Diplomas da Plebe: Caros e Inúteis

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Você que é da plebulho de mostrar isso daqui, não é? O diploma. Mas sabe aonde você deve colocar isso aqui? Não é na sua parede, porque você não tem uma parede rebocada para pendurar o diploma. Então o local onde você deve alocar é ali mesmo onde você pensou da primeira vez. Eu sou o príncipe da burguesia e se você tem um diploma de universidade vagabunda, eu peço que você se retire imediatamente daqui. Se você fez o Uninov, Abi, Morumbi, Aanguera e outras faculdades desse tipo, eu peço que você se desinscreva desse canal, porque você não é bem-vindo aqui e você não vai conseguir entender esse vídeo, porque se você pegou diploma nesse tipo de faculdade, a sua interpretação de texto com certeza é muito ruim. Meu caro apedeuta que ainda acredita que o diploma é a chave mágica que abre portas do paraíso burguês, portas para a classe média alta. Preste atenção aqui. Na verdade, eu vou despejar na sua cara como um balde de água gelada. Diploma de faculdade da Pleb não serve para absolutamente nada. É papelão com carimbo, tá? É uma nota fiscal de pastel usado. É um é um rolo de papel higiênico com moldura dourada, tá? Esse tipo de diploma não serve para nada. A plebe, ela passa anos sentada em carteiras suadas comendo coxinha na cantina e copiando aquelas apostilas xerocada. Vocês não compram um livro, vocês xerocam as apostilas, né? Para no final, no final das contas, ficar segurando um papel sulfite timbrado que não vale nada. Não vale nem para para amassar, fazer um um quadradinho e calçar aquela mesa bamba, tá? Isso, essa mesa aqui, ó, não precisa do seu diplominha, tá? Então você recebe esse canudo aqui e ainda sai de boca cheia com a becaa se achando, doutor, achando que todo mundo vai te chamar de, ô doutor, achando que o porteiro do prédio vai te chamar de doutor. Ele não vai te chamar de doutor. Sabe quem que o porteiro chama de doutor? Não é o veterinário de uma faculdade vagabunda, é quem comprou o apartamento. E os porteiros de prédio, eles sabem quem é bem-sucedido, tá? Ninguém mais sábio do que um porteiro de prédio de um bom bairro, tá? Então você aí tirou esse diploma que não serve para nada e fica se achando e você não passa de um repetidor de PowerPoint mal impresso, tá? A ilusão, ela começa em casa com a mãe proletária, orgulhosa, dizendo: “Ai, o meu filhinho vai ser o primeiro da família a ter diploma. Ora, minha jovem donzela, isso é o mesmo que dizer: “Ai, o meu filhinho vai ser o primeiro da família a ter uma tornozeleira eletrônica personalizada. O diploma da pleb, ele é como uma corrente de ouro comprada no camelot. No camelô. Ele brilha de longe, mas ele descasca na primeira chuva. Então você sai da faculdade com a certeza de que vai ser respeitado, mas na prática você só vai ser respeitado na fila do RH quando aquela recepcionista gorducha encebada ela pegar o teu currículo e enfiar embaixo de uma pilha de papéis inanimados de 500 currículos iguais que nunca ninguém vai olhar E sabe o que que é mais irônico? O mercado ele não quer saber da tua papelada. Eu, como representante da classe média alta brasileira, eu não olho o diploma de plebe, não me interessa o que tem no diploma, no currículo de pessoas da da pleb. simplesmente não me interessa. Eu só olho se o cara sabe pronunciar a palavra quepral, sem parecer que ele tá engasgado com a espinha de tainha na garganta. Eu olho se o candidato ao trabalho ele sabe distinguir um soneto de Camões de uma letra do Luan Santana. Enquanto a pleb fica se gabando aí que tem o diploma da Universidade Tiririca do Norte, eu me gabo do meu sobrenome bordado em linho egípcio, tá? O diploma dessa turminha normalmente é igual uma tatuagem de cadeia. Todo mundo tem, mas ninguém respeita. Outro dia eu fui obrigado a comparecer numa formatura de pobre. Era um pavilhão fedendo a suor, famílias inteirinhas usando aquelas camisetas Apolo falsificada. Tinha Apolo Halfil Loren, tinha um monte de marca lá. E o ponto alto da noite era os apedeutas recebendo o diploma emoldurado. Não era o canudo assim, já tava imoldurado, né? Como se fosse um pedaço da arca