ESPECIALISTAS explicam como aconteceu a ESCRAVIDÃO nos ESTADOS UNIDOS
0Você foge disso. A opinião pública começa a mudar. Isso já se via isso na década de 1840, mas fica muito forte na década de 1850. Teve um caso muito famoso que foi o caso Dread Scott. Dread Scott era um escravizado no Missouri. E aí ele com o seu senhor, seu senhor se mudou, se eu não me engano, pro Main, onde não tinha escravidão. Scott, então entendeu? Não, então agora sou me livre. aqui no escravidão, mas se o senhor volta para pro sul, aonde ele volta a ser escravizado, Scott então entra com uma ação judicial, perde, entra no âmbito nacional, perde de novo e apela pra Suprema Corte. E o resultado é que a Suprema Corte escreve que não, um cidadão, uma cidadã não, uma pessoa descendente de africanos, livre ou não, ela não tem os mesmos direitos de uma pessoa branca. Ele não, ele esse cara nem devia est procurando justiça porque ele não é cidadão. Isso foi um revés muito grande no pensamento abolicionista e chocou a comidade dos Estados Unidos. Até hoje é considerado a pior decisão da história do Suprema Corte dos Estados Unidos, que é tu afirmar que um preto é inferior a um branco. Um absurdo gigantesco. E isso aumentou, exacerbou os ânimos da galera na época. Ah, nunca se teve no Sul alguém defendendo que a ideia da da guerra civil era ideia a favor da escravidão. Eles sempre dizam que era o direito dos estados, que quando eles entraram na guerra na para na confeder na nos Estados Unidos, tá dizendo que eles não podiam sair quando eles quisessem, defend esse tipo de coisa. Só que era muito comum o medo do haitianismo. O primeiro país da América independente foi os Estados Unidos. O segundo foi o Haiti. O Haiti era um dos países que mais recebia escravizados na época, na região do Caribe. E lá os escravizados se revoltaram e saíram matando todo mundo. Enforcavam seus senhores, até mesmo brancos que não eram donos de escravos. Os caras não queriam nem saber e tomaram o poder. E esse medo dos escravizados se organizarem e tomarem o poder se espalhou por toda a América, inclusive nos Estados Unidos. Então, o que que o pessoal no sul defendia? Esses abolicionistas no norte, o que eles estão querendo é enforcar a gente, é que os nossos escravizados se reúnam para que venham assassinar todos nós. Nós é que seremos os escravizados. Então, tinha esse esse medo do movimento abolicionista, porque nós temos os próximos. Se não for a gente a escravizar, nós é que temos os escravizados. E tudo isso ficou pior ainda, esse sentimento quando um escravista chamado John Brown, ele junto com uma os filhos dele, mais alguns aliados, invadiram um arsenal de arma nos Estados Unidos, que hoje fica na Virgínia Ocidental, n época o estado da Virgínia, em Harpers Ferry, com a ideia de invadir esse arsenal e distribuir as armas para os escravizados que iam se unir a ele na luta. Era incitar uma revolta e assim iniciar uma uma revolta de escravizado. tomar poder no país. Não deu certo. A execução acabou não sendo boa. Um dos abolicionistas principais da época, Freder Douglas, ele até foi, pô, não faz isso, não vai dar certo, não vai ser bom pro movimento abolicionista. O John Brown seguiu em frente, foi capturado, foi julgado por traição e foi enforcado. E aí o que que aconteceu depois disso? A galera no Sul entendeu: “Ol, a gente tem razão defender a escravidão, porque só que esses caras querem, esses caras querem revolta, esses caras querem baderna”. Então, o movimento abolucionista é, a gente tem que ser contra isso aí mesmo. Então, os nervos foram cada vez mais, decorrer da década de 1850, eh, ficando cada vez mais exacerbados até que chega a eleição de 1860. A eleição de 1860 tinha um partido novo na jogada, que era o partido republicano. O partido republicano ele foi fundado da da divisão de um outro partido. Hoje em dia a gente vê que nos Estados Unidos os principais partidos são partido republicano e partido