Ela Usava Cachorros Para Torturar Prisioneiras – A EX3CUÇÃO de Johanna Bormann
013 de dezembro de 1945. Prisão de Hamelin, Alemanha ocupada. O frio da manhã penetra as paredes de pedra enquanto uma mulher caminha lentamente rumo ao cadafalso. Ela manca, pesa apenas 45 kg, tem pouco mais de 1,5 m de altura. Mas não se engane com a fragilidade aparente. O nome dela é Johanna Borman. Foi uma das principais guardas de campos de concentração nazistas, conhecida como a mulher com os cães, treinava animais para despedaçar prisioneiras indefesas ao menor comando. Agora, ela está prestes a morrer. O silêncio da prisão só é quebrado pelo som de seus passos, passos que a conduzem até o laço da justiça. Respire fundo e permaneça até o final deste vídeo, porque hoje você vai conhecer a história real de uma das mulheres mais cruéis do terceiro Rich. Antes de começarmos, estamos rumo à meta de 1 milhão de inscritos. Parece distante, mas com a sua ajuda, podemos chegar lá. Inscreva-se agora, deixe seu like e faça parte dessa história. A origem de Johanna Borman, o nascimento de uma criminosa. Em uma pequena vila rural, cercada por florestas e tradições centenárias, nascia uma criança que carregaria, no silêncio de sua origem modesta, a semente de algo sombrio. O mundo ainda era inocente aos horrores do século XX e ninguém podia prever que aquela menina, em meio à calmaria da paisagem alemã, um dia se tornaria um dos rostos femininos do terror nazista. Johanna Borman cresceu em um lar profundamente religioso, onde os preceitos da fé católica ditavam os ritmos da vida. A oração precedia cada refeição e a moral cristã era ensinada não apenas nos sermões de domingo, mas nas regras inflexíveis da casa. Curiosamente, apesar dessa educação rígida, Johana jamais frequentou uma escola. Foi moldada pelo trabalho doméstico, pela obediência e por um senso inabalável de dever, elementos que mais tarde seriam deturpados e colocados a serviço da barbárie. Ao atingir a juventude, Borman encontrou trabalho em uma instituição psiquiátrica. Ali, longe dos olhos da sociedade, ela cuidava dos rejeitados, homens e mulheres perturbados, esquecidos, marginalizados, por um salário que mal garantia a sobrevivência entre 15 e 20 marcos por mês. Ela alimentava pacientes, limpava feridas, trocava curativos e oferecia gestos de humanidade aos que já haviam perdido tudo. Aquela rotina silenciosa e compassiva contrastaria brutalmente com o destino que a esperava. Ninguém poderia imaginar que as mesmas mãos que um dia afagaram testas febr, tentando acalmar os delírios da dor e da solidão, seriam mais tarde responsáveis por destravar portões, acionar armas e soltar cães de ataque sobre prisioneiras indefesas. A transformação seria lenta, quase imperceptível, mas devastadora. Em janeiro de 1933, Adolf Hitler foi nomeado chanceler da Alemanha. O Partido Nacional Socialista, após anos de retórica agressiva e promessas infladas, finalmente conquista o poder. Para muitos alemães, era o renascimento da esperança, a promessa de estabilidade econômica, ordem social e um futuro glorioso para a Alemanha humilhada após a Primeira Guerra. O que poucos entenderam naquele momento foi que essa mudança política marcaria também uma transformação profunda da alma nacional. A ideologia nazista não apenas tomaria o controle do governo, ela se infiltraria nas escolas, nas igrejas, nas famílias e, principalmente, na mentalidade de cidadãos comuns. Embora o discurso oficial do regime pregasse que o lugar da mulher era anular, a realidade prática revelava outra face do terceiro Rich. De aproximadamente 40 milhões de mulheres que viviam na Alemanha nazista, cerca de 13 milhões estavam diretamente envolvidas nas estruturas organizacionais do partido. Elas não ficavam à margem, não eram apenas espectadoras, apoiavam com fervor os ideais do regime, a purificação racial, a superioridade germânica, a conquista territorial e a inevitável guerra total. Atendiam como secretárias nas repartições, ensinavam nas escolas doutrinadas, prestavam cuidados médicos em hospitais militares e colaboravam com Aguestapo e com o exército, e, sobretudo, serviam