Faz Talks | T 03 | Ep 11 – Fundos de Investimento: os bastidores que ninguém te explica
0[Música] Fala galera, sejam muito bem-vindos a mais um episódio do Fast Talks. Eu sou Eduardo Maroque, R de fundos e previdência privada aqui na FAS. Hoje contando com mais de R 1 bilhão deais sobre assessoria em fundos. Hoje é o nosso penúltimo episódio dessa temporada. Para isso eu chamei uma convidada hiper mega especial para falar sobre os bastidores dos fundos de investimento e alguns detalhes que ninguém conta por investidor comum. Chamamos então Carol Oliveira, que para mim, eu já acompanho há anos e gosto muito, admiro profissionalmente, pessoalmente todos os sentidos, para mim é a melhor especialista de fundos do Brasil. eh uma uma profissional com uma trajetória rara, já analisou, aprovou muito fundo, hoje estrutura fundos num dos maiores nomes do mercado, que é o Patri Investimentos, que conta com mais de 47 bilhões de dólares sob gestão atualmente e mais de 35 anos de mercado, são quase quatro décadas de mercado. É, e esse episódio então é para vocês entenderem um pouco mais sobre como um fundo funciona, como encontrar um bom fundo é descobrir quais são os critérios dos grandes investidores, como é que eles selecionam os melhores gestores para de fato aplicar os seus recursos. Queria te agradecer, agradecer o time do Pátria. Muito obrigado por ter vindo. Eles vieram de São Paulo para gravar com a gente aqui em Porto Alegre. É uma grande honra e felicidade dividir esse espaço contigo, te acompanha muito tempo, então muito obrigado por ter aceitado o convite. É um prazer, Maro que me faz tá aqui com vocês gravando esse episódio hoje. Bom, Carol, pra gente começar, eu queria que tu contasse, primeiramente um pouquinho mais a tua carreira, que é brilhante, passou por vários momentos de estruturação, de análise, literalmente uma investigadora ali da indústria de fundos para tentar encontrar os os pontos escondidos para estruturar e passar em várias diligências que acontecem nas plataformas. Acho que ia ser um bom ponto, nem todo mundo sabe, mas qualquer instituição séria tem um processo muito robusto para colocar algum tipo de produto lá dentro, seja um fundo, seja alguma emissão de alguma oferta. E o papel da Carol é nessas instituições foi sempre muito importante fazer isso, investigar, passar nessas diligências. Então, queria tu contasse um pouco da tua trajetória e como é que tu chegou nesse mercado, na verdade, não? Claro. Eh, eu sou economista de formação e quando eu tava fazendo faculdade, eu fiz estágio em várias instituições, uma delas o BNDS, onde eu comecei a trabalhar de fato analisando investimentos, mas eu analisava empresas. Eh, quando eu fui chegando próxima de formar na faculdade, eu recebi a proposta para ir trabalhar num fundo de pensão. Eu falei: “Putz, não faço a mínima ideia do que que é um fundo de pensão, mas como é na área de investimentos, vamos entender.” E aí, super me apaixonei pelo segmento. Fiquei quase 10 anos eh fazendo análise e alocação de diversos tipos de ativos, não necessariamente fundos, mas também fundos de investimento. E quando eu fiz 30 anos, eu falei: “Putz, assim, já tô uma década fazendo isso, é, acho super bacana, super rico, mas queria ver outras coisas e no mercado.” Então, eu fiz uma migração, comecei a trabalhar em São Paulo em uma casa de análise chamada SPEIT, que era uma casa de análise ligada XP. Fiquei lá um ano e meio e fiz um processo de migração depois pra plataforma de fundos da XP. Eh, nesse período que eu ingressei na SPIT e depois fui paraa plataforma e foi só de fato cobrindo fundos e previdência, eh fazendo, né, o processo de diligência tanto dos gestores também, quanto dos fundos de investimento, eh, que a gente distribuiria dentro do ecossistema da XP. Passou um ciclo de 3 anos e alguma coisinha, eu resolvi, eu ficava fazendo ponte aérea batevolta, né, Rio de Janeiro, São Paulo. E aí eu resolvi ficar um tempo em casa e depois de alguns meses eu comecei a trabalhar na área de produtos do Pátria e agora de fato estruturando produtos e criando produtos que a gente vá poder eh distribuir e vender aos investidores brasileiros. E falando já desse processo de estruturação, que sempre fez parte um pouco da tua trajetória quando tu já está num período mais maduro, digamos assim, né, desses dessas mais de uma década agora de de análise de fundos. Para quem só investe em renda fixa mais tradicional ou naquele fundo imobiliário famosinho, enfim, o que que diferencia um fundo bem estruturado de qualquer outro investimento, né, para deixar esse cliente na mesma página de que que é um fundo robusto, enfim, na tua visão, né? Olha, a gente tava conversando dentro do Pátra há alguns dias, eh, e o nosso sócio responsável por crédito, Alexandre Coutinho, ele tava contando uma história e eu também tava lembrando do case. Eh, todo mundo conhece a Parmalate, né, dos ursinhos ali, daquele comercial do da caixinha do leite. É, e a Parmalata, ela teve diversos problemas, mas ela estruturou um fundo de investimento em direito creditório, que é um fundo de crédito do segmento de renda fixa e que a companhia ela de fato quebrou, mas o fundo ele se manteve intocado. a gente teve diversos casos na indústria, sim, pro bem, pro mal, eh, e que de fato você jogar com o regulamento debaixo do braço, fazer um processo protege o investidor. Então, quando a gente olha a estruturação, a nossa preocupação é esse fundo, ele vai sobreviver à ação humana, aos quereres, as mudanças de rota, mudanças de ajuste macroeconômico. Então, toda vez que a gente tenta fazer um produto, a gente pensa dele caminhar sozinho e de fato ter um valor de marca associado a isso e consequentemente o cliente experimentar bons retornos. Às vezes você não precisa est num excelente investimento, você tem que estar dentro de um excelente investimento, estruturado em regras que sejam benéficas pros investidores. Então, acho que o poder da estruturação é esse. É isso que diferencia eh muitas vezes o investidor, tá, que é um normalmente uma pessoa que às vezes não tem tanto conhecimento assim, né? e acessando um gestor, acessando um fundo, vai ter essa proteção ali de ter um profissional direcionado para isso, com carreira focada nisso, com formação para isso, de proteger esse cotista dos seus interesses de atingir eles no médio longo prazo, seja comprar uma casa, seja uma viagem, seja qualquer coisa. E acho que esse é um excelente case pra gente falar sobre essa diferença entre às vezes até cessar também ativo direto, né? Porque muitos investidores compram renda fixa diretamente da instituição, né? com, enfim, com com não participando de algum fundo, compra uma DBR direta, um CRI, um CRA, um CDB, são várias siglas, né, LC, LCAS, e ele não tem necessariamente uma gestão com aquilo, né, vai ter um gestor por trás. Isso mostra que às vezes um um fundo bem estruturado, mesmo com a empresa indo mal, que a gente tá sendo criador, emprestando recurso, consegue ter uma proteção ali com base na estrutura do que o fundo tem, né? Então acho que esse é um bom bom ponto e que eu eu a conversa vai ser bem, infelizmente um pouco envieszada porque a gente é fã da indústria, mas na média, pelo menos para mim, o investidor vai est sempre muito, o investidor médio vai estar sempre bem melhor, eh, enfim, preparado por cenários com um profissional que tá voltado para isso no dia no dia a dia. Quem sabe que as pessoas não têm, eu inclusive não tenho às vezes tanto tempo de olhar o mercado o o dia inteiro e e conto daí com gestores para poder fazer esse trabalho quase que 24/7, né? É, Mar, que assim, eu eu acho que na vida não tem certo errado é quanto tempo e energia você pode dedicar aquilo. Então eu brinco assim, eh, na minha casa eu terceirizo diversas coisas que eu até se tivesse tempo teria capacidade de fazer. Então, vamos lá. Pintar a casa. Eu acho que muita gente conseguiria pintar a casa, passar uma tinta branca pelo menos, mas às vezes você não tem tempo e energia para fazer aquilo da maneira correta. Então você delega para alguém, é a mesma coisa. Você pode ter uma carteira de renda fixa, uma carteira de renda variável, mas você é assim, você