FAMÍLIA STAUDTE: Alguém queria menos gente em casa.

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Olá, eu sou a Renata Quadros e esse é o Recontando Casos, canal onde eu trago vocês aqui pra sala da minha casa e reconto um caso daquele jeitinho que a gente gosta, com bastante detalhes e vídeos longos. Que bom que você está aqui para mais um vídeo nessa terça-feira. Que bom que vocês não enjoaram da minha cara ainda, né, gente? Muito obrigada por isso. Se se você já tiver enjoado, guarda para você. Pelo amor de Deus, eu não aceito bem críticas, eu fico mal. Se você tá chegando aqui pela primeira vez, eu conto casos criminais às terças-feiras e às vezes rola aí um vídeo extra na terça, na quinta, quando eu consigo. Então eu vou ficar muito feliz que depois que você assistir esse vídeo, se você gostar, venha fazer parte da nossa família e se inscreva aqui no canal. A gente já está aí no meio do ano, né? já passou, né, do meio do ano de 2025, gente. É uma loucura, loucura. Eu espero que todo mundo esteja bem aí do outro lado, que tenha tido um dia agradável ou se ainda tá na correria, tá terminando o dia. Mas o momento agora não é de correria, não é de resolver pepino, não é de ficar estressado. Quer dizer, às vezes a gente fica estressado com os casos aqui do canal, né? Mas isso tá liberado. Mas a gente tem que ter o feeling de quando é aquele momento que a gente tá precisando ficar off, que a gente precisa desligar e ficar no nosso mundinho, na nossa bolha. E é claro que eu vim falar para vocês de como a gente pode aproveitar esses momentos se vestindo de uma maneira tão deliciosa quanto poder ficar nesses momentos de relax, que é com a Insider. O que vestir, né, quando a gente quer ficar assim de boa em casa, mas ao mesmo tempo você não quer ficar totalmente largada, porque você pode precisar dar uma saidinha ou pegar um delivery na portaria ou na porta de casa. Eu escolho as roupas da Insider. 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E tudo aconteceu de uma forma muito repentina, uma tragédia atrás da outra, sem nenhuma explicação aparente. Algumas pessoas falavam que essa família era muito azarada, outras falavam em karma, maldição, mas enfim, uma explicação veio. E quando essa explicação veio, o que as pessoas antes achavam que era algo sobrenatural ou até inexplicável revelou nomes e um sobrenome. Vamos começar então falando sobre a família Staury. A família era composta por Diane e Mark Stury. Os pais eles moravam em Springfield, no Missouri e eles tinham quatro filhos. O mais velho, o Sean, e as filhas Sara, Rachel e a mais novinha, a Briana. A Diane, ela nasceu em 5 de abril de 1962 e ela cresceu ali em Springfield mesmo e uma casa onde a religião era levada muito a sério. Seus pais eram extremamente conservadores e a igreja fazia parte ali da rotina da família. Ela foi descrita como sendo uma menina mais quietinha, mais naela, reservada, porém sempre muito decidida. A Diane, ela sabia já desde muito jovem o que ela queria pra vida dela, que era cuidar dos outros. Então, quando ela pôde ir pra faculdade, ela foi pra faculdade de enfermagem, onde ela finalmente conseguiria tornar esse sonho realidade, né? Ser enfermeira e cuidar dos outros. Além da vocação para a saúde, outra coisa que fazia muito parte da vida da Dayane era a música. Desde muito pequenininha, na verdade, nas fontes fala de 3 anos, ela já tocava piano e a música se tornou uma constante durante toda a vida dela até ela se tornar adulta. E foi quando ela tinha 22 anos, em 1984, que ela conheceu o Mark Stury. O Mark era 11 anos mais velho que a Daene. Ele nasceu em abril de 1951 e os dois se cruzaram em um festival de blue grass e logo eles perceberam que tinha algo muito forte em comum, a música. Os dois eram músicos talentosos, né? A Diane, ela tocava piano, como eu já falei, e o Mark tocava violão, tocava gaita, e ele também encantava. A Diane também cantava, esqueci de mencionar. E quando ela conheceu o Mark, ele já tinha a sua banda, ele era vocalista dessa banda, vocalista principal. E eles se deram muito bem. Eles tinham algumas coisas em comum, inclusive de serem pessoas reservadas. O Mark, apesar dele ser ali, né, o vocalista de uma banda, ele não tinha assim essa essa personalidade de ser expansivo com todo mundo. E isso se deve muito à infância do Mark, que foi um pouco complicada. A infância dele foi marcada por mudanças constantes. O seu pai, ele era militar e isso fazia com que a família vivesse em várias cidades dos Estados Unidos. A gente já comentou isso, né, em alguns casos. que é bastante difícil para uma criança, para um jovem não ter um lugar ali, para ele chamar de casa, sabe? Uma cidade, um bairro que ele conviva com as outras pessoas. E no caso do Mark, inclusive ele foi morar em alguns períodos até fora do país, né? Fora dos Estados Unidos. Então, cada vez que o Mark ele começava a se adaptar a um lugar, fazer os amigos, criar raízes, a família precisava se mudar novamente. Então, durante essa infância instável, até a falta ali, né, de amigos, dessa convivência, foi a música que se tornou o Porto Seguro pro Mark. Ele aprendeu sozinho, inclusive, a tocar violão. Ele desenvolveu ali a sua potência vocal, começou a cantar cada vez melhor e ele passou a ter esse sonho de um dia viver da sua arte, né? Viver de música. Muitas pessoas que realmente amam a música, gostam de tocar um instrumento, sonham com isso, né? Apesar do talento que o Mark tinha, realmente, ele nunca conseguiu um sucesso com a sua banda. Ele nunca conseguiu realmente viver disso, mas ele não desistia. Era algo que ele fazia com muito prazer, ele amava muito. Então ele continuava com as suas apresentações ali na cidade de Branson, no Missouri. E foi nesse ambiente aqui, quando ele tava ali se apresentando nos barzinhos, tentando conseguir algum dinheiro, que ele conheceu a Diane e logo que eles se conheceram, como eu já citei aqui, eles se deram muito bem. Eles tinham várias coisas em comum. A conexão foi muito rápida, muito profunda e o Mark, ele falava já desde o início que ele queria passar o resto da vida com a Dayane, era o amor da vida dele. Eles tinham essa diferença de idade, né, de 11 anos. A Daane tinha 22, ele estava ali entre os 33 e 34, mas eles se entendiam, né? As coisas funcionaram. Tanto que eles se casaram no mesmo ano que eles se conheceram e logo em seguida a Daen engravidou. No dia 2 de julho de 1986, então o primeiro filho do casal nasceu e eles deram o nome de Shan. Quando o Sean nasceu, a Daene ela já trabalhava como enfermeira em um hospital. Então ela tinha, né, já um trabalho ali na área dela e o Mark ele continuava fazendo os shows dele, né, em vários lugares diferentes e conseguia um dinheiro com isso. Ele não tinha um emprego fixo, mas nesse início aqui, né, pra família tava tudo OK, eles estavam conseguindo se manter e dar ali tudo que o Shan precisava. E aí depois disso a família só cresceu. Em 1988, ou seja, 2 anos depois aí do Sean, eles deram as boas-vindas à primeira filha do casal, a Sarah. E em novembro de 1990, de novo, dois anos depois, a família cresceu novamente com a chegada da segunda filha, a Rachel. Ao longo desses anos, a Daene, ela sempre voltava a trabalhar no hospital assim que ela ganhava o bebê, né? ficava um tempo em casa, depois ela já voltava a trabalhar e ela continuava sendo ali a maior provedora da casa, né? A maior parte do dinheiro que entrava ali na família era da Daye. E porque o Mark trabalhava mais à noite, né, quando ele ia tocar nos bares, era sempre à noite, ele assumiu o papel de cuidar da casa, né, a rotina ali doméstica e também cuidar das crianças. Em algum momento aqui o Mark, ele conseguiu um trabalho de meio período em um bar. Então ele trabalhava nos dias de semana, nesse bar à noite, e nos finais de semana ele tinha esses shows aí em outros bares diversos. Para o Mark, a música era muito importante, era quase como se ele não conseguisse viver sem tocar, né, sem estar nesse ambiente. Então, em algumas vezes, ele até tocava em alguns bares sem cachê, assim, pelo simples prazer de tocar. Então, tinha esse lado aqui, né? Mas a música realmente era muito importante pro Mark. Ele precisava sempre estar cantando, tocando alguma coisa e assim era a vida da família. Com o tempo, a família Staury se mudou para Springfield, como eu citei no início do vídeo. E essa cidade é a cidade natal da Daene, né? Os pais da Daen ainda moravam lá, o que aproximou, né, o casal também de um suporte familiar. A Daene, ela conseguiu um novo emprego em um novo hospital local e inclusive o salário nesse novo hospital era melhor, né, do que o anterior, o que foi bom porque já sabemos aqui nesse ponto que ela era a maior provedora ali da casa, né? Então esse aumento salarial ajudou bastante. A família se estabeleceu em uma casa modesta ali em Springfield, uma casa com três quartos. pelo que dá a entender nas descrições, não era uma casa muito grande e eles ficaram nessa casa durante muitos e muitos anos. As crianças realmente cresceram nessa casa e conforme, né, os anos vão se passando, as crianças vão crescendo, virando adolescentes, querem um pouco mais de espaço, então os conflitos começaram a acontecer, né, muitas pessoas convivendo ali numa casa pequena e outras dificuldades apareceram pra família, além da dificuldade de convivência. O Sean, o filho mais velho, ele foi diagnosticado com autismo, o que exigia ainda mais atenção, né, mais cuidados diários. E o Sean, ele sempre foi descrito como um menino muito interessado em leitura, muito inteligente. Ele participava de várias oficinas, várias atividades, mas ele nunca conseguia um emprego. Então ele também não tinha uma renda própria. E isso foi se estendendo conforme o Chancendo e virando adulto, né? ali com 25, 26 anos, ele ainda não tinha conseguido encontrar um trabalho, ele não tinha uma renda, né, um dinheiro que fosse dele ou também para ajudar ali a família. A Sarah, a filha mais velha, depois do Sean, ela se formou em filologia francesa e ela tinha o sonho de trabalhar como tradutora. Só que, no entanto, ali na cidade de Springfield não havia muita oportunidade para ela nessa área e ela acabou ficando desempregada também, né? embora ela estivesse sempre atrás de um emprego, né, sempre tentando uma vaga nessa área. Só que, de novo era algo muito restrito. A próxima filha aqui na sequência, a Rachel, ela parecia estar trilhando um caminho de bastante sucesso, assim, bastante próspero. Ela era meio que o destaque assim da casa ali da família, né? Ela herdou dos pais o amor pela música e além disso ela também tinha