FUTURO DO TURISMO ESPACIAL [com Marcos Palhares] – Ciência Sem Fim #314

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[Música] [Música] [Aplausos] [Música] Salve salve, terráqueos, bem-vindos a mais uma live do Ciência sem fim. Hoje nós temos um convidado que veio lá do Espaço Sideral falar com a gente sobre turismo espacial. Para quem tá chegando, já deixa seu like e torne-se membro do canal para ter acesso a lives e conteúdos exclusivos. Bom, turismo espacial é um tópico um pouco polêmico, né, Pat? Na verdade, assim, é o que, infelizmente, é o que chega, né, pro pro público geral do setor espacial inteiro, é o turismo espacial só que chega ali, que é o 0,1% do que é o setor espacial. E hoje a gente vai falar com uma pessoa aqui que é conselheiro da Virgin Galactic. Ele é astronauta análogo e candidato a astronauta civil, autor do livro Quem inventou o avião, já avistou a terra da estratosfera. Então ele pode dar uma palinha pra gente como que é essa sensação de ver de ver a curvatura ali da Terra. E ele já experienciou o voo em microgravidade. Meu sonho, Pat é estar em voo em microgravidade. Entre muitas nossos entre muitas e muitas muitas outras coisas. O ilustríssimo Marcos Palhares. Opa, obrigado. Obrigado. Obrigado. Bem-vindo. Muito obrigado. Valeu pelo convite. Muito feliz de estar com vocês. Encontrei você lá em Gramado, né? Não faz tanto tempo, não. Maio, né? Acho que a gente tava com a na palestra do Sacan. A gente estava lá na Paulista, foi lá, né? Então, que bom, estamos aqui de novo. Muito feliz com a com a oportunidade. E antes de começar eu pedia assim, eu permitir para pessoal fazer um salve, se vocês me permitirem. Vou momento Faustão, pode ser ó, com o papelzinho em tudo aqui, ó. Tá? Os meus seguidores seguidores de vocês, eles falaram: “Pô, dá um salve”. Lembra da gente aqui, ó, o Philip Clos do Brasil Best Institute, pessoal da Agrorobots de Santa Catarina, criançada lá, principalmente Adriele, o Salerno do Clube de Astronomia de Pitangueiras, o Carlos Aires da Ursa, vocês conhecem esse pessoal, a Ursa União Rio São Paulo de Astronomia. Nossa, não conheço. Cláudio Damasi lá de Houston. Fabrício Covery do Bate-papo astronômico. Conhece o Fabrício? Olha, sim, eu já ouvi falar do bate-papo astronômico. Sim. Marcelo Apolo também lá pessoal do interior de São Paulo, o Charles do Vazan do Instituto Brasileiro de Ciência e Inovação tá assistindo vocês. O Rubens que é meu guia lá na NASA lá da agência da gente. Tamam Monteiro do Instituto Monitor, o Batistela, que eu já pelotei uns tanques de guerra ali, Simone e o Denisogby do CASP da USP, o meu amigo Lucas do Rubi Cósmico, que está aqui inclusive e o meu outro amigo Júlio Leite, astrólogo e tradutor de inglês também, tá aqui aqui com a gente no estúdio assistindo. Um salve para todos vocês, um beijão, um abraço, obrigado pelo carinho. Salve pessoal, muito legal. Obrigada. Obrigada. Eh, Marcos, é um prazer enorme ter você aqui. A última vez que a gente se viu, a gente estava comendo um fundi lá gramado, né? Fundi sem gosto. Aquele lá, né? Não falar da minha terra não, hein. Desculpa, Pat. Não, mas tem os fundi maravilhosos lá. Nossa, você é de Gramado? Não, eu sou do da Serra Gaúcha. Eu nasci na Serra Gaúcha. Eu nasci do S. Lindo demais. É lindo demais mesmo. Isso não tem o que falar, né? Não. Gramado tá demais. Acho que a melhor cidade do Brasil hoje para mora canela que us é nossa tá gramadeir vocês não me escutem, mas eu amo canela. Sim, canela é muito bonitinho mesmo. Meu pai mora em Canela. É, é ali é todo mundo irmão ali, né? É muito legal. Adoro canela e gram. Beijos gaúchos. E bom, e lá a gente nesse jantar a gente falou pr caramba, a gente conversou pr caramba, né, de galáctica, etc. E daí, falei pô, seria mai legal chamar o Mar. Você me prometeu a terra lá de Marte. Ah, sim. Até existem provas online que eu não prometi. Ela falou que ia me dar aquela que eu ia trocar. Você trouxe alguma coisa para trocar comigo? Quer trocar por essa esse essa essa coisa aqui que aquela terrinha dela lá, imagina. É, vale bilhões aquela de Marte. Olha só aquela lá de Marte. Legal. Eh, Marcos, então fala pra gente, vamos começar um pouquinho assim, né, falando sobre a sua trajetória no setor espacial, como que você entrou e qual que é sua seu caminho mesmo assim dentro do setor espacial. Legal. Olha, eu acho que o mundo ele ele nasce de pessoas que investem coragem e recursos para abrir portas às outras pessoas, né? Então são pessoas que eh são fora da curva. E eu tenho visto desde escritores como Júlio Verne, que já começou como pai da ficção científica literária, já já pensava em submarinos antes de existirem submarinos, já pensava em foguetes antes de existir foguetes, pessoas como Santos Dumon e o próprio Richard Branson, Elan Musk, enfim, o Richard Branson, eu comecei a acompanhar a carreira dele em 1990, para quem não sabe, né, o o idealizador da Virgin Galátic que tem um foguete para levar pessoas ao espaço. É um foguete com DNA 50% do turismo espacial, 50% levar experimentos. Tem um acordo lá com a NASA bem bacana, com a IAS também. E o Richard Branson, eu admiro muito esse tipo de gente, né? Alan Stassi. O Alan Stassi é aquele cara que pulou com um balão estratosférico vestido de astronauta. Enfim, caras que fazem coisas que que realmente expandem, né, a mente humana. O Richard Branson, ele teve um um uma coisa assim que eu eu criei uma identidade muito grande com Richard, né? Tive seis reuniões, seis contatos diretos com ele em reuniões de mesas como essa. Muito bacana. um bilionário dono do grupo Virgin e ele tinha um um os projetos de marketing dele eram muito inovadores, né? Então ele criou um balão que era o Atlantic Flyer e o Orbit Atlantic Flyer. Isso na década de 90. E ele queria fazer o que Júlio Verney escreveu no livro, uma volta ao balão em 180 dias. Ele conseguiu fazer um voo de balão transatlântico. O balão caiu. Depois ele não satisfeito, tentou novamente dar a volta ao mundo num balão, como no livro de Júlio Vern, a volta ao mundo em 180 dias. E aí também o balão caiu no meio do caminhão, só que dessa vez no Pacífico ele quase conseguiu. Foi superado por pela família Picar, que é uma família de aventureiros, exploradores muito famosa. Para você ter uma ideia, a família Picar são os caras que chegaram primeiro na fossa Mariana, lá no com submergível. E quantos são parentes? Quanto tempo demoraria para dar a volta ao mundo com balão? eram mais de olha o deu, se eu não me engano, ele conseguiu cumprir 33 horas até o balão cair, tá? Então, como ele não cumpriu toda a rota, não sei quanto que daria, quantas horas daria, mas ele criou uma cápsula com kits de sobrevivência para ficar ali e dependendo se caísse no Evereste era até a equipe ir lá e e capturá-lo ali no no momento necessário, né? Então, enfim, era uma coisa para programar assim, se fosse 100 dias, ele ficaria 100 dias. E isso é muito interessante porque analisando esse contexto, né, do onde o homem quer chegar agora em Marte, imagina que a gente precisa de pessoas que estejam dispostas a morar em cubículos isoladas de tudo por muito tempo para, de novo, expandir o universo pra humanidade. E o Richard Branson tinha isso na veia. Então comecei a admirar aquele cara, falei: “Meu, sensacional que ele faz. Como ele não conseguiu cumprir e o voo de 180 dias, ele falou: “Bom, não consegui com o balão, a família Picar conseguiu esse recorde eu já não tenho”. Então, vamos fazer um avião que dê a volta ao mundo sem reabastecimento. E aí ele criou eh mandou fazer, construir o Global Flyer, que é um avião, primeiro avião de também de aço, carbono, enfim, com ligas de materiais totalmente inovadoras para conseguir fazer um voo sem reabastecimento. E naquela época ele contratou o cara que era o Steve Forset, que era um cara que era fantástico como e piloto de ensaios, né, da Força Aericana e tudo mais para fazer isso. E ele conseguiu finalmente um recorde em nome da Virgin, do grupo do grupo dele. Que legal. E aí, nesse meio tempo, aconteceu a no deserto dos Estados Unidos uma iniciativa muito interessante que mudou toda a história da Astronáutica. Existia uma competição chamada Ansari Express, não sei se vocês já ouviram falar. A Ansari é uma mulher, ela, enfim, ela eraniana, mas depois ela acabou eh eh hoje hoje ela é americana, né? Ela já tá com o green card dela, tal, bilionária, foi a quarta turista espacial no mundo. Então, ela fez aquele voo com aos pra estação espacial e ela patrocinou o Ansar X Price. O que que era o Ansar X Price? Lançar X Price era uma tentativa de tirar só dos bilionários. Olha só, ela era bilionária e falou assim, ó, quero que o espaço seja acessível a todos. Uma ideia bem romântica, bem lá estilo Santos do Mon, né? Aviação e tudo mais, seja acessível a todos. E a Ansari dela criou esse prêmio, então, com o nome dela, Ansari Express, em que ela premiaria na época, em 2001, 10 milhões de dólares para quem construísse um foguete que fosse capaz de levar uma pessoa ao espaço, atravessando a linha de karma a 100 km de altitude, pelo menos duas vezes em 15 dias. Quem conseguisse esse feito ganharia o prêmio. E aí quem conseguiu fazer era um cara chamado Burt Rotan. Hum. Esse cara era um grande desenvolvedor, designer de aviões também totalmente inovadores. Inclusive ele que criou o avião que o Steve Fet voou, deu a volta ao mundo e ele criou um foguete. Olha só, de um avião experimental até um foguete. Olha que gênio que é esse Burter Rotan. Então esse cara entrou na competição e conseguiu eh fazer esse voo que ganhou o prêmio. Foram dois voos a 100 km com um piloto apenas ao custo de $.000, que é uma atividade espacial você chegar ao espaço com $.000 é é nossa, você não abre uma espirraria com $.000, entendeu? Então, cara, conseguiu fazer um foguete e era um foguete assim de papelão, plástico, uma coisa assim. Ele usou de tudo ali que fosse leve para e um motor bem poderoso para conseguir realmente esse efeito. Então, dentro do foguete não tinha estrutura nenhuma, era tudo ferragem, não tinha luxo, era uma coisa assim, eu vou ganhar o prêmio. E ele fez uma coisa, precisava ser tripulado, podia, era só para passar só o piloto. Ah, tinha que ser tripulado um piloto. Meu Deus. Então o cara conseguiu a proesa, então o Spaceip One voou isso em 2001, ganhou o prêmio da Anuchia Ansari, a iraniana. Então ela não só foi no espaço, pagou uma fortuna para ir pro espaço, como ainda ela deu parte da fortuna dela para financiar pequenas startups no mundo aeroespacial. Então, graças a ela, hoje existe Virgin Galátic, Blue Waren, existe Elan Musk. Por quê? Porque até 2001 ainda tudo tava na mão estatal. Hum. Basicamente, grandes operadores como North Trop, Gruman, eh, Poing, enfim, eram os caras que mandavam e não tava havendo inovação nenhuma na atividade espacial. Hum. com esse prêmio, ela simplesmente ela falou assim, ó: “Não vai poder participar Boing do prêmio, eu quero pequenas empresas na nessa atividade”. Então ela foi uma grande auxiliar que contribuiu com esse avanço. Caramba. A partir daí, Specihip One voou, ganhou o prêmio. Bury Rotan foi o cara que construiu. Tava lá de novo o Richard Banson, ele olhou, falou: “Pô, você que construiu esse foguete que ganhou o prêmio? Eu quero. Você quer voar no Spaceip One? Não, eu quero que você constrói um para mim. Só que eu não quero que leve um passageiro, eu quero que leve seis, porque eu quero que essa conta se pague.” Uhum. Então, com a visão empresarial, empreendedora do Richard Bensa, ele falou assim: “Se eu comprar, mandar construir um foguete desse, der certo, eu vou voar ao espaço de graça e quem vai pagar conta são os turistas que vão pagar, né, pelo pela passagem”. Então, a visão empreendedora, né? A visão assim, ele queria também ir pro espaço. Inclusive tem um vídeo muito antigo do Richard Branson numa ligação telefônica com a mãe no meio de um programa, tipo programa Silvio Santos. Ele tava participando ali no programa. Hã, e isso é sempre lembrado assim nos vídeos dele que a mãe liga, né, a mãe, uma senhora idosa assim, liga para ele, Richard, você tá aí? Ele tipo atende o o celular no meio do programa, não tá nem aí. apresentador tá assim e ele tá lá com o celular. Ô mãe, eu tô tô no estúdio, viu? Tem bastante gente ouvindo. Richard, que mais que você quer fazer, Richard? Ele falou: “Não, quero ir pro espaço e quero que você me leve pro espaço.” O legal disso tudo, olha como o ciclo se fecha. Quando ele manda construir o foguete, ele fala assim pro Burt: “Dá o nome de Ive, a nave mãe, que Ive é a mãe dele.” Hum. para levar o foguete que vai levar ele pro espaço. Que legal. Então, o foguete que ele construiu é um um vetor espacial que vai preso a uma asa, acoplada numa asa com uma nave mãe, que é a Ive, que é a mãe dele mesmo, né? e que chega a uma determinada altitude, desacopla, o foguete sobe, né, de forma exponencial e a meio que tá ali para dar um tchauzinho. Então, cumprindo a a promessa, que legal. Isso é muito bacana, porque a mãe dele viu isso e faleceu. Então ela conseguiu eh, digamos assim, né, mesmo que em sonhos, né, que o filho realmente acreditou nos sonhos dele e a promessa se cumpriu de alguma forma. Então, a história muito bonita e eu falei: “Meu, eu quero participar dessa história, né? Tá muito legal tudo isso, ver essa construção e ver como foi importante todo esse apoio e suporte que vem desde a de uma mulher que quase ninguém conhece e que foi super importante para todo o desenvolvimento espacial, que foi a mulher que abriu as portas pras pequenas empresas que estavam lá isoladas, né? Elas tinham não tinham abertura. E se não fosse essas pequenas startups, hoje a gente não teria as grandes empresas que estão realmente revolucionando, né? Como a SpaceX, por exemplo. Sim. E é importante porque esse tipo de formato de trabalho, ele se repete na história. Então eu escrevi esse livro, né, que inventou o avião. E nesse livro eu conto exatamente o que aconteceu com o Santos Tumon. Linda capa. Linda capa nossa. Então essa capa aqui, ela foi inclusive dá para ver qual é a câmera aí? Não sei a sua câmera aquela ali, ó. Ergue um pouquinho aqui. Assim. Isso. Tá legal. Tá essa capa que parece um almanac. Não é o Almanque do Voto Futuro, não. Aqui. Esse aqui é um Almanque, né? Baseado no estilo visual dos livros de Júlio Verne, que Santos do Mon lia. Quando o Santos do Mon era jovem, ele amava Júlio Verne. Então, com lendo Júlio Verne, ele se inspirou para se transformar em inventor. Caraca, eu não sabia. Então eu escrevi esse livro que inventou o avião e inclusive ele tem realidade aumentada. É muito legal. Depois quando põe o celular aqui, os aviões começam a voar. Ah, não. A gente vai ter que testar. É verdade. Então, mas eu tentei testar aqui. Tá meio sem internet aqui. Não sei. Meu Deus. A, inclusive o rosto aqui de Leonardo da Vin se transforma no rosto de Santos do Mon. Então, faço umas brincadeiras bem bacanas aqui quando você coloca o celular. E a ideia, né, desse livro, ou seja, ele tem um estilo visual da década de posso ver de 1920, né, da coleção de Juli cuidado. Fa destruidora de livros e apan