não achou esse dinheiro no chão, né? É um dinheiro que você separou, deixou de gastar para poder gastar no futuro com rendimentos. Então você deveria ter alguma responsabilidade com aquele dinheiro. Então não é só comprar e esquecer. Eh, e para quem não tem esse tempo, né? poxa, eu vou analisar mercado, ver como tá aquela empresa, vou acompanhar aquele ativo. É mais fácil você delegar para alguém que de fato é remunerado para ficar focado. É, é o que eu tenho sentido que a educação financeira tem ajudado bastante. Acho que a gente tem falado mais sobre isso. Tem vários profissionais muito bem capacitados para falar isso na internet e tudo mais, mas ao mesmo tempo acho que também com a queda de juros que a gente teve tempos atrás, se simplificou, generalizou de certa forma um processo como algo muito extremamente simples e é algo extremamente complexo e demanda muito estudo, muito empenho. Inclusive muita gente que tem e carreira e e muita cancha também sofre alguns momentos por também a sua expertise e não ser o suficiente para aquele cenário. Então, só mostra que cada vez mais, pelo menos uma parcela da carteira, é importante poder contar com esses times que são voltados 100% para isso, né? Exatamente. E às vezes assim, você pode escolher eh as coisas às vezes que você tem mais familiaridade. Eu tenho uma médica que ela adora analisar a empresa, ela faz valation quando ela chega do hospital. No que é a parcela de renda variável dela, ela gosta de fazer e ela faz, ela fica lá acompanhando resultado de empresa. Agora, renda fixa, imobiliário, agro, infraestrutura, que ela não entende nada, ela delegou. Então também assim, você não precisa ser nem oito nem 80, mas é legal sim naquilo que você não entende você delegar para que você entende famosas vantagens de comparativos, né? Talvez focar um pouco mais no que a gente tem expertise e também está disposto a gastar tempo com isso, né? Exatamente. Exatamente. E Carol, quais os principais erros que tu viu? Acho que principalmente na na parte quando tu fazia mais eh análise de fundos e e acompanhava talvez mais um contato com com os assessores, enfim, e participantes da XP ou de outras outras empresas, quais os principais erros que tu vê o investidor fazendo ao analisar os fundos de plataforma? Ah, eu acho que o investidor às vezes ele é muito é notado, é notado que às vezes um fundo tá performando muito, um ativo tá performando muito e aí ele vai despertar curiosidade. Ah, entenda aquele ativo que subiu 100% nos últimos 3 meses. Tudo bem você ter a curiosidade despertada? Esse não deveria ser o único fator que vai fazer você investir seus recursos. Então, muitas vezes as pessoas elas olham fundo que acertou uma aposta, acertou uma tese de investimento ou tá num momento muito bom daquele mercado. Então, às vezes bolsa tá subindo muito, ele é exposto ao risco de renda variável e ele tá surfando aquela onda, mas não necessariamente ele é o melhor investimento, ou pelo menos não é o melhor investimento em tamanho. Então o investidor ele deveria parar de olhar só o retorno passado em uma janela que também assim o investidor ele olha, poxa, nos últimos 12 meses aquele fundo subiu 100%, visa avisa os outros, então é nele que eu vou colocar todo o meu dinheiro. Isso acaba sendo um erro crasso, assim, eh o investidor acaba sendo mais ganancioso e acha que aquela situação vai perpetuar por décadas. Então, quando a gente tá investindo, a gente tem que olhar um pouco mais assim: “Ah, não é só a próxima viagem, como é que eu vou formar patrimônio de maneira consistente para que eu possa usufruir desse patrimônio em diversos momentos da vida, no curto, no médio, mas no longo prazo também. E é quase que eh estatisticamente é bem pouco provável que o fundo, seja classe que for, renda fixa, multimercado, aações, vai performar próximo do que teve ali nos 12 meses. É muito pouco provável, principalmente renda fixa, que é um tema que tem tem tracionado bastante nos últimos tempos por conta de alto de ouro e tudo mais, eh, que os movimentos eles olhando para trás, eles vão ser completamente diferentes do que vão ser paraa frente. carrego da carteira, o quanto que é, qual que é o potencial daquela carteira de rendendo no médio longo prazo paraa frente, às vezes no curto prazo também movendo XRED, entre outras coisas. Então, não se apegar esse esse curto prazo é extremamente importante, né? não olhar a janelinha dos 12 meses até uma assim uma sinceramente uma crítica porque muitas plataformas deixam isso muito aparente como se fosse um indicador muito importante. Então tá sempre aquela janelinha ali dos dos 12 meses. Então tem que ter um cuidado muito grande porque 12 meses para investimentos, principalmente para aposentadoria, um planejamento de longo prazo, é um prazo muito curto, né? Exatamente. Exatamente. E e Carola, eh, muitas vezes o marketing dos fundos cria uma imagem que não bate até com realidade. Isso, a, apesar de no Brasil isso ser até uma uma vantagem nossa que a gente que muitos não imaginam, é uma indústria muito bem regulada, muito de de todas as formas, de todos os participantes do mercado, CVM, BIMA, é, SUSEP, enfim, várias entidades muito bem eh estruturadas e sérias que regulam bem a indústria, mas sempre tem aquela aquele ciclo, aquele a gestora vai tentar fazer alguma tipo de chamada. Eh, quais são as armadilhas que que costumam estar escondidas ou o que que a gente tem se preocupar aqui quando olha assim uma grande emissão ou uma grande tese, uma grande eh um grande fundo temático, por exemplo? Eu acho que você precisa entender uma coisa que eu acho super importante e até hoje trabalhando no Pátria, é um é algo que me traz muita admiração. Eh, quanto tempo aquela equipe tá trabalhando junta, há quanto tempo aquela gestora existe? Quanto tempo essas pessoas se conhecem? Porque de fato o que a gente faz hoje é um trabalho que o o mercado de gestão de recursos de terceiros no Brasil é um mercado de pessoas. Então, para você pensar que aquela gestora vai ficar viva pelos próximos 30 anos, você tem que entender se aquelas pessoas elas vão criar uma cultura suficientemente forte para se tornar minimamente perene. Porque se você tá, se você diz que o investidor tem que estar alinhado pro longo prazo, aquele time tem que tá alinhado pro longo prazo, mais do que ninguém, talvez, né? Exatamente. E isso é uma coisa muito difícil hoje em dia. Então é natural que até é geracional, as pessoas mudam mais de emprego, os alinhamentos eles são menos sólidos do que já foram. Então assim, é importante a gente ver se aquela gestora tem a capacidade de se de continuar viva pelas próximas décadas, porque você tá comprando às vezes assim, principalmente quando a gente tá falando de fundos listados, por exemplo, você tá dando um dinheiro perpétuo para aquela gestora. Então, é importante entender isso também para que você saiba eh de fato se faz sentido você investir. Eh, obviamente a indústria ela tá muito mais regulada. a gente teve uma mudança grande do ponto de vista de regulatório nos últimos do anos, mas mesmo assim e vale a pena entender se é se aquele gestor abriu uma empresa e tá colocando todas as fichas naquilo e de fato pode dar certo como pode dar errado e ele parte pro próximo projeto ou se de fato é algo que passa a pessoa física e de fato é uma estruturada para ser uma empresa, não uma casa de gestão com recursos de terceiros. meramente falando. E tu diria que se a gente fosse olhar, né, eh, talvez nem todo mundo saiba isso, mas quando a gente olha para fundo, a gente olha tanto a parte quantitativa quanto a parte qualitativa, né? Quantitativa olhar o drawdown, olhar o sharp, os indicadores do fundo em si, né, mais bem numéricos. Eh, mas a parte qualitativa talvez seja a parte mais importante, porque tu concorda com isso? É, é a parte que tu diria mais importante entre essas duas frentes. Sim. E eu acho que as pessoas hoje, eh, obviamente, né, a gente tem aqueles comparadores de investimento, aquelas ferramentas de fato quantitativas, mas qualitativas assim, o Brasil, por ser uma indústria muito regulada, ela tem muita informação pública e disponível. Então, por exemplo, toda gestora