FÍSICA QUÂNTICA: AS DESCOBERTAS MAIS LOUCAS – Ciência Sem Fim #307

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[Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música] Salve salve terráque, como estamos hoje? Bem-vindos a mais um Ciência sem fim. Hoje é dose dupla das meninas. Estou aqui novamente. Estivemos aqui terça-feira e hoje tô aqui apresentando de novo para vocês. O Álvaro não pôde vir, eh, mas hoje temos um convidado mega especial. Já introduzo ele. Ã, primeiramente deixa seu like, deixa eh se inscreve no nosso canal de membros para ter acesso exclusivo a eh conteúdos e acesso ao Serjão por Telegram, etc. E hoje nós vamos falar sobre um assunto que eu amo. Eu sou, meu hobby é pesquisar sobre física quântica e ninguém melhor para falar sobre física quântica, para debater física quântica do que o grandíssimo César Lenzi. É, vamos lá. Mais uma vez aqui, na verdade, sabe que inclusive é a terceira vez que eu tô aqui falando desse tema. Eu adoro falar sobre física quântica. quando venho sempre venho com a mesma camisa, inclusive que fica aqui o desafio para vocês eh dizerem quem são as pessoas que aqui estão aqui, ó, impressas nessa camisa maravilhosa que eu ganhei recentemente, eh, justamente pelo fato deste ano, eh, é o ano da das tecnologias quânticas, esse ano aqui, 2025, e por isso mesmo estão ocorrendo diversos eventos, né? E por que que é o ano das tecnologias quânticas? Porque hoje são são faz 100 anos do princípio da incerteza, da publicação do princípio da incerteza de Heisenberg. E a gente pode até falar porque também é uma das grandes descobertas, a uma das grandes descobertas, aquele what the fuck assim que a mecânica quântica e a física quântica trazem eh à nossa vida. Mais uma vez, muito obrigado por estar aqui. Adoro estar aqui e que surja mais 1 milhão de vezes. Ah, é um prazer enorme, enorme ter você aqui com com a gente, Sérg. Você sabe disso. E que como você falou, tem um um comentário aqui falando do Davi, a física quântica parece ficção científica na realidade, né? Muito intrigante, realmente. É muito muito. Vamos, a gente vai tentar explodir um pouco as cabeças de algumas pessoas aí. Mindowings. Eu eu queria começar essa live com um assunto que deu muita polêmica essa semana. Eh, o nosso querido Serjão, ã, como muitos de vocês devem ter visto um debate, não dá para nem chamar de debate, né? Não não era um debate, não era debate, uma tentativa de explicar com muita paciência porque que a gravidade é real, né? Exade, ex para o nosso querido monarque. E e eu queria pegar esse esse assunto e destrinchar ele e explicar, sabe, eh, pedagogicamente, didaticamente. Vamos fazê-lo. Vamos fazer. Por que que a gravidade é real? Por que que a gente sabe que a gravidade existe mesmo sem em teoria ter já descoberto o porquê que ela existe, né? Então, a gente tem, então, Len, eu queria que você começasse a explicar pra gente, primeiramente qual que é a diferença entre a teoria da relatividade e a física quântica. E por que que é tão interessante a gente juntar os dois? Por que que a gente quer juntar, unificar a relatividade quântica? Vamos lá. Vamos lá. Beleza. É, primeiro, é uma, é, essa é uma pergunta que não há uma resposta ainda, de fato, eh, e é área de pesquisa de diversos cientistas mundo afora. Há um desejo eh imenso em se quantizar a relatividade geral, no caso, quant gravidade. E eu já vou dizer a que isso implica para que a gente consiga eh ter aquela tal e teoria de tudo, ter uma teoria unificada. Só que aí vem o quantizar a relatividade geral, o que seria o quantizar a gravidade implica na existência de uma partícula que foi mencionada no correr dessa discussão, que é o tal Graviton. Eu já posso daqui a pouco explicar, esmiçar direitinho o que que é tal gráviton. Só que sim, todo todo vamos lá, toda existem quatro forças fundamentais de interação, certo? Todas são forças de campo e todas essas forças elas têm uma partícula mediadora associada que está diretamente relacionada à sua quantção. Então vou citar aqui, por exemplo, eh o caso da força eletromagnética. Qual que é a partícula mediadora? associada à força eletromagnética é o fóton, certo? Existe também a força nuclear forte que tem a sua partícula mediadora, que é a queia as interações entre os corpos, que é o gluon. E também existe a força nuclear fraca, que existem três bosons, que são os bosons e W+, W- e Z. Mas enfim, vamos deixar isso de lado. Tudo isso que eu falei para vocês, tudo isso já foi detectado e observado. Agora, por analogia, quando a gente toma então a interação gravitacional, a gente supõe a existência desse tal graviton, só que ele não só ainda não foi detectado, como a gente não consegue prever este tal gráfico, nem mesmo do ponto de vista teórico, porque a gente não consegue quantizar a gravidade, beleza? Aí você vai dizer: “Então, gravidade não existe”. Não, não é isso. Absolutamente não é isso. Gravidade ela existe e existe muito. O grande ponto que a gente coloca aqui é o seguinte: gravidade. Afinal de contas, o que é a gravidade? O que é a gravidade? A gravidade, ela é uma interação entre corpos, ou seja, uma força de interação entre corpos ou não. Hoje o que temos, o que eu posso dizer para vocês, como a gente nunca nem detectou e a gente nem a gente só diz sobre a existência do grávon do de um ponto de vista de analogia com as outras forças, então posso dizer para vocês o seguinte: gravidade não é uma força. A gravidade ela é curvatura espaço temporal. E quem traz isso à luz é o senor Albert Einstein, eh, com a sua relatividade geral, que ele diz o seguinte, eh, então, não existe um contexto de atração entre corpos. O que existe é o seguinte: corpos massivos dizem como o espaço deve se curvar. E a curvatura espaço temporal, que é a própria gravidade, diz como estes corpos devem se movimentar. Então, gravidade hoje, dado o que temos sobre a mesa, gravidade é curvatura espaço temporal. Portanto, e isso, vamos deixar claro, isso é plenamente observado por diversos contextos. Então, gravidade existe sim. Ah, mas nunca observar a curvatura espaço temporal. Observaram curvatura espaço temporal. Isso foi feito em 1919 num eclipse solar observado pela equipe de do de um astrônomo muito muito famoso na época que é o Edon, que inclusive alçou a relatividade geral. Há uma teoria de corpo científico. Meu caro. O que que eles observaram? Que os num eclipse solar eles conseguiram observar que inclusive foi observado aqui da cidade de Sobral. no Ceará, a curvatura, o desvio da luz devido à presença do sol. Isso acontece por quê? Porque o sol curva o espaçotempo. Falei demais, desculpa. Imagina. Então, basicamente, né, o que o que aconteceu assim, Newton já percebeu, né, que ele ficava já encaquestado, lá encasquetado. Isso encasquetado que a os as massas elas se interagiam mais a uma distância. Então, como pode essa massa aqui interage com essa massa aqui? Uma distância muito muito comprida, né? muito muito distante. E daí ele ficou encasquetado com isso. E daí o Einstein eh vem e diz, né, com a sua teoria da relatividade, ele fala por é porque não é uma interação entre esses dois corpos. Na verdade, a interação está na malha do espaço tempo em si. Não é que esse interage com esse, é o espaço que curva quando ele tem uma massa aí. Quando, como o César falou, a o espaço, essa malha de espaço tempo que a Einstein falava, porque tempo é uma daí das quatro dimensões, essa malha do espaço tempo de curva e diz como que um objeto pode ter massa e objeto da massa, essa massa diz como que o espaçot-empo pode se curvar, que é o que o John Willer dizia, né? O espaçotempo diz pra matéria como ela deve se mover e a matéria diz pro espaçotempo como ela deve se curvar. Perfeito, perfeito. Eu parafrasei aqui o John Willer. Perfeito, muito bem colocado. Eh, e aqui só mais uma colocação interessante também, o seguinte, ainda sobre gravitação, o Isaac Newton, ele entendia realmente que eh a gravitação como sendo uma eh como uma interação entre entre corpos, ou seja, na verdade, ele entendia como uma interação de campos, que na verdade todas as forças fundamentais da natureza, elas são forças de campo, ou seja, forças à distância. Só que tinha um problema sério que incomodava muito o Einstein. Esse foi uma das razões que nos conduziu à relatividade geral, é que era uma força de interação instantânea e isso quebrava é o princípio da causalidade. O que que é o princípio da causalidade? Tipo, nenhuma informação pode viajar, energia e informação não podem jamais viajar a uma velocidade maior do que a da luz. E no caso da teoria desenvolvida por Newton naquele período. E isso acontecia, pois eh justamente quando uma alteração numa massa eh acontecia eh a alteração num campo gravitacional, a qualquer alteração numa massa ocorresse, outra massa iria sentir essa alteração instantaneamente. Ou seja, o campo gravitacional mudaria instantaneamente em todos os pontos do espaço. Isso a gente sabe que é inviável e impossível. Por isso nasce a relatividade geral. Mas espero que tenha ficado claro eh a confusão que o nosso queridíssimo Monarque fez ali. Aliás, eu não consegui nem entender o que ele tava querendo dizer. E eu entendi o que ele tava querendo dizer. É o o Então você me explica. O o Sacani ele ele teve muita paciência. Eu eu não teria a paciência que o Sacan tem. É na verdade, tipo, a paciência não é nem porque ter perguntas é totalmente válido. Você pode se questionar e perguntar. O problema é quando você não quer ouvir a resposta e você acha que você tá certo e você não quer parar para ouvir e nem entender a resposta. Então, o que o Monarque tava, a dúvida do Monarque, pelo que eu entendi, ele tava dizendo que se a gente nunca conseguiu descobrir como que a gravidade funciona, isso quer dizer que não existe gravidade. E o que o Serjão tava tentando explicar, né, e o que eu vou talvez tentar explicar aqui em menos palavras é que a o a gravidade, a essa essa esse essa força, né, gravitacional, a gravidade ela já foi observada por vários vários vários experimentos. Tem curvatura da luz, o red shift das galáxias, tudo o a órbita de mercúrio, tem milhares. É, exatamente. Tem milhares de experimentos observacionais, ou seja, a gente observou a coisa acontecer, milhares de experimentos observacionais que que provam que a gravidade atua de uma maneira ali que a gente consegue eh a gente consegue prever como que ela vai atuar. Por isso que o pessoal que foi lá em Sobral, eles porque Aen previu que a gravidade ia atuar de uma certa forma, que a luz da estrela ia ali ser eh, como que fala? Desviada. É uma deflexão. Ocorre ocorreu uma pequena deflexão da luz devido à presença daquela quantidade imensa de matéria. Exatamente. Então ele previu que ela ia ser desviada de uma certa forma e daí eles foram lá e sobrravu e viram: “Olha, é verdade, desviou exatamente do jeito que Einstein previu que ia desviar. Ou seja, foi observado o eh no na vida real o que estava no papel. Então, a gravidade a gente sabe que ela funciona e como que ela atua. Agora, o que a gente o o a pergunta dos cientistas é uma pergunta mais quântica, porque a gravidade é uma dessas quatro forças que o César falou e mas ela é uma as outras três forças, né? A a força é strong force fala em português forte. É força, força nuclear forte, força nuclear fraca e força eletromagnética. Perfeito. Então, essas três forças, cada uma delas a gente já conseguiu observar experientalmente, a gente já conseguiu descobrir como que elas funcionam no quântico. Então, a gente conseguiu descobrir esses esses bosons, né, bosons, né, bosons, esses bosons que que interagem ali com essas com essas com essas forças e que eles fazem ali a mediação dessas forças. Então, tipo, meu, muito legal. A gente conseguiu explicar de uma forma quântica como que essas forças agem. Agora, a gravidade é a única força que a gente ainda não conseguiu observar no quântico. Então, a gente não sabe como explicar a gravidade ali na quântica. Então, uma das teorias, uma das hipóteses, na verdade tem duas principais, uma das hipóteses é que exista esse graviton que tá, na verdade, ligado à teoria das cordas. Você pode explicar isso, César, né, que tá ligado à teoria das cordas, é que talvez media aí a gravidade, mas nunca encontramos. Então, talvez não seja essa explicação. Então, só o que falta é a explicação para unificar a relatividade com a quântica. Não falta eh observações ou provas de que a gravidade existe. Entendeu, Monarque? É, vamos ver se você entendeu. É isso. Bom, e aí só então complementando de fato, então você tem a relatividade geral, que é uma excelente teoria de gravitação, que funciona muito bem pros regimes que eh a gente observa. Então, como a Rebeca já falou, nós temos então explicação do desvio do periélio de mercúrio, que a gente explica com a relatividade geral. Eh, a existência de buracos negros foi uma previsão da relatividade geral, a previsão de ondas gravitacionais, a existência de ondas gravitacionais que foram recentemente detectadas e não param de ser detectadas ondas gravitacionais. É uma previsão da relatividade geral. Eh, vamos lá. Eh, como é que, como é que se chama mesmo? aqueles rings, eh, eh, esqueci o nome daquele negócio lá, aqueles anéis, as anéis devido ao desvio da luz também, devido a a regiões eh com grandes quantidades de massa. foi previsto pela relatividade geral também e tudo mais, mas como toda a teoria científica e como acontece na ciência, eh, as teorias elas sempre têm que ter um ponto de verificação e não sempre estas teorias elas cobrem todo o espectro possível, todo o