E se você acordasse sendo a única pessoa no mundo?
0Já imaginou abrir os olhos, sair de casa e não encontrar ninguém? Nenhum carro passando, nenhuma mensagem no celular, nenhum barulho de gente, só o som do vento e o silêncio gritando. Parece coisa de filme, né? Mas e se por um segundo fosse real? E se você acordasse sendo a única pessoa no mundo? Quando a gente pensa nisso, a primeira sensação costuma ser um misto de liberdade e medo. Tipo, caramba, posso fazer o que eu quiser. Mas logo depois bate aquele frio na barriga. Tá, mas e agora? O que eu faço com esse silêncio todo? Porque no fundo o que dá sentido à nossa vida não são só as coisas, mas as pessoas com quem a gente compartilha elas. Sabe aquele momento em que você tá no meio de um monte de gente, mas mesmo assim se sente sozinho? É aí que esse pensamento pega mais forte, porque às vezes a gente se sente como se fosse a única pessoa no mundo, mesmo rodeado de outras. E não é porque não tem ninguém, é porque parece que ninguém vê de verdade o que a gente tá sentindo. Se isso já aconteceu com você, então talvez você saiba o quanto esse mundo vazio pode estar mais perto do que parece. Mas calma, não é o fim do mundo. Às vezes essa sensação vem para mostrar o quanto a gente precisa voltar para dentro da gente, porque antes de buscar alguém lá fora, a gente precisa encontrar alguém aqui dentro. A gente mesmo imagina que esse mundo sem ninguém é uma pausa, um tempo onde tudo desacelera. Onde você pode andar pelas ruas da sua mente, olhar suas janelas internas, limpar os cômodos da sua história? É nesse silêncio que você pode ouvir de verdade o que tem tentado dizer para si há tempos. E talvez pela primeira vez, escute. Aí vem a virada. Porque quando você começa a se escutar, você também aprende a se acolher. a curtir sua própria companhia, a descobrir o que te faz bem de verdade sem precisar de plateia. E ironicamente, é nesse momento que as conexões mais reais começam a acontecer, porque você para de implorar por atenção e passa a oferecer presença. Olha, eu sei que tem dias em que o mundo parece distante e a solidão pesa no peito, mas talvez seja exatamente nesse vazio que a gente aprende a construir pontes, não para fugir dele, mas para atravessar com mais leveza. Um passo de cada vez, uma conversa verdadeira, um café olhando pela janela e sentindo o sol no rosto. Coisas simples que lembram: você tá aqui e isso já é muito? Então, se um dia você acordar e sentir que o mundo sumiu, respira, fica com você, escuta o que esse silêncio quer te contar, porque no fim das contas talvez ele não esteja te afastando de tudo, mas te aproximando do que realmente importa. Se isso tocou você de alguma forma, experimenta ficar um tempinho sem distrações hoje, só você e seus pensamentos. E depois me conta como foi. Às vezes é nesse pequeno gesto que a gente começa a se reencontrar. E quando a gente se reencontra, o mundo volta a aparecer de um jeito diferente.







