DESMONTAMOS uma ARMA DE CHOQUE! #OQueTemDentro
0[Música] Hoje a gente vai testar, ver como funciona e desmontar uma arma de choque. E sim, alguém vai tomar um baita de um choque nesse vídeo. Fica até o fim. [Música] Cansei de ver esse negócio em filme americano. A mulher tá andando na rua e de repente chega alguém atacar a mulher, ela tira da bolsa aí. Dá um choque no braço do bandido. Sempre quis ver como funcionava um desses. E hoje a gente comprou aqui uma arma de choque. Esse negócio tem para comprar pela internet. E a gente ficou muito em dúvida se não era proibido comprar, se não era proibido ter um negócio desse. E aí, antes de comprar, mandei o e-mail pra Polícia Militar de São Paulo e pro exército, perguntando se isso aqui não era ilegal. A Polícia Militar falou que era para eu perguntar pro exército e o exército me respondeu que não, não tá na lista de produtos proibidos. Então, para você que já tava louco de vontade de colocar nos comentários que é proibido, não é não. O que é proibido de fato é a arma que atira um dardo que dá choque, que a polícia em vários lugares do mundo usa bastante. Mas pro começo de conversa, como é que funciona esse aparelhinho aqui? É bem simples. A bateria tá dentro dele, você nem vê. Não dá para abrir, mas a gente carrega na tomada direto com esse fio aqui. Depois ele tem um botão lateral que se você puxar só um pouquinho, liga uma lanterna, um ledzinho que tem na frente. Então ele serve também como lanterna. É um LED bem fraco. É mais ou menos a lanterna que a gente tem no celular. Ó, lanterna da arma, lanterna do celular. Eu acho que o celular é bem mais forte do que esse negócio, ó. Muito mais forte. Se eu avançar um pouquinho mais com esse botão, liga uma luz vermelha e aí ele tá pronto para dar o choque. É só eu apertar esse interruptor aqui, ó, e o choque sai. Quer dizer, choque não, tem um raio, né? Tem uma descarga elétrica. Choque é se alguém de fato tomar um choque. E agora começa a parte interessante da coisa, porque aqui na ponta tem todo um formato específico para esse negócio funcionar bem. Primeiro, a gente vai ter duas chapinhas que ficam bem próximas. Quando eu aperto o botão, a faísca vai acontecer entre essas chapinhas. Elas têm duas pontas porque a energia tende a se concentrar na ponta. Então, essa ponta ajuda a faísca a existir. E essa faísca tem duas funções. A primeira eu tenho certeza. A segunda eu acho. Então, que eu tenho certeza é que isso assusta as pessoas. Quem tiver com isso aqui na mão, não precisa de fato dar o choque. Quando faz isso aqui, a outra pessoa já sai fora, sai correndo porque percebe que tem uma arma. Então, é mais ou menos como dar um grito. É uma ameaça, mas também pode ter uma função mais eletrônica ali, que é descarregar o negócio na hora que você aperta o botão. Porque se você apertar esse botão e a energia não sair entre as pontas, ela pode sair por outro lugar, ela pode sair pra sua mão, por exemplo. Então, as duas pontinhas vão garantir que o negócio descarrega na hora certa. Aí depois a gente vai ter dois chifrinhos, duas pontas maiores apontadas paraa frente. E aí isso sim é feito para encostar em alguém e dar o choque. Tanto que se você aproximar de alguma coisa que consegue carregar energia, né, que é um condutor, e soltar a energia, ela vai sair por essas pontas maiores e não mais pelas pontinhas que davam susto. E continuando, a gente vai ter aqui na lateral, ó, duas fitas metálicas. Isso aqui também é muito importante porque se alguém for tentar tirar da mão da outra pessoa, ela vai segurar e tal, tomar um baita de um choque. Aqui no adesivo do negócio tá escrito que tem 999.000 W ou