espectro possível, todo o espectro até observável. Então, a relatividade geral, ela tem seus problemas. ela tem seus problemas, começando pelo fato da própria matéria escura, que é um é um é um problema. É uma coisa que eh eh a gente tem lá eh galáxias, a gente observa curva de rotação de galáxias, a gente observa que estrelas nas periferias de galáxias elas têm uma velocidade muito maior do que aquela que seria prevista pela relatividade geral. Então, para explicar isso, a gente supõe a existência de uma coisa que chamamos de matéria escura. Eh, então esse é um ponto. Outro ponto, a própria, o próprio fato do universo está acelerando, eh, o universo está expandindo de forma acelerada. Aí a gente pega e coloca lá uma constante cosmológica que a gente chama de energia escura para que que causa esse efeito repulsivo para tentar buscar o entendimento a a eh com relação a isso. Então, isso isso mostra o quê? Que a relatividade em si, ela sozinha, ela não consegue explicar tudo em níveis cosmológicos também. E também quando a gente vai falar em matéria de quantização, é um outro grande problema que a gente tem. A gente não consegue quantizar e, portanto, a gente não consegue unificar a relatividade geral, que é a nossa atual teoria de gravitação, com outras teorias. Mas isso é uma coisa. Outra coisa é existir a a gravidade, que são coisas completamente distintas. E aí você falou de teorias de cordas, né, na verdade. Então, como eu falei, questão de quantização da da relatividade geral, eh, do espaço-tempo, a gente fala de graviton. E aí você tem um um uma forma, um caminho pra gente seguir aí eh que tentam buscar, só que não foi observado em hipótese nenhuma, são as teorias de cordas, teorias de branas, né, que são teorias eh existem várias teorias de cordas, na verdade, com diferentes dimensões, mas todas elas têm dimensões extras. E a gravidade ela escaparia, vamos dizer assim, ela escaparia essas dimensões extras. Inclusive, por isso que a gravidade no contexto quadridimensional, ela é uma seria uma força de interação tão fraca. Uhum. E por isso também a gente não conseguiria, claro que não dá para entrar nos meandros técnicos disso, mas por isso que também a gente não conseguiria quantar, né? Então o e aí o que são essas teorias de corda? são são eh eh são teorias que dizem que o estado mais fundamental da natureza eh ele poderia ser representado por pequenas cordas e a caracterização de cada de cada partícula se daria eh devido às vibrações e essas frequências de vibrações de cada uma dessas cordas. Mas aí é uma viageira que nunca foi detectado. Isso aí é bastante exótico para mim, na verdade, tem que ter, na verdade, nove dimensões, né, para funcionar a teoria da das cordas. que tão são várias, são várias. Tem teorias emibranas, tem as teorias de cordas, são tantas, tem algumas, tem umas que que prevensões extras, agora tem outras alternativas que prevêm 11 dimensões extras. É uma é uma loucura, é difícil, a gente precisa de gente para trabalhar com isso. Eu não sou uma dessas pessoas que trabalham. E você já ouviu falar da hipótese do loop quantum gravity? Sim, sim, sim. tem em quântica em em looping, né? É isso aí. É, tem gente que utiliza disso para tentar buscar eh uma não diria uma uma teoria, um modelo efetivo para tentar fazer essa espécie de unificação, mas muito no sentido de entender o universo primordial, né? Eu não sou especialista nesse nesse tema, mas por que que a gente quer essa teoria de unificação? Por que que a gente quer eh por quando a gente fala em universo primordial, vamos lá paraa era de plank, a num intervalo a a menos de 10 men3 segundos, que é o a era a era de plank, a gente justamente acreditava de que acredita na verdade de que todas essas forças elas estariam unificadas numa única grande força eh que, se eu não me engano, o nome dado a ela era Gut. Eu não vou lembrar nem o significado dessa dessa dessa sigla. E é claro, por enquanto isso a gente não consegue. Então, a gente busca algumas alternativas. Eh, esse essa e essa esse quantum looping gravity é justamente é uma tentativa de tentar buscar uma gravitação quântica para tentar entender o universo primordial. Eh, isso. Eh, ele ele ele diminui aí a escala do universo nesses minúsculos eh bolsinhos de uma mínima unidade ali, que é essa unidade de tempo 10 a 43 segundos, né? De uma mínima unidade também de largura, de comprimento e de altura ou ou massa de massa, né? Então a ideia é que esses pequenos bolsinhos, né, de tempo, eles se entrelaçam e eles formam então meio que essa malha e daí a massa que passa por essa malha, ela interage com a malha e faz essa esses bolsinhos se se curvarem, né? Mais ou menos isso. Mais ou menos isso. É mais ou menos isso. Não, eu também não sou especialista nesse tema. Essa coisa de gravitação quântica eu eu nunca passei tão perto. Aliás, já fiz algumas disciplinas que me aproximaram um pouco, só que eu só tangenciei. É, a gente tem uma pergunta que o super chat do Gustavo França, R$ 5. Valeu, Gustavo. Por que você tem tanta dificuldade de prever o movimento dos três corpos celestes sobre a influência da gravidade? Boa pergunta. É uma excelente pergunta, porque na verdade é um é um é um problema totalmente não linear, que não tem uma solução que a gente diz ser analítica. Então, quando a gente tá com problema de dois corpos, a gente consegue soluções, normalmente a gente consegue soluções analíticas a isso, entendeu? Eh, e temos e e a gente consegue fazer boas simulações computacionais. Agora, quando a gente fala já de um problema de três corpos, eh, a gente não tem solução analítica, na verdade é um problema que tem solução, eh, no causo. Então, são equações totalmente não lineares, como eu falei, sem solução analítica, só para explicar direito. O que que é uma solução analítica, aquela que você consegue resolver no braço, fazendo conta, tá? Não. Então, a gente, nesses casos, existem vários, vários, vários problemas dentro da física. Eh, nós chegamos em algumas equações eh que não tem uma solução desse tipo, que a gente consegue resolver ali no braço mesmo, fazendo continha. Então, a gente tem que eh apelar para soluções que a gente chama de numéricas. A questão é que nesse caso, eh, não que não haja solução, haja, a gente consegue fazer boas previsões. O problema é que a gente tem que apelar à teoria do caos. Então, é um problema não linear e a gente tem que a gente acaba eh observando que trata-se de um problema que é é caótico, ou seja, ele dec ele ele recai e eh na teoria do caos, certo? E o que que é algo que recai no contexto da teoria do caos? É basicamente o seguinte, a gente sabe que a nossa a nossa a nossa física clássica, a nossa física básica newuttoniana, não vou chamar de clássica, vou chamar de newtoniana, é assim, a gente dá as condições iniciais para um problema, certo? E a gente consegue fazer projeções futuras. Por exemplo, uma partícula com uma determinada velocidade e aceleração num determinado instante do tempo. Eu, se eu tenho essas informações, eu consigo dizer onde ela vai estar daqui 20 horas. Perfeito. Perfeito. Ótimo. E se eu faço pequenas, nesses casos de de um problema que é totalmente linear, se eu faço uma pequena modificação, eh, se eu faço uma pequena modificação no como fala, nessas condições iniciais, eu não vou ter problema nenhum com eu não vou ter problema nenhum com isso. Eu não vou ter grandes alterações na na nas projeções futuras desse sistema, que é um sistema linear, tranquilo. Então, não vai me gerar grandes problemas, grandes alterações ali. Já no caos, não. Pequenas, pequenas modificações, modificações infinitesimais nas condições iniciais de um problema que é caótico, mudam completamente toda a dinâmica do sistema. Não é que não há previsibilidade. A previsibilidade, a gente tem uma boa teoria para fazer projeções com relação a isso, mas como eu falei, sabe aquela coisa do bater de asas da borboleta? vai mudar toda a dinâmica do sistema. É mais ou menos isso, entendeu? Então, eh, é um problema que é caótico e de solução não analítica e que é de muito estudo de muitos físicos hoje. Conheço vários físicos que estudam problemas de três corpos aí no contexto gravitacional e em outros contextos também. É bem difícil. Aliás, para quem eh tá aí na minha câmera, mudou? Mudou, mudou, mudou, mudou. É, é a ali sempre agora. Tá bom, obrigada. Eh, aliás, a série do programa dos três corpos é muito legal, muito muito boa. Eu recomendo muito muito assistir. Basicamente assim, gente, em termos leigos, tão perguntando aqui no site chat se eu sou física. Eu sou astrobióloga, mas eu gosto muito de física, física quântica, né? Eu estudo por hobby e também todo cientista sabe um pouquinho de todas as ciências, né? A gente encaminha. Ten, eu tenho muita curiosidade com astrobiologia, tenho muita. Eu, eu, eu quero, eu quero muito falar um pouquinho sobre astrobiologia. troca uma é, eu adoro, adoro. Eh, e outra coisa, eu vou abordar só rapidinho o que tá aqui no no chat, gente, o Serjão, ele tá viajando, ele tem um projeto maravilhoso que chama Ciência na Estrada. Então, ele tá, ele tá viajando com esse projeto pelo Brasil, um projeto de educação científica que é maravilhoso. Então, é por isso que ele ele está ele ainda vem para o canal, obviamente, né? Ele está aqui, ele ele faz o o Sacan Responde, o Sens F News. Eh, então ele está aqui durante a semana, mas tem um dia na semana que é eu e a Patrícia que apresentamos o canal, que a gente traz convidados maravilhosos para vocês. E outro dia na semana é o Álvaro, que apresenta o canal, eh, e ele fala sobre, principalmente inteligência artificial. É muito legal também o o programa dele, OK? Então, isso aqui é um tipo um quadro, né? um quadro dentro do podcast inteiro que é o Ciência sem fim. Eh, então a gente a gente alterna entre hosts para e tá maravilhoso isso. Muito obrigada. C maravilhoso. Para dar voz, né, também para também ter mais oportunidades de trazer mais convidados e ter diferentes pontos de vista de de entrevistadores diferentes. Isso é muito legal, traz mais conteúdo para vocês. Com certeza. É maravilhoso. Mas mas basicamente explicando assim o problema de três corpos, eh, como, né, bem simplificamente, assim, se tem dois corpos, como o César falou, é muito fácil você prever aonde que um corpo vai est em relação ao outro. Então não tem nada, não tem nenhum mistério. E quando tem entra um terceiro ali, entra a teoria do caos, porque qualquer coisinha que esse terceiro corpo sai do lugar, ele ele influencia esse segundo corpo que influencia esse primeiro corpo e daí vira um caos, vira uma bagunça. Então é impossível você definir aonde que cada corpo vai estar, porque cada pouquinho que um corpo mexe para umquinho, para um lugar diferente, eles se atrapalham e vira um literalmente um caos. Por isso que chama teoria do caos. Certo? Perfeito, perfeito, perfeito. Inclusive na série, é justamente por conta disso que ocorre a invasão alienígena na Terra, porque a gente tá aqui na Terra e é um um planeta com uma órbita muito estável. E eles, por isso que chama três eh problema dos três corpos, né? Porque os alienígenas na série eles vivem e sobre um sistema, se eu não me engano, tem eh duas estrelas, são duas estr duas ou três estrelas, enfim, eles sofrem com esse problema do três corpos e, obviamente, algo eh que gera uma instabilidade total na órbita do planeta deles e causa sempre verdadeiros cataclismas. Então, eh por isso que eles estão querendo invadir a Terra. que e é porque eles querem um lugarzinho mais tranquilo. A gente vive num lugar muito tranquilo. A gente é muito sortudo, né, com o nosso sistema de uma estrela só, né, super, na verdade. E na astrobiologia a gente estuda que isso é uma das condições para poder existir a vida. Um planeta que tenha condições estáveis para a vida poder surgir sem ser constantemente destruída. Isso é perfeito. É o que aborda lá o a a séri bem bem interessante. Bem interessante. Examente. Exatamente. Exatamente. Então, me explica também, César, ainda na aí na relatividade, por que que a teoria da relatividade quebra dentro de um buraco negro? O que que é que faz que quebra ali na singularidade do buraco negro? É, vamos lá. É bem bem bem legal essa pergunta também, porque na verdade dentro de um buraco negro eh as coisas são tão compactas ali, são tão compactas que é como se a gente tivesse imitando o que aconteceu mais ou menos ali nos princípios do universo. E a coisa é tão compacta que eh a a descrição de qualquer coisa que deva ocorrer dentro de um buraco negro eh depende de uma teoria unificada. Deve tá acontecendo alguma coisa ali com espaçotempo que ainda a gente não consegue eh compreender justamente por conta do quê? Por conta dessa eh do fato de nós não termos conseguido quantizar a relatividade geral. E aí vem um ponto interessante que eu posso jogar lá para Interestelar. Podemos ir para Interestelar? Que isso aí pouca uma uma coisa que pouca gente discute e fala a respeito do final do filme, né? Eh, é claro, magicamente, né? O nosso querido Cooper, ele entrou ali, né? Ele acessou o buraco negro, algo que a gente sabe que é, não dá, né? Não é indicado, não dá, não é, não é indicado, não vai fazer bem para a sua saúde de um modo geral. Mas beleza, ele entrou e antes disso, na verdade, o robô, o Tars, ele havia entrado. E qual que era o objetivo do Tars ter entrado eh naquele buraco negro gigante? justamente para pegar o que eles estavam chamando de dados quânticos. O que que são esses dados quânticos? Justamente os dados da quantitacional, que era o que o cientista, o Dr. Brent, tava