democrata. Na época era o Democrata e o Zuig. Os wigs se dividiram a respeito da questão da escravidão. Tinha uma galera mais eh que tocava mais nessa fid abolição tem que ser uma pauta nossa. Entre essa galera tava um político do Kentuck chamado Abraham Lincoln. E entre esses que eram considerado abolicionistas radicais, não eram, eles só defendiam a abolição da escravidão. O Linco inclusive nem defendia a abolição, mas sim o controle dela. E essa galera se separou do partido do IG e montou parte republicano. Republicanos ficaram muito conhecidos e o Lincoln se tornou um porta-voz tão famoso dessa desse novo partido que ele foi escolhido para ser o candidato à presidência na eleição de 1860. Ele tinha um discurso que dizia que os Estados Unidos não é uma liberdade. Fingem a má liberdade que vivia na hipocrisia. E nessa eleição o Lincoln ganha. E assim foi uma eleição complicada porque nos estados do Sul em 10 deles nem colocaram o nome do Lincoln a cédula. Ele nem tava, ele não, ele era considerado uma bolista tão radical que não, esse cara nem vai aparecer. No Sul, praticamente ninguém votou no Abraham Helincoln, só que no norte a votação do cara foi muito expressiva. Ele ganhou tanto no colégio eleitoral quanto no número de votos. Sim. Então, o Lincoln foi eleito presidente e a partir do cara ser eleito, aí os políticos do Sul disseram: “Então, a gente chegou a nossa hora.” como nunca foi estabelecido de que a gente não poderia sair da união quando a gente decidiu entrar pros Estados Unidos da América. É hora da gente sair. A Carolina do Norte convocou seus congressistas, os congress do Sul, perdão, Carol do Sul convocou seus congressistas, os congressistas votaram então para deixar a União. E assim que a Cônia do Sul faz isso, Mississippi, Alabama, a a Flórida, no Texas o Sen Houston era contra. Não, gente, a gente não vai deixar os Estados Unidos e formar um novo país. Os estados com Não, vamos fazer isso aí. Fizeram então um congresso estadual, depuseram o S Hston, depois ele veio apoiar os confederados, claro, mas assim, ó, não tem essa. Todos os estados do Sul, sete deles, Carolina do Sul, Georgia, Flórida, Alabama, Mississippi, Luisiana, qual que é o outro? Um outro. Eles decidiram formar então os estados confederados da América. Tencioso. Pode ser, pode ser. E aí no Alabama, na cidade de Montgomery, os caras se reuniram e elegeram um senador do Mississippi, que é o Jefferson Davis, para ser o novo presidente desse país, que é os Estados Confederados da América. E a partir então inicia um movimento de expulsão de tropas dos Estados Unidos da América, que é outro país de nosso território, que agora não é mais território dos caras. O que que essas tropas estão fazendo aqui? O vasa foi então a a cisão, momento de separação, quando esses estados decidem que agora eles vão ser um país independente, os estados confederados da América. Quem esse cara aí? Romer? Esse daí é o Sam Hilston. Ah, tá. É, esse cara aí é um dos fundadores do Texas. Ele, ele e o Austin são os principais políticos da época, né? O S Hston, em determinado momento, ele veio a apoiar os confederados, mas no início ele se mostrou oposto, gente. A gente tem que permanecer junto com os Estados Unidos. E o cara foi deposto por defender essa ideia. Ah, o Paulo não começou a tourar de imediato, né? O Lincoln quando ele porque ele foi eleito em novembro, se eu não me engano, ele ia assumir em março e o presidente James Bukenon fica naquele momento assim: “Pô, eu tô doido para largar essa presidência, essa tensão estão crescendo, guerra civil vai começar”. O cara não queria se incomodar. Teve alguns arranjos políticos que tentaram ainda dar um controle da escravidão assim para de modo a tentar agradar os estados do Sul para que eles não deixassem a união. Não teve jeito. Lincoln chegou em Washington de trem, não teve uma grande chegada como ele queria ter feito. Veio disfarçado inclusive com o receio de que