um grande talento pro desenho e outras artes visuais. Ela também se destacava como uma aluna muito brilhante, notas sempre altas e um desempenho exemplar. E a Daene, obviamente, ela sentia muito orgulho da filha. Ela fazia questão de mostrar isso para todo mundo, né? Ela usava rede social, né? Ela usava o Facebook e ela sempre estava postando sobre a Rachel, sobre as conquistas da Rachel. Só que as coisas não param por aí, né? Porque eu falei lá no começo que eram quantos filhos? quatro, né? E por enquanto eu só falei de três, né? Por quê? Porque em 2001 a Daene, ela já estava ali com 40 anos e o casal teve mais uma filha, a Briana. Nesse período, após o nascimento da Briana, a Daene ela mudou novamente de emprego. Ela passou a trabalhar na área de seguros de saúde. Ela ainda atuava ali no setor de saúde, né? Mas era aquele trabalho mais burocrático, né? longe dos corredores ali do hospital, longe de atender as pessoas, como ela sempre tinha feito. A casa continuava a mesma que eu falei para vocês, né? Uma casa pequena, com três quartos e agora eram quatro filhos, né? E mais o casal. E era uma casa que, por mais que eles tentassem manter organizada, manter limpa, ela nunca parava dessa forma assim. Então tinha muita coisa entulhada, muita coisa bagunçada. às vezes eh existir esse estresse porque eles não conseguiam nem andar direito no corredor porque tava sempre bagunçado, sempre cheio de coisa. E a Daene, ela chegou a descrever a casa como pura desorganização. E com o passar dos anos, a pressão só aumentava ali na família, né? A Daiene, ela continuava praticamente sustentando a casa inteira sozinha. Ela enfrentava também outros desafios agora com a filha mais novinha, a Briana. A Briana, quando ela já estava na quarta série, ela começou a apresentar dificuldades de aprendizagem. E fora tudo que ela já estava lidando, que eu falei para vocês, né? A outra filha, Sarah, ela continuava desempregada e nesse ponto ela tinha já acumulado várias dívidas da época que ela estava na faculdade, porque ela não tinha conseguido pagar e também não estava entrando dinheiro. E o Mark, ele continuava também na sua rotina ali de músico, né, tentando fazer algum dinheiro, trabalhando num bar. E tem um amigo do Mark tocava na mesma banda que ele, era um dos amigos mais próximos do Mark. Ele fala que mesmo com todos esses problemas que estavam tendo dentro da casa, ele sempre falava da família de uma forma muito carinhosa. A visão que esse amigo tinha do Mark era de um homem extremamente dedicado. Segundo ele, o Mark sempre estava feliz com as crianças, feliz com a esposa e ele amava a família, falava sempre da família. Já a visão que ele tinha dado da Enne era um pouco diferente. Ele falou que ela nunca era muito assim simpática, muito sociável com ele. Quando ele ia até a casa da família, ele mal entrava, né? Ele ia na frente da casa assim. E muitas vezes que ele chegava para falar com o Mark, a Daane entrava, fechava a porta da garagem para não falar com ele. Assim, parecia que ela só tolerava, sabe, esse amigo do Mark. Mas mesmo assim o Mark ele falava para esse amigo relevar, porque a Daane lidava com muita coisa, ela sempre tava tentando ajudar todo mundo ao mesmo tempo, dar conta, né, de tudo ao mesmo tempo. Então ele sempre defendia a esposa. E talvez o único momento ali que a Daane ficava um pouco mais mais feliz assim, menos estressada, era quando ela falava da filha da Rachel. A Rachel era meio que a menininha assim dos olhos da mãe, né? A Diane, ela via na filha uma versão em miniatura de si mesma, né? Uma versão mais jovem e também uma versão mais aprimorada dela, assim, uma versão que ela acreditava que a filha poderia ser o que ela não foi, sabe? Aos olhos da Daene, a Rachel era meio que a filha perfeita, ela não cometia erros. E esse favoritismo era meio que assim visto por todo mundo, sabe? Porque como eu falei, ela sempre falava muito da Rachel, sempre postava muito, né, sobre a filha no Facebook, então não era algo assim velado. E a Rachel, ela realmente era essa jovem dedicada, super inteligente, muito talentosa e assim como a mãe, ela também era bastante envolvida na igreja. Ela tocava diversos instrumentos na banda da congregação, ela cantava músicas de temática religiosa e realmente ela seguia meio que os passos da mãe, né? Como eu falei, uma versão aprimorada da mãe. Esse é o cenário, tá, dessa família, assim, uma família com as suas dificuldades, com seus desentendimentos, né, entre eles, mas que de fora, pelo menos, parecia que todo mundo queria fazer dar certo, né? Todo mundo no final das contas estava unido ali, né, da melhor forma que eles conseguiam ser. [Música] E então a gente chega em abril de 2012. Finalmente o Mark parecia estar prosperando um pouco mais na sua profissão ali como músico. Depois de muito insistir, né, na noite aí tocar bastante, o Mark, ele conseguiu eh apresentações fixas em uma casa de shows. E era uma casa de shows onde iam bastante turistas e eles recebiam, por exemplo, pessoas que iam fazer cover do Elvis, da Areta Franklin e o Mark ele fazia parte da banda, ou seja, a banda era sempre a mesma em todas as apresentações e era essas apresentações fixas, várias apresentações, aí mudava ali o cantor, quem tava se apresentando. E ele tava muito feliz com isso, assim, era a primeira vez que a banda dele tinha conseguido algo um pouco maior, sabe? e estavam recebendo por isso. Então, ele estava bem feliz. E a gente tá falando aqui da primeira semana de abril. Nessa primeira semana de abril estavam acontecendo alguns ensaios, né, dessas apresentações. E o parceiro ali de banda que tocava bateria na banda do Mark, ele percebeu que o Mark estava um pouco estranho. Durante um desses ensaios, o Mark ele estava diferente, assim, ele não estava no seu normal, ele não andava direito, ele ficava cambaleando no palco, ele arrastava muito as palavras, ele não tava conseguindo cantar direito, assim, parecia que ele não conseguia pronunciar as palavras direito, sabe assim? Parecia até que tava bêbado. Várias músicas que ele cantou a vida inteira dele, de repente ele começou a esquecer as letras, assim, ele não parecia se lembrar o que ele tinha que cantar. alguns gestos descoordenados. A postura dele no palco mudou também. Parecia que não era o mesmo Mark de sempre. A princípio, os colegas do Mark acharam que ele estava bêbado. Não era algo muito raro disso acontecer, né? O Mark bebia bastante. Só que aí no outro ensaio tudo se repetiu e no outro ensaio de novo. E isso não mudava. E aí, na verdade, além de não mudar, as coisas só pioraram, porque ele começou a aparentar estar diferente. A pele dele parecia amarelada, ele parecia fraco, com cada vez mais dificuldade de fazer as coisas, de falar. Ao mesmo tempo, tinha horas que ele ficava bastante irritado, ele respondia aos colegas de banda e não era um comportamento do Mark. que o Mark sempre foi mais sossegado. Às vezes ele criava alguma coisa na cabeça dele, começava a brigar, então parecia que ele tava meio paranóico, vendo, escutando coisas que não existiam. E o mais louco disso tudo é que a Daane também percebeu essas mudanças, esse comportamento estranho, mas ela disse que mesmo ela falando pro marido que ele tinha que ir no médico, ele se recusou. Ele falou que ele não queria ir no médico, que isso ia passar e que tava tudo bem. E foi uma situação bastante preocupante, principalmente pro Sean, pro filho mais velho. E ele começou a falar sobre isso no Facebook dele. Ele começou a postar, fazer várias, né, publicações lá, demonstrando estar muito preocupado com o pai. E eu vou ler aqui algumas dessas publicações. Então, no primeiro dia de abril ali de 2012, ele escreveu o seguinte: “Abre aspas: “Meu pai está sofrendo de uma doença mental incurável e provavelmente vai morrer”. Fecha aspas. No dia seguinte, no dia 2 de abril, o Chan escreveu: “Abre aspas, meu pai está lentamente começando a ter problemas para dirigir e realizar qualquer coisa. Quando ele dirigia, eu tive que ajudá-lo a manter o carro reto.” Fecha aspas. Alguns dias depois, no dia 5 de abril, ele escreveu o seguinte: “Abre aspas: “Meu pai está tão louco que não quero mais ser amigo dele.” Fecha aspas. No dia 6, as coisas começam a ficar mais sombrias. Abre aspas. Meu pai mudou de pânico, agressivo e egoísta para deprimido e suicida. Ele disse que preferia se matar a continuar nos atormentando. Não sei se vou vê-lo vivo. Ele não se importa mais consigo mesmo. Se ele morrer, quero ver para ter certeza. Fecha aspas. No dia 7 de abril, ele escreveu o seguinte: “Abre aspas. Meu pai está ficando cada vez mais doente. Sua fala está arrastada. Ele anda cambaleando, parece exausto o tempo todo, está dormindo por horas e pode desabar a qualquer momento. Fecha aspas. E finalmente, na manhã do dia 8 de abril, que era o domingo de Páscoa, ele escreveu o seguinte: “Abre aspas, meu pai está tão cansado que passa metade do dia na cama. Suas habilidades motoras se deterioraram. Ele não consegue mais cortar a grama direito, nem dirigir um carro com segurança. Se continuar ao volante, pode colocar em risco animais, pessoas e ele mesmo. Fecha aspas. O Chan estava muito preocupado. Ele sempre se demonstrou bastante sensível, né, ao perceber essas coisas. Então ele colocava para fora ali na rede social. Só que o mais louco é que parecia que ninguém estava fazendo nada para mudar essa situação. Bom, essa última postagem que eu li para vocês foi no domingo de Páscoa, no dia 8, e de manhã a família foi até a igreja. Eles faziam isso todo domingo, né? Então, nesse domingo não seria diferente. Porém, o pai, o Mark, ele ficou em casa para descansar, porque ele realmente estava muito ruim. Só que ao voltar da igreja, a Daane ela foi imediatamente checar o marido, né, ver como ele estava, se ele tinha melhorado. Quando ela chegou perto do mar que, ela percebeu que ele não tava respondendo, né? Ela chamava, ele não respondia. Ela chegou mais perto, começou a mexer no marido e ele não acordava. Ela chegou a puxar as cobertas, começou a sacudir o Mark e ele não acordava. E foi quando ela mesma disse posteriormente que ela sabia que ele estava morto. O Mark, ele tinha 61 anos de idade quando isso aconteceu. E é claro que para todo mundo que o conhecia, foi um choque a notícia da sua morte. Uma equipe de emergência foi chamada até a casa, mas quando os socorristas chegaram já não havia mais nada a ser feito, né? O Mark realmente estava sem vida. A Daiene, ela falou, né, para o pessoal ali da emergência que o marido se recusava a pedir ajuda, ele se recusou a ir até o hospital. E ela mencionou