é não, fica tranquila. Eu eu dobrei algumas algumas páginas aí, depois eu desdobro aí para eu vou dar para vocês com certeza. Ah, não acredito. Que legal. Vai ser um presente aí. Que legal. E esse livro, o que que eu eu mostro, exatamente como a história se repete, como eu tava comentando, o Santos do Mon, ele conseguiu ser Santos do Mon porque tinha pessoas que, de novo aplicavam coragem e recursos e falava assim: “Eu ponho o meu dinheiro pro primeiro cara que fizer isso”. Então, em 1901, Santos Dumon era só um magnata passeando na Europa. Até que um cara chamado Dart de Delamer, que era um grande empresário já na área petrolífera, já era um uma coisa importante na América, na América não, no mundo inteiro. E esse cara falou assim: “Olha, eu quero fazer um prêmio pro primeiro pessoa que provar um voo navegável”. Ou seja, não é como os balões que sobem e estão lá sujeitos aos ventos, ao clima. Não. Eu quero que você prove uma rota específica de 15 minutos saindo do Parque de Bolõ lá de Paris, contornando a torre Effel e voltando ao mesmo ponto de partida. Ou seja, uma rota circular provando a navegabilidade. Os balões não poderiam fazer isso. E Santos do Mon teve a ideia de incorporar um motor a combustão num balão, o que as pessoas consideravam uma coisa eh muito louca, né? Você perto de um balão de gás, um motor arriscado, muito arriscado. Então eram para os para os corajosos. Voltamos sempre na na veia da coragem. Os pioneiros sempre são os mais coraçãos, são os caras que botam o seu na reta. É. E ele adaptou um leme como de um barco. Então tem o motor, a hélice e o leme para direcionar. E o dirigível, ele tem aquele formato alongado. Então de frente do balão que é redondo, o dirigível ele é feito para cortar o ar. Então penetrando no ar falta o quê? Você já tem o esse eixo horizontal pra direita e pra esquerda com o leme. Hum. Falta subir e descer que ele adaptou pesos móveis com corrediças. Ele empurrava os esses pesos uma hora pra ponta, né, da do dirigível. Dirigível desceria assim. Quando ele colocava os pesos móveis no final do dirigível, o dirigível subiria. Então ele já tinha os quatro eixos no dirigível. E aí faltou ele provar. Então o Delamer falou: “Ó, 100.000 1 francos pro primeiro que conseguir fazer. E o prêmio ficou, ficou ficou. E um brasileiro que estava lá e que gostava de balão, resolveu tentar com seu dirigível e foi o primeiro a conseguir dar a volta na torre EEL e chegar dentro do tempo. Com isso, ele ganhou esse prêmio e ficou famoso no mundo inteiro. Santos Dumon era o cara mais conhecido do mundo em 1901. E aí quando você percebe um traço de genialidade, o normal é que você continue essa tendência aprimorando, né, esse trabalho. Então, facilmente ele acabou chegando até o avião, como a gente conhece o 14 bisa, o próximo passo, então ele já foi do balão pro dirigível, a navegação, a prova da navegação aérea e depois pro avião. Uhum. Ele seguiu todas as etapas, digamos assim, e aí ele conseguiu o avião também a partir de uma competição. Então, foi feita uma competição em 1903. Agora já sabemos que o dirigível é navegável, ele tem navegabilidade. Você tem o poder de escolher a rota. Agora a gente precisa saber quem consegue fazer o mais pesado que o ar. E o mais pesado que o ar, aí já não estavam nem pedindo uma rota, estavam pedindo, eu quero ver quem consegue levar, levantar realmente ferro, aço, madeira e sustentar no ar. Isso é bem mais difícil. O mais leve que o ar, tudo bem, balão de ar quente, dirigível. Agora e o mais pesado, colocar um motor e fazer voar. Então, naquela época, muitas pessoas tentavam e o máximo que conseguiam eram pulos desajeitados. Então, foi criado em 1905 a Federação Aeronáutica Internacional, que definiu o que que é um pulo e o que que é um voo provado. E o Aeroclube chancelou o prêmio dizendo: “Eu pago um valor em francos para quem conseguir cumprir as regras da Federação Aeronáutica Internacional, que era um voo de 100 m. Então existia um concorrente francês na época que era o Blerot. E isso era que ano isso? Já em 1906. Em 1903 do Mon tava passeando com seu dirigível, fazendo coisas incríveis. Até se era um zepelin, né? É, era um zepelin, né? É, é, era um mini zepelin, né? Porque naquela época e o o os os zepelins grandes mesmo é da década de 20, né? Que eles começaram os Será que tem uma foto pra gente mostrar pro pessoal aqui na Consegue aí na tela? Que que que o Víor pode procurar? Como que ele acha? Coloca é Santos do Mon, balão número coloca assim, dirigível número nove. Desculpa. Nesse livro eu coloquei para diferenciar de todos os livros que eu li, eu peguei jornais da época dos acontecimentos, traduzi e coloquei diretamente aqui, ó. Esse aqui. Olha só que legal. Nunca tinha visto. Por que que eu pedi o dirigível número nove? Porque era o que o Santos do Mão mais gostava. né? Digamos assim, era o estado da arte dos dirigíveis dele. Que legal. Com esse dirigível, ele fez a primeira mulher voar no mundo. Foi ele como professor nesse dirigível que é a Idadia Costa, uma americana, ela queria muito aprender a voar e ele foi o primeiro professor de escola de de voo e ela a primeira aluna e mulher. Então tá aí ele voando por Paris. E desse dirigível ele era capaz, por exemplo, pega essa foto aqui, ó. Essa aqui que tá bem embaixo aqui, ó. Essa aqui, ó. Mais uma. Essa foto é interessante. É só para ver o alvoroço que Santos do Mão causava em Paris. Quando o Santos do Mão decolava, inclusive dos jardins, às vezes ele poderia decolar inclusive da própria janela da casa dele na Champs Elz, que é uma coisa que a gente não se vê hoje, uma pessoa fazer isso. Os carros voadores ainda vão demorar pra gente conseguir ver uma coisa que Santos do Mão já fazia mais de 100 anos atrás. Ele decolava que nem a família Jackson, não sei se vocês viam o desenho, já saía ali da prateleira e pousava em qualquer lugar, no meio da rua, por exemplo, como nessa foto aqui. Atraía multidões isso daí. Então as pessoas olhavam, falavam assim: “Olha o brasileiro que voador”, né? Tem uma matéria aqui muito interessante que eu separei, que eu acho legal até de ler, porque são matérias que eu traduzi diretamente dos jornais. para as pessoas entenderem como é que era esse fascínio, né, de das pessoas por Santos Lumon. Vamos ver aqui, ó. André Fadel da revista Le Illustra passou por uma curiosa experiência no dia 28 de junho de 193. Então, aí vem a tradução da matéria. Eu pego o jornal francês, utilizo um aplicativo do celular, ele já traduz automaticamente por português. Eu acabara de sentar-me no terraço de um café na Avenue de Boas de Bolon. Estava saboreando uma laranjada gelada. De repente, fui sobressaltado ao ver uma aeronave descer bem à minha frente. A corda guia se enrolou pelos meus pés e na minha cadeira. O aparelho parou logo acima dos meus joelhos e Santos do Mão desembarcou. Verdadeiras multidões avançaram e aclamaram entusiasticamente o grande aviador brasileiro. Elas admiram a sua coragem e o seu espírito esportivo. Santos Mon pediu-me gentilmente desculpas por haver-me assustado. Após o quê? Ele entrou no café, pediu um aperitivo, sorveu tranquilamente, subiu de volta à sua aeronave. e foi se deslizando pelo espaço. Sinto-me feliz por ter contemplado o homem pássaro com os meus próprios olhos. Ou seja, o cara simplesmente pousou na cobertura de um prédio, tomou um suco de laranja, né? E a pessoa fala, pessoa assim, nossa, era devia ser uma coisa de outro mundo na época, né? Ver isso. Hum. Doctor Who, praticamente. Tem uma pergunta aqui, ó. Acho que foi o Ricardo que fez. Por que que hoje não vemos mais dirigível? Pois é. Então, a gente tem a lembrança do que aconteceu com o Zepelim. Hum. Então, a tecnologia ela foi ficando cada vez mais sensível, né? Os digível foram ficando cada vez maiores para levar mais pessoas. Aconteceu aquele acidente, se eu não me engano, foi em 1929, né, com o Heinenburg. Uhum. E aquilo praticamente deu fim aos dirigíveis, mas hoje existem algumas iniciativas que estão trabalhando em dirigíveis mais seguros, né? Então tem aquele dirigível da Godia que tava aqui em São Paulo aí por esses tempos. É, nos Estados Unidos também tem uma empresa que tá trabalhando com um dirigível e na Suécia eles estão criando agora um dirigível para fazer um um passeio ártico pelo ártico com dirigível. estão estão voltando os dirigíveis estão renascendo, né? Mas realmente ficou muito tempo. O Rindeburg naquela época foi uma tragédia que foi uma comoção muito grande pra maioria das pessoas. Sim. Sim. E de fato o próprio Santos Monhava o dirigível tão seguro, né? Mas ele era mais seguro que o balão. Então a única comparação que ele tinha não existia avião. Aí você vê balão. Era o balão ou dirigível. dizia o dirigível é mais seguro que balão, porque o balão na hora de pousar caía em cima de chaminé, caía em cima de das pessoas na rua. Era uma coisa meio, né, assim, bem a sorte, né? Ah, você simplesmente ia liberando o gás, ele ia descendo, só que dependendo da corrente do ar, ele não sabia se ia levar contra um prédio, alguma situação que colocaria outras pessoas em risco, já que o dirigível, ele conseguiria coordenar no mínimo. Ele mesmo passou por situações quando ele começou a a criar os dirigíveis dele que primeira decolagem foi direto na árvore. Segunda decolagem uma válvula de gás lá começou a vazar, desinflou e ele caiu também. Então ele passou por algumas experiências ruins que ele foi aprimorando. E hoje se existe o checklist na Aeronáutica também foi uma invenção de Santos Dum fazer o checklist antes de voar, né? Então foi uma das implementações dele, assim como o angar moderno. Olha só, não existia porque ter angar. O máximo que existia eram balões. Os balões você infla com o ar quente e desinfla. E o dirigível não, o dirigível tinha essa capacidade de você colocar o gás e o gás não escapando, ele só precisava de uma proteção do tempo. Então ele criou o hangar moderno, que hoje todo avião tem o hangar para proteger. Isso era uma novidade. Então ele criou portas gigantescas e tudo mais para para proteger. E basicamente ele também foi o cara que ajudou a desenvolver o conceito de aeroporto, porque ele tinha um hangar, tinha o dirigível e ele queria a sua fonte de alimentação, ou seja, o gasélio, o hidrogênio, perto da onde ele estava, porque isso facilitava a logística. E os aeroportos hoje funcionam assim, o combustível tá lá do lado do avião. Então muita das coisas que hoje nós vemos nasceu de implementações de Santos do Mon, com a visão que ele tinha, né? Então é isso aqui é para ter uma ideia, né, de como é que como é que ele fazia os inventos dele. E aí o legal que vê que eu trouxe aqui, isso aqui é muito interessante. Então o Santos Ah, sim. Quando ele voou, eu peguei também, extraí o jornal da época, o que que aconteceu, né? Como é que as pessoas viram o voo dele? Isso é bem legal, porque a maioria desses documentos hoje não estão no Google. Você não acha isso no Google? Hum. Como que você achou eles? Então, eu comprei os jornais. Nossa, os antigos. Os antigos como no eBay, tipo assim, eBay, ou de newspaper, enfim, tem alguns sites. Nossa, newspaper aí. É. da existem alguns sites especialistas e aí basicamente eu comprei o jornal antigo, traduzi e aí eu coloquei no meu blogzinho que começou lá no meu site Marcos Palhares, fui desenvolvendo o meu blogzinho com essas com esses documentos e isso acabou virando esse livro aqui. Nossa, que legal, que compilação. E a treta dos irmãos Bright é o Marcos Palmas é um ávido. Pessoal, deixa eu contar uma coisa. Um belo dia estávamos na churrascaria, eu, Marcos Palhares, Lucas Fonseca, meu Deus. E do outro lado da mesa, o Garv que Garve da Action Space. Não, o Garv, a gente tem que trazer o Garv aqui e o Marshall da Space. O o Garve e o Marshall eram americanos. O Garvy, pessoal, é o diretor da Action. Isso. E o E o Marshall trabalha na Space. O Garville e o Marshall eram americanos e juravam de pé junto que os brothers que inventaram o avião, o Marcos Palhar. Nossa, imagina gente, a gente ficou, imagina esse rolê, né? O que não foi não. A gente ficou literalmente duas horas de 2 horas contadas no relógio discutindo Santos do M versus Right Brothers. Esse aqui, essa tava sobra, ela não bebe. Queria ver se Exatamente. E eu, o Lucas, você que a gente só se olhava diz: “Meu Deus do céu”. E aí? Tá aí. Vamos, vamos tret defensor. É treta. Por que que você é um hábito do defensor tantos do M que inventou avião? Eu mandei, eu mandei pro Garvin. Eu também sou porque eu fui lá na lá, como é que é? Lá em Nova em Nová em Petrópolis que tem o museu. Encantado. Escola. É, é sensacional. Eu nunca vou me esquecer do do chuveiro da casa dele. Chuveiro de água quente. Maravilhoso. Petrópolis é uma cidade fria. Ele já tinha criado um chuveiro de água quente, inventor mesmo, né? Então aí eu mandei pro Garv esse textinho aqui que eu vou ler para vocês porque eu falei assim, eu falei Garv, o voo de 1903 é um é o resultado de uma fala, não é método científico, é uma fala dos irmãos W que eles voaram em 1903. Método científico, o que que é? Vocês vocês sabem, né? Experimentação, observação, replica, replica, replica, replica, né? Coloca em prática, observa, né? Se tá tudo certo. Uhum. E aí você promove e tá feita, né, toda a curva, né, do método científico. Falei assim: “Olha, não houve método científico. Os caras dizer que voaram, não é não é prova de que eles voaram. Eu eu posso pular agora testemunhas. É, teve as testemunhas amigos deles e e essas testemunhas, elas vieram defendê-los muitos anos depois dos acontecimentos. Então, até aí elas podem até se enganar com relação a datas, né? Hum. E eu falo que isso daí não é método científico. Método científico americano preza muito por isso quando ele fala. E eu inventei isso. E Santos do Mundo seguiu toda a regra do método científico, inclusive publicou, publicou. Aqui é o To. Olha, olha como eu sou precavido. Sou muito precavido. Nossa, adoro vários gadgets. Trouxe aqui pra gente ver. Eu trouxe aqui. Pode abrir. Nossa, que emoção. Isso ab primeira surpresa do dia. Meu Deus. Primeira surpresa do dia. Eu trouxe um documento que naquela época avalizava o método científico. Hum. Esse documento, qual que é o nome desse documento aí? Deus. Vamos lá, Rebeca. Meu Deus do céu. Tô me sentindo pegando uma pega, pega na a primeira página. Primeira página, uma relíquia. Olha, Nature, Nature, Nature. Olha, pessoal, isso. Dá um zoom aí. Isso. Nature. Nature. Illustrated Journal of Science. Isso a é o original. Esse jornal tem 120 anos. Isso daí que você tá tocando aí. Meu Deus do céu, gente, que da hora. É isso aí. É o jornal original. E daí o artigo aqui tá falando The First Mand Flying Machine, o primeiro, a primeira máquina voadora tripulada. Gente, o paper da Nature. Paper da Nate. Dá dando pr ver aí. Oh my god. Então, tá aí, ó, Nature, a primeira máquina voadora tripulada. A tradução é essa: “O dia 23 de outubro do presente ano será lembrado como um dia marcante na história da máquina voadora. Pois foi nesse dia que a primeira máquina voadora construída com base no princípio mais pesado que o ar, levantou-se com sucesso e ao seu piloto do chão. Em vários metros, transportou-se por meio de seu próprio poder por uma distância de 80 m. Neste é seu primeiro voo bem-sucedido com esta máquina. Santos Dum está sinceramente parabenizado, pois realizou um desempenho que muitos trabalhadores de diferentes partes do mundo almejaram durante muitos anos e falharam. 