o cara já, pô, tacassem pedra nele e tudo mais. E assim que ele chegou, ele direcionou um discurso para os estados do Sul, dizendo: “Ó, a gente não é inimigo, nós somos amigos, tentando apaziguar toda a questão para que a guerra civil não acontecesse.” Só que em abril, no Fort Center, na Carolina do Sul, tropas confederadas, porque veja bem, porque tropas confeder, o cara já tinha um exército desde o Bleeding Kansas, quando teve toda aquela guerra civil no Kansas para ter uma maioria escravista, uma maioria livre, milícias favoráveis à escravidão já começaram a ser montadas. Então, já tinham fazendeiros que armavam ali os seus cupinchas e essas milícias acabaram dando origem ao que seria o exército confederado. Então, já tinha uma galera defensora da secessão, da separação, a guerra-americana chamada guerra de secessão, guerra da separação, que desde muito antes da guerra já defendiam de que o que deve acontecer é uma separação dos estados do sul, dos estados do norte. Então quando essa galera armada chega no Fortuner, pede não educadamente, mas de que se retirem dali as tropas dos Estados Unidos. Os caras se negam a sair e o forte é bombardeado. A partir do momento que o forte é bombardeado, se entende que então a guerra de fato começou com um ataque do Sul. E o Abraham Lincoln, então, ele convoca eh 75.000 homens para que venham atuar nessa guerra contra o sul por 90 dias, porque ambos os lados acharam que ia ser uma guerra rápida. Esse é o Fort Center. Isso é, eu vou pegar uma imagem melhor. Não, mas tranquilo. Na Carolana do Sul tem até imagens da época que mostram o ataque a Fortuner que o pessoal fez assim. Então, se o ataque ao Fortuner é o que dá início de fato à guerra civil, né, onde se inicia. O Lincoln faz um chamado, conclama 75.000 pessoas para atuar por 90 dias, vai ser uma guerra rápida. E a galera atende em massa esse pedido. Por quê? Porque se entendeu que, pô, o Sul iniciou essa agressão, então é o momento de que a gente vai resolver as coisas. 90 dias é mais do que suficiente e a vida vai seguir depois. Mostrando aí o contrário do que do que se imaginava. O ataque a força não foi uma grande batalha, mas foi o primeiro movimento armado de tropas do Sul contra tropas da União. Então é considerado o momento em que de fato começa a guerra civil. Teve um deputado republicano na época que disse o seguinte, que o Sul tinha saído, tinha ia tomar dois drinks e depois ia voltar pr pra União, né? Ele subestimou o a resistência etílica aí do dos confederados, né? Então tem essa essa questão deles achavam que a guerra era muito curta. Mas só retomando, acho que um um ponto que o que o Víor comentou, né, da questão do do Frederique Douglas, acho que esse é um personagem que a gente conhece muito pouco no Brasil. Não sei se é vocês já eh e que vai para Nova Yorca, né, sabe que lá as ruas são numeradas, né, as ruas tem número e tal e as avenidas também, né, tem do um a 9, né, 10. Então tem uma da Só que quando chega no Harlem, algumas ruas tm nome, né? Então, a principal ali que é a 125 é a rua Martin Luther King. E tem a, se não me engano, a avenida, a sexta avenida ela é a Frederick Douglas. Ele é um dos principais afro-americanos da história, Frederick Douglas. E ele é um tem uma história de vida fantástica, né? Ele foi, ele era escravizado, ele tinha sido escravizado, ele era filho de uma, de uma mãe, mãe escrava com um pai que era o senhor, né? Então, ele nasce escravizado, ele eh aprende a ler pela própria esposa do senhor dele, ensinou ensinou ele a ler. Eh, e aí ele ele foge, né? Inclusive ele tem a biografia dele, hoje em dia se encontra em português, um livro fantástico assim da biografia dele, contando a história de vida dele. E ele fala, né, que eh esse braço, essa cabeça, eu roubei do meu senhor, né? Eu roubei meu próprio corpo do meu Senhor. Ele é um sujeito que escrevia muito bem, muito eloquente, muito assim, ele escreveu sobre tudo também, né, do