Feminista perseguida por Erika Hilton | Mas como pode?
0Gente, vou contextualizar para quem não acompanha este mundo de subcelebridades na internet, mas acontece que uma subcelebridade famosa que era, é, eu acho, ainda feminista, fez nos longicos anos de 2020 ou 2022, eu sei que tem muito tempo, tá? fez uma piadoca, na verdade mostrou a sua indignação com o fato da deputada Érica Hilton ter sido eleita como a mulher mais votada, eu acho que na época era vereadora ainda, a vereadora mais bem votada de São Paulo, né? Esta mulher feminista ali no afã de proteger as mulheres, de representar as mulheres, ela esqueceu, não sei, eu acho que ela bateu com a cabeça algum lugar, mas ela esqueceu que o movimento que ela acreditava compartilhar já não existia mais, já não vivia mais. Então ela resolveu ali fazer uma denuncinha, né, desta situação aí de abre muitas aspas, né, de supostamente um homem estar ocupando uma cadeira que seria reservada a uma mulher. Ela fez esta piadoca, não é nenhuma piada, tá? Ela só falou: “Ah, eu acho que isso é um absurdo”. No Twitter fez isso somente uma vez pela última vez. E foi isso. E ela foi denunciada por transfobia. Qual que é a situação, galera? A situação é que a homofobia não é crime no Brasil, pelo menos não era. Foi equiparada ao racismo através do ativismo judicial da nossa Suprema Corte. Eu tenho mais medo de falar sobre a Suprema Corte do que falar de homem de sa, mas tudo bem. através do ativismo judicial, eh, os juízes do STF disseram: “Olha só, agora homofobia também é crime”. Por quê? Se racismo é crime, homofobia tem que ser também. Então, eles fizeram uma analogia para poder equiparar. E aí dentro da homofobia inclui-se, ao que tudo indica, vai saber o que mais pode ser incluído nisso, né? A tal da transfobia foi com base nesse julgamento do STF que modulou a lei penal para incluir também os casos de homofobia e LGBT. Ah, Suss TV, que esta moça foi denunciada. acontece que ela não só foi denunciada como ela foi processada, como ela está com o processo agora no próprio STF, uma reclamação no STF para tentar ali decidir se aquela aquele julgamento ali realmente se aplicaria no caso dela, porque ainda não transitou em julgado até onde eu vi. E é isso, o resumo basicamente é esse, tá? Ou seja, a gente tem uma mulher, uma ativista feminista, uma conhecida ativista feminista, né, que está correndo o risco de pegar aí suaves 25 anos de prisão sem prescrição, porque ela demonstrou a sua indignação ali com o fato da deputada federal Érica Hilton ter sido eleita vereadora de São Paulo, a a mulher mais votada e esse tipo de coisa, que é incrível. Porque assim, gente, gente, v ser sincero, ai que gostoso, tem que se mesmo. Uma coisa boa desse negócio é que a cobra sempre engole o rabo e termina chegando na cabeça. Então esta senhorinha que estava ali comemorando leis que puniriam o homem por respirar perto de uma mulher, caso fosse o entendimento ali do judiciário, agora está chorando internationality. I’m sorry I was a feminist and being persecuted in Brazil because I expressed my emotions and my thoughts about being elected deputy. Tô chorando em inglês dizendo, por favor, socorro, me ajudem Rolen agora. Quem poderá me salvar, já que não existe o cavaleiro mágico do feminismo para me salvar. Sensacional. É assim, a parte boa dessa desses colapsos é esse, tá? A parte boa desses colapsos é a gente ver gente que merece se se A parte ruim é que todo mundo se junto, mas tudo bem. Aí eu compartilhei esse negócio, né, ali no meu Twitter dizendo que se mesmo. E algumas pessoas ficaram meio assim, gente, pera aí. Por que diabos? Ah, uma feminista acharia ruim isso, né? Porque ao que tudo indica, a maior parte delas não acha, apoia. E e se e se apoiam, por que que apoiam? Ou seja, porque as mulheres, via de regra, apoiam o movimento transgqy z+, ou porque o movimento, por qual motivo? O movimento feminista foi o formador desta criatura que acabou terminando de engolir uma coisa que já tava morima, né? E as pessoas deixaram ali as suas colaborações. Ah, eu acho que é porque as mulheres têm uma empadinha maior pelos Iscurs feministro que é sensacional, porque agora a direita toda vai englobar o discurso feminista, né? Porque não tem mais feminas, porque aí a direita todo vai ser o defensor das mulheres. Inclusive só tem jornais de direita divulgando esta última entrevista que ela deu, né? E com isso vai ser também os elementos ali da metafísica feminista, mas tudo bem. Então