EUROPA | O que há no INTERIOR da LUA CONGELADA de Júpiter?
0a cerca de 600 milhões de quilômetros da Terra está um dos Mundos mais fascinantes do nosso sistema solar uma das Quatro Luas galileanas de Júpiter Europa essa gigantesca esfera de gelo rachado foi inicialmente subestimada e pouco estudada mas agora se revela como um dos lugares mais intrigantes do sistema solar e o que torna essa lua tão fascinante não é apenas seu exterior mas sim o que está por baixo e é por isso que finalmente em outubro do ano passado fomos lançados novamente ao espaço em direção ao sistema de Júpiter desta vez para descobrir os segredos ocultos que espreitam abaixo da crosta congelada de Europa a Bordo de uma das Missões mais aguardadas da exploração espacial Europa clipper realmente não há momento melhor para explorarmos o por Europa mesmo congelada e com pouca atmosfera é a dat mais forte na busca pela vida extraterrestre no sistema [Música] solar entre 15 a 30 km abaixo da superfície congelada de Europa acredita-se que exista um oceano escuro e profundo e talvez até mesmo Alienígena esse oceano possui tanto volume que permeia o subterrâneo de todo o satélite contendo mais água do que todos os oceanos da terra juntos e como sabemos onde a água se faz presente há também uma grande probabilidade de que a vida surja com as condições certas a construção da vida como conhecemos depende da interação de elementos químicos essenciais para se manifestar são eles o carbono hidrogênio oxigênio e nitrogênio a reação entre esses elementos ocorre quando as condições ambientais fornecem um meio que essas interações e a água líquida é o solvente que permite a mistura desses ingredientes orgânicos primordiais e para concluirmos se pode realmente haver vida em Europa precisamos passar pelo processo de conhecer Europa em si e suas características Europa é uma das quatro grandes Luas que foram descobertas ao redor de Júpiter em 1610 por Galileu Galilei com cerca de 90% do diâmetro da nossa lua Europa a primeira vista parece muito familiar mas ao contrário da superfície árida rochosa e antiga da nossa lua Europa é coberta por uma superfície Global congelada composta por gelo d’água e rochas silicatadas semelhante aos planetas terrestres Além disso Europa possui uma atmosfera muito fina composta por poucas quantidades de oxigênio por isso quase nenhum calor é retido na superfície diferente do que em nosso planeta Por isso enquanto é a menor das quatro grandes luas de Júpiter com cerca de 3100 km de diâmetro ela é cinco vezes mais reflexiva que a nossa lua e a sexta maior Lua do Sistema Solar dentre as quatro grandes Luas galileanas Europa é a que possui a menor massa cerca de 48 quintilhões de toneladas embora ainda não tenhamos uma porcentagem exata da quantidade total de água presente em Europa é seguro afirmar que uma fração significativa de sua massa total Possivelmente 10% a 15% seja composta por h2oo torna a Europa um verdadeiro reservatório cósmico em termos de volume líquido ou seja sem contar a espessa crosta de gelo de até 30 km que cobre toda a superfície da lua estima-se que a Europa possua cerca de 3 bilhões de kilômetros cbic de água líquida o que equivale a aproximadamente duas a três vezes o volume dos oceanos da terra que contém cerca de 1,3 bilhões de kilômetros cúbicos de água essa composição torna a massa de Europa pelo menos duas vezes menor do que qualquer uma de suas irmãs mas mesmo assim sua massa supera a de tritão lua de Netuno e de todas as outras Luas menores do Sistema Solar combinadas essa composição indica que a Europa provavelmente se formou juntamente com Júpiter E o restante do sistema solar há cerca de 4,5 bilhões de anos assim como planetas como a terra se formam as luas também podem se formar através do acréscimo de material proveniente de um disco de gás e poeira que circunda um corpo celeste recém-nascido mas enquanto os planetas crescem a partir do disco protoplanetário formado ao redor de uma estrela jovem as luas surgem a partir de um disco menor e mais frio ao redor de um planeta hospedeiro chamado de disco circum planetário esse processo chamado de coacção é a teoria mais plausível para a formação de Europa que teria se originado a partir do disco de gás e poeira que envolvia Júpiter recém-formado nesse cenário a maior parte da água presente na lua teria se condensado diretamente do material gelado que se agregou do disco circum planetário de Júpiter onde as baixas temperaturas permitiram a formação e acréscimo de gelo de água em grande escala esse modelo condiz com a localização de Europa ao redor de Júpiter [Música] situada a cerca de 670.000 km do gigante gasoso Europa ocupa uma posição intermediária no sistema onde as temperaturas durante a formação do disco teriam sido suficientemente baixas para permitir a formação e acumulação de gelo de água mas não em quantidades tão extremas quanto nas Luas mais distantes como ganimedes e Calisto onde o ambiente era ainda mais frio sua localização no sistema Joviano ofereceu as condições ideais para formar uma lua menor mas composta quase inteiramente por uma mistura de Gelo e Rocha assim Europa não apenas acumulou materiais congelados mas também desenvolveu uma crosta de gelo menos espessa e mais maleável em comparação às suas irmãs mais distantes como ganimedes cuja crosta acreditamos que atinja até 150 km de espessura mas como assim crosta mais maleável sim e essa maleabilidade tem um papel fundamental na aparência e na possível habitabilidade de Europa apesar de ser uma lua antiga sua superfície se revela surpreendentemente Lisa e com poucas crateras de impacto a através do mapeamento e