197 publicação da Nature, então essa é a tradução. Os irmãos W só apareceram nos jornais com o voo em 1908. Então assim, nem os americanos acreditavam, os norte-americanos no caso acreditavam nos irmãos W e os frances chamavam os W de Blef. Então quando você vai num rápida, quem inventou o avião e aí o Google e agora infelizmente com aá usa muito essa bagagem que estão nos bancos de dados. Hum. Ele traz os irmãos W foram os primeiros a voar em 1903. Só que você não conhece as raízes do contexto. As raízes que você só se aprofunda com os documentos antigos, hã, que são testemunhos do que viveu estas pessoas. Nos documentos antigos se comprova. Federação Aeronáutica Internacional premiou junto com a Clube de France o primeiro homem a voar. A Nature, revista científica, textualizou primeiro homem a voar, né, com avião mais pesado que o ar. A revista científica América, tá aqui no livro, rejeitando a abordagem dos irmãos W, ou seja, a revista mais importante científica dos Estados Unidos não acreditava nos irmãos White naquela época. Agora, você acha que, desculpa te interromper, você acha que eh você acha que é um efeito Mandela dos americanos ou você acha que é um marketing que eles estavam ficam puxando a sardinha ali para eles porque eles que tem que ter inventado tudo? É malicioso ou é o efeito Mandela? Rebeca, eh, você conhece bastante esse mercado e sabe assim a autoridade que os Estados Unidos têm hoje na tecnologia, no meio aeroespacial, é incontestável o que eles têm hoje, que eles realmente conquistaram, você não pode tirar isso. Só que eles podem usar essa autoridade para dizer o que eles quiserem, porque eles são uma referência. Nós somos uma referência, não somos. E nós não somos, porque nós não nos damos ao crédito de defender nossos próprios heróis. Então, amanhã eu tava até conversando com os meus amigos aqui. Amanhã eu tenho, aliás, sexta-feira eu tenho uma reunião com o major Brigadeiro Macedo do Quarto Comar Aéreo e a gente tá trabalhando no Museu Aeronáutico Paulista, que vai ser o primeiro museu em anos que a gente vai colocar aviões antigos e vai prestigiar a figura de Santos Mom. Que legal. Uau! Então é uma iniciativa que está acontecendo agora desde a oca no Parque Ebrapuera em 1990 que fechou aquele museu e nós estamos praticamente há 30 anos sem o Museu Aeronáutico em São Paulo. Uhum. Então agora estamos reerguendo. Eu tô lá para colaborar, para enaltecer os feitos de Santos do Mon e esse meu objetivo, ajudar a mostrar. Eu sou embaixador na Brasil Best Institute e um dos meus das minhas missões é enaltecer a figura do Brasil para o mundo. Mas como é que eu vou fazer isso se nenhum museu aéreo a gente tem, né, aqui em São Paulo, né? Então assim, tudo começa de você fazer uma construção e os americanos são excelentes nisso. Uhum. Storytelling, né? Eles são excelentes, eles são não, não é o que se falar, eles têm ótimos museus, eles têm entretenimento. Você vai lá na Disney, tem a área lá do Tomorrow Land, vai ter um robozinho contando a história do crescimento dos Estados Unidos, vai falar dos irmãos W que primeiro voar. Então eles eles fazem o trabalho, fazem o dever de casa e quem não faz é a gente. Enquanto a gente não fizer, é muito difícil a gente espalhar os nossos feitos, né? E nós temos gênios, temos pessoas como Santos do Mon e outros mais que realmente fazem a diferença. E é importante a gente prestigiar essas pessoas para poder inspirar essas gerações futuras de que nós somos capazes. Enquanto a gente não trabalhar os feitos dos nossos heróis, nós sempre estaremos renegando o nosso passado e não acreditando no nosso futuro. É, valoriza. Eu acho que o, indo ao encontro do que você falou, essa questão de não fazer o storytelling, me parece que muito embora o Brasil seja um país onde existe muitos, muitos talentos e muitos cientistas que comprovam isso, inclusive a mão de obra científica brasileira é super bem eh quista, né, fora daqui. Ah, mas parece que se você cria uma história ou você cria um marketing, não vende, o público não entende como ciência. E isso é uma coisa muito brasileira. Nos Estados Unidos ou também na Austrália, onde eu tive um pouco mais de contato, até mesmo, né? Eu acredito que na Europa a visão é outra. Você contar a história, você querer vender a história não é ruim. Uhum. Hum. Aqui a ciência não pode ganhar dinheiro e não tem que ser um mecanismo que você tem o o dinheiro fluindo e entrando, porque se ele entra, não interessa se é por venda ou não. Parece que não pode unir a palavra dinheiro com ciência, mas a a ciência só funciona com dinheiro, né? Que eu falo coragem e recurso, né? Exato. E para você conseguir recurso, você precisa contar a história. Sim. Vender, né? Vender, né? É marketing e marketing faz parte da ciência. Uhum. Só que aqui tem uma dificuldade muito grande perfe de unir o marketing com ciência. É você que nem eu vou na minha época e uma pessoa falava para mim: “É, você não pode ganhar dinheiro com isso?” Não, eu vou ganhar dinheiro. Eu não vou colocar minha tese embaixo do meu braço e andar com as sandalinhas da humildade. Não no sentido de ser humilde, mas no sentido de não querer ganhar dinheiro. Entendi. A ciência pode, deve, o cientista pode e deve ganhar dinheiro. Só são parênteses porque eu acho que esse que é o não, o passado é a mola propulsora do futuro. É exato. E não só para si, né? E sabe o que é engraçado? Você vai lá no Smithsonia, que é o museu aeronáutico lá dos Estados Unidos, que faz um trabalho belíssimo para enaltecer que os W inventaram avião. Nos jornais antigos, hum, Sunday Stars, Washington, 9 de dezembro de 1906. Adoro que você vem muit Quem escreveu? John Everty Walkins, curador do Smith Sonia. Aham. Jornal americano, curador do museu. Já existiu o museu Smith Sonia. O mesmo que hoje fala que é o irmão Wht 1906, dezembro de 1906 publicou Santos do, ó, Letras Garrafais, Santos do Mon é o primeiro homem a realizar voa aéreo com uma máquina autopropelida mais pesada que o ar que deslocava. Ele resolveu um problema que fez com que gênios inventivos queimassem até a meia-noite e se revirassem inquietos em seus sofás desde séculos antes do avorecer da era cristã. Durante três milênios ou mais, homens ambiciosos quebraram seus corações e suas cabeças em busca do grande objetivo que este destemido brasileiro conquistou nas últimas semanas. Uau! O cara do Smith Sonia. É. E hoje você vai lá. Cadê? Uau! Não tem santos do mão lá. Coisa, né? Nossa, tô chocada. Tá chocada. Nossa, isso aqui você não acha no Google, você tem que ir atrás que tem de documento. Bom, você acha agora no meu livro, né? Então, mas olha só, a gente tava falando de propaganda e ciência. Faz a propaganda aí do seu livro onde você, onde o pessoal pode encontrar. Onde que o pessoal comprou seu livro? Vamos lá. na meu livro tem na Amazon, tem no Mercado Livre, tem no meu, se quiser com minha dedicatória, tá lá no meu site marcos palhares.com.br. Olha aí, ó. Esse livro eu reuni documentos na cronologia dos acontecimentos. Então eu peguei jornais, revistas e periódicos na época e testemunhos de tudo que aconteceu para criar esse conjunto aqui. É um livro, você tem que traduzir pro Garvin, pessoal, né? É isso aqui, ó. Não, mandei pro Garvin. Olha aqui, ó. Você precisa é como ganhar a discussão entre irmãos. Exatamente. Exatos do Mon, você consegue com esse guia, se você quer ganhar uma discussão perfeita. Acabou, acabou. Acabou. Eu coloco inclusive nesse nesse material os jornais dos Estados Unidos falando mal dos irmãos W, inclusive falando assim, ó, esses caras são blefadores, né? São Hum. Então, tá aqui, ó, traduzido direto. E aí tá lá todas as referências para as pessoas que quiserem pesquisar biograficamente vão achar esses documentos com referência, porque aqui a gente fala Sim e e mostra referência. É isso mesmo, gente. Vitor, tem live pixar aqui a blusa, tá? Vamos tocar o Live Pix. Boeira. Boeira. Segura. Fred Calábria mandou R$ 5. R. Existe alguma pesquisa do uso de anabolizantes para conservar a massa muscular em viagens espaciais? Acho que é para você. Ele falou que era para mim. Na verdade, eh, não se sabe ainda. Você não pode utilizar esse tipo de medicamento em voo, né? Eu não sei se tem algum tipo de estudo utilizando célula muscular e algum tipo de simulação aqui em terra. Posso até pesquisar, não sei. O que a gente tem eh são estudos tratando de miostatinas, que são partes constituentes dos músculos no espaço. E tem uma empresa já criando um medicamento a que funciona na no metabolismo das meostatinas para prevenir a perda de massa muscular. Então, anabolizantes, recursos ergogênicos anabolizantes, não, porque você não pode utilizar isso lá no no astronauta, nas células, em linhagens de células, não sei de nenhum estudo. Posso ver de estudos com simulação, porque é tanto estudo de simulação que eu não sei te dizer, mas o que eu tô te falando é o que realmente está se fazendo lá, que é o estudo das miostatinas. Esse agora não me lembro qual é o laboratório, qual é o a indústria farmacêutica que tá estudando isso, mas esse seria algo um medicamento muito mais promissor na perda de massa muscular, tanto de astronautas, né, como o uso aqui em terra para sarcopenia, que é a perda de massa muscular que acontece depois dos 50 55 anos. Não sei se respondi a pergunta. Maravilhoso. Valeu, Pat. Eh, temos aqui um live, um super chat também, R$ 2. Valeu, Albinu. Boa noite, Palhares, Rebeca e Patrícia. Abraços. Abraços. Obrigada aí. Obrigado. Eh, Marcos, fala um pouquinho agora do da sua experiência com o o CA, né? Aí no final eu pulei, né? Junos. Ó, vocês queriam turismo espacial, só que ganhou de brinde história da aviação, porque tem que contar tudo. Eu acho que maravilhoso isso. A gente gosta de historinha, storytell, né? Storytelling. Muito bom. Então, eu tava falando que eu eu admirava o Richard Branson pelo caráter da coragem Santos do Mon. Acabei então de dar uma grande narrativa aí sobre isso. Aula, aula família, família picar, né? Então, que são caras assim que, ô, família Picar foi lá no fundo do oceano, né, praticamente tocou nas fossas marianas. Então, são caras que realmente que fazem a diferença. A família Picar foi o primeiro ser humano a chegar à estratosfera a bordo de um balão estratosférico. Top demais. Essas pessoas me inspiram e eu comecei a trabalhar pensando nessas pessoas. Olha como é importante a gente ter uma referência na vida, né? Aquele guru que você fala assim: “Putz, o que esse cara faz?” como eu adoraria fazer o que esse cara faz. Então eu comecei a minha carreira muito parecido com esses desbravadores, não chegando aos pés, mas tentando na na humildade chegar lá. E o que que eu fiz? Eu, pô, eu sou o cara que pilotou Fórmula Ind, tanque de guerra, submergível, caça e eu quero pilotar uma nave espacial, né? Então eu tô eu tô nessa onda, tô nessa vibe. Vou em microgravidade, utilizei roupa Orlan de cosmonauta, fiz treinamento, né, e ambientalização de EVA, extraveicular activity. Então, fiz várias coisas que eu falo assim, essas coisas vão expandindo a minha mente para buscar mais. E é isso. Então, a minha carreira foi mais ou menos assim, baseado no que eu vi que esses caras conseguiam fazer em épocas, nos primórdios, que a as possibilidades eram muito mais difíceis, menores, a tecnologia era muito mais limitada. Eu falei: “Hoje a tecnologia tá a um braço de distância da gente”. E a gente tem um aparelhinho aqui que tem mais do que a biblioteca de Alexandria, né? Basicamente tudo que tem aqui é o mesmo que o presidente Trump tem ou qualquer pessoa tem acesso. Então eu falei: “Bom, como é que eu aprendo então a a voar de caça?” É, fui descobrir lá na Rússia que você podia fazer um voo, seja como turista, seja para um treinamento, seja para você conquistar um certificado de força G. Existiam possibilidades que eram para mim um verdadeiro parque de diversões. Falei: “Para quem gosta disso, ali em Moscou eu me realizei muita coisa”. Que legal. E tudo aquilo, na minha visão, era uma forma de eu enriquecer meu currículo para galgar o meu objetivo maior, que é chegar ao espaço. Então, começou com o voo de caça e eu não fazia a menor noção do que era voar num caça até eu realmente embarcar em ter um caça tatuado aqui, ó. Nossa, que da hora. É um P5. Ah, P1 Mustang na Segunda Guerra isso aí. Mas você fez treinamento de piloto? Você fez a diferença. Oxe, você fez. Eu sou, eu sou alucinada por aviação também. E eu te levo para voar no P51, você sabe. Nossa senhora. Você acha que tá ao vivo, hein? Quero ver, eu quero ver. Eu te levo. Você tem que ir comigo lá dos Estados Unidos, chama o maridão. Vamos embora. Meu marido vai dizer vai. Vai. Então, a louca. É assim. Por essa eu te dou terrinha de Marte, hein? É. Então, ó, eu já fiz o o a centrífuga. Eu fui até 5G, 5, 6G. Aí eu comecei a ter visão de túnel. Eu falei assim, ó, para, po, parar, po, parar, po, parar. 