EUA ESTÁ À BEIRA DA RECESSÃO? O VÍDEO MAIS IMPORTANTE DO ANO | BRUNO MUSA
0Os bondos acumulam o maior prejuízo da história nos Estados Unidos. Será que eles estão brincando com fogo? Estão de fato à beira da recessão? Vamos entender os números, mostrar os fatos e que cada um chegue à sua própria conclusão. Mas, óbvio, não precisamos falar duas vezes os motivos pelos quais se a recessão vier por lá e ela for realmente intensa, como isso afeta não apenas o Brasil, mas o mundo todo. Isso carrega oportunidades, mas exige atenção. Vamos entender todos os dados. O objetivo desse canal é fazer com que cada vez mais pessoas possam ter diferentes dados, refletir a respeito e ter uma opinião mais crítica. Afinal de contas, somos nós quem pagamos por ações dos políticos de qualquer espectro, em qualquer parte do mundo. Eles fazem e nós pagamos com o nosso dinheiro e muitas vezes com a nossa perda do poder de compra. Por isso, a ideia é que cada um venha refletir e dessa forma, se isso te ajuda, por favor, compartilhe o vídeo, se inscreva no canal e ative o sininho. Isso ajuda que o YouTube distribua esse conteúdo. Portanto, vamos então aos fatos. É claro que já falei em vários outros vídeos e comento diariamente no três em um na Jovem Pan, das 4 às 6 que fico ao vivo em rádio, televisão e internet que o grande foco de Donald Trump com as tarifas é uma mudança geopolítica e monetária do mundo. Já expliquei por diversas vezes que eu entendo demais o problema, mas eu não concordo com a forma como essas tarifas são impostas, mas entendo que precisa ser feito alguma coisa. E a forma como Trump tem lidado com a geopolítica, confesso que me agrada bastante em certo ponto. Pois bem, dito isso, que eu não me aprofundarei aqui nesse vídeo, uma vez que já está disponível em vários outros, a ideia nesse vídeo, especificamente é falarmos os dados econômicos e como não apenas os Estados Unidos, mas o mundo todo se encontra em um abismo pela dívida, em que bancos centrais vieram imprimindo dinheiro, aumentando a sua dívida. para financiar um déficit estrutural em vários países, na Europa, nos Estados Unidos, no Brasil, a exceção dos últimos do anos da pandemia, enfim, países gastam mais do que arrecadam, precisam emitir dívida. Portanto, isso é uma impressão de dinheiro, mais dinheiro disponível na economia, o dinheiro aumenta a sua oferta. Sem a correspondente demanda, o valor dele cai. O valor do dinheiro caindo significa inflação, que basicamente nós vivemos isso pós pandemia, que foi a maior inflação nos países desenvolvidos nos últimos 40 anos. E nos Estados Unidos não é diferente. A dívida ultrapassou 36 trilhões de dólares. Muitos já dizem que ela é praticamente impagável. E quando você chega nesse nível, o que nós vemos é um ajuste pela própria inflação, onde uma dívida basicamente de 1 milhão de dólares, digamos assim, hoje vale mais do que uma dívida de 1 milhão de dólares daqui 10 anos. Os governos inflacionam a própria moeda e, portanto, isso beneficia a eles, uma vez que a relação dívida sobre o PIB do país acaba diminuindo. Mas enfim, isso também já foi explicado em outros vídeos. Inclusive a Alemanha, o carro chefe da Europa, teve o seu primeiro ministro falando no final de semana que a economia enfrenta um problema estrutural. De fato, é o que a gente vem falando há anos aqui nesse canal ou em todos os locais que eu participo, os problemas estruturais da economia, onde os governos precisam de reformas importantes e profundas para cortar os seus níveis de gastos e, portanto, diminuir a trajetória da dívida através da produção de superavit e não geração de déficit estrutural. Basicamente o que a Argentina tem feito e até por isso vem apresentando dados extremamente sólidos até o momento, parabenizados inclusive por FMI, The Economist, instituições que antes batiam no Milei. Então vamos aqui aos fatos nos Estados Unidos. Os bonds, os títulos públicos ou títulos corporativas, emissão de dívida do governo ou de empresas acumulam o maior prejuízo da história. A bolsa americana, o S&P 500, que falaremos aqui nesse vídeo, está muito concentrado em poucas empresas. Veremos