Distopia, Robô Ansioso e Alien Azul: 3 Novidades Sci-Fi da Semana! | Futurices
0rapaz tem semana que a ficção científica decide zoar com a nossa cabeça né uma hora você tá acompanhando um drama distópico cheio de burocracia estatal outra é um robô ansioso que só quer assistir a novelinha dele em paz Tem também cachorro alien azul que vem ensinar a gente sobre que que é família ou Hana e sei lá mais o quê E pensando nisso tudo que hoje eu trouxe para vocês três novidades completamente diferentes mas que todas de alguma forma refletem um pouquinho sobre como a gente vive sente e se conecta com os outros tá então tem estreia da Apple TV tem filme novo no Prime Vídeo e até um live action da Disney que pode surpreender mais do que parece Bora E aí povo deste canal tudo bem com vocês como que vocês estão por aí por aqui tá tudo legal e se você caiu aqui de uma espaçonave já se inscreve aí se você não fori inscrito que toda semana tem um vídeo novo sobre ficção científica futurologia ou tecnologia Deixa o seu like aí por favorzinho também ajuda demais a levar esse vídeo para mais pessoas Hoje bora de mais um vídeo sobre novidades quentíssimas de sci-fi começando por um filme que vocês me recomendaram aí nos comentários que é a avaliação um sci-fi distópico recém-chegado lá no Prime Vídeo que talvez passe batido aí por quem só olha a sinopse mas que entrega uma tensão silenciosa daquelas que vai acumulando até explodir A história se passa em um futuro próximo Depois de um colapso climático obrigar a humanidade a viver com recursos cada vez mais limitados Para piorar surgiu uma nova tecnologia que faz com que as pessoas simplesmente vivam muito mais que antes O resultado é que o governo teve que assumir o controle da natalidade com Mão de Ferro porque ter filhos virou um privilégio muito raro E para conseguir esse direito o casal precisa passar por uma avaliação psicológica intensa conduzida por uma funcionária pública pé no saco que vai morar com eles por uma semana Uma semana dentro da casa deles anotando tudo observando tudo julgando tudo Tudo isso para ter um menino hein os bebês Reborne iam brilhar nessa realidade aqui A direção é da Flur Fortunet que faz aqui a sua estreia em longas depois de anos trabalhando com videoclipes e dá para sentir a mão dela ao longo dos primeiros minutos A fotografia é minuciosa os enquadramentos são super simbólicos e a estética do filme parece estar sempre gritando a palavra controle O roteiro mistura ficção científica com um drama conjugal e crítica social e o clima que lembra muito aquele desconforto dos filmes antigos do Yorgolântimus sabe tipo canino mas com um pé fincado mais na realidade como se a gente estivesse vendo um futuro que não tá tão distante assim onde o desejo de controlar tudo até a maternidade acaba expondo o que existe ali de mais frágil e mais contraditório também nas relações humanas O casal protagonista é vivido pela Elizabeth Oen né nossa feiticeira escarlate e o Hmes Patel dois cientistas que vivem isolados sob uma cúpula protetora cercados por tecnologias que suprimem qualquer contato com o mundo natural até porque a natureza tá decadente e os animais de estimação por exemplo foram exterminados em nome da sobrevivência humana E aí entra a presença da avaliadora muito bem interpretada pela Alícia Vicander como uma espécie de catalisadora de tudo o que esse casal vem tentando manter sob controle Aos poucos o que parecia ser só uma burocracia se transforma num jogo psicológico cheio de provocações sutis microagressões e uma estranheza que vai minando a estabilidade emocional desses dois Eu acho que é o tipo de premissa que poderia facilmente escorregar para um exagero um absurdo que acaba quebrando a suspensão de discrença Mas não gente o filme mantém os pés firmes e eu acredito que por duas razões A primeira que a ambientação futurista nunca foge do plausível Ela parece funcionar com uma lógica própria silenciosa mais coerente E a segunda é porque as atuações são muito boas porque as três figuras centrais seguram as nuances do roteiro com uma intensidade meio contida mas ao mesmo tempo intensa mas que transmite exatamente aquilo que o filme quer provocar que é tensão dúvida e principalmente um desconforto que vai se acumulando ali aos poucos E aí que eu acho que entra o ponto mais interessante do filme porque por trás dessa trama sobre maternidade e controle populacional o filme flerta com uma questão bem mais existencial que é a velha escolha entreviver num mundo artificial mais confortável e regulado ou encarar a dureza da realidade com tudo que ela tem de imperfeito sujo e imprevisível É aquela velha coisa que Matrix já trazia né tem gente que escolhe o bife suculento mesmo sabendo que é só código mas tem gente que prefere mastigar a verdade crua né mesmo que ela venha acompanhada de fome incerteza e caos Esse dilema aparece de uma forma muito sutil no