wats, como a galera mais legal dos comentários costuma dizer que tem que falar. Gente, mas nem que a vaca tuça que vai chegar nisso. Só pr vocês terem uma ideia, o chuveiro que você tem em casa, se ele for um chuveiro muito forte, ele vai gastar 7.000 W. Essa potência que esse negócio tá dizendo que tem, daria para tocar vários carros elétricos ao mesmo tempo. Não tem isso, mas ao mesmo tempo tem milhares de volts. Sim, tem uma tensão muito alta aqui, porque pra energia conseguir pular de um lugar pro outro, ela tem que vencer a resistência do ar. O ar teoricamente é um isolante, ele não deixa passar a energia, mas você sabe que se tiver muitos volts, a energia passa assim. Tanto que a gente vê numa tempestade os raios caindo, eles rompendo essa resistência do ar chegando até o chão. No geral, para romper essa resistência, você precisa de 30.000 V para cada centímetro de ar. Isso vai variar um pouco. Se tiver úmido, por exemplo, é menos, mas dá pra gente ter uma média. Considerando a distância entre uma ponta e outra aqui, que é de mais ou menos 9,5 m, a gente teria uma tensão de 28.500 V. E talvez você pense: “poxa, mas isso aí mata uma pessoa quase 30.000 V?” Não, se a gente tiver poucos amperes, poucos elétrons passando ali, e é o caso dessa maquininha, não tem como ela descarregar tanta energia numa pessoa e ela já é pensada para não descarregar tanta energia a ponto de matar uma pessoa. Mas de qualquer forma, antes de desmontar, a gente queria fazer uns testes. Será que essa faísca é capaz de acender uma vela, por exemplo? Tá acabando. Acabou a bateria. Agora sim. É, não, não, não, não acendeu a vela não. É legal lembrar que essa faísca que a gente vê meio que acendendo aqui, ela é plasma, ela é o quarto estado da matéria. Quando a energia passa, ela consegue arrancar alguns elétrons dos átomos. Então você vai ter átomos ali com elétrons sobrando, com elétrons faltando. A gente diz que o gás tá ionizado ali. É por isso que ele acende. E é por isso que também ele esquenta e deveria ser possível acender alguma coisa com isso. Não acendeu a vela. Mas será que o fogo da vela causa alguma interferência no raio ou o raio causa alguma interferência no fogo? [Música] Provavelmente esse raio, esse plasma tem mais facilidade de acontecer onde o ar tá quente, o raio acaba desviando para dentro do fogo e bagunça todo o fogo. E é bom lembrar que isso é meio que uma explosãozinha, né? Quando o raio acontece, ele esquenta muito a região onde ele tá e dá uma espécie de um soprinho. Isso a gente vê, ó, a distância mesmo. Ó. E olha pelo barulho como o ar quente facilita assim a passagem da eletricidade. Ó, longe do ar quente, perto. Longe, perto. Será que a bombinha vai? Bateria tá acabando de novo. Não dura nada a bateria disso aqui, ó. Acabou. Agora sim. Vamos ver se acende uma bombinha pelo menos, né? Nada. Será que estoura uma bexiga? Mas aí estourou mais porque eu eu tentei fazer com que o rainho chegasse nela, né? Vamos de novo [Aplausos] [Música] de novo. O problema é que não tem como eu encaixar a bexiga entre um metal e o outro aqui. Será que machuca pelo menos um papel? Agora sim, deu uma metralhada no papel. O raio escolhe um caminho e naquele caminho passando pelo papel fura. E agora me surgiu uma dúvida mais física mesmo. O papel teoricamente é um isolante, ele não deveria deixar a energia elétrica passar. Mas até aí o ar também é isolante, ele também não deveria deixar a energia elétrica passar. E essa luva de couro é uma das coisas que a gente usa para não tomar choque aqui no manual do mundo, enfim, para proteger as mãos. Será que a energia consegue varar o couro? Vara numa boa e ainda