Contagem dessas crateras podemos analisar suas densidades e compará-las a modelos teóricos que estimam a taxa de impactos ao longo do tempo esses modelos são calibrados usando dados de Corpos celestes cuja cronologia é conhecida como a lua e Marte onde missões já coletaram amostras que puderam ser datadas diretamente e de fato em toda a superfície de Europa foram identificadas apenas cerca de 50 crateras maiores um número incrivelmente baixo para uma lua tão antiga após a formação do sistema solar a frequência de impactos de meteoros e cometas diminui drasticamente com o passar do tempo assim superfícies com milhares de crateras visíveis como a de Calisto indicam que elas permanecem inalteradas há bilhões de anos isentas de atividade já as superfícies lisas ou com poucas crateras como a de Europa sugerem que geologicamente falando ela renova sua superfície muito regularmente a cada 60 milhões de anos essa renovação constante faz de Europa uma das superfícies mais jovens do Sistema Solar ficando atrás apenas de Iu seu irmão mais próximo de Júpiter cuja intensa atividade vulcânica renova sua superfície a cada 1 milhão de anos ou até menos em I centenas de vulcões entram em erupção regularmente lançando plumas de lava e enxofre a altitudes que ultrapassam centenas de quilômetros e que repavimentação [Música] [Música] completo estando localizado a mais de cinco unidades astronômicas de distância do sol ou 780 milhões de km a intensidade da luz solar no sistema Joviano é cerca de 25 vezes menor do que na terra como resultado as temperaturas em Europa São extremamente baixas com valores em torno de 160º C abaixo de zero no Equador e 220 GC abaixo de zero no os polos essas condições fazem com que a camada de gelo de Europa seja tão rígida e espessa quanto uma rocha mas extremamente fina e maleável quando colocada à frente da gravidade de um gigante gasoso 318 vezes mais massivo que o planeta terra e é aqui que a maleabilidade de Europa começa a fazer sentido vastas regiões de sua superfície são cobertas por mil de longas linhas que são fissuras escuras e rachaduras conhecidas como Line a origem dessas fissuras está ligada à intensa deformação da superfície causada pelas forças gravitacionais de Júpiter conhecidas como forças de Maré à medida que a lua se move em sua órbita a gravidade cria estresses na crosta de gelo levando à formação dessas longas rachaduras Além disso pesquisas indicam que essas fissuras podem funcionar como canais permitindo que material do Oceano subterrâneo escape para a superfície resultando nas marcas escuras características das Linea que acreditamos ser o que restou dos sais e minerais dissolvidos no vapor d’água uma vez expelidas ao espaço por entre essas linhas por isso entender a dinâmica de sua órbita é fundamental para entendermos o que pode estar acontecendo em Europa de dentro para fora Europa juntamente com com i e ganimedes estão envolvidos em um fenômeno conhecido como ressonância orbital Isso significa que a cada duas órbitas de Europa em torno de Júpiter I completa quatro e ganimedes completa uma isso gera uma interação gravitacional entre as luas pois eventualmente se encontram alinhadas bem perto umas das outras essa interação mantém suas órbitas ligeiramente excêntricas ou seja elas não seguem um círculo perito ao redor de Júpiter essa órbita de Europa agora elíptica faz com que sua distância em relação a Júpiter varie constantemente como as luas estão se influenciando levemente gravitacionalmente e Júpiter é extremamente massivo sua gravidade exerce uma força variável sobre a Europa à medida que ela se aproxima e se afasta durante a sua órbita issoa no fenômeno das foras de maré intens nome vem da semelhança com o efeito das Marés oceânicas que observamos na terra causadas pela interação gravitacional com a lua e em menor grau com o sol no caso de Europa porém as forças de maré de Júpiter não apenas puxam e empurram a água em um oceano superficial como na terra mas deformam sua crosta de gelo por inteiro quando a Europa entra na fase mais próxima de Júpiter de sua órbita a intensa gravidade do gigante gasoso estica a lua criando tensões que comprimem e alongam sua crosta quando a Europa se afasta a gravidade diminui e a crosta começa a relaxar esse fenômeno acontece a cada órbita de Europa ou 3,5 dias terrestres horas puxando-a mais intensamente e outras mais suavemente isso faz com que deformações menores e fraturas se formem em um curto período de tempo formando as lineis mas em uma escala de milhões de anos reconfiguram completamente a lua apagando marcas antigas e renovando a superfície além da crosta superficial acreditamos que essas forças cujos direitos autorais pertencem a Júpiter estejam gerando atrito entre extensas camadas de gelo abaixo da superfície o que estaria emitindo calor no interior da lua aquecendo-a de dentro para fora assim enquanto as forças de Maré terrestres movim nossos oceanos as forças de maré em Europa movimentam nada menos que a estrutura do próprio satélite esse pode ser um fator crucial para que um oceano tenha se formado e se mantido líquido e estável por bilhões de anos tempo suficiente para que um ambiente dinâmico se desenvolvesse e talvez rico em compostos químicos caso as forças de maré de Júpiter tenham sido intensas o suficiente Europa assim como i também pode ter ativado vulcões e fontes hidrotermais submersos em seu interior e se isso aconteceu as chances da existência de vida em um oceano a 30 km abaixo de uma superfície a menos de 200º c e com 1% de oxigênio na atmosfera aumentam consideravelmente e tudo isso graças a Júpiter Se ele não fosse tão massivo e mortal Talvez