tentando fazer nas suas contas. E depois a filha, esqueci o nome da filha do Cooper, não vou lembrar. É, esqueci o nome da filha do Cooper. Eu falei no chat, gente, a filha, o nome da filha do Cooper, o nome da filha do Cooper. E aí ela tentando continuar a resolver aquele problema. Só que faltavam esses dados, os dados quânticos, ou seja, os dados da quantização do campo gravitacional, que eram justamente os dados que eles iriam conseguir na eh os dados que eles iriam conseguir somente dentro de um buraco negro, certo? Ali ele entrou o buraco negro, ele ele acessou o bulk ali, ele foi para uma dimensão extra, quinto dimensional. Tudo isso tá muito relacionado também à teoria de cordas e esse fato da gravidade escapar para dimensões extras. E por isso que ele, porque por vias da gravidade é que a gente conseguiria eh, vamos dizer assim, não viajar no tempo, mas ter acesso a outros tempos, ter acesso a outros a outras dimensões e ter acesso até até mesmo a universos paralelos, tá? Mas enfim, esse que é o ponto. Então ele conseguiu pegar. E por que que eles queriam pegar esses dados quânticos? Porque ele a de acordo com as ele eh a moça que eu esqueci o nome, infelizmente, a Murphy. Mury, isso, a Murphy, eh, ela precisava desses dados para conseguir terminar as contas. Tava faltando esses dados. Então, com esses dados na mão, ela conseguiu terminar as contas. Mas para que que ela queria terminar essas contas? Para quantita. E uma vez que você quantiza o campo gravitacional, você consegue entender o campo gravitacional e sua origem. E a gente consegue fazer uma coisa que, vejam, a gente não consegue, a gente não consegue manipular o campo gravitacional. Vocês já repararam nisso? A gente não consegue manipular o campo gravitacional. E uma vez que a gente quantize o campo gravitacional, a gente tem um entendimento que pode nos conduzir à criação de tecnologias que não nos permitam manipular o campo gravitacional. E para que que a gente queria manipular o campo gravitacional? para lançar a estação Cooper no espaço, aquele cilindro de Onil, porque era uma estrutura que era para carregar a humanidade, quase é uma estrutura absolutamente gigante. Não tinha tecnologia, a gente não tinha tecnologia em propulsão para eh para conseguir decolar um uma estrutura daquelas. Então você consegue criar tecnologias de propulsão gravitacional a partir do momento que você consegue manipular a gravidade. Só que para isso, isso depende do quê? De um entendimento pleno que depende da quantização do campo gravitacional. Uau! Então, eh, só já fazendo, então, e esse é o, no fim das contas e é o objetivo do filme era isso, era lançar o cilindro de Onil, que é a estação Cooper, e para isso precisar entrar no precisaram entrar no buraco negro, pegar esses tais dados quânticos, entregar pra Murphy, para ela resolver o problema e eles conseguirem essa tecnologia de propulsão. Perfeito. Se ficou dúvida aí, galera, bota o super chat e também live Pix, não esqueçam do Live Pix, queremos ouvir a vozinha de vocês. Então, por favor, não use inteligência artificial, manda na vozinha que a gente gosta de ouvir a voz de vocês. O Qode do Pixá aqui na tela. E bom, nosso nosso tema de hoje é as descobertas mais loucas, né, da física quântica. Vamos passar para a descoberta, a talvez o experimento mais famoso, né, da da física quântica. Você já vai saber qual que eu vou falar. O experimento da fenda dupla. Adoro falar dele. Que é um experimento que tem muita eh muito mito, né, envolvido, muito, ninguém entende direito. Muita gente até físicos famosos falam bobagem sobre sobre dupla, né? Eh, que acho que coachs também usam isso, né, que a gente pode, né, o observador, o observador muda a realidade. Então, você consegue primeiramente fazer um overview do do que que quer o experiment? Vamos lá. Eu adoro, adoro falar isso. Tenho vídeo sobre isso, inclusive tem um vídeo no YouTube muito legal sobre isso. Dá uma entrada lá no meu YouTube que vocês vão ver. Professor César Lenzi um vídeo bem legal sobre o experimento da fenda dupla. Então, a gente tem que começar dizendo o seguinte: o experimento da fenda dupla, ele foi proposto por Thomas Jung em 1801 para dar finalização a uma discussão a entre duas pessoas que vocês nem imaginam, Isaac Newton e eh o Senor Heigins, eh que um, por um lado, acreditava de que luz era composto por corpúsculos e o outro, por outro lado, acreditava que luz eram ondas. E aí o Thomas Jung pensou neste experimento para verificar, afinal de contas, qual que é a natureza da luz e em que se baseia esse experimento. Então, primeiro, eu tenho uma fonte de luz. Se conseguir colocar uma imagem aí da fenda dupla pro pessoal, pro pessoal conseguir ver, eh, acho que fica mais fácil do que eu ficar tentando desenhar no AE. Beleza. Ah, pode ser, pode ser, pode ser esse primeiro aí. Antes da, enquanto a Taína coloca na tela, vou só ler o super chat do Jorge Costa que mandou cinquentão. Valeu, Jorge Costa. Maravilha. Ele falou do Interstellar, né? Intersteller era o melhor filme de ficção científica de todos os tempos. No final, ele diz que o amor é a força motriz do universo. O reencontro de pai e filha é o ato mais sublime de todos. Ele realmente cumpriu o prometido. Que bonito, né? Que bonito. Muito lindo. Muito lindo. Por isso que esse filme é o favorito de todos, né? Muito, muito bonito. Mas vamos lá de volta da dupla. Vamos lá. Então, temos aqui, ó, temos uma luz, eh, temos uma luz incidente sobre o fenda, na verdade, temos uma fonte de luz. Deixa eu ver um outro aí. Tem mais aí? Esse aí, esse aí no fim das contas não gostei tanto. Eu vi de longe. É. Vê, vê o verdinho. Aquele verdinho ali, ó. Verdinho aqui é o do de baixo. O que tem dois verdinhos? É aquele verdinho, segundo acho que ficou bom. Vai lá. Deixa eu ver esse. Tá bom. Beleza. Esse, esse aí já ficou melhor. Aí, foi mal, gente. Olha aí. Pronto. Temos aqui então uma fonte de luz lá ao fundo. E essa fonte de luz ela vai ser e lançada, ela vai ser emitida na direção de duas fendas, certo? Só que aí o que acontece? Ao passar por por uma fenda, eh, existe uma coisa que nós chamamos de princípio de Heignens, tá? Que uma única fenda ao passar uma quantidade de uma onda qualquer sobre uma única fenda. E é legal que você consegue verificar isso inclusive na água. Quando você joga uma pedrinha, você coloca uma fenda, você consegue verificar isso que eu tô falando. Eh, ao passar por uma única fenda, uma luz, uma onda qualquer, ela é, essa fenda, ela ela começa a agir como se fosse uma fonte daquela onda. E aí ela espalha, ela vai espalhar esse ato de espalhar a gente chama de difratar. Oreo de difração da luz. Então, quando ele emite eh uma luz sobre essas duas fendas, então eh ele emite luz sobre essas duas fendas. Então, se luz for onda, essa luz ela vai ser difratada nas duas fendas. E ao ser disfratada nessas duas fendas, essas essas luzes que foram difratadas em cada uma das fendas, elas vão interferir uma na outra, causando uma coisa que gerando, no caso, esse padrão de interferência e verde escuro, verde escuro que vocês estão vendo aí. Isso se luz agir como uma onda. Então, ondas agem eh eh a natureza da onda. Esse é o efeito relativo à natureza das ondas. Então, só explicar, desculpa, só para quem tá ouvindo só no podcast, né? Então, na imagem tem aí uma plaquinha com duas fendas e daí uma plaquinha atrás, né? E nessa plaquinha atrás o tem um padrão de interferência de onda que é são listras, uma listra clara e uma escura, uma clara ou uma escura, uma clara ou uma escura. Então esse é o padrão que que surge ali quando você eh dirige o feixe de luz para essas duas fendas. Continua César. Perfeito. Perfeito. Então, perfeito. E isso, esse esse padrão, esse padrão nós chamamos de padrão de interferência, justamente por a luz emitida por cada uma dessas fendas, elas vão interferir uma na outra gerando isso. E eu digo, a luz, se a luz fosse de fato uma onda, tá? Por que que eu digo isso? Por quê? Se ela tem esse resultado, então luz ela tá agindo como onda. Porém, se a luz fosse um corpúsculo, como Isaac Newton imaginava, né? Na verdade o que iria se esperar seriam simplesmente duas manchas, porque são partículas e teríamos, portanto, essas partículas não vão defratar e teríamos simplesmente duas manchas. Mas o que que o Thomas Young verificou? O Thomas Young verificou que Luiz, ao fazer esse experimento, eh, tem uma natureza ondulatória e o Newton perdeu essa discussão lá em 1801, certo? Por quê? Porque o que que ele verificou foi esse padrão de interferência no experimento da fenda dupla. Então, beleza? Espero que vocês tenham entendido minimamente o que que é o experimento da fenda dupla. Só que agora a gente recai, vamos agora, vamos agora ali pros para pra década de 20, 1920, 1930, certo? Vamos lá. em 1930, eh, aliás, um pouquinho antes, em 1905, o Albert Einstein junto com Max Plunk mostrou que luz, mostrou que luz, na verdade, pode ter um comportamento ondulatório, como a gente consegue observar aqui nesse experimento, porém também pode ter um comportamento corpuscular, como ele verificou no eh efeito fotoelétrico lá em 1905. Beleza? Beleza? Aí temos então um problema, um problema não, ou temos então um caráter dual à luz. Luz pode ser onda e luz pode ser eh também corpúsculo, né? Que é a dualidade onda partícula. Lá em 1925 chega um cara chamado Debrugly e ele diz que luz, quer dizer, ele diz que matéria também, feixes de matéria também poderiam ser agir ou se comportar como ondas. Ele propõe isso na sua tese de doutorado e ganha o prêmio Nobel de 1927, se eu não me engano foi por aí, eh, por conta dessa hipótese. E isso, de fato, foi verificado depois por George Thomson, eh, de que um feixe de elétrons difata. Então, vamos lá. O feixe de elétrons difrata. Se um feixe de elétron tá difratando, um elétron é matéria. Então, ele tá se comportando como luz. Ele tá, desculpa, como onda, porque difração é um efeito ondulatório. Beleza? Beleza. É informação para caramba, eu sei, mas isso tudo pra gente chegar enfim aqui nessa questão. E aí a gente chega já em na década de 60, passado alguns anos, beleza? foi verificado, tem um cara muito famoso chamado Fan, eh, que ele propõe a execução do experimento da dupla fenda, como o Thomas Young fez, para um feixe de elétrons. E aí foi, agora eu não vou lembrar o nome dele, mas foi um alemão que fez esse experimento e de fato ele verificou que um feixe de elétrons é, ao passar por duas fendas, a gente vai observar um padrão de interferência como esse que a gente tá observando aí. Mas tá, até aí tudo bem. Qual que é o grande problema disso tudo? Qual que é o grande qual o que que o que que traz a grande interrogação a o que o que o que que é louco disso? O louco disso é o seguinte. A gente sabe que, na verdade, eh, na verdade não, a gente sabe, então, a gente sabe então que o elétron ele tem um caráter dual, assim como um como a luz, né? Eh, um face de elétrons, eh, ele tem esse caráter dual, ele pode se comportar como onda, ele pode se comportar como eh um corpúsculo, como uma partícula, como de fato ele é. E aí que vem o ponto que quebra a cabeça de todo mundo. Vamos supor que eu tô fazendo o experimento da dupla fenda e eu tô enxergando nesse experimento da dupla fenda o feix de elétrons se comportando como onda, certo? Então, se eu faço esse experimento da dupla fenda, eu vou enxergar, eu vou observar e eu vou medir este elétron como uma onda, como vocês estão vendo aqui nessa figura. Beleza? A questão é, no momento em que eu coloco um detector eh entre as fendas e o anteparo ao fundo, eu vou lá e coloco um detector de elétrons, tá? ou eu quero eu quero eh fazer uma medida e lanço um fóton no sistema entre as fendas e o anteparo ou posso dizer: “Eu quero descobrir, porque, pô, o elétron é uma partícula, eu quero descobrir por quais das fendas esse elétron ele tá passando, tá? Eu quero descobrir por quais das fendas ele tá passando. Aí eu vou, então eu faço uma medida jogando um jogando um fóton ali para fazer essa medida. Isso é muito importante, né? Esse detalhe. É. É jogando, jogo um fóton, emito um fóton ali para fazer e essa medida ou coloco um detector de elétrons ali para fazer essa medida. Quando eu faço isso, eu passo a enxergar o elétron como partícul. enxergar. Não vou mudar aqui. Messo elétron como partícula e pasm o padrão de interferência ao fundo ele some, ou seja, eu perco completamente o caráter ondulatório e isso causa um grande eh um um uma grande confusão na cabeça de jovens místicos, né, que fazem aí eh grandes eh não só, mas o O o Neil the Grace Tyson, ele fez uma confusão no cosmos ali, onde o pessoal fala, ele chega e diz que o é como se o elétron soubesse que está sendo observado. Não a grande mentira, não é o ato de olhar, não é, não, não existe isso em mecânica quântica. é o ato de medir e medir requer interação em qualquer aspecto. Mesmo na nossa vida, quando você quer fazer medida a respeito de qualquer coisa, você eh você vai ter que pegar um instrumento que vai interagir com com o sistema que tá sendo medido. Isso acontece sempre para medir temperatura é assim, você vai colocar um termômetro que vai entrar em equilíbrio térmico com o sistema o qual você tá querendo medir a temperatura. Então sempre você vai gerar interferência. O problema é que você gerar interferência num sistema que é em nível quântico, eh, você a interferência simplesmente destroça todo o sistema. Eh, basicamente ela vai vai perturbar completamente o sistema, tá? Mas é o ato de medir, não o ato de observar, é jogar um fóton. E aí o que que acontece quando eu jogo um fóton ali? Vou acontece o seguinte, acontece o que a gente chama de colapso da onda. E aí isso tá diretamente relacionado ao princípio de Heisenberg, já que esse ano são 100 anos de de princípio de Heisenberg, né? Porque esse esse e eh o lance da dualidade onda a partícula tá diretamente relacionado ao princípio de Heisenberg. Como que tá relacionado ao princípio de Heisenberg? Eh, põe aí a formulazinha do princípio de Heisenberg, da incerteza. Só pro pessoal entender e como é que é o negócio aqui. Então, quando você pega, joga um fóton, você colapsa a onda. O que isso significa? Você tá fazendo a medida, você mediu a posição do, você mediu a posição do elétron. Mas o que que era essa onda? E antes que eu faça a medida, na verdade, esse elétron ele se propaga como uma onda. Não, não. Eh, põe aí e princípio da incerteza. Isso. Esse aí. Esse aí.