fica com cheiro de vaca queimada. Furou o couro da luva. Chega de pertinho, vê. É esse furinho queimado aqui, ó. Isso que a gente viu faz muita diferença na própria arma de choque em si. Quer dizer que se você tiver usando uma luva que nem essa, você não vai conseguir se proteger dela e mais o negócio dá choque por cima da roupa. Será que essa quantidade de elétrons acende uma lâmpada fluorescente? Vamos ver no escuro, né? [Música] Um ovo será que suporta essa máquina? Olha que legal. No ovo, o choque vai pela pontinha mesmo, pelo chifrinho. Abri algum tipo de furinho na casca, mas não fez nada não. Eu achava que ia explodir, mas não explodiu. Última coisa que eu vou testar aqui, prometo, é uma perna de rã. Mas que coisa nojenta. Por que que você vai testar a perna da coitada da ran? O que é legal na perna da Ram é que a gente consegue reproduzir uma experiência histórica feita em 1780 por um médico italiano chamado Luigi Galvani. Ele percebeu que quando ele pendurava as pernas de Ran já mortas mesmo num gancho de latão, as pernas começavam a se mexer sozinhas. Era como se o bicho tivesse alguma energia dentro dele, uma coisa muito louca. Na época não foi ele que conseguiu descobrir, mas depois se entendeu que o que tava gerando energia elétrica ali era o contato do latão com ferro, porque ele pendurava esses ganchos uns corrimãos lá de ferro e a energia passando pela perna da rã fazia a perna se mexer. Como a função desse negócio aqui, exatamente, meio que dar um pane nos músculos, fazer os músculos se mexerem rápido ou perderem o controle, talvez a gente consiga fazer essa perna de rã se mexer também. Não tá assim com uma cara boa, mas vamos tentar. Tem cheiro de peixe esse negócio. 1 2 3 e [Música] é, acho que as rãs que o Galvani testou tavam mais frescas, né? Essa rã aqui, eu acho que ela já morreu faz um mês mais ou menos. Já, já não tem mais assim, o tecido muscular já não tá aquelas coisas. Aliás, uma coisa importante lembrar é que essa energia aqui no corpo da gente não é ela que dá energia pro músculo se mexer. O que ela vai fazer é bagunçar a comunicação dos músculos com o cérebro. Ela vai bagunçar a comunicação dos neurônios. Então é como se o nosso corpo perdesse o controle dos músculos. pode fazer com que o músculo pare de se mexer ou que eles se mexem voluntariamente, mas não é essa energia que dá a energia pro músculo se mexer. A energia já tá no músculo, ali, ela vai ser usada naquele momento. E talvez esse seja o problema aqui da rã. Pode ser que os neurônios já foram embora, já estão degradados e que o músculo já não tenha mais energia nenhuma nessa altura do campeonato. E quando eu falo energia do músculo, eu tô falando energia química mesmo que ele guarda lá dentro, né? Reações químicas que dão energia pro músculo funcionar. Chega de testes, vamos sacrificar o bicho. Você deve ter imaginado que o grande risco que eu corro aqui é tomar um baita choque, né? Mas é um choque que esse aparelho foi feito para dar mesmo. É diferente de abrir uma televisão que não foi feita para dar choque em seres humanos. Então o choque pode ser muito maior que um ser humano aguenta. Mas nesse caso aqui, o máximo que pode acontecer é eu dar um pulo para trás e reclamar de tudo. [Aplausos] Tem a impressão de que ou não tirei algum parafuso ou não foi feito para desmontar. E no caso, para variar um pouco, o parafuso tá escondido atrás do adesivo. É, abri tudo sem querer e é extremamente simples, não tem praticamente nada aqui. Olha só. Vamos parte por parte, né? Tudo colado, tudo colado, tudo com dupla face. Aqui na ponta a gente tem a entrada de energia que vem direto da tomada, 110 ou 220 