como guardas em campos de concentração. Campo de Lenburg. Ainda em 1938, aos 44 anos, Johanna Borman tomou a decisão que marcaria de forma definitiva sua trajetória e a de milhares de mulheres que cruzariam seu caminho. Ela aceitou trabalhar como supervisora no campo de concentração de Lenburg, na Saxônia, um dos primeiros campos nazistas a abrigar exclusivamente prisioneiras. Sua motivação era direta, quase cínica, dinheiro. O salário oferecido pela SS era cerca de 10 vezes maior do que o que recebia no hospital psiquiátrico. A escolha foi clara. A compaixão que um dia tivera algum espaço em sua vida foi abandonada sem hesitação. E em troca de algumas moedas com a efígia do Rich, ela se colocou a serviço da crueldade institucionalizada. O campo de Lenburg funcionava em um antigo castelo renascentista, uma estrutura imponente que em outros tempos simbolizara nobreza, arte e civilização. A ironia era amarga. Os mesmos corredores que um dia ecoaram música e elegância agora retumbavam com gritos de dor e ordens brutais. Ali, sob a administração da SS, entre 1933 e 1939, o passado foi apagado e substituído por um regime de terror. Entre 1937 e 1939, o campo se dedicou exclusivamente à prisão de mulheres. E foi nesse contexto que Borman encontrou sua nova função, as cozinhas, um local estratégico dentro do sistema onde ela decidia, com base em critérios próprios ou ordens superiores, quem receberia uma refeição e quem seria punida com a fome. Desde o primeiro dia, ela percebeu o que poucos tinham coragem de admitir. Ali, ela detinha um poder absoluto e silencioso, o poder de humilhar, de punir, de matar aos poucos. O poder de controlar a sobrevivência com a frieza de quem já havia vendido a alma. Campo de Havisenbrick. Avançamos para maio de 1939. O campo de Ltenburg acabava de ser desativado e suas operações foram transferidas para um novo complexo construído próximo a Berlim, Ravensbrook. Johanna Borman seguiu junto, carregando nas malas não apenas seus pertences, mas a frieza adquirida em meses de obediência cega e violência calculada. Ravensbrook foi o único grande campo de concentração nazista criado exclusivamente para mulheres. Um local que com o tempo se tornaria um símbolo do terror feminino no terceiro Rich, onde os gritos se perdiam entre cercas eletrificadas e a dignidade era sistematicamente aniquilada. Ao todo, cerca de 132.000 mulheres de diversos países da Europa foram deportadas para lá, polonesas, russas, francesas, judias e cinti, cada uma com uma história interrompida, uma identidade apagada, um futuro arrancado à força. Apenas 40.000 sobreviveram, as outras 92.000 jamais voltaram para casa. A estrutura de poder dentro do campo era mista. Os homens da SS ocupavam os cargos administrativos e de guarda, enquanto cerca de 150 mulheres, muitas delas voluntárias ou atraídas pelas boas condições de trabalho, atuavam como supervisoras. Era um microcosmo da ideologia nazista e também um centro de formação. Sob o comando sádico de Doroteabins, Ravensbrook se tornou uma verdadeira escola da violência. Ali, mulheres comuns aprendiam a se transformar em máquinas de repressão, técnicas de espancamento, métodos de tortura psicológica, estratégias de dominação. A cada nova turma treinada, mais dor era espalhada pelos campos do Rich. Aproximadamente 3500 guardas femininas passaram por esse processo, levando consigo não só o uniforme, mas o veneno da crueldade institucionalizada. Johanna Borman permaneceu em Ravensbrook por anos, assim como em Lenburg, começou na cozinha controlando rações e punindo com fome. Depois foi transferida para áreas de trabalho forçado, onde a exaustão física era tão letal quanto qualquer arma. Seu desempenho chamou a atenção dos superiores e ela foi promovida a um posto próximo à elite do sistema. Foi enviada para a fazenda de Oswald Poer Groupen Futurer da SS e administrador chefe da rede de campos. Lá, Borman recebeu um companheiro que se tornaria parte inseparável de sua trajetória, um pastor alemão treinado para obedecer com precisão militar e atacar com selvageria. Ela não apenas amava cães, ela os