EU PRENDI O ASSASSINO DO MEU PAI! QUAL É A SENSAÇÃO DE JUSTIÇA CUMPRIDA?
0finalmente fazer justiça pelo pai leandro tá feliz que agora que teve o julgamento agora esses há poucos dias ah eu tô feliz graças a Deus deu deu tudo certo né eh foi tudo dentro do do que a gente esperava imaginava o que aconteceria também né eh e agora realmente sai aquele peso né de injustiça e a gente começa eh a mudar o foco né eu fico eu fiquei mais leve na verdade realmente ao fechar de caixão você vê o julgamento do assassino do seu pai depois de anos anos anos de espera é o fechado o caixão de fato ah com certeza né porque eh a morte ela marca muito a vida da gente né eh o nascimento é uma data que a gente se recorda pro resto da nossa vida né um momentos felizes né e a morte ela também é uma data que eh a a as nossas famílias elas costumam relembrar né e quando é uma morte violenta a gente eh sente aquela impunidade por não encontrar o assassino tudo então na data da morte é um sofrimento a mais e quando você agora no caso consegue solucionar tudo consegue eh saber que a justiça foi feita então é é um sentimento que a gente ainda não experimentou né nesses 14 anos né é um sentimento assim de alívio de realmente saber que o nosso papel foi feito eh independente do tamanho da tragédia que foi né perder meu pai e tudo mas pelo menos a gente sabe que a nossa parte foi feita eh tudo deu certo e que agora finalmente a gente vai conseguir né viver nossa vida da melhor forma possível você esperou durante você era um menino você hoje é um homem você era um rapaz que perdi o pai hoje você é pai então sua vida inteira eh foi em função desse momento desse dia que quase aconteceu um pouquinho um pouquinho antes daí foi julgado de novo aqui para maio de 2024 mas naquele dia que você sentou e viu que o julgamento acontecer foi ali a primeira vez que você viu o Cícero o autor do seu pai foi até então eu não tive esse contato com ele eh para mim assim foi um momento difícil porque foi o responsável pela morte do meu pai né então eh o que eu mais queria mesmo era olhar na no olho dele mesmo e e saber da boca dele porque ele tinha feito tudo isso né você cruzou o olhar com ele cruzei ele no júri há mais ou menos uns umas 8 horas de júri ele tentou olhar para mim duas vezes só e você olhou você fixou olhar nele aham eu fiquei basticamente o juro inteiro olhando para ele foi bem assim complicado porque eu queria esse contato com ele sabe de olhar na no olho dele mas é até isso ele não teve coragem né ele sabe que ele só tá sentado no foi que ele só esteve sentado no banco dos réus e está eh eh condenado por sua causa sabe porque eh os advogados falaram a todo momento né no júri que na verdade quem fez o papel da polícia quem prendeu ele foi o eh igual eles falam né um civil qualquer né foi um civil qualquer que prendeu eles não foi um filho não foi foi um civil qualquer né no sentido de querer desqualificar no sentido de querer fazer que a gente se manifeste né porque uma manifestação no júrio a gente acaba sendo expulso né então a todo momento eles tentaram fazer esses jogo baixo de querer ficar atacando todo mundo para tentar uma eh alguém ser expulso tudo até quem sabe anular o júri né os advogados dele tentaram desqualificar o seu trabalho a sua luta isso e todo mundo mas principalmente a sua que você que ficou todos esses anos em busca até encontrar até ir até avisar até pedir pra polícia até ele tentou eles eles tiraram de você essa esse esse lado heróico tentaram eh tentaram né eh cheg a promotora eh ela tentou eh tentou não né ela passou um vídeo eh do Domingo Espetacular mostrando toda a a nossa luta a nossa batalha né e e isso acabou que impactou o júrio né porque realmente eles viram que não era um civil qualquer era a luta de um filho né por justiça né e e nessa nesse momento que ela mostrou e a reportagem ela conta né todos os detalhes né como que eu fiz para conseguir alcançar eh eh chegar nele conseguir lograr êxito e empreender ele e uma coisa que chamou muita atenção é que foi acho que um dos único momento que ele realmente ele ergueu a cabeça para escutar a história mas ele não fixou olhar em nada ele só ergueu a cabeça para ele escutar a história e parecia até que ele tava falando assim com ele mesmo sabe tentando entender a narrativa da história para entender como que ele foi preso entendeu porque até então nesses nesse tempo todo ele não teve contato com os vídeos então ele foi o primeiro contato que ele teve assim sabendo realmente a a verdade de como que ele foi preso entendeu