V. Depois tem um circuitinho pequenininho que provavelmente é para transformar essa energia em corrente contínua, que é a corrente que é aceita pela bateria com menos volts, com menos tensão. E aí na frente, logo em seguida, a gente tem três baterias aqui, que eu vou testar quantos voltos elas conseguem guardar. Três, 3.6 V, não é nada do outro mundo, não. É bem baixinho. Isso aqui não dá choque na gente. Aí a energia sai da bateria e passa pro interruptor em que eu consigo primeiro ligar a lanterna. Então aqui a gente tem a lanterna funcionando, que nada mais é do que um ledzinho bem simpleszinho, e tem esse esse cone aqui que ajuda a deixar a luz um pouco mais dispersa, né? E eu consigo dar mais um toque no botão e aí sim ele manda a energia para esse outro interruptor. Esse é um interruptor de mola, mais parecido com aqueles de campainha que você aperta, mas quando você solta ele desliga sozinho. É diferente do interruptor de lâmpada que se você solta ele fica aceso. E é lógico que essa é uma questão de segurança, né? Pro taser não ficar ligado sem parar. Só que dele a energia vai para uma caixa preta. Agora a questão é, isso aqui tá fechado assim que é por segurança ou é pr ninguém saber o que tem dentro? Independente do que seja, vamos abrir esse negócio, né? Agora eu acho melhor colocar uma luva. A chance de eu tomar um choque aqui é pequena, porque eu já descarreguei esse circuito, né? Então aqui na ponta que é onde sai a energia, ó, eu já tô dando curto, então provavelmente não tem mais energia armazenada aqui dentro. Tirei toda a casca e tem outra casca embaixo. Consegui recuperar algumas peças do bichinho aqui e eu acho que a gente tem um caminho também. Estudei um pouco como é que funciona esse tipo de equipamento. E vamos lá. A energia sai da bateria e chega numa bobina. Uma bobina é um enrolado de fios. Aqui eu não consigo identificar direito, mas provavelmente são duas bobinas. Isso aqui é um transformadorzinho. A função é aumentar os voltos, fazer com que tenha mais tensão. Depois a gente tem dois capacitores. O capacitor é uma espécie de uma bateria que consegue guardar a energia muito rápido e soltar a energia muito rápido também. Provavelmente ele tá aqui para acumular bastante energia e jogar pra próxima bobina. Então ele fica acumulando e jogando, acumulando e jogando, acumulando e jogando mesmo, porque essas bobinas só funcionam se a energia oscilar, se ela ligar e desligar. Eu tenho certeza que é capacitor, porque eu desmontei um deles e ele tem uma folha de alumínio gigante aqui com plástico no meio e isso é clássico de capacitor. E depois a gente tem mais uma bobina que a função dela provavelmente é a mesma da primeira, é levantar os volts, é deixar com mais tensão, porque lá na ponta a gente vai ter muitos volts. E tem alguns diodos, tem uma eletrônica aqui que provavelmente é para controlar esses pulsos, né? para fazer o capacitor descarregar na hora certa, para fazer a energia oscilar no momento de chegar na bobina. Não tenho certeza absoluta que o caminho é esse. A gente pode ter, por exemplo, as duas bobinas lá no fim só ou as duas bobinas logo no começo. Mas enfim, a função das peças é essa. E mais uma hipótese aqui é que eu acho que todo esse plástico não tava aqui para esconder os componentes. Ele tava mais era para servir como isolante, para não deixar que o choque fosse dado na própria eletrônica do negócio. Se não tiver esse isolamento, você pode tomar um choque ou o choque pode ser dado nas peças e aí estraga o aparelho. E uma coisa legal pr terminar isso tudo é que quando você ouve a arma de choque, tem um barulho tac tac que ele fica fazendo que é