Fala AI: ChatGPT é pop no Brasil e GPT-5 decepcionou?

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Chegou a hora da nossa coluna da semana. Fala aí. [Música] E vamos receber Roberto Pen Pinelli aqui ao vivo. Físico pela USP, especialista em machine learning por Stanford e colunista do olhar digital. Vamos lá. Olha o Pena aí. Boa noite, Pena. Tá frio por aí, pelo visto, né? Boa noite, bem-vindo, querido. Tô pior, Marisa, eu não sei o que acontece, tá? Cada cada semana tá esfriando mais, mas enfim. Estamos aqui segurando como podemos, né? Pois é, Pena. Olha, realmente definitivamente esse ano 2025 o inverno passou mesmo por aqui, né? Porque ele tá tendo um período um pouquinho mais constante e frio mesmo. Faz muito bem de ficar aí todo protegido. Pena. Vamos lá. Vamos falar sobre, claro, o chat GPT. Nós vimos agora a pouco essa pesquisa da Open Ai sobre o uso do chat GPT aqui no Brasil. Esse número de uso do chat GPT chega a te surpreender. Mais ele diz alguma coisa sobre como é a relação, a nossa relação com essa tecnologia? Pena. Olha, Marisa, eu eu achava que o Brasil usava bastante, mas não imaginava que era tanto. A gente tá em terceiro lugar em mais usuários, né, em mais usos do mundo. É realmente surpreendente. O Brasil ali dá medalha de bronze, né? Não sei se é bom, se é ruim. a gente tem que entender agora o que que significa, mas eh eu olho isso de maneira positiva, então eu realmente fui surpreendida com o uso do brasileiro, mas eu acho que eh assim, a gente talvez não tenha que se orgulhar tanto do uso de redes sociais, mas pelo menos eu acho que o uso da inteligência artificial eh se a gente usa, né, como como os números mostram que são, acho, se eu não me engano, os maiores usos são eh de facilitação para texto, então são pessoas querendo se comunicar melhor e também para aprendizado. Então, 20 e 15% foram os usos, esses dois usos. Então, esses dois usos eu acho positivo, né? Porque a gente eh estaria vendo aí eh pessoas buscando se comunicar melhor e aprender mais. Claro que nem sempre é assim. Às vezes a pessoa quer escrever lá ao negócio e ela eh vai começar a desaprender até mesmo como escreve. a gente não sabe, mas enfim, por enquanto a gente talvez tenha que olhar com bons olhos, porque a gente tá usando sim essa tecnologia, uma tecnologia nova que eh certamente pode aumentar eh capacitar mais as pessoas e de fato nesse mundo, Marisa, isso faz diferença. Eh, além disso, outra coisa que eu queria trazer é que o brasileiro, o Brasil tá em segundo lugar no uso da IA em programação. Aí eu realmente fiquei surpreso e dessa vez certamente positivo, porque o Brasil tá em segundo lugar em pessoas que utilizam a API da Upni para programar, para usar, então eh para criar coisas novas, né? Então esse talvez seja um dos melhores usos que a gente pode ter da IA, que é de fato inovando, né? É na inovação, criando novos novas novos programas, criando novsos usos, novos aplicativos. Então, parabéns aí pro Brasil. Eu espero que eh isso se reverta no no curto e médio prazo em algo positivo pra gente em termos de inovação. Com certeza. Agora pena, vamos entrar no outro assunto que tá até estampando aí a nossa live hoje, que é o seguinte, os novos, os nossos testes da redação aqui do olhar digital com o GPT5, o relato da nossa equipe para o uso do dia a dia testando contexto e organização de ideias, não é? eh ele eh não dá para identificar, na opinião da redação, grandes mudanças de desempenho no quesito de tarefas mais simples, não é? Um ponto observado é que o chat GPT está mais direto e menos bajulador também, mas parece que isso irritou alguns usuários. Fala pra gente, Pena. É isso mesmo. Então, eh, e esse é bem curioso, né, esse fenômeno. Então, eh, primeiro queim, de fato, o charpt para algumas tarefas, o, o, o charpt, né, o GPT5, novo lançamento, ele eh não pareceu estar eh melhor ou ter algum benefício absurdo. Em parte se deve, porque tem tarefas que meio que não tem como você melhorar mais, sei lá, eh, você meio que satura, né? Então você está pedindo para ele elaborar um texto melhor. Às vezes o texto que ele já elaborava antes é tão bom que o próximo não dá para ser melhor do melhor. Chega uma hora que você fala assim: “Ó, isso aqui já é o bom suficiente, não tem muito como melhorar”. Ou então para ele