então ele ele ergueu um pouco a cabeça para ele conseguir escutar melhor porque eh a promotora ela colocou uma câmera é uma uma TV mas ela colocou de frente pros jurados então o áudio não chegava assim tão limpo para ele né hum então ele teve que se esforçar um pouco para poder eh escutar tudo e aí a os advogados eles tentaram eh desqualificar todo mundo eh polícia era preguiçosa o Ministério Público era preguiçoso o juiz era preguiçoso eh não acharam ele esse tempo todo porque ficavam dando eh o processo na mão do estagiário para ficar fazendo eh pesquisa eh eles ficaram fazendo essas baixarias sabe falando que falaram até inclusive da do seu canal falaram que tem muita eh reportagem tem eh tem documentário parte 1 2 3 4 5 falando que tipo assim eu me aproveitei da história e eu não fiz a justiça pelo meu pai eu fiz a justiça no sentido de querer mídia de querer exposição sabe então eles tentaram tudo isso não e a sua história é grande suficiente para ter parte três quatro cinco seis todas as partes que forem ah o que que ele fala o que que o Cícero diz ele deu um depoimento ele falou ou ele ficou calado então eh o Cícero ele ele foi instruído no processo e muito mal instruído porque eh ele não tinha defesa em si sabe que comprovasse que ele não tava na cidade tudo ele só tinha uma narrativa muito fraca criado por um advogado e ele sustentou essa narrativa até o final eh que narrativa o que que ele falava ele falava que ele não dia 25 de dezembro né que eu comentei lá que no caso ele tentou agredir meu pai pela primeira vez que derrubou meu pai da moto tudo ele falou que naquele dia ele pegou ligou pra mãe dele e falou que tinha separado da Simone e que tinha visto o meu pai dis que na casa dele beijando a Simone e ele separou dela sem brigar sem nada e e ele pegou e falou que foi para Aracaju e depois que ele foi para Aracaju ele falou que nunca mais voltou aí ele falou que chegando em Aracaju lá ele arrumou um serviço e tava sem registro na carteira a fiscalização bateu e falou que ele tinha que ter um registro na carteira e foi aí que ele resolveu ir no exército tirar uma reservista só que a reservista que ele tirou foi dois meses após o homicídio e essa essa reservista que ele tirou ela ele teve orientação de advogado porque na época que ele matou meu pai ele tava sendo instruído por um advogado a se entregar então ele tentou criar esse álibe para lá na frente falar: “Não eu não tô” mas ele não tirou a reservista antes do homicídio ele tirou ele só comprovou na verdade que ele tava fugindo sim e aí ele tentou manter essa história que aí no caso ele tirou a reservista para poder eh para poder arrumar um serviço de carteira registrada tudo só que o engraçado que ele correu atrás da reservista em 2010 porque ele queria porque precisava precisava ser registrado e ele foi registrado só em 2014 então ele criou esse essa história aí de que precisava da reservista para ser registrado e foi registrado só em 2014 na empresa que a mulher dele criou para ele então a mulher dele registrou ele como funcionário entendeu só em 2014 então assim era uma história muito fraca muito fraca sabe e eu assim eu até acreditava que os advogados iam eh instruir ele no no sentido dele confessar porque você ser um ré confesso você sabe que eh tem uma diminuição de pena tem tudo isso ele pode até tirar alguns agravantes do processo dependendo da narrativa dele mas ele não teve coragem disso também eh foi muito mal instruído pelos advogados a não a insistir né nessa história e ou seja ele diz só uma coisa só tenho que lembrar sempre que qualquer pessoa citada pode pedir eh para ser entrevistado é [email protected] se os advogados do Cícero quiserem trazer a sua versão também eu entrevisto a todos eh ou seja ele nega que matou seu pai o Cícero nega que matou o seu pai e tentou matar Simone sim eh na na audiência lá mesmo ele assim ele só fala que ele não tava na cidade eh em nenhum momento ele falou que ele era inocente em nenhum momento ele falou que ele não tava na cidade ele só fala que na cidade e na que ele não tava na cidade ele falou sim mas assim ele ele nega que eh que ele realmente efetuou o disparo ele nega que da boca dele na verdade não sai que ele é inocente sabe e eu acho assim quando a pessoa realmente é inocente ela vai lá ela aceita responder pergunta do Ministério Público do juiz tirar dúvida de todo mundo né eh tenta pelo menos conversar com os jurados né explicar a situação tudo mas nem isso ele fez ele ficou só a todo momento tentando responder perguntas dos advogados em