a descarga do capacitor. Se ele enche de energia e solta, enche de energia e solta, enche de energia e solta, você tem uma oscilação da energia que dá para ouvir. Então ele funciona ou não funciona, funciona, não funciona, funciona, não funciona. Chegou a hora do choque. Mas antes eu preciso confessar uma coisa para vocês. Se você prestou atenção, a máquina que a gente desmontou não era exatamente a mesma que a gente estava testando no começo do vídeo. É porque bem na hora do vídeo começar, eu consegui estragar essa máquina aqui. E aí a única coisa que sobrou para fazer com ela foi desmontar enquanto o Dani correu lá no centro de São Paulo comprar essa outra, que aliás acabou saindo metade do preço da que a gente comprou na internet. Mas por fora elas são praticamente a mesma coisa. Eu imagino que por dentro elas sejam idênticas. E tem agora essa parte do choque, né? Eu vou confessar para vocês que eu odeio tomar choque. Tem duas coisas que eu não gosto de fazer, é tomar choque e vomitar. São duas coisas que para mim não cai muito bem, assim, eu não curto. Eu não tenho frescura com perrengue, não. Se precisar pular na piscina no inverno, eu pulo. Se precisar deitar na cama de prego e tomar marretada no peito, eu tomo. Mas tomar choque não me agrada. Não acho graça. Mas pra sorte de vocês, o Rodolfo que trabalha aqui com a gente, ele viu esse negócio, ficou morrendo de vontade de tomar um choque. Ele queria tomar o choque assim involuntariamente. Eu não sei, algumas pessoas gostam de uma coisa, outras gostam de outra, né? Então é, é isso é que vocês vão ver agora. Rodolfo quis tomar o choque por conta própria e eu me livrei disso. Que bom. Pera aí, pera aí. O última coisa, eu prometo que é a última coisa antes do choque. A gente fez uma série de testes e tudo mais, desmontamos, mas isso aqui é uma coisa perigosa, tá? É para ser usado como último recurso mesmo. Eu compararia a um taco de beisebol, uma faca, são coisas perigosas, não é para ficar brincando de usar nas pessoas. Então, o fato de não ser proibido não quer dizer que a gente pode sair tascando esse negócio em todo mundo. Fechou? Vamos testar. Só para deixar muito claro que eu não tô recomendando nada. Você que faça por sua conta em risco. Ó, vamos ver. Imp. Não tem marca-passo. Testar na perna que deve doer menos. Pode ir. Vai. Ah. Ah, calma. Foi ou não foi? Foi. Ah, isso, isso não é para brincar não, gente. Não é. Dá para sentir, dá para sentir a fisgada no músculo. Então vocês viram, foi na perna, a batata da perna contrai na hora. Eu levantei o pé, não fui eu que levantei o pé, foi reflexo. Você viu? E dói. Dói. É assim, ele pelo menos na perna mais paralisou o músculo mesmo do que dor. A dor do eu antes, assim, daquela beliscada de choque que nem te leva na tomada. Depois você sente o músculo contraindo e você não consegue se mexer. Você não tá conseguindo nem falar direito. Eu, ó, ó lá. Eu acho que dá um choque, dá uma mexida legal. Porque você também você tava dando choque em você mesmo, porque eh você desligou na hora que você já sentiu. Se fosse se mantivesse o negócio deve. Exatamente. Eu acho que é isso. Se você mantiver preso assim, você derruba uma pessoa. Muito obrigado. Eu que agradeço. Foi um prazer. Não deixa de dar o joinha no vídeo. Ó, consigo andar. Consigo andar. [Música] Funcionamento desse negócio aqui é muito parecido com uma bobina de Tesla, que é uma máquina de raios. E uma vez a gente mostrou uma bem grande que o menino fez lá em Curitiba. A gente foi na casa dele visitar, entender como funciona. É um vídeo antigo, não tem mais esse visual dos vídeos novos, mas eu acho que você vai achar legal. [Música]