as interações cruciais que acredit amos manter esse ambiente propício para a vida nem estivessem acontecendo e veríamos Europa apenas como uma bola de gelo espacial como imaginávamos em 1973 naquela época quando a sonda Pioneer 10 cruzou o cinturão de asteroides pela primeira vez e nos enviou as primeiras imagens de Júpiter vimos à primeira vista um gigante gasoso majestoso com sua grande mancha vermelha e finalmente os antes quatro pontos brilhantes ao seu redor revelavam pela primeira vez um pouco de seus detalhes porém a tecnologia rudimentar da época implicava em limitações nos sistemas de energia armazenamento e capacidade de transmissão de dados a longas distâncias conforme a sonda se afastaria através do espaço essas restrições obrigaram os engenheiros a priorizar o desenvolvimento de instrumentos científicos e sistemas de proteção contra a radiação intensa e impactos de pequenos detritos espaciais essenciais para garantir o sucesso da Missão em ambientes hostis como o cinturão de asteroides que a Pioneer 10 foi a primeira a atravessar a câmera da sonda Na verdade era um fotômetro de imagem projetado para medir a intensidade E a polarização da luz e não para capturar fotografias detalhadas isso ampliava o objetivo na coleta de dados científicos sobre partículas energéticas Campos magnéticos e radiação enquanto As imagens obtidas eram de resolução extremamente limitada por mais que essa jornada tenha sido emocionante de certa forma Europa Nem recebeu os olhares que merecia a princípio a essa distância e com essa qualidade nem conseguíamos avistar suas rachaduras globais tão evidentes foi apenas em 1979 com o envio das novas sondas Voyager 1 e 2 que imagens mais próximas e detalhadas despertaram um interesse científico mais profundo e agora sim as primeiras hipóteses sobre o que a intrigante superfície de Europa estaria tentando nos dizer Começam a surgir a ideia de que poderia existir um oceano ou uma camada líquida sob a crosta de Europa é também a explicação mais lógica para as lineis e para as outras características de Europa embora faltassem provas diretas elas estariam sendo formadas a partir de tensões internas geradas pelo movimento do Gelo sugerindo que abaixo da crosta congelada poderia haver uma camada líquida permitindo essa dinâmica no entanto foi a sonda Galileu que realmente iniciou a revelação desse mistério entre 95 e 2003 enquanto orbitava Júpiter a Galileu realizou múltiplas passagens próximas a EUR forend a maior parte do que sabemos atualmente sobre aa durante esses sobrevoos o magnetômetro daou umé saté emb ISO não fosse incum em um segundo sobrev Oé Tero alterações Peres magnétic tticas eão pouco tempo sim são incomuns o que indicava que só poderia haver outra explicação para esse campo magnético peculiar inicialmente os cientistas enfrentaram dificuldades para entender essa anomalia mas foi a astrônoma Margaret Kelson da Universidade da Califórnia e sua equipe que descobriram que na verdade Europa estaria atuando como um condutor eletromagnético Ou seja a lua na verdade está respondendo ao poderoso campo magnético de Júpiter gerando correntes elétricas em seu interior kson anunciou essa descoberta quando recebeu os primeiros dados do magnetômetro da Galileu depois que a espaçonave passou por Europa em janeiro do ano 2000 acreditamos que a superfície de Europa é composta deu seja de gravidade indicam que a parte externa da lua é menos densa como a água mas o gelo não conduz eletricidade então a melhor explicação para esse fenômeno é a existência de um oceano líquido abaixo da crosta que pode gerar correntes elétricas essa teoria Ganhou ainda mais peso com as análises que mostram que a sonda Galileu pode ter atravessado por uma pluma de material rico em água que estaria sendo expelida do hipotético Oceano abaixo da superfície diante das intrigantes novas questões a serem explicadas os cientistas dedicaram duas décadas ao desenvolvimento de uma sonda mais avançada com o objetivo de examinar Europa cima a baixo e até mesmo coletar amostras desse material ejetado pelas plumas caso venham de encontro com seus novos instrumentos enquanto isso acontecia dos anos 2000 até o atual momento o telescópio espacial Hubble passou a ser utilizado com constantemente para monitorar a lua em 2016 Ele registrou novas evidências do que pareciam ser plumas ricas em Água sendo liberadas próximas ao Polo Sul de Europa porém essas observações ainda eram consideradas indiretas e difíceis de confirmar o que acontece é que ao longo de décadas de observação o telescópio detectou apenas três vezes indícios de material escapando para o lado externo de Europa isso não significa que esse seja um evento raro Na verdade o Hubble realizou essas observações através de alterações no espectro ultravioleta refletido que só podem ser detectadas quando a Europa Está alinhada em frente ao disco Brilhante de Júpiter o intenso brilho de Júpiter cria um contraste entre a lua e o planeta permitindo que o Hubble capte traços de vapor d’água escapando para fora do satélite no entanto essa técnica é limitada funcionando mais como uma improvisação do que um método ideal para detectar plumas com precisão como o Hubble não foi projetado para estudar fenômenos tão sutis a essa distância as observações dependem de condições perfeitas e são sensíveis a ruídos e interferências no ambiente de Júpiter O que significa que essas plumas podem ocorrer com mais frequência do que conseguimos registrar 7 anos depois em 2023 o novo telescópio espacial James web também passou a ser utilizado para estudar Europa e como já esperávamos novas descobertas foram feitas com a ajuda de seu