tem que ter lá uma paginazinha no seu site que chama ou compliance ou documentos obrigatórios ou documentos legais, onde tem um documento chamado formulário de referência. Ele conta a história da gestora do começo até hoje, de como ela tá estruturada, quais são os tipos de clientes que ela tem, como os fundos dela estão divididos, quais mudanças societárias foram acontecendo ao longo do tempo. Obviamente conta um pedaço da história, mas ele acaba te dando um norte para você entender como essa gestora tá estruturada, quem são as pessoas por trás dessa gestora e o que que elas estão fazendo juntas, né? E por quanto tempo elas estão fazendo isso juntas. Então eu acho que é importante. A gente faz muito material institucional, conteúdo, vídeo curto no Rios, no Instagram, TikTok e às vezes esquece que às vezes uma boa leitura e que não tô falando de um trabalho de semanas, tá gente? Você ler um formulário de referência, você vai gastar uma hora e você vai conseguir coletar bastante informações. A gente também tá muito viciada em conteúdo mais assertivo, né? Isso acaba prejudicando a qualidade da nossa análise. É que assim, nenhum nenhuma análise de investimentos deveria ser superficial de curto prazo assim, né? Então é é é bem importante fazer essas análises de um pouco mais de tempo, seja cobrando seu assessor, seu consultor, seja quem te te assessora, né, ou enfim. Eh, mas enfim, como que o investidor ele pode se identificar, identificar se o fundo é confiável e transparente na na prática? Seria ser por documentos, como tu comentou, até acho que foi um ponto relevante porque tu comentou do formário de referência. Esse foi um lugar gato que que eu aprendi contigo em 22 num curso que eu que eu tive na na XP. Eh, e eu acho que as pessoas não tm noção de como isso é bizarramente é transparente, né, da da na indústria de fundos. Eu imagino que lá fora não seja assim, não é? Não é nem perto do do que é isso. E a gente tem essa, acho que essa pouco dessa síndrome de de viralata de achar que o Brasil tudo que tende no Brasil é é ruim. Muito pelo contrário, em fundos é referência, é uma das maiores e mais bem reguladas indústrias do mundo, né, de fundos. Eh, nos Estados Unidos lá pegar multimercados é completamente diferente daqui, os head funds, enfim. Mas enfim, outro outro outra pauta aqui falando agora sobre isso, né? você confiável transparente, o que que o investidor ele tem que se preocupar para poder ver se o se aquele fundo é confiável, é transparente, está alinhado com a estratégia, tá aderente a à política de investimentos? Que que ele tem se preocupar para fazer isso? Eu acho que primeiro, assim, parece bobeiro eu falar um negócio desse, mas às vezes assim, eu tenho vários amigos que tiveram, caíram em golpe, ah, porque tem uma pessoa que vai te ajudar com investimentos e só mandar uma TED para ela, ela vai investir para vocês. Então, assim, invistam em plataformas confiáveis, tenham uma pessoa para te ajudar. Eu trabalho no mercado financeiro desde sempre e eu tenho um assessor e eu falo com ele praticamente todos os dias. Então acho que é importante sim você ter uma pessoa para te orientar, mas assim tem o material do fundo, tem o site da CVM, tem o site da BIMA. Não deixem de pelo menos bater o CNPJ, ver se aquele fundo tá numa plataforma confiável, eh, vê se aquele, pelo menos assim, se aquele fundo existe hoje em dia com mundo de golpes e essas coisas todas assim, você não precisa mandar dinheiro paraa conta de ninguém para investir. Acho que é super importante a gente alertar porque de fato as pessoas, infelizmente nem todo mundo vai abrir uma conta numa plataforma de investimento e vai selecionar seus fundos por lá. Eh, uma outra coisa, eh, hoje em dia a gente tem podcast, tem vídeo, tem canais do YouTube, então procurar também as mídias das gestoras para conhecer um pouco a história dessa gestora, entender há quanto tempo ela tá funcionando, quais controles ela tem, qual é a filosofia do gestor, se tá alinhada ao que você eh acredita, se é um se e se também aquele investimento ele está alinhado ao seu momento de vida. Então eu conto muito, né? Eu tinha, eu sempre trabalhei com previdência, então boa parte da minha locação era previdência e chegou um momento da minha vida que era, não sei, 70% da minha locação. E eu falava: “Não, eu vou fazer tudo por previdência porque o imposto é melhor e tudo mais”. E aí um momento eu precisei como eu não imaginava que eu queria comprar um apartamento. Eu encontrei um apartamento que eu gostei e aí eu falei: “Caramba, eu tô muito mais ilíquida do que eu precisava”. E putz, assim, em algum momento eu ia querer ter uma casa própria. Então, eu acho que às vezes também a gente entender se aquele investimento naquele tamanho ele está alinhado aos seus objetivos de vida. Então, eu uso muito esse caso, assim, eu era uma pessoa muito mais ilíquida de investimento, porque eu falava: “Ah, acho que eu nunca vou comprar um apartamento na vida e aí hoje eu tenho filho, eu comprei um apartamento, eu tenho outras mudanças de vida.” Então o meu suitability, né, ele vai mudando, então a minha locação alvo, ela vai mudando com tempo, é natural. Então é bom a gente também tentar ter isso em mente. Assim, às vezes as pessoas falam: “Ah, cripto é um bom investimento”. Depende. Você vai botar 100% do seu patrimônio em cripto, talvez é um pouco mais arrojado, mas se você quiser colocar 5% do seu patrimônio em cripto e ter 40% em renda fixa e outros ativos, talvez não seja ruim se a se o Bitcoin subir ou descer 50%, o que é esperado do ativo. Então acho que a gente também tem que ter um pouco essa visão, assim, olhar o portfólio como todo e olhar menos ativo ou ativo e e cuidar da liquidez, né? Acho que tu tocou num ponto bem bem relevante que sempre bate na em vários momentos inesperados, em troca de desejo, enfim. Então é muito importante ter, por mais óbvio e e sem graça que pareça, né, a liquidez, é importante ter ali seus 6 12 meses de de custo de vida, pelo menos isso, ou se preparar para um para um para um estágio da vida diferente, comprar um apartamento, comprar um carro, ter uma família, enfim, estruturar pros processos para não ser pego de surpresa, mesmo que a gente faça parte do mercado, né? Exatamente. E e mais uma dose de humildade, né? que a a Carol Oliveira, como eu comentei, é só puxar o currículo dela no LinkedIn, vocês vão ver a experiência que ela tem no mercado financeiro e mesmo assim ela conta com um assessor para assessorar ela e e passar, enfim, a o su as suas ã poder conversar sobre o mercado, talvez de uma visão diferente, enfim, trazer os principais pontos de uma forma mais ampla, porque a gente sempre vai estar limitado à vezes num num tipo de de fundo ou num num ou de daqui a pouco não ter tanto expertizes para olhar ativos diretos, enfim. Então, poder ter esse contato é sempre importante e só mostra que mesmo uma pessoa muito bem capacitada também ter esse acesso é importante e muito humilde da tua parte também, né, de de saber que a gente não sabe tudo, né? Não, meu assessor, gente, assim, não é só escolher investimento. Eu acho que a gente também tem o cacuete de achar que o assessor de investimento ele só vai te indicar produto financeiro. O meu senta comigo, a gente revê gasto, a gente pensa em planejamento financeiro, ele me ajudou a comprar o meu apartamento quando meu filho nasceu. Então assim, eh, realmente ele é o meu conselheiro de vida. Eh, então acaba que a gente se prepara muito com o auxílio de um assessor. Por isso que eu falei assim, a gente não precisa fazer tudo sozinho na vida, a gente tem oportunidade de delegar e a gente conta com bons profissionais aqui no Brasil. E indo para uma parte mais de riscos assim, eh, a gente tem visto uma grande democratização no Brasil de fundos e teses e, enfim, estruturas que antes eram pouco pouco acessíveis pro público em geral, então ficava muito mais no mundo institucional, dos fundos de pensão, no investidor profissional ou em alguns casos até no investidor qualificado. E agora isso tem melhorado bastante, tem novas estruturas vindo e e para públicos bem amplos, né? Quais os principais riscos que tem se que que o investidor tem que se preocupar para fundos mais sofisticados, sejam fundos de PRT, fundos os próprios Fidic agora estão com uma tração bem forte, que que se preocupar para analisar esse tipo de estrutura mais sofisticada? Eu acho que da mesma maneira que você tem possibilidade de retornos maiores, você também tem a possibilidade de perder recursos. Eh, isso faz parte do investimento. Isso não quer dizer que o gestor seja eh uma pessoa que não tenha índole ou que você esteja no meio de uma conspiração ou golpe, nada disso. Assim, o investimento ele pode dar certo, mas ele também pode dar errado. Então, é importante, foi o que eu falei, né? Eh, meu aprendizado aqui da lição do apartamento, você não pode colocar todos os seus recursos em uma única classe de ativo, em um único tipo de investimento, em um único gestor, porque existe a possibilidade dele não ganhar dinheiro naquele investimento. Então, eh, eu acho que tem um pouco um pouco disso, mas tem uma coisa que a gente fala pouco, mas que é super relevante, que é muitas das teses são feitas partindo de um cenário. Então, por exemplo, eu vou falar um pouco do nossa célula de private equory que tá aqui, né? O Pátria tem 36 anos de vida. Eh, muitas vezes a gente vai montar teses de investimento eh partindo de um cenário macroeconômico e a gente sabe que às vezes ele não se concretiza. Às vezes ele sai melhor do que o esperado, às vezes ele sai pior do que o esperado. Isso não quer dizer que as teses de investimento elas vão de fato fracassar, mas às vezes elas vão demorar um pouco mais para maturarem. Então, às vezes eu penso em desinvestir o dinheiro em 5 anos e uma tese, eu vou desinvestir em 7 anos. Eh, então esses investimentos ilíquidos, você tem a parte, você vai partir de uma premissa de cenário para fazer o seu investimento. E como ele é ilíquido, você não necessariamente vai sair dele conforme você planejou. Quando você tem um investimento líquido, como ações listadas, crédito mais líquido, você vende isso no mercado secundário. Quando a gente tá falando de uma plataforma de infraestrutura, como Pátria desenvolve, eh, não é tão simples assim. Então você tem essa questão de que às vezes o investimento ele vai demorar um pouco mais a maturar o crédito. Às vezes se o juro subir de maneira abrupta, como a gente saiu, né, de 2%, a gente tem CDI aqui 15%. Ele multiplicou quase mais de sete vezes. As empresas que tomam crédito, elas pioram sua situação creditícia porque elas têm que pagar mais juros da dívida. Isso às vezes é um desafio para aquelas companhias. Então você pode ter eventos de crédito e nada disso que eu tô falando tá relacionado com uma fé e sim às vezes a uma piora de cenário macroeconômico. Eh, e isso pode fazer com que seu investimento não vá tão bem quanto esperado. Por isso que a gente precisa diversificar bastante eh essa questão de quais gestores a gente coloca. Tem que ser gestores sérios, gestores capacitados, que tem um histórico, mas também a gente não pode colocar todo o nosso patrimônio em uma única tese. No final das contas, a famosa diversificação, né? Por mais que el ch que seja, é importante sempre diversificar e não ser muito fã, ter o cuidado de não não ir muita emoção da tese, do momento, da estrutura nova, enfim, ter uma uma diversificação sempre ajuda a mitigar essa essa possibilidade de acontecer que vão acontecer, né? Na verdade, assim, alguma parcelada da carteira não vai bem, não tem como parcelar ir bem, né? Exatamente. Então não é uma questão de ser, é uma questão de quando e aí você tem que estar preparado pro quando. Perfeito. E no dia a dia de comitês mesmo de de aprovação de fundos, né, na hora que você tá estruturando esses produtos, quais são os principais critérios para aceitar ou rejeitar um um produto agora nessa visão mais institucional mesmo? Como é que tu tu faz isso e os principais pontos? Hoje a gente, a gente aqui no Patrira, eh, na nossa geografia Brasil, a gente, o Patra era uma casa que tinha dois tipos de fundo, um fundo de private equory que compra empresas, transforma elas em plataformas, em setores eh resilientes do ponto de vista macroeconômico. E a gente tem a parte de infraestrutura que a gente desenvolve plataformas de infraestrutura. Quando a gente abriu o capital, a gente começou a ver que existia demanda para esses setores que a gente já atuava bem, mas às vezes em outros tipos de veículos. Então, por exemplo, a gente investe no agro há pelo menos duas décadas, mas comprando empresas. Mas por que não fazer um fiagro? Já que a gente tem toda a inteligência dentro de casa? a gente investe em infraestrura e desenvolvimento. Mas por que quando a gente transformou a companhia, colocou, criou ela do zero, ela virou um projeto maduro, por que que eu não posso continuar com esse tipo de investimento? Então, a gente tem FIPs e ex, a gente tem FIFA, então a gente continua atuando dentro da nossa zona de competência, eh, e de fato fazendo coisas em veículos distintos. O Brasil tem uma série de jabuicabas, né? Então, a gente criou a previdência, que ela é mais favorável tributariamente, FIFA, FIP, FIAGRO. E como é que é o processo de criação? Ou a gente identifica uma tendência olhando dados de mercado, a gente tem um comitê de inteligência de mercado. Então, a gente tá sempre discutindo do que que a gente pode fazer com a regulação nova, o que que a indústria tá fazendo e como ela se comporta. A gente conversa bastante também com as nossas operações fora do Brasil, porque às vezes você acha que tá antecipando o movimento, mas ele já aconteceu nos Estados Unidos, então é só você olhar o mercado. E a gente também olha muito, e eu acho que é o papel do nosso time comercial como um todo, o que o cliente precisa. a gente é o provedor de soluções para o cliente. Então, o cliente tem uma dor, a gente se põe eh no papel do participante do mercado que vai tentar resolver a dor desse cliente. Então, todos os nossos comitês, eles vão, eh, partir desse tripé, né, o mercado, o cliente e a regulação. E por último, mas também muito importante, é a gente atua onde a gente tem capacidade de atuar. Eh, também se o o cliente pedir algo que foge muito da nossa zona de competência, a gente prefere não atuar naquele momento. Então, muitas vezes o mercado tem eh vários momentos de rally, capta em vários produtos e a gente fica de fora observando porque a gente não acha que vai entregar o melhor nível pro nosso cliente. Então, a gente também é muito responsável nisso. E assim, por curiosidade, como é que é essa relação? uma empresa tão grande com bilhões de dólares geridos em diversas geografias, como é que funciona? Eh, como é que vocês se conversam entre outras as outras operações fora do Brasil? Como é que é esse contato? Eh, a gente tem muitas posições espelhadas. Então, por exemplo, eu vou contar o caso da Colômbia, a gente tem uma Carol aqui e tem a Ana, que é a pessoa responsável por produtos na Colômbia. Então, a gente troca bastante eh figurinhas sobre estruturas, sobre dados de mercado. Eh, obviamente o Brasil é muito transparente em dados de mercado, então a gente acaba saindo um pouco mais na frente. E também existem os times comerciais, os times de operações e os times de gestão, eh, que estão bastante conectados. Então, a gente tem fóruns, tem comitês, eh, pelo menos comitês quinzenais de produtos pra gente falar do que que a gente tá vendo, como a indústria se organiza e a gente troca bastante material. Então, por mais que a gente esteja em outros países, a gente acaba se falando praticamente todos os dias. Então, a tecnologia ajuda muito assim para manter a gente próximo. E se tu fosse e dentro do teu conhecimento, né, dessa parte de transparência de dados, o Brasil é muito competitivo mesmo em relação a aos demais? Como é que é essa, ah, sim, a gente divulgação de dados, assim, a gente vê, por exemplo, eh, dados de Colômb Chile, de captação de fundos, eles são muito menos abertos do que os dados do Brasil. portfólio de empresas, eh, carteira de fundo também eles acabam sendo menos transparentes. Nem todos os fundos precisam ter cota diária, patrimônio diário. Então, acaba que assim, a gente acompanha todos os nossos competidores na unha aqui. Então, eu consigo ver se ele tá perdendo dinheiro. Aí você consegue abrir a carteira, você consegue, putz, assim, se uma ação caiu muito na bolsa e ele tem essa carteira na bolsa, na na essa ação na carteira, você consegue ver que ele tá sendo impactado eh no exterior acaba sendo muito mais desafiador. Nem todo gestor divulga a carteira, eles não têm cotas diárias, eh não tem tantos relatórios. E eu acho que também um advento aqui no Brasil é os gestores eles vão a mercado, eles vão a público e falam com os clientes, o que é uma coisa muito interessante. Quando eu comecei nesse mercado, eu ia fazer diligência, eu pedia para falar com um time de gestão e falava: “Olha, o gestor não fala com o cliente”. E hoje em dia, assim, é prerrogativa, né? O nosso time comercial puxa a orelha do gestor se ele não for super solícito com o cliente. Então a gente mudou muito a cabeça e e é engraçado pensar, seria um pesadelo, acho que pro investidor não ter a cota de ar, né? O o investidor que ele tem acesso a olhar todos os dias quando que foi aquela cota. Por mais que às vezes a quota não tenha nenhum motivo para tu olhar no dia, não que não que não transmita a realidade ali dos fatos do do impacto no mercado, mas que não deva se preocupar tanto com aquele resultado no dia. Eh, lá fora é é praticamente mensal muitas vezes, né? Então, muitas vezes é trimestral. Então, assim, o que eu acho e também assim, eu acho que a natureza dos investimentos, eu acho que quando você tem, eu não acho que você tem que olhar todo dia, tá? Eu não tenho aplicativo de investimento no meu celular. Eu tenho num celular que fica em casa, na minha gaveta, para eu fazer minhas movimentações uma vez por mês. E é isso. Eh, eu acho que traz uma ansiedade desnecessária. Você tem que gastar muito tempo vendo como é que você vai aportar mais recursos e como é que você vai gerenciar suas despesas. Mas uma vez que você montou sua carteira inicial, idealmente você não deveria ficar tão nervoso assim. Mas mesmo assim, dito isso, pensa na no nosso caso, a gente tem uma série de fundos de participações que são você compra plataformas que você desenvolve do zero e você tá fazendo projetos. Então pensa que a gente tá desenvolvendo uma rodovia. Hoje eu tenho uma notícia sobre a rodovia, no dia seguinte eu não tenho uma outra notícia sobre a rodovia. daqui a 5 dias eu não tenho outra notícia sobre é é um trabalho mais chato, eu tô construindo um processo, então, provavelmente a cada seis meses eu tenho alguma atualização importante para dar, mas todo dia eu não tenho muito o que falar. Então acho que o brasileiro ele precisa ainda passar por essa curva de aprendizado de que as grandes coisas elas não vão não precisam acontecer a cada 5 minutos. vão ter eventos específicos, mas na média eh as coisas elas são mais chatas do que elas parecem ser. E falando de de fundos que comercialmente eram foram ficaram muito famosos por algum motivo e tu viu grandes investidores, talvez institucionais evitando, já já passou por alguma alguma fase que tu viu isso? Eu acho que muito do que acontece é que ou gestor ele acaba tendo algum tipo de algum tipo de de progresso, de sucesso nas redes sociais e não necessariamente a cozinha dele está bem preparada para receber aportes ou às vezes o gestor de fato é brilhante, mas ele cresceu demais e às vezes você quer acompanhar se ele vai conseguir gerenciar aquele aquele recurso muito voluptuoso eh de uma vez. Então eu acho que é também às vezes não é que você perdeu a convicção no gestor, mas você quer acompanhar de fora para ver se aquela nova fase dele enquanto empresário vai dar certo também. Então já vi sim, mas muito ligado assim a tamanho, que é é uma dificuldade, né? Imagina, a gente tem às vezes 100 milhões para serem eh geridos e depois vai para 1 bilhão, né? É uma grande diferença de mercado, de liquidez, de tudo, né? E você às vezes vai ter que contratar mais pessoas, você vai ter que investir em coisas que você nunca investiu. E não necessariamente isso é uma receita pro insucesso, mas você precisa de fato acompanhar se essa nova fase é compatível com a geração de alfa que o gestor diz que vai entregar. É. E e aí o desafio não é só mais gestão de ativos, muitas vezes é gestão de pessoas também. Exatamente. Exatamente. Tem que tem que começar a se desenvolver como líder, como, enfim, como uma pessoa que não se limita só a ela no no na tomada de decisão do do fundo. Exatamente. E essa figura, acho que a gente ainda no Brasil não tá tão acostumado com a figura do gestor empresário, eh, de você não é só aquele cara brilhante que vai organizar um portfólio e você vai investir e vai ficar rico. É a capacidade que ele tem de perpetuar a franquia de investimento que ele criou. seja pelo brilhantismo dele ou seja de fato pelo treinamento de pessoas igualmente brilhantes. E assim, ao contrário, agora, fundos que na tua concepção tavam num cenário muito bom, assim, aparentemente tinham tudo para dar certo, mas meio que passaram despercebidos, talvez algum, tu lembra de algum alguma estrutura, alguma tese que meio que passou despercebido eh recentemente ou no passado que que foi ao contrário disso, né? não ficou famoso, tinha tudo para ser bom, mas não não veio. Eu acho que tem gestores que resolveram empreender em momentos e aí eu acho que sorte também tem um componente importante nessa equação. Exatamente. Eu acho que tem pessoas brilhantes que abriram gestores em momentos de captação negativa do mercado. Eh, e aí de fato eles não conseguiram manter esse eh negócio de pé. Então, o número de consolidação de gestores nos últimos 5 anos é realmente impressionante da indústria. Eh, e muito assim, não necessariamente o gestor é um mau gestor, às vezes ele até performou, mas de fato ele tá num mercado muito difícil e ele não consegue remunerar sua estrutura. Eu acho que tem isso. E eu acho que um um que eu gosto de pontuar também é a gente tem dentro do agronegócio eh um setor que é motor de crescimento do PIB brasileiro. A gente tem a estrutura de incentivos fiscais para esse investimento e a gente teve alguns eventos de crédito no mercado do agronegócio que fizeram com que os FIAGR, na minha na minha visão, eles crescessem até menos do que eles deveriam. Eu acho que é um processo de acomodação da indústria, mas quando você olha os fiagros, eh, eles poderiam ser maiores, principalmente comparado com mercado de fundos imobiliários. Acho que a gente tá na curva de crescimento, mas alguns eventos de crédito, e a gente tá falando de fundos de crédito, então eles podem ter eventos de crédito, assustaram os investidores. Então esse segmento é um segmento que me deixa um pouco chocada, assim, que você acabou pegando um uma curva ruim de crescimento da classe de ativo e meio que ela ainda tá um pouco condenada. Sim, trazendo números, né? É, é quase 20% 25% do PIP ali na média da dentro das 10 maiores economias do mundo, né, o Brasil. Eh, e uma indústria muito pequena até. Eu não sei se lado até se souber, só pra gente ter uma noção de proporção. Você tem noção de qual tamanho atualmente da da indústria assim de de Fiagros ou agro em geral? Olha, de Fiagro eu eu vou colocar um número próximo de dos 10 B. Imagina 10 B perto de 25% de Exatamente. A indústria de fundos imobiliário deve ter uma magnitude próxima dos 300, Bi. Então tem tem bastante chão ainda para tem bastante chão pra gente crescer. É isso um pouco também da da própria relação dessas famílias, né? Muitas vezes são negócios eh familiares até da pouco eh ligados talvez com com as grandes cidades, enfim, com quem tá onde tá constrando o dinheiro e da onde vai ser o dinheiro. Também tem um pouco disso, né? Acho que a relação ela fica muito regional. muitas vezes no centro-oeste do Brasil, no Nordeste, aqui no Sul e pouco pouco saindo das cooperativas, talvez para um mercado mais amplo que é São Paulo, principalmente Sudeste ali, Rio e São Paulo, né? Então tem muito para evoluir nesse sentido. Exatamente. Exatamente. Eu acho que tem. Eu acho que o o plano safra ele não vai conseguir financiar toda o ecossistema do agronegócio. E a gente, enquanto provedor de capital via mercado financeiro, tem um papel super importante no desenvolvimento do agro. E aí eu acho que a gente teve experiências que foram negativas, mas que não condenam o setor como um todo. Por mais difícil que seja, Carol, eh, falar, se tu puder pincelar, assim, eh, a gente passou por um momento muito difícil, que foi uma mudança de juros bem inesperada por até p pessoas muito experientes de mercado, né? Os juros tinha até uma tendência de de queda aí para 89 voltou, reverteu tudo isso. Estamos em 15. É, é até uma tristeza falar isso em 2025, né? Mas é uma realidade. Eh, isso impactou muito o mercado de crédito como um todo, né? Não só no agro, eh, entre outros, outros setores que dependem disso. Mas do agro, tu diria que temos bons ares pra frente? O pior já passou ainda um momento muito de cautela ainda. Enfim, como é que tu tá analisando esse momento de de agro? Eu acho que assim, quando a gente conversa com o nosso time de crédito, o que a gente viu, eh, o crédito para produtor rural e as garantias feitas nos ativos, eh, eu acho que de fato a gente vai precisar passar ainda por alguns degraus de governança. Então, muitas empresas não tinham balanço auditado, não tinham governança. As garantias às vezes você vê até por uma questão legal no Brasil, você não consegue executar. Então, eu acho que a indústria como um todo teve um aprendizado, mas quando você olha várias empresas correlatas e que não necessariamente são os produtores rurais, eh, de fato você tem outros níveis de governança. Então, também não acho que é uma condenação ao crédito, né, do produtor rural, mas é, de fato, eles ali vão precisar de um estágio de governança acima do que a gente viu na indústria. Tem várias empresas de fato que já são até nossas parceiras no crédito e que se provaram super rentáveis ainda num cenário muito desafiador de juros, que é um cenário que as empresas já convivem em h algumas décadas e que de fato olhando pra frente, eu gostaria de acreditar que a gente não tem muito para onde subir esse juro. Então, tende a ser um cenário menos desafiador do ponto de vista de você pagar os juros das emissões, né, do serviço de dívida. Então, a gente tá bastante construtivo, nosso time de agro tá bastante animado pro ano que vai vir. E tem, acho que os dois lados, apesar de vocês terem muita experiência já de duas décadas, né, falar do mercado na média, acho que dos dois lados tem o que aprender, né, que é o lado do produtor que talvez não tenha tanta governância, é uma empresa familiar, não é não é nem por maldade, caráter, não, ele só fazia do jeito dele, jeito bem caseiro, digamos assim, e aquele e o credor, enfim, a indústria de fundos, que é uma uma parte importante de de gerar esse crédito, de também aprender a lidar com esse produtor rural, conseguir mapear tudo isso, porque é completamente diferente, né, cuidar de um projeto imobiliário em São Paulo, do que ter que estar fazendo, do que que sair do do seu do seu dia a dia mais comum ali, que é São Paulo, a grande capital ali de de mercado, né? Então, tem os dois lados para aprender, né? Exatamente. Eh, o investimento às vezes em agroinfraestrutura, até nos ativos que a gente gosta de investir, ele não tem um componente puramente financeiro. Você tem que às vezes conhecer o setor que você tá atuando. Então, às vezes a gente vai olhar uma garantia, vai ver, putz, assim, eu acho que pelo laudo de avaliação ela vale X, mas aí você vai conversar com pessoas que operam naquele setor. Olha, por você atravessar essa rua aqui e tá nessa fazenda A e não na fazenda B, você tem menos incidência de chuva, então vai valer menos. Então essas coisas você precisa estar conectado com o ecossistema. Eh, você de fato investe na economia real, não é um título financeiro que fica piscando numa tela do Bloomberg. Então, o que é super legal até no Pátria, que a gente tá investindo na economia real, mas você precisa est conectado nesse ecossistema. Então é uma curva de aprendizado para todo mundo. Perfeito. Carol, sei que é difícil também centralizar só numa, mas qual seria a maior lição que tu aprendeu analisando milhares de fundos ao longo desse desse tempo? Eu acho que realmente é essa de o gestor, gestor de ativos, não necessariamente ele é um bom empresário. Eh, e por mais brilhante que ele seja, porque não é uma questão eh de inteligência, é uma questão de fato como você tá preparado para escalar eh a sua empresa. E isso é uma questão que mata várias gestores, assim, disputa societária, desalinhamento de longo prazo, você perde talentos, então você transformar a sua gestora, que é muito legal você olhar na série ali, billions, mas de fato ela é uma empresa, ela tem toda a parte corporativa, ela tem tem também um esqueleto fora da área de investimentos que é importante você ter. Eh, isso para mim foi um aprendizado muito grande. Um dado uma vez que a gente fez um estudo é geralmente um fundo de investimentos ele morre 5 anos depois dele ser criado e muito, não é porque ele rendeu menos 50, é porque ele rendeu, num caso de um multimercado, um pouco abaixo do CDI. Não é, ah, o gestor precisou fazer um desastre para quebrar, não. É muito sutil o equilíbrio entre ele se manter vivo no jogo e, de fato, ele fechar as portas. Então, por isso que a gente tem que olhar muito pro gestor de recursos como um empresário. E isso tem se mostrado cada vez mais eh parecido com o ciclo de uma empresa no Brasil, no final de contas, que é um desafio sobrevendo, o Brasil empreendendo, né? Examente. Exatamente. Para lidar com todos esses desafios de de cenário, assim, qualquer outro negócio se impacta, né? Exatamente. E tu diria que que talvez a o advento das consultorias, o próprio acho que é um amigo teu que eu que eu acompanho tanto quanto daí é o melhor, é a melhor análise de fundos e ele é o melhor análise de fundos para mim, que é o Samuel Ponzone, tem agora consultoria, né, voltada para isso, que lá fora também já algo mais comum e aqui é algo bem inicial ainda, né, que é uma uma outra empresa ligada a à gestora para auxiliar essa gestora a sobrever, a ser rentável, a atingir os objetivos do passivo, enfim, dos cotistas. Tu tu acredita que isso vai tornar ainda mais realidade ou acho, eu tenho eu tenho certeza. A gente tem um número gigante de gestores, assim, a gente tem perto de 1000 gestoras no Brasil, eh a gente não tem um mercado tão grande para comportar essas 1000 gestoras. Então é natural. Olha o que tem acontecido na história do Pátria. A gente fez uma série de movimentos de consolidação de outras gestoras que vai acontecer tanto com Pátria quanto qualquer outra gestora no mercado. E para isso a gente tem que estar preparado. Então eu acho que o trabalho ali do Samuel, do Daniel Xinzarian, ele é muito importante nesse sentido de mostrar pra gestora como que ela pode crescer e sobreviver, perenizar o negócio para mais de 10 anos. E quais os indicadores ou sinais mais simples assim que tu diria pro investidor analisar? Talvez pode, a gente pode até analisar agora de uma forma mais quantitativa, talvez. Que que tu diria que é importante? Sim, eu acho que eh o tamanho da gestora, ele não diz respeito ao brilhantismo do gestor, mas ele diz como você, qual é o faturamento de uma gestora, um percentual do recurso que ela gere e uma taxa de sucesso, né, que é a taxa de performance sobre o que ela tá gerindo. Então vamos, quanto menor a gestura é, menos receita ela vai ter. Menos receita ela vai ter. Ela tem uma obrigação regulatória de ter diretor de recursos humanos, diretor de risco, diretor de gestão, um monte de coisa. Ela tem que pagar por uma série de estrutura, dados, Bloomberg, se ela é muito pequena, isso vai ficando cada vez mais desafiador. Então, escala importa. Então, do ponto de vista quantitativo, é ver se essa gestora tá crescendo ou pelo menos mantendo patrimônio e se tá perdendo, se esse patrimônio ainda assim consegue pagar a estrutura básica dela. E é engraçado pensar que assim como a gente tem poucas consultorias, a gente tem pouco poucos analistas no final dos contos a gente tem R 10 trilhões deais na indústria e e poucas pessoas que gastam tempo olhando para essa indústria, né? a gente tem muito mais