Δ X, del P. Esse mesmo. Então, antes dele passar pela fenda, ele é uma onda. E daí no ato de você medir por qual fenda ele tá passando, ele vira uma partícula e faz uma duas linhas no anteparo em vez de uma. Exatamente. Então, o que acontece? Isso acontece porque eh esse essa onda ela vai colapsar. E por que que como assim ela vai colapsar? Porque na verdade trata-se de uma onda probabilística, o qual o elétron, o elétron eh essa onda probabilística, na verdade me diz quanto a probabilidade do elétron encontrar-se em determinada posição. É isso que essa onda probabilística nos diz, as probabilidades de encontrarmos o elétron em determinada posição. Ou seja, a gente tá falando agora de uma teoria que ela não é mais determinística, eh, e sim probabilística. Boa. Beleza? Isso é importante dizer. Quando eu faço uma medida, então o elétron, na verdade, ele tá num estado, quando ele tá se propagando como uma onda, ele tá num estado de superposição. Ele encontra assim todas as posições possíveis. Ele encontra assim absolutamente todas as posições possíveis e que existem e que ele pode estar, ele vai se encontrar em absolutamente todas. Quando eu faço uma medida, essa onda, ela vai colapsar a uma única eh posição. Por isso que a gente diz que ela colapsa. Ela colapsa a uma única a uma única posição que vai me conferir aquilo que a gente chama de realidade. E como é que isso tá diretamente associado ao princípio da incerteza? O princípio da incerteza nos diz que a gente não consegue medir posição e momento, que tá, eu vou falar em velocidade aqui, tá? A gente não consegue medir posição e velocidade de uma partícula quântica com uma precisão igual eh ou menor do que h cortado, que é a constante de planque dividido por 2 pi, hortado sobre 2. A gente não consegue medir com precisão menor. Isso é uma coisa da natureza da mecânica quântica, não é uma questão de imprecisão instrumental. Beleza? Beleza? Beleza. Então tá. E que que isso tem a ver com onda? Bom, uma onda, quando a gente tem então uma partícula, um um elétron se propagando como uma onda, eu consigo ter uma boa precisão a respeito da sua velocidade de propagação. Porém, eu não consigo ter boa precisão a respeito de sua posição, porque a posição dele tá espalhada em diversas probabilidades possíveis. Uhum. Agora, quando eu faço uma medida, jogo um elétron ali, desculpa, jogo um fóton ali e perturbo o sistema, isso vai colapsar. A posição desse elétron, ela colapsa e eu perco informação a respeito da velocidade. Ela colapsa colapsa porque ela interage com elétron ali naquele momento. Ela fixa ele. Ela exato. Ela a gente não entende muito bem ainda essa dinâmica dessa essa de coerência que acontece, que faz com que esse essa esse esse esse feixe de elétrons perca o caráter ondulatório. Isso ainda é um mistério. Só que a gente sabe que isso tá diretamente relacionado à interação do fóton com o sistema, porque um fóton ele vai perturbar muito o sistema. Mas nos infringir no no fringir dos ovos aqui, para que todos tenham claro, é o seguinte, eh o importante dizer é o seguinte: o que vai determinar a natureza do elétron ou mesmo a natureza do fóton não é o ato de observar. Eu, como um ser consciente vou decidir qual será a natureza do elétron ou do fóton. Não sou eu como um ser consciente, mas sim um aparato experimental, eh, que vai me permitir fazer determinada medida da, eh, de determinada forma, beleza? Então, é essa interferência não tem nada a ver com o ser consciente que tá decidindo sobre a natureza da matéria. Porque o que acontece? esses caras depois eles extrapolam isso. Ah, olha, se eu sou capaz, então ó, eles dizem, eu meu, minha consciência tá interagindo na matéria. Então, portanto, eu sou capaz de mudar a realidade de tudo. Eh, eu sou capaz de, se eu me concentrar muito, acredite, o Pablo Marçal, ele acredita nisso, tá? Ele acredita nisso, tá? Que se ele se concentrar muito, ele é capaz de atravessar a parede, porque ele acredita, inclusive, que ele é capaz de andar na água. ele já ele ele ele fala em tentar ressuscitar morto. É tudo isso com base é num num entendimento zero nulo que ele tem a respeito da mecânica quântica e de uma interpretação muito equivocada também e fomentada por grandes cientistas, como por exemplo a Mitigozuani no seu livro Universo autoconsciente, o cara virou um palestrante, ficou rico também do Capra, que agora não lembro o nome dele, também com o seu livro Taô da Física, eh, que que trouxe à luz tudo isso trazendo uma grande confusão. E por fim, aquele depois tiveram tantos outros livros, aquele, como é que é o nome mesmo? Daquele eh, o segredo, né? The Secret. Ah, Secret. É, aquele negócio lá, mano. Do céu, aquele queima. Se você tem esse livro, queima esse livro na sua casa. Tem que queimar. Vou, me surgiu uma pergunta, viajei agora e vou, vamos viajar junto. Eh, será que a gente poderia considerar? Porque beleza, eu vejo como é muito muito fácil se confundir, né, com esse experimento, porque o ato de observar para nós é a mesma coisa de interagir, porque a gente precisa ali do equipamento mandando fottons para poder observar a coisa. Então eu vejo como as pessoas podem se confundir com interagir, né, medir e observar. Mas beleza, a gente fez, né, a gente deixou claro que nesse experimento da fenda dupla é o fato de interagir, o fóton interagindo com os elétrons que faz ele colapsar a onda. Mas só só aí só uma observação dentro disso que você tá falando, só porque é bem legal de colocar. Você quer diferenciar o que é medir e observar? Medir sempre vai requerer interação. Ponto. Medir requer interação. Você vai ter que colocar o instrumento ali. Aí você vai medir. Você quer uma observação? Quer entender? Vamos para astronomia. Vamos. E na astronomia nós somos receptores de fótons. Nós recebemos os fótons de estrelas e nós observamos e interpretamos aquilo que tá dos fótons que estão saindo das estrelas sem fazer qualquer tipo de interferência sobre o sistema. Então isso é observar, medir é interagir. Então perfeito. E é isso que eu queria viajar com você, porque a gente tá, a gente quando a gente observa uma estrela, nós nós recebemos os fótons. Nós recebemos os fótons, mas esses fótons interagem com sistemas dentro do nosso cérebro. Sim. Ou seja, não seria quase que uma forma de realmente a gente tá interagindo com o universo através da interação dos fotos no nosso cérebro para interpretar aquele sinal? Sem dúvida. Eu diria até mais. Eu eu diria até mais. A gente tá todo o tempo interagindo com o universo e quando a gente observa uma estrela, nós, de certa forma estamos interagindo. Nós estamos fazendo com que o nosso cérebro interaja diretamente com o universo, com os fótons vindo a anos luz de distância. É um fato. Eh, e inclusive eu diria mais, eu diria mais que eh a gente tá interagindo e tá interagindo de acordo com as nossas capacidades cognitivas, que ainda são extremamente limitadas, que não são capazes de interpretar, muitas vezes da forma mais adequada, eh, a trazer à luz de fato, a total realidade eh do que acontece nessas estrelas, do que acontece no universo, né? Eh, então eu acho que eh sim, nós recebemos aí é é o universo entrando eh sobre os nossos olhos e chegando e sendo interpretado sobre nossa eh a nossa consciência, o nosso cérebro, a nossa cognição. Só que ainda a nossa cognição ela é extremamente limitada e também as nossas capacidades observacionais instrumentais também são extremamente limitadas pra gente ter um entendimento pleno a respeito do que é o universo. Você conhece a teoria da evolução dos universos? Isso entra um pouco na astrobiologia. Não, por favor. Foi muito legal essa teoria. Cara, eh, a teoria diz assim, ela ela ela vem um pouco nessa nossa viagem de que a consciência de alguma forma ajuda a quebrar, né, faz essa essa quebra da onda e e fixa, né, o as coisas como elas são, né? Então ela pega essa essa interpretação, vamos dizer, e diz que eh universos eles surgem e se destróem a todo tempo. E um universo, ele só pode prosperar, surgir e se manter vivo e se manter é físico quando uma espécie desenvolve consciência nesse universo para que essa espécie possa observar o universo. Então, as as condições do nosso universo que podem dar início à vida para que essa vida possa evoluir e possa ter a consciência para devolver e poder observar o universo para que ele então possa existir. Então, só universos que desenvolvem vida, que desenvolvem consciência, prosperam, existem e os outros são destruídos. O que eu tenho a dizer sobre isso é o seguinte, que eu tenho eh de fato, olha só, gente, o universo ele só pode existir com tanto que haja seres conscientes, sincientes e conscientes para que ele exista. Pois pensa comigo, o próprio conceito de existir, ele é humano. Então, se o conceito de existir não existe por si só, então nada existe no conceito humano. Mas eu digo que é só mais nesse sentido, um sentido muito filosófico, né? O sentido muito filosófico, não? O ato de observar é um ato humano e também é um conceito humano. Então, se não há quem observe, então não há o que ser observado, pois o próprio conceito de observar é não existente dentro desse contexto. Eh, não se pode falar em existir se não haja alguém a que diga que aquilo exista. Eh, enfim, eh, não há a se dizer nada sobre nada que seja material, sendo que o próprio conceito de coisas que são materiais também é um conceito humano. Só que aí eu vou para uma questão que é muito filosófica, eh, e que tá muito mais, eh, associada às nossas às nossas percepções. As nossas percepções. E aí, nesse sentido, eh, se você for analisar, se a gente for analisar a cabo, eh, e isso, se a gente fosse levar isso, extrapolar isso à filosofia, eu entendo isso como algo plenamente filosófico. Então, eh, o universo de fato, ele só passa a existir quando o ser humano se faz consciente a respeito de sua própria existência. Uhum. Porque o que traz e o que motiva o ser humano a querer observar o mundo que está à sua volta é o fato dele ser conhecedor de sua própria existência, algo que é extremamente penoso e também eh o fato dele ser conhecedor de sua própria morte, algo que é muito dolorido. Então isso nos cria necessidade de criar narrativas a respeito de nossa existência, que justifique a nossa existência e que nos dê um norte eh à vida, um porquê à vida e um pós-me. E a ciência, de alguma forma ela não deixa de ser uma narrativa que de alguma forma a gente procura para tentar buscar origens e justificar a nossa própria existência. Só que ao contrário de religiões e seus mitos de criação, eh, são, eh, são narrativas, acab tá tá tá tá tá tudo bem. São narrativas que são embasadas em dados observacionais. Você falou que era para viajar, eu viajei. Ah, eu adoro essa filosofar sobre quânticos e e afins, assim. Eh, eh, na verdade, tô tô ligada, Taina, valeu. Eh, na verdade, assim, se a gente for pensar, né, hã a caso, porque nós não sabemos se há vida ou mais vida do universo. Pode ser que sim, pode ser que não. A resposta vai, você acredita que sim. Certamente eu quero acreditar. É tua profissão. Você tem que ser não, você tem que acreditar. É sua profissão. Eu acredito sim. Eu acredito que como diz Carl Seigan, né? Se se nós somos se nós somos os únicos no universo, o universo é um grande uma grande um grande desperdício de espaço, né? Então eu acredito que sim, que existem que existe mais vida lá fora, mas se não existir, imagina, né? Se não existir nenhum outro ser consciente no universo, olha a responsabilidade que nós temos como espécie humana de carregar a única consciência que existe no universo para poder observar o universo. Pois é, isso é uma coisa maravilhosa, né? Isso é uma coisa maravilhosa. E mais uma vez aqui parafraseando agora Carl Sean, né? Nós somos eh o universo olhando para si próprio, né? Ele não falou exatamente isso, mas foi mais ou menos isso. Então, eh nós somos um um uma fagulha eh consciente desse universo que busca de alguma forma um autoentendimento. Eh, é uma coisa, é, nós somos átomos buscando saber como nós nós mesmos funcionamos. Os átomos funcionam. Exatamente. É um, é o jeito que eu já ouvi isso também de um físico. É o, nós somos o jeito que os átomos conseguiram para poder estudar sobre eles próprios. É boa, boa, boa também. Boa também. É, e bom, a gente tem live Pix, né, Tainá? Temos. Pessoal, cadê os likes, por favor? Por favor, mais likes aí. Onde estão os likes? Tô aqui, nossa senhora, filosofando aqui. Filosofia do século aqui. Vamos, vamos dar like aí. Vamos dar like. Vamos de live. Passa live fix. Rick do tempo mandou R$ 20. Tive em 1900 e visitei Max Plunk. O cara criou os quanta tentando consertar um forno brabo demais. Pô, que legal, hein? Depois você conta pra gente como que você, onde você arranjou esse Tardes aí, essa essa máquina do tempo. É interessante. Interessante. Mas sei que ele falou, é interessante. Não tá errado o que ele falou, né? Eh, e bom, a ideia do qu do quantum, na verdade, do quantum de energia que depois virou, passou a ser chamado de fóton, na verdade ele partiu do Einstein, não foi do Max Plunk, mas o Max Plunk ele começou, ele deu o primeiro passo e essa foi uma das grandes, foi uma das grandes descobertas da física quântica, que é a própria física quântica, né, o próprio início da física quântica, que quebrou a cabeça de muita gente. que era o Max Plunk, eh, e outros cientistas, eles estavam procurando resolver um problema que ficou conhecido como catástrofe de ultravioleta, que tá diretamente relacionado à emissão de radiação térmica por corpos eh por por corpos negros. Corpos negros é é um tipo de corpo ideal muito muito escuro, que absorve absorve toda a luz que incide sobre ele e que também emite luz ali mais próximo eh a radiação térmica. ele vai emitir radiação térmica essencialmente. Só que o que acontece? Se você for comparar o que é previsto pela teoria clássica, comparativamente aquilo que é observado, tem uma grande divergência, na verdade. Eh, po, pode, você pode colocar aí o eh catástrofe do ultravioleta. Uhum. Só para aproveitar, já comentar isso também, que essa é um um dos grandes grandes descobertas da física quântica que fez a física quântica nascer. Aí que explica porque é quântica, né? A física quântica é muito legal. Explica porque é pode ser isso aí mesmo. É muito legal mesmo. É. E aí você entende o o teu coach quântico pode passar a entender porque que a física quântica ela é quântica. Então você tem aqui essa essa curva preta, ela é o que é previsto pela teoria clássica, que basicamente termodinâmica, eletrodinâmica, tá? Então nós o que nós temos aqui é um gráfico de intensidade de luz versus o comprimento de onda, beleza? intensidade de luz versus o comprimento de onda e como que isso varia. Beleza? Beleza? Então, olha só, eh, a curva preta representa eh a curva eh a curva teórica, tomando como base a física clássica, termodinâmica e eletromagnetismo. Percebam que ali para altas altos comprimentos de onda ou frequências baixas, né, nós temos que ela até que tá OK, ela até que bate com os dados experimentais. O que você tá vendo aqui em azul, verde e vermelho são os dados que eles observavam experimentalmente, né? Em azul, nós temos então uma curva de um corpo negro a 5.000 Kelvins. Em verde, 4.000 Kelvins. Em em vermelho 3.000 Kelvins. Então você põe esses corpos a uma determinada temperatura, eles vão emitir eh eles vão emitir radiação térmica. Beleza? Então você percebe que à medida que eu vou para frequências, aliás, para para comprimentos de onda muito altos, quer dizer, muito baixos ou frequências muito altas, eh a o que é previsto teoricamente diverge completamente do que é previsto experimentalmente, né? Experimentalmente a essa radiação é, na verdade, a a intensidade da luz, ela aumenta, aumenta, aumenta com a diminuição do comprimento de onda até que chega num pico e depois começa a diminuir, né? E é por isso que a gente chama isso de catástrofe do ultravioleta, porque quanto mais baixo o comprimento de onda, mais próximo do violeta você tá chegando, né? Mais próximo do ultravioleta você tá chegando. Beleza? Eh, só que quanto mais próximo do ultravioleta, essa esse tipo de divergência ocorre. E aí isso quebrou a cabeça de muitos físicos no período. Eh, por que isso tá acontecendo? Nossa teoria clássica não é boa pra descrição da radiação emitida por corpos negros. Como é que a gente faz? Aí surge o Max Plunk. E o que que o Max Punk faz? Ele diz basicamente o seguinte: a energia da radiação emitida por um corpo negro, ela não pode assumir qualquer valor. Ela não vai poder assumir qualquer valor. Ela vai poder assumir somente valores muito específicos. Eh, muito específicos. Então, a gente diz que ele discretizou o espectro elétron, a energia da radiação emitida por corpos negros. A gente diz que ele discretizou. Para você que não sabe o que que é discretizar, p de discreto, né? De é exatamente. Eu gosto de fazer a seguinte explicação. Imagina você numa escada, você tá numa escada, você vai subir uma escada, cada degrau representa uma altura relativamente ao chão. Perfeito. Cada degrau representa uma altura relativamente ao chão. Ninguém consegue parar de e se estabilizar numa altura intermediária entre um degrau e outro, certo? Certo? Beleza? Beleza. Então você não consegue assumir um valor de altura numa escada entre eh um degrau e outro. Perfeito. Perfeito. Somente as alturas relativas a cada degrau. Beleza? Então a gente diz que uma escada é tem altura discretizada. Então o mesmo aconteceu com a energia da da radiação emitida por um corpo negro. Ela foi discretizada. O Plunk, ele não entendeu muito bem aquilo e ele conseguiu resolver o problema com isso. Ele resolveu o problema com isso, só que ele não entendeu muito bem o que ele tinha feito. Ele achou que era só um joguete matemático, só que ele não entendeu a física. E aí quem trouxe explicação a isso do ponto de vista físico foi o Albert Einstein, eh, explicando, ele aproveitou para explicar o que acontecia no efeito fotoelétrico, certo? Que é uma outra é uma é uma outra coisa. Eh, então você tinha esse experimento do efeito fotoelétrico, que também tinha alguns problemas ali em sua explicação. Ele jun ele pegou esse o problema do efeito fotoelétrico e pegou o o problema ali de plank. E basicamente o que ele propôs para resolver essas duas questões foi de que na verdade a luz era composta por corpúsculos, que seriam pequenas quantidades de energia, pequenas quantidades mínimas de energia que dependeriam somente da frequência. Então, é, a energia de um corpúsculo de luz, no caso depois ficou conhecido como fóton, deveria ser igual a H, que é a constante de plank, vezes a frequência daquela luz, certo? E isso ele chamou de quân de energia. Ele chamou de quân de energia. Por isso que a gente diz que ele quantou a luz. E é por isso que a gente chama essa física de quântica, que é a física da quantização de sistemas físicos. Perfeito. Isso é muito legal essa explicação. É realmente muit muitos poucos sabem, né? É exato. Eh, eu vi aqui no no chat quando a gente estava filosofando sobre sobre sermos átomos para estudar outros átomos. Alguém falou aqui da poeira estelar. E realmente realmente para quem não sabe disso, na famosa frase, né? Somos todos poeira estelar, pessoal. Ouve, ouve essa. Vou falar já já. Quando chegarmos a 1000 likes, vai ser a coisa mais fascinante que você já vai ter ouvido na sua vida. Chegamos a 1000 likes, eu vou contar para você o que que significa que nós somos poeira estelar. Manda o outro live pická. Deixa eu [Risadas] olha vamos vamos ter que ver como que vai colapsar essa onda, né, cara? Muitas possibilidades, infinitos universos, né? Obrigada, Tainazinha. Eh, temos mais super chat aí. Vou jogar até, por favor. Acabou de chegar. Astrumimes acabou de mandar aqui deão. Boa noite a todos. Dúvida infantil e genuína. O céu escuro que vemos não deveria estar preenchido pela luz das infinitas estrelas existentes ou seriam regiões na qual os fótons ainda não chegaram aqui? Isso é uma pergunta maravilhosa. Responde aí, César. Essa essa pergunta essa pergunta muito boa. E isso tem, eu já fiz até um vídeo sobre isso e tem até um nome de um paradoxo, tem até o nome de um paradoxo, eh, paradoxo, eu não vou lembrar o nome do paradoxo que foi apresentado, eh, que justamente rebatia. É o seguinte, aí vamos falar um pouquinho de criacionista. Vamos falar de criacionista. e eh criacionista que acredita que o universo tem somente 7.000 anos e blá blá blá blá blá blá blá blá blá. Eh, vamos lá, vamos lá, vamos lá, vamos lá. Olha só, pessoal, eh, se o universo ele fosse eh de fato estático eh e tivesse tão somente 7.000 1 anos. Eh, vocês ele tivesse sido criado eh dentro de dentro dess dessa forma. Paradoxo de Obers estão falando aqui. Paradoxo de Obers. Exatamente. É o paradoxo de Obers. Na verdade, o fato do universo ser escuro, ele diz justamente, ele é uma das demonstrações e na verdade das demonstrações observacionais de que o universo está de fato em expansão, na verdade. Eh, e justamente o fato do universo estar em expansão faz com que a gente tem, o que a gente enxerga aqui é tão e simplesmente o universo observacional, o que não significa ser completamente todo todo o universo. Todo o universo, tudo aquilo que existe. Existe muita coisa, inclusive no universo, ao qual a gente simplesmente não consegue, não, não, não enxerga, né? A gente não enxerga. E o fato do universo estar em expansão, existe muita matéria, existe muita coisa, existem muitas estrelas sobre as quais a luz destas ainda não chegaram até a gente. E e o fato desse universo estar em expansão, eh, a gente tá aumentando esse espaço, a gente tá aumentando esse espaço e e na geração desse espaço e tudo se afastando cada vez mais faz com que eh eh vamos dizer assim, menos luz vá chegando à gente, eh, cada vez eh menos. E essa é uma das razões pelos quais o universo se faz eh escuro. Ao contrário, por exemplo, se você pensa num universo somente eh um universo eh estático que não tá expandindo, na verdade, muito provavelmente toda a luz do universo já teria chegado até a gente. Aí sim nós teríamos eh um nós teríamos um grande clarão. Nós nós não teríamos noite, nós não identificaríamos eh noite. Essencialmente é isso. É, essencialmente é isso. Eu eu eu já li que essa expansão do a razão, né, que a que a que a luz não chega das estrelas não chega aqui, é que a expansão do universo, o a velocidade da expansão é mais rápida do que a velocidade da luz. Éé isso. Exato. Isso, isso tá certo. Isso tá certo. E isso quebra a cabeça de muita gente. Como assim e a expansão do universo pode ser mais rápida que a velocidade da luz? Porque a velocidade da luz, ele ele é um é um limite causal para eh transmissão de informação e energia, certo? A expansão do Quando a gente fala em expansão de universo, a gente tá falando em criação de espaço em todos os pontos do universo. Veja, eu falei de criação de espaço em todos os pontos do universo, a todo momento, em todos os pontos. E a criação de tempo em todos os instantes. Hum. Esse é o que quebra a mente, né, cara? É, é criação de tempo em todos os instantes e a criação de espaço em todos os pontos do universo tempo, né? Então, a malha ela se expande no espaço e no tempoo. Exatamente. Isso é a expansão do universo. Então não tem problema nenhum ela quebrar essa questão de causalidade e ela se e na verdade não se propagar, mas o universo se expandir a velocidades maiores do que a da luz, porque não existe informação sendo propagada, existe criação de espaço e tempo e em todos os pontos e em todos os instantes. Isso é muito louco. É muito louco. E perguntaram aqui, mas se expande para onde? Pois é, não tem para onde, esse que é o ponto. O universo, eh, existe uma coisa que, eh, existe uma coisa que nós chamamos de princípio cosmológico. O universo ele eh ele é homogêneo e isotrópico, ou seja, ele é para qualquer lado, em escalas cosmológicas, para qualquer lado que eu observe, você observar sempre mais ou menos a mesma coisa. em qualquer ponto do universo que eu esteja, eu vou observar sempre mais ou menos a mesma eh coisa. Isso mostra o quê? que nós não temos um observador privilegiado. Não existe nenhum ponto privilegiado no universo, portanto, não existe para on não. Portanto, o universo não tem um centro, o universo eh não existe um centro de expansão, não existe um observador privilegiado. É, e se para você quando você olha muito muito distante, você tá olhando um, vamos dizer, uma estrela muito muito distante, muito, imagine que tem um planeta que existam seres vivos conscientes e que estejam também observando para cá e fal aquela é a borda para para nós aqui, aquela a borda do universo. Para eles que estão lá, nós aqui somos a borda do universo. Então, eh, é isso, é uma coisa louca, é uma coisa completamente contrainttuitiva e não existe o para onde o universo está indo. Por que que não existe para onde? Porque o quando a gente fala em onde, a gente tá falando de espaço. E na verdade o que o universo faz eh em si é a criação deste próprio espaço. Ele cria o onde manja. Então não tem para onde, ele não tá indo para lugar nenhum, não existe o onde. É porque espaço se forma entre o espaço, né? A imagem que chega mais próximo pr a gente tentar conseguir entender essa expansão do universo é você imagina uma bexiga. Então a bexiga tá ali desse tamaninho, você sopra a bexiga, a bexiga ela vai se expandindo, né? Mas assim, ela está ali e daí ela vai expandindo, ela própria está expandindo, está criando mais espaço entre cada ali fibrazinha da bexiga. Não é uma imagem perfeita, mas ajuda a entender um pouquinho, né? Porque, por exemplo, pega essa bexiga e daí pega ela vazia e faz um ponto, um pontinho do lado do outro pontinho. Se você enche ela, os pontinhos eles vão se separando, né? Ou seja, espaço está sendo criado entre esses dois pontinhos de forma. Per, é, é exatamente essa analogia. Espaço vai sendo criado entre esses dois pontos. E lembrando, quando a gente tá falando desse exemplo da bexiga, você tem que pensar que o universo ele tá contido sobre a superfície da bexiga. Eh, não há, mas o universo ele partiu do centro da bexiga. Não, não existe o centro da bexiga. O universo está contido na superfície da bexiga. É, é porque na na no nosso mundo real, tipo, a bexiga, tem espaço em volta, mas no universo o universo é a bexiga, é tudo que existe no superfície, né? Na superfície dela. É. Valeu, astronomi olha, ótima pergunta. Aliás, estou com com a camiseta da Astromimese de astrobiologia, sinal Wau! Que é ali um dos um dos nossos sinais que já imaginamos ter tido algum contato com extraterrestres, mas não sabemos. É um mistério. Um dia fazemos uma live só sobre o sinal, que é muito legal. Ã, mais perguntas. Vamos lá. José Lucas, R$ 20. Falou de atravessar parede, vai ter que falar de tunelamento. Vamos lá, vamos falar de tonelamento. É, mas é exatamente isso aí. Na verdade, a o tunelamento ele nos diz quanto a probabilidade da gente atravessar, na verdade, entes quânticos atravessarem barreiras de potencial. Uhum. É como se fosse eu atravessar, nós atravessarmos uma parede. A parede representaria uma barreira de potencial. Eh, e a gente, imaginando que somos um ente quântico, a gente tem a probabilidade de atravessar. De fato, no contexto da mecânica quântica, como essas partículas são elas são representadas por ondas de probabilidade, quando uma uma dessas partículas representadas ali por uma onda de probabilidade, antes que eu faça ali uma medida, ela de fato tem a probabilidade, existe a probabilidade dela atravessar essa barreira de potencial, essa parede, no caso, vamos chamar de barreira de potencial, existe essa probabilidade e isso é incrível que de fato acontece. Então, a gente prevê isso teoricamente e isso é observado do ponto de vista experimental. Vou falar aqui, por exemplo, do microscópio de tunelamento quântico. Eh, o microscópio de tunelamento quântico, ele usa isso como princípio básico. Então, a gente tem aqui uma amostra. Eh, põe aí o, ah, não sei se dá para pôr, é por conta, tá? Tá um negócio aqui. Dá, põe aí. Microscópio de tonelamento quântico. Então, ele tem uma agulha muito muito fininha, muito muito fininha mesmo, tá? Existem alguns poucos átomos nessa eh na na ponta dessa agulha. Beleza? E aqui a gente tem uma amostra embaixo. E aí a gente põe isso muito muito próximo, tá? Essas coisas muito muito próximas e impõe uma pequena diferença de potencial entre a ponta da agulha e a amostra. Beleza? A gente sabe que a amostra, essas moléculas, elas têm rugosidades, beleza? E à medida que eu vou passando a amostra pela agulha, olha, olha só, vamos ver. Vou, vou. Não, esse aí, esse aí, esse aí. Esse aí. Isso. Esse. Então, vamos lá. É, isso aí é um exemplo de um É, é só que não dá para ver agulha, nada disso. Mas tudo bem. Mas isso aí é bem realmente é um uma estrutura bem complexa. Mas aí o que que acontece? a medida que eu vou passando a amostra pela agulha, a pelo fato da da dessa amostra ser rugosa, eh, e na verdade as moléculas que acompõem apresentar a sua rugosidade, né, eh a distância, essas distâncias entre a amostra e a agulha, elas vão mudando. E uma e é claro, uma vez que essas distâncias existe vácuo entre a agulha e amostra e à medida que essas que essas distâncias elas vão mudando, eh, vamos dizer assim, essa barreira de potencial e que que essa barreira de potencial entre a agulha e a amostra vai variando, porque isso vai depender da distância. Quanto maior a distância, maior a barreira de potencial. Beleza? E como é que a gente mede isso? por uma questão de tonelamento. Então, quando tá muito, muito pertinho, ocorre mais tonelamento, a barreira de potencial é menor. Quando tá a distância é maior, vai acontecer menos tonelamento. E com base na leitura nessas informações, a gente consegue fazer projeção de imagens, de moléculas e já conseguir até mesmo de átomos. Eh, utilizando dessa tecnologia. Outra coisa que também utiliza do princípio do tonelamento quântico, você existe, nós existimos por conta desse princípio. O Sol, no Sol ocorre tunelamento quântico. É por isso que ocorre a fusão nuclear dentro do Sol, porque no núcleo do Sol, eh, a energia que existe lá e a densidade do núcleo do Sol, ela não é suficiente para fazer com que a fusão nuclear ocorra, tá? Eh, como é que ocorre a fusão? Temos hidrogênio e hidrogênio, que é um basicamente um próton e um próton. A gente sabe que existe uma coisa que a gente chama de barreira de coulumb, certo? A gente aquela coisinha carga positiva e carga cargas positivas, elas se repelem. Então isso gera uma coisa que nós chamamos de barreira de coulum. Então elas estão se aproximando aqui, elas não vão se aproximar e a energia que existe no centro do Sol não é suficiente para fazer com que elas grudem, para formar o hélio e gerar fusão. E isso acontece, mas apesar dessa barreira a gente não conseguir superar no sol, no núcleo do sol, não haver energia suficiente para superar essa barreira, o que eh o que faz com que essa barreira seja superada é justamente a probabilidade de ocorrer tonelamento quântico. Então, como há essa probabilidade, então em alguns casos ocorre o tonelamento e, portanto, a fusão nuclear acontece e, portanto, a gente tem vida na Terra. Pronto, explicou, respondeu. Próxima pergunta. Nossa, falo demais, né? Desculpa, gente. Eu sou professoral demais, gente. Eu sou muito professoral. Desculpa. Muita, muita gente aqui no chat falando: “Nossa, como ele explica bem a física fica fácil nas palavras dele.” Realmente é super verdade. Obrigado. É um Live Pix isso. Oba. Bota aí. Flores mandou R$ 20. Boa noite. Tem sentido a afirmação de que a ciência só conhece 4 ou 5% da matéria? Se sim, como foi estimado o percentual conhecido? Muito boa. Essa resposta é legal também. É legal. É legal. Super. Vamos lá. Dou dou resposta. Você quer dar resposta? Você pode responder. Então tá. Na verdade, o seguinte, eh, tem uma coisa que nós chamamos de matéria bariônica, que é toda matéria que compõe o nosso universo observável, tá? E isso de fato representa aproximadamente 5% de tudo que existe no universo. Ou seja, aquilo que a gente consegue observar eh por meios eletromagnéticos, vamos dizer assim, eh eh é 5% de tudo que existe. Todo o resto, eh, vai ser a tal matéria escura, que eu já citei aqui, eh, numa uma percentagem menor, tá? Não sei se agora não vou lembrar a percentagem e a maior parte do universo é composta por energia escura, que é responsável pela expansão acelerada do universo. Isso eh a gente se depara com essa questão quando a gente vai fazer a enfim, quando a gente faz as análises observacionais de tudo que existe do universo e como que ocorre a dinâmica disso tudo que existe. Como eu já comentei, por exemplo, quando a gente observa a curva de rotação de galáxia, a gente vê que a curva de de a as a curva de rotação de galáxias, a as estrelas que estão nas periferias dessas galáxias têm uma velocidade muito maior do que a prevista pela relatividade geral. Então deve existir ali alguma coisa que nós não estamos enxergando, porém que interage do ponto de vista gravitacional e por isso a gente chama isso de matéria escura, que vai representar ali entre 15 a 20% de toda mat. Aqui estão estão os números 5% é matéria normal, né? Bariônica, 27% é matéria escura e 68% é energia escura. Energia escura. Perfeito. E aí o universo tá expandindo aceleradamente. Por que que isso acontece? porque existe uma tal energia escura que é responsável aí, que na verdade é responsável aí por 67%, 68% de tudo aquilo que existe no universo. Ou seja, a gente não são coisas que a gente simplesmente não consegue observar. Nós só conseguimos perceber a sua existência eh devido a devido a devido aos seus, como é que fala? as suas a resultado da a ao resultado da sua existência, vamos colocar assim, né? Eh, a ao que ela a em que ela resulta, em que resulta a sua existência. A gente consegue observar e perceber o resultado de sua existência, só que ela em si a gente não consegue observar. A propósito, a gente não sabe nem o que é. E a propósito, existem pessoas que trabalham com modelos eh teorias alternativas a de gravitação, teorias alternativas à relatividade geral, que buscam explicar tanto a aceleração do universo, a da aceleração da expansão do universo, como também a matéria escura, sem precisar requerer de matéria escura, eh, e energia, eh, e energia escura. É. E o e chama matéria escura por não porque ela não está lá, mas porque ela não interage. Essa matéria a qual a gente vê os efeitos dela, como se ela fosse uma massa, por exemplo, ela interage ali com a gravidade. Ela ela é uma coisa, tem coisa ali, mas a gente não consegue ver. E ela chama matéria escura porque essa massa ela não interage com a luz, com os fótons. Então a gente não consegue ver porque a gente precisa de fóton para poder observar alguma coisa, né? Porque é como a gente observa, então ela não eh interage ali com com o eletromagnetismo. Então a gente não consegue medir, não consegue observá-la, mas sabemos que ela está ali por causa dos efeitos que ela que ela faz ali ao redor dela. Se alguém descobrir quem o que que é energia escura, ganha um Nobel. Então você pode pesquisar aí. Perfeito. E matéria escura também. Quem descobriu que são essas coisas aí é é Nobel na certa. Nobel na certa. Próxima pergunta. Tax deixar. Vai me avisando, Rebeca, se você quiser que eu suba mais aqui. Ah, sim. Eu acho que pode subir um pouquinho. Pera aí, vamos começar. Mas isso, isso, pode subir um pouquinho. Por que tem, você tem tanta dificuldade de prever o mov? Acho que a gente já falou essa, né? Já, já, já. Salve, salve. Mandando abração ao professor Lenzi. Valeu. De Alexandras R$ 2. Jorge Costa já foi. Ah, e Rogério Cincão. Olá, por que que a série de expans nunca foi cogitada? Hum. meio ciência sem fim. Na minha opinião, é uma série fantástica, retrata uma possível realidade. A gente já falou muito dessa série aqui, na verdade a gente já falou dessa série. Eu não conheço. Nossa, incrível. Em qual em qual extreme, em qual ex qualia que tá? Acho que tá na Disney, na Disney Plus. Mas acho que você precisa de um VPN para ela. Pr. Acho que ela no Disney da da Inglaterra ou da Holanda. Nossa, é muito boa. Oi. Prime vídeo. Prime Vídeo. Prime Vídeo. Só que não tá no Brasil. Só que não é do Brasil, né? Acho do alguém fala aí, gente, se alguém se vocês sabem, mas essa série, ela retrata a expansão, tipo, é um futuro próximo, tipo, daqui 200 anos, e retrata a expansão da humanidade pelo sistema solar. Hum. Então a gente tem ali colônias na lua, em séries, em Marte, eh no cinturão de esteroides, tem a mineração de asteroides, pá. E é muito legal a como ela traz tipo a geopolítica interplanetária e os os trades, né, que que eles fazem. Netflix, ó, tá no Netflix. Netflix. Tá essa série é incrível, incrível, incrível e é super é o que a gente vai viver num futuro muito próximo e para onde a gente tá indo, né? Então vamos provavelmente falar dessa série no próximo episódio que é sobre o paradoxo de Ferme. Vamos falar sobre, né, civilizações interplanetárias, etc. Boa pergunta. José Lucas, já falamos. Ah, beleza. Foi. Ó, gente, 1.100 likes vocês podem fazer melhor porque é exatamente metade dos likes do do que temos aqui de pessoas assistindo. Temos 2200 pessoas assim. 2200 pessoas assistindo. Meu Deus do céu, gente. Muito obrigada aí pela Sim. Uma audiência bom muito bom, muito boa, pessoal. Gostinho na telinha de 2200 pessoas de uma vez. Olha só que maravilha. Muito legal, né? Quando a gente vê esse interesse pela ciência, né? E física quântica é fascinante, né? É assim, é fascinante, né? Física quântica. Mas como prometido, 1.1 mil likes, chegamos à nossa meta. Vou explicar para você porque que somos poeira cósmica. E daí a gente arranja uma uma da gente vai agora dobrar a meta e até chegar a 2200 a gente acha alguma coisa outra para falar para eles. Ã, pessoal, olha, pega a visão desse conceito. Todos os átomos que existem no universo inteiro, átomos de seja de ouro, de hidrogênio, de ferro, qualquer coisa, todos os átomos eles só podem ser feitos dentro de uma estrela ou em supernovas. Ou seja, todos os átomos que compõem o nosso o seu corpo, esse átomo, um dia ele foi criado dentro de uma estrela. Ou seja, nós somos todos feitos de estrelas, somos todos poeira estelar, porque nossos átomos foram literalmente criados dentro de estrelas e não só do sol, de estrelas por todo o universo. Isso é muito legal. Assim, nós não estamos, nós não estamos dentro do universo, nós somos o universo. Exato. Porque nós somos uma coletânea de átomos que já estiveram lá na galáxia de Andrômeda, lá na supernova, lá no cabeça de na cabeça de cavalo, ali na na na nébula de cabeça de cavalo. Nós somos uma coletânea de átomos que já estiveram por o universo inteiro e que se juntaram para fazer quem você é. Exatamente. Foram foram forjados no interior de estrelas e eventos absolutamente cataclísmicos deste nosso imenso universo. Maravilhoso pens. Ex. É maravilhoso. É maravilhoso pensar na nossa plena insignificância. É. Eh, é. Eh, eu já vi um um termo chama terapia de insignificância cósmica. Bom, quando eu uso muito as terapias de insignificência cósmica, quando eu tô com problema, tipo assim, meu Deus, a fila está demorando, daí eu começo a expandir, sabe? Tipo, eu me vejo de cima, daí eu vejo o Brasil, daí a Terra, da o sistema solar, daí a galáxia e as minhas galáxias e tipo indo para cima, para cima, para cima e daí eu volto, v, ah, é a fila. Tipo, não importa, é tão a gente tão insignificante, sabe? Sabe sabe o que acontece comigo? Eu mu algumas vezes, né? E realmente quando eu tô com alguns problemas eu olho pro céu. Eu olho pro céu e vejo aquilo tudo e vejo aquilo tudo ali. E o quão insignificante é tudo isso que a gente vive e acontece. É claro que paraa gente não, mas de fato é quando a gente pensa em