espectrógrafo de infravermelho próximo npec os cientistas detectaram dióxido de carbono em uma região específica da superfície de Europa normalmente esses elementos chegam aos planetas através de impactos de cometas e asteroides mas sego as anál esse dióxido de carbono não poderia ter vindo de nenhum Impacto mas na verdade deve ter sido expelido do Oceano em seu interior com os cientistas agora considerando essa descoberta como uma prova observacional que comprova a existência do Oceano em Europa pensamos que agora temos provas observacionais de que o carbono que vemos na superfície de Europa veio do Oceano isso não é uma coisa trivial o carbono é um elemento biologicamente essencial essas plumas em si consistem em vapor d’água misturado com partículas de Gelo e possivelmente compostos orgânicos que estão sendo ejetados através de fissuras formadas na crosta de gelo de Europa por mais que sua crosta esteja congelada a 200 gra abaixo de zero acreditamos que o calor interno gerado pelas forças de maré de Júpiter faz com que em regiões específicas pressões suficientes para que a água ouva escapem por rachaduras sejam atingidas durante esse processo a água carrega consigo minerais dissolvidos compostos químicos e moléculas orgânicas presentes no oceano ou no gelo ao atingir a superfície ela entra em contato com o vácuo do espaço congelando rapidamente formando partículas de gelo misturadas ao vapor d’água e lançando o material a altitudes de até 200 km de altura caindo de volta na superfície eventualmente segundo as análises o CO2 detectado pelo James webb pairando acima de Europa parece ter sido expelido bem próximo a uma dessas regiões específicas de sua superfície áreas onde o gelo foi fragmentado deslocado e reorganizado como se tivessem se quebrado em blocos quilométricos flutuado e congelado novamente na superfície criando paisagens surreais repletas de padrões irregulares e blocos de Gelo inclinados e sobrepostos chamadas de regiões caóticas à medida que as regiões caóticas se formam e evoluem elas se tornam os lugares onde a interação entre o oceano subterrâneo e a crosta de gelo é muito mais provável esse ambiente caótico cria fissuras e canais que permitem a troca de materiais entre oceano e a superfície de tempos em tempos e como observamos esse dióxido de carbono parece ser mais abundante em uma dessas regiões Mais especificamente em tara Régio localizada no hemisfério sul da lua tara Régio é uma região geologicamente recém formada ou seja há alguns milhões de anos atrás a superfície dessa região foi remodelada devido à convecção de calor vinda do atrito entre as camadas interiores da lua o que fez com que elas se deslocassem em direção à superfície empurrando ex blocos de Gelo e causando um cenário de constante movimentação e reorganização ao longo do tempo o gelo se solidificou novamente formando estruturas irregulares e terrenos acidentados de rochas de gelo em sua superfície algumas dessas regiões caóticas se deslocaram e giraram de forma tão marcante Que só faria sentido se a crosta estivesse flutuando sobre uma camada líquida em vez de estar presa a algo sólido e é por isso que essas regiões são tão importantes caso elas estejam realmente fornecendo um escape para a água vinda do Oceano nosso acesso a ele também fica relativamente mais fácil diversas linhas de evidência sugerem a existência de uma extensa camada líquida sob a superfície de Europa no entanto para que a vida surja é necessário mais do que apenas água e para descobrirmos se esse ambiente pode realmente possuir as condições para abrigar e manusear a vida finalmente mergulhar no oceano de [Música] Europa assim como acreditamos que a vida tenha surgido em nosso planeta há a perspectiva de que condições similares possam existir em Europa mesmo nesse cenário completamente diferente para que isso ocorra o oceano precisa cumprir alguns requisitos como o nível de salinidade energia calor e fontes de compostos orgânicos que forneçam principalmente carbono hidrogênio oxigênio e nitrogênio para que esses elementos estejam presentes em sua composição a camada abaixo do Oceano chamada de manto rochoso precisa estar interagindo com a água acima dele ou seja ele precisa de alguma forma ter sido suficientemente estimulado até que fissuras se formem possibilitando o contato da água Oceânica com suas rochas interiores e superaquecidas assim como nosso planeta Europa possui um núcleo ativo de ferro que sustenta o calor residual de sua formação quando esse calor do núcleo se espalha para o manto rochoso a radioatividade dos elementos presentes no Manto aumentam a temperatura e a pressão interna fazendo com que a resistência das rochas seja superada e se fraturem permitindo a troca de materiais com o fundo do oceano uma vez conectados as trocas e reações químicas entre a água e as rochas aquecidas a mais de 300º C no Manto começam a liberar gases como hidrogênio molecular metano e dióxido de carbono além de minerais ricos em enxofre e ferro que são alguns dos blocos essenciais para a construção da vida como conhecemos com isso a água agora rica em minerais escapa para o oceano através das mesmas fissuras que permitiram o acesso ao manto durante esse processo de retorno a água quente esvaído entra em contato com a água fria infiltrando resfriando a rapidamente novamente e precipitando os minerais recém dissolvidos essa precipitação significa que a mudança brusca na temperatura faz com que os minerais dissolvidos na água quente se solidifique formando partículas sólidas de minerais que se acumulam gradualmente ao redor da fissura formando as estas que conhecemos como Fontes hidrotermais