RS, gestores, enfim, as gestoras andando por si só, mas poucas pessoas analisando esse quadro, digamos assim. O que, por que que tu acha que isso é tão comum ainda no Brasil? Assim, a gente tem poucos analistas no final de contas no Brasil, né? Eu acho que a gente eh um dado interessante, a gente é a sexta maior indústria de fundos do mundo, mas a gente era muito concentrado em produtos de baixa complexidade, os fundos de renda fixa com liquidez até 30 dias. Conforme a gente for sendo mais sofisticado, é natural que todas as cadeias de prestadores de serviço, elas vão sendo mais sofisticadas. Então, há 15 anos atrás, você não falava tanto da utilização de tecnologia no processo de gestão. Hoje é uma coisa assim que você não vive sem. Então, do mesmo jeito, você não tinha tantas pessoas olhando paraas gestoras, mas conforme esse número de gestores vá crescendo, ou pelo menos o tamanho das gestoras seja muito relevante, é natural que gente analisando as gestoras vá também assim, você vai tendo um processo de captação, você vai tendo um processo de capacitação da própria indústria. Então tu diria que não só consultoria, como possivelmente analistas vão surgir com o passar do tempo, dada sofisticação, enfim. Sim, eu acredito. E indo pro Pátria nesses produtos mais sofisticados que a gente já pincelou um pouquinho aqui na prática de estruturação. Eh, o que que tu pode dizer para ajudar esse esse investidor comum a investir melhor? Os principais indicadores nessas classes mais mais sofisticadas mesmo, PRCT, eh, Fedix, fundos mais ilíc, digamos assim. Eu acho que um dado legal eh são dois indicadores que geralmente os os gestores vão fornecendo ou até as próprias plataformas de investimento fornecem relatórios, que é a TIR, né, que é quanto esse capital eh quanto ele já se valorizou. Então, quantas vezes o dinheiro ele se valorizou? A gente às vezes fala: “Olha, eh, esse fundo valorizou 25% ao ano, seja sendo marcado, seja sendo desinvestido.” E o DPI, que é o DPI em português, que é o quanto do que você investiu foi desinvestido pelos gestores, porque não só rentabilizar importante, mas desinvestir é importante. Então, toda vez assim, a própria XP ela faz um relatório super legal mostrando esses indicadores dos fundos alternativos, que é pra gente entender o gestor completou o ciclo de investimento, performou o ativo e desinvestiu o ativo. Então, é super legal acompanhar, mas é um dado que não é diário, tá? Geralmente é trimestral a divulgação para de fato eh balizar. A gente tem investimentos que não são marcados todos os dias, né? Isso é muito bom, né? Isso é muito bom. tira ansiedade do processo também e reduz a volatilidade da da carteira como um todo, né? Exatamente. É. E e é importante, eu gostei disso, tem teriam muitos outros, com certeza a Carola, ela foi bem bem humilde passar só ali os o principal que é o DPI, né? Teria o TV, TVPI também, teria o Moik, enfim. Mas acho que o DPI é realmente muito bom, que mostra não só o quanto que pareceu que tinha andado tudo bem, mas que de fato se materializou em liquidez e devolveu pro cotista, né? Não seou só uma marcação bonita do fundo, né? É isso. Eu gosto de fazer um paralelo que atira a sua tabela FIP. Então, se o seu Celta ele vale 50.000 na tabela FIP. É uma coisa, quanto você consegue vender o seu Celta pela tabela FIP? Aí é outras coisas. Então, a TIR é a tabela FIP e de fato o DPI é por quanto você desinveste aquele ativo. E para ficar claro, quanto que esses fundos tendem a render historicamente no longo prazo, Carol? Porque são fundos de muitas vezes 10 anos, né? 5 anos para comprar, 5 anos para vender e devolver o dinheiro, né? Quando a gente tá falando de private equy, eh, é seguro falar que a indústria ela vai retornar na média 20% ao ano de TIR, né? E quando a gente tá falando de projetos de infraestrutura, é um pouquinho menos, mas é 15% ao ano de ti. E às vezes com a isenção acaba as coisas meio que se compensando, né? Exatamente. Exatamente. É um setor bem incentivado, né? é bem incentivado. Então vai depender muito do que a gente tá olhando. Eh, de que eu falei, cenário macroeconômico, ele é bem importante nessa conta, mas geralmente a gente tem retornos bem elevados. A gente já falou bastante em várias perguntas aqui que tu respondeu muito bem, mas para reforçar assim para quem tá preso nesses investimentos mais tradicionais, o CDB de banco, a poupança ainda tem um estoque relevante, os fundos de bancão que não são tão sofisticados assim e apesar de serem até bons, não seriam o suficiente para uma carteira bem diversificada e enfim bem gerida. Quais os conselhos para quem quer começar a diversificar com segurança nesses investimentos menos tradicionais? Eu acho que primeiro conte com o apoio do assessor de investimentos. Eu acho que ele vai conhecer o meu, conhece a minha realidade financeira. Então, às vezes tem um ativo que é bom, mas não é bom pro meu momento de vida. Então, esses dias a gente tava discutindo um fidic. Eu vou, eu tô comprando um outro apartamento, eu tenho que quitar um pedaço desse apartamento. Eu não tenho como ficar ilíquida 5 anos agora. Então, eu acho que o assessor ele entende o seu momento de vida. Outra coisa é, se você tava 100% na renda fixa, não é para ser 880, começa diversificando em parcelas pequenas do seu portfólio para você entender também que aquele ativo ele varia para baixo e para cima, que às vezes vai ter uma chamada de capital como uma curva de um fundo alternativo, que o desinvestimento ele não é feito em 6 meses, você leva um ciclo às vezes de 10 anos para desinvestir. Então é importante você fazer uma migração parcial do seu portfólio. você tá 100% em renda fixa, talvez você migre para 10% em outras coisas e aí com o tempo você vai montando um cronograma. É, você não precisa fazer tudo e acertar o momento que você tá investindo de uma única vez. Você pode fazer isso faseado ao longo dos anos e é importante, por isso, contar com a ajuda de alguém para definir sobre os objetivos de vida. Acho que isso para mim assim foi eh esclarecedor, sabe? Quando eu sentei e falei: “Eu quero o meu recurso pro quê?” para, no meu caso, é paraa minha aposentadoria. Eu não pretendo me aposentar nem tão cedo, mas eu falei, eu quero viver bem na minha velice. Como é que eu vou melhorar a probabilidade de eu viver bem? Eu tenho que investir pro longo prazo em diversos ativos que não só de renda fixa. Então, acho que contar com o apoio profissional é muito importante nesse momento. É, e entra um pouco também daquela de saber diferenciar a capacidade de tomar o risco com eh com o querer tomar esse risco, né? Exatamente. Às vezes tu tem perfil para aquele tipo de investimento menos mais arrojado, mas tu não tem naquele momento a capacidade ali suficiente, enfim, recursos que podem te deixar uma justa, mesmo que tu tenha perfil para lidar com essa volatilidade. Então saber, exatamente eh eh ficar entre esses dois mundos é o ideal, né? Exatamente. E para quem eh quer sair do básico, mas a gente tem medo de errar, eh qual é já comentou aqui dessa dessa primeira primeira essa essa forma de fazer pontuado, né, de de elevando a carteira e remodelando ela ao suposto contar com isso. Mas seria algum outro passo que tu gostaria de alencar ou esse é o o que o que eu gosto de fazer assim, uma vez que eu defini o objetivo de investimento, então, por exemplo, eu eu acho que eu tenho que estar mais exposta à renda variável. Não vou pegar o recurso da renda fixa e colocar todo de uma vez. Eu defino, olha, eu acho que um ano eu vou montar eh essa minha posição, eu vou contribuindo mensalmente em aumentar a minha posição, porque aí eu acho que você também vai tendo o próprio educacional, eu vou entender eh se eu tô acostumada com essa volatilidade, se isso não me incomoda, se isso me tira o sono. E aí eu raramente faço as coisas de uma única vez. Se eu quero quero ter mais exposição ao setor imobiliário, eu vou fazendo compras mensais. Eh, isso me ajudou também a ter um pouco mais de paz de espírito. Eu não vou acertar para onde vai o dólar, para onde vai a bolsa. Assim, meu trabalho não é esse. Meu trabalho é de fato separar uma reserva, eh, no meu caso é mensal, onde de fato eu vou contribuindo em pequenos aportes e vou montando a posição mais próxima do meu objetivo de vida. Respeitar esse processo é importante, né? Exatamente. Eu acho que talvez o mais difícil para lidar com ansiedade, com com essa parte mais emocional de de cuidar e seguir um processo depois de ter bendido ele, né? Exatamente. A disciplina é o mais importante. Carol, a gente tá chegando aqui ao nosso nosso episódio, mas eu queria fazer duas perguntas bônus aqui. Claro. Sinta-se à vontade em respondê-las. É mais por curiosidade até entender como funciona a cabeça de quem toma risco também na pessoa física e não só na sua empresa. Mas como que hoje tu tu divide a tua carteira assim ter que tu chamaria para principais classes? que eu lembro que lá na XP na vez que eu falei contigo tinha uma parcela elevante alternativos, uma parcela elevante de previdência pela vantagem tributária. Isso se mantém, o que que como é que tu estrutura isso hoje em dia? Hoje eh eu brinco, né, que é uma questão até moral e de alinhamento de interesse. Se eu acho que o produto tem que ir para público, pelo pátria, eu tenho que também investir. Então, hoje boa parte da minha carteira está no pátria. Eh, o que não tá tá em CDI, coisas mais menos complexas. Então, o gestor de alternativo para mim no Brasil é o Pátrio Investimentos. Eu tô vendo o trabalho do time de crédito. Eu eu eu sento olhando o aquário do time de crédito. Eu sento atrás do time de infraestrutura, o time de equity tá ali na frente. Então assim, qualquer esclarecimento que eu tenho e eu vejo quanto o time tá comprado. Eh, mas eu acho assim, eu eu desde sempre divido a minha carteira, o que é mais líquido e o que é menos ilíquido. Hoje eu faço uma proporção meio meio a meio. Metade da minha carteira tá em previdência. Não necessariamente em renda fixa, tá? Eh, eu acho que previdência é onde eu tenho o horizonte mais de longo prazo possível. Obviamente eu não consigo comprar, digamos assim, um FIP na previdência sozinha. Então, o que eu não consigo fazer via previdência, eu vou replicar na carteira fora da préve. E aí eu tento colocar ativos reais. É o que eu falei, né? Eu tô num momento de vida, eu tenho um filho pequeno e tudo mais, então eu tenho eh ativo físico, mas eu tento ter também ativo alternativo via fundo. Não, eu não tento fazer nada fora da minha zona de competência. Então eu vejo as pessoas comprando várias coisas. Meu marido adora olhar relógio e falar: “Putz, será que se eu comprar ele sobe? Não sei quê”. Eu não tenho a menor pretensão de adivinhar essas coisas. Eu prefiro delegar sempre. Então, boa parte do meu recurso é investido em fundo. E aí eu tento colocar eh infra, eu coloco agro, imobiliário. Esses ativos isentos, eles têm um poder muito grande. Às vezes você só de não pagar o imposto de renda, você tem um retorno adicional muito forte e eu coloco também bastante em todos os fundos que a gente cria. Então, minha carteira é a carteira Patria Investimentos. E até eu falo pro meu assessor, não me oferece fundo de outro lugar, que aqui eu cobro todo mundo aqui dentro. que eu tô com time, mas basicamente é isso. Eu faço uma grande divisão entre o que é préve. E aí o que é préve assim, eu sou radical, eu não mexo, eu esqueço que esse dinheiro existe porque é para Carol de 70 anos. É o que todo mundo deia fazer, né? Apesar de o investidor ele ser curto presença também na previdência, ali é o espaço que deveria ser menos e olhado no dia a dia, né? Exatamente. É onde você tem espaço para ser mais arrojado e mostra bem como o skin game eh teu é bem prático de tá ali no investindo na na gestora e confiar muito no processo. E obviamente também é muito bom ter profissionais tão bem qualificados e capacitados de poder ter essa proximidade que nem todo mundo tem, né? Então, obviamente, ajuda muito a poder eh tá tá nesse sentido. E tem uma pergunta que eu sempre faço para para todo mundo que vem aqui de mercado. Quem não é de mercado não faço porque eu não faço tanto sentido. Só que para ti, eu sei que também não vai ser tão fácil de responder, porque não é tanto de adito, nem busca fazer isso. Mas se a Carol tivesse que escolher para 10 anos 1 milhão de de dólares ou R5 milhões e meio agora de de reais, o que que tu escolheria? 1 milhão de dólares. E por quê? Eu acho que a gente é assim eh, que é uma coisa que a gente discute pouco ainda, mas com essa experiência, né? O Pátria, como uma plataforma global, ser rico em moeda forte é muito diferente do que ser rico em moeda fraca. Eh, então assim, a gente vê, acho que todo mundo comenta, né? O preço do mercado, o preço dos apartamentos, o preço de carro nos últimos 10 anos é uma loucura. E você fala: “Eu tô exposto a uma moeda fraca que tem uma série de variações macroeconômicas. Todo dia alguém vai lá falar de cenário macroeconômico, alguém abre a boca ou então vai lá no no Putin, vai no Trump, faz alguma coisa”. A gente sente muito e a gente acha que ah, eu tô no Brasil, eu não sou impactado pela alta do dólar. Então eu eu realmente assim essa lição que o Pátria me ensinou de a gente precisa de fato ter retorno também em moeda forte e aí para mim foi uma das maiores lições. Eu tinha um home bias muito grande e eu aprendi a tirar isso da minha cabeça. É galera, fica aí o aprendizado porque praticamente todo mundo que vem aqui de mercado fala a mesma coisa para longo prazo. Claro que tem as suas oscilações, o câmbio varia muito, mas é importante ter essa parcela porque é isso, né? Acho que o cálculo que nos deixa muito triste é sempre ver o quando que a gente tá ganhando em dólar, né? Se a gente mesmo que a gente faça conversão. É muito triste, né? Exato. É muito triste. É muito triste. Então assim, não é só para quem quer viajar ou quem quer ter alguma experiência no exterior. É de fato assim, riqueza mesmo se mede moeda forte. E aí, putz, assim, eu catequisei minha cabeça para isso. Bom, a gente chegou aqui no final do do episódio. Eu queria deixar agora um espaço eh para tu poder compartilhar, enfim, como encontrar, te encontrar, encontrar o Pátria, encontrar todo o time. Pátria tá aí no mercado em todas as principais plataformas, tem vários fundos fechados, abertos, enfim. queria deixar esse espaço para tu poder falar onde encontrar vocês. A gente é bem ativo, tanto no LinkedIn, no Instagram, no YouTube. É só o nosso arro é @patinvestments. Eh, todo mês eu apresento um programa chamado Conversa de Fundos, onde a gente fala de diversos temas ligados à temática de fundos. Então, é super legal, mas a gente toda hora tá postando, toda hora tá dividindo conteúdo. A gente tem uma série de gestores mega capacitados, um time de marketing assim incrível. Então, sempre que vocês quiserem saber mais do Pátria, sejam as nossas células locais, quanto também as nossas operações globais, é só entrar nas nossas redes sociais. Isso é muito bom, né? O Patria, como vemos, era um era bem mais fechado e tá cada vez se abrindo mais. Isso é ótimo porque é um grande, inclusive benchmark aí para vários participantes do mercado poderem se atualizar, entender dos dados e como um dos principais participantes tem crescido, né? É isso. O nosso foco é colocar o cliente no centro e para isso a gente precisa se comunicar com todo mundo. Galera, a gente chegou aqui ao final do episódio. Eu só queria reforçar para se inscrever no canal, ativar o sininho, seguir no Spotify. Carol, muito obrigado por ter aceitado o convite. Foi uma grande honra. Tô muito feliz, realmente de poder. Ah, eu também tô. Foi muito legal. Que bom, Carol. fico muito feliz porque realmente te acompanha já há alguns anos, faz parte, boa parte da minha carreira aqui, por mais eh, por menor que ela seja perto da tua e eu fiquei muito feliz de poder contar contigo. O Yuri tá ali atrás também, um grande amigo nosso aqui. Obrigado por todo o time do Pátria. E é isso, pessoal. Não deixam de se inscrever. Semana que vem a gente tem o último episódio da temporada com o CEO aqui da F capital pra gente fazer esse fechamento. Então não percam 19 horas da semana que vem. E hoje muito obrigado para quem ficou até aqui agora. Muito obrigado. Obrigada, gente. Tchau. [Música]