te explicar alguma coisa, se ele já tem uma explicação incrível para aquela coisa, não dá para você criar uma explicação ainda mais incrível. para alguns usos, realmente talvez seja até difícil de mensurar isso. Eh, mas para outros usos, como programação, como realizar tarefas complexas, aí sim a gente teria mais campo para ele se diferenciar. Mas eh a questão que você trouxe, a Opennei acabou cortando os os modelos anteriores, o 4, o O3, o O4 Mini, que eram modelos que os usuários, quem usava de graça, não ia ver diferença nenhuma, porque nunca pôde escolher esses modelos. você sempre usava lá o chat GPT, que era o que tava rodando, normalmente era o 4 por trás, mas agora com quando eles implementaram o novo mesmo pros usuários pagos, eles resolveram tirar. Por quê? Porque eles falaram que o o chat PT5 ele já roteia internamente o modelo melhor. Que que eles querem dizer? Não é um único GPT5, Marisa. É uma família de modelo GPT5. umas que são mais rápidas, mas que t um pensamento mais mais raso, outras que pensam mais profundamente, outra que pensa ainda mais profundamente, mais complexo. E existe um roteador, é como se fosse alguém ali que tá que escolhe, quando você faz uma pergunta, ele escolhe internamente qual dessas e que ele vai usar para responder. Então, ah, é uma pergunta simples, vou jogar para esse aqui que é mais rápido. Opa, isso aqui é uma pergunta complicada. O problema, Marisa, é que quando eles implementaram eh nos primeiros dias, esse roteador diz a Opennea que tava com problema, tava escolhendo mal. Então, as pessoas começaram a falar, muitas pessoas começaram a falar que, nossa, é, o modelo é muito ruim. Eu mesmo, na minha experiência, eu falei: “Não é possível que esse GPT5 tá parece mais idiota do que o anterior, né? Tá fazendo algumas idiotícias que que o outro não faria. Então o PNA deu lá uma desculpa, disse que o roteador tava com defeito, então tava escolhendo o modelo errado. Eu não sei, deu uma melhorada agora recentemente, mas o fato deles terem tirado os modelos anteriores, Marisa, fez com que muita gente ficasse chateado, porque a pessoa já tinha um relacionamento, já sabia lidar com o 4, eh, de uma maneira específica e o novo ficou um pouco mais seco, um pouco menos amigável. Então a gente tem que questionar talvez como a nossa relação com essas máquinas, né, tá se tornando. Porque por um lado é legal a gente cria uma certa familiaridade, um estilo, já você já escreve de um jeito mais amigável com aquela pessoa que você conhece, mas por um outro isso pode criar uma dependência. Isso pode levantar alguns alertas vermelhos sobre será que a gente tá eh tendo um envolvimento, passando de um certo nível saudável, né? Então fica esse questionamento. Muitas pessoas reclamaram porque perderam seu melhor amigo, porque o novo amigo não era tão amigo quanto o anterior. Agora, pena, você comentou sobre a questão da programação que o brasileiro tá usando muito para programar. E na sua experiência você testou programando? O que que você acha da dessa nova versão nessa questão de programação? Maris, eu eu sou heav user, uso muito, né, principalmente para programação, fazendo os meus projetos aqui na Caramelo Biônico. Então a gente eu uso o dia inteiro, né? E dessas dessas 140 milhões de mensagens que o Brasil manda por dia, acho que umas 50 milhões são minhas, viu, Maris? Não sei, não. Tô brincando. Mas vamos lá. Eh, então, na programação eu acabei, eu acabo usando muito e o que que eu percebi, eu não senti, pelo menos por agora, foram cinco dias de implementação, né, do do GPT5. Eu não senti essa diferença toda que eles relataram nos BMAX. Quando, lembra que semana passada, né, e eu até apareci na quinta-feira falando: “Olha, por enquanto esse aqui é o dia do lançamento. Eu eu não consegui ainda testar muito, tinha feito um prompt só para testar, mas eh a gente tem que tomar cuidado com o que eles falam no no na na demonstração, porque a demonstração aceita tudo, né? né? Eles estão usando ali o melhor recurso, mais processamento, fazem um negócio já para dar certo. E eu falei, pelo que eles estão demonstrando, parece incrível, mas a gente precisa testar na vida real. Na minha vida real, pelo menos durante essa esses cinco dias que eu usei, eu não percebi essa diferença. Para algumas tarefas, eu até