ou fumarolas e assim como se originam as fumarolas gigantescos vulcões submersos em estrutura de Cone com quilômetros de extensão também podem ser formados A partir dessa mesma interação certas regiões do manto podem ficar recheadas de magma caso as rochas atinjam uma temperatura suficientemente alta para se fundirem em regiões acima dos 700 GC o magma começa a se acumular e criar câmaras magmáticas estruturas subterrâneas que enquanto forem alimentadas por um fluxo constante de magma inflam e pressionam a crosta do manto rochoso como o magma é menos denso que as rochas ao redor ele tende a acender para a superfície buscando uma rota de escape através de fissuras ou vulcões e quando a pressão sob a crosta exceder os limites de resistência das rochas o magma é expelido violentamente formando um novo vulcão submerso cujo corpo é construído por camadas do próprio material do magma resfriado rapidamente erupção após erupção agora com vulcões e fumarolas funcionando plenamente o calor e os nutrientes passam a ser constantemente jorradas nas profundezas do oceano com isso Começam a surgir gradientes de temperatura e densidade na água o calor liberado pela as fumarolas e vulcões aquece a água ao seu redor essa água quente sobe em direção às camadas superiores do Oceano enquanto a água mais fria e densa das regiões acima desce para ocupar seu lugar esse ciclo contínuo forma correntes de convecção térmica que são como rios submersos que transportam água rica em minerais e gases dissolvidos ao restante do Oceano conforme essas correntes se estabilizam Elas começam a influenciar todo o ecossistema do Oceano estabelecendo um equilíbrio dinâmico entre as regiões mais próximas ao manto rochoso e as áreas distantes esse novo ambiente é agitado onde a água está em constante movimento esfriando e reaquecendo Levando e buscando nutrientes e até quem sabe espalhando formas de vida através dele mas para que tudo isso aconteça é necessário um núcleo energético o suficiente para ativar os no Manto rochoso e diferente da terra Europa possui um núcleo cerca de pouco mais de duas vezes menor que o nosso produzindo muito menos calor interno por conta própria esse núcleo reduzido por si só não seria capaz de sustentar uma atividade geológica Intensa como nesses processos que vimos Mas então por que acreditamos que Europa possa manter seu manto rochoso ativo a ponto de desencadear o vulcanismo essencial para a formação das fumarolas dos vulcões submersos e de outras atividades vulcânicas bom é aqui que o fator Júpiter entra em jogo novamente por mais que também acreditemos que os satélites mais distantes de Júpiter como ganimedes e Calisto guardem extensos oceanos bem maiores que o de Europa em seus interiores talvez esses oceanos sejam inférteis devido à massiv desses corpos e da fraca influência das forças de maré de Júpiter por estarem mais distantes por outro lado io Experimenta o extremo oposto a Extrema proximidade de Júpiter causa uma fricção interna tão intensa que resulta em um oceano interno mas de magma com temperaturas que ultrapassam mais de 1200º c e facilmente despertam atividade vulcânica subindo centenas de vulcões em sua superfície Europa porém parece estranhamente estar em equilíbrio com essas forças a uma distância ideal do gigante parecendo até mesmo compor uma zona habitável ao redor de Júpiter onde seu corpo acumulou uma quantidade ideal de massa e fez com que as forças de Maré agissem ao seu favor ao contrário de suas Luas irmãs como vimos anteriormente as forças de Maré ocorrem quando a Europa é puxada mais intensamente por Júpiter em sua órbita elíptica o que com contrai e relaxa o corpo da lua isso não apenas racha sua crosta de gelo criando as Linea as regiões caóticas e abrindo caminho para as plumas mas também acreditamos que essa pode ser a chave para a ativação do manto rochoso da lua modelos geofísicos indicam que a energia das forças de maré não se dissipam totalmente na crosta de gelo acredita-se que a crosta da superfície de Europa por ser menos densa composta por gelo d’água e rochas silicatadas facilmente transmite grande parte da energia desse Puxão gravitacional de Júpiter para o oceano líquido abaixo o oceano por sua vez age como um condutor transferindo essa tensão gravitacional para o manto rochoso a cerca de 200 km de profundidade como vimos anteriormente o manto rochoso de Europa não pode estar completamente frio devido ao calor gerado pelo decaimento radio no núcleo que o aquece assim quando as forças do intenso puxão de Júpiter atingem o manto suas rochas provavelmente já estão pré-aquecido as rochas adquirem uma plasticidade e podem se deformar lentamente sob uma força contínua com isso em mente as tensões cruzam o oceano e atingem seu solo com uma força ainda considerável agora assim como acontece na crosta O Manto É friccionado internamente como se você estivesse esfregando as mãos para se aquecer em um dia frio o que gera calor internamente assim acreditamos que as forças de Júpiter estejam funcionando como agentes catalisadores no Manto rochoso fornecendo o restante da energia necessária para que o manto atinja o ponto de fusão de suas rochas complementando a energia do decaimento radioativo do núcleo que talvez tenha colaborado um pouco com o pré-aquecimento interno desse manto ou seja mesmo que o núcleo não forneça as condições necessárias para essas interações os cientistas estão convictos de que as forças de Maré podem ter completado os requisitos para O Despertar de um ambiente propício para o surgimento de ao menos formas de vida unicelulares e como o próprio James web nos revelou O dióxido de carbono escapando