século XIX no nos Estados Unidos. É fantástico. E ele vai justamente fundar um jornal, né? Ele vai fundar um jornal que chama North North Star, né, Estrela Estrela do Norte. E esse jornal ele é muito representativo do que eles comentaram, dessa questão da opinião pública da época. porque ele juntava tanto essa questão da da abolição com a questão também eh do sufrágio feminino que aparecia e tava já junto com isso, como o talvez o grande impulsionador da opinião pública dessa época, que vai ser o chamado segundo grande despertar, né, que é um novo movimento religioso que tem na época, que vai incentivar muito à leitura da Bíblia, vai incentivar muito a atuação política e e vai incentivar muito essa reforma social. Vai ter vários sentidos, né? Tem vai gerar vários vários reformadores, entre eles esses abolicionistas mais radicais. Então, eh, e eles vão ter um espaço na na na opinião pública do do norte muito grande e eles vão incentivar, né, a partir desse abolicionismo radical aí que que vai incentivar aí a a o fim da escravidão eh instantâneo, né? E o John Brown é justamente isso, né? Ele era um um homem muito religioso, né? Assim como o o Frederic Douglas, né? Como o Lord Garson que eu comentei. Então, tinha esse esse evolucionismo que era muito religioso, né? no século XIX, que achava que eh Jesus iria voltar e que eh você tinha que estirpar os pecados do mundo paraa volta de Jesus. E o e um pecado que tava se batendo sobre os Estados Unidos era escravidão, né? Então era preciso a abolir a escravidão quanto antes, né? Para eh para tornar o mundo mais puro pra volta de de Jesus. Então tinha esse esse sentido muito religioso e isso eh realmente eh levou muita gente a aderir fortemente ali o abolicionismo nesse momento. E o Frederick Douglas é é um exemplo disso também, de uma coisa que tem nos Estados Unidos, que a gente tem nos Estados Unidos, uma coisa que muitos historiadores invergem aqui no Brasil, que a gente tem esses relatos de vários escravizados que foram que viveram a escravidão e contam a história da escravidão, né? E contam e eles foram muito incentivados a narrar isso no norte justamente para para criar essa opinião pública evolucionista. Então tem o Frederick Douglas, tem o texto que depois virou o filme, né, Os 12 anos de escravidão, que é um um sujeito que foi preso no norte dos Estados Unidos. Solomonta. É que que é isso? Esse daí é um trecho do North Star, né, o newspaper que ele falou. Ah, tá. Você conseguir achar a foto e imagem do do Fredck Douglas, tem uma coisa curiosa que ele é o ele é o homem mais fotografado nos Estados Unidos no século XIX. Nossa. E ele é um homem negro que é o homem mais fotografado. Por que que ele fazia isso? Ele fazia isso intencionalmente, porque ele tava justamente querendo construir essa imagem digna do negro, né, em oposição aquela imagem negativa, aquela imagem depreciativa que tinham nos minsty shows, né, aqueles shows de Vodeville que tinha de que pintava o rosto de negro, né, que chama o Black Face, que era uma coisa muito popular nos Estados Unidos inteiros, inclusive no norte, né? O norte não não era, é, tinha tinha muito, o norte era muito racista também, né? A gente não pode esquecer isso. E aí uma das imagens, ele acho que tem mais de 160 fotos dele no século XIX, era um dos homens mais fotografados ele fazia e todo lugar que ele ia, ele se se deixava fotografar. de uma forma com boas roupas, né, de uma forma digna assim para para criar essa imagem de um de um de um homem negro diferente, né? Ele queria projetar essa outra outra ideia e ele se correspondeu com Aber Lincoln, eh tentou eh eh defendeu a ideia da entrada dos negros na guerra. Ele foi um sujeito muito importante ali no século XIX, é considerado um dos principais nomes do afro-americanos. A gente conhece muito pouco. No Brasil, nos Estados Unidos, ele é esse grande herói que inclusive o nome de uma avenida em Nova York ganhou o nome dele, né?