cotidiano dos personagens como na profissão do marido que cria animais perfeitos mas virtuais para substituir os reais que foram eliminados Tá tudo ali é bonito é convincente a textura do bicho é perfeita mas é falso Em algum momento essa falsidade toda começa a pesar porque por mais que a tecnologia tente preencher certos vazios tem a hora que a gente quer mais é viver algo verdadeiro mesmo que doa Além disso tudo existe aqui uma crítica sobre sociedades totalitárias que limitam o livre arbítrio sob a justificativa de proteger o bem comum e que ao fazerem isso transformam escolhas profundamente humanas como a de formar uma família por exemplo em processos burocráticos frios e impessoais Como eu falei a avaliação tá disponível lá no Prime Vídeo e apesar de não ser um filme muito fácil eu acho que vale muito a pena para quem curte distopias mais intimistas que trocam as explosões e cenas intensas por dramas familiares e questões existenciais bem pesadas Vale a pena Já a segunda novidade de hoje é Diários de um robô assassino nova série da Apple TV baseada na saga literária The Murder Bot Diaries da autora Martha Wells que já teve dois livros traduzidos aqui no Brasil pela editora Alef Aliás o primeiro livro da saga se chama Alerta Vermelho e eu já recomendei ele por aqui Eu só li o primeiro livro da saga e eu achei ele muito legal muito divertido principalmente para quem curte uma ficção científica introspectiva e focada em personagens Mas eu vou falar uma coisa aqui que eu não costumo falar com facilidade porque eu acho que a adaptação da Apple TV tá sendo até melhor que o livro tá a história gira em torno de um androide de segurança que hackeia o próprio sistema e ganha autonomia Mas ao invés dele se revoltar contra os humanos ou iniciar uma rebelião ele só quer ficar de boa na dele e fazer o seu trabalho mais rápido possível para poder maratonar suas novelas favoritas escondido Ele é ansioso socialmente desajeitado irônico e muito mais interessado em dramas de TV do que em salvar a humanidade Um cara introspectivo né eu entendo ele A série foi criada pelos irmãos Paul e Chris Wites que já trabalharam tanto com comédia como fantasia E talvez seja exatamente por isso que o tom funcione tão bem aqui Eles conseguem equilibrar a ficção científica com humor muito bem pensado inteligente seco mas nunca forçado Sabe é aquele tipo de humor que nasce da personalidade do personagem das situações desconfortáveis que ele enfrenta e do contraste entre o que ele pensa e o que ele precisa falar em voz alta O robô assassino interpretado pelo Alex Sander Stargard está simplesmente perfeito aqui Ele entrega um robô que transita entre um tédio existencial e a obrigação de interagir com humanos com uma naturalidade absurda Mas o resto do elenco também manda muito bem especialmente nos momentos em que os humanos estão tentando entender quem ou que tá do lado deles ali Então tem uma química esquisita né uma chacota escrachada que funciona demais E o que me chama atenção é que Diários de um robô assassino é um sci-fi com robôs revoltados que não é sombrio nem frenético nem trágico sabe ele é leve é gostoso de assistir tem conflito claro a história envolve missões perigosas sabotagens viagens em planetas desconhecidos mas o foco tá muito mais nas pequenas decisões do dia a dia nos dilemas internos nos momentos que o robô Revolts precisa lidar com humanos que insistem em conversar com ele olhar no olho e tal quando tudo que ele só queria era não interagir Então é um baita refresco dentro do gênero principalmente para esse tema de robôs malvados A série também acerta em cheio em manter a narração em primeira pessoa que é o coração dos livros né e assim gente eu acho que narração é sempre uma escolha arriscada tá porque a coisa pode acabar suando forçada ou expositiva demais mas aqui funciona muito bem especialmente porque ela vem carregada com aquele humor seco né e sarcástico que define muito essa saga E essa narração não tá sozinha também Ela se complementa com a expressão corporal com cortes ágeis da edição silêncios constrangedores e aqueles olhares de quem claramente não pediu para est ali E além disso diferente do livro a gente consegue ver mais do mundo ao redor e até da tal novela futurística que o robô tanto assiste né chamada The Rise and Fall of Sanctuary Moon que aqui ganha cenas próprias e funciona como um reflexo quase cômico das situações que o robô assassino enfrenta na vida real entre aspas Se você já leu os livros se prepara para uma experiência bastante familiar calor do cão mas com novas camadas E se você ainda não leu a série pode ser uma ótima porta de entrada para esse universo que é muito interessante e muito divertido também Ela tem só 10 episódios curtinhos com pouco mais de 20 minutos cada o que ajuda bastante a manter o ritmo e faz com que o tom leve não se perca no meio do caminho Diários de um robô assassino