que o Mark ele tinha várias condições crônicas, ele tinha diabetes, ele tinha hipertensão, ele não se alimentava bem, né? E ele tinha o hábito de fumar e beber também. Os socorristas, eles perceberam algo estranho ali no mar que era eh sangue ao redor da boca dele, assim, todo ao redor da boca tinha um pouquinho de sangue. Mas os paramédicos ali, depois também os legistas, eles não consideraram aquilo um sinal alarmante, preocupante. A causa oficial da morte do Mark foi registrada como ataque cardíaco. Nenhuma autópsia foi solicitada, nenhum exame adicional foi feito. A despedida aconteceu na Igreja Luterana Redentora, onde a Dayane organizou ali um serviço simples, mas foi bastante emocionante, bastante tocante. Os membros da banda ali do Mark, eles tocaram uma das músicas favoritas dele, que se chama The Darkest Hour. E realmente foi um momento assim de bastante dor. O Mark ele era muito querido por muitas pessoas e depois disso o corpo do Mark foi cremado e as suas cinzas foram jogadas em um lago ali local. Nos próximos dias aqui a Daane, ela fez uma postagem no seu Facebook onde ela dizia o seguinte: “Abre aspas para todos os meus amigos no Facebook. Na noite do último domingo, meu marido de 27 anos foi para o seu lar eterno. Fecha aspas. Bom, vocês devem imaginar que a morte do Mark causou uma dor profunda ali na família, né? Uma pessoa que de repente está ali e de repente não tá mais, né? Ela fica doente, fica estranha, começa a piorar muito e ela vai embora assim do nada, né, da noite pro dia. E isso mexeu profundamente, óbvio, com os filhos, principalmente o Sean, que era o mais velho, e a Briana, que era a mais novinha. E o Sean, principalmente, ele ficou assim muito muito abalado. Ele ficou cada vez mais fechado no mundo dele. Assim, ele mergulhou numa tristeza muito, muito profunda, porque como eu falei aqui para vocês, ele estava muito preocupado com o pai. Ele não sabia muito o que fazer. Ele viu essa piora do pai, né? E agora ele não tinha mais o pai ali do lado dele. Como ficou esse clima, né, na casa, assim, essa ausência do mar que ali foi muito sentida, a Daene ela resolveu se mudar. Ela preferiu ir para uma outra casa recomeçar. O Mark, ele tinha uma pólice de seguro, não era um valor muito exorbitante, era cerca de 20.000 000 na época, mas foi o suficiente para que a Daane conseguisse trocar de casa, mudar para uma casa um pouco maior, um pouco melhor agora com os filhos. Era, segundo a Dayane, o início de um novo capítulo na vida da família. A nova casa ali oferecia mais espaço, mais conforto e mais distância, né, do que tinha acontecido na casa anterior. Nessa nova vizinhança é dito que a família Stauri, ela não convivia muito com os vizinhos, assim, ela não era uma família muito sociável, eles ficavam mais reservados. Algumas pessoas sabiam, né, o que tinha acontecido com eles, que eles tinham perdido ali o pai da família e tudo mais. Então, muito era atribuído a isso, né? Ah, eles estão passando por esse período de adaptação, deve ser difícil. Então assim, eles quase não eram vistos, sabe, na vizinhança. [Música] Só que o que era para ser um capítulo feliz aqui na vida da família, né, de recomeço, na verdade parecia que eles estavam em um ciclo e que o próximo capítulo ia ser tão triste quanto o passado. Porque cerca de 5 meses depois que eles já estavam morando nessa casa, ou seja, 5 meses depois que o Mark tinha falecido, o Sean, o filho mais velho, começou a apresentar os mesmos sintomas do pai. Inicialmente pareciam sintomas de uma gripe, né, febre, dor no corpo, náuseas, falta de apetite. Mas esses dias se transformaram em semanas e a situação só piorava. Ele nunca melhorava desses sintomas. E aí ele começou a ter cólicas muito fortes, diarreia, frequentemente dores de cabeça, assim, daquelas que você fica sem nem conseguir abrir o olho. E ele começou a ter convulsão. O Sean, ele já tinha tido convulsões anteriormente, mas estava controlado. Eles tinham conseguido controlar com medicamentos e agora parecia que tinha retornado. Por cerca de três semanas, o Sean, ele estava nesse estado aqui, né, de sofrimento constante. Ele não conseguia se locomover com facilidade. E a Daene, ela tentava ali socorrer o filho com o conhecimento que ela tinha como enfermeira. Ela tentava ajudar o filho ali como ela podia, mas o filho parecia não melhorar. E a história se repetiu porque também era um domingo, só que agora era 2 de setembro do mesmo ano de 2012. A família vai até a igreja, né, no domingo de manhã, como eles sempre faziam. E o Sean, como estava muito mal, ele fica na casa. Quando a Daane volta para casa, ela encontra o Shan caído no chão do quarto dele. Parecia que ele tinha desmaiado ali. Parecia que ele tinha levantado da cama, foi tentar fazer alguma coisa, desmaiou e caiu no chão. Só que quando a Daane foi checar, ele não tinha apenas caído no chão ou apenas desmaiado, ele também estava sem vida. Da mesma forma que ela encontrou o marido, agora ela estava encontrando o filho mais velho. Outra semelhança com a morte do Mark era mancha de sangue ao redor da boca. O Chan apresentava isso exatamente igualzinho ao pai. A Daane também ligou ali pra emergência. Eles chegaram na casa para ver se eles conseguiam fazer alguma coisa, mas infelizmente já era tarde. E o Sean, ele tinha 26 anos quando ele morreu. Mais uma vez, a causa aparente era devido à condição médica do Sean. A Daane, ela relatou que o Sean havia passado mal nas últimas semanas e que ele tinha, né, esse histórico já de convulsão e que, provavelmente, naquele dia ele tinha sofrido um outro episódio, né? ele tinha convulsionado e acabou morrendo. Só que dessa vez eles resolveram fazer uma autópsia no chão, porque eles acharam um pouco estranho isso, né? morreu o Mark alguns meses depois o filho, muito parecido, mesmos sintomas, mesma mancha, né, na boca, mas os exames foram feitos e nenhuma, nenhum indício ali óbvio de crime foi encontrado. A autópsia não revelou nenhuma toxina evidente, nenhum sinal de outra causa, né, de morte ali. Então, a explicação oficial apontou para complicações relacionadas ao histórico de convulsões e o caso foi encerrado sem nenhuma investigação a mais. Inclusive, tem uma vizinha da família que ela deu uma declaração em um dos documentários que eu assisti sobre esse caso e ela fala que quando a família se mudou, ela meio que já sabia o que tinha acontecido com a família, né, que eles tinham perdido o pai ali. E aí meses depois ela saiu ali, né, na casa dela e ela viu a van do legista na frente da casa. Ela ficou muito preocupada, então ela vai até a casa ali e fala com a Daene. Ela pergunta o que aconteceu, né? Eu vi a V do legista aqui estacionada. Você tá bem? E ela disse que a Daane só olhou para ela e falou assim: “Ah, sim, o meu filho morreu.” A vizinha se lembra muito bem que não houve emoção, não havia uma lágrima. Foi assim um comentário seco, sabe? como se ela tivesse falando qualquer coisa do tipo: “Ah, é o encanador que veio arrumar a minha pia”, por exemplo. Essa vizinha, ela ficou meio sem reação, porque obviamente eu acho que ninguém espera que essa vai ser a reação de uma mãe que acabou de perder um filho. Mas tem sempre aquela coisa, né, gente? Cada pessoa lida com o luto de uma forma. Ela tinha acabado de passar por algo bastante traumático e agora o filho poderia estar em choque. Então, ela resolveu assim não julgar a Daane nesse momento, apesar dela ter ficado um pouco assustada. Só que algo também chamou bastante atenção depois que o Shan faleceu, é que ao contrário do Mark não teve velório, não teve nenhuma missa, nenhum memorial, nada. O Shan ele também foi cremado, assim como o Mark, e as cinzas também foram jogadas no mesmo lago, no mesmo lago que as cinzas do Mark foram jogadas. E de novo, alguns dias depois, a Diane fez uma postagem no seu Facebook que dizia o seguinte: “Abre aspas: “Tem sido difícil encontrar as palavras certas, mas aqui vai. No domingo, meu filho mais velho morreu. Embora estivesse doente ultimamente, pensamos que ele estava melhorando. Obrigada a todos que ligaram ou mandaram mensagens. Por favor, continuem orando por nós.” Fecha aspas. É dito que os vizinhos tentaram de alguma forma acolher a Daiene tentar oferecer algum tipo de ajuda para ela, mas eles sentiam que a família queria ficar isolada, assim, eles não queriam muito contato com as outras pessoas, né? O que era um pouco estranho. O que eles já eram, né, isolados antes, agora ficou pior. É dito que as meninas, né, elas nem eram vistas ali saindo ou entrando da casa e ficava esse esse meio que esse mistério no ar, né, que acontece com essa família assim, uma tragédia. atrás da outra, mas as tragédias ainda não tinham acabado. [Música] Em junho de 2013, ou seja, um pouco mais de um ano aí da morte do Mark e 9 meses depois da morte do Sean, quem começa a passar mal é a filha agora mais velha, a Sarah. De novo, tudo começou com sintomas comuns, desconforto estomacal, febre, dores no corpo e aos poucos o quadro se agravou. Ela começou a ter vômitos constantes, diarreia intensa, cólicas, assim como o seu irmão, né, o Sean. Dores de cabeça, fraqueza generalizada. E em questão de dias, a sua saúde se deteriorou a ponto de não conseguir mais se levantar da cama. Era assustadoramente parecido com o que aconteceu com o Sean e com o Mark. Só que diferente das outras vezes, desta vez a Daane levou a filha para o hospital para a emergência. A Sarah, ela estava com 24 anos aqui quando tudo isso aconteceu. E quando a Sarah chegou no hospital, eh, a situação dela foi descrita como sendo assim o mais doente que o ser humano consegue ficar ainda vivo. Ou seja, se ela ficasse um pouquinho mais doente, ela ia falecer. Todos os seus órgãos estavam falhando, os rins, fígado, pâncreas, o cérebro ele já apresentava sinais de sangramento e ela precisou ser colocada em suporte de vida, né? um sistema separado para manter cada órgão funcionando artificialmente. E os médicos estavam chocados porque a Sara, ela não tinha nenhum histórico de doença. Ela era uma pessoa saudável, ela não usava drogas, ela não tinha tido nenhum tipo de histórico de nada, nenhuma doença genética. E os sintomas eram confusos até pros médicos e só pioravam. Eles não conseguiam entender o que que estava causando tudo aquilo na Sarah, né? Eles não conseguiam eh chegar num diagnóstico, então eles não conseguiam tratar também, né? Porque se você não sabe o que que tá causando aquilo, como que você vai tratar? Enquanto a Sarah estava lá recebendo todo o atendimento necessário, os médicos ficaram ali em cima do caso dela o tempo