experiência de QUASE MORTE explicada
0Como será a vida após a morte? Ou será sequer que existe algo depois dela? Bom, nós não sabemos e talvez nunca saberemos
a resposta pra essas perguntas. Até então, a linha que separa o mundo dos
vivos e o dos mortos nunca foi cruzada mais de uma única vez pela mesma pessoa. Porém é importante lembrar que a morte não
é algo que acontece instantaneamente, ela é um processo que leva um certo tempo pra
acontecer. Às vezes segundos, às vezes horas ou dias. E esse processo de morte pode ser reversível
caso a linha de não retorno não seja cruzada. Ou seja, nós podemos recuperar e depois conversar
com pessoas que entraram no processo de morte, chegaram bem perto dessa linha, mas não a
cruzaram. Nós podemos usar a ciência pra compreender
uma experiência de quase morte. Eu tinha vinte e quatro anos quando escorreguei
debaixo de uma cachoeira, caí e afundei até o fundo daquele rio. E o que era um momento de terror, de repente,
se tornou algo até um pouco prazeroso. Me vieram visões desde a minha infância
que eu já havia esquecido há muito tempo. Eram todas tão vívidas e claras que era
como se eu estivesse revivendo minha vida inteira. Mas não exatamente. O conceito de tempo parecia estar diferente. Era como se todo o meu passado estivesse acontecendo
ao mesmo tempo em altíssima velocidade, mas ainda assim conseguia compreender e experienciar
cada momento individualmente. E além disso tudo eu sentia que era capaz
de também de perceber cada detalhe daquele momento enquanto estava submerso. Desde o som da água até a textura da areia
no fundo do rio. Naquele momento era como se eu estivesse em
um estado de iluminação profunda e conseguisse compreender melhor a vida, o mundo e o universo. Até que tudo ficou escuro. Foi exatamente essa a história de experiência
de quase morte contada por um sobrevivente ao Doutor Greyson, um psiquiatra especialista
no assunto, que já havia escutado incontáveis pacientes com histórias parecidas. Estudá-las cientificamente não é uma tarefa
simples. Não é possível realizar experimentos controlados
sob agendamento. Não dá pra botar um voluntário dentro de
uma máquina e esperar que ele tenha uma experiência de quase morte… Não de uma maneira ética. O que restava pra Doutor Greyson não ia muito
além de esperar que essas experiências acontecessem aleatoriamente no hospital que trabalhava
e então interrogar esses pacientes. Certa vez um deles lhe contou que em um momento
delicado do seu tratamento teve absoluta certeza de que havia saído do seu corpo, olhado pra
baixo e visto a si mesmo inconsciente deitado na cama do hospital. E não só isso, mas também disse que era
capaz de observar com detalhes o que acontecia na sala ao lado. Até que sua visão escureceu e uma espécie
de luz surgiu como se estivesse dentro de um túnel… E ninguém se importou com isso. Aquela era a década de sessenta e a ciência
não conseguia avançar praticamente nada sobre o assunto. Porque geralmente histórias como essas eram
apenas desconsideradas como alucinações fantasiosas sem sentido e deixadas de lado. Mas Doutor Greyson não pensava dessa forma. E resolveu continuar a escutar pacientes que
nem sempre conseguiam descrever essas experiências. A primeira coisa que eles falavam era que
não conseguiam pôr em palavras o que havia acabado de acontecer. Uns diziam que não era possível descrever
porque nosso mundo só possui três dimensões espaciais. Outros tentavam se expressar não verbalmente
através de músicas e desenhos. Mas até isso era complicado pra alguns. Um dos pacientes chegou a dizer que era impossível. Era como desenhar um cheiro. Na época haviam muitas dúvidas, e hoje,
com o pioneirismo do Doutor Greyson e muitos outros cientistas que vieram depois dele,
nós ainda sabemos muito pouco, porém temos um ideia muito melhor do que é de fato uma
experiência de quase morte. No início pensava-se que eram apenas alucinações
comuns, mas depois percebeu-se que esse não poderia ser o caso. O mesmo tipo de relato era encontrado por
todo os Estado Unidos, não teria como ser uma coincidência, mas talvez fosse de alguma
forma induzida pela cultura ocidental contemporânea. Afinal, muitos relataram ver Jesus antes da
luz no fim do túnel. Porém esse também não era bem o caso já
que descobriu-se que o mesmo fenômeno também acontecia em diferentes culturas e épocas
pelo mundo… Deve ter até no Acre. Existem relatos de experiências de quase
morte há milhares de anos, presentes na Bíblia, nos escritos de Platão e até no livro dos
mortos dos antigos egípcios. Enquanto pessoas crescidas em um lar cristão
poderiam enxergar Jesus, muçulmanos tendiam a ver Alá, hindus, gregos e egípcios antigos
as suas próprias deidades. Além disso, ateus, agnósticos e crianças
tendem a ver seus amigos e familiares… mas só os familiares legais. No fim, o que realmente é projetado é uma
figura de conforto durante as alucinações. Que na verdade nem são exatamente alucinações. Os pacientes dizem que são muito mais do
que isso, pra eles, foi um evento tão real quanto o sol que nasce todos os dias. A riqueza de detalhes na clareza e contexto
dos sentidos, sentimentos e pensamentos é como se fosse algo que realmente aconteceu. Somente a realidade deixa essa marca tão
bem definida em forma de memória em nossos cérebros. Alucinações comuns e sonhos por outro lado
são mais como lembranças vagas que geralmente acabam sendo esquecidas pouco tempo depois. Inclusive, testes foram feitos e descobriu-se
que, mesmo depois de anos, as histórias de experiências de quase morte possuíam mais
detalhes não só do que os sonhos, mas também do que os acontecimentos do mundo real na
vida daquelas pessoas. É como se aquele fenômeno fosse mais real
do que a vida real. Por essas e outras esses eventos são tão
marcantes que muitas vezes deixam marcas permanentes nas pessoas que passaram por isso. Geralmente elas tendem a se importar menos
com bens materiais, status sociais e com a morte em si. Além de aumentarem a autoestima, terem mais
gosto pela vida e se preocuparem mais em ajudar os outros… Isso é impressionante. Existem casos até de policiais e militares
que depois do evento não conseguiam continuar suas carreiras que podiam envolver violência
no cotidiano, e acabavam abandonando tudo. Muitas vezes passaram a se identificar mais
com trabalhos focados na prática direta de ajudar os outros, como a enfermagem. E o que é mais impressionante é que tudo
o que vimos até aqui acontece no momento que o cérebro humano está sem funcionar. Quando aparentemente está sem oxigênio,
sem sinais elétricos de suas sinapses, sem neurônios ativos. É nessa hora que a nossa mente deveria estar
desligada, que ela parece atingir uma espécie de estado de super cognição. O que é algo extremamente paradoxal. Como isso é possível? A princípio a mente humana deveria ser um
produto direto do objeto físico que chamamos de cérebro. E se um pode estar em pleno funcionamento
sem o outro então isso abre brechas pra interpretações exóticas. Seria possível a mente humana ser uma entidade
independente do nosso cérebro? Bom, essa seria uma afirmação extraordinária,
e até agora não temos provas que a suportem, o que dirá provas extraordinárias. Nós sabemos muito pouco sobre o que está
dentro de nossas cabeças. E parece que quanto mais usamos nossa mente
e cérebro pra compreendê-los, nós descobrimos ainda mais mistérios para serem revelados
sobre o objeto mais complexo do universo e a própria vida e morte em si. E a morte é algo que acontece com todos nós,
mas será que todos nós possuímos clones? Bom pra saber onde eles poderiam estar, basta
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