5G já faz um estrago já, já. O caça faz até quantos G? Nossa, o CA geralmente vai nove. É só no filme TopGun que vai a 10, tá? O o Tom Cruise consegue tudo. Você precisa ter um treinamento absurdo. É, exatamente. Exatamente. E eu voltei com vários piripx do meu. É mesmo. Mas você já era piloto ou você treinou lá na Rússia? Não, não, eu nunca treinei. Nunca fui piloto. Entre tirar um brevê de paulistinha e e não voar, não ter o avião e e fazer um treinamento num caça de verdade, um MIG 29, eu falei: “Meu, não tem nem dúvida. Eu quero a Ferrari dos aviões. Vamos embora. E mas como que você conseguiu voar no caça sem treinamento? Naquela época não tinha WhatsApp, os sites eram uma porcaria. Você tinha que meio que confiar. Isso foi em 2009. Então, eh, não tinha vídeo sobre isso, não conhecia ninguém que fazia. Era uma coisa assim, meu, paga. Hum. E confia que você não tá jogando dinheiro no lixo. E olha que já na época era era um esforço de recursos razoável, mas na minha visão era um sonho que eu tinha que eu não poderia perder a chance. E hoje eu não me arrependo nada, porque a quantidade de portas que me abriu aquele voo de caça, eu não consigo contar hoje, né? Então eu fui o primeiro brasileiro a voar no MIG 29 e chegar na estratosfera. É um feito bacana. A pessoa fala assim: “Ah, é só pagar”. Não é só isso. Não é bem assim. Sonhos são muito mais profundos. Uhum. Se você faz alguma coisa só para pagar e fazer ir embora, aquilo não tem significado nenhum. Quando você tem um sonho, o sonho é uma coisa que tá dentro de você, no teu coração. É uma coisa que você grita pro universo igual um Tarzan e, enfim, a energia ali é gigantesca. E eu falei: “Pô, se chegar na estatosfera, como é que será que é isso?” Tô falando, não tinha vídeo. Não tinha vídeo como é que era. Então, eu fui lá para Rússia. Na Rússia eu fui para uma cidade chamada Nisney Northgrad. E nessa cidade que é uma cidade hoje tá sendo, tá participando na guerra, né, a fábrica dos aviões Mikangurevit, que é os aviões MIG, você tem uma coisa chamada test drive. Então, se você é o ministro da guerra do Líbano ou se você é um turista com grana, enfim, tem um MIG lá para você poder fazer um teste drive. E logicamente, eh, hoje é uma experiência, enfim, que eu considero hoje uma categoria luxo, digamos assim. Naquela época ainda dava para pensar em fazer. Hoje já você tem que pensar várias vezes, porque realmente confesso que não é para qualquer um, mas o meu interesse era chegar ao espaço e para mim aquilo era uma alavanca. Quando Marcos Pontes subiu ao espaço em 2006, eu fui ver o que que é que ele fez para conseguir chegar ao espaço. E não é porque ele era líder de esquadrilha, isso ajudou, claro, né? Líder de esquadrilha de AMX, né? que é um caça subsônico. Eu voei no supersônico, no caso. Humum. Ali ele tinha vários quesitos que ele tinha que cumprir. Era um concurso público, era uma vaga para a Sonauta num país de 200 milhões de habitantes. E ele preencheu com maestria, ou seja, ele fez o dever de casa. Então ele já era engenheiro, ele entendia de atividade espacial, falava inglês fluente, treinou na nos Estados Unidos, enfim, ele cumpriu diversas coisas, tinha força, gente. Exatamente, né? Um um dos quesitos que simplesmente me distanciavam de pessoas como Marcos Pontes era treinamento em Força G. Uhum. E ali na Rússia eles tinham esse treinamento em Força G. Então, seja você um turista desavisado ou uma pessoa com pretensões de uma carreira da Astronáutica, no caso Cosmonautica, ali você pode, como eu te falei, se envolvendo num belíssimo parque de diversões aberto a civis. Então, eu aproveitei, fiz várias coisas lá, né? Fiz centrífuga CF18, que é a mesma que o Marcos Pontes fez no treinamento dele. Eu fiz o EVA, que é utilizar a roupa Hum de cosmonauta, fazer treinamento de cosmonauta. Então você tá com aquela roupa que você parece um robô gigante, né? A roupa russa, ela é bem interessante, né? A lembra até a roupa do Homem de Ferro, chama MKS, né? A MKS Orlan é uma roupa assim que você é um robozão que tá de pé, você abre uma portinha, ó, lá atrás, né, no sistema de sobrevivência que tem uma mochila aqui. Você pula dentro da roupa literalmente e com uma cordinha, olha só, sistema russa é fantástico, né? na simplicidade, uma cordinha, você puxa aquela mochila e ela tranca, fecha, ela tranca e você tá lá no robozão. E aí você tem alguns sistemas aqui no peito, igual o da Arteve Verda, né? Tem uma um espelhinho de moto assim que fica no braço que ali você lê ah o o texto, né? Tá todo escrito ao contrário aqui. Então você sabe o que que é a função de cada botão. Ol em russo você lê em russo, tá? Você aprendeu russo? Eu aprendi. Que legal. Algumas coisas. É, eu tô enferrujado agora que eu tô bastante sempre sem treinar. Mas é qual minas avut? Marcos olvutra bota. Adoro gosto de conversar com o Lucas Fonseca que aí. Aí você usa lá aqueles botõezinhos, né, que são teclados, parece teclado de interruptor antigo mesmo, que é grandão porque você tá com uma luva gigantesca, né? Teu corpo tá gigantão, robozão, né? Então, para você não errar o botão, então tem lá o botão do oxigênio, tem um botão para liberar rádio, tem um botão para desembaçar capacete, tem um botão para liberar água, tem botão para tudo ali, né? É bem bacana. Então você aprende a utilizar essa roupa. É uma nave, né? Basicamente ali de um homem só, né? É uma roupa, na época custava 20 milhões de dólares essa roupa. Eu não sei quanto tá hoje. A roupa que tô meio desatualizado. 20 milhões de dólares. 20 milhões de dólares custava isso em 2009. Agora eu não sei. Deve tá mais caro ainda uma roupa dessa, né? Já deve ter tido vários aperfeiçoamentos. Não sei qual se tá na MK3, 5, 8, não sei qual versão que tá hoje. Mas a que eu utilizei era a roupa atual que tava sendo usada. Inclusive tem na ISS, na estação espacial, no segmento russo, né? Então eles têm essa roupa para fazer o EVA, que para quem não sabe o EVA extraveicular activity é você sair fora da estação espacial e fazer as manutenções necessárias ou correções, enfim. Lá você tem um curso para você trocar eh uma antena de um de um segmento, de uma réplica, de uma estação de um segmento, trocar e colocar uma nova. Então, se eu usar algumas chaves de fenda bem diferenciadas ali. E é claro, é uma roupa de 120 kg, então é uma roupa pesada, mas eles eh adaptaram um sistema de molas helicovidais ali que você tem a mesma sensação de gravidade zero. Então, na verdade, você anda com aquela roupa igual um astronauta na Apolo 11 na lua, né? Então você anda nos pulinhos igualzinho. Aí você tem que utilizar ganchos, assim como se usa em escalada de montanha para você se prender a esses módulos e executar as missões. Então eu lembro que a primeira a primeira aula que o cara falou para eu fazer, olha, você tem que entrar naquela cápsula. Eu falei assim naquele círculo redondo ali na pela escotilha. É, é isso. Eu falei só isso. Simples assim. El falou: “Não, não é simples. Se você erra, se você bate o seu capacete, era esse ponto que eu morre que eu ia chegar. Você tem que passar direitinho. Não tem que ser afobado. Uhum. Tem que ir devagarzinho, porque parece simples, mas não é. usa gigantesca e você agora tá em estado de bexiga. Você é uma bexiga flutuando. Você não tem coordenação. Não é fácil. É muito fácil. Então coisas que parecem simples, você fala assim: “Não, isso aí é pra criança, o que ele tá pedindo, ele tá dizendo que é difícil. Não, tô achando que é uma coisa pra criança.” E aí quando você anda com a roupa aí que você entende, você dá o primeiro passo, você tende a cair pro lado assim, aí tem o pessoal lá para te segurar para você não tombar. Então, então tem tudo isso até você se adaptar na roupa. Aí você fala: “Pô, entrar numa escotilha não é uma coisa tão simples mesmo, né? É por isso que tem atenção toda antes de um EVA, todo mundo não fica quatro caras em volta de você ali, ó. Só se você cai com uma roupa daquela, o preju que vai dar é é absurdo, né? Então fica só uma equipe ali toda em volta de você. E aí você vai executando as atividades que são, confesso, são simples, mas ao mesmo tempo existe uma ginga que você tem que treinar para você desempenhar tudo como eles querem que você treine, né? Uhum. Então, foi muito legal ter esse certificado, porque eu descobri que eu fui o segundo brasileiro, ou seja, o primeiro tinha sido o Marcos Pontes. Nossa. Então eu falei: “Pô, depois do Marcos Pontes, fui eu que fiz o o curso.” Que legal. Então são coisas que eu falei, “Pô, tô caminhando legal nessa coisa da atividade espacial”. E quando eu conheci o Marcos Pontes, que uma foi numa situação sugêneres total, isso foi em 2011, e eu descobri que os Estados Unidos, o Bush tava cancelando o programa espacial americano. Ele falou assim: “Olha, os SPE Shuttles não vão mais voar, custam muito caro. A, o estado não tem mais condição de bancar 1 bilhão de dólares a decolagem é muita coisa. Os russos fazem por 10 vezes menos, a gente vai terceirizar.” Era dark da NASA. É aquele aquele momento eu falei assim: “Ixe, se se agora pro americano vai ser complicado ir pro espaço e e eu aqui”. E ali eu decidi, tomei uma decisão que parece pequena, mas é que nem uma pedra que você joga no lago assim com, né? Abre aqueles, reverbera aquilo ali de uma forma que você não faz ideia a diferença que faz no teu destino. Aquela pedrinha que você jogou no lago ali. Eu falei assim: “Eu vou assistir essa decolagem”. E eu nunca tinha assistido a decolagem o foguete. Meu sonho era subir no foguete. Falei assim: “Se eu perder esse essa decolagem, qual é a chance de haver outra decolagem?” Então eu falei: “Vou comprar passagem. Eu não tinha dinheiro na época, parcelei em suaves prestações como todo bom brasileiro. Tá pagando até hoje. Vou pagar. Tô, tá ruim de grande, não era o momento, mas eu falei: “Não, eu preciso assistir essa decolagem”. E aquela coisa, né? Você sente aquela vibração, aquela energia que você fala: “Meu, é muito importante que eu faça isso, né? Porque para mim é é destino. Eu preciso assistir uma decolagem de um foguete. Eu quero decolar, nem que seja para dar tchau pro sonho, eu preciso participar disso. É um momento importante, é histórico. E aí eu comprei a passagem Guarulhos, Houston e Houston, Orlando. De Orlando você desce uma hora de carro, você sabe, você tá lá no Kennedy Space Center, né? E nesse voo sentou do meu lado o Marcos Pontes. E ali foi o momento sublime, né, que você fala assim, né? O universo conspirando. Incrível. Já já tive com essa história. Eu achei incrível, cara, quando não, gente, o destino, né? Destino total. O todo você deve ter enchido o saco do fça inteiro. Nossa. Nossa. Olha, eu tinha contato com o Marcos Pontes quando ele voou em 2006. Meu contato era ter visto ele pela televisão decolando, fazendo assim, ó, todos nós juntos pro espaço, não sei o quê, um só. Falei: “Pô, essa imagem tem um valor histórico absurdo, né? A maioria das pessoas não percebe, né? O nosso gagaren brasileiro, pô. Isso aí é importante, vai ficarum, cara, é imortal aqui do Brasil, pô. E ali isso foi num dia que foi o mesmo dia, não sei se você l Bom, não sei, né, se era muito nova, né? Eu eu que já tô me delatando aqui, né? Mas 2006 foi um dia que teve uma eclipse solar total e eu falava assim, eu vejo o eclipse, eu assisto aqui o a decolagem e enfim. E no final o jornal enrolou, enrolou, enrolou e não mostrou nada, né? Ah, não mostou quase nada do a decular, mas foi um dia de transformação e eu acho que eclipse combina muito com transformação, né? Elipse solar total. Você já viu, Rebeca? Nunca vi. É meu sonho assim ver. Elipse solar total. Já já vi, já vi. E inclusive eu era criança, foi na na escola. Crianç não não não. Mas assim, foi algo que eu nunca Então você não viu, você era criança, esquece. Esquece. Eu vi foi uma coisa que eu nunca mais esqueci, cara. Marca, ó, eu vou levar uma turma dia 12 de agosto do ano que vem para assistir uma eclipse solar total na Islândia você vai ver e com aurora boreal. Ah, não. Daí é outro outro nível de game. Eu tava na Presta atenção, presta atenção. Com vulcão ali. Ah, não. Do lado. Tipo, já botou um monte de de extras aí na cena. Aonde que se inscreve? Nosso site, agênciaarcospontes.com.br. Custa 5.000€ a viagem pra Islândia. 7 dias. Barato, hein? Tá, tá no preço. Tá no preço. Tá no preço e assim, ó. Tá no precinho essa tá barato. Ela ela entende de viagem. Você sabe que 5.000€ não é para qualquer um, é caro, mas em termos de viagem pra Islândia tá barato. Quanto que tá o euro? Vamos fazer a conversão. Seis é R$ 30.000. Se n é uns R$ 30.000. Tá, tá barato. É, o preço é alto, tá gente? Mas vai chegando mais perto, vai ficando mais caro. Eu tô falando agora porque a gente tá com exato, hoje é dia 12. Hum. Daqui a um ano exatamente eu estarei na Islândia. um ano porque é 12 de agosto que vai ser o eclipse lá. Agosto é verão, né? É verão. Então é verão, o sol vai tá alto no céu. É, mas aurora boreal lá é sempre é mais fraquinho, mais forte, mas é uma viagem completaça. Se você quer ver a Aurora Boreal, sempre quis ver, aproveita e já vê os dois. Você vê o Eclipse e a Aurora, os dois ao mesmo tempo. Nossa, deve ser algo surreal assim, surreal total, né? E a gente vai estar lá em Reveic, que é a capital. E da capital você já consegue ver a eclipse solar total. Ela tá passa certinho. Tem duas opções. Ou você assiste da Espanha ou assiste da Islândia. Eu falo: “Cara, pô, Espanha, você tá lá no meio da cidade, tal, legal, né? Europa, tal”. Mas, pô, Islândia, Aurora Boreal. Aurora Boreal. Quem quer ver a Aurora Boreal faz o pacote completo. Então essa é. Agora vamos formar um grupo aqui. Eu já falei com o Igor. O Igor falou: “Eu quero”. Tá dentro. Ó lá, gente. Ele já falou: “Eu quero, eu vou levar. É, vamos levar a turma aí”. E aí, eh, tava falando que mesmo que eu acabei mudando, tava falando do Marcos Pontes. Tava falando do Marcos Pontes, do seu destino. O destino da pedrinha, universo conspirando, Deus, mistérios e tudo mais, né? Missão, propósito, enfim. Ali eu conheci o Marcos Pontes, falei assim: “Cara, 8 horas de viagem conversando contigo, hein, meu?” Ah, coitado, ele deve dar socorro. sentou um cara louco do meu lado. O cara o cara dormir mais um mais um pentelho. Enfim, ali foi um momento que na verdade de chato se tornou muito legal porque eu tinha a bagagem. Eu não era um cara lá realmente tomando o tempo dele. Aando só, né? É, eu cheguei, ó aqui, ó. Seguinte, eu vi teu voo, me inspirei em você, fiz isso aqui, ó, comecei a mostrar. Estava preparado pra sua oportunidade, né, pô? É, e ele tava amarrado, não tinha como sair. Laranja mecânica total ali, ó. Chegou, pô. Nossa, dá para fazer isso? Falei, dá. Eu fiz. Nossa, mas pô, essa manobra aqui, se eu fizer na Força Aérea, os caras já me cortam. Essa daqui, o F5, o motor apagaria com certeza. Eu já ia ter que viajar com o botão preparado para religar o motor no ar. E aí ele falou: “Pô, no final você fez mais do que eu na Força Aérea, 20 anos de dedicação”. Falei: “Pô, eu is isso eu não sabia. Legal, é ótimo feedback, feedback do maior profissional”. E aí surgiu uma ideia da gente falar de de criar um essa agência. Falei assim: “Olha, eu tenho uma agência de turismo, só que a minha agência não não tá pegando no BRU e eu eu tô focado nessa coisa steam científica. Uhum. Então acho que a gente é único. Entra no negócio, surgiu o meu convite aí. E aí ele pegou meu meus dados, tudo mais. A gente se despediu ali na Polícia Federal, né, que o pessoal lá a gente fica papeando em frente à polícia, o pessoal já chega, né, Silent, tá bom? Não sei o quê. A gente se despediu, ele ficou em Houston e eu segui meu vô para Orlando, fui ver a decolagem. E a decolagem foi uma aventura à parte para assistir a decolagem, porque o certo era eu comprar o ingresso, só que eu não consegui comprar. É meio esquema show do YouTube. Você vai ver a última decolagem, né, pô? É, pessoal tá ali, todo mundo esperto. E eu fui para lá lá, falei assim, ó, vou ver lá do Kennedy Space Center, não vou ver ali na nas áreas VIP, mas eu ali nem que seja do estacionamento, eu assisto essa decolagem. Você consegue ver se você tá fazendo aquela altura? Eu peguei um sem querer. Hum, sim. Quando eu Não, sério. Nossa, sério? Foi sem querer que a gente pegou um uma decolagem e você pode ver de longe, né? Não é tão perto quando você compra um assim o Sim, o ticket, né? Então, para você para você ver um um ticket hoje para assistir a plataforma 39 é bem pertinho, é inclusive mais perto o pessoal VIP que tá lá na na arquibancada do que o pessoal que trabalha na NASA, que fica lá atrás. Então assim, é um um negócio realmente muito vip, mas eu não consegui comprar e eu tinha feito aquele e aquela aulinha de do ITX, Astral Training Experience, que eu emendei e eu falei assim: “Bom, eu faço esse curso e vejo se tem alguma maneira de entrar que eu não conheço.” Hum. E terminou o curso. Quem deu o curso foi um astronauta na época, o Robert Springer. Você chegou a