mais dados sobre isso. Muitas empresas americanas apostando inclusive em aumentar o seu caixa em Bitcoin para parecer que os seus negócios continuam crescendo de forma sólida. Ou seja, apostando em algo que é extremamente volátil, que eu altamente mantenho em minha carteira, venho aumentando posição sempre que posso. Não é uma recomendação de compra, mas acho que vale refletir a respeito, até mesmo como preservação do valor de capital. E claro, toda a filosofia, que é o que nós defendemos aqui nesse canal de não interferência de bancos centrais, não interferência de governos e autonomia do seu próprio dinheiro. Portanto, obviamente, eu tenho Bitcoin em minha carteira, aumento sempre que posso, mas claro, isso carrega um risco de volatilidade. Como Bitcoin tem uma tendência de alta até o momento, o que nós vimos são muitas empresas colocando Bitcoin em seu caixa, o valor dela cresce e obviamente acaba puxando os valores de suas ações, mas não necessariamente o seu campo de atuação está apresentando grandes margens. Mas bom, vamos aprofundar porque o risco ele é maior do que parece realmente na economia americana. O primeiro ponto é o colapso silencioso dos títulos. Como a gente vê, é um mercado que vem afundando há 5 anos, acumulando 17,2% de queda desde 2020. a pior sequência já registrada na história, conforme a gente consegue ver aqui frente a outras crises. Pois bem, o que isso acontece significa que como a taxa de juros subiu para conter toda a inflação oriunda dos gastos exacerbados e da emissão de dinheiro ao longo das últimas décadas, década e meia de grande parte dos governos, inclusive especialmente dos Estados Unidos, a taxa de juros sobe. Quando a taxa de juro sobe, o valor de face do título cai. É como se não tivesse uma tremenda demanda. Demanda pelos títulos começa a apresentar uma queda, o valor dele cai, só que as taxas de juros sobem. O valor do título é sempre inversamente a taxa de juros. Se o valor do título cai, significa que as taxas de juros sobem. Quando o valor do título sobe, as taxas de juros caem. Portanto, quando apresenta essa queda de 17% desde 2020, significa que as taxas de juros vêm subindo e o valor de face dos títulos cai. Vale lembrar que as taxas de juros subiram para conter todo esse ímpeto inflacionário por conta da intervenção dos bancos centrais que mantiveram as taxas de juros muito próximas a zero. Em alguns países como Japão e Suíça, a taxa de juros nominal negativa, o que é praticamente impensável. E isso fez com que projetos que eram sustentáveis com taxas de juros baixas passem a ser insustentáveis quando as taxas de juros sobem. Portanto, intervenções que parecem boas no curto prazo, mas destróem toda uma economia no médio e no longo prazo, conforme conseguimos ver aqui. O segundo ponto é que 10% das maiores empresas do mercado americano, do S&P 500, concentram 75% de todo o valor da bolsa americana. Isso supera o pico da bolha do chamado DTCOM em 2000, o pico da bolha da internet. Conforme conseguimos ver aqui nesse gráfico, são 10% das empresas que concentram 75% de todo o valor do S&P 500. O terceiro ponto é que a maior parte das empresas de crescimento de receita no segundo trimestre são justamente as maiores empresas do mercado, o que faz com que aquele gap aumente ainda mais. O gap que eu acabei de dizer, das 10% das maiores empresas que concentram 75% de todo o valor de mercado, isso aumenta ainda mais. Um exemplo disso, a gente vê, por exemplo, a Microsoft que teve um incremento de 18% na receita no segundo trimestre, a Amazon 13%, a Apple 10%, o S&P 500 5%. Portanto, empresas importantes que representam um incremento que acabam concentrando ainda mais a bolsa americana. O outro ponto é que o SNP está hoje mais de 100% acima da sua linha histórica, conforme conseguimos ver aqui embaixo, de crescimento de longo prazo. Isso significa que o índice vale hoje o dobro do que indicaria sua tendência média de mais de 150 anos. Quando vimos esse mesmo filme, ou seja, esse mesmo nível de valorização, foi pré-crise de 1929 e pré-crise da internet no ano 2000. Em ambos os cenários citados, a correção ela