“Dinheiro Não Traz Felicidade” – Porque esta frase é falsa

0
Share
Copy the link

Eu sou o príncipe da burguesia, o único representante da classe média alta brasileira. E hoje eu queria falar uma coisa para você. Você que nunca fez uma viagem de 12 horas de voo, de voo, eu peço que você se desinscreva desse canal, tá? Pois provavelmente você não tem dinheiro para comprar dólar, para comprar moedas estrangeiras e viajar internacionalmente. Ou seja, você é da Pleb e nós não queremos a Pleb neste canal. Desinscreva-se já e vá procurar a tua turma. A cada dia que passa, uma pessoa menos favorecida tenta consolar a sua vida com a frase: “Ai, mas dinheiro não traz felicidade.” Essa é, sem dúvida, a maior fake news que a Globo já espalhou por aí, tá? A Globo adora falar que ser pobre é bom, ser fanqueiro é bom, ser funqueirinho é maravilhoso, né? Tinha até aquele programa da Regina Casel esquenta que era isso, né? Mostrando como era bom viver num lugar horroroso. E o príncipe da burguesia veio aqui mostrar para vocês que isso tudo é uma farsa. Quem diz que dinheiro não traz felicidade costuma estar tentando romantizar a prisão onde se meteu. Agora diga-me você, o que é a felicidade senão a ausência de preocupações? Quem possui esse poder quase divino igual uma nota de $? Quem me diga quem? Quando o amor acaba, quando a saúde perece, a fé vacila. Mas um extrato bancário poupudo é a única coisa que libera a dopamina pro córtex pré-frontal. Então, o que que traz felicidade? É o dinheiro, são os óbvulos. A pecúnia, a moeda sonante, os dólares, até o real de fezes. Ele às vezes às vezes traz felicidade. É o numerário e também o capital. Essas coisas sim trazem felicidade. O dinheiro, ele é a chave da felicidade moderna. Talvez para os nossos antepassados ele não fosse tão importante. Mas hoje ele é sim muito importante. O dinheiro ele compra tempo e tempo é a única coisa realmente escassa nesse mundo. O dinheiro ele compra silêncio. Eu tenho janelas acústicas nessa casa, portas acústicas onde eu não preciso ouvir o som da plebe. Eu não escuto a pleb gritando na rua. Eu não escuto os motoqueiros fazendo barulho. Eu não escuto os funqueirinho passando com aqueles carros com escapamento estourado. Tudo isso somente a plata. A plata paga. O Brasil ele é como um banheiro químico sem papel. Ele é fétido, instável e com a maçaneta da porta, com uma coloração amarronzada e gosmenta. E o dinheiro, meus caros, o dinheiro é um spray aromatizante para disfarçar essa podridão desse banheiro químico, tá? Sem ele você vai viver na fila do SUS. Com ele você vai na fila do Einstein. Sem ele você vai pra fila do poupatempo. Com ele você vai pra fila do despachante. Sem ele você vai na fila do açaí. Com ele você vai na fila do Impório Santa Luzia. Não é muito melhor? Esse é o passe livre para se livrar da plebe. Plebeu, tu nasces, cresces, coloca o teu nome no Serasa e morres. O dinheiro é a única maneira de quebrar esse ciclo miserável. Não é filosofia, é fisiologia. A serotonina do pobre, ela é feita de migalhas. A do rico é uma cascata bioquímica que vai até o hipotálamo. E o hipotálamo aplaude, tá? Ele aplaude. E aí eu fico muito comovido quando eu vejo um pobre recusando a verdade. Tem muito pobre que diz assim: “Mas é a amizade que importa. Eu nunca vi a amizade pagar um boleto. Eu nunca vi a amizade pagando conta da Inel. Eu nunca vi amizade pagando conta da Sabesp. Vocês já viam a felicidade ela está nos neurotransmissores, né? Dopamina, serotonina, endorfinas. E sabe qual é o gatilho para todas essas substâncias? é a segurança financeira. Sem ela, o seu córtex pré-frontal, ele vive em alerta máximo e isso desgasta, isso queima calorias. O cortisol ele sobe e o seu sistema límbico ele entra em colapso. Tu és basicamente um rato de laboratório sem o queijo. Só que aquela ratazana que tá na gaiola lá, ela não paga IPTU. Não precisa. É de graça. O rato vive de graça no laboratório. Você não. Esse mito de que o pobre vive com pouco é um mito tropical. É a síndrome do eu sou pobre, mas sou limpinho, que é quase tão real quanto um filhote de pombo limpinho, tá? É mais ou menos a mesma coisa. Tem coisa melhor do que acordar na hora que você desperta, trabalhar só se você está com vontade, comer o que você quiser, onde que você quiser e sair sem olhar a conta. Se tiver um erro lá, se tiverem lançado uma bebida a mais, não precisa conferir. Somente o dinheiro permite essas extravagâncias. E você acha que isso não é felicidade? ter um travesseiro de pena de ganso. Isso não é felicidade, não é aquela espuma tosca, né, que fica esfarelando aqueles travesseiros que vão amassando com o tempo. Você compra o travesseiro no carrefura aquele supermercado da pleb, em três meses ele encolhe, fica desse tamanho, todo muro, fica assim, parece só tem a fronha vazia. Isso. Você não acha que isso é felicidade? Comprar um travesseiro gordo que não vai amassar nunca? Ou você prefere o amor verdadeiro, né? Mostrando uma lasanha numa geladeira xinf pequenininha dentro de uma quitinete sem ventilação. Ai, mas tem coisas que o dinheiro não compra. Sim, tem como o afeto de quem nunca teve dinheiro para bancar a própria terapia. Convenhamos, até as emoções mais puras florescem em jardins melhor irrigados com capital. A verdade é muito simples e brutal. O dinheiro ele não apenas compra a felicidade. O dinheiro não apenas traz a felicidade. Ele compra tempo, saúde e conforto. Compra liberdade e experiências transcendentais. Tudo isso são os pilares da felicidade. E por mais que isso doa muito para alguns, essa felicidade ela tem preço. Então, a próxima vez que aparecer alguém falando, contando este conto de fadas para você, lembre-se, essa frase só foi dita por alguém que nunca teve dinheiro, tá? alguém que nunca teve para provar o contrário. Então, se você é pobre e tá assistindo esse canal aqui, o IBGE, ele já vai te reclassificar como uma pessoa da classe média alta, porque esse canal aqui, ele ele só aparece na timeline de quem já fez uma transferência bancária de mais de R$ 50.000 para cima. Então eu, o príncipe da burguesia, o periscópio nesse mar de feeses, essa imensidão de fees que é o Brasil, trouxe aqui a sabedoria para você. A internet ela tá muito ruim, tem muito lixo, viu? Então vocês aproveitem que eu tô trazendo esse conteúdo aqui. Viva a classe média alta. Tchau.

Comments

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *