Felca e Adultização: o que NINGUÉM te contou

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Um vídeo que se tornou viral na internet, já teve quase 30 milhões de visualizações, levantou um debate sobre a exposição e a exploração de crianças e adolescentes nas plataformas digitais. Adultização. Você com certeza ouviu falar desse tema recentemente. Ele foi manchete nos principais portais. Ele entrou na pauta do Congresso Nacional, apareceu no Jornal Nacional e gerou milhões de comentários nas redes sociais. E toda essa mobilização começou com um vídeo de quase 50 minutos que alcançou milhões de visualizações, feito por um youtuber influenciador que até pouco tempo atrás muita gente conhecia apenas pelas piadas e pelo humor ácido o Felca. E aí vem a pergunta: como é que alguém que não é político, não é jornalista e nem especialista de plantão conseguiu puxar um debate nacional sobre um dos temas mais sensíveis que existem? Você vai ver que o como esse vídeo foi feito é tão importante quanto o que o Felka disse no vídeo. Meu nome é Paulo Lepi, eu sou empresário de educação digital, professor pós-doutor. Há mais de 15 anos eu estudo e trabalho com proteção de crianças e adolescentes. Eu escrevi várias obras sobre isso. Esse Estatuto da Criança e do Adolescente comentado artigo por artigo, que existe desde 2010, tá na 15ª edição, que comenta tudo do direito da criança. esse outro livro aqui, que é um livro que fala do tema da pedofilia e do abuso contra crianças e adolescentes. E sabe o que é mais louco? Que a gente depois de ter escrito todos esses livros foi ver um impacto sendo gerado pelo YouTube por um grande influenciador. Tá de parabéns o Felp. Só que além dessa nossa jornada no mundo do direito, eu também sou sócio de várias empresas de educação digital. A gente tem vários professores e experts, produzem conteúdo e geram influência para milhões de pessoas todos os dias. Isso significa que a análise que você vai ver aqui não é só opinião, é uma leitura técnica e estratégica de quem entende o assunto e sabe identificar porque esse caso rompeu a bolha. Então já se inscreve no canal, ativa o sininho, porque além de entender o que o Felka disse, você vai descobrir como ele disse, por isso explodiu e o que esse caso ensina sobre influência digital. Para entender como que um vídeo sobre adultização conseguiu sair do YouTube e parar no Congresso Nacional, a gente primeiro precisa entender quem é o Felca. Se você conheceu ele agora, você pode achar que ele sempre falou de temas sérios, mas a história é outra. O Felco tem 27 anos e é um grande influenciador digital. Ele começou no YouTube como um streamer de videogame, comentava jogos de videogame. Com o tempo ele foi evoluindo os conteúdos dele para um tom mais humorístico, de alto impacto, fazendo reações a pessoas e a casos e também fazendo várias sátiras, até com um tom auto depreciativo. O conteúdo dele sempre teve um ar de pega algo que todo mundo viu, mas fala que ninguém teve coragem de falar. com tempo ele foi conquistando a confiança de um grande público. E essa confiança é importante porque é o que permite que ele hoje consiga falar de assuntos mais pesados sem que a audiência se afaste dele. Um exemplo disso foi o vídeo em que ele testou a base, a base pro rosto da Virgínia Fonseca. Ele usou humor, mas também foi detalhista. E qual foi o resultado? Milhões de visualizações, repercussão em toda a internet. Como é que ele faz isso? Tem alguns pontos que se repetem. a fala direta, sem enrolação, o sarcasmo e a ironia na medida certa, as pausas estratégicas que ele faz, que dão tempo pra gente digerir o que foi dito, a edição que envolve cortes, prints e referências que prendem atenção. Quando ele juntou tudo isso para falar da adultização, o vídeo deixou de ser mais um conteúdo e virou um evento. Outro detalhe muito importante é que o Felka não veste um terno, não grava num estúdio de TV, não tem o cabelo impecável ou a luz perfeita, ele aparece com camiseta básica, a barba levemente por fazer, o cabelo no meio termo entre não arrumei e arrumei só o suficiente. A primeira vista pode parecer que ele não se preocupa com isso, mas é justamente o contrário. Os cenários também são simples, muitas vezes num quarto, num ambiente doméstico, que mostram mais uma vez, eu sou como você e eu tô falando daqui da minha casa. O vídeo que colocou o termo adultização no centro do debate nacional não veio de um especialista da área, de um deputado ou de um jornalista veterano. Veio de um criador de conteúdo com milhões de seguidores que decidiu pegar um tema espinhoso e colocar na mesa sem filtro. A pauta em si não era inédita. psicólogos, educadores e até juristas, como eu fui lá atrás quando escrevi esses livros, já vinham alertando há anos sobre o risco de expor crianças e conteúdos. Ele não faz um discurso inflamado o tempo todo. O vídeo começou explorando a estranheza e a piada que envolve os adolescentes falando sobre negócios. Quando você começa o seu dia sendo uma pessoa produtiva, parece que o dia Isso é muito importante. Isso é muito importante. Isso é um problema para quem tá na escola também, porque meu dia na escola, tipo assim, já começa com pé esquerdo, já dormo na escola. Mas é o que tem que fazer, porque senão não dá. Então aconselhar a escola, o ensino médio, inclusive escola complica a vida do empreendedor. A escola complica a vida do empreendedor. Sócrates aos 8 anos. Um trabalha muito, outro dorme muito. Que que estuda muito nessa história? Que que tá acontecendo com as nossas crianças? a sociedade vai entrar em colapso, não tem volta. Ele explorou uma forma desconfortável de entretenimento para só depois mudar para um tom realmente crítico e de denúncia. Ele também alternou momentos de ironia com explicações objetivas e isso deu muita credibilidade. Ficou claro que havia uma linha de raciocínio, não apenas uma reação emocional. Você tinha sacado esses detalhes? Teve algum outro ponto que te chamou atenção? Me conta aqui nos comentários que eu vou ler um por um e vou responder à tua dúvida ou ao teu comentário aqui embaixo. Como todo mundo viu, o resultado do vídeo sobre a adultização foi explosivo. Eu tô falando de milhões de visualizações, debates em todas as redes sociais, repercussão no Jornal Nacional e o mais surpreendente, discussões formais, apresentação de projetos no Congresso Nacional. Ponto central aqui é que o Felka não só explicou o conceito de adultização, ele traduziu pra linguagem do público. Quando ele trouxe exemplos que qualquer pessoa poderia reconhecer, ele transformou um termo técnico em algo palpável que gerou reação imediata. E esse é um detalhe que pouca gente percebe. A forma como o vídeo foi construído não foi apenas para informar, mas para posicionar o Felca como alguém que além de entreter, também pauta conversas relevantes, algo que muda completamente a percepção do público sobre ele. Para para pensar comigo aqui, por que que um youtuber falando do quarto conseguiu movimentar mais o debate sobre adultização do que décadas de estudo e especialistas e relatórios e campanhas do governo sobre isso? que de novo, eu falo isso com conhecimento de causa. Tô há 15 anos com os livros mais vendidos no mercado sobre esse tema e eu nunca vi algo tão forte e tão poderoso. O jeito como você fala pode ser tão importante ou mais importante do que o que você fala. Quando a gente fala de influenciador, o senso comum ainda enxerga duas funções: vender produto e entreter. Só que o caso do Felka prova que essa visão é limitada e até injusta. O que ele fez com o vídeo sobre adultização vai muito além do que as marcas pagam e do que o algoritmo empurra. Ele pegou um tema delicado, pouco discutido fora dos círculos técnicos, e colocou no centro da conversa nacional. Isso é raro e isso é muito corajoso. Pode ter certeza que a vida do Felca nunca mais vai ser a mesma. Ele vai precisar se proteger, inclusive pessoalmente. Esse é o ponto que todo influenciador deveria refletir. O seu alcance pode ser só um funil de vendas ou pode ser um megafone que influencia a cultura, muda percepções e pressiona mudanças reais. O Felka mostrou que a função de um criador de conteúdo não é só fazer rir ou vender, é também aproveitar a autoridade conquistada para tocar em assuntos que precisam ser ouvidos. E a opinião de cada um, tá? Pode ser que você não queira fazer esse papel, só que quem topa fazer sabe que nesse processo o influenciador se coloca num patamar diferente de quem não depende de uma narrativa pronta. Um paralelo brasileiro que ilustra muito bem é o caso do Pablo Marçal e a candidatura dele à prefeitura de São Paulo em 2024. Ele não era político, ele era um influenciador digital. Mesmo assim, ele virou um grande nome no debate político e ele dominou discussões. Ele entrou no noticiário político, no Strending Topics, na boca de quem nunca tinha visto sequer um vídeo dele. Ele não vendeu só uma ideia política, ele transformou o próprio nome numa pauta nacional. O que une esses dois casos é a estratégia de encaixar a mensagem num tema que já tá em ebulição social. O Felca fez isso ao falar de adultização no momento que o Brasil discutia segurança de crianças em exposição na internet. O Marçal fez isso ao entrar na corrida eleitoral quando o debate sobre novos nomes na política tava fervendo. O Marçal fez isso na política, o Felca fez isso no tema social. Ambos mostraram que furar a bolha não é por acidente. Quando a gente olha pro caso do Felca, fica claro que o influenciador pode ir muito além de vender um produto ou de entreter. E esse caso da adultização é justamente a prova que a gente queria para isso. Muita gente só ouviu essa palavra pela primeira vez agora, a adultização. E não foi porque um especialista publicou um estudo, não. foi porque um criador de conteúdo, com um jeito muito próximo, colocou o assunto em pauta de uma forma que qualquer pessoa entende. Isso mostra o tamanho da responsabilidade que a gente tem quando fala para milhares ou milhões de pessoas, como o caso dele. Não é exagero dizer que com um vídeo você pode ajudar a proteger crianças e adolescentes situações que afetam diretamente o desenvolvimento físico, emocional e psicológico. E essa responsabilidade não pode ser tratada como mais uma tendência ou uma trend. Se a gente quer um ambiente digital mais saudável, todo influenciador, grande ou pequeno, precisa entender que existe um momento para rir, um momento para vender e um momento para defender o que realmente importa. Foi isso que o Felka fez e é por isso que esse cara precisa servir de exemplo. Então, se você quer continuar acompanhando debates sérios, com profundidade e sem papo raso, se inscreve agora no canal e ativa o sininho. Bora sair do raso.

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