é porque as mulheres têm mais empadinhas pelos outros, então elas têm padocas pelos homens que sofrem ali por não estarem em seus devidos corpos. Gente, não é isso, tá? O motivo não é esse. Ou porque, sei lá, sadom masoquismo, né? As mulheres gostam de sofrer ou porque, sei lá, faltou pai e querem transformar mãe em pai. Então, várias possíveis explicações para esse fato foram me dadas em nenhuma delas, porque ninguém leu meu livro lá no Twitter, tá? Aqui no YouTube vocês já leram, lá no nosso clube de estudo vocês já leram. no Instagram, a galera leu, então quem leu o livro já entendeu, quem leu o livro já ficou tipo, normal, vamos discutir outras coisas agora. Quem não leu não entendeu, então eu vou explicar, vou fazer esse papel explicatório para vocês, explicativo para vocês, certo? Tudo começa por era uma vez, né, um movimento político que surge como resposta, como tentativa de dar voz a um sofrimento primordial feminino. Eu acho que esse é o bom começo. Vamos começar por aí. H, esse sofrimento primordial feminino é um sofrimento que está vinculado a dois aspectos vitais da existência da mulher. O primeiro aspecto é o aspecto biológico. As pessoas que partilham deste movimento de revolta acreditam que as mulheres estão presas em seus corpos biológicos. os seus corpos biológicos as limitam, as fazem sofrer todos os meses a mesma ladaainha até o fim dos tempos. Você estar presa a ciclos lunares, a ciclos naturais, a uma degradação da matéria que parece corroer as mulheres mais rapidamente do que corroia os homens. Então, este sofrimento ah biológico é visto como algo grave, como algo que poderia ser diferente, as coisas poderiam ser melhores. E paralelamente a esse sofrimento biológico, temos o sofrimento que é inerente à mulher, que é o sofrimento relacionado à maternidade. Por isso que o sofrimento feminino, como eu vou defendendo, ele está, ele se organiza ao redor do útero, ao redor do estera. Daí que vem a palavra esteria depois à frente da modernidade para descrever mulheres que estão sofrendo em razão do útero, né? Então, a maternidade ela é vista, portanto, como sendo a maior fonte de sofrimento possível paraa mulher. Tanto as mulheres que têm filhos e todo o processo de parir este filho, afinal também tá lá em Gênesis, tá? Você vai sofrer ao dar a luz e como se fosse esta maldição que as mulheres carregam em razão do pecado original. O próprio parir é sofrido, fisicamente sofrido, mas o criar este filho também será fisicamente sofrido. E mesmo que você não tenha filhos, você também sempre vai estar sendo perseguido por esta maldição, porque sempre vai rondar ali o fantasma da maternidade, psicologicamente, fisicamente, enfim. Então, temos ali esse sofrimento físico, tá? Mas o mais grave deles não é o sofrimento físico, é o sofrimento espiritual. Eu queria que vocês entendessem isso muito bem, por quê? É isso que lá na frente vai dar origem ao que a gente está enxergando hoje. Essa loucura que a gente tá enxergando hoje, ela só existe em razão deste reconhecimento, desta situação primordial, que é a existência desse sofrimento feminino, biológico, espiritual. O sofrimento espiritual, portanto, que tem a ver com a alma, que tem a ver com o espírito feminino, ele se sobrepõe sim ao sofrimento biológico, mas ele é mais profundo. Ele é um sofrimento de estar, de certa forma desligado daquilo que é perfeito, daquilo que é absoluto. É um sofrimento que decorre do fato de você não ser, de você ser criatura criada. E daí vem aquela sensação de estarmos todos em um grande exílio, a sensação de que este mundo é um lugar ao qual nós fomos jogados, ao qual nós fomos cuspidos. E desde então erandes vagamos, né? Errare do latim errare devagar. E desde então estamos todos procurando esta longa estrada de volta para certo lugar que se perdeu, seja no passado ou seja no futuro, né? Então, a humanidade geral sofre desta contingência, da contingência de ser finito, limitado. Mas as mulheres entenderão, né, que esta contingência para a mulher, ela se mostra de uma forma ainda mais grave do que para o homem, porque em razão doa, você está presa a uma temporalidade que é uma temporalidade mais massacrante, que ela traz a lembrança da morte pra mulher mais rapidamente do que pro homem, porque chega ali nos 30 anos de idade, a mulher já passou do seu apogu, né? passou do seu auge. E então ela muito rapidamente toma consciência da finitude da matéria, da finitude da vida e ela muito rapidamente começa a ser consumida por este por esta espécie de eterno retorno, né? Por isso que, enfim, muitas mulheres acabam se preocupando demais com manter esta matéria de pé, ou seja, fazer procedimentos estéticos e tudo mais, eh, do que os homens, né? Essa é uma possível explicação do porque que as mulheres são mais afeccionadas com beleza do que ah os homens. Exatamente. Em razão deste momento humor e mais flagrante, mais rápido, né? Ele se apresenta de forma mais rápida pra mulher. Então, ah, se eu considero este sofrimento, e aqui é o ponto mais importante, né? Se eu considero todas as imposições que este sofrimento me gera e se eu considero a gravidade dessa imposição. Então, se eu se eu percebo que esse sofrimento não é um uma condição que eu posso superar através de remendos, através de alimentos materiais, através de coisas que eu posso consertar, se eu percebo que este é um sofrimento da contingência humana e nesse caso feminina, então muito rapidamente percebo que eu só poderia mudar essa situação através de uma revolução. através de uma revolução completa do ser, no caso do do estar mulher, do ser mulher, esse tipo de denominação que começa a surgir quando a gente começa a caminhar para estes terrenos que são, em verdade terrenos gnósticos. Então eu percebo que a rejeição do corpo feminino, a rejeição da matéria e a tentativa de libertação do espírito feminino, ela deve acontecer dentro daqueles padrões que são os padrões de tentativa de superação dessa condição, através de uma teosees, através de uma fusão com o absoluto. Beleza? Essa parte aqui eu acho que já tá razoavelmente clara, apesar de no início ter sido um pouco difícil pra gente conversar. Então eu acredito que a existência desse sofrimento é uma coisa hoje mais tranquila pra audiência, né? Ah, este portanto é a base da revolta feminina e as mulheres estão em revolta, portanto, desde o dia da tomada de consciência desse sofrimento, que é quando da expulsão do paraíso, quando da maldição imposta a Eva, desde o início dos tempos. E esta revolta, ela se traduz de formas diferentes ao longo da história humana. Então, é uma revolta que sempre existiu e que ela caminha conjuntamente a à humanidade, né? Agora, ah, mais modernamente, cria-se este movimento chamado de feminismo para dar voz a esta revolta, para tentar extrair de todas essas criaturinhas que sofrem uma coesão. E esta coesão se traduziria, portanto, em tentativas de levar esta grande revolução ao fim e a cabo, né? É claro que quando do surgimento então do movimento feminista que tem os seus elementos específicos para poder fazer girar esta máquina da revolução a partir dessa chama primordial da revolta, a as próprias mulheres envolvidas não têm não tinham plenamente a consciência do que nós estamos dizendo aqui, né? Elas não tinham plenamente consciência, pelo menos não a maior parte delas, que estamos falando de uma revolução total mesmo. Então, algumas delas acreditavam na possibilidade de uma revolução política resolver o problema. Outras mais místicas eh tinham a consciência de que essa evolução era espiritual, mas elas realmente acreditavam na possibilidade de você chegar até lá através de movimentos políticos diversos. Mas de certa forma sempre, sempre existirá dentro do movimento político feminista a noção apocalíptica de resolver esta contingência aqui e agora, né? Então, dentro do movimento feminista, um dos principais elementos deste movimento não é só o teor absolutamente revolucionário, não é só o teor eh, que impede que este movimento seja visto de formas ah mais brandas e suaves, né? Eh, não existe, por exemplo, feminismo conservador ou feminismo reformista, porque reformas não resolverão este problema que é um problema vital, né? Ah, agora elas acreditavam então, portanto, na possibilidade de através de uma jornada messiânica, eh, trazer de alguma forma apocalipse, porque apocalipse, gente, não é necessariamente fim do mundo, tá? Apocalipse. Tradução é revelação. Então elas acreditavam na possibilidade desta revelação, desse descortinarse do mundo, das coisas verdadeiras finalmente virem à tona. E aí neste descortinar-se esta situação de sofrimento feminino acabaria. E com o fim do sofrimento feminino também acabaria o fim dos outros sofrimentos do mundo. Porque toda a revolução, gente, acredita que resolvendo o problema específico daquilo que ela acredita que é a origem do caos, então as outras peças do tabuleiro vão cair sucessivamente. A revolução marxista acreditava