estreu agorinha em maio na Apple TV com novos episódios sendo lançados semanalmente E mesmo com tão pouco material disponível até agora já dá pra dizer que essa é uma daquelas ficções científicas que conseguem ser acessíveis sem abrir mão da inteligência e que por isso mesmo tem tudo para conquistar não só quem é fã do gênero mas também quem só quer ver um robô que quer ficar na dele e assistir uma novelinha em paz E sinceramente quem pode julgar o coitado né última obra da lista é Lilo e Stitch né o novo live action da Disney que acabou de chegar nos cinemas Para quem não conhece ainda essa história acompanha a Lilo uma garotinha vaiana criativa solitária e com muita personalidade que vive com a sua irmã mais velha Nani desde que elas perderam os pais Tudo muda quando a Lilo adota o Stitch um bichinho alienígena fujão que foi criado como uma arma de destruição mas que acaba virando o seu novo pet né o seu novo bichinho de estimação enquanto a dupla apronta várias confusões e tenta fugir dos agentes da Federação Galática que querem capturar o Stitch o que se forma ali no meio do caos é uma história sobre família cuidado pertencimento e o famoso Ohana que não deixa ninguém para trás O filme foi dirigido pelo Dean Flater e conta com a novata Mayorra no papel da Lilo além da Sydney Agudong no papel da Nani O Stitch continua sendo dublado em inglês pelo Chris Sanders o criador original do personagem E essa estreia é parte da leva recente de adaptações live action que a Disney vem fazendo dos seus clássicos né com resultados digamos bem variados né porque assim gente eu amo Lily Stitch tá mas eu fui assistir esse filme já com pezinho atrás porque para mim muitos desses live actions da Disney acabam sendo só uma repetição mais moderna da animação original que geralmente não tem muito motivo para existir além do marketing né então eu já fui achando que seria mais um caso desses como aconteceu comigo com a Belia Fera Rei Leão Cinderela Mulan Nossa mulã inclusive é um de serviço Enfim adaptações que ficaram muito a quem original mas não é que Lily Stitch até que me surpreendeu legal Eu acho que pode ser o fato de eu não lembrar muitos detalhes da animação original porque faz muito tempo que eu vi essa animação mas fato é que eu tive uma experiência muito boa na sala de cinema sabe é o típico filme Disney que é divertido de verdade não só para as crianças mas pros adultos também com aquelas piadas que são variadas sendo que algumas parecem mais infantis e outras que só os adultos entendem mesmo Fora as partes emocionais que sempre foram muito fortes nessa história e estão adaptadas a risca aqui Aliás eu acho que o elenco ajuda muito nisso também tá a atriz que faz a Lilo é uma fofa uma menina encantadora mesmo super carismática e a atriz que vive a Nani também manda muito bem E as duas têm uma química ótima e seguram a carga emocional do filme com muita sensibilidade CGI é outro ponto alto e sim a tecnologia do cinema já tá num nível muito avançado mas ainda assim eu não consegui deixar de me surpreender aqui com a integração entre o live action e o virtual né o que é feito em computador a interação entre o Stitch com o cenário real e com os atores funciona o tempo todo e quase sempre tudo convence muito bem exceto por alguns poucos momentos que prejudicam um pouco ali a suspensão de discrença mas no geral os efeitos especiais estão incríveis mesmo A história é praticamente a mesma da animação então não vale entrar em muitos detalhes para não estragar nada aqui Mas o que me chamou atenção é que esse live action mesmo sendo bem fiel consegue expandir também sutilmente alguns aspectos Ele aproveita os recursos do cinema live action para tornar certas cenas mais emocionais mais íntimas e isso aproxima ainda mais a gente dos personagens Fora que o Stitch continua sendo o Stitch né do jeitinho caótico e fofo de sempre Eu quase nunca recomendo filmes para crianças aqui no canal então achei legal trazer o L Street por aqui Uma ótima opção para ver com a família para levar os pituchos pro cinemas e até para quem quer revisitar essa história com outros olhos Eu assisti dublado e a dublagem em português para variar tá muito boa muito caprichada e no geral eu acho que vale ver Lilo Stitch live action porque apesar de ser muito parecido com o original eu sinto que são experiências bastante diferentes também Seja por trazer pro nosso imaginário um Stitch que parece muito real interagindo com pessoas de verdade seja porque é um filme leve né um sci-fi divertido para toda a família uma coisa rara né que respeita ainda a essência do original Mas me conta aí você já viu essas novidades quais outras estreias de sci-fi você recomenda me conta embaixo se você curtiu esse vídeo se foi útil para você não esquece do like da inscrição que ajuda um montão Um beijo e a gente se vê no futuro [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos]