‘Estrada Real’: maior rota turística do país passa por três estados e tem até passaporte próprio
1Uma estrada que corta três estados e quem faz essa rota turística, acreditem, usa até passaporte. O Domingo Espetacular foi a Minas Gerais para conhecer esse caminho que conta parte da história do Brasil. [Música] Essa estradinha que corta montanhas com belas paisagens é a mais antiga do Brasil. Um percurso ainda com mata fechada. rios, cachoeiras e uma baita curiosidade que quase ninguém sabe que existe. Quem diria que no Brasil tem viagem com passaporte, né? Ô, e vou te falar, um passaporte muito mais legal que o outro, viu? Quando a gente fala em passaporte, a gente logo imagina uma viagem internacional. Mas o que pouca gente sabe é que aqui no Brasil existe uma viagem com passaporte. É a estrada real, a maior rota turística do país que você vai conhecer agora. [Música] Com 1630 km, a estrada real passa por quase 200 cidades de três estados: Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. O percurso pode ser feito de moto, de bicicleta ou de carro. Tem trechos de asfalto, mas a maioria é terra. Uma bela mistura de presente e passado. A estrada real é o caminho primitivo que após a descoberta do ouro, a coroa portuguesa criou esse caminho oficial para escoar, retirar todas as riquezas que saíam de Minas Gerais e chegar até o Rio de Janeiro. Ao longo desse caminho de mais de 16 km, você vai encontrar populações primitivas preservando o seu patrimônio, a sua história, a sua gastronomia e o seu jeito de ser. São quatro opções de roteiro, sempre tendo a região de Ouro Preto como ponto de chegada ou de partida. Tem a rota que leva a Parati ou a Petrópolis no Rio de Janeiro, a Diamantina em Minas Gerais e o caminho do Sabarabuçu, que une as comunidades mineiras de Cocais e Glura. Por onde passa, o visitante pode registrar a visita. É só apresentar o passaporte próprio da estrada real. Ele é bem parecido com o documento oficial. A diferença é que não é obrigatório. Pode ser solicitado pela internet, um para cada CPF, e foi criado para estimular o turismo. Turismo é uma forma de você mostrar e trazer a pessoa. Eu acho que é a forma mais fácil de trazer a riqueza pra cidade, né? Que a pessoa vem de fora e e deixam conhecendo a cidade, ela fortalece toda a cadeia, né? Desde da alimentação, restaurante, hotéis. É para você conseguir documentar, para tentar materializar junto com os marcos um pouquinho da estrada real, você levar essa história para para sua casa, você querer conhecer todos os pontos, passar aí chega para bater o carimbo, bater um papo com a pessoa, falar um pouquinho da história local. Eu acho que esse bate-papo, esse contador de história, é fantástico, né? Esse passaporte aqui, quem consegue completar é é super bacana. A gente viaja muito e eu falo que lá fora perde muito pro Brasil, viu? A gente tem tanta beleza natural, tanta história, tanta riqueza culinária de Minas. Ó, dá show em qualquer lugar do mundo. Ao longo do percurso, existem 165 pontos de apoio ao turista, como este aqui. O procedimento é rápido e simples. Oi, como vai? Tudo bem? Basta apresentar o passaporte. Para ter o carimbo. Cada cidade, muito obrigado, tem uma lista de acesso dos visitantes. Até agora são cerca de 28.000. Os carimbos homenageiam as riquezas do local visitado, como os casarões centenários, que preservam uma tradição, as janelas e seus detalhes que a maioria dos visitantes desconhecem. Tem vários formatos, tá vendo aqui? Olha, tem de arco abatido, são vários formatos. E esses formatos muitas vezes determina uma região. Então, por exemplo, Parati tem determinados tipos de janela. Aqui em Minas outros outros tipos. E qual as características locais, né? Por exemplo, a jabuticaba de Sabará. Isso aqui, ó. Janelinhas típicas com a jabut cabeira. Ou seja, qual que é a ideia das bordadeiras, né? que que se vê através das janelas mineiras, né, que é o pé de jabuticaba, que é o casaril, né, casaril com igrejinhas. Pro turista não se perder na imensidão dessas planícies, foram construídos 1896 marcos com as referências do percurso. Os marcos são de concreto, ficam no meio da paisagem e todos têm um mapa com o caminho escolhido, além de indicar onde está a estrada real. Este aqui, por exemplo, mostra que a estrada está aqui do lado direito. Já ali na frente, na bifurcação, o turista deve pegar o lado esquerdo. Quem consegue completar cada um dos quatro caminhos da estrada real ganha um certificado. Jefferson faz questão de deixar o dele exposto na oficina onde trabalha. Em dois dias, o técnico em eletrônica percorreu de moto o caminho do Sabarabu Sul. Eu descobri o Sabar do Sul, que que é a menor rota que tem atualmente, são 160 km. decidi começar por ela que além de ser uma conquista pessoal, eu acho que vai me engrandeceu como um com experiência com a moto. Você conhece indo lá, conversando com o pessoal da cidade. Uhum. Eh, descobrindo a história no local, na cidade. Uma estrada cheia de belezas naturais, história e aventura. E quem diria com direito ao passaporte carimbado.