que se você resolver o problema do proletariado, você resolve o problema de todo mundo. as revoluções feministas acreditavam que se você resolveu o problema da mulher, você resolve o problema de todo mundo e assim sucessivamente, tá? Então eu tenho, portanto, alguns elementos já já especificados, é sempre revolucionário e é sempre apocalíptico, sempre na eminência desta grande revolução que vai acontecer virando a esquina. Portanto, todos os escritos feministas que vocês tiverem em contato desde o século X7, pelo menos, eles trarão a ideia de que esta possibilidade de superação do sofrimento feminino está logo ali na esquina. A alvorada vai chegar daqui a pouco. A sensação de eletrizante de agora vai, sabe? É uma sensação que permeia todas as obras feministas e todas as insurgências políticas a partir dessas obras. O movimento sufragista é permeado desta vontade de purificação, porque elas são quarcas, a permeado dessa vontade de purificação do mundo. E que essa purificação vai acontecer e as mulheres vão levar através dos seus ah espíritos magnéticos diversos, elas vão levar essa purificação ali pra América e consequentemente pro resto do mundo. movimentos a feministas, marxistas, eu nem preciso dizer, esses eu acho que vocês já conhecem, mas os movimentos radicais da década de de 70 acreditavam que a revolução feminista, que a era dos ciborgos, que a era dos úteros de plástico, estava para acontecer, estava assim, é só a gente ah querer muito, é só a gente piscar que tudo isso vai acontecer. movimentos, portanto, milenaristas, ou seja, que acreditam que nas viradas dos milênios você terá segunda vinda de Cristo ou no caso substituir Cristo aí pelo que você quiser, né? Ah, bom, qual é o grande problema disso? Então, bom, são vários problemas, né? Mas para que você alimente esta sensação de eh fim iminente, né, esta sensação apocalíptica que vai dar gás ali para as ah armas políticas, eh você precisa de uma ponte entre a revolta e a política que seja exatamente aquilo que a essa ponte, ela precisa ser uma ponte que que ela é muito porcamente equilibrada porque ela tem que manter ela ela quer ela quer acabar com o sofrimento, vamos lembrar, mas ela não pode acabar com o sofrimento aqui agora. Ela precisa acabar com o sofrimento quando a grande revolução chegar. Ou seja, ao mesmo tempo que eu me alimento desse sofrimento, eu digo que eu preciso acabar com ele, né? E este sofrimento, ele deve ser grande o suficiente ou ele deve ser eh revoltoso o suficiente? para que as pessoas que estejam aqui na ponta de lança das movimentações políticas, para que elas se sintam inflamadas a produzir todas essas ah práticas revolucionárias, porque senão essas pessoas aqui, ah, elas perdem o gás, né? Elas, ah, meu Deus, ah, eu acho que não vai rolar, eu acho que não vai ser amanhã, eu acho que vai ser depois que eu morrer, então depois que eu morrer, acabou, não vou ficar participando desse monte de reunião de DCE aqui com gorda do cabelo colorido, né? E para fazer isso, então, o movimento feminista cria uma a mulher, ele se sustenta em uma mulher. O que é esta mulher? Portanto, ela é uma mulher que sofre. Ela é uma mulher que sofre universalmente, porque eu preciso que todas as mulheres no mundo estejam dispostas a fazer esta revolução, senão todas, eu preciso homogenizar estas mulheres de uma forma minimamente aceitável, né? Eh, e eu preciso, portanto, que esse sofrimento, ele seja um sofrimento praticado contra alguém que seja inocente. Porque a inocência, a inocência, ela vai servir para duas coisas aqui primariamente, tá? A inocência, ela vai servir primeiro para que as pessoas literalmente se revoltem contra esse sofrimento, porque ninguém liga pro sofrimento que é praticado contra a pessoa que merece sofrer. Então, ninguém liga ah se pessoas más recebem a volta daquilo que elas praticaram, né? Famoso karma, para usar o termo budista. Ninguém ligaria, por exemplo, se a Medeia fosse decaptada, ninguém ligaria se as mulheres más fossem punidas com estas com este sofrimento, com esta contingência no corpo, né? Então, se eu vejo as mulheres como Pandora, que tá lá no mito grego, eh, eu não tenho como movimentar este sofrimento, né? Porque, vocês fizeram por merecer, entendeu? Vocês comeram a da maçã, vocês abriram a da caixa, a culpa é de vocês mesmo. E agora, se vocês sofrem com as dores da maternidade, se vocês sofrem com essa questão ali existencial, falam com vocês, entendeu? Igual a gente vê nas feministas