para a superfície pode ser uma evidência Clara da existência de fumarolas ou vulcões submersos que Muito provavelmente estão liberando esses gases no fundo do oceano Será que realmente pode haver vida existindo em Europa depois de tudo o que vimos Europa parece reunir todas as quatro condições necessárias para o surgimento da vida um solvente uma fonte de elementos químicos calor e tempo essas condições podem ter persistido por bilhões de anos Isso é viável Mas além da indiscutível importância do surgimento da vida sua prosperidade também é indiscutivelmente importante e Europa também parece cumprir essas demandas sua espessa camada de gelo protege o oceano de impactos de objetos celestes e da radiação intensa mesmo com uma luz solar tão fraca a radiação na superfície de Europa é em média de aproximadamente por dia de fato um nível suficiente para causar sérios efeitos à saúde e até mesmo a morte de um ser humano em menos de 24 horas de Exposição ou seja esses níveis de radiação podem facilmente causar sérios danos a moléculas orgânicas complexas e impedir o desenvolvimento da vida como conhecemos porém abaixo da crosta de 30 km esses 540 r tornam-se 0,5 uma redução brusca que também fornece um ambiente propício para as moléculas orgânicas se formarem e se organizarem em estruturas mais complexas sem o risco de serem destruídas apesar da radiação intensa na superfície causar a morte iminente dados de radar e térmicos sugerem que algumas partes da superfície de Europa podem estar cobertas por estruturas chamadas penitentes que são Picos de gelo voltados para cima esses espinhos congelados observados em Plutão com alturas absurdas de até 500 m se formam através de um processo chamado sublimação no qual o gelo passa diretamente do estado sólido para o gasoso sem derreter acredita-se que penitentes possam se formar com proeminência nas regiões equatoriais de Europa áreas onde a exposição à luz solar e a radiação de Júpiter são mais intensas promovendo a sublimação de gelo o fenômeno cria regiões de sombra nas cavidades entre os Picos onde o processo de sublimação é mais lento preservando as formações pontiagudas embora ainda não tenhamos observado esses espinhos de gelo diretamente as medições indicam que eles podem atingir alturas de até 15 M representando um grande obstáculo para qualquer missão de pouso na superfície dessas regiões outro efeito muito intrigante da riação é que ela pode fazer com que a Europa brilhe no escuro causando um efeito luminoso magnífico por toda a superfície escura de Europa fazendo o gelo brilhar com tons suaves de verde azul ou branco esse brilho é gerado pela interação das partículas energéticas de Júpiter com os sais presentes no gelo da lua Possivelmente Sulfato de Magnésio ou cloreto de sódio essa interação entre a radiação e a superfície pode excitar as moléculas no gelo e quando longe da luz solar uma leve luminescência seja emitida um fenômeno conhecido como brilho induzido por radiação Europa apresenta tanto potencial para a existência de organismos unicelulares que mesmo após 40 minutos de vídeo ainda não abordamos todas as possibilidades apesar de parecer Improvável alguns pesquisadores também consideram a possibilidade de que formas de vida multicelulares mais complexas tenham prosperado Entretanto é importante ressaltar que a vida multicelular na Terra é em grande parte dependente de organismos unicelulares que realizam a fotossíntese e liberam oxigênio na atmosfera como a fotossíntese não é uma alternativa viável em Europa isso pode restringir o tipo e a complexidade das formas de vida que poderiam evoluir nesse ambiente embora alguns teoristas sugir que a vida possa flutuar livremente nos oceanos de Europa a grande profundidade desses oceanos e a ausência de uma fonte de energia proveniente do Gelo superior tornam improvável que a atividade hidrotermal sozinha sustente um ecossistema Oceânico plenamente desenvolvido para um oceano com essas dimensões por outro lado há também chances de que a vida possa prosperar próxima à superfície de Europa aderindo entre o oceano subterrâneo e a parte inferior da camada de gelo essa ideia se baseia em fenômenos observados na terra onde bactérias adaptadas a ambientes exem colonizam parte inferior deos de gel regiões poes ciclo de congelamento EC do Gelo resultado for de Maré poderia estar criando fonte deor localizado suficiente para manter algumas áreas próximas à base do Gelo líquidas ou semilíquidas isso permitiria interações químicas entre a água e os minerais do Gelo transportados da superfície ou dissolvidos no oceano lagos de água líquida podem ter se formado dentro da camada de gelo entre o oceano e a superfície isolados e mantidos em estado estável esses Lagos análogos aos lagos subglacial em Antártida podem ser formados principalmente nas regiões caóticas e provavelmente são ricos em peróxido de hidrogênio um composto que se decompõe em oxigênio e outras substâncias quando interage com água líquida ambientes rasos de água oxigenada próximos à superfície poderiam também fornecer condições que favoreçam a existência de formas de vida aeróbicas caso os outros ingredientes fundamentais como carbono e nitrogênio também estejam presentes esses Lagos também são mais acessíveis para talvez futuras missões de pouso em Europa que escav a crosta congelada para revelar o que está abaixo há também uma hipótese de que a irradiação de peróxido de hidrogênio na superfície de Europa possa ter oxigenado o oceano subterrâneo ao longo de milhões de anos nesse modelo Júpiter por ser uma bola de gás e radiação bombardeia a superfície de Europa com partículas energéticas o campo