da aliança. Aí eu entrei no recinto de frac, né, com a minha roupa bonita, muito chique, engomadinho, né, usando a minha bengala de marfim. E imediatamente eu fui alvo de olhares de ódio, tá? Um bacharel em letras bem obeso, né? Ceboso. Ele murmurou assim: “Olha lá o playboy. Olha o playboy. Ele se acha melhor que nós porque ele não precisou estudar”. E eu respondi com a minha voz firme e empostada do príncipe da burguesia, como se fosse o Dom Pedro do Ipiranga. Estudar. Tu não estudaste, Lorpa, tu apenas colecionaste xerox de apostila barata, tá? Vocês apenas leem essas apostilas e não sabem, saem das faculdades sem saber nada. A verdade é que essas faculdades da Pleb, elas não passam de fábricas de ilusão. A cada semestre formam dezenas de bacharéis em administração que não sabem administrar nem a própria mesada. Eles formam engenheiros que não sabem distinguir um parafuso cestavado de um gameta e formam médicos que tremem. Fica tremendo. Vai aplicar uma injeção e treme, né? Não consegue tirar, não consegue tirar sangue. Enfermeiro que não tira sangue dá 10 picada para achar veia, ainda estoura a a aveia do paciente, deixa o paciente parecendo uma peneira. Eu quando vou tirar sangue eu pergunto: “Que faculdade que você fez?” Ah, é faculdade vagabunda, então me arruma outro tirador de sangue. Então, essas faculdades ordinárias, elas são indústrias de um sonho vencido, né? Um título sem valor nenhum, né? É um é um é um estelionato. Isso aqui é um estelionato intelectual, tá? O sujeito ele sai com o diploma debaixo do braço e ele acredita que agora ele vai se sentar do lado da burguesia. Ele acha que o diploma é o passaporte para se sentar perto de alguém da classe média alta, quando na realidade ele vai sentar no telemarketing, tá? repetindo aquele script engessado, sempre a mesma coisa, com aquele headset cheirando a cuspe com cera de ouvido do ex-funcionário, tá? E a pleb acredita nesse papinho de que isso aqui vai trazer prosperidade, né? E como acredita a pleb? Ela pendura o diploma, né, todo torto naquela sala com um sofá de corino, como se fosse um brasão da família. fica exibindo pros vizinhos, fica mostrando eh pro vovô, pro titio, pra vovó, como quem mostra uma panela da Tramontina em liquidação. Mas de fato ninguém liga, ninguém liga. Diploma de pobre, ele só serve para justificar a dívida estudantil, os anos de ônibus lotado, o suor derramado no estágio não remunerado. E no fim o sujeito ele termina no mesmo lugar, suando a camisa no subemprego, reclamando do patrão, acreditando que pelo menos tem ensino superior. superior. Superior a quê? A um curso de crochê. Enquanto isso, eu, o príncipe da burguesia, eu caminho com segurança de quem não precisa aprovar nada. O meu diploma é o meu sobrenome. Eu não preciso disso aqui para provar nada para ninguém. Não preciso de certificado. O meu mestrado é o vinho francês que eu degusto no jantar. O meu doutorado é a coleção de bustos clássicos que adoro na minha biblioteca. Eu não preciso de um pedaço de papel para ser respeitado, tá? Jat Lorpa, podes colecionar quantos diplomas quiseres. Você pode ter 10 certificados da Faculdade São Judas Tadeu de Osasco e ainda assim jamais te sentarás à mesa onde a burguesia parte o fazisão. Aceita a realidade, meu caro. O diploma da pleb é um puxadinho intelectual. É certificado de boteco. É a prova impressa da sua insignificância travestida de conquista. E quanto mais tu exibes o teu diploma, mais claro fica que não tens nada além dele. E agora olha pra parede da tua sala. Tá vendo aquele diploma tudo empoirado ali, torto, amarelado? Olha para ele e admita, ele não vale mais do que um recibo da padaria. Enquanto tu acreditas que esse papel te eleva, eu rio e brindo com meu cristal bárbaro e penso: “A pleb diploma, mas jamais terá classe.” Eu sou o príncipe da burguesia, o único representante da classe média alta brasileira e quero que você se inscreva nesse canal. Agora, se você tem diploma de faculdade vagabunda, eu peço que você se retire imediatamente desse canal, porque se nem escrever comentários, você sabe, tá? Tchau. Vai embora. Sai aqui.

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