hoje se foderem, é culpa de vocês. Então, tá todo mundo rindo, tem ninguém aí pro que vocês estão falando, né? Por isso que para que o sofrimento seja esta válvula que move esta revolução, ele precisa ser o sofrimento praticado contra o inocente. Para isso, eu vou precisar criar a mulher inocente, a mulher inocente por excelência, né? Então, por isso que o sujeito do feminismo, famigerado sujeito do feminismo, é uma mulher inocente. Ela tem esta mulher inocente, ela tem também todos os seus elementos que eu descrevi lá no livro. Ela vem de uma revisão de Eva. Eu precisei lavar os pecados de Eva, né? Eu precisei suprimir Virgem Maria como escada para que isso funcionasse também, né? Porque se Virgem Maria já não sei lumba, né? Vou precisar de se a maternidade já foi resolvida como problema lá em Virgem Maria, por que que eu precisaria resolver de novo? Mas tudo bem. Então, tem todos esses elementos ali, elas são eh elas são fúteis, elas são frágeis, exatamente porque são essas características que sustentarão ali a ideia, o mito de Oféli, que eu chamo de mito de Ofélio, que é a ideia da inocência primordial feminina. Mas por que que é o mais por que que Mas isso é o que elas acham, isso é o que elas acreditavam, né, que que faziam isso para poder sustentar a revolução. Mas na verdade essa inocência ela existiu, ela foi criada com o único propósito de engordar porco para o abate, né? Olha, eh, aí é aqui a gente já tá entrando no nos campos a que verdadeiramente importam e por verdadeiramente importarem não é uma coisa fácil de ser entendida. A a parte legal então começa a acontecer a partir do momento que a gente percebe que se o objetivo do feminismo, portanto, é é acabar com o sofrimento feminino numa grande revolução, e se a gente percebe que o sofrimento feminino é algo da contingência feminina, é algo constitutivo do ser feminino, é algo vinculado Estera, estera que somente as mulheres, com perdão aí de quem se sente ofendido tem. Então é óbvio, meu Deus do céu, Nossa Senhora, que se esta revolução fosse bem-sucedida, o fim último dela seria eliminar a mulher. Então, a mulher fundida no absoluto, ela iria explodir numa miria de cores e assim fundida no absoluto ela não seria mais nada. Nem cachorro, nem periquito, nem papagaio, nem homem. Ela não seria mais nada, ela seria Deus. Ela seria Deus. Ou seja, desde o momento, desde o marco zero, que o feminismo se propôs a eh resolver o problema do sofrimento feminino, a se apresentar como voz dessa revolta primordial, né, desde este momento no qual Eva é suprimida como ponte e é Maria suprimida como escada e Eva se torna, ou seja, quando eu digo Eva, entende entenda ainda todas as mulheres, literalmente todas as mulheres se tornam as responsáveis por levar a cabo a sua própria redenção. Então ali no início dos tempos já estava decretado que a revolução feminista tinha como objetivo o fim da mulher. Mas como toda a revolução, olha só, eh, não é que eles realmente têm a vontade que isso aconteça. Eles têm vontade que isso aconteça, porque quando a revolução acabar vai est todo mundo ali no Imagine all the people e aí vai est tudo bem. Mas enquanto isso não acontece, eu tenho que manter esses ciclos de identificar o problema, superar este problema, falha deste problema. Volta ao início, identifica um problema. Vou dar exemplos para ficar mais claro. Ah, as mulheres não conseguem explodir numa meia de cores porque elas não têm educação igual dos meninos. Então eu dou educação igual dos meninos para as mulheres. Eh, super problema, detecto que elas continuam sofrendo em razão desta questão vital, que é o fato delas serem mulheres. Então, eu volto e começo um novo ciclo. Então, agora o problema é que elas estão no mundo capitalista. Eu preciso superar o capitalismo. Aí tento superar isso. Faz uma revolução socialista. Alexandra Colontar e toma no cu com Lene, volta do início. Então o problema não é de fato fazer uma revolução socialista, vamos tentar outra coisa, vamos fazer uma revolução sexual, tal. Então eu mantenho esses ciclos de falha e superação. Enquanto eu consigo manter estes ciclos de falha e superação, eu consigo manter o movimento vivo. Então isso aconteceu por três séculos. é sempre este eterno retorno, né? Sempre este tempo preso em um ciclo pagão infernal. E sempre uma geração de feministas reconhecendo que a geração interior não conseguiu resolver nada e propondo uma nova solução. Então, a cada 10 anos surgiu uma nova geração e falava: “Ai, não deu certo, as mulheres emancipadas continuam sofrendo, vamos ter que a fazer a revolução anarquista” e por aí vai. enquanto isso consegue se sustentar, então eu tenho um movimento feminista e ali o fim da mulher não é algo que que é um problema iminente, né? Porque é como se lá no fundo lá no fundo a galera percebesse que eles jamais conseguirão levar a cabo esta grande revolução aí ah gnóstica, vamos usar os termos certos. Só que à medida que o milênio vai acabando, os mitos fundadores que sustentam estes ciclos vão ficando mais expostos, as suas origens vão ficando mais expostas, estes fracassos vão ficando mais contundentes e a própria força desses mitos fundadores começa a se desmanchar. Então, no final do milênio, quando a gente tá vendo lá todas aquelas mulheres arrancando o sutiã e rodando o sutiã e rodando a calcinha e fazendo revolução sexual, aquele frenese típico de final de milênio mesmo, aquelas saturnalhas, aqueles aquele frenes do fim de um ciclo pagão. Essas mulheres, na verdade, elas já estão convulsionando, elas já estão tendo um trabalho duríssimo para tentar explicar em termos unicamente seculares, unicamente racionais, o por que, por exemplo, as mulheres sofreriam mais do que os negros? Ou por que as mulheres sofreriam mais do que, sei lá, os indianos. Ah, surge então já no final do milênio a contestação desta ideia de um sofrimento primordial feminino mais ah forte do que todos os outros. E do dentro do próprio movimento feminista começam a surgir as dissidências, dessa vez dissidências graves, que são as dissidências principalmente a do movimento feminista negro, tá? Então, a base desse movimento que é a base da revolta, que é o sofrimento feminino, ele começa a ser contestado. Mas mais gravemente, essa mulher que foi criada a partir deste mito inaugural, que é o mito de Ofélia, da Eva reformada e tudo mais, ela também começa a ser questionada, começa-se a questionar a formação desse sujeito, dizendo que, na verdade, isso é uma mentira liberal, na verdade isso só se sustenta a partir das teorias contratuais inglesas, robesianas, que são papo furado. Eh, muito do que acreditava-se ser uma busca secular, uma busca científica, racional, estava fundada na própria Bíblia. Eh, e então tira-se o véu, desnuda-se este véu desta mulher que o feminismo tanto perseguiu, né? Eh, dizem: “Olha, tudo isso que vocês sustentaram durante três séculos, isso que é mitologia cristã. E a gente não aceita mais mitologia cristã nesta nesta altura do campeonato. A gente precisa superar. Quando surge o quando surge o movimento trans, então ele aparece com a seguinte possibilidade. Todos esses sonhos, todas essas ilusões que vocês perseguiram durante três séculos, isso tudo foi um engodo liberal, isso foi um engodo cristão que foi criado para manter as mulheres presas nessa nesse próprio ai gente, coisa gnóstico é que eles vão se sobrepondo das gnos para manter as mulheres neste simulaco. Então vocês mulheres que achavam que estavam lutando contra a libertação feminina, na verdade vocês só eram fantochezinhos manipulados por este demiurgo aí para manter vocês como ratinhos de laboratório correndo atrás atrás do próprio rabo, né? Então, percebam que vocês estão nesta simulação, percebam que vocês estão fazendo este teatrinho e abandone, portanto, a busca desta mulher redentora, desta mulher que vai libertar o mundo, desta mulher e que surgiria depois que a mulher inocente fosse assassinada por fim. Então, eh, percebam que tudo isso é falso. Foi muito fácil fazer isso porque era falso mesmo, né? Foi muito fácil dizer, olha, eh, o mito da mulher inocente é só isso, é só um mito, porque sempre foi um mito. Foi muito simples contar pras mulheres que elas estavam de fato presas num ciclo bizarro, porque elas estavam de fato presas num ciclo bizarro, né? Isso aconteceu, né? Começaram a tomar consciência disso a partir do enfraquecimento ali das bases do movimento feminista. Então o os homens de saia, que eu uso como um uma brincadeira para definir o chamado pós-modernismo, eles não foram os responsáveis por matar de fato a mulher feminista. né? Eles foram simplesmente os responsáveis por varrer o lixo, varrer o lixo que já estava acumulado ao longo de três séculos. Ela já tinha colapsado muito antes deles chegarem. Já tava ficando feio, já tava ficando falso muito antes deles chegarem. Só que no frênese milenarista começa-se a se criar a a a a sensação elétrica. Isso é descrito pelas próprias