inteiro. A Daiene, ela tava pedindo ajuda pelo Facebook. Ela escreveu o seguinte, abre aspas: “Minha filha Sarah está em estado crítico na UTI esta noite. Peço orações”, fecha aspas. Muitas pessoas começaram a comentar nesse post, amigos, membros da igreja, vizinhos, colegas da Sarah. E foi nesse post que o cunhado da Dayene, ou seja, o irmão do Mark, ele escreveu o seguinte: “Abre aspas, parece que essa família está cercada por má sorte. O que está acontecendo?” Fecha aspas. E era o que as pessoas queriam saber, gente. Era o terceiro membro da família que estava nessa situação. A diferença nesse caso é que a Sarah conseguiu ser atendida e existia uma pequena chance de ela sobreviver. Então as pessoas ficavam comentando, né? Será uma maldição? Será um karma? Algumas pessoas começaram a cogitar uma doença genética. Algumas pessoas achavam que eles tinham sido expostos a algum tipo de ambiente, alguma coisa na alimentação. E existiam também aquelas pessoas que começavam a desconfiar de algo mais sombrio. Afinal, foi o Mark, foi o Sean e agora a Sarah. Todos adoeceram de forma semelhante, todos sobeto, e ninguém sabia o motivo. Era no mínimo estranho. Alguém deveria estar por trás disso tudo. E outras pessoas também estavam um pouco desconfiadas dessa situação. Enquanto a Sarah estava ali recebendo atendimento, ela estava na UTI nesse momento, né? A equipe médica começou a achar o comportamento da Dayane um pouco estranho. Eu tenho certeza que vocês também, né? Porque vocês já são, ó, inteligentíssimos. Apesar do estado crítico da filha, com múltiplas falências ali de órgãos, uma uma chance mínima de sobrevivência, a Daane ela estava calma, ela não demonstrava desespero. E os profissionais ali, né, que estavam atendendo, eles estavam acostumados com isso, né, com o desespero dos familiares, né, com o pedido o tempo inteiro de que salvem minha filha, salvem o meu ente querido. E não era isso que estava acontecendo. Pelo contrário, a Diane, ela era vista sorrindo, ela fazia piadas com a equipe. E mais de uma vez ela comentou abertamente, gente, sobre planos que ela estava tendo de fazer uma viagem pra Flórida. E a viagem ia acontecer já assim em breve, tipo nos próximos dias, próximas semanas. E o mais perturbador, porque ela chegou a comentar que essa viagem aconteceria mesmo se, por exemplo, a Sarah não sobrevivesse, ou se ela tivesse que continuar no hospital recebendo tratamento, não ia importar, a viagem ia sair. Algumas enfermeiras, elas pensaram o que eu já comentei aqui, né? Bom, talvez ela esteja, sei lá, em choque, talvez seja um trauma muito grande, ela não quer lidar com isso. Então, ela tá tentando assim desassociar de alguma maneira aquela coisa assim da negação, né? Tipo, não vou não vou lidar que eu vou perder aqui mais um ente querido, não quero lidar com isso, então eu vou falar de uma viagem. Só que o comportamento da Daene, gente, assim, só piorava. Não tinha como ajudar a Daane nesse momento e achar que ela tava tendo algum tipo de trauma. Enfim, porque ela começou a falar sobre essa viagem e ela começou a dizer que se caso a Sera não sobrevivesse, ela tinha uma pólice de seguro no nome da filha e que ela ganharia, né, depois que a filha falecesse, $1.000 e que ela poderia usar esse valor também na viagem paraa Flórida. Uhum. provavelmente gastar o dinheiro, sei lá, na Disney. Então, os olhares ali das pessoas que antes era de compaixão, às vezes até tipo de pena, né, começaram a mudar e começou a ser um olhar de desconfiança. Realmente o hospital, eu não sei exatamente quem, né, a equipe médica ali reportou essa desconfiança à polícia para que a polícia começasse a olhar ali, né, de alguma forma. Só que ao mesmo tempo que tudo isso tá acontecendo, a polícia recebeu uma uma dica, uma dica de início aqui anônima sobre o que tava acontecendo aqui na família Staudy. Como eu falei de início, essa ligação foi anônima e a voz do outro lado da linha dizia que a Daen Stury, poderia estar envolvida não apenas na condição crítica da Sarah, que estava na UTI, mas também nas mortes anteriores do seu marido Mark. e do seu filho mais velho, o Sean. Esse denunciante, ele alegava que as três vítimas apresentaram, né, esses sintomas parecidos e que não poderia ser só uma coincidência. E então a polícia começou a investigar e ao mesmo tempo existia também agora a desconfiança do hospital, né? O hospital também já tinha entrado em contato com a polícia ali de Springfield. O detetive designado para esse caso foi o detetive Neil Mcames. E ele começou já de início a revisar os relatórios médicos dos três casos, né, do Mark, do Sean e da Sarah. E é algo imediatamente ficou claro pro detetive, né? semelhanças eram impressionantes, sintomas progressivos estranhos em pessoas que pareciam saudáveis, que não tinham tido nenhum tipo de doença ou de sintoma aparecido antes. Isso acontecer da forma que foi, né, de uma forma tão repentina e óbvio, né, na mesma família. O detetive então foi até o hospital falar com a equipe médica e um dos médicos disse que embora eles tivessem feito já vários testes, eles não conseguiam identificar a origem do colapso ali da Sarah, né? Mas ele mencionou assim que eles estavam cogitando a hipótese de envenenamento. Foi nesse momento também que o detetive começou a conversar, né, mais ali de perto com a equipe médica, que ele ficou sabendo do comportamento estranho da Diane, que ela não demonstrava uma preocupação de uma mãe que estava com a filha na UTI, que ela ria, falava da viagem, falava de planos futuros e dependente se a Sera estivesse viva ou não. E lembra da ligação, né, que eu falei para vocês, a ligação anônima. Pois bem, gente, quem ligou para falar que tava desconfiado foi o próprio pastor ali da congregação, o nome dele é Jeff Sip. Ele falou que foi movido pela própria consciência. Ele sentiu que ele precisava agir. Algo dentro dele dizia que havia um lobo escondido entre as ovelhas. E esse pressentimento não deixava o pastor em paz. Ele sabia, no fundo, que havia algo muito errado, que as atitudes da Dayene após as mortes o incomodavam profundamente e aquelas dúvidas, né, começaram a se tornar insuportáveis para ele. Ele ficava pensando nisso o tempo inteiro. Em suas próprias palavras, ele disse que não conseguia mais carregar aquele sentimento. Era hora de fazer o que tinha que ser feito. E então foi quando ele pegou o telefone e ligou pra polícia. E assim, pelo que eu entendi, esse pastor, ele foi chamado também para falar diretamente com a polícia, tá? Então, eu não sei exatamente se foi a polícia que descobriu quem fez a ligação anônima ou se ele mesmo resolveu assumir, né, e falar com a polícia. Mas ele deu esses detalhes, né, da desconfiança dele, né, do comportamento da Daenja e tudo mais, que ele achava que não era condizente com que ela tava passando. [Música] Bom, e nesse ponto aqui, o detetive queria ouvir a própria Diane, né? Ele queria ouvir o que ela tinha para falar e ele queria falar dessas desconfianças. Ele queria saber sobre a história da vida dela, como ela passou por todas essas tragédias. Ele queria que ela falasse. Então a Daane foi chamada para prestar um depoimento e ela foi voluntariamente e sem hesitar ela compareceu à delegacia. A entrevista começou ali com um tom leve, né, quase que informal. Os detetives eles começaram a conversar sobre a igreja que ela frequentava, sobre a rotina dela, sobre a família. E a Daane, ela parecia bastante tranquila. Ela tava cooperando, respondendo tudo certinho, sem sinais aí de nervosismo. Mas aí alguns minutos depois as coisas começaram a ficar estranhas, porque foi quando os detetives começaram a perguntar sobre a Sarah, sobre a condição que ela estava, que era muito grave, e a Daiene começou a falar de uma forma assim como se nada tivesse acontecendo, como eu já falei aqui para vocês, despreocupada. Inclusive, ela até fala, né, que ela tava com todos os órgãos falhando, que ela já estava com hemorragia cerebral e ela até solta uma risadinha assim, porque ela fala assim: “Ela está tão doente quanto ela poderia estar ainda viva”. E ela solta uma risada depois disso. Gente, quem tem esse tipo de reação, ela tá falando da filha que está à beira da morte e ela tá sorrindo, ela tá brincando. E quando o detetive começou a perguntar então do marido dela, ela foi bem direta também e falou: “Meu marido morreu o ano passado. Ele tinha muitos problemas médicos, fígado, diabetes e ele não parava de fumar”. Depois ela é questionada sobre o seu filho. E é muito curioso a resposta que ela dá, porque o detetive pergunta: “Você também tem um filho? Não tem?” E ela diz assim: “Não”. E aí ela já corrige e fala assim: “Não, não tenho mais”. Ele morreu durante uma convulsão, né? Quando ela foi questionada sobre o casamento, por exemplo, ela começou a falar que não era um casamento bom. Ela chamou o Mark de caloteiro e insinuou que havia agressões verbais e até físicas da parte dele. Ela disse que ele jogava coisas nela, nos filhos. E ela também contou que ele bebia e fumava maconha e que não contribuía em nada pra casa e ela não aguentava essa convivência com o Mark. Só que quando ela tá contando isso, é sempre num tom assim muito calmo, sabe? Sim, eles até falam nas fontes um um tom blazê, né? A pessoa não tem reação nenhuma. Ela tá contando como se tivesse contando qualquer outra coisa sem emoção. E aí quando ela começa a falar, né, do casamento, ela começa a falar todas essas coisas do Mark, os detetives eles mudam um pouco a abordagem aqui do do interrogatório, né? Eles começam a ser mais empáticos com ela, sabe? começar a dizer assim: “Ah, a gente entende como é difícil conviver com uma pessoa assim, como é difícil carregar o fardo da família nas costas e que às vezes você pode, né, chegar num limite e fazer coisas que você não queria fazer e que eles entendiam ela, né, que é difícil realmente.” Então eles partem para essa abordagem e chega numa hora que ela começa meio que parece que desabafar assim, sabe, com os policiais. E ela começa a dizer assim: “É, eu poderia ter feito diferente. Eu poderia, por exemplo, ter eh chamado socorro para Sarah antes. Talvez eu tenha demorado demais”, foi o que ela disse. E aí ela começou a meio que, como é que eu vou dizer assim para vocês, tentar explicar sem ninguém ainda ter perguntado nada, sabe? Então ela começou a falar do SH de novo e ela começou a dizer que o filho andava muito deprimido, que ele tinha pensamentos suicídas, que talvez ele pudesse ter tomado alguma coisa e ela não viu. E aí chega no momento que o detetive fala que muito provavelmente exames seriam feitos