foi bastante forte e rápida. Hoje temos o advento da inteligência artificial que pode transformar esse mercado, mas de qualquer maneira é um indicador importante de bastante concentração e de mercado sobrevalorizado. Mas isso carrega uma série de oportunidades que nós debatemos diariamente na Comunidade Liberdade sem Fronteiras, vou deixar o QR code aqui na tela. Ou para falarmos também de investimentos. Debatemos com os membros da comunidade no WhatsApp ou quem preferir tem o link aqui no descritivo. brunomusa.com.br/investimento. br/investimento no singular. Um quinto ponto importante é que a AWS, que é a empresa de nuvem da Amazon, ela aluga computação e dados para empresas. Somente esse serviço fez com que a AWS faturasse 116 bilhões nos últimos 12 meses de dólares. Isso representa mais do que 460 empresas inteiras do S&P 500, mostrando mais uma vez essa concentração que mencionamos nos últimos gráficos. Um outro ponto importante é que a Apple recomprou 704 bilhões em ações nos últimos 10 anos, na última década, reduzindo, obviamente o número de ações para algo como 14 bilhões, 15 bilhões de ações. Isso mantém o preço aquecido. você tem uma demanda pela ação demandada pela própria empresa recomprando as suas ações e que obviamente acaba subindo o lucro por ação, uma vez que você tem um número menor de ações e a empresa continua, obviamente altamente eficiente. Poucas empresas no mundo, no planeta Terra, t essa capacidade de manipular oferta e demanda da própria ação. Um dado importante a ser levado em consideração. E por que isso preocupa? porque obviamente intensifica a concentração. Se uma ou poucas empresas decepcionarem, é claro que isso pode jogar e muito o índice SP para baixo, levando também todas as outras bolsas mundiais e consequentemente as economias do mundo. Por enquanto, todas essas empresas parecem bastante saudáveis, investindo quantidades absurdas em inteligência artificial, que pode trazer uma nova métrica para entender o valuation de cada uma dessas empresas. Mas os juros mais altos que vivemos e falamos nos últimos anos que viveríamos uma próxima década de juros mais altas, as margens precisam continuar extremamente sólidas e crescentes para que com juros altos não acabem corroendo essa margem e, portanto, comprometendo o valor das ações. Um outro ponto importante que eu mencionei no começo do livro é que o Bitcoin sendo usado como caixa por algumas empresas, que inclusive algumas delas já levantaram 70 bilhões de dólares somente em 2025 para comprar o próprio Bitcoin. Isso obviamente pode dar uma falsa sensação de que a empresa está muito bem, porque o preço do Bitcoin vem subindo, o que acaba puxando o valor da empresa que possui em seu caixa uma quantidade bastante alta da criptomoeda. E de novo, faço aqui toda a minha defesa ao Bitcoin. Não tem nada a ver com isso, mas isso pode mascarar uma empresa que não está entregando margens e resultados sólidos e vê o incremento do valor das suas ações por conta de ter uma quantidade expressiva de bitcoins em sua carteira e funciona até que o Bitcoin tenha algum dia alguma correção. E sabemos que no ciclo ele vem tendo correções importantes, mantendo sempre uma tendência de alta. Portanto, importante ser frisado esse ponto. Assim, um evento isolado pode virar basicamente um risco global. Se o Bitcoin corrige com títulos públicos em queda, como mostramos, juros altos que comprimem a margem e ainda forçam maior endividamento dos Estados Unidos, a coisa pode ser efetivamente sombria no mundo todo. Para aqueles que dizem que o mercado quando cai não afeta a economia real, obviamente isso é um grande mito que a esquerda quer propagar. O valor das empresas, o poder de investimentos, geração de emprego, acaba afetando, obviamente a economia real como um todo. Em uma entrevista importante no final de semana, o economista chefe da Moods, Mark Zend, que a Moods, eu questiono bastante as suas ações, que muitas vezes me parece política, mencionou pontos importantes nessa entrevista. O primeiro deles em que o avanço do emprego está parando nos Estados Unidos após o dado do payroll fraco no mês de