feministas, né? Começa a se criar a sensaciação elétrica de que as mulheres já estavam prontas para o grande sacrifício. O que é o grande sacrifício? Você pega esta mulher inocente, você sacrifica no altar do novo milênio com a expectativa de que a partir deste sacrifício surja a supermulher. surja, portanto, a a mulher prometida, a mulher maravilhosa, a mulher por trás do véu. Então, sacrificando este porco que foi alimentado por três séculos, eu teria o fim do caos, o fim das civilidades. Eu teria o fim final da civilidade entre homem e mulher, entre mulher e macaco, o que quer que seja. Então, de dentro do próprio movimento feminista, em razão do esgotamento e do exaurimento das suas próprias bases, surge a ânsia do sacrifício, surge a vontade de encerrar os ciclos e iniciar o ciclo final ou iniciar o apocalipse final. Eu queria que muito que vocês lembrassem, gente, que a gente tá falando de final de milênio. Então, eu sei que tem muitos jovens aqui que nasceram depois de 2015. Não, 2015 não, né? 10 anos aqui assistindo. Não, não dá não. Muitos jovens que nasceram depois de 2002. Pois é, a própria Dua Lipa já nasceu depois de 2022, né? aquele monumento de mulher que não entendem o que que era frenas milionarista, porque as pessoas de fato achavam que o mundo ia acabar nos anos 2000. De fato, elas achavam que o apocalipse iria acontecer aos 2000, que os cristãos milenaristas acreditavam na segunda volta de Cristo e os esotéricos acreditavam novo reino do não sei o que lá, que eu chamo, né, de o reino do pai, do filho, do espírito santo. Na visão vert, na visão feminista seria o o reino da filha, da mãe, da filha da né? Então eles realmente acreditavam que surgiria ali um novo reino dos filhos da e que tudo isso seria incrível e maravilhoso. As pessoas realmente acreditavam nisso. Elas esperavam por isso, elasvam por isso. Eu lembro que a minha mãe contava aqui que ela ficou dois dias chorando no banheiro, achando que o mundo de fato ia acabar. Minha mãe entrou em composto, ela ela segurava a gente assim, nós éramos três nesse momento e ela chorava, ela eu não vou poder criar os meus filhos. Então elas, olha, a minha mãe é uma pessoa comum, né? a uma feg média assim zero redilada e ela sentiu o impacto do fim do milênio. Então neste impacto, nesta eletrizante vontade coletiva do fim do mundo, as feministas falaram: “Olha, ou vai ou racha, então a gente vai sacrificar essa mulher inocente, a gente vai ofertar esta mulher no altar do novo milênio e é agora a hora. Agora a gente vai criar a super mulher. Só que o fim do milênio acabou e cara aí as mulheres entram nisso. E por que que o gênero nesse ponto e a teoria da J de P na década de 90 era muito chamativa como a filosofia para fundamentar tudo isso? Por quê? O gênero, na verdade não existe quando o os pós-pmodernos chegam e cada um tem ali mais ou menos a sua própria filosofia, mas de forma geral eles pregam o fim do do sujeito e o fim do homem também, né? Eles dizem: “Olha, você pode ser o que você quiser. Você não precisa esperar a revolução gnóstica chegar para que você supere as contingências do seu corpo e liberte o seu espírito. Você pode fazer isso aqui agora.” Então, a única coisa que te prende a este sofrimento da matéria são preconceitos construídos pela linguagem. E se você tomar consciência desses preconceitos e chegar até a gnose, você poderá transcender esta estrutura que é meramente linguística, é uma espécie de mágica. O mundo é uma espécie de mágica criada através de poderzinhos de magia. E transcendendo esta linguística, você vai poder transcender o seu corpo, transcender sua alma. E cara, o Robocop gay seria, portanto, a nova era dos Borges. Uhu! E isso se espalhou pelo campus universitário americano como pólvora. Isso digo, década de 80, década de 90. E ali, se eu tenho mulheres que já foram preparadas por três séculos para se verem como vítimas inocentes e para enxergar o seu próprio sofrimento como absurdamente sustentável, então essas são as primeiras que vão abraçar o tal do gender trouble. A Jud Butter vai ser a nova sensação, né? Eu sou Jonathan da nova geração, no caso vai ser a Jud Butter. E são as mulheres, meu Deus do céu, de novo, que começam com esse negócio. Não são os homens, são as mulheres que abraçam o gender de favor. São elas que se agarram a este novo que surgiu dizendo, eh, se a sua a sua teoria é furada, é uma rodinha de hamster, então eu te apresento aqui o que é a verdadeira verdade, né? E agora você vai