magnético de Júpiter é como um ímã Colossal que aprisiona partículas carregadas vindas do Sol essas partículas formam um cinturão de radiação ao redor de Júpiter uma região com uma alta concentração de partículas de Alta Energia Europa estando próxima de Júpiter fica diretamente exposta a um bombardeio constante dessas partículas além desse ser o principal motivo para a radiação em sua superfície ser tão alta os prótons elétrons e íons provenientes do cinturão radioativo interagem com os compostos expostos na superfície de água congelada formando O peróxido de hidrogênio Quando irradiado O peróxido de hidrogênio se decompõe liberando oxigênio molecular esse oxigênio Então se acumula em pequenas quantidades na superfície de gelo assim se a interação entre a crosta de Gelo e o oceano for constante isso poderia permitir a subducção de placas de gelo ricas em oxigênio que poderiam afundar lentamente em direção ao interior levando esses e outros materiais irradiados na superfície ao Oceano líquido abaixo caso esse processo continue por milhões de anos o nível de oxigênio nos oceanos de Europa poderia atingir concentrações significativas talvez semelhantes aos da terra Além disso o transporte gradual de oxigênio proporcionaria mais uma fonte Vital de energia química ao Oceano suficiente para suportar a ocorrência de reações redx que poderiam sustentar formas de vida mesmo na ausência de luz solar Outro fator importante e como f no começo do vídeo Europa possu cera de grandes crateras deao refo de sua superfí Renovada cone long de bilhões de anos europae sofreu milares deos que podem ter criado brechas na crosta de gelo conectando a superfície ao Oceano subterrâneo Além da Força dos impactos que também podem estimular o manto rochoso e despertar atividade vulcânica o calor gerado nesses eventos pode derreter o gelo local funcionando como mais uma fonte e meio de transporte de matéria orgânica para o ambiente Aquático hoje a maior cratera que podemos observar em Europa chama-se puil tão impressionante que se destaca na superfície da Lua cerca de 26 km de diâmetro seu centro é marcado por um material brilhante Possivelmente composto de gelo Limpo que foi escavado das camadas mais profundas durante o impacto ao redor da cratera há raios escuros Que se estendem por centenas de quilômetros formados por detritos ejetados no momento da colisão estima-se que sua profundidade atinja vários quilômetros embora ainda não tenhamos dados concretos sobre puil acreditamos que esse e outros impactos hoje invisíveis podem ter favorecido ainda mais as chances de encontrarmos vida em Europa se comprovados todos esses fenômenos não só potencializam o surgimento de fontes hidrotermais e vulcões no fundo do oceano como também ampliam ainda mais os ambientes potencialmente habitáveis abaixo da crosta de Europa considerando a incrível diversidade e resistência da vida que encontramos nos oceanos da terra Europa se destaca como um dos locais mais promissores do sistema solar para a busca de sinais de vida além do nosso planeta dados do telescópio Hubble e da sonda Galileu sugerem que a composição química do Oceano inclui cloretos ou seja sal por mais que isso seja importante esse nível de salinidade ainda permanece um mistério e se ele for alto demais o que é possível semelhante ou superior ao encontrado em corpos de água hipersalinos da terra como o Mar Morto apenas micróbios extremófilos altamente especializados poderiam prosperar esses organismos têm adaptações bioquímicas que lhes permitem sobreviver em condições de salinidade extrema mas ambientes tão hostis tornam Improvável o surgimento e desenvolvimento de formas de vida mais complexas pelo menos como as conhecemos de qualquer forma ainda vai demorar um pouco até que consigamos bater ter o martelo para se há a presença de vida em Europa ou não embora haja razões convincentes para ficarmos ansiosos com as possibilidades a evidência concreta só será obtida quando novos estudos mais aprofundados e rigorosos forem realizados e é para realizar esses estudos que a NASA finalmente lançou no dia 14 de outubro de 2024 sua tão aguardada nova sonda Europa clipper dessa vez ao invés de apenas analisarmos Europa superficialmente iremos investigar o que está escondido sob sua crosta de gelo explorar o possível sobre oceano subterrâneo e determinar se ele possui de fato as condições para abrigar vida serão realizados mais ou menos 50 sobrevoos a baixas altitudes podendo chegar a 25 Km da superfície enquanto Europa orbita Júpiter Lembrando que a sonda Galileu fez apenas 12 sobrevoos entre os nove instrumentos de pesquisa a bordo da clipper destaca–se um radar capaz de penetrar o gelo através do envio de ondas direcionadas à superfície de Europa Esse instrumento irá mapear a estrutura interna da crosta gelada permitindo que os cientistas obtenham uma visão detalhada de sua espessura e composição ao refletir as ondas de radar de volta para a sonda será possível detectar cavidades Lagos subterrâneos ou até mesmo o oceano profundo sob o gelo com isso o radar poderá identificar locais onde o gelo seja mais fino ou onde exista aberturas que permitam a interação entre o oceano e a superfície outro distaque é um dispositivo apelidado de Caçador de plumas projetado para finalmente coletar amostras de água do Oceano abaixo podendo capturar e armazenar até 500 Kg de material através do sobrevoo das Plumas caso encontradas novas coletâneas de imagens muito melhor detalhadas da superfície e mapas de composição da fina atmosfera de Europa serão registrados o que também fará um papel crucial na identificação de locais potenciais para futuras missões