conhecer o Robert Springer? Não acho que ele mora na NASA, porque toda vez que eu vou lá encontro ele. É o cara é o veterano mesmo do Colúmbia e sempre tá lá. E aí o Robert fez o curso, eu falei assim: “Bom, eh, tinha um, tinha um pessoal lá do curso, a gente faz o network, alguém vai ver a decolagem amanhã, tal, não sei o quê”. Aí tinha um sueco lá que falou assim: “Ah, eu tenho o ingresso, né?” E aí o cara era meu cara muito snob assim, muito arrogante, né? Ele ficava meio que se exibindo e eu tenho você não tem, só aquelas coisas de criança, sabe? Ah, meu Deus. Então eu falei: “Não, legal, né, pô? Você não quer vender o seu? Tá de brincadeira, né, aquela coisa, né? Bom, beleza, terminou o curso, falei, tem algum jeito de ficar aqui? Ô, teacher, tem jeito de ficar por aqui? Não, não tem. Tem que sair todo mundo. Quando eu saí pela porta do Kened Space Center, tá bem diferente do que tá hoje, né? Naquela época você já saía, tinha estacionamento e do lado já era pântano. Hoje eles deram uma recapeada total ali. Ã, mas ali eu eu falei assim: “Pô, eu vou assistir do estacionamento, então vou dormir no carro. Hum. E assisto a decolagem daqui, porque daqui para um portão não é tanta diferença, né? que é melhor do que assistir na praia, que você já tá num raio de 16 km do evento. Você você só vê a faquinha subindo, né? Falei, vou ver daqui que a Aqui eu tô a 4 km, ali eu vou est 16. Se eu pegar meu carro e sair, eles fecham todo um perímetro de estadas, você não volta mais. Eu falei, eu vou dormir aqui. Só que o que eu não sabia é que não podia dormir, óbvio, né? Tipo, não, tipo, tipo, é a minha ingenuidade ali, acho que bateu todos os recordes. Então eu fiquei, eu fiquei ali e enfim, começou a aquele calor absurdo daquele pântano que é o Ken Spen Center. É calor abafadíssimo, né? Bem trópico. Enfim, eu não aguentava mais. O carro já tava quase sem combustível. Torrei todo o ar condicionado lá com o combustível. E eu falei: “Meu, vou ter que sair daqui? Não, não vai dar para ficar aqui. Tô dando muita bandeira”. Fui dormir no pântano. Aham. Olha, olha o estado de loucura da pessoa para assistir uma decolar. Eu fui dormir no pântano. No que eu fui dormir no pântano é aquela coisa, você entra na na floresta, é muito denso. Não sei se você já foi pra Amazônia. Já fui, morei um mês lá numa tribo de índios na Amazônia. É, é fato aleatório da Rebeca, número 37. Ta adora os meus passou ali. Não, cara desmaiou ali. Se ela a pegou o cameraman aqui desmaiou. Não era mais. É, eu também. É só sentar aqui. Absurdo. Outro dia eu falei pra Tan foi atacada por quatro tigres. Ela qu falando, a gente vai fazer um quadro fatos aleatórios da Rebeca. Mas continuando, gente. Gente, é mas foi não foi parecido, ó. Meu Deus, ali, ali quando você entra, porque assim, eu também tive na Amazônia, eu fiz três dias também de trilha com sigs, não sei o quê. Você entra na floresta dia vira à noite. Aham. É verdade. É muita floresta. As árvores topem tudo ali, o céu. E simplesmente você dá um passo para dentro. É. É barulho de macaco com grilo tudo. Você fala assim: “Meu, a floresta ela hum ela dá uma peitada em você. Você tem que ter coragem para entrar na floresta e lá no pântano tem crocodilo, pô”. Nossa, velho. Aí eu tava lá porque ali começou as rondas de segurança. Eu falei, “Vamos me expulsar daqui, [ __ ] Só quero esperar mais 3 horas eu assisto essa decolagem. Vamos me expulsar agora. Vou vou pra floresta”. Mas você foi se esconder no pântano. É. Qu expulso porque meu Deus do céu, entendeu? Eu falei assim, pô, vou ser expulso, vai começar agora pântano à noite com os jacarés. 4 horas da manhã eles iam abrir os portões pro pessoal. Aham. E ali era meia-noite, eu falei: “Man, esperar um pouquinho, né?” Mas o estacionamento tinha mais de um carro ou tinha o seu carro ali no estacionamento? Não, tinha, tinha uns carros lá, mas é depois que eu percebi que tinha um crachá no carro. O meu não tinha crachá. Eu falei: “Caraca, isso aqui não tá certo, né, mano? Você podia ter sido preso, cara, por trespassing. Pois é. Coisa digital. Nessa época, nessa época eu já tinha chegado até a área 51, então para mim aquilo lá era fichinha, na verdade, na minha cabeça assim, traçando paralelo ali, ali tava de boa ainda. Aliás, o vídeo da Área 51, o pessoal gosta de de saber dessas coisas também. Aí eu falei assim: “Bom, vou assistir um, vou ficar um pouquinho aqui e bom, eu sou não sou noturno, eu sou de urno.” Hum. Assim, você quer eu pimpão 5 da manhã, eu tô aceso e de noite eu tô quebrado, né? Então assim, tive que tomar uns energéticos para est aqui, inclusive para ficar legal. Aí eu tava lá na na floresta, falei: “Vou esperar aqui e tal”, mas não teve jeito. Eu desmaiei ali na floresta, dormi, dormi. Meu Deus. É, não sentopé passando na minha um jacaré mordendo seu pé. Não, você vê assim o brilho assim do dos olhos dos bichos. Você não sabe se é macaco, o que que é. Não, não é punk. Foi punk. Foi punk. Mas como eu já passei coisa muito pior Aham. né? Já dormi em deserto, já dormi eh em cima da montanha, nevando. Já fiz umas coisas que ali ali para mim tava de boa. Ali era tranquilo. Aí, pô, fui acordado com um farol de um carro chegando 4 da manhã. Farol do carro assim bem na minha cara, me acordou. saí. Só que eu saí, eu tava todo sujo. Falei assim: “Meu, coçando picada de mosquito, formiga, tudo, né? Era um uma carne suculenta da Etiópia para aqueles bichos ali.” Nossa, total. Aí, pô, falei assim, agora vou me misturar um pouco com o pessoal aqui. Pen total, e eu tava assim, bom, agora eu vou poder assistir a decolagem do estacionamento. Beleza, finalmente o pessoal tá chegando, já tem movimento, ninguém vai achar ruim que eu tô aqui, né? Põe não é que um cara assim, aí eu falei: “Puta, polícia, segurança, né? Me pegou aqui, eu olho quem que era?” É o sueco. Era o suec. Aí os falam assim: “Cara, que que você tá fazendo aqui?” Eu fiquei assim, achei uma ingresso no chão. É, eu ué, eu vou ver a decolagem daqui, velho. Ele falou assim: “Cara, tipo, você é o primeiro cara que vai furar a segurança da NASA no mundo”. Eu falei: “Não, o intuito não é esse. Só ver o foguete, depois eu vazo, né, digamos assim, no jargar comum assim, pô.” Aí o cara ficou me olhando assim e ele tava com aquela roupa toda branquinha de golf, né? Tudo tênis branco, meia branca, shorts br todo perfumado, lá todo sujo, suando, com lama, sem escovar dente, com fome, baita vontade de ir pro banheiro, enfim, tava zoado. Falei: “Porra, vamos ver se essa decolagem sai, né?” E nisso o sueco tinha me dado um banho de água gelada, porque eu me toquei naquela hora eu te falei, eu sou do dia, eu não sou da noite. Noite eu não penso direito, de dia eu penso. E eu falei assim: “Putz, o cara tá certo, pô, não tinha que tá aqui. Que que eu tô fazendo aqui, pô? Né? Posso causar até um problema aí, perder passaporte, né? Uhum. Melhor vazar. E aí eu falei: “Pô, e agora? Eu saio daqui, falta uma hora, saio, fica naquela, não sabia decidir, não sabia decidir. E bateu uma vontade enorme de ir no banheiro. Eu falei assim: “Bom, vou perguntar nos pro cara na porta se eu posso ir no banheiro e o certo é sair. Não tem o que fazer, vou sair.” Só que eu falei assim, esperei todo mundo entrar para se acontecer alguma coisa de o segurança falar: “Meu, da onde você veio? Tipo, como é que você veio parar aqui, né?” Eu falo assim: “Bom, para não tomar nenhum vechame, eu vou ser o último da fila. Deixa o povo entrar, eu explico: “Ó, você deixa ir no banheiro e se eu puder ficar aqui, eu fico. Se não puder, não tem problema. Vou embora. né? Você vê, é aquelas coisas que acontece que a gente não planeja direito, não. Enfim, a ideia era comprar o ticket, não consegui. E aí fiquei no último na fila e o o último da fila era justamente um cadeirante que ele tava com uma pilha de livros, né, no em cima assim da perna dele, tava entrando e na hora de passar na catraca lá se atrapalhou, derrubou os livros no chão. Como minha mãe me deu educação, eu falei: “Não, excuse me, sir, I will help you,”, né? Comecei a pegar os livros dele, ajudar ele com os livros. E aí o segurança foi lá e falou assim: “Please, come on”. Abriu aquela portinha pra pro pessoal, né? Pro cadeirante. Falou: “Come on, let’s go, come on, come on, come on, come on”. É, você passou junto, você passou junto. Nossa, muita sorte, cara. Gente, o coração de tava 1, né? Explodindo, explodindo de alegria. Eu falei: “Meu, nos deu um Silva, eu sou muito ruim de fazer isso, cara”. Gente, mas foi Deus? Eu falei: “Meu, não tem como acontecer uma coisa dessa assim, tipo, o cara, o segurança falou: “Venha aí, câmera lenha, nossa, vem”. E eu assim, eu tipo, entrei, fui correndo pro banheiro, que nem um jato ali. Aí eu tava lá tomando meu banho de pia lá, porque as picada de formiga, tudo inseto, todo sujo. Parar no hospital, enfim. Aí entra no banheiro quem? Ah, não, o Robert Springer. O sueco tava atrás de você. Não, o sueco. Olha assim, cara. Você conseguiu mesmo entrar aqui, pô? Como é que você conseguiu isso? Eu cheguei para ele, bati no ombro dele assim, me aproximei vagarosamente do ouvido dele e falei: “Existem mais coisas entre o céu e terra que você pode imaginar, amigo?” E saí e o cara assim, os olhos do cara parecia dois pires olhando assim: “Meu, como é que esse cara conseguiu entrar?” E ali eu assisti simplesmente um dos momentos mais vibrantes da do que o ser humano é capaz, né? Uma obra faraônica da engenharia é você assistir realmente um foguete decolando de perto. É, é uma emoção muito, mesmo vendo de longe é muito louco, né? Eu costumo dizer que para quem não acredita que o homem foi à lua, hum, assista a decolagem de um foguete. É, quando você vê aquela imagem de um edifício de 20 andares decolando, você vai falar: “Sim, o homem foi à lua”. Uhum. Então assim, eh, para mim foi um momento marcante e eu voltei com as energias redobradas pro Brasil e como eu tava numa vibe muito boa, ligou a assessora lá do Marcos Pontes, falou: “Você é o cara lá que foi pra estratosfera?” Falei: “Sim, sou eu.” O Marcos Pontes quer saber mais da tua ideia lá do da agência. E aí começou essa começou toda essa questão de turismo. Nossa, que legal. E a gente é a única agência hoje da América do Sul. Uhum. De turismo científico, né? Então a gente tem turismo científico. É, nas áreas Steam. Então onde você quer assistir que legal isso assim? Quais são os top programa? Que eu tô assim, o mais acessível é você assistir hoje ali os observatórios no Atacama. Tem a foto aqui. Legal. Aham. Sim. Então já levei vários grupos pro Alma, pro Eso lacila. E eu eu sempre costumo, a gente monta as turmas baseada num momento bacana que são durante as chuvas de meteoros, os chuveiros. Uhum. Então a a próxima viagem vai ser agora a primeira semana de dezembro. Do dia 1 ao dia 7 de dezembro a gente tem uma viagem para via Geminídias, que é o melhor chuveiro do ano, inclusive, né? Então são mais de 200 quedas e e com certeza a chance de você não ver é mínima, né? Então você vai ver as faíscas no céu, no melhor céu do mundo e a vai ter a oportunidade de entrar nessas maravilhas que são esses observatórios. Agora o LT quase pronto, inclusive, né? Então eu vi o LT emergindo, né? da montanha, desde a montanha inteira até eles aplainarem a montanha e começar a construção. Eu acompanhei tudinho. Hoje é um estádio de futebol, é só um telescópio gigante que as pessoas nem imaginam o tamanho do telescópio. É realmente um estádio de futebol. Então vocês fecham grupos durante o ano com viagens específicas. São quatro grupos ao ano. Quatro grupos ao ano. Esse esse ano o que que você fez além desse do Aí tem então tem sempre os quatro melhores chuveiros que a gente pega e aí se você quiser montar um grupo específico, personalizado para você, ah, não, não, a gente não se encaixa nessas datas. E é julho, quero ir com a minha família em julho. A gente monta um pacote personalizado, não tem problema. Ah, que legal. O que acontece é que você tem a limitação de idade para entrar nos observatórios, né? Então, criança, o ideal é acima de 9 anos de idade. Eles nem deixam entrar menos porque você tá dentro de um ambiente científico, inclusive tem todo um uma preparação, né, dos turistas falar assim, ó, você vai entrar lá, tem que falar bem baixinho, as pessoas estão trabalhando. Hum. Não pode sair correndo, tem que seguir a filha, entendeu? Então assim, os caras estão descobrindo coisas do outro lado do universo e você tá lá entrando e atrapalhando já. Só a tua presença já atrapalha. Então a gente tem toda esse temos o convênio com esses lugares para explicar como é que é que funciona. E aí é legal que a gente leva no as pessoas para conhecer o hotel dos astrônomos. Você já foi lá no Não, nunca fui. As pessoas não acreditam assim. Como é que o cara vive no meio do nada? tá no meio do deserto. Eles construíram um hotel embaixo da terra. Embaixo da terra, um hotel com uma floresta tropical. Nossa, tem uma floresta tropical embaixo da terra. É incrível. Caraca. Não é assim, uma hora você tá dentro do telescópio, que é um prédio, você entra lá dentro, o prédio tá andando pros lados, que nem um robô gigante. Você tá dentro do prédio e de repente o parede tá andando, tá apontando para algum lugar, aí você desce uma uma rampa e você tá num hotel que é onde eles moram. É isso daqui. Deixa eu ver. É isso aí. Nossa, que da hora. É isso aí. Vou te mandar, eh, Tainá, para você ver esse hotel. Não é, é muito bacana, porque lá no deserto o ar muito seco, então eles têm que ele é importante até porque é um trabalho você morar num lugar que o ar é muito seco ali, é muito normal. A gente fala pras pessoas que precisam se hidratar bastante. É normal você suar o nariz e sair pedra de sangue. Uhum. Porque o ar realmente é seco, quem não tá acostumado sente a diferença, né, da do tempo lá. Então eles tem essa essa floresta tropical dentro do hotel, justamente para conseguir sobreviver. Olha aí que legal. Tá aqui, ó. É para ficar úmido, né? É. Então tem, não dá para ver aqui dessa foto aqui nem dá para ver. Tinha um monte de árvore aqui. Mas enfim, não sei se é antiga essa foto. Pode ser, né? É, mas esse aqui é o lobby de entrada aqui do hotel. Lindo, né? E realmente aqui, ó, tá vendo essa parede aqui? Aqui é o chão. Então tem esse esse globo aqui, essa, como é que a gente chama isso? Não, eu não sou arquiteto, né? Mas é um é um domo mesmo para entrar claridade. Domo. E e a piscina, o pessoal eles moram aqui dentro do hotel. Que legal. Os astronômos. Eles moram aí, tá? Você saiu daí, ou é frio rigoroso ou é calor rigoroso. Ou você tá a 0º ou você tá a 50º. Tá lascado. Lascado. Você tá [ __ ] É, sem contar o efeito da altitude. Quando você vai pro alma, lá em cima da cordilheira, está 5.000 m de altitude. E nessa altitude, antes de você chegar lá, você passa para um médico que vai verificar se você tem condições, se o teu sangue tá airado o suficiente para você não passar mal lá em cima. Então, se ele vê que a tua pressão não tá legal, se ele eles conseguem fazer um exame rápido ali e te avaliar pressão cardíaca e tudo mais, eu falo assim, ó, você não