julho, a geração de empregos no mês de julho que veio abaixo do que o mercado esperava. O PPI, que é o índice de inflação ao produtor, lá no começo da cadeia produtiva, surpreendeu, está acima do que o mercado esperava. Só que o CPI, ou seja, a inflação ao consumidor, ainda não refletiu esse aumento do PPI. Será que as empresas, portanto, estão represando o aumento de preços oriundo, possivelmente da tarifa e ainda da quantidade de dólares em circulação provocada na última década, década de meia? Será que eles vão passar isso para o consumidor final e refletir no CPI, na inflação ao consumidor? Me parece que as empresas ainda não estão repassando até mesmo para manter o seu mercado, o que isso aperta, comprime a margem da própria empresa. Metade da alta do S&P 500 nesse ano veio de empresas de inteligência artificial que não necessariamente são afetadas pelas tarifas. E claro, a Big Beautiful Bill, aquele plano de cortes de impostos anunciados por Trump, também ajuda, obviamente, a impulsionar as ações, além de, claro, todo o campo da especulação e fluxo que puxa o mercado mantendo ele em níveis altíssimos, batendo records atrás de recordes, como se o mercado tivesse sendo complacente com tudo que está acontecendo no mundo. Não apenas guerras na parte geopolítica, como também de dívida de grande parte dos países e dos Estados Unidos. Ele também mencionou na entrevista que, mostrando dados, o consumo das famílias estão estagnados nos Estados Unidos. Manufatura, construção, mineração, agricultura, transporte e distribuição já apresentam números em recessão nos Estados Unidos. Portanto, quando o ritmo de emprego se torna negativo, sempre na história americana teve uma reessão. Isso não significa uma reessão muito profunda, mas algum nível de recessão, conforme a gente consegue ver. Nesse gráfico aqui do Fred, que é o Federal Reserve Economic Data, que é o maior banco de dados do mundo de números econômicos. E cada linha cinza mais profunda que vocês veem aqui nesse gráfico, foi um período de recessão nos Estados Unidos. Quanto maior, obviamente, mais profunda a recessão. E repare que o nível de emprego tende a cair e a recessão vem logo depois. Muitas empresas estão até recias em demitir, mas ela terão que demitir se as margens continuarem se comprimindo, até mesmo pela taxa de juros mais altas. E por que recias? Porque muitas demitiram durante a pandemia e logo a recuperação foi muito rápida e os custos de tudo isso foi muito alto, comprometendo o caixa da empresa. Mas agora a situação é completamente diferente, com nível de dívida muito mais alto, com taxas de juros muito mais altas. Só que esse nível de percepção de uma recessão se aproximando abre margem. Jeron Paul, presidente do Banco Central Americano, Federal Reserve, assumiu na semana passada que deverá começar a cortar juros em setembro. E tudo isso pode acabar ajudando a dívida que cresce com juros mais altos, mas que juros mais baixos acabem por acelerar esse processo da economia como um todo e manter esses níveis de valuation das ações altíssimos. Veremos, porque esse é um jogo de quebra-cabeça, extremamente complicado de ser montado. Trump vem falando que vai diminuir a dívida pública. Ele precisa diminuir os seus gastos para cortar essas dívidas, ver se a questão das tarifas, como isso impactará a atividade econômica interna, se de fato ela trará um resultado para financiar o crescente déficit público americano. Portanto, esse jogo é extremamente complexo, mas como eu falei, para mim, ao que me parece, a geopolítica está em primeiro. Eu entendo esse diagnóstico, mas temos que sempre tomar cuidado. Afinal de contas, é o nosso capital que está em jogo. E a ideia desse vídeo é trazer a percepção dos investimentos, da economia como um todo. E deixo o link aqui no descritivo para que possamos discutir. As oportunidades estão aí, mas os riscos eles estão altíssimos. E esse gerenciamento de risco, ele é extremamente necessário e me coloco à disposição. Espero que tenha ficado claro. Compartilhe esse vídeo para que mais pessoas possam refletir e conhecer dados importantes. Seguimos. [Música]