idolatrava por aquilo que exigia das prisioneiras, submissão absoluta. O animal se tornaria uma extensão do próprio sadismo de Johanna Borman, um instrumento de medo que ela manejava com prazer. Chegamos ao dia 1o de setembro de 1939. A Alemanha começa a invasão da Polônia, dando início à Segunda Guerra Mundial. Em poucas semanas, o país é esmagado pela máquina de guerra alemã. Em meio à conquista, os nazistas começam a instalar campos de concentração no território ocupado. Entre eles, um nome que se tornaria sinônimo de extermínio, Auschwitz Birkenal. E para lá seria enviada Johanna Borman, agora mais experiente, mais fria e mais perigosa. O auge do mal, ida para Auschwitz. Johanna Borman cruzou os portões de Auschwitz Birkenal em outubro de 1942. Foi designada a sessão feminina do campo, onde serviria sob as ordens de três figuras que já colecionavam histórias de terror. Maria Mandel, a comandante implacável, Margot Dreschel, fria e calculista, e Irma Gresi, jovem, sádica e absolutamente devotada ao regime. Auschwitz não era apenas mais um campo, era uma engrenagem cuidadosamente projetada para a morte em escala industrial. Os trens chegavam carregados de seres humanos e a seleção era imediata, trabalho forçado ou extermínio. O gásiclombê, os fornos crematórios, os paredões de fuzilamento e as injeções letais formavam uma rotina perversa e eficiente. Cada detalhe fora pensado para maximizar o número de mortos com o mínimo de resistência. Mesmo para os padrões dos campos, Auschwitz desumanizava, transformava vítimas em números e algozes em peças de uma máquina cruel. E Johana Borman, que um dia fora enfermeira e dizia seguir os preceitos da fé católica, rapidamente deixou para trás qualquer sombra de moralidade que ainda carregasse. A atmosfera em Auschwitz corrompia até os mais resistentes. A lógica do campo não permitia neutralidade. Quem não matava obedecia. Quem hesitava caía e Borman, longe de hesitar, adaptou-se com espantosa rapidez e prazer. Foi nesse contexto que seu nome começou a ser murmurado entre as prisioneiras com medo e ódio. Um desses sussurros sobreviveu ao tempo. A sobrevivente Helena Copper diria mais tarde que Johanna Borman era a pessoa mais odiada do campo. Um título nada pequeno em um lugar onde a crueldade era moeda corrente. Hooper jamais esqueceu o primeiro ato de barbárie que testemunhou. Uma prisioneira corria pelas dependências do campo. Ninguém sabia ao certo o motivo. Talvez levasse uma mensagem, talvez fugisse de uma punição certa, mas não chegou longe. Borman a interceptou com a frieza de um predador que já conhecia cada centímetro da presa. Sacou algo do bolso, provavelmente um cacetete, e acertou um golpe violento com a mão direita. A mulher cambaleou. Johana então agarrou seus cabelos e a lançou ao chão com brutalidade. Com a mão esquerda, segurava firme a coleira de seu pastor alemão. O animal rosnava tenso, esperando o comando. Ela não hesitou, soltou o cão. A mordida veio rápida e cruel. As presas rasgaram pele e carne. Gritos de dor atravessaram o campo, mas ninguém ousava se aproximar. Borman assistia em silêncio, com expressão de prazer. O animal se lançou novamente sobre a mulher, de lacerando-a. Um dos seios foi praticamente arrancado. Quando tudo terminou, ela jazia imóvel, desfigurada, coberta de sangue. Um médico foi chamado, mas já não havia mais nada a fazer. Quatro prisioneiras receberam a ordem de carregá-la numa maca até o bloco 25. No campo, todos sabiam o que o bloco 25 significava. Não era um hospital, era a antessala da Câmara de Gás. Ehana Borman ainda estava só começando. O ápice da crueldade. A essa altura, Johana já não era apenas uma supervisora, era um símbolo de autoridade cruel, temida em cada canto de Auschwitz Birkenal. Sua presença bastava para silenciar grupos inteiros de prisioneiras, mas o silêncio não impedia que os horrores fossem testemunha e mais tarde relatados por aquelas que, contra todas as probabilidades, sobreviveram. Uma dessas testemunhas descreveu um crime imperdoável no regime de Borman. Aparentar qualquer resquício de dignidade. Roupas em bom estado, um casaco remendado com zelo, sapatos ainda firmes nos pés, eram sinais de individualidade que precisavam ser esmagados. A punição vinha sem aviso. Borman arrancava as roupas dessas mulheres com fúria, deixando-as nuas diante das outras prisioneiras, expostas ao escárnio e à humilhação. Depois as forçava a realizar exercícios exenuantes sob o sol escaldante do verão ou no gelo cortante do inverno até que caíssem. Quando já não conseguiam mais se mover, exaustas, famintas, congelando ou queimando sob o céu indiferente, Borman desferia golpes com um bastão de madeira ou de borracha. Batiam com brutalidade nas costas, nas pernas, na cabeça. Cada pancada ecoava no pátio como um lembrete do poder absoluto que ela exercia. Mesmo quando o sangue manchava o chão, mesmo quando os ossos já estavam fragilizados e a consciência se apagava, ela continuava a bater e chutava e ria. O nome de Dora Silberg aparece nos registros dos julgamentos do pós-guerra como uma das testemunhas mais impactantes. Ela não apenas sobreviveu, ela lembrou. Lembrou dos nomes, dos rostos, das dores. Dora trabalhava em Auschwitz, ao lado de sua amiga inseparável, Rachela Silberstein, uma jovem judia de 21 anos, natural de Lods. Rachela era inteligente, gentil, cheia de esperança, apesar de tudo. Mas um dia, gravemente doente, mal conseguindo se manter de pé, Rachela, precisou ser carregada até o local de trabalho por outras prisioneiras. Dora tentou fazer o impensável naquele ambiente e interceder por ela. Quando informou a Borman que a amiga não tinha condições de trabalhar, a resposta veio em forma de soco, um golpe seco no rosto que quebrou dois dentes de Dora e a fez cuspir sangue. Ela foi forçada a continuar trabalhando, atordoada pela dor e pelo choque, mas o pior estava por vir. Borman voltou sua atenção para Rachela, que jazia no chão, ofegante, e então, como já fizera tantas vezes, soltou seu cão. O pastor alemão avançou, mordeu com ferocidade a perna da jovem, arrastando-a pelo pátio, até que ela desmaiou de dor. Quando voltou à consciência, 10 minutos depois, Rachela mal conseguia respirar. Sua perna já apresentava sinais de necrose. Foi levada por outras quatro prisioneiras até a enfermaria. Dias depois, Dora recebeu a notícia. Rachela estava morta. Mais uma vida jovem apagada sem motivo. Mais uma história interrompida pela crueldade sem rosto, mas com o nome Johanna Borman. Outro testemunho crucial foi o de Ilka Malachovska, que revelou uma face ainda mais sombria da atuação de Borman, sua participação direta nas seleções para as câmaras de gás. Ilka e sua irmã Ida trabalhavam no mesmo comando de trabalho forçado. Era janeiro de 1943, uma manhã gelada. Antes do início das atividades, as prisioneiras foram enfileiradas para mais uma seleção. Aquele ritual silencioso onde se decidia quem ainda era útil e quem não valia mais o esforço. Borman caminhava entre as mulheres com os olhos duros. De um total de 150 prisioneiras, ela escolheu 50 para a morte. Entre elas estava Aida. Ya, tentou disfarçar o desespero, mas seus olhos encontraram os da irmã. Um último olhar, talvez uma última palavra, nada que impedisse o destino. Ao retornar ao campo naquela noite, Yilka viu os caminhões, mulheres sendo levadas em direção ao crematório. Ida, sua irmã, estava entre elas. Ela nunca mais voltou. As cinzas de Aida se juntaram à de milhares de outras vítimas e Johanna Borman continuava lá escolhendo, batendo, gritando, mandando, transformando Auschwitz em um matadouro feminino operado com zelo e disciplina. Novas transferências. Com o avanço dos aliados e o colapso progressivo da Frente Oriental, os nazistas começaram a reorganizar seus campos de concentração. Mesmo diante da ruína iminente, a máquina de morte não desacelerava, apenas mudava de forma e endereço. Johanna Borman foi transferida para o campo auxiliar de Hindenburg, na Polônia ocupada. Nada mudou em sua conduta. Mesmo com o Rich em desintegração, ela continuava executando ordens com a mesma frieza e aplicando os métodos de punição que aprendera ao longo dos anos. A tortura, o espancamento, o uso do cão arma, tudo seguia como antes. A guerra podia estar se voltando contra da Alemanha, mas Borman ainda tinha poder e fazia questão de usá-lo. Em janeiro de 1945, ela foi enviada de volta a Ravensbrook, o campo onde fora formada para servir ao terror nazista. Mas aquela estadia seria breve. Em março, Borman recebeu sua última designação, Bergen Belsen, um campo que logo entraria para a história como um dos mais degradantes e apocalípticos de todo o holocausto. Ao fim de julho de 1944, Bergen Belsen abrigava cerca de 7300 prisioneiros. Apenas 5 meses depois, em dezembro, esse número havia mais que dobrado 15.000 almas amontoadas em instalações precárias. Em fevereiro de 1945 já eram 22.000 e em abril, quando os britânicos finalmente libertaram o campo, havia mais de 60.000 prisioneiros, em sua maioria à beira da morte. A superlotação era resultado direto da evacuação apressada dos campos mais a leste, enquanto o exército vermelho avançava. A essa altura, Bergen Belsen deixara de ser apenas um campo de concentração. Era um túmulo coletivo a céu aberto. Os alimentos praticamente desapareceram nos últimos meses da guerra. A água potável era escassa, os banheiros insuficientes e as condições sanitárias simplesmente inexistentes. A lama, os dejetos e os cadáveres se acumulavam em todos os setores. Com a fome e o frio vieram as doenças: tifo, tuberculose, desenteria, febre tifoide. Os corpos não eram mais enterrados, eram empilhados. Dezenas de milhares morreram nos primeiros meses de 1945, transformando o campo em algo que muitos sobreviventes descreveriam como o próprio inferno. Nesse cenário de caos absoluto, Borman foi encarregada de uma área que simbolizava cruelmente sua natureza, o chiqueiro entre os setores masculinos. Ela alimentava porcos enquanto mulheres e crianças morriam de fome ao seu redor. A metáfora era grotesca, mas real. Mesmo nos últimos dias da guerra, ela não cessou sua brutalidade. O prisioneiro Dr. Peter Leonard relatou dois episódios ocorridos em março de 1945, poucas semanas antes da libertação. Na primeira vez viu Borman espancar uma jovem com violência por roubar alguns legumes. Provavelmente o último gesto desesperado de alguém tentando sobreviver à fome. Na segunda, ela agrediu com socos outra mulher que teria tentado pegar roupas velhas, talvez apenas buscando se proteger do frio cortante. Macari tentou se afastar, mas ainda viu parte da cena. Borman chutando, esmurrando, gritando, como se a guerra ainda estivesse vencida, como se o Rich ainda fosse eterno. Mas não era. Está achando essa história impactante? 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O chão encharcado de lama e sangue parecia pulsar com os ecos da morte. As câmeras britânicas, registrando tudo, capturaram imagens que marcariam para sempre a memória coletiva do mundo. Corpos esqueléticos empilhados como lenha, crianças morrendo nos braços das mães, sobreviventes que, com olhos vazios e corpos consumidos, pareciam caminhar já do outro lado da vida. Para os soldados britânicos, veteranos endurecidos por anos de combate, nada os havia preparado para aquilo. Homens que enfrentaram bombardeios, trincheiras e tiroteios nas praias da Normandia agora choravam diante da devastação silenciosa de Bergen Bellsen. A guerra, até então feita de tiros e explosões, ganhava ali um novo significado, o da destruição sistemática do ser humano. Em meio a esse inferno, uma cena revelava uma ironia cruel. Johanna Borman, até então responsável pelo setor do chiqueiro, havia alimentado 52 porcos com uma dieta regular de purê de batatas e beterrabas. Esses porcos recebiam mais cuidados, mais comida e mais atenção do que os prisioneiros do campo. Assim que a notícia se espalhou, os sobreviventes em desespero abateram os animais e consumiram a carne. Era a vingança da fome, a resposta daqueles que haviam sido tratados como menos que animais. 17 de abril de 1945. Dois dias após a libertação, Johanna Borman foi presa pelas forças britânicas. Encontraram-na uniforme e ao lado dela, como sempre, estava seu pastor alemão, companheiro silencioso de incontáveis atos de crueldade. Ao receber a ordem para entregar o cão, Borman pareceu genuinamente surpresa. Era como se jamais imaginasse que alguém pudesse lhe negar algo. Talvez fosse a primeira vez na vida em que enfrentava a perda de controle, a negação de um direito que achava ter. O cão foi confiscado, levado pelas autoridades, nunca mais serviria como instrumento de tortura. Nos dias seguintes, os britânicos evacuaram o campo, tentando salvar quem ainda podia ser salvo. Mas para muitos, a ajuda chegara tarde demais. Mais de 13.000 prisioneiros morreram mesmo após a libertação, vencidos pela fome, pelas infecções, pelo tifo, pelo colapso do corpo e da alma. O campo então foi incendiado, os barracões, os alojamentos, os locais de trabalho forçado, todos destruídos para impedir a propagação de doenças. O fogo consumiu madeira, metal, uniformes, mas não apagou a memória do que ali havia acontecido. Durante sua existência, Bergen Belsen foi palco de ao menos 50.000 mortes, um cemitério sem lápides, um símbolo do fim do nazismo e do que o ser humano é capaz de fazer quando se rende ao ódio. Johanna Borman esteve lá, supervisionou, bateu, gritou, mandou matar. Suas mãos estavam cobertas pelo sangue de inocentes, mas agora seu tempo de comando terminava e pela primeira vez ela ouviria ordens que não poderia recusar. A próxima parada seria o tribunal. Julgamento de Belsen. 17 de setembro de 1945. Meses após o fim da guerra, o mundo começava a olhar para os escombros, não apenas com espanto, mas com sede de justiça. Foi nesse contexto que teve início o julgamento de Belsen, um dos primeiros esforços concretos para levar criminosos de guerra nazistas ao banco dos réus. A barbárie nazista, por fim, enfrentaria o veredito da civilização. Entre os acusados estava Johanna Borman, sentada ao lado de outras figuras conhecidas da crueldade feminina nos campos, não mais com seu uniforme da SS, nem acompanhada do fiel cão treinado para matar. Agora, diante de juízes, promotores e sobreviventes, ela era apenas uma mulher acusada de crimes contra a humanidade. O tribunal foi montado em Luneburg, Alemanha, próximo ao campo de Bergen Bellsen. Ali não se julgavam apenas ações individuais, mas o próprio mecanismo de desumanização criado pelo regime nazista. O mundo queria entender, o mundo queria punir. Quando confrontada com os inúmeros depoimentos sobre suas ações em Auschwitz, Ravensbrook e Bergen Belsen, Johanna Borman adotou uma postura que chegou a chocar os juízes veteranos do Tribunal Militar Britânico. Em vez de expressar arrependimento ou sequer desconforto, limitou-se a dizer que não entendia porque havia tantos testemunhos contra ela. Sua estratégia de defesa baseou-se na negação sistemática. Negou cada acusação com frieza, como se os relatos fossem invenções. Disse que jamais havia cometido atos de brutalidade deliberada. Apenas ocasionalmente teria dado tapas no rosto ouvido de prisioneiros que, segundo ela, haviam desobedecido ordens, como se isso fosse normal, como se bastasse. Negou também ter participado das seleções para as câmaras de gás. afirmou nunca ter presenciado nenhuma, o que, se fosse verdade, faria dela a única pessoa em Auschwitz, que não sabia o que acontecia ao seu redor. Quanto ao cão, disse que era apenas um animal de estimação. Disse que nunca o usara como arma, que jamais dera ordens para atacar prisioneiras. Mas as testemunhas diziam outra coisa, com detalhes, com dor, com coragem. Os juízes não acreditaram em uma única palavra. As evidências eram extensas, os testemunhos diretos e profundamente consistentes. Os depoimentos que citamos durante o vídeo não deixaram dúvidas. Cada testemunho era como um tijolo, construindo um retrato frio e meticuloso da verdadeira natureza de Johanna Borman, uma mulher que não apenas participou do sistema nazista, mas que o encarnou em sua forma mais cruel, sem arrependimento, sem remorço, sem humanidade. E logo a sentença viria com o peso da história e com o silêncio dos mortos como testemunha. Sentença e execução. Dia 17 de novembro de 1945, no Tribunal Militar Britânico em Lun, foi finalmente proferida a sentença. Johanna Borman foi condenada à morte por enforcamento. Para os