achei que o modelo O3 anterior me parecia melhor, sabe? Algumas inconsistências e tal. Não sei se tem a ver com essa problema do roteador, né? Apesar que não, porque eu tava usando dentro de um programa que eu escolhi o modelo. Eh, sinceramente, eu fiquei um pouco sim frustrado, Maris. Eu tava esperando que fosse essa revolução. Você ia falar com ele, ele ia inventar ali um negócio inteiro. Porém, muitas pessoas também assim, tiveram pessoas como que falaram: “Olha, não vi melhoria exatamente na programação, não sei se se isso tá melhor ou pior”. Mas teve muita gente falou que foi incrível, que que com um único prompt conseguiu gerar coisas absurdas. E qual que é a minha sensação, Marisa, é que de fato a gente tá comparando coisas diferentes, porque eh como eu falei, tem uma família de GPT5 rodando por trás e dependendo da tarefa, um daqueles GPT5 lá, que pode ser o mais um dos mais espertos, mais profundos, pode assumir. Então, pessoas que já tinham acesso anterior ao GPT5, possivelmente estavam tendo acesso ao melhor dos melhores possíveis e e aí relataram as suas experiências incríveis. enquanto que outras pessoas que começaram a ter acesso agora, né, só recentemente, talvez não tavam ali, estavam disputando com muitas outros usuários, então eles acabaram roteando para um GPT mais superficial. Talvez isso se melhore no futuro, Marisa, mas acho que esse foi talvez o primeiro lançamento da Openei que não veio com tanto ímpeto, as pessoas, muita gente se frustrando. Então, dessa vez acho que a Openei deu uma bola fora porque não conseguiu entregar e cumprir a promessa toda que ela colocou ali na frente. Uhum. É, e também porque a expectativa era bem alta, né? Até eu lembro que na quinta-feira a gente comentou se era talvez a primeiro passo paraa tal da inteligência artificial geral. Qual a sua opinião hoje? Cinco dias depois, Pena. Então, Marisa, eh se eu se eu tiver que avaliar só do que eu usei, eu vou dizer que tá muito ainda parecido com os outros modelos anteriores. Não deu um salto, né? Talvez nem dependendo do uso, talvez nem melhorou. Mas eu mas eu acredito, eu acho que a gente ainda tá passando por um período de de intermediário. Eh, eu vi sim pessoas usando de maneiras absurdas. Então, eu ainda acredito que existe, que mora ali dentro, ali nesses monte de de GPT5 variados, mora um modelo extremamente potente, incrível, com raciocínio muito alto. Eu ainda acho que existe, não é uma, não acho que é farsa. Resta saber se isso vai começar a se tornar um modelo mais padrão. Então eu acho que a gente pode ter dado um passo importante paraa questão de chegar numa inteligência mais geral, mas esse passo não ainda está disseminado. Aquilo que eu até falei na semana passada, olha, que se vocês estão tão colocando GPT5 para todo mundo, quer dizer que esse isso já é economicamente viável. Então, o que tá me mostrando agora, não, um desses GPT5 aí por trás não é ainda economicamente viável para deixar disponível para todo mundo. Ele ainda tá sendo, digamos, eh ele tá sendo usado ainda em poucas instâncias. Então eles ainda precisam melhorar muito a capacidade de processamento para que isso se distribua para todo mundo. Então, ou seja, é um tijolinho colocado, mas eh que demanda ainda uma estrutura muito grande que talvez eles ainda não tenham. Ou seja, precisamos de mais tempo para que essa estrutura chegue. Então eu não sei, Mari, é um sentimento misto aqui, pelo menos vindo da minha parte. Tá certo? Bom, então temos mais uma semana aqui para passar aí a evolução para ver o GPT5. Semana que vem temos mais assuntos também, né? Pena com mais um quadro. Fala aí. Então, excelente semana para você. Obrigada pela participação hoje e vamos ver os temas da semana que vem o que nos aguarda. Obrigada, Mar. Então, semana que vem a gente retoma, quem sabe esse assunto, quem sabe a gente já vai falar de coisa, outras coisas, porque não para aí o mundo da Iá. Beijo para todo mundo. Boa noite. Beijo. Boa noite, Pena. Boa semana. É isso aí, pessoal. Mais um fala aí para vocês com Roberto Pene Pinelli, físico pela USP, especialista em machine learning por Stefford e colunista aqui do Olhar Digital. Semana que vem, como vocês já sabem, terça-feira tem o quadro Fala aí. Semana que vem tem

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