amplitudes cosmológicas, o o quão é insignificante, né? Então, às vezes eu eu olho pro céu assim, parece que o céu responde, vou fal usar o termo aqui, parece que o céu responde assim: “Foda-se”. Você não é nada. Você não é nada. Isso não é nada. Fica tranquilo. Vai na tua. Eh, teve uma foto que retratou muito bem nessa essa essa um pouco essa nosso lugar no universo que é tão pequenininho, né? Que é a Voyager quando ela tá a Voyager é aquela sonda que foi lançada em 77. Sim. E que ainda, né, está há 48 anos percorrendo aí o sistema solar. Já saiu do sistema solar. Aliás, é o objeto humano que foi mais longe, né? né? Ele acabou de sair do sistema solar ali do cinturão de de calper. E essa esse essa essa é a Voyager mesmo. Procura aí, por favor, o pálido ponto azul. É isso. É muito bonito. E a Voerder quando ela tava passando por Saturno, ela virou a câmera para trás em direção à Terra. E no que ela virou a câmera para trás, dá para ver na foto, lá longe, pelos anéis de Saturno, um pálido ponto azul, que é a nossa casa, que é a nossa terra. E essa, quando essa foto foi divulgada, eh, deu aí um profundo sentimento, né, de puxa, nós somos tão nós somos tão especiais e ainda assim tão pequenos no universo, né, assim, pontinho ali. É, é muito legal, né? Tudo, tudo, tudo que você conhece, tudo que você sabe sobre a vida, todas as pessoas que você conhece, tudo, tudo tá contindo ali, tá naquele pontinho azul, tudo que você sente tá naquele pontinho azul. É maravilhoso, né? Eu eu acho a espécie humana, na verdade, uma criatura fascinante. O nosso a nossa natureza de querer saber o porquê das coisas. É, com certeza. Eu acho isso tão bonito assim. da raça humana, né? A gente tem essa curiosidade, ninguém mais no no planeta Terra tem essa curiosidade de perguntar por quê? Por que exat no céu, por que que a planta verde? Por que, né? E é para suprir aflições mesmo, né? Porque como falei lá no começo, a gente precisa de um significado para as coisas, porque nós somos seres conscientes de nossa própria existência e sabedores de nossa própria morte. E isso é algo dolorido. Isso é algo que traz um certo sofrimento e traz aflição. E a gente buscar respostas e razões da nossa existência, de certa forma, traz um certo conforto, né? É, exatamente. E a humanidade sempre teve, né, essa busca pelo pela explicação de porque que as coisas acontecem. Então, assim, as religiões era, né, foi por muito tempo a única explicação de porque que as coisas aconteciam ali, né? Sim. Então, como é realmente muito importante pro humano ter algum fazer sentido do mundo. Nós temos a necessidade de fazer sentido do mundo à nossa volta e recorrmos a qualquer recurso para explicar, né, o nosso mundo. É interessante. É interessante. É. Eh, José Luca mandou cincão. Professor, se puder, fala sobre a interpretação de bom e a relação dele com o Brasil. Ah, nossa, isso aí tem tem história, tem história que agora agora que eu não sei se eu vou lembrar plenamente, mas ele teve relação com o Brasil, na verdade, o David Bon, que inclusive ele é dono eh de uma da de um ele ele é escritor de um dos livros mais clássicos da física de de mecânica quântica, né? eh um dos mais utilizados aí dentro dos cursos de graduação, que toma como base a interpretação ortodoxa da mecânica quântica no contexto desse livro. Contudo, ele era por si um cara muito místico e ele não aceitava ele, ele assim como Einstein, né, ele não aceitava bem essa interpretação ortodoxa, a interpretação de Copenhagu, que é essa interpretação probabilística, né? Eh, essa eh a mecânica quântica tomada a interpretação de Copenhague, ela se faz uma teoria que a gente diz que ela é não realista pelo fato do quê? De que antes que eu faça uma medida a um ente quântico, eh, antes que eu faça essa medida, na verdade você não tem uma realidade constituída. na verdade que você tenha um estado de superposição e a realidade ela só passa a ser conferida após a realização de uma medida e o colapso dessa onda. Então ele não conseguia compor, ele não ali ele não conseguia ele não conseguia aceitar eh essa ideia probabilística. E aí ele traz algumas eh ele traz uma interpretação que eu não vou me recordar agora do nome da interpretação, não vim preparada aqui, mas coloca aí, David. Bom, a interpretação da mecânica quântica, só pra gente eh relembrar aqui. Enquanto isso, Rodrigo Lima mandou R$ 5. Gosta do professor desmistificando as terapias quânticas. Todo podcast com você vale a pena ver. Agrega conhecimento de maneira simples. Muito obrigado. Muito obrigado. Rafael também me mandou R 1. Valeu, Rafael. Valeu, valeu, valeu, valeu pelo pessoal o dedo no like, por favor, senão você vai cair num buraco negro amanhã. É, senão, quem não assentar o dedo no like. David B. Ah, David. David B. Bom, com H. Tem, tem H no final, se eu não me engano. É B O H N. Dav. David B. Quântica. Quântica. Põe quântica. David Bom. Quântica. É esse carinha aí. Quer mostrar a foto dele? É, mostra a foto dele. Ah, de de Ah, tem uma outra imagem aqui, aquela amarelinha. Eh, isso aqui isso. Chub de bom, o rebelde da física quântica. Eu não tô lembrando, eu não tô lembrando. Eu não vou lembrar. Eu não vou me recordar agora, pessoal. Eh, a, mas é fácil de achar na internet, tá? a respeito da interpretação que o David B trouxe, se eu não me engano, são eh guias de alguma coisa, não vou eu não me recordo agora, eh mas ele tentava trazer uma uma eh uma explicação eh para explicações, uma interpretação para tentar trazer um entendimento determinístico para alguns eventos, como falei para vocês, essa questão dessa interpretação probabilística, essas ondas e também para coisas que estão são relacionadas a uma coisa que nós chamamos de paradoxo de EPR, que tá relacionado ao emaranhamento quântico. Eh, e ele tentava de alguma forma explicar, eu não vou me lembrar agora exatamente, eu já li muito sobre isso. Fala uma coisa sobre uma onda piloto que ela tem isso. Onda piloto. É, pronto. Isso. Onda piloto. Perfeito, perfeito, perfeito. Eh, mas também não vou lembrar agora como é que funciona o contexto, mas exatamente e procurem aí depois, pessoal, porque as partículas têm trajetórias definidas. Procurem aí sobre essas ondas piloto, tá? Mas foi uma, ele gostava muito do Albert Einstein e ele apresentou essa interpretação dele a Albert Einstein mesmo. Albert Einstein depois acabou não gostando muito. Ele é tido como, ele foi um comunista, né? Ele foi perseguido nos Estados Unidos e, se eu não me engano, em em sendo perseguido aos Estados Unidos, ele veio pro Brasil, ele trocou cartas com alguns físicos brasileiros e ele chegou a ficar um tempo aqui no Brasil, tá? Mas por uma por questões de cunho muito mais político. E essas interpretações que ele trazia à mecânica quântica que estão relacionadas essa onda piloto, ao qual eu não vou me recordar agora, pô, já li tanto sobre isso, só que as coisas vão escapando, né? É muita coisa, né? As coisas vão escapando, é muita coisa. Hard drive filme memória, né? É, não, não, não, não, não vai tudo. Não vai tudo. Ainda eu tenho que fazer para não sabe o que eu tenho que fazer para não esquecer fazer um vídeo sobre. Aí se eu faço um vídeo sobre, eu não esqueço nunca mais. Eu não esqueço nunca mais. Eu não esqueço nunca mais. Aliás, a melhor maneira de aprender é ensinando, né? Então, foi isso. É, ex, exatamente. Mas eh também muito do fato de que ele era um cara eh muito místico também, o David Bond. Eu recomendo muito vocês lerem, eh, procurarem na internet pessoas como o próprio Nathan Lima, que fala um pouco sobre David, David Bon, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Eh, e também Olival Freire, prestem atenção nesse nome, tá? Ele hoje tá no CNPq, ele é pesquisador, ele é físico e especialista em história da mecânica quântica. Eh, procurem Oliv Olival Freire, eh, que ele tem, eh, muitos artigos, principalmente sobre o David B, tá bom? Outra coisa que eu recomendo fortemente, que tem um tem alguns vídeos na internet no canal do professor Daniel, que inclusive essa capa aqui eh do canal do professor Daniel, professor de física, ele tem um canal que ele fala só sobre mecânica quântica. É, essa capa, essa tamb que vocês estão vendo é de um vídeo dele, do professor Daniel. Eh, professor Daniel física, põe Daniel física quântica, ele ele fala sobre David B. O cara é excelente também. E aí vocês vão buscar eh essas informações. É, é, é uma pergunta muito interess muito. Esse cara mesmo, po. Põe põe na tela que esse cara merece, viu? Esse cara merece. Ó, ó. Professor Daniel, se você estiver vendo esse podcast, se você estiver vendo esse podcast, saiba que eu te sigo e que eu te considero o melhor comunicador na área de mecânica quântica no país. Só saiba disso. Uau! Au! Au! É, é o cara é incrível. E ele, ele tem um vídeo sobre o David Bom, tá? Ele tem um vídeo muito bom sobre o David Bom. Então eu não soube responder de forma adequada aqui você sobre o David Bon e as ondas pilotos, porque eu não me recordo agora, mas eu vi muitos vídeos dele, li muitos artigos do Olival Freire sobre David Bom, só que agora me escapou da memória. Eu quero, eu é, o Rafael aqui falou da da foto do P do Ponto Azul. É um, é um eu quero eh fazer uma retificação. A foto que a gente mostrou agora é da Cassine. É verdade, era a foto da Cassine. Foto da Cassiná, eu te mandei a foto da Voyager. Pegou o meu. Era o meu. Pode colocar na minha conta. Imagina. A Tainá é Nossa Senhora, né? Uma bruxa da de pesquisar as coisas sobre pressão. Eu te mandei a foto no whats, Tainazinha. Vai ver. É, eu, então, só para mostrar para vocês a foto realmente da Voyager, que é na verdade é ainda mais pequenininho ali o o pontinho azul. Obrigada por ele tem uma faixinha também, não tem? Tem parece que tem uma Ele tá dentro de uma, quer ver? Mostra a foto aí. É de umas listrinhas assim. É de umas listrinhas. É. É. Pode continuar lendo algum. Eh, pra a gente, pessoal, se se alguém tiver mais perguntas, mandem aí que estamos nos nos finalmentos aqui já da nossa live. Para uma última pergunta minha, César, que eu acho que é legal a gente abordar, é quais que são as eh, como que eu posso dizer, as os usos da da desse entendimento do mundo quântico, por exemplo, o computador quântico, né? Então, quais que são aí os benefícios que esse estudo pode trazer? É, eu até legal falar disso, até legal falar disso. Eu tava apresentando ontem, eu dei uma três oficinas lá em São José dos Campos sobre isso. Eh, e para isso a gente tem que ter em mente eh o seguinte, alguns princípios que são básicos pra gente entender um pouco das aplicações dessa mecânica quântica. Primeiro, o efeito fotoelétrico. O efeito fotoelétrico, eh, ele mostra como que a matéria interage. Eh, então eu eu jogo um vamos vamos lá, eu jogo um feixe de luz, eh, um feixe de luz a uma determinada frequência numa chapa de metal, certo? E dependendo da energia desse feixe eh de luz, eu vou ter aqui a geração de de corrente, certo? Eu vou conseguir eh corrente, vou ter eu vou conseguir eletricidade. Então, a e e bem, eu vou então lançar luz sob uma, por exemplo, uma chapa de metálica e esses elétrons vão absorver essa luz. Só que essa luz ela tem que estar numa determinada frequência, uma determinada energia para que esses elétrons possam absorver. ganhar energia, eh, e dessa forma se movimentar, gerando dessa forma corrente. Beleza? E isso traz algumas tecnologias. Olha aí, ó. Ah, minha imagem. Mostra aí, Tainazinha. Olha a imagem que bonita. Essa é a imagem da Voyager mesmo, quando ela tava passando ali, virou a câmera para trás e viu o nosso pá do ponto azul. É, tá vendo isso? Bonito demais, né? Bonito demais. Muito bonito mesmo. Mas então aí, ó, exemplos de tecnologia desenvolvidas, tomando isso como base, por exemplo, placas fotovoltaicas, tá? Eh, e e fotossensores de um modo geral, sabe? Quando você tá no elevador, aí você quer que o elevador não feche, você coloca o braço na frente? Então, aquilo ali tem como aquilo é uma tecnologia que tem como base a física quântica, que aliás foi a razão porque a Albert Einisten ganhou o prêmio Nobel. É essa tecnologia que a gente usa aí no elevador, é por conta do efeito falta alegre, do artigo que é o título do artigo em português, se eu não me engano, é a interação da radiação com a matéria, alguma coisa assim. Uhum. E foi por conta desse artigo que ele ganhou o prêmio Nobel, se eu não me engano, em 22. Mas enfim, eh, vamos para mais coisas. Outro princípio básico da superposição, eh, superposição quântica, emaranhamento quântico, isso são conceitos que são eh extremamente eh aplicados, por exemplo, no contexto da computação quântica. Uhum. Mas antes da computação quântica, tem uma outra coisa que é bem legal. Essas luzes são de LED? Ã, são são. Todo mundo tem luz de LED em casa, né? Isso é o puro extrato da mecânica quântica, tá? A luz de LED, ela é composta por um diodo emissor de luz, que é composto por um semicondutor. E tecnologia de desenvolvimento de semicondutores, o funcionamento de um semicondutor, que na verdade é um material que ele pode ser condutor ou não condutor, dependendo das condições eh do ambiente ao qual ele tá frequentando ali. Eh, isso é mecânica quântica pura. Então, é mais uma tecnologia de dia a dia que é pura mecânica quântica, né? Então, a o no seu celular, os chips do seu celular tem semicondutores, então é, você tem mecânica quântica na tua mão. Tá bom? Vamos mais coisa. Vamos mais coisa. Vamos para computadores quânticos que todo mundo quer saber. Eh, os computadores quânticos, os computadores clássicos, a gente sabe que eles têm como base de