Drone contra Drone – Como a Ucrânia se defende dos drones russos?

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Caros amigos, bem-vindos a mais um episódio de hoje no mundo militar. Neste vídeo, falaremos sobre como a Ucrânia está procurando soluções práticas e baratas para se defender da ameaça representada pelos drones russos. A sua Ucrânia avança, a Rússia tem intensificado o uso de drones, especialmente os modelos do tipo Shah, vistos hoje como uma das maiores ameaças para o país, principalmente para a população civil. Esses drones de projeto iraniano, fabricados em larga escala em gigantescas fábricas russas, tem alcances de mais de 1000 km com ogivas explosivas que podem chegar aos 50 kg, suficiente para causar grande devastação, principalmente em áreas civis. Apesar de tecnicamente simples, equipado com um pequeno motor com uma potência menor do que a de uma moto e capaz de voar a 180 km/h, esse drone, conhecido na Rússia como Gean 2, se insere em uma estratégia de ataque aéreo que envolve a saturação das defesas ucranianas através do ataque com centenas de drones a partir das mais variadas direções, obrigando os ucranianos a diluírem as suas defesas aéreas. abrindo caminho para passagem de meios ofensivos muito mais caros e letais, como os mísseis de cruzeiro. Os drones russos, inicialmente considerados simples, evoluíram para ameaças mais sofisticadas produzidos em colaboração com empresas da China. Esses drones que antes eram alvos fáceis de defesas tradicionais, agora voam mais alto, mais rápido e com ogibas explosivas mais potentes, com padrões de voo que dificultam a missão da interceptação. As melhorias russas envolvem, por exemplo, câmeras traseiras para dar ao operador a capacidade de ver ameaças em aproximação e até sistemas de navegação via sinal de celular, permitindo um controle em tempo real, mesmo quando o sinal principal de controle é perdido. Esses avanços tecnológicos t levado a uma taxa de sucesso crescente. E de fato, no mês de maio de 2025, quase 20% dos chars lançados pela Rússia conseguiram atingir os seus alvos. Um aumento considerável em comparação com os primeiros meses de 2024, quando menos de 10% conseguiam passar pelas defesas ucranianas. Diante dessa ameaça crescente, a Ucrânia vem se desdobrando para criar soluções de defesa alternativas e de baixo custo, com um dos recursos mais eficazes tendo sido o uso de drones interceptadores desenvolvidos principalmente por grupos voluntários com custo de apenas 500. Esses drones interceptadores têm conseguido derrubar centenas de drones russos, incluindo os do Shah, frustrando muitos ataques russos, invertendo a relação de custo entre os meios defensivos e os meios ofensivos. Habitualmente, quando a arma ofensiva empregada é um drone, os meios defensivos costumam ser bem mais caros, como é o caso de um drone do tipo Shah avaliado em cerca de 30 a 50.000 e um míssel terra ar que pode custar centenas de milhares de dólares. Mas no caso do drone ucraniano de interceptação, essa regra é desfeita com o meio defensivo, custando muito menos do que o meio ofensivo. A ideia por trás desses interceptadores é simples e passa por uma solução barata e escalável, podendo servir de base para meios defensivos maiores. E é por isso que esses interceptadores são apenas uma parte de uma solução muito maior. A eficácia de um interceptador depende da sua velocidade, altitude e capacidade de carregar armas suficientes para destruir o alvo. E no campo de batalha, a vantagem está em ser mais rápido e eficaz, o que a Ucrânia está conseguindo cada vez mais. com drones interceptadores capazes de atingir alvos a até 30 km dentro do território russo. Apesar das inovações, o principal desafio da Ucrânia é a necessidade de escalar rapidamente a produção desses interceptadores e treinar mais operadores. Apesar dos drones interceptadores terem sido bem-sucedidos até agora, a Rússia também está adaptando as suas táticas e drones, com a introdução de sistemas de navegação mais resistentes a jummers, bem como o uso de drones de isca como o Gerbera, um drone visualmente muito parecido com o Gean 2, só que sem ogiva explosiva e com o motor com potência e alcance menor, feito apenas para atrair as defesas ucranianas. para um determinado setor, abrindo corredores em outros setores para a passagem dos drones reais. Além disso, a produção local de radar e a formação de pilotos são pontos críticos, com a Ucrânia ainda enfrentando um longo tempo de espera para radares produzidos localmente e com a falta de infraestrutura para treinamento de operadores, colocando em risco a expansão desses sistemas. O tempo está contra eles, com a Rússia continuando a lançar grandes quantidades de drones com até 500 lançamentos por onda de ataque. Uma das iniciativas mais interessantes na resposta ucraniana é o projeto Drone Fall, que prioriza uma abordagem ágil e flexível, com melhorias rápidas baseadas no feedback direto do campo de batalha. As fundações voluntárias como Back Alive e Wild Hornets são essenciais para essa inovação, com essas organizações conseguindo criar interceptadores de alta altitude, capazes de operar até 11.000 m comparáveis aos aviões comerciais, com sistemas de radiofrequência de alto desempenho e projetados para engajamentos rápidos. Mas a verdadeira questão será a capacidade da Ucrânia de organizar uma produção em massa e coordenada para tornar essas inovações disponíveis em larga escala. A guerra de drones entre Ucrânia e Rússia é agora definida por uma corrida para escalar tecnologias baratas e adaptáveis mais rápido do que o inimigo. E o que começou como uma resposta improvisada da Ucrânia se tornou agora uma parte essencial da sua defesa, pois a cada dia os drones russos estão se tornando mais sofisticados, forçando os interceptadores ucranianos a evoluir para acompanhar essa ameaça. A ameaça dos drones russos não é apenas militar, mas também psicológica, visando desestabilizar a população ucraniana, atingindo infraestruturas civis e industriais, com a Rússia a cada ataque, tentando minar o moral da população, ao mesmo tempo em que tenta interromper a produção de bens essenciais. A estratégia é clara. Causar dor suficiente para tentar enfraquecer o espírito de luta e forçar a capitulação com os drones do tipo Shah relativamente baratos e de fácil produção, representando a espinha dorsal dessa estratégia russa. Para que a Ucrânia consiga se manter no controle da situação, ela precisa aumentar a produção de interceptadores, expandir o treinamento de pilotos e garantir um sistema de radar doméstico e eficaz. As soluções rápidas estão funcionando até certo ponto, mas sem um apoio mais robusto, esses avanços podem ser limitados com o futuro da defesa ucraniana, dependendo da sua capacidade de se adaptar rapidamente às novas ameaças que a Rússia continua lançando contra as cidades da Ucrânia. E se ainda não está inscrito no canal, inscreva-se já e acione o sino das notificações para não perder nenhuma novidade. [Música] [Música] [Música] เ [Aplausos] [Música]

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