poder finalmente ser uma estrela de rock and roll. Agora o milênio gira e quando o mundo não acaba, acontecem duas coisas. Primeiro, eu perco aquela ânsia apocalíptica. Eu não tenho mais como sustentar o mesmo sujeito, não tenho como sustentar o mesmo movimento político feminista, porque os truques de mágicas usados para sustentá-lo não levam mais alegria aos olhos das pessoas. E a promessa de transformar aquela mulher numa supermulher, ela se traduz com o tempo, vai ficando cada vez mais claro, porque ficou muito claro para as feministas mais atentas da década de 90, tá? As mais atentas já diziam: “Amigas, isso vai dar merda”. Mas ao longo do tempo foi ficando muito claro que não foi criada uma super mulher coisíssima de nenhuma, que esse negócio do gênero, na verdade, matou a mulher. Não só a mulher fictícia do feminismo, mas a mulher de fato matou a mulher como essência, matou a própria existência da natureza feminina. E matando a existência da natureza feminina, você não só perde aquele trunfo mágico que as mulheres tinham de colocar o seu sofrimento à frente dos outros, como você perde até mesmo o seu nome. Você não tem mais como se chamar. Você se torna a pessoa com útero. No máximo, quando muito. Você é uma pessoa com útero. Nem um nome você tem mais. Nem aquilo que você dá para cachorros, as mulheres têm mais. Então, gradativamente, depois da virada do milênio, as mulheres foram percebendo a cagada que fizeram. Mas o carro já tinha passado na frente dos bois, não era mais possível retornar. Tentaram retornar, mas não era mais possível. Ficou muito claro, muito rapidamente, que não era mais possível, né? e morta a mulher. Portanto, eh, ela percebe que a questão do gênero, na verdade, só era uma boa ideia para aflorar os maiores tipos de perversão e de pataquadas demoníacas que inclusive seriam exploradas pelos homens para subjulgar e oprimir as mulheres, né? O que é naturalmente é o que está acontecendo, é o que viemos acontecendo. É por isso que o movimento trans atropelou o movimento feminista. É por isso que não tem mais volta, né? É por isso que eh não existe mais, não existindo mais o feminismo, essas meninas vão cada vez mais ter o mesmo destino desta feminista que nós estamos conversando, né? Como que você pode mapear isso no discurso político? É só ver que feminista de verdade, né? feministo, feminista old school, leia-se feminista que acredita na existência da mulher como essência, elas ou elas ficam caladas com relação a este tratoro, então elas partem para um discurso chamado de adaptativo ou elas são chamadas de radf. Vocês já ouviram falar esse nome por aí? Ah, elas são radf. né? Que que é radem, gente? Feminista. Feminista é o nome que eles deram paraas pros feministas e aí elas são perseguidas, né? São presas e esse essas coisas que nós estamos vendo. Então, sinceramente, eu vejo ainda um apoio muito forte e grande pela agenda trans, pelas feministas. Eu acho muito difícil elas conseguirem superar. Por quê? Então, é porque eu não sei se você entendeu o que hoje você está chamando de feminismo não é feminismo. São mulheres que estão subjugadas a uma pauta maior do que elas. A pauta negra, a pauta trans, a pauta não sei o que lá, a pauta revolucionária. Elas não têm mais um movimento político que tem a mulher como o motor principal, que vê as demandas das mulheres como o motor principal. Tanto que dentro deste esquema maior, se qualquer uma delas falar qualquer coisa contra as pautas mais importantes, como a pauta negra e tudo mais, a gente vê isso acontecendo, cara. Todos os dias aquela escritora lá falando do negócio da pauta negra, ela foi sacrada, exasterada, conspira na mulher e tudo mais. Ah, porque não é mais, entende? Se tem um homem negro e uma mulher branca sofrendo, um homem negro, independente do que ele faça com essa mulher branca, ele vai estar certo pros movimentos políticos. Então, as feministas que sobraram, elas não são de fato feministas, elas são ah pessoas que estão a ah arrastando um cadáver, sustentando um nome que não tem mais valor. Aquilo ali é um uma flatus vós isso. Aquilo ali é um um nome que não significa mais nada e que eventualmente, inclusive se não desaparecer vai passar a significar qualquer outra coisa que não o movimento político feminista. Como ele surgiu, como ele se constituiu, como ele morreu. Tá? Tá bom, gente. Fiquem com Deus. Eu fizer um negócio aqui, ó. Não vou fazer não. Tô com preguiça de confusão. E até a próxima. Так.