tem condição de subir. Então, muitas pessoas são travadas nisso e não conseguem ver os telescópios do Alma do Atacama Larimita a 5000 m. E para chegar lá em cima é uma viagem perigosa. Você sobe uma montanha, literalmente você tá subindo como se fosse um Evereste com um carro, um 4×4 e a gente diz que a montanha faz o próprio clima. Então você tá saindo da base da montanha a 3000 m e subindo, subindo, subindo, subindo, vai tampando o ouvido, vai diminuindo a pressão. Algumas pessoas já começam a sentir falta de ar, precisam de cilindro, de oxigênio. Nossa. E às vezes chega no topo, tá uma tempestade de neve. Você fala assim: “Como meia hora atrás eu tava num calor de 50º e aqui em cima tá uma tempestade de neve”. Então assim, é muito louco, é surreal. E aí você chega lá e inclusive eu já tive grupos que a gente não conseguiu subir porque começou um vendaval absurdo, uma tempestade de neve, começou a tolar os carros aí todo mundo de ré voltando. Então é uma aventura. Como eu trabalho com exploração em aventuras para mim eu seguro a barra do do pessoal. Hoje eu sou conselheiro na World Adventure Society, então já tenho essa expertise de est com os as melhores referências para me dar grandes dicas de como lidar em situações de emergência. Isso é muito bacana. Uhum. E aí então eu levo essas pessoas quando a gente tem o êxito, chega nesses lugares e às vezes não dá para ver nada também. Por quê? Você tá acima das nuvens. Então ela tá lá nuvem e você não consegue nem tirar uma foto porque tá tudo branco. Então é é assim, é muito louco, muito louco. Praticamente eles escolheram lá porque ali é uma montanha que barra as nuvens. É assim que tem que ser. Vem a umidade do Pacífico, chega na cordilheira Barra. Aí nós temos o deserto do Atacama porque toda aquela humidade tá retida. Então, o normal é você ver as nuvens lá embaixo e a montanha segurando as nuvens. A gente conseguiu ir num dia que as as nuvens estravazaram ali e a nuvem atrapalha as observações. Uhum. Então é escolhido sempre em cima da montanha, geralmente a mais alta, justamente para você poder ter sempre 100% de céu o ano inteiro. Já passei por tudo, já passei ter por chuva no Atacama, num lugar que não chovia há 300 anos. Eu tava lá com um grupo, choveu. A mulher que tava comigo, uma mulher local, falou: “Eu nunca tinha visto chuva na minha vida. Ela tinha 40 e poucos anos de idade, nunca tinha visto chuva. moradora lá e eu tava lá e choveu, imaginação. Então, pr você ver como é que é muito louco, muito louco. Olha, e o problema quando chove num lugar desse é que é um, enfim, é é um cataclismo ali, porque imagina todos os sedimentos da cordilheira dos Andes descendo. Uhum. É um barro que invade a cidade que nem um avalanche. Então os carros ficam atolados, tudo um lama até a porta, tudo. Isso é raro de acontecer, mas eu peguei um grupo que passou por isso. Puxa, hein? É até uma história para contar, né? Tem muitas, muitas, muitas histórias. E Marcos, eu queria, vamos pro tema central da live, né, que é o turismo espacial. Desculpa, eu queria te perguntar assim para você dar um um overview do estado do turismo espacial hoje. Então, quais são as empresas que fazem eh turismo espacial? Porque você é conselheiro da Virgin Galactic, né? Então você conhece bastante da Virgin, né? Então fala um pouquinho sobre ah o primeiro voo da Virgin no turismo espacial e o futuro assim da Virgin e compara talvez com o Blue Origin, assim quando é qual que é o estado assim no momento? A Virgin ela foi criada então em 2004, né? de uma experiência da SPSIP One com Bank, depois virou SpaceIP 2, que é a nave em que foi implementada pela Virgin, que já era a nave de um lugar foi para seis passageiros e dois pilotos. Primeiro voo bem-sucedido, essa essa nave fez mais de deixa eu ver, fez mais de 60 V as naves da Virgin. Como que chama a nave pra gente pôr aqui na tela, pessoal? Spaceip. Põe aí, coloca Unity. U n i T Y Space to Unity. Unity. Então, eh, foram feitos cerca de 60 voos. Boa parte deles, como eu falei, eram voos planados, então chegava uma altitude. Então, foi feito teste de planeio. Uhum. Tá aqui, ó. Ah, tá. Isso aqui é espaçonave aqui. E ela passa da linha de carma, não, né? Acredito. Essa ela nunca passou da linha de carma. Ela chegou a 90 km de altitude. Foi o máximo até agora. Ah, nossa, mas bastante, né? Aí dá pr ver a curvatura da Terra facinho, né? Para o americano, 80 km é considerado espaço. Para nós é 100, né? Então aqui essa nave, veja, ela não tá com motor ligado, ela está planando. O Birtra, que é um design de aviões e e foguetes, inclusive, como nesse caso aqui, ele faz maquetes do avião e joga assim de cima de prédios para ver se o design é perfeito para Então você vê, ela volta do espaço planando, sem usar uma gota de combustível. Da hora. E aí comparando, né, a Blue Orgen, a Blue Ogen é o sistema tradicional de voov foguete, tá aqui. Ele tem seis janelas de aproximadamente 1 m cada uma. São janelas bem grandes para você, cada um tem a sua janela. Não dá para você brincar muito em gravidade zero porque é um ambiente mais apertado. É uma cápsula com seis tripulantes ali. É um pouco desajeitado de você se mover, mas você tem aquela janela para uma vista maravilhosa do espaço. Então ele decola e vai bem devagarzinho no início, vai acendendo até chegar o Calmaí. Esse esse avião decola como esse aqui ele decola como um avião mesmo de passageiro, normal. E sobe até 90 km de altura. Então aí tem coloca eh escreve aí white kight. Deixa eu ver. White night é spa desculpa que senão vai aparecer um monte de coisa aí. White nightight spaciip. Esse aqui é o que vai acoplar então na nave mãe. Lembra a Eve que é a mãe do Richard? Então essa aqui é a white kight. O foguete vai acoplado aqui no meio e é um avião esquisitão mesmo, né? Ele tem uma asa com uma envergadura enorme. O objetivo é, temos dois pilotos aqui. Aqui você pode levar, por exemplo, uma carga útil ou a família do pessoal que vai no foguete, que vai estar aqui no meio, o foguete acoplado. O ideal é pegar uma foto que tem o foguete acoplado para as pessoas entenderem melhor. ou senão entra no YouTube da agência Marcos Pontes. É isso aí, dá para ver melhor, tá? Então esse conjunto inteiro, ele vai decolar de um aeroporto comum. No caso, White é o nome dos aviõezinhos que carregam, é White Kight é a nave mãe. Então é essa aqui, a IV, né, que carrega o spaceship, que é ali que tá preso por um gancho. Esse gancho, quando a a liberação ele aciona os motores, o foguete acende, tá? Em 60 segundos ele tá no espaço. Uau, 60 segundos. Então as pessoas falam assim, 60 segundos para chegar no espaço assim, MAC 3, três vezes a velocidade do somite, ele vai até ele vai até o 90 km ou ele solta o Não, White Kight, a função do White Knight, o que que é? Maior gasto de combustível é na decolagem, que é quando você tem que romper a gravidade do foguete, que são algumas toneladas. Então o White Nightight, que que ele faz? Ele é um avião que tem um, como eu falei, uma envergadura de asa bem avantajada para poder voar até a estratosfera. E quando ele chega lá em cima, ele desacopla o foguete. Então, ele economiza o que o foguete gastaria, que é um combustível muito mais caro que o combustível do avião. O avião usa um querosene de aviação. Hum. O foguete ele vai usar um um óxido nitroo com aquele HTMB, se eu não me engano é esse o nome, que é um combustível de borracha. É, ele é um híbrido, ele tem um motor de sólido com líquido, né? Então é o óxido nitroso e o o combustível de borracha. E é um combustível muito caro de se fazer. E obviamente eles querem economizar o máximo esse combustível. Então ele tem exatamente o tanque para durar exatamente esses 60 segundos que são suficientes para chegar a atravessar essa linha de Armstrong deles lá, chegar lá no no espaço, segundo os americanos, né? 80 km. Uma vez que chega no espaço, veja que ele tem várias janelas, inclusive no teto. Então, a Blue O, elas são seis janelas grandes. Uhum. É. A Virgin Galátic são 17 janelas espalhadas no teto, nos lados, em vários cantos, porque o objetivo é você tá no espaço e se deslocar em flutuabilidade para diversos pontos da espaçonave, escolher, quero ver a janela do teto aqui, quero ver a janela de este bordo, bombardo, enfim, você consegue surfar lá dentro. Então, tem essa vantagem a Virgem Galática. A a desvantagem da Virgem hoje eu entendo que tem a ver com a essa profundidade de voo, né? A Blue Rogen consegue chegar a 110 km. A Ven máximo que conseguiu até agora foi 90. Mas em termos de visibilidade da curvatura da Terra não muda muito, né? Não muda nada porque a 20 km acho que você já consegue ver, né? A curvatura da Terra é 20 pouquinhos, né? Praticamente a vista de 20 km e de 110 é quase a mesma. Praticamente você não percebe a diferença. É incrível dizer, mas a Terra é muito grande. E esse voo dura quanto tempo? Qual é o tempo? Então aí tem a outra vantagem da Virgin que você consegue ter um voo aí e de 1 hora meia a 2 horas de experiência. Vai só contar ponto do da Blue, que você tem ali 5 minutos de microgravidade. Voltou do da 11 minutos, né? Isso. A experiência de microgravidade é a mesma. A diferença é assim, é que é que o que acontece, esse aqui, ele vai fazer vários voos, ele vai subindo numa helicoidal para cima. Então ele vai fazendo isso aqui bem devagarzinho, economizando o combustível e subindo aos poucos. Ele vai chegar aí a 15 km de altitude. E 15 km já dá para ver a curvatura da Terra. Você já está na estratosfera 15 km. É onde começa a estratosfera. É, foi considerado, não é um número fixo, mas dali você já vê a curvatura da Terra. Os aviões andam aqui a 10, a 10 km. OK. 10. Olha só, mais 1 kilometrozinho você já via, né? Já não tinha ter coisa para caramba. Principalmente porque o volume de oxigênio é baixíssimo. Mas é os terraplanistas eles falam que a o vidro é que faz você testar. Ah, é, tem um filminho do vidro, né? É essa tecnologia. É, é mais fácil fazer um foguete do que um passar um filminho realista no Mas enfim. Enfim, a Virgin, o que que ela tá fazendo? Ela tá aprimorando, então, e essa versão agora ela tá construindo um modelo, chama-se classe Delta, que é para tentar ultrapassar a linha de karma. Então eles estão aplicando mais fibras de carbono. Se você tem receio de fibra de carbono, eles estão tornando o foguete 3/5 mais leve do que esse aqui para poder voar mais alto. E também fizeram algumas mudanças no design do motor, enfim. Então tem eh um trabalho agora paraa classe delta para poder não só reforçar as estruturas que são as mais importantes para um voo supersônico, né? Porque a gente tá falando de três vezes a velocidade do som, como ao mesmo tempo eh diminuir o peso onde pode diminuir. Então eh eles estão trabalhando nisso e existe obviamente um risco porque é um novo projeto. Hum. E vai ser feito alguns testes de glider primeiro em 2026 até o voo inaugural dessa nova classe que tá previsto para outubro do ano que vem. E quantas vezes voa esse daí com com turista espacial? Então, esse já fez 12 voos por espaço, tá? sendo que foram mais de 60 testes no total que não chegaram ao espaço. Foram testes assim, eles começam primeiro, ele faz um voo só de glide, ou seja, chega aqui em cima, solta sem motor, vê se se comporta bem no clima, se pousa direitinho. Depois eles fazem um voo com motor, com uma partes pequena de combustível para ele chegar a 25 km, depois 30, depois 50, até 80, né, e 90. Então eles vão fazendo assim para ter certeza, é uma nave que conseguiu a certificação muito rápido. Historicamente falando, eles conseguiram porque fizeram realmente provaram que existia efetividade no projeto. E e Marcos, qual é a real situação da Virgin hoje? Porque muita gente fala que acabou, que não acabou. Até tem gente falando aqui nos comentários. Conta pra gente qual é a situação da Vin hoje e quais são os planos futuros. Eu sei que você deu algumas palinhas aí de algumas coisas, inclusive, né, agora, mas em termos maiores, assim, o que que a Virgin quer como objetivo maior e como ela anda das pernas? Boa. É, eu escutei o Pedro Palota falando a Virgem quebrou ou vai quebrar, né? Eu escutei ele no outro dia falando, bom, a Virgem hoje ela tem 500 milhões no caixa, 500 milhões de dólares. É muito dinheiro. É muito dinheiro paraa atividade espacial não é muito dinheiro. Nada. Esse é o X da questão. Enquanto ela não coloca classe delta para voar, existem riscos. Então ela tá sobre uma pressão financeira. E e é óbvio que eu tô me candidatando pro voo da Blue Loren com a Sera. Claro, querido, nós também. Então assim, ó, vamos lá no BB da da juntos. Então, seremos competidores juntos. Bons competidores, tenho certeza, né? Mas enfim, porque obviamente a o projeto ele depende de investidores. Sim. A Vargem Galática é uma empresa aberta no mercado de ações. Então, se os investidores tiverem resiliência de esperar até o voo previsto para outubro de 2026 e bancar, perfeito. Se aí aí vem o lado da Virgem Galática provar que opa, fizemos o dever de casa, está funcionando os foguetes, podem ficar tranquilos, relaxem. Mas se nesse caminho, e aí que é o grande problema, né? Nesse caminho de hoje, agosto de 2025 até outubro de 2026, os virgem, os investidores se apavorarem e acharem que a empresa vai pro Belelu, a empresa quebra. Então, a Virgin, ela é uma empresa altamente inovadora, ela tem um projeto belíssimo, na minha visão atual, é o melhor projeto que tem. Eu acho mais bacana, né? Você tem mais tempo por um custo menor. Uhum. Né? Eu escolheria a Vging do que a Blue Orgin se eu fosse escolher um. Se fosse optar, se tivesse 1 milhão de dólares. Então é 1 milhão de dólares. Eu escolheria Verding, com certeza. Então, pelo as pessoas que eu conheço que voaram na Blue Origin, eh, o menor valor foi 1.200.000. Uhum. Ah, desculpa, Blue Orgen. Falei, falei BR. Não, fala BL. É Blue Orgen. Foi 1.200.000, né? Blem. Esse voo ele vai ser reinaugurado agora em janeiro, aberto os tickets com 600.000, metade do valor da bol. Ah, já dá para pensar, nossa, a 600.000 rola. Então, vai. Como muda, né, o nosso peixincha, um pacote praticamente pacotinho. Eu vou dividir até minhas próximas três reencarnações. Eu divido esse valor, daí dá certo. Acho que é vende o seu apartamento, faz uma viagem de uma hora. Ui, meu Deus. Meu Deus. Ainda não é fácil. A BL tem essa essa, digamos assim, esse objetivo de estações espaciais e tudo mais. A Virgin não quer entrar nesse rolê. É, a Virgin tá muito longe desse rolê. E aí a gente tá comparando um bilionário como Richard Branson de 4 bilhões de dólares com Jeff Besos que tem 200 bilhões de dólares. Ah, é bem diferente. Daí você entende o nível de bilionário, porque até entre os bilionários existem níveis, entendeu? Porque eu ia te perguntar, o Richard não poderia, tipo, pegar da continha pessoal dele e e ajudar a Virgin a não quebrar, né? Então, aí que tá. Eh, a última vez que ele foi, enfim, pressionado a falar sobre isso, ele falou: “Chega de gastar o meu dinheiro”. Então, assim, ele tem sustentado a Virgem durante muitos anos. Uhum. Aparentemente ele está de saco cheio, vamos dizer assim, entre aspas, né? pode ser que hoje mude. Então é uma coisa assim de de momento. Não não dá para prever o que se passa na cabeça de uma pessoa, ainda mais como Richard Branson. Ele ele tem uma frase muito famosa dele que quando ele entra num projeto e as pessoas dizem: “Não vai dar certo, não vai dar certo”, ele fala: “Que se dane, vou fazer”. Então assim, é uma pessoa que não dá para ver, é imprevisível total, né? E hoje ele tem negócios muito mais seguros do que a Verde. Então ele tem cassino, ele tem transatlântico, ele tem empresa aérea, ele tem hotéis, ele tem coisas que ele sabe, ó, isso aqui eu sobrevivo, isso aqui é inovação. Inovação. A gente sabe que você precisa ter muito mais bala na agulha, né? Uhum. É. E aquilo aquilo que eu falei, coragem de novo, sempre volto na coragem. É coragem, mas para ter coragem você também precisa ter bala, né? Então, mas quando ele implementou isso aqui foi há 20 anos atrás. Sim. 20 anos atrás ele era meninão. É. Hoje ele já tá um quase oxogenada, né? Tá com 70 e poucos. Então assim muda, né? Pessoa já não tá mais assim. Tá com 70 e poucos. 