novamente na amostra coletada do Shan lá quando teve uma autópsia. Porque aconteceu o seguinte, né? Vocês lembram que quando o Shaw faleceu, eles fizeram uma autópsia nele, né? E logo depois disso o corpo foi cremado. Só que essa amostra ali que eles pegaram para fazer a autópsia, ela estava preservada. Eles poderiam fazer um exame novo nessa amostra, né? Ou exames diferentes também. E eles falam isso para a Daene. E ela começa a ficar um pouco preocupada. aquele tom blazer, aquele tom assim mais calmo, muda um pouco. E de novo ela começa a tentar explicar uma coisa ainda sem ninguém ter questionado exatamente aquilo. Então ela volta a falar que o Mark ele tinha muitos amigos estranhos, que ele deveria estar envolvido com drogas. Ela também fala que o Sean eh estava pesquisando na internet como tirar a própria vida. E ela começa a dizer que a Sarah estava cheia de dívidas, estava com muitos problemas e que ela falava constantemente em sumir. Era sim uma enxurrada de justificativas, tudo para meio que tirar o foco dela, né? Ela tava percebendo que as coisas estavam ficando feias para ela, né? As paredes ali estavam fechando cada vez mais. E aí, gente, do nada ela larga uma frase assim: “Bom, eu sei que eles estavam bebendo anticongelante.” Vamos lá. O que é o anticongelante? O anticongelante, gente, é um líquido especial que vai misturado na água do radiador do carro ou outros veículos e máquinas. E ele serve para evitar que a água congele quando está muito frio, evitar que a água ferva quando está muito quente e proteger o motor ali contra ferrugem e corrosão. Com essa definição, né, de um de um produto que você usa no carro, é muito estranho que a Daane fala assim: “Bom, eu sabia que eles estavam bebendo anticongelante, como que você vai saber que alguém está bebendo isso e você não vai fazer nada? Você vai achar isso super normal?” E os detetives, eles tiveram essa mesma reação que eu tive aqui, né? Ninguém em sã consciência bebe o anticongelante. É uma substância altamente tóxica. É uma substância que tem a sua função, mas que para o ser humano ela é mortal. E quais são os sintomas, né, que uma pessoa vai passar se por acaso ela beber o anticongelante? sintomas progressivos, né, começam ali com uma náusea, uma dor de cabeça, um vômito. Depois a pessoa vai perdendo os sentidos, começa a ter uma fala arrastada e assim, mais posteriormente ainda a falência dos órgãos, ou seja, basicamente os sintomas que o Sean e o Mark tiveram e agora os que a Sara estava tendo. A Daane tentou explicar essa frase dela, né? Eu sabia que eles estavam bebendo anticongelante. Ela tentou dizer que ela não sabia o que fazer, que ela tava cansada já da rotina ali da família, da casa e mesmo sabendo que eles estavam bebendo o anticongelante, ela não fez nada. É claro que essa história não faz sentido nenhum, né? E o detetive percebeu isso e foi nessa hora que o detetive fala a seguinte frase pra Diane: “Dayene, você sabia que eles estavam bebendo anticongelante? porque era você que estava dando enticelante para eles. E foi aí que a história realmente começou a ser contada forma que ela aconteceu. A Daane começou a falar tudo. A Daiene ela confessou que ela havia envenenado o marido, o filho e agora por último a filha, a Sarah. Ela deu detalhes, gente, sobre o anticongelante que ela usou. Porque assim, pelo que eu entendi, tá, lá, pelo menos lá nos Estados Unidos, existia o anticongelante inicial que começou a ser vendido. Ele não tem cor, ele não tem cheiro e ele tem um gosto adocicado, né? A fórmula dele, a composição faz ele ter um gosto adocicado, ou seja, muito perigoso, porque se alguém coloca o anticongelante na bebida de alguém, ela não vai perceber que tá bebendo algo tão tóxico assim. justamente por causa do gosto adocicado e também por não ter cheiro e não ter uma cor e incolor, né? Não tem cor nenhuma. E aí as empresas que fabricam o anticongelante, elas tiveram que mudar ali um pouco a composição. Eles tiveram que adicionar uma cor específica, eh colocar cheiro também, né? algum cheiro mais forte e mudar o gosto do anticongelante. Não podia ser mais aquele gosto adocicado. Eles colocam um algo que deixa o sabor amargo justamente para evitar aí envenenamentos. Só que a nossa querida Daiene, ela pesquisou uma versão antiga ainda, uma talvez até clandestina, não sei, e de anticongelante. Então, ela começou a colocar esse anticongelante na bebida dos seus familiares. E aí os detetives perguntam: “Tá, mas por que por que que você fez isso?” E aí começam as explicações da Daene. Ela disse que o Mark, né, o seu marido, era um peso na casa. Ele não trabalhava, ele era abusivo, segundo ela, e segundo ela ainda a deixava louca. O Sean, o Sean, segundo ela, era chato, não fazia nada e só reclamava, né? Ele também não trabalhava, ele não colocava dinheiro na casa. E a Sarah? A Sarah, segundo a Diane, ela tinha dívidas demais. Ela não conseguia emprego e ela só sobrecarregava a Diane. Tudo isso que eu falei aqui, gente, foi falado pela própria Daene. Inclusive, a entrevista dela vocês conseguem assistir no YouTube, tá? Legendado, como eu sempre falo para vocês. E vocês ouvem ela falando isso, que a Sarah só sobrecarregava, que ela tinha muitas dívidas, que ela não aguentava mais. Ela chama o Sean de Praga, que era um fardo, que era um chato. Ela tá falando dos filhos dela dessa forma. Ela disse também que estava cansada de sustentar a todos ali na casa, que ninguém ajudava, que a casa era um caos, uma bagunça constante, que ela queria uma vida mais simples e que eles desaparecessem da sua vida, que se isso acontecesse, tudo seria mais fácil. Ela falou também sobre a casa, né, que eu até mencionei no começo que a casa era meio bagunçada e tudo mais, que ela disse que ela se sentia sufocada aonde ela ia tinha coisa na casa e ela queria sair dali, ela queria se sentir livre de novo. E mesmo ela contando tudo isso, a forma que ela conta, gente, continua assim, blazeria. Ela não tá chorando, ela não tá desesperada, ela não tá nervosa não. Ela também não tá assim com um certo prazer contando tudo isso. É realmente zero emoção. Não tem nem emoção de felicidade, nem de tristeza, nem de raiva, nada. É zero. Ela chega a dizer algumas vezes que ela se arrependeu do que ela fez. Ela disse que não sabia mais o que fazer, que ela não tinha mais o que fazer. E ela chegou a dizer que ela era uma péssima mãe. Bom, pra polícia tudo aquilo era a confissão de um crime, na verdade, de três crimes, né? E depois de meses, aí eles descobriram que não eram tragédias aleatórias que estavam acontecendo na casa, né? Era realmente a Daen por trás disso tudo. E a verdade começou a aparecer. A polícia, ela não perdeu tempo, né? Assim que a Daane confessou, eles foram direto pra casa dela para buscar provas. E na garagem, gente, eles nem precisaram procurar muito, porque na garagem tinha uma estante assim, uma bancada, eu acho que era, com o anticongelante, o frasco ali, né, do anticongelante e do lado um packzinho de Coca-Cola, né, das garrafinhas pequenas de Coca-Cola. A gente já vai falar sobre a Coca-Cola. Eles puderam confirmar que o anticongelante que ela tava usando realmente era aquele que não tem cor, não tem cheiro e tem um gosto adocicado. Bom, a Daene ela envenenava usando as bebidas favoritas ali, né? No caso do marido eram algumas bebidas alcoólicas, então ele nem percebia, né? Ele não percebia acho que nem o gosto adocicado do anticongelante. E no caso do Shan foi a Coca-Cola, né? era a bebida preferida dele. Então, ela colocava o anticongelante nas garrafinhas, ela colocava quantidades pequenas inicialmente e ela ia oferecendo dia após dias até que os sintomas começassem a aparecer. Então, ela não fazia assim, tipo, tudo de uma vez. Ela realmente queria que parecesse uma doença misteriosa, né, que os sintomas começam até levar à morte. Bom, pra polícia ficou bastante clara aqui a motivação da Dae, não que essa motivação fosse correta, né? Mas paraa polícia, a motivação da Daene era que ela vivia aí há anos acumulando frustrações dentro da casa dela. Ela era a única provedora da família, ela trabalhava longas horas fora de casa e quando ela voltava, ela ainda tinha que ser responsável por algumas atividades ali domésticas. O Mark, o marido, era visto por ela como esse cara preguiçoso, desleixado, inútil, que não trazia o dinheiro para casa. Segundo ela, ele não ajudava com as tarefas, com os filhos e, obviamente, não trazia dinheiro, né? Não contribuía financeiramente. Segundo a Daien, a dedicação do mar era apenas para a música, né, e nunca trouxe nenhum retorno real. Essa insatisfação com o casamento também foi agravada pelos desafios de cuidar dos filhos ali, né? Ela afirmava que a Sarah tinha acessos de raiva, tinha uma ansiedade extrema. O Sean, que era diagnosticado com autismo, ele apresentava dificuldades sociais, era dependente, mesmo já tendo 26 anos, também não trabalhava. Ela falou também sobre a Briana, a mais novinha, que enfrentava as dificuldades de aprendizagem, como eu já falei para vocês. E pra Diane, todos eram um peso. Ela chegou a descrever o Sean, como eu falei para vocês, gente, como pior do que uma praga. E no meio de tudo isso aqui, a Daane, ela começou a cultivar esse ressentimento contra a família, toda a família, basicamente, e começou a desenvolver esses pensamentos, né, sombrios que nenhuma mãe deve ter, né? a de tirar a vida dos filhos, porque para ela eles eram fardos, ela não queria mais lidar com eles. E aqui, gente, e foi uma coisa que eu pensei enquanto eu estava escrevendo roteiro, né? A gente tem que pensar num detalhe aqui. A Dayene, ela era enfermeira, né? Vocês se lembram, ela trabalhou por muitos anos, inclusive na UTI de um hospital, então ela estava acostumada a lidar com pacientes em situações críticas. Se tinha alguém que saberia identificar ali os sinais de uma emergência, esse alguém era a Daene. Ela sabia quando alguém ia precisar de uma ajuda maior, quando tinha que levar alguém para um hospital. Ela sabia os sintomas, tudo. E mesmo assim ela viu o marido e dois filhos passando por tudo isso e não fez nada. Por que que eu digo isso? porque ela tinha um entendimento maior da dor que eles estavam sentindo, né, de tudo que eles estavam passando nesses dias que eles estavam piorando, justamente por causa do conhecimento dela. E mesmo assim ela se calou. Ela assistiu o marido definhar e ela justificava que era isso que ele queria, que ele não queria ir no médico. Ela ignorou sinais graves do filho também, né? E na verdade tudo que ela fazia ali pro filho, ela dizia que ele precisava eh se hidratar. E o que que ela dava para ele se hidratar, gente? Ela dava Coca-Cola com o anticongelante. Ela enfiava uma Coca atrás da outra. Ela falava que era isso que ele precisa, só se hidratar e descansar. E também depois, né, gente, e o comportamento dela depois de tudo isso com uma frieza absurda. E outra coisa também que eu quero pontuar sobre a pólices de seguro, né? Porque eu falei para vocês que ela recebeu uma pollice de seguros na quando Mark faleceu no valor de $20.000. Ela recebeu também uma pólice de seguro do Shan no valor de $15.000, o mesmo valor que ela receberia se a Sarah não sobrevivesse, né? Então assim, foram valores, não quero dizer pequenos, mas não é nada assim muito grande, como a gente vê em alguns casos assim que a pessoa tira a vida de uma outra pessoa para receber milhão de dólares, 100$.000, 200.000. Não era o caso aqui. E sinceramente, gente, tudo indica que o dinheiro aqui nesse caso não era realmente o principal. Ela não estava fazendo isso pensando nessas apólices de seguro, não tava. O que a Daane queria realmente era se livrar da própria família. O dinheiro, na verdade, veio ali como um bônus no final de tudo isso. Bom, mas vocês acham que acabou? Não acabou, porque ainda tem uma revelação que a polícia está prestes a descobrir. [Música] Bom, quando a Daane foi presa, a polícia precisava falar com as outras duas filhas da Dayane, né? a Rachel, que na época que estava com 22 anos, e a Brian estava com 9 anos aqui na época. E só uma explicação aqui, gente, vocês viram que eu não mostrei nenhuma foto da Briana, né? Ela sempre tá com o rosto desfocado. E isso é porque em todos os casos, os vídeos, né, que eu assisti sobre esse caso, é, documentários também, eles não mostram a foto da Briana. E vocês já vão entender por, né? Então é uma é para preservar mesmo a identidade dela, a imagem dela, tá? Então é por isso que não tem fotos dela aqui. Bom, a Rachel então foi chamada pela polícia para ser informada de tudo que estava acontecendo, que a mãe era a culpada, né, por todas as tragédias ali na família. E a Rachel, ela ficou obviamente muito abalada com essa revelação. Ela não conseguia acreditar no que ela estava ouvindo, que todo aquele sofrimento que ela passou dentro de casa, né, perdendo o pai, perdendo o irmão, que foi tudo muito doloroso, agora ela tava sabendo que a culpada por trás disso tudo era a própria mãe. E ela começou a demonstrar também uma preocupação, um medo. Ela até meio que chora falando disso sobre ser a próxima vítima. Ela acreditava que de repente se a polícia não tivesse interceptado aqui nesse momento, a próxima seria ela e depois a Brian. E enquanto a polícia tá aqui conversando com a Rachel, eles continuam fazendo toda a busca lá na casa da Dayane, né, procurando mais provas, enfim. E lá, gente, eles encontram um diário roxo. Esse diário, ele estava assim numa prateleira lá da casa. A polícia ficou intrigada, né, com esse diário, começou ali a olhar e eles perceberam que esse diário era da Rachel. E um dia específico que a Rachel escreveu chamou a atenção aqui da polícia. Ela escreveu no mês de junho de 2011, só para vocês não se perderem nas datas. Em junho de 2011 tava tudo normal na casa. Ninguém tinha falecido, ninguém apareceu com sintomas estranhos, porque a primeira morte ali aconteceu em abril de 2012, né? Então assim, é quase um ano antes. E o que que estava escrito nessa entrada aqui desse diário da Rachel? Eu vou ler exatamente o que estava escrito. Abre aspas. É triste perceber que meu pai irá falecer nos próximos dois meses. Meu irmão partirá logo depois. Vai ser difícil se acostumar com as mudanças, mas tudo vai dar certo. Fecha aspas. Sim, gente, a Rachel, a filha preferida da Diane, sabia tudo que ia acontecer quase um ano antes. Bom, quando a polícia começa a ler esse diário, eles perceberam isso que eu acabei de falar aqui para vocês, né? Eles vão confrontar a Rachel, né, sobre o que tava escrito ali naquele diário. Existe até gravação desse momento, né, o detetive, ele mostra o diário para Rachel, pergunta se ela reconhece o diário. Ela diz que sim, que era o diário dela, que ela escrevia sempre. E aí ele abre exatamente nessa página onde ela falava exatamente isso que eu acabei de ler para vocês. E aí ela explica o que era aquilo ali escrito. Na verdade, ela disse aos investigadores que ela tinha sonhos estranhos, alguns pesadelos, e ela havia transformado ali em palavras. Ela tava falando que ela tinha sonhado com essa situação, sabe? que o pai ia morrer, que o irmão ia morrer. Só que os investigadores sabiam que isso era assim, balela, né? E que muito provavelmente existia mais coisa aí por trás disso tudo. Quando eles achavam que já tinham descoberto tudo, né? Na verdade tinha mais, né? Então eles começam a pressionar um pouco mais a Rachel e começam a falar, né? Olha, a sua mãe já confessou, a sua mãe já falou que ela envenenou o Mark, depois o Sean e fez a mesma coisa com a Sarah. E à medida que a conversa avançava, a imagem da Rachel, como essa jovem inocente e até apavorada, assustada nesse momento, começou a desmoronar. Ela começou a admitir aos poucos que sabia o que estava acontecendo. Ela confessou que muito antes da morte do pai, ela e a mãe, a Daene já tinham conversado sobre se livrar dele, que elas fizeram buscas em bibliotecas, computadores públicos, pesquisando métodos de tirar a vida de outra pessoa, de uma forma que não deixasse evidências e que também fosse uma forma simples de fazer com coisas ali que elas teriam na própria casa. E a escolha do anticongelante veio principalmente por dois motivos. Primeiro, o que eu já comentei aqui, né? Ele não teria gosto porque elas compraram exatamente aquele que tinha um gosto mais adocicado, que seriam ali imperceptíveis nas bebidas que elas iriam colocar, né? Que normalmente eram as bebidas alcoólicas do Mark, então que o álcool tem já um sabor muito forte, né? E a bebida do Shan, que era a Coca-Cola também muito forte. Eu não consegui exatamente saber como ela fez isso com a Sarah. Em algumas fontes falam também sobre a Coca-Cola, em outras mencionam chá também, mas enfim, ela colocava na bebida de alguma forma, na bebida que eles bebiam ali diariamente, que era corriqueiro deles tomarem. Mas o outro motivo pelo qual elas escolheram o anticongelante foi que nas pesquisas que a Rachel fez na biblioteca, na internet, é que ele não seria de fácil detecção. Para você detectar a substância ali do anticongelante num corpo de uma pessoa, você tem que estar buscando especificamente por aquela substância. E normalmente quando alguém vai fazer esses testes mais genéricos assim, eles não fazem esse tipo de teste procurando especificamente o anticongelante. Então seria uma forma de elas camuflarem isso. E outra coisa também que ele é um envenenamento, digamos assim, a longo prazo. Você não consegue dar uma dose muito forte assim, tem que ser aos pouquinhos. E a pessoa vai definhando também assim, aos poucos. E era isso que elas queriam. Elas queriam que parecesse algo assim, como eu já falei, uma doença inexplicável, algo assim que eles não conseguiriam detectar que era o anticongelante. Então, a escolha dessa substância foi muito pensada pelas duas, não só pela Diane, a Rachel estava em todo esse planejamento também. Inicialmente, o plano das duas aqui era tirar a vida apenas do Mark. E elas perceberam que até foi uma morte mais rápida do que elas estavam esperando. Foi questão de uma semana realmente elas começaram a dar a substância ali na bebida e uma semana depois ele já estava sem vida. Já o Sean e a Sara, eles estavam há mais tempo doente, assim, o Shan, se eu não me engano, semanas inclusive. E a Daene ela ainda levou essa sorte no Mark, porque ele realmente tinha uma saúde mais debilitada, ele também bebia muito, né? Então, por isso que quando aconteceu ninguém desconfiou muito disso, né? Ninguém achou assim que fosse algo realmente criminoso. Todo mundo colocou na conta aí da vida desregrada do Mark. E outra coisa que eu queria mencionar, gente, é que a legação da Dayane de que o Mark era violento com ela, com as crianças, eh, não tem como a gente saber se era realmente verdade ou não, porque todas essas alegações saíram da boca da Rachel e da Diane, tá? E a gente já tá percebendo aqui que não dá para confiar muito, né? Então eu não sei se exatamente isso aconteceu, a não ser a parte realmente que ele não contribuía com o dinheiro na casa. Isso fato assim, né? Porque ele não conseguia emprego, ele só tocava eh na noite, muitas vezes tocava sem receber cachê e o que ele conseguia de dinheiro ainda era muito pouco ali para casa. Mas a partir da violência, não sei se realmente acontecia. Só que assim, né, gente? Sabe o que a gente faz numa situação que você está casado com uma pessoa que não tá contribuindo pra casa, que não é te ajuda na casa, não faz as tarefas ali de casa, que não traz dinheiro, que não quer prosperar, que você não tá mais batendo com essa pessoa ali nos objetivos, né, que você eh quer algo maior para você, sabe o que que você faz numa numa situação dessa? Você se divorcia. Eu não sei, talvez a Daane não soubesse disso, né, gente? A gente tem que também, não vamos julgar, coitada, né? Talvez ela não soubesse que dava para divorciar, mas o que a gente pensa é que tendo o divórcio como uma solução aqui, a solução nunca é você tirar a vida do seu parceiro porque ele não tá trazendo dinheiro suficiente para casa. Você divorcia, né? Ou se você ainda amar muito essa pessoa, você tenta melhorar, vocês tentam melhorar juntos, né? Mas se a situação não é mais essa, realmente você não suporta mais o seu companheiro ali, você não quer mais saber dessa pessoa, veja só, existe o divórcio, gente, existe. Não precisa tirar a vida da pessoa. Veja só, você divorcia e também você não vai presa por isso, porque o divórcio é legal, tá dentro da lei pediu divórcio. E assim, gente, muita gente acredita que se elas tivessem parado apenas no Mark, elas nunca seriam descobertas, porque foi a partir da segunda morte do Shan que algumas pessoas começaram a achar aquilo estranho. Era muito, muitas coincidências, né? Então, se elas tivessem mantido no plano inicial delas, provavelmente elas estariam livres e ninguém teria descoberto nada, a não ser que uma delas falasse futuramente, né? Bom, mas foi só então depois que o Mark faleceu e elas saíram ilesas disso tudo que elas começaram a cogitar, a fazer a mesma coisa com o Shan, que era o filho que a Daane via como um fardo, uma peste, como ela mesma falou. Ela novamente viu que a saída era apenas essa, tirar a vida do