cima de uma narrativa muito muito mal contada sabe sim você deu você deu depoimento não não precisou a Simone é uma segunda vítima eh que é a a vamos dizer a a que traz o o verbo da ação por conta de ela ter namorado Cícero e seu pai seria esse o que que ela fala ela dá o depoimento ela reconhece o Cícero como tem sido a pessoa que atirou nela naquele dia sim ela ela fala tudo certinho né tem eh igual a promotora até comentou no júri eh ela foi ouvida se eu não me engano cinco vezes dentro do processo e nas cinco vezes ela sempre conta a a mesma história a mesma narrativa eh a promotora até ressaltou isso né no sentido assim de como ela é uma vítima como ela sofreu tudo isso é algo que marca a vida dela então ela lembra com com detalhes porque ela foi a vítima do caso ela que sofreu toda a consequência então é é fresca na memória dela porque a todo momento ela se ela ela sentia que a qualquer momento ela poderia morrer então ela guardou esse medo esse receio guardou toda a história na mente dela é a mesma coisa comigo também eh como eu perdi meu pai nesse tempo todo a história para mim é é como se fosse recente a gente não esquece é um trauma muito forte e e ela narra tudo certinho que ela tava na praça no no na lanchonete lá com com as amigas dela e quando ela entrou na na lanchonete ela acabou encontrando com meu pai e meu pai tava com os amigos dele e na sequência o Cícero chegou começou a a a briga de capacete separaram tudo e que aí no caso finalizou com com os tiros na porta da delegacia né e aí ela conta a história tudo certinho não inventa nada é sempre a mesma narrativa bem firme bem consistente e ela no e ele nega ele olha para ela ele continua negando tudo ele para ele não fez nada não eh na hora assim da das testemunhas ele ele teve que se retirar né eu acho que foi até um pedido da Simone né para para não poder assim ver ele né pelo trauma tudo né entendi quais outras testemunhas que tiveram ele colocou uma irmã dele e uma Então a irmã dele na verdade ela foi lá falar que eh dia 25 de dezembro ela recebeu uma ligação do irmão falando que ele precisava é de 2010 né tudo isso é do 25 de dezembro de 2010 é aí ela falou que eh que em dezembro né no dia 25 ela recebeu uma ligação do Cer falando que que ele precisava voltar embora tudo contando que a Simone tinha se beijado com meu pai na dentro da casa dele tudo né que é mais uma mentira ainda mais por ser Natal né quem que ele mora com o irmão como que o meu pai vai entrar na casa do irmão dele na sala para beijar a namorada nem namorada dele era na na verdade né já tava praticamente para separar né então ela fala que eh ele ligou falando que ele precisava ir embora tudo aí ela falou que ele também eh contou a mesma história que que ele contou também que ele tava trabalhando sem carteira aí teve que tirar uma reservista e aí quando a promotora perguntou para ela se ela ah ela falou que o na família deles eles têm 18 irmãos e e esses 18 irmãos dois são chamados Cícero então ela quis falar que tipo assim eles têm dois Cíceros na família na na intenção de confundir aí a promotora até perguntou para ela pro advogado né assim você tem dois Cícero por que que vocês não apresentaram nenhum documento até hoje agora que vocês estão querendo contar essa história velho e o cara quer dizer o quê que pode ter sido o outro Cícero não esse Cícero é é mas esse outro Cícero mora onde lá no Júri oi tava sentado lá no Ele tava lá no júri tava sentado lá na na plateia assistindo então podia ser ele não o outro prende o outro é mas não entendi é então eh é e o cara deu entrevista na TV tudo lá é nossa é muito eh eh assim chega chega a ser uma quase que um show de horror sabe é uma comédia assim sabe a defesa deles o irmão do Cícero tentou falar com você alguém da família do Cícero não não eh dentro do fórum eu até fiquei escoltado né eh até para ir no banheiro tinha tinha gente comigo porque eh a gente tava evitando esse contato né a gente não sabia é é o que poderia acontecer né e aí teve a irmã dele como testemunha qual outra mais teve uma uma mulher lá que é como se fosse eh cunhada dele mais ou menos é conhecida dele lá em Curitiba aí ela conheceu ele em 2014 e ela relatou que ele era um bom pai que ele trabalhava muito que ele ficava muito tempo fora de casa e que nas festas de final de ano ele geralmente ele tava dormindo aí a promotora só fez uma pergunta para ela eh se ele era um bom pai se ela tinha se ela tinha ideia porque que ele não tinha registrado o próprio filho né e aí ela não soube não soube responder e ele