funcionamento eh, do ponto de vista de softwares e tudo mais, são bits, certo? Ou seja, bits, a gente sabe que eles podem assumir valores de zero em um. todo processamento que ocorre num computador clássico, eh, tem como base eh o processamento é feito com base nesses bits. Então, quanto mais bits, melhor o processamento, eh, mais rápido vai ser o processamento. E os computadores quânticos, eles têm os bits quânticos, que são conhecidos como bits, beleza? Só que os quebits eles têm uma grande diferença. Eh, tá relacionada a uma propriedade quântica, que é a propriedade da superposição. Um que o bits ele pode eh coexistir nesses dois estados e ele pode coexistir em diversas superp em diversas eh diversas eh combinações lineares destes dois estados. Eh, e outra, eles ele coexiste nesses nesses diversos estados entre zero e um. E isso aumenta muito o o a velocidade de pode aumentar muito a velocidade de processamento, a capacidade de processamento de um computador quântico, tá? Um um qbit ele pode equivaler a a vários a vários bits de um computador clássico. Então a gente tem esse ponto. Outro ponto que é muito interessante no contexto do de computador quântico é que esses kbits eles podem estar emaranhados. O que que é o emaranhamento quântico? Vamos lá. Vamos lá. Que é, essa é uma descoberta também muito interessante que é um grande pá. Você sabe que o emaranhamento quântico ele foi descoberto por Albert Einstein. Na verdade, ele foi proposto pro Albert Einstein no sentido de tentar bater na mecânica quântica com o paradoxo do EPR. Então ele propõe a existência de emaran de partículas emaranhadas para tentar bater na mecânica quântica. E por que tentar bater na na mecânica quântica? Porque o emaranhamento quântico basicamente é o seguinte. Imaginem duas partículas, por exemplo, dois fótons que foram gerados, dois fótons que são gerados, tá? Eh, dentro de um contexto tal que, eh, eles tenham uma propriedade, por exemplo, a sua polarização, vamos falar de polarização mais e menos. Ele tem eh eh a propriedade de polarização conectados. Os dois têm uma propriedade de polarização que tá conectada um com o outro. Ou seja, quando um é mais, o outro é menos. O quando um é mais, o outro é menos, por exemplo. Tá? Maravilha. Agora, só que o que acontece, a gente sabe que antes que eu faça, tô, como todo ente quântico, de acordo com a interpretação de Copenhague, antes que eu faça uma medida sobre este fóton, ambos os fótons eles vão estar sobre um estado de superposição. Ou seja, um fóton ele é mais e menos e o outro fóton também tá sobre a polarização mais e menos no estado de superposição, ambos. Agora peguem esses dois caras e coloquem eles em distâncias. Eh, gigantes, é uma um na Terra e outro em Plutão. Beleza? Se eu aqui na Terra faço a medida sobre o fóton e confiro uma realidade, a polarização daquele fóton, por exemplo, eu meço, eu faço uma medida, então eu defino essa realidade e verifico então uma polarização mais. Instantaneamente, o outro verifica a polarização menos, ou seja, é como se houvesse troca de informação a velocidades maiores do que a da luz. Por isso que a gente diz inclusive que a mecânica quântica dada a interpretação de Copenhag é uma teoria não causal, porque ela fere o princípio básico da relatividade eh restrita de informação viajando. Só que de fato o Einstein propõe uma situação dessa que seria absurda, que ficou conhecida como paradoxo de EPR num artigo publicado em 1935 por Einstein Podskin Rosing. É, porém em 1951, agora não vou lembrar o nome da cientista, ela consegue de fato gerar, se eu não me engano, foram fótons emaranhados, se eu não me engano, se eu não me engano foram fotós. Agora não lembro se foram fótons ou se foram um positron e um elétron. Eu não lembro, mas em 1951 teve uma cientista japonesa que eh que ela que ela criou eh entes quânticos emaranhados. Ela não se ligou nisso, ela não se atentou a isso porque isso ficou meio de lado, sabe? que deixaram esse paradoxo meio de lado. Eh, e só na década de 60, se eu não me engano, foi o John Willer, tá? Se eu não me engano, foi o John Willer que ele chegou, ele olhou para aquele trabalho, falou: “Temos emaranhamento aqui, temos emaranhamento aqui, né?” Enfim, agora voltando aqui pro computador quântico, você percebe, então nós temos como se fosse uma troca de informação instantânea. Deixa eu perguntar para você antes de voltar, isso significa e primeiramente a você chamava isso de ação fantasmagórica à distância, né? Exatamente. esse embargamento. Mas isso significa que eu poderia, por exemplo, mandar uma mensagem de WhatsApp instantaneamente da Terra para Plutão? Isso significa que quem sabe um dia isso seria possível. Sim. Na teoria, né? Isso na teoria. Isso seria possível. Se você cria, por exemplo, dois eh junto aqui na Terra, aqui você cria eh dois dois eh objetos comunicadores cujo seus componentes eletrônicos, seus cubits, essas componentes ali estejam emaranhados. É, é, é, é para, para quando a gente for uma, uma espécie interplanetária, que vai ser muito em breve, né, e já tá acontecendo. Eh, isso, eu acho que essa tecnologia vai ser extremamente importante. É, eu eu acho que é, eu acho, a gente tá no caminho. A gente tá no caminho. Hum. Sim. E aí o que acontece dentro do computador do con você tem qbits que são emaranhados, que vão trocar no contexto ali de um processador informações de forma basicamente instantânea. Isso mais uma vez aumenta muito a capacidade eh de processamento de um processador quântico. Isso falando muito pro base, a coisa é muito mais complexa do que isso. Tem um cara que eu acho sensacional, que inclusive faz doutorado comigo, que é o econofísico. Vocês t que trazer aqui. Você já ouviu falar do economico? Você já? Então, eh, é um cara sensacional. eh, tá fazendo lá doutorado comigo e é o melhor comunicador na área de computação quântica do Brasil. O cara manja muito de computação quântica. Legal. Manja muito. Hoje ele deu uma palestra lá no ITA, eh, no num evento que tava acontecendo lá e, enfim, é um cara é um cara muito bom para falar disso. Que legal. Tô falando aqui internet galáctica. É isso mesmo. Diga. Live Pixs. Oba. Temos dois só para não pegar muito tempo do professor, né, que já tem que professor, vamos lá. Nós passamos de 70 a 75 anos dos primeiros computadores até que a IA virasse uma realidade, como estamos vendo hoje. Eh, quanto tempo ainda vai se passar para que o computador quântico se torne uma realidade tão presente nas nossas vidas quanto a IA? É, é uma boa pergunta. Eu não sei se muita gente tem essa resposta, tá? Mas eh a gente tem um grave problema de escalabilidade dos computadores quânticos. Por quê? Eh, a gente tá falando aqui debit, só que tem uma questão de hardware envolvida, né? Eh, tô falando de eh esses esse esses processadores eles têm o princípio de funcionamento quântico e como a gente já mencionou aqui, qualquer coisa perturba esses processadores que têm esse princípio de funcionamento quântico. Eh, temperatura, eh, perturba completamente, vai gerar ruído, vai gerar má informação, vai gerar mau processamento. Então você tem que levar esses computadores, esses processadores, eh, a temperaturas criogênicas e eles têm que ser postos em regiões, eh, com isolamento eletromagnético, com isolamento sísmico, com com com amortecedores, isolamento sísmico e, como eu falei também, isolamento térmico e temperaturas criogênicas. Então, claro, não dá para se pensar hoje em ter um computador quântico eh dado todas essas condições. Claro, existem sim vários cientistas e e isso tá sendo de alguma forma contornado para que a gente possa ter computadores quânticos. Agora não vou lembrar o nome da tecnologia, mas que a gente possa ter computadores quânticos eh que possam ser eh que os quais as pessoas possam ter em casa, tá? Eh, mas e e na verdade até já existe alguma coisa nesse sentido, só que ainda ela é muito é algo muito é muito, como é que fala? Existe muito pouco. Eh, então vai demorar vai demorar um tempo ainda para que a gente crie essa condição. Vamos pensar aqui, né? Do primeiro computador ali na década de 40, se eu não me engano, né? na na década de 40 ele tinha o tamanho de uma sala, né? Eh, até hoje a gente chegar no nível que nós estamos, eu acredito que com os computadores quânticos a coisa vai ser um pouquinho mais fácil, eh, vai ser uma grande quebra de paradigma. Eh, então também essa velocidade ela tem que isso tudo aí, um computador de coisa bonita aí, ó. É, gente, esse esse e como o C tá falando assim, essa estrutura toda é na verdade é só a estrutura para manter o chip, que é uma coisa pequenininha que fica ali dentro. Exatamente. Então é isso. Como é que você vai criar escala escalabilidade para para uma coisa dessa, né? Eh, então, por enquanto, a gente tá distante, mas eu acredito que hoje, né, eh, a gente, eh, em menos de 70 anos aí, com certeza, em menos de 50, eu diria até que em menos de 20 anos, aí eu acho que a gente começa a pensar na escalabilidade para que as as pessoas possam ter eh computadores quânticos eh residenciais. Só que essa essa mudança e essa velocidade para eh dessa tecnologia, ela tem que acontecer eh na mesma velocidade em que algumas outras mudanças eh devem acontecer em áreas, por exemplo, de segurança cibernética, porque computadores quânticos eh com muitos cubits e com seu sua capacidade de processamento, eles são capazes de quebrar aí, né, eh, criptografia clássica. Hoje já existem empresas trabalhando nesse tipo de segurança, se preocupando com isso, porque existem algoritmos, o mais famoso algoritmo de Shore, que ele é capaz de quebrar a criptografia clássica. Você fornecendo a ele uma quantidade de Kbits suficiente, ele quebra rapidamente eh criptografias bastante complexas. Só que já existem eh tecnologias de criptografia que se chamam pós-quânticas para se proteger disto desse tipo de coisa. E também já existem eh protocolos de criptografia quântica. Existem empresas já trabalhando com esse tipo de coisa, eh, já pensando e como eu falei, então o na mesma na mesma velocidade em que o desenvolvimento de computadores quânticos acontecem, eh, na verdade também tem que acontecer toda todo esse toda essa adaptação para que a gente possa de fato ter computadores quânticos de forma ética e segura, né? Isso é bastante importante. Eu me corrija se se eu se eu interpretei errado eh isso do dos QBits, mas assim, um computador quântico que tem, por exemplo, 100 Kbits, ele tem 100 Kbits, mas ele tem aí o a superposição. Então cada kubit pode estar ali, pode ser dois, né? pode tá em ele ele tá ele pode estar no estado é ele tá ele pode estar no estado de super ele pode não, ele estará no estado de superposição eh um zero em estados de combinação linear desses isso. Então o que a gente teria é dois a potência de 100 kbits, certo? Porque tem 100 kbits e cada kbit pode ser um ou zero. Então são dois a 100, né? Então, mas gente, para vocês terem uma noção, porque quando eu li isso, eu consegui ter uma noção do que que vai ser um processador quântico, porque se você pega o número dois na potência de de 100, eh, você sabe quantos átomos tem no universo? Quantos? Dois. a potência de 260, ou seja, é quase o número de combinações é quase metade do número de átomos que temos no universo. Isso, isso você tá falando de um computador com 100 kbits só, né? Com 100 kbits. Ou seja, olha o tamanho do da velocidade de processamento que esse que esse computador vai ter. É absurdo, é inimaginável assim, né? E é por isso que também por isso que a gente tem que ter comitês de ética. Eh, Uhum. para desenvolver eh e não limitar, mas para desenvolver protocolos para que eh a humanidade se desenvolva eh e se adapte a essas novas mudanças, porque como disse, vai ser uma quebra de paradigma tal qual foi, por exemplo, a internet, entendeu? Uhum. É, exatamente. Tem outro Live Pix aí, né, Internet? Acho que vai ser o último da noite. É o último. Júlio mandou R$ 5. O professor fale sobre entrelaçamento quântico e a linguagem repensando as limitações teóricas paradigmas da física como sua unificação. Pergunta. Mas a gente já falou, é, acho que um resumo, né, do que a gente falou, é, a gente já falou sobre o entrelaçamento, emaranhamento quântico, né, do paradoxo do EPR, de como nasce essa ideia, de como isso de fato é verdade, isso isso acontece de fato. E, portanto, a teoria da relatividade, a teoria da mecânica quântica é uma teoria eh não causal, não real, né? Eh, e aí ele falou também de unificação, né? E a gente também chegou a falar aqui sobre essa questão da unificação, de uma teoria de unificação que tá muito relacionada a essa questão da quantização eh da gravidade. Na verdade, a gente pode também chamar de quantização do próprio espaço-tempo, eh, para que a gente consiga essa quantra dessa quantoria de unificação e trazer todo o entendimento que a gente precisa, tanto para entender o que que acontece dentro de buracos negros, criar novas tecnologias, entender como que se ocorreu ali o princípio do universo, os primeiros momentos instantes ali do universo, enfim, acho que a gente falou sobre tudo isso, né? Sim. É, é, nossa, a gente falou coisa para caramba. Gente, muito obrigada aí pela presença de vocês, pelas perguntas, pelos live picks. Foi maravilhoso ter você aqui, professor. Muito obrigada. Compartilhar aí o Chamem sempre, chamem sempre. Adoro, adoro tá aqui. Uma vez por semana. Vou fazer um procuro. Eh, galera, é isso aí. Deixa aí os seus últimos likes e nos vemos lá na próxima semana. Falou, Terrax. Valeu, gente. 3

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