70 e pouco. É, eu fui no aniversário dele de 69 anos, que foi, ele fechou o Ken Space Center pro aniversário dele. Ah, que básico. Ele tá legal. Show. Sabe on sabe onde tá lá o o Saturno 5? Botou as mesas lá falou assim, ó. Aqui vai ser meu aniversário? Nossa. E eu fui no aniversário de 67 anos dele, que foi da Endévor lá na Califórnia também, a mesma coisa. Aí ele fechou o o museu lá que tem em Devor lá na Califórnia também fez o aniversário. Ele gosta muito de espaçonave, então isso ele não deixou de gostar, só que acho que tá custando muito caro, né? Tá realmente tá custando caro. E aí a gente pega exemplos como a Armardilho Air Space, por exemplo, garoto. Hum. Uhum. Dono de uma empresa espacial. Sim. Cara de games, ganha muito dinheiro. E e a mulher dele deu um puxão na orelha dele e falou: “Para de gastar com isso”. E aí quebrou uma empresa espacial porque a mulher falou: “Teu hobby tá muito caro”. Então, nessa área espacial, é interessante que você seja um cara com Jeff Bezos ou um Elan Musk que tem um peso financeiro muito maior que 500 milhões aqui e 1 bilhão ali é nada. Uhum. Né? Então, pro Richard Branson, ele é um bilionário que pobre, um bilionário mais simplesão, entendeu? Mais bicho grilo, vamos dizer assim, né? Eu falo assim que o Richard Branson é emoção, né? O Jeff Bezos é razão, é um cara mais assim, então eles têm formas diferentes de administrar o negócio, porque além da Burging e da Borging, a gente tem a Axion que tá entrando aí, né, também no turismo espacial, mas só, né, porque SpaceX também, né, tá tá entrando, mas não fez ainda. SpaceX que ajuda, né? SpaceX tem o Polares, né? Sim. Que fez e teve a for, como é que é? Esqueci agora como é que é o nome daquela primeira viagem. foi com o atual presidente da NASA, que é aquele dos quatro Mission Form, como é? Ah, Inspiration Forpion com a Como chama aquela astronauta? Meu Deus, que a gente conheceu. Você conheceu ela? Sim, conheci ela. A professora a a Meu Deus, esqueci o nome dela. É, esqueci o nome dela. Não, eu lembro que ela foi sorteada. Uhum. foi a mais feliz de todas ali. Shan Proctor Proor. Teve um cara lá que foi sorteado para ir nessa missão com ela na Inspiration For que eu lembro do vídeo claramente os caras dizendo: “Você ganhou”. O cara ficou assim: “É, então tá”. Falei: “Pô, meu, por que que esses caras ganham essas viagens de graça e eu tô aqui?” Olha, o Víor é uma É que nem o Víor Espanha, né? Nem o Víor, pô. Pô, ganhei uma rifa aqui. Meu Deus. O Vittor foi o Eu falo assim: “Meu, gosto, o rabo do cara ganhou uma viagem dessa e o cara não tá nem aí”. Pensou inclusive desistir, o cara fala assim: “Ah, acho que eu não vou não”. Aí insistiram para ele ainda. Além do Exporation Forte Spex, teve algum mais algum de turismo espacial? Não, teve esses dois, o Polares e e o Inspiration 4 do ele e ambos bancados pelo o Isaacan, né? Que é esse bilionário que é atual presidente da NASA que o Trump colocou lá. que é um cara entusiasta para caramba nação. Você que ela quer entrar nesse ramo de turismo espacial ou não? Não, não, não é o foco, né? Não é o foco, foco, né? É, eu até já mandei e-mail pro Elan Musk dizendo: “El Musk, compre a Vin Galátic, por favor”. É verdade, né? Pô, ele podia comprar mesmo. Você mandou e-mail mesmo? Fui severamente ignorado. Será que ele leu a dúvida? Será que leu? Pô, eu conheci o braço direito do do El Musk num evento que teve aqui. Ai, meu Deus. Eu perguntei para Não, eu acho que até o Richard ia ficar feliz. Não, eu perguntei pro até o Richard ia falar assim: “Ah, que bom, então certeza que vai pra frente, né?” Ia. É, mas eu perguntei para esse cara, tipo, qual ela que é, né? A do Elow Musk, assim, qual ela que é a dele, assim, né? E o cara falou: “Wellow Musk é tipo hiper focado em ir pra Marte”. Ele tem hiper foco. Tudo que ele faz na vida dele é para ir pra Marte. E é só isso que ele quer fazer. Tipo, eu vi isso do braço direito do El Musk. Ou seja, eu não sei se ele tipo, sabe? Então, eu vou falar pr eu vou chegar pro Elamusk, falar Elam Musk, é o seguinte, ó, a minha soberba aqui, né? Ó, eu fiz um curso de aonaluta análogo, aliás, uma simulação de aonaluta análogo. Fui comandante de missão lá em Utá. Ter que jantar, desculpa. Fui patrocinado por ele. Tem lá ele que bancou lá o conjunto lá no no M Station. E sabe o que eu aprendi naquela simulação que você patrocina? Qua Marte é uma desgraça. Porque para para pensar ir pra Marte, ó, para para pensar. Você vai num foguete, uma viagem de 1 ano e 2 meses, sai fora, num espaço do tamanho dessa sala, dividindo com sete pessoas, pelo menos vai dar ruim, né? Respirando o mesmo ar, o mesmo ar reciclado, cheirando, tomando a sua urina reciclada, tomando a mesma urina reciclada todo dia. Sai fora. Que que você quer fazer lá, amiga? Você olha pra janela e você só vê espaço, aquele escuro. É, não é que nem a gente tá acostumada a ver as fotos do James Web, né? A maioria das pessoas acha que olha como é linda, não sei o quê. Não sabe que tem ali o Photoshop para botar a cor no gás, no gás hidrogênio. Fica tudo bonitinho as constelações, né? Lá do espaço é escuro total. E você fica ali naquele Big Brother espacial, um ano e dois meses. Se quebrar a latrina, você tá ferrado, meu amigo. Se quebrar a latrina vai dar pau lá dentro. Você quer ir ainda, amiga? Eu quero. Basicamente, ó. Aí, ó. Não vou deixar não. Aí você vai chegar num planeta lindo, planeta que faz um frio absurdo, que você não pode tirar o capacete, não. No Equador, no verão, ao meio-dia. 20º tá tudo bem. Ah, a temperatura 20 tá lindo. Maravilh temperatura amena de Marte no Equador no verão. Meio parece a Luci Vampel. Toma uma 15 aqui em São Paulo. Não aguentamos de frio, né? É. Olha, eh, primeiro eu faço airsoft. Você sabe que é airsoft, né? Airsoft é combate com arma simulada, né? É bolinha de plástico, tal. Mas enfim. Aí você tá com aquele capacete. O meu capacete é aberto, ele está fechado aqui para proteger o rosto. E eu não consigo ficar uma hora com aquele negócio porque embaça, porque coça o nariz, porque um monte de coisa acontece. Entra mosquito, não sei o quê. Mosquito. Mas imagina você ter que viver num planeta que você não pode tirar a máscara nunca. Não. Você pode quando a gente morar nos domos, dentro dos domos também. Ah, sim. tiver os domos boas, vai levar uns 50 anos ou mais para construir um domo, senão você vai para lá, você vai morar em caverna, tubos de lava, você vai voltar pra história, né? Simplesmente no meio num deserto que tem chuva de, aliás, chuva não, tem tempestade de areia. Tempestade, já tô até visualizando a areia entrando no equipamento, o cara quer limpar e não pode porque ele não pode tirar o equipamento. É, morreu. Isso é tortura. Falou, Elan Musk. Ó, deixa eu te falar uma coisa. A pior prisão no Brasil não vai ser tão ruim quanto uma viagem para Marte. É, imagina só ir de volta do anos você num cubículo e ele quer ir, né? Ele quer morrer lá, né? Ele falou, então, para chegar num planeta que ele quer ir. Aham. Ele quer morrer lá. Ele falou, ele falou isso. Eu não, eu não, não vi essa. Me interessa ver depois esse vídeo. Mas assim, aqui você a falta que você vai sentir de ver um céu azul, de ver uma nuvem, de ver um uma árvore, uma plantinha, né? Os familiares ter um clima bom. Imagina o sofrimento de você tá sempre com aquele clima ruim. É mora do anos na Antártida. Se você morar do anos na Antártida e falar beleza, aí sim pode ir vá pra Marte que você tá preparado. Mas se depois de 2 anos na Antártida, que é ali, basicamente em vez de deserto vermelho, é deserto branco gelado. Hum. Se ali você não morrer de tédio ou não espancar o teu vizinho, qualquer coisa desse tipo, você tá preparado para fazer uma viagem para outro planeta? Com certeza. Então a nossa tecnologia hoje ela limita completamente. As pessoas vêm muito Star Wars e acha que que viajar pro espaço é uma coisa fácil. Não é muito difícil. É muito difícil. Eu costumo até dizer nas minhas palestras que você não pode ser, como a maioria das pessoas pensam, um ultraesportista maratonista, se astronauta, um cara que, enfim, faz um monte de peripécias forte, não sei o quê. Não, você tem que ter um perfil meio ermitão. É, você tem que ser um cara ali concentrado, automotivado, entendeu? Nada te afeta, entendeu? Se hisóico no nível, se cai um relâmpago do teu lado, você fala: “Beleza, esse é o cara com perfil para ser, não é o oofilista”. Entendeu? hisóico, eu acho muito. E a maioria das pessoas não sabem disso. Ela elas imaginam, elas t uma outra visão. Eu acho que eu até a viagem, isso seria para mim o pior. Tava confinada num lugar pequeno com muitas pessoas. Eu acho que é mais do que o fato de ver vegetação. Eu acho que isso eu aguentaria. Olha, mas o conviver com muita gente no Polares Forgem de três dias. Quebrou a latrina. É, não tinha ninguém para consertar a latrina. Deus, imagina um horror que foi três dias. Imagina você falar, ó, só que agora é um ano e dois meses. Nossa. Entendeu? É isso que é o o grande desafio. É isso. Eu estive num lugar lá na no Arizona, chama Bosfare Two. Ah, sim. Já falamos daqui aqui no do Biosf. É. É isso que você vai? Não, eu vou no MDRS que você foi, né? Eu vou em janeiro. Aí você vai. Ah, que legal. A minha missão foi a 111B. Ah, que legal. Depois você olha lá no Ah, vou é vou encontrar sua assinatura. Eu quero ver como é que eu vou. Você conhece o Roberto Zobrinho? Conhece? Não, pessoalmente. Não, pessoalmente. Ele é legal. Ele, ele é esquisitão pr caramba. Muito esquisito. Aqui mesmo. Ele anda assim meio que nem parece um dinossauro assim com os bracinhos assim. É muito engraçado, mas enfim. É um cara muito influente, então se você conhecer ele, muitas portas se abrem, com certeza, porque para mim é abriam várias. Sim, ele é o cara que idealizador do da MDRS. Sim, sim. Enfim, você quer ser a sua nota análogo, essa opção aqui no Brasil, você vai com o professor Júlio, arte, sim, bem acessível, tá aqui, tá fácil. Ou você vai lá para MDRS que aí esse aqui é esse é o Bosf e esse aqui tá acima da MDRS. Esse aqui foi mais uma estrutura muito mais moderna, muito mais avançada. Então colocaram dois ou três dessas tripulações, né? Deve ser 90 e pouco. Ah tá. É porque eu tava vendo esses cabelos porque não, acho que foi quatro quatro tripulações que eles fizeram e daí deu errado. Algumas coisas deram errado, né? Então, eu conheci a Jenny Pointer, que é ela participou numa dessas equipes. Eu não tô vendo ela aqui, não. Eu tô só f Então é a outra equipe que ela tava, a Jenny Pointer hoje ela tá à frente de um balão estratosférico para levar turistas pro espaço. Muito legal. É, conversa bastante com ela. Legal. E ela tem um livro também sobre a experiência dela no Biosfer. Então, aqui é o Biosfer. enclausuraram, meu Deus, uma tripulação aqui dentro. Eles tinham que sobreviver como se eles estivessem em Marte. Se essa experiência desse certo em Terra, você fez uma simulação para criar uma colônia em Marte, porque a analogia é a mesma. Você tá lá sem depender da civilização externa. você tem que se ocupar dos oxigênios, os estoques de oxigênio. Você que tem que aí entra sua área, né, fazer agricultura paraa sua subsistência, enfim, cuidar dos dejetos, enfim, tudo aqui é parece que é um pouco voltar no tempo, né? Mas Marte vai ser assim, vai começar meio na pré-história, sim, né? Então eles fizeram um bioma com cinco climas da Terra, que é para evitar que as pessoas ficassem entediadas. Uhum. Então elas têm lá, me lembra aí, tá escrito aí os cinco climas que tem tropical, deserto. Então eh tinha um meio sertão. Aham. Enfim, temperado. É, esse aqui é o tropical, né? Certamente. Ou a área de subsistência. Acho que aqui é onde eles plantavam, faziam as plantas e escolher. É que que aconteceu aí? Eles tinham que ficar um ano isolados hermeticamente do mundo, sem contato com o ambiente externo. Se acontecesse algum acidente, eles mesmos tinha um médico na equipe, ele tinha que dar conta. Hum. Sim. começou a faltar coisas simples do tipo esparadrapo. Infelizmente você não tem a loja Farmácia na Esquina, então eles tinham que começar a se virar com coisas pequenas e tudo isso foi o grande projeto, experimento do que eles viveram para saber quais são os desafios de você montar uma colônia em Marte, né? Basicamente o projeto não deu certo por dois motivos nas tripulações. Foram duas missões, as duas malsucedidas. Gigante. Gigante. Dá para visitar hoje, né? Ele é aberto à visitação, né? Apesar de não funcionar mais cientificamente assim. Não, mas a estrutura toda, ela funciona, mas eles não estão mais pondo missão. Sim, né? Aí, boa. Eles ganham mais dinheiro bancando como entrada para curioso do que manter 100 e sete pessoas aí. Com certeza fica no Arizona, pessoal. Quem quiser, Bom, lembra realmente lembra uma estufa, mas enfim. Ó, tá vendo? Cada um tem um clima, tem os lugares, os alojamentos e tudo o estilo espacial para eles se interarem. Ó, estamos no futuro, estamos realmente a parte de Ted não foi o problema. O grande problema é primeiro desafio comportamental das tripulações. Uhum. Então, houve brigas, brigas homéricas. Você comeu mais que eu, você eh não olhou pra minha cara hoje, enfim. coisas pequenas, né, do nosso dia a dia, né? Isso é um desafio. Quando você tá num ambiente fechado com pessoas que você não conhece, você tem que conviver a força. Tinha um cara que, ah, esse cara aí, ele é o fotógrafo da equipe, mas ele não faz nada, não colabora com nada, entendeu? Então começa essas cobranças e e isso é realmente o grande desafio. Era um Big Brother na terra que foi essa experiência. Aliás, eu acho que isso aqui incentivou até o o Big Brother real que existe, né, na equipe holandesa. Então, a segunda vez deu errado por o oxigênio da equipe começou, aliás, desculpa, o gás carbônico da equipe começou a matar a agricultura, nossa, começou a se acumular depósitos de gás carbônico. Então, a plantação de milho morreu, morreu a plantação de feijão, morreu a plantação de arroz, não sei o quê, e de repente eles falaram: “Não queremos sair, não