Po, você acredita que seja um partido de esquerda, PCO? Para mim, o PCO é um partido que reproduz eh lógicas reacionaristas para poder se reafirmar num discurso de esquerda, né? Tanto que eu acho que não existe uma crítica substancial a um fato concreto, que é o fato de que hoje o governo Lula é um governo neoliberal e que faz a aplicação de um programa que você até comentou, né, do Renan Filho, do ministro, que é o governo que mais está fazendo eh parcerias público-privadas na história. Ampliou inclusive os, como é que é o nome? É, não é graus, mas os setores que poderiam passar por isso no dia 25 de abril de 2023 aumentou para vários setores. O governo Lula, ele tem se escor muito em decisões do STF, por exemplo, a questão do IOF, que deu uma sobrevida ao governo Lula, isso é fato, né? O governo queria o aumento do IOF. O Congresso Barrô e Alexandre de Moraes concedeu hoje o STF, você mesmo disse, a decisão da terceirização, legalização disso, precarização daquilo, o STF tem tomado essas medidas. Então o STF ele acaba dominando a pauta econômica, o poder econômico e também os playeres econômicos. O STF é a burguesia brasileira. Hoje o STF é um conjunto de pessoas que faz parte da burguesia, mas eu acho que a gente podia pode continuar no debate no no formato, só para não sair muito e não passar conclusão de que o Bolsonaro é um antiburguês, é, na velha é o maior perseguido por esse centro hoje. Eu acho que a gente pode, perdão, Gustavo, não, não. Eu só ia comentar que eh dúvidas, né? São muitos conceitos, são muitos conceitos. É, vamos, vamos só, né, Sim, sim. Agora vamos lá.

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