de pouso a Europa clipper só chegará a Júpiter em abril de 2030 segundo as previsões da Nasa enquanto isso continuamos estudando Europa de longe com as ferramentas que temos Vale lembrar que essa missão não vai para a Europa com o objetivo de coletar ou confirmar vida mas sanar as dúvidas que temos sobre o ambiente com foco em responder a questão se seria possível encontrar vida a não ser que sejamos extremamente sortudos a ponto de interceptar diretamente uma pluma rica em microorganismos intactos expelidos do Oceano subterrâneo O que seria uma descoberta extraordinária e improvável pois o ser vivo expelido provavelmente seria fragmentado e diluído ao entrar em contato com o espaço se um microrganismo completo fosse expelido sua detecção dependeria de condições favoráveis como preservação e concentração suficiente no material amostrado pela sonda além disso a análise seria limitada a assinaturas químicas e estruturais sem capacidade de confirmar funcionalidade biológica ou reprodução meso organismos inteiros não sejam detectados a clipper pode encontrar moléculas orgânicas complexas ou padrões químicos que sugiram a presença de processos biológicos o que já seriam achados revolucionários a forma mais provável para confirmar a vida de fato é com uma missão mais avançada equipada com tecnologia capaz de acessar diretamente seu oceano subterrâneo e é para isso que a cliper já está a caminho de Europa para que missões propostas como a Europa Lander realmente saiam do Papel inicialmente a clipper estava planejada para transportar um Lander mas os desafios tecnológicos e o alto custo de uma missão de pouso direto em Europa combinada com a incerteza do investimento fizeram com que a NASA optasse por uma abordagem mais gradual caso a clipper seja um sucesso e comprove a existência de um ambiente propício em Europa poderemos avançar para a missão Europa Lander que terá a tarefa de pousar na superfície da lua e realizar análises diretas a lander estaria equipada com instrumentos capazes de perfurar o gelo e coletar amostras da subsuperfície em busca de sinais químicos e biológicos que indiquem a presença de vida além disso ela seria Projetada para estudar de perto as propriedades físicas e químicas do Gelo e do possível oceano abaixo já foi testado um protótipo do sistema de pouso do Lander de Europa onde engenheiros da Nasa criaram um ambiente irregular para imitar como seria um pouso no satélite testando sistemas de amortecimento e proteção enfim a clipper oferece um leque de possibilidades de análise mas Resumindo caso voe através das Plumas de vapor d’água e colete amostras a sonda analisará a composição química em busca de moléculas orgânicas e sinais de vida com seu radar de penetração no gelo a clipper mapeará a crosta de gelo de Europa revelando a profundidade e as características do Oceano oculto medidores de Campos elétricos e magnéticos ajudarão a entender melhor a salinidade do Oceano enquanto câmeras de alta resolução e instrumentos de análise térmica procurarão por fontes de calor e atividades geológicas recentes que possam favorecer a vida durante os TRS anos da sonda no sistema de Júpiter cada sobrevoo trará uma peça do quebra-cabeça nos aproximando da resposta para Talvez uma das questões mais importantes da humanidade Existe vida fora da terra Ela poderia estar em nosso próprio sistema só saberemos as respostas quando estivermos lá novamente mas imagine que o resultado é positivo que tipos de vida poderiam estar escondidas nesses oceanos existe uma ideia de levar um submarino até a Europa para explorar as profundezas desse oceano imagine o potencial dessa missão se conseguirmos perfurar a crosta de Gelo e mergulhar com nosso Europa submarine adentramos em uma escuridão isolada por bilhões de anos e sairíamos em busca de fontes de calor similares às da Terra isso pode parecer fantasioso mas com o avanço atual da tecnologia e das inteligências artificiais que perm a criação de robôs com capacidades avançadas de tomada de decisão já seria possível criar um submarino que se movesse e explorasse o ambiente autonomamente por mais que o oceano seja profundo a gravidade em Europa é extremamente baixa sendo apenas 13% da gravidade da terra ou seja poderíamos alcançar profundidades extraordinárias com menor resistência à pressão essa sonda submarino inteligente poderia naar por ambientes complexos e desconhecidos evitando obstáculos analisando amostras em tempo real e se adaptando a condições inesperadas se o oceano de Europa fornece condições favoráveis e se Manteve oxigenado e estável por bilhões de anos pode ser possível que formas de vida mais complexas como os peixes por exemplo tenham emergido e talvez desenvolvido mecanismos diferentes dos que conhecemos para sua sobrevivência Mas a partir de agora é trabalho para o seu cérebro imaginar que tipo de formas de vida poderiam estar escondidas nas profundezas de Europa mesmo se encontrarmos apenas organismos unicelulares isso já seria uma grande revolução em nossa compreensão da vida no universo uma fonte Independente de vida dentro do Sistema Solar sugeriria que a vida se forma com frequência sempre que as condições ideais estão presentes aena de vida em Europa indicaria que a Via Láctea provavelmente abriga uma diversidade de formas de vida desde as mais simples Até as mais complexas como nós e diante da incontável quantidade de galáxias no Cosmos apenas podemos especular sobre as incríveis outras formas de vida que podem existir por aí Se gostou desse vídeo apoie a existência desse canal deixando um like e lendo o que deixei escrito no comentário fixado muito obrigado por assistir [Música]