sobreviventes dos campos de concentração, para as famílias destruídas e para o mundo que testemunhava atônito os horrores revelados, foi um momento de alívio e justiça. Uma das criaturas mais cruéis a servir no sistema nazista enfrentaria, enfim, as consequências dos próprios atos. Antes da leitura final, o major Leonard, nomeado para a defesa, ainda tentou um último gesto, pintar Borman como uma mulher solitária, frágil, desesperada, que apenas fazia o que precisava para sobreviver. Mas o tribunal não se comoveu. A sobrevivência não justifica a tortura. O desespero não explica o sadismo e a solidão jamais será desculpa para o assassinato. Johanna Borman foi transferida para a prisão de Hamel, onde aguardaria a execução. Lá, em um prédio frio e silencioso, passaria seus últimos dias. A responsabilidade por cumprir a sentença recaiu sobre Albert Pierre Point, o notório carrasco britânico, conhecido por sua precisão quase clínica ao conduzir execuções. Quando deixou o tribunal, Borman parecia em transe, não apelou da sentença. Talvez soubesse que nenhum argumento poderia apagar o que ela havia feito. Nenhuma mentira podia mais protegê-la. Na prisão foi mantida em uma cela individual próxima ao cadafalso erguido especialmente para os condenados de Belsen. Pierre Poan estudou cuidadosamente seus dados físicos: peso, altura, estrutura corporal para calcular a queda necessária que quebraria seu pescoço de forma instantânea. 13 de dezembro de 1945. Chegou o dia final. Johanna Borman, com 52 anos, caminharia pela última vez. Pierre Point a observou ao atravessar o corredor em direção ao cadafalso. Ela mancava, estava visivelmente debilitada, pesava apenas 45 kg e tinha pouco mais de um pisá de 51 de altura. Subiu na balança tremendo. Suas mãos estavam geladas. O medo que tantas vezes ela infligira a outros agora tomava conta dela. E então, no último instante Borman falou: “Disse apenas F, eu tenho sentimentos. Palavras que ecoaram no silêncio da câmara com uma carga insuportável de hipocrisia. sentimentos da mulher que mandava cães atacar prisioneiras indefesas, da mulher que espancava jovens até que seus corpos desfalecessem, da mulher que apontava sem hesitação quem viveria e quem morreria, falava de sentimentos depois de ter destruído os sentimentos de milhares de outras mulheres, depois de ter reduzido a humanidade de suas vítimas à cinzas sem nome. Às 10:38 da manhã, Johanna Borman foi levada ao cada falso. Como determinava o protocolo, as mulheres seriam executadas antes dos homens. Elizabeth Falkenh e Irma Gres foram as primeiras a morrer. Quando chegou sua vez, um capuz negro cobriu o rosto de Borman. foi conduzida ao X marcado com giz, o ponto final de sua trajetória. Pierre Point apertou o laço. A queda foi de 2,64 m, milimetricamente calculada. O alçapão se abriu e Johanna Borman morreu instantaneamente. Seu corpo foi cremado, suas cinzas dispersas, sem cerimônia, nenhum túmulo, nenhuma flor, nenhuma lembrança. Ela morreu como havia vivido seus últimos anos, sozinha, desprezada e odiada. Mas o verdadeiro legado não está na sua morte, está no eco das vozes que sobreviveram para testemunhar. O terror promovido por Borman não foi um desvio isolado, mas parte consciente de um sistema arquitetado para desumanizar. Ela aceitou o papel que lhe foi dado e ampliou sua crueldade com prazer. Não foi coagida, foi voluntária, foi entusiasta, foi cúmplice ativa do mal. Cada agressão, cada ordem, cada olhar de desprezo direcionado a uma prisioneira, tudo foi uma escolha consciente, a escolha de se tornar um monstro. Mas o tempo, por fim, cobrou seu preço. E então, o que achou do vídeo de hoje? Já conhecia a história de Johanna Borman? Tem alguma sugestão de temas para serem abordados aqui no canal? Deixe nos comentários. Ficaremos felizes em saber suas opiniões. Muito obrigado por assistir até o final. Aproveite para se inscrever no canal, deixar o seu gostei e verificar se o sininho das notificações está ativado. Assim você não perde nenhum dos próximos conteúdos. E não saia daí, tem um vídeo aparecendo na sua tela agora com uma história igualmente impressionante.