não registra porque ele era procurado pela justiça é isso então ele ele alega que ele não registrou porque eh lá no Nordeste não é comum o pai registrar o filho assim quando nasce ele falou que é questão assim digamos que cultural do Nordeste o pai não registrar o filho logo quando nasce demoram um certo tempo foi essa a desculpa dele eu nunca ouvi falar disso você tivesse assistindo a entrevista e for do Nordeste me conta isso é verdade escreve aqui no comentário me diz se isso é verdade se é cultural eu nunca ouvi falar isso mas a gente tá sempre aberto a a descobrir coisas né é aí ele alegou também que um dos motivos dele não registrar o filho logo quando ele nasceu é que ele trabalhava muito ele ficava muito tempo fora da fora de casa eh questão assim de 15 30 dias ele ficava fora de casa e e erapoca de COVID também e aí no caso ele ficou com medo de levar o filho no cartório por causa do covid e tudo mas é igual a promotora falou né hoje em dia você não precisa levar seu filho no cartório para registrar né eh da mesma forma que a mãe consegue registrar até sem levar o filho o pai depois poderia aparecer lá posteriormente e registrar o filho também né ele fez ele fez uma procuração registrou em cartório um documento falando que ele era pai da da criança como que ele não registra uma um documento que ele é pai da criança e não vai lá no cartório fazer um registrar tudo certinho ah tá foram 8 horas de júri teve um momento em que os jurados foram eh conversar para ver o que que eles decidiam nesse momento deu medo de eles acreditarem no Cícero não na não que vocês mostravam como verdade não porque eh o próprio advogado dele eh quando depois da da parte de interrogatório eh tanto o promotor quanto os advogados eles têm dois momentos né para para se defender né aí e tem direito à réplica né no caso né e direito à réplica a promotora ele na ele ele ele atacou né falou que foi um serviço de de preguiçoso tudo falou que eu não fiz nada por pelo meu pai que eu fiz tudo por interesse e tudo isso e e aí no caso eh a promotora veio rebateu tudo isso na réplica dela e a última a última o último momento de fala é deles nesse último momento de fala eles tinham mais ou menos 60 minutos para falar e ele encerrou a fala dele com 14 minutos porque ele viu que não tinha mais o que fazer eh nesses 14 minuto praticamente ele mais agradeceu e encerrou então a gente já foi ciente já que a condenação realmente eh seria eh de fato concretizada né a gente só não tinha uma noção exata assim eh da da pena em si né eh como que seria tudo isso mas a gente foi bem tranquilo bem confiante mesmo para esse intervalo quando chegaram jurados e leram a sentença que sentença que foi que ele era culpado sim aí eh pelo homicídio do meu pai eles aceitaram as qualificações né eh motivo torp tudo isso eh e aí o do meu pai ele pegou 16 anos pelo homicídio do meu pai eh por parte da Simone ele também foi condenado a 16 anos então somando tudo daria 32 porém teve uma redução lá por talvez eu acho que por ele ser ré primário ou algo assim eu não cheguei a prestar muita atenção porque na hora a gente fica nervoso né claro lógico é aí eu sei que teve uma redução de 8 anos aí no caso ele pegou 16 do meu pai mais oito da oito da Simone ficou com 24 no total que que você achou da pena ah eu igual eu conversei lá no fórum eh independente se ele fosse condenado a 5 10 15 20 30 anos eh nenhum dos dois lados sairia vencedor né eh eu nunca mais vou ter meu pai eh e é como se pouco o jogo né é como se a família dele a partir desse momento começasse a sofrer um um não é sofrer né mas começasse a sentir um pouco eh a como é você não ter um parente em casa né eh sentir um pouco esse lado que a gente sentiu nesses todos esses anos né eu acho que a condenação em si ela ela não traz uma assim uma paz pra gente referente a números né a gente sabe que a nossa nossa lei infelizmente é muito fraca daqui a 4 5 anos ele já começa a ter saidinha começa a ir pra rua mas eh o que dá alívio para pra gente é saber que independente se ele vai ficar 5 7 10 anos preso eh o nosso papel como o meu papel no caso como filho eh todo mundo que se envolveu a a gente conseguiu fazer a justiça né eu acho que eh esses 24 anos acho que é justo eh não é uma pena assim eh muito alta aquela pena extravagante assim né que que chama atenção eh que eles poderiam até contestar né falando que pegou uma pena alta porque foi um caso que deu repercussão tudo então foi um meio termo ninguém saiu vencedor né foi uma pena justa uma pena bem bem aplicada m