filho. Então ela começou a colocar o anticongelante na coca, né, que era a bebida preferida do filho. E ele, coitado, ia bebendo, achando que a mãe estava fazendo ali um agrado para ele quando, na verdade, ela estava o matando. Aí, nessa segunda morte, eles fizeram a autópsia. Isso assim preocupou um pouco a Daane, só que aí ela ficou muito feliz quando eles não conseguiram detectar o anticongelante é no chão. Então ela percebeu que ela escapou novamente. Então o que que ela iria fazer? Matar de novo. E a próxima vítima foi a Sarah. De novo, como eu já falei, a justificativa aqui para tirar a vida da Sarah é porque ela era um peso financeiro. Ela não trabalhava, ela tinha dívidas da faculdade. Então o que que vai fazer numa situação dessa, né? Tirar a vida da coitada. E tinha um outro agravante aqui também que vinha da Rachel. Na época que a Sarah estava fazendo faculdade, ela não estava morando com a família, certo? Então a filha mais velha aqui era a Rachel, né? Ela tinha a atenção ali da mãe. E quando a Sarah voltou da faculdade e daí voltou desempregada e com dívidas, a Rachel não gostou também dessa situação. Ela também não queria dividir atenção com a Sarah. Então, foi mais um motivo para elas tirarem a vida dela. Só as duas poderiam ficar, as duas perfeitas, a Diane e a Rachel. A Rachel inclusive disse que a sua mãe era a única que a entendia. E o mesmo era dito pela Daene. Eu já falei aqui para vocês, né, no começo do caso, que a Daene ela tinha essa predileção pela filha. Ela achava que a filha nunca fazia nada de errado. Ela chegou também a dizer para o detetive a seguinte frase: “Abre aspas, eu não sou uma assassina, eu só fui estúpida. Eu me arrependo. Me arrependo de verdade. Eu destruí tudo. Destruí a minha família. E a Rachel, gente, ela escrevia coisas bem perturbadoras no diário dela, como, por exemplo, abre aspas, somente os quietos permanecerão. Minha mãe, minha irmãzinha e eu. Fecha aspas. Em outra frase, ela diz o seguinte: “Abre aspas. Era uma vez, éramos seis, agora somos três. Agora tinha uma pergunta aqui no ar que os detetives fizeram para Rachel. Por que vocês levaram a Sarah pro hospital? Por que vocês fizeram diferente dessa vez, já que das outras duas vezes elas simplesmente deixaram, né, o Mark e o Chan morrer dentro de casa. Seria isso um tipo de arrependimento? Elas na última hora ali tentaram realmente salvar a Sarah. Não, gente, isso tá longe de ser um arrependimento. E a frase que a Rachel disse ao detetive para responder essa pergunta foi a seguinte: “Abre aspas, as casas ficam nojentas depois que alguém morre nelas. Eu tive muitos pesadelos”. Fecha aspas. E por que que ela tá falando isso? Porque o Mark, ele faleceu em uma casa e logo depois eles se mudaram, né? Vocês se lembram que a Daen mudou com todos os filhos para uma outra casa? Então a Rachel não teve esse problema, né, da casa ficar nojenta e ela ter pesadelos. Só que aí quando o Sean faleceu, elas continuaram morando na mesma casa. E aí foi quando ela percebeu, né, que ela não queria ficar na casa onde uma pessoa tinha acabado de falecer. E é por isso que ela diz que a casa ficava nojenta, que ela tinha pesadelos, que ela ficava lembrando daquela imagem da pessoa sem vida ali dentro da casa, né? porque elas não se mudaram depois. Elas não queriam que isso acontecesse novamente com a Sarah. Então, gente, elas esperaram até o último momento para levar a Sarah até o hospital, porque elas acreditavam que a Sarah morreria no hospital e não dentro de casa. E talvez um dos momentos mais perturbadores aqui do interrogatório com a Rachel foi quando ela disse que a Briana, de apenas 9 anos, muito provavelmente seria a próxima. E aí os detetives perguntam: “Tá, mas aí qual seria o motivo para você tirar a vida de uma menina de 9 anos?” O que ela fez, né? Eh, qual é a explicação na cabeça da Dayane, né? Que faria a filha merecer isso. E na verdade era simplesmente porque a Daen já não tinha forças para criar uma criança tão novinha. E a Rachel também não iria cuidar da irmãzinha. A Rachel, na verdade, ela disse assim: “Eu não consigo cuidar nem de mim mesma. Quem dirá da minha irmãzinha mais nova? Então, gente, muito provavelmente a Briana de 9 anos teria o mesmo destino. A Rachel, ela se mostrava fria, exatamente como a mãe, a mesma forma de falar, só que eu achei assim a Rachel até um pouco mais debochada do que a Daene. E como eu falei para vocês que a Diane mesmo achava que a Rachel era uma versão aprimorada dela, era exatamente isso que os detetives estavam vendo, né? é quase que um espelho realmente da Daene, uma filha que foi totalmente devota à mãe, inclusive nesse plano doento. E teve um post também da Rachel no Facebook, eu não sei exatamente se ela escreveu isso eh depois que o Mark faleceu ou depois que o Sean faleceu, mas foi uma dessas situações. E ela dizia nesse post que ela nunca tinha visto a mãe dela tão relaxada assim. Bom, as duas, a Rachel e a Daane, elas foram presas e acusadas de assassinato. E a notícia, obviamente, né, chocou a todo mundo que conhecia a família. E lembra daquele amigo que eu citei no começo do vídeo, era um amigo do Mark e tudo mais, ele ficou muito em choque quando ele soube e ele começou a repassar algumas coisas na cabeça dele, assim que na época não pareciam estranhas, né? Mas depois ele começou a repensar e ele se lembra que em uma das pouquíssimas vezes que ele entrou na casa, ele entrou na parte da garagem e ele viu o anticongelante na garagem e ele se lembra das vezes assim que ele questionava um pouco o comportamento da Dayene, que ele achava que ela era meio fria, né? E o Mark sempre defendia a esposa, né? Ele falava muito bem da família e ele ficou muito chateado de não conseguir ajudar o amigo mais, assim, de poder tirar o amigo dessa situação. [Música] Bom, mas vamos falar então da Sarah. Contra todas as expectativas médicas, a Sarah sobreviveu. Ela chegou ao hospital h receber atendimento, mesmo que isso não fosse o desejo da Rachel e da Di Daene. Ela ficou e em um tratamento intensivo, os médicos não saíam ali do lado dela e 24 horas depois que ela chegou no hospital, o corpo dela começou a reagir. Só que foi um alívio com um custo bastante alto. O envenenamento causou sérios danos nos órgãos da Sera e no cérebro também. Quando ela acordou, ela estava completamente paralisada. Ela teve que reaprender a andar, reaprender a falar. E todo esse processo de recuperação levaria anos. A Sarah, ela foi transferida para uma casa de repouso depois de tudo isso e ela passou a viver sob nomeado pelo estado. E quando ela teve um pouco de consciência para entender o que tinha acontecido com ela, foi um outro choque, né? O primeiro choque de entender como estava a situação dela naquele momento, que ela ia ter que passar por toda essa recuperação, né? E o segundo choque de saber que a causadora disso tudo foi a própria mãe junto com a própria irmã. A Sarah, ela tinha perdido o pai, né, em 2012, 5 meses depois, encontrou o corpo do próprio irmão dentro da casa. E agora ela também descobria que tudo aquilo, toda a dor que ela sentiu, a devastação ali daquela família e também, né, o que aconteceu com ela não era uma tragédia, não era uma maldição nem nada do tipo, era uma trama cuidadosamente arquitetada dentro da própria casa dela pelas suas costas. Alguns anos depois, a Sarah, ela conseguiu eh dar o seu primeiro depoimento público sobre tudo isso. Ela contou sobre o horror de ver a sua família destruída por envenenamento e mais ainda sobre a traição que foi tudo isso, né? Ela perguntava por a mãe e a irmã tiraram a vida do pai, do irmão? Por que elas fizeram isso com ela? No começo, ela disse que não queria acreditar. Ela disse que era um engano, que as pessoas estavam investigando errado, né, que estavam acusando pessoas inocentes. Mas tudo mudou no dia que ela leu um jornal em que sua mãe havia confessado tudo, né, e que tinha realmente envenenado três membros da própria família. Aí ela não teve mais dúvida nenhuma. E aí ela começou a dizer que ela desprezava a mãe e a irmã e que tudo que ela queria fazer era a mãe e a irmã. Bom, uma coisa que foi bastante questionada nesse caso foi a autópsia feita no chão lá, né, anteriormente. Por que que eles não conseguiram detectar nada? E foi mais ou menos o que eu já comentei aqui eh com vocês, que o exame para detectar a substância específica do anticongelante é um exame específico para essa substância. Você tem que estar procurando essa substância, sabe? Então não é como se você pudesse colocar um teste genérico e daí ele vai te dizer: “Olha, no sangue do Chan tem isso, isso, isso, isso, isso, isso, isso”. Não, essa substância específica, ela só é detectada em um teste específico e esse teste não foi feito, mas eles refizeram aí testes naquela amostra, né, que ainda existia da primeira autópsia do chano, porque como eu já falei, o corpo foi cremado, mas eles ficaram com aquela amostra e aí sim eles fizeram os testes adequados e esses testes revelaram, né, que continha altos níveis da substância específica ali do anti congelante. Eles fizeram esse teste também, obviamente na Sarah, né, para comprovar e o resultado foi o mesmo. Bom, mas contudo resolvido aqui, é algo que normalmente acontece nesses casos, quando tem uma dupla, um trio, é um se voltar contra o outro, né? E não foi diferente nesse caso. A Rachel começou a se voltar contra a mãe. A Rachel, ela tomou a decisão estratégica e ela aceitou um acordo judicial em troca de testemunhar contra a própria mãe. Ela se declararia culpada por homídio em segundo grau e apenas duas sentenças de prisão perpétua, com a possibilidade de condicional somente após 42 anos e meio. pelo que eu li, ela vai poder pedir liberdade condicional em 2050 e ela vai est lá na casa dos 60 anos, mais ou menos. Era a única forma que da Rachel tentar se salvar, né, de uma punição mais severa. Mas o que aconteceu é que ela nem precisou testemunhar contra a mãe. Pouco antes do início do julgamento da Dayene, que inicialmente ela estava enfrentando até mesmo a pena de morte, né, como sentença, ela surpreendeu a todos ao se declarar culpada. Ela entrou com um apelo Alford. Eu já falei do apelo Alford em vários casos aqui. Acho que pelo menos mais de quatro, cinco casos. Nossa, vários, né? Quatro. É uma manobra legal que não exige que o réu admita a sua culpa diretamente, mas ele reconhece que a promotoria teria provas suficientes para condená-la. Ou seja, é tipo assim, eu não vou falar que eu fiz, mas eu aceito que vocês têm provas suficientes contra mim, tá? Eu só não vou admitir. É mais ou menos isso. E foi assim que no dia 21 de janeiro de 2016 a Daen Story entrou no tribunal com um destino já selado. Ela foi condenada à prisão perpétua, ao contrário da sua filha, sem possibilidade de liberdade condicional. Não houve juri, não houve defesa, apenas novamente a frieza da Dayene, né? Ela nunca demonstrou emoção nesse caso, gente. Tudo que eu vi dela, entrevistas posteriores também dela já presa, ela não tem emoção nenhuma, gente. Ela é uma pessoa assim, eu não sei nem explicar, é algo bem estranho da gente ver ela falando, sabe? Ela não tem nem ação de raiva, nem de prazer, nem de felicidade, nem de tristeza, é nada. zero. Bom, mas quando a Daene estava lá para receber a sua sentença, a Sarah também estava lá e ela queria falar. E um detalhe que a Daane ela não falou com a Sarah, ela não pediu perdão, ela não pediu desculpas, nada, mas a Sarah falou e o que ela disse emocionou a todos. Ela disse o seguinte: “Abre aspas, ela não apenas tirou a vida do meu pai e do meu irmão, ela tirou a minha independência, o meu sustento, mas hoje eu não sou uma vítima, eu sou uma sobrevivente”, fecha aspas a Sarah, ela também deixou claro que ela não considerava mais a Daen e a Rachel parte da sua família, que para ela elas eram apenas criminosas. E semanas depois, né, quando chegou a vez de formalizar ali a sentença da Rachel, diferente da mãe, a Rachel leu uma declaração pública e se emocionou bastante. Ela disse o seguinte: “Abre aspas, sinto muito, eu não consegui encontrar coragem e o seu sofrimento poderia ter sido evitado. Eu me odeio por não ter protegido você, fecha aspas.” Eles formalizaram então a sentença da Rachel, né? acusação e a sentença. Ela foi condenada como cúmplice no assinato do pai e do irmão e na tentativa de assinato da irmã. E como eu falei, né, ela foi condenada a prisão perpétua, na verdade duas prisões perpétuas, só que com a possibilidade de liberdade condicional depois de 42 anos. Falando sobre a irmã mais novinha aqui, a Briana, ela tinha 9 anos quando a Diane e a Rachel foram descobertas, né? E ela foi colocada no sistema de assistência social. Ela recebeu um novo nome, uma nova identidade e assim o seu paradeiro é desconhecido. E eu sempre falo que eu acho que é sempre a melhor coisa quando pessoas são afetadas por um crime dessa forma, elas têm o direito de serem desassociadas desse crime, né? E de ter uma vida completamente nova. Ela não teve culpa de nada que aconteceu. Na verdade, ela foi uma outra vítima aqui e tenho certeza que foi muito difícil para ela. Ela perdeu a família inteira dela, né? Inteira. Todos os entes queridos que ela estava acostumada a conviver, ela perdeu. Então eu espero que ela tenha hoje em dia uma vida melhor, uma vida boa com pessoas que a amem e assim que continue no anonimato, continue vivendo a vida dela e seja feliz. Falando de novo sobre a Sarah, né? Quando aconteceu tudo que ela falou a primeira vez, quando ela falou no tribunal também, ela era bastante, ela tinha bastante raiva, né, óbvio, né, da mãe e da irmã. Então, ela falou várias coisas, mas depois de alguns anos, ela disse que ela escolheu perdoar. Anos antes, quando o trauma ainda era recente, a Sarah ela não conseguia esconder a raiva que ela sentia, né? Então, em muitas entrevistas, ela chegou a dizer que queria dar um tapa na cara da mãe e da irmã, chamava as duas de monstros, mas com o tempo algo mudou dentro dela, né? E a raiva foi dando espaço à maturidade, ao entendimento e à fé. A Sarah, ela explicou que o perdão não veio de repente, não foi fácil e que ele foi surgindo com o passar dos anos num processo bem longo e também bastante doloroso. A frase da Sarah foi o seguinte: “Abre aspas, eu sou o cristã e eu acredito que o perdão é o único caminho.” Fecha aspas. Hoje, mesmo ciente, né, de tudo que aconteceu com ela, ela sente um certo alívio. Ela fala que não dá para mudar o que aconteceu, mas que ela pode escolher não carregar mais esse peso. Ela disse que ela perdoou a mãe e a irmã, mas que ela não esqueceu. Ela apenas recusa-se a ser eternamente definida pela tragédia que ela sofreu. E no fim, isso talvez seja assim a maior vitória da Sarah, né? E ela tenta seguir o caminho dela assim, eh, sorrindo e lembrando do pai, do irmão, né, e da irmãzinha pequenininha. Eh, eu vi num documentário ela falando, né, então ela olha para fotos dela pequenininha com o pai e ela relembra várias fotos do pai ali, eh, na música, né, cantando, tocando instrumentos, o irmão também. E ela fala que ela não quer esquecer esses momentos, né? Ela vai sempre relembrar desses momentos com o pai, com o irmão, esses momentos felizes em família. Ela não fala sobre esses momentos com a mãe e com a irmã, né? Ela fala mais sobre o pai e o irmão. E eu imagino que seja exatamente isso que ela quer lembrar, né? A parte boa da família. A imagem que ela tem do pai, assim foi a imagem que muitas pessoas tiveram do Mark enquanto ele estava vivo, né? que era um homem gentil, atencioso, ele era muito apaixonado pelos filhos, pela família, né, acima de tudo, pela música também, é claro, e ele era presença constante ali, né, sempre na noite, sempre alegrando as pessoas. os seus companheiros de banda eram também grandes amigos dele, né? e disseram que o talento dele era um alívio em meio às dificuldades que ele enfrentava no dia a dia. E os companheiros de banda do Mark, eles falaram que eles continuam tocando as músicas preferidas dele e sempre lembrando do ser humano, né, e do músico que ele era. A Sarah, ela lembra muito também do Sean, do seu irmão, que sempre foi um jovem generoso, bastante curioso também, inteligente. Ele era muito interessado por arquitetura, mecânica, por várias culturas do mundo inteiro, mas especialmente da Suécia por algum motivo. Toda a família, né, gente, vai ter os seus conflitos, suas dificuldades, suas dores. Ninguém escolhe a família que nasce, né? Não tem como a gente fazer isso. E nem sempre os laços de sangue eh são ali sinônimo de afeto, de compreensão ou de harmonia ou de uma família de novela, de como é que é? De comercial, de margarina. Não, mas existe assim uma divisão bem clara aqui, né, do que separa um cansaço emocional ali que você tá vivendo dentro da sua casa, na sua família, para um ato de tamanha crueldade, que foi esse que a Daane e a Rachel tomaram aqui. Como eu já falei, está difícil conviver ali com a tua família. Existem outros caminhos para resolver isso. Você pode se distanciar de familiares, você pode tentar sair da casa, você pode tentar viver a sua vida. Há formas de você se proteger e proteger os outros também, né? Para que você não fique nesse clima terrível. Eu sei, gente, que cada pessoa vai ter a sua história, a sua dificuldade. Eu sei também que não é fácil você simplesmente, ah, vou sair da minha casa porque eu não aguento mais a minha família. Mas assim, eu digo, existem caminhos, né? Existem distanciamentos que podem ser colocados, limites, qualquer coisa, sem destruir o outro, sem tirar a vida de outra pessoa. A Daane, ela era enfermeira, uma mulher que mais do que ninguém naquela casa sabia reconhecer os sinais de sofrimento físico, de emergência, do limite ali da vida e da morte. E ainda assim ela escolheu assistir a sua família defino. Gente, isso para mim é praticamente assim. Você vê uma pessoa sendo torturada. Qual o direito assim de uma mãe que olha para os filhos e fala: “Vocês não vão mais viver”. É, é meio que aquela coisa, eu te dei a vida, então eu posso tirar. E simplesmente porque os filhos não estavam correspondendo às expectativas que ela colocou neles, né? Que todo pai coloca nos filhos, que é o filho conseguir um emprego, conseguir dinheiro, conseguir sair de casa, conseguir casar, conseguir ser feliz. Nem sempre isso vai acontecer. Então você como mãe como pai vai se achar no direito de tirar a vida deles. Não me parece certo. Esse caso é um lembrete que eu falo para algumas pessoas que não assistem tanto True Crime e às vezes falam para mim assim: “Ah, eu não assisto porque eu vou ter medo de sair na rua. Eu tenho vou ter medo depois que eu assisti um caso”. Gente, o mal, na maioria dos casos que eu contei aqui nesse canal, eu posso dizer que com certeza, na maioria, o mal vem de dentro. Eh, os casos, por exemplo, de SK, pessoas aleatórias que façam mal para outras pessoas, é a minoria. A maioria dos casos, pode ver nas listas aqui, são relações familiares ou amorosas, eh, ou de amizade. É sempre alguém que conhece você. O mal vem de dentro, né? E nesse caso de dentro, de dentro mesmo, de dentro da casa ali da família, que é o coração ali, né? Que move tudo, que deveria mover pelo menos. É de onde você menos espera, na verdade, né? E é por isso que assim, é tão cruel, né? É tão triste também da gente assimilar sempre quando tem esses eventos de familiares, principalmente quando é filhos contra os pais ou pais contra os filhos, entre irmãos, pessoas que deveriam conviver em harmonia, em paz pelo menos, né? Respeitando um ao outro. Bom, mas enfim, que esse caso de hoje aqui da família Stauri nos leve a refletir, como eu sempre tento refletir em praticamente todos os casos que eu trago aqui para vocês, né? Assim, ninguém é obrigado a amar ninguém, nem se for membro da sua família. Ninguém é obrigado, mas absolutamente ninguém tem o direito de tirar a vida de outra pessoa. Ninguém tem o direito de matar. E é isso para o caso de hoje. Muito obrigada por terem ficado comigo até o finalzinho aqui do vídeo. Muito obrigada aos membros do canal do Na Sala da Minha Casa, esses nomes que estão subindo aqui. Muito obrigada, Aninha. Í Ana Paula dos Santos, Gabriela Rocha, Beatriz Sader, a Márcia Iates, Claudimeri Ross, Cláudia Deiluca e a Vanessa Jacob, membros patrocinadores do canal. Muito obrigada, meninas, um beijo no coração de todo mundo que chegou até essa parte aqui do vídeo. Gente, eu espero que todo mundo esteja bem aí do outro lado. Uma ótima semana para todo mundo e a gente se vê em um próximo caso aqui no canal. E se você tá aqui pela primeira vez e chegou até esse momento, se inscreva aqui no canal, vem fazer parte da família e aproveita aqui para assistir mais algum outro vídeo do canal, maratona aí, indica para outras pessoas. O nosso canal tá crescendo aí aos pouquinhos, estamos quase chegando a 115.000. Eu tô bem feliz, tá? E é assim que eu gosto, gente, que as pessoas vêm chegando aqui no meu canal e fazem parte da nossa família porque elas querem ficar aqui, entendeu? é esse. Então eu gosto assim. Me vou, tá? A gente se vê em um próximo vídeo. Se cuidem, por favor.

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