abram as portas”. Só que a própria equipe administrativa de gestão começou a analisar os relatórios médicos. Tinha pessoas que tinham perdido mais de 20 kg, outras mais de 30 kg. Eles estavam começando a ficar esqueléticos e doentes por falta de oxigênio. Então, a missão foi abortada. no meio do caminho. E é o que eu digo, enquanto missões como essa não derem certo aqui, Uhum. não se pode se pensar em fazer algo tão grandioso e tão caro do outro lado do universo. Essa que você vai não pode sair também, tem que ficar lá dentro? Sim, sim. Tem que ficar lá dentro, não pode sair. Mas ela é mais curta de duas semanas. Você tem certeza? Absoluta. Eu vou ser astrobióloga chefe do da Greenhouse lá, cara. Queria até você na minha equipe. É muito legal. Eu tô com orgulho da minha amiga, gente. Ah, não. Eu fiquei 150 horas e já foi difícil porque, ah, se eu não tivesse filho, eu acho que eu tentaria também, mas eu não ia conseguir ficar tipo duas semanas sem saber nada da minha filha. Não consigo ficar uma hora. Então é complicado porque inclusive ele até o tempo entre a sua mensagem e a equipe de gestão da que coordena esse projeto tem o delay igualzinho de Marte. É de 20 minutos. Então você fala assim: “Olha, tô mandando o relatório aqui dos estoques de liofilizados, de alimentos, não sei o quê, não sei lá, você manda para eles, aí eles demoram a resposta. Exatamente. É o tempo que é essa comunicação. Humum. Então você tem realmente uma simulação bem bacana para você sair da estação. Você tem que se parafamentar toda com os equipamentos, tem que passar pela área de descompressão para habituar teu corpo. É tudo assim, se você fizer direitinho lá, o pessoal vai gostar. Você coloca nos relatórios, fizemos isso, fizemos aquilo, o pessoal vai dar um joinha. Nossa Senhora. E cadê o dedo no like, galera? Pessoal, a gente tem um negócio incrível aqui em cima dessa mesa que a gente quer muito mostrar pr vocês. Bota aí, bota aí. 500 likes, hein? 500 likes. Uhum. Acho que tá uma boa, né? Ah, eu também acho. É bom. O pessoal tá gostando, né? Você sabe o que é isso aqui, né? Eu, sério, eu tô louca para abrir isso daí. Nossa, se soubesse eu teria vindo com a camiseta. Hum. Que eu tenho disso, mas uma das surpresas da noite, então. Uhum. Isso aqui é o disco de um Não, não. Calma, calma, calma. Ainda não atingimos os 500 likes. Não vai dar spoiler. Sabe o como é que é o nome daquele cara lá? O João Cléber. Para. Você dá uma sardinha assim, fica assim, põe a língua. Poxa, entendi. Isso mesmo. Antes, então, guardem o o sem spoiler, eu queria te perguntar uma pergunta eh fazer uma pergunta que sempre me fazem. Eu queria saber como que você responde essa pergunta. Existe algum benefício do setor de turismo espacial para a terra ou é só para bilionário se divertir? Não, sem dúvida existe. Uhum. Gente, vamos vamos pensar o que que seria, por exemplo, da Isso aqui nunca existiria se o homem não tivesse ido pro espaço. Uhum. Para para pensar que a gente levou na Apolo X uma filmadora, que era aquela filmadora já era portátil, mas ela é uma filmadora grande, preto e branco. Quando eles viram que o astronauta tinha dificuldade de ficar segurando aquilo, se movimentar com aquela roupa, aquela coisa gigante em microgravidade, desequilibrava ele, as filmagens tudo em branco e preto, qualidade horrível. Eles falaram: “A propaganda não tá legal da viagem, vamos melhorar”. A Copa de 70 foi colorida porque a NASA trabalhou forte para desenvolver um equipamento menor, com mais qualidade de imagem. Então você vê, pequenas coisas da atividade espacial influenciam total nas facilidades que nós temos hoje no dia a dia. Sem dúvida, sem dúvida o setor espacial. Mas e o setor do turismo espacial? A mesma coisa. Então a gente vamos regredir agora 120 anos. Quando Santos do Mão voou, uma das coisas que Santos do Mão voou e ele já premonizou isso, ele falou: “O futuro nós voaremos, contemplaremos a contemplaremos as estrelas a bordo de aviões e jantaremos.” Uau! Ele falou isso quando ele tava voando no 14 bis, que era um avião feito de bambu e seda com motor precário, barulhento, que comia óleo, simplesmente comia, né? Você colocava em cima, vazava embaixo, né? era um negócio e com uma hélice precária e ele já dizia: “No futuro chegaremos a isso. Isso só vai acontecer se empregarmos coragem e recursos. De novo, o que que a NASA faz? Action Space faz, a Virgin, a Blue Origin, SpaceX, coragem, recursos para desbravar caminhos, horizontes, portas abertas paraa humanidade seguir em frente. Tudo que é feito pra atividade, seja bélica ou espacial, que são campos de excelência de tecnologia, volta de alguma forma pra atividade civil. É o caso do GPS. Uhum. era um um instrumento usado para necessariamente paraa guerra e depois perdeu sentido e aquilo converteu-se automaticamente para atividade civil e um recurso super natural que nós temos. O turismo espacial ele tende a democratizar o espaço, dar acessibilidade. Então você começa a melhorar ah materiais, que é o caso que a Virgem tá fazendo, fala: “Precisamos chegar mais alto. Uhum. Precisamos melhorar um dos nossos sistemas, aperfeiçoar desempenho e tudo mais. Tudo isso de alguma forma se reverte pra atividade civil. Qual que é o objetivo num futuro próximo que eu vejo do turismo espacial? Ao invés de você pegar um voo São Paulo, Tóquio, que leve 24 horas, imagina você 24 horas com seu seus filhos, você tem quantos filhos? Uma filha. Uma filhinha já dá trabalho, não dá? Oxe, bota ela 24 horas no assento do avião. É cansativo, sem contar quando tem paradas, né? Aí você fala assim, ó. No turismo espacial, você pega um foguete atravessando o vácuo, ou seja, sem gastar tanta energia, porque aqui a gente tem a resistência do ar. Hum. Fazendo um vouro orbital, utilizando contrafluxo, né, da o nosso globo, virando para um lado e você seguindo pro outro. Em duas horinhas você tá lá em Tóquio, que tal? Olha só, melhorou. Oxe, a ponte aérea, né? no Japão ainda com a minha filha por conta disso, sabia? E a vez de você pedir o seu pok, como é que chama? O seu pok, você fala assim: “Vou pegar um foguete, vou comer lá um sushi lá no em Tóquio, original e depois eu volto para casa. Tudo bem? Você acha que um dia vai ser acessído? Certeza. Um avião normal? Sim. Uhum. Assim como a atividade aérea já foi para os milionários, como era Santos do Monum e hoje qualquer pessoa não precisa ser tão abastada, mas ela pode dividir em suaves prestações ou se planejar, né? Tá certo que não tá fácil hoje viajar, eu confesso para vocês, mas mas gente, dá dá se você se planejar, enfim, guardar um pouquinho por mês, você faz uma viagem, nem que seja daqui a 3 anos, você faz. a atividade espacial, ela vai tender a substituir a atividade aérea em alguns contextos. Então, eu entendo que uma vez que você democratiza isso, então os combustíveis vão se tornar mais baratos das espaçonaves. Hoje elas não têm demanda suficiente para ter combustíveis. Os combustíveis ainda são muito caros, são muito raros, difíceis de fazer. E com essa esse volume, essa densidade, você vai conseguir vários benefícios e vai dar acessibilidade a outras pessoas. Então é é uma tendência. Eu digo que daqui a 50 anos, com certeza minha filha tá passeando no espaço como uma coisa muito natural. Minha filha hoje tem 5 anos. Ah, minha tem s. Chama-se Luna. Ah, beijo pra Luna. Ai que nome lindo. Beijo Luna. Beijo Luna. Vou ter que mandar um beijo pra minha filha agora. S. Beijo Dodô. Beijo Dodô. Amamos você Dodô. Beijo. Beijo. Então acho que ela tá assistindo que ela tá com a avó dela em casa, né? Não, jura. Nossa, 11 horas. A minha não tá acordada, não. É, ela é da noite, inclusive com esse nome Luna. É claro. Claro. É. Então, às vezes ela tá lá, eu tô dormindo e ela, papai, vamos brincar? Eu lá babando assim, né? De lado assim, ó. Nossa, não, não tem como, tem como. 5 horas já tô desperto. Tem também a vantagem assim mesmo hoje os voos da Blue Origin, eles levam experimentos científicos, né, pro espaço. Por exemplo, o foguete da Kate Perry lá que subiu, né, da Blue Orgin e levou um experimento brasileiro. Sabia disso, Marcos? Da Space Farming, né? Levamos um batata doce e grão de bico pro espaço. Legal. Isso a mídia não fala, né? Só da É, Espanha levou é pão de queijo. Ele ele falou que quer levar pão de queijo. Ele não levou. Sério? É, ele falou quer levar pão de queijo. Nossa, não. Eu vi ele soltando os papéis. Ah, o Víor Espanha. Sim, sim, sim. Ele levou, acho que foi mesmo. Ele levou p queijo. Não. Pr pr pra Blue Orrig no voo dele. No voo ele levou a camisa do Cruzeiro. Mas acho que ele também levou pão de Ele falou para mim que ia levar. Eu eu entrevistei ele dias antes dele dele fazer o gol da camisa. Não sei se depois foi vetado, porque não tem um vídeo inteiro assim deles, né? Tá tudo. É, é, é, todos os vídeos são cortados, não sei o que que é. Mas sabe que tem também um projeto que um amigo meu tá envolvido, que é um projeto de levar 7% da população para o espaço para ver a curvatura da terra para que porque por causa do efeito overview, né? né, que feito overview é muito impactante, né, em todos todo mundo que que experiencia, né, essa visão da terra de cima. E daí a ideia é que se a gente leva 7% da população, principalmente focado nos decision makers, né, nas pessoas que são estão ali fazendo decisão eh para para legislação, para aquecimento global, né, mudanças climáticas, etc., para que elas consigam ter, elas possam ter esse efeito overview e voltar pra Terra com mais vontade de cuidar da Terra, assim como os astronautas voltam, né? Todo astronauta que você conversa, você fala, ele fala tipo: “Nossa, como a Terra é linda, mas ao mesmo tempo você vê que ela é muito frágil, porque às vezes você vê aquelas atmosferinha bem fininha, né? Você vê que não tem fronteiras ali entre os países.” Então os astronautas voltam quase que espiritualmente mudados, né? Ó jabazinho aí para mim. Jabazinha. Esse aqui é a capa do meu livro que é eu tô na estratosfera e aí tem exatamente o que você tá falando. Essa linha azul que parece um sabre de luz jedai. Aham. Essa linhazinha fininha é exatamente o que você tá falando, a nossa atmosfera. Você teve o efeito overview, Marcos? Com certeza. Como que foi para você? Então, foi aí que eu fiquei mais apaixonado ainda pela atividade espacial, né? Mas e aí? Aqui eu tava na estatosfera voando num caça e consegui ter a visão que tem o açornalta. Você consegue ver o sol brilhando no escuro branco, que é disruptivo, né? Você vê o sol brilhando no escuro. Sim, eu já vi o sol brilhando no escuro, já veio e solar total. Agora não sei o que que sobra. Falta ver algum buraco negro, alguma coisa assim. Mas, mas eu quero ver isso do espaço. Eu acho que outros insites vão aparecer. De fato, ali o que a gente percebe, e aqui eu tô com meu amigo Lucas do Rubi Cósmico, ele ele entende bastante desse assunto. Você percebe que a Terra lá de cima ela tá viva. Hum. Você percebe que, por exemplo, os rios lá de cima parecem os vasos sanguíneos do nosso corpo, que a floresta parece os alvéolos pulmonares do nosso pulmão, né? Então, eh, você consegue fazer essa simbiose, essa essa essa visão de que é um corpo vivo, né? A gente chama de Gaia, né? Teoria Gaia. Sim. Teoria Gaia. E aí que vem esse sentimento de preservação, que você volta lá de cima dizendo: “Essa é a minha casa e eu preciso cuidar dela.” E é o é o legado que eu deixo paraas próximas gerações. Então, a importância de você fazer uma viagem espacial, e muitos astronautas voltam com essa sensação, é de que, cara, nosso planeta é lindo e é a nossa casa e se a gente não cuidar, a gente não consegue passar isso pra frente, não consegue passar pras novas gerações, pros nossos filhos. Então, a nossa missão aqui é cuidar do nosso planeta. E você percebe que o nosso planeta é uma joia no universo, né? Um universo vazio, escuro, vácuo absoluto e de repente tem um planeta ali azul quase fosforescente, brilhando. É uma joia no espaço, né? É uma joia no meio do nada. Então nós somos realmente o grande milagre. Eu costumo dizer, eu falo nas minhas palestras que [Aplausos] você sai pelo universo e você descobre que existem planetas que chovem diamante, né? Netuno, Urano. Existem asteroides inteiros de ouro. Isso que a gente tá brigando aqui embaixo por metais raros tá cheio no universo. Inclusive aqui embaixo dos oceanos tá cheio também. Gente briga à toa. Só que uma coisa no universo é bem escassa, que é você, você e todos nós aqui. Isso é escasso. Porque por mais que a gente já escaneou milhares e milhares de concelações e planetas e asteroides e tudo mais, a gente já tá na casa aí dos 3.2 trilhões de estrelas estimadas, enfim, mais do que isso até. A gente encontrou um simples manjericãozinho, né? Uma folhinha de vida. A gente fala que madeira é o material mais raro do universo. O que que é isso? É vida. Uhum. A vida é o grande presente. A vida é o grande milagre do universo. Nós somos o escasso. Nós somos o milagre. Então, às vezes a gente esquece de valorizar o presente que já tem o nome, não é à toa. É o hoje, é o agora, é o que você é e o que você pode fazer. Uhum. É isso aí. Eu costumo dizer que pras pessoas que vocês são especiais, vocês tem um selo de campeão no peito. Todo mundo tem o selo de campeão no peito. E você às vezes só precisa descobrir qual que é a faísca que acende o teu motor para você decolar. Quando você descobre qual o seu propósito para que você venha faz uma uma lição de autoconhecimento, você vai entender que você tem essa missão e que você é especial. Se acende essa faísca dentro do teu coração, você decola. É isso aí. Eu concordo muito com você. Sim. É. Ó, a Mariela é a Mariela. É minha esposa. Ah, falou, ela abriu um sorrisão aqui. Estamos assistindo sim. Opa. E aí, beijo, Luna. Que bom. Pessoal, vamos lá nos likes, hein, que eu quero muito abrir esse presente que tá aqui em cima da mesa. Cadê esses likes, galera? Pelo amor de Deus. Quentão, quentão, gente. Quentão. Faz. É, gente, vai, galera, ajuda aí, ajuda aí. Plateia. Estamos com plateia hoje. Olha, agora que eu vi o Sergentão. Sé, Sergento tava lá em Brasília, tá tá com o Marcos Pontes, inclusive. Ah, é verdade, eu vi, né? Eu acho que o Pedro também tá lá, né? O Palota também. Uhum. É, eles estão fazendo ciência na estrada. Acho que não. Era um outro, outra questão lá do É uma palestra evangélica de um de alguma, é, até achei estranha, o Serjão na palestra. Ah, não, acho que era um negócio de alguma universidade. Eh, tinha o tô péssima para lembrar os nomes. Universidade tinha isso aí, tá? Tinha um astronauta, tinha um astronauta, acho que canadense, né? Ah, putz, não lembro. É isso aí. O Sergão está em todos os lugares. Sim. Ped pedi pro Pontes, me manda o autógrafo lá do astronauta aí. Brasília ou Rio? Acho que é Rio, hein, que ele tá. Não é em Brasília não. Não é lá em Goiás isso aí, não é? É, eu acho que é Rio de Janeiro. Estão falando aqui no chat, pelo menos. Não, Brasília, pelo menos o ponto estava em Brasília. É. Ah, não, não é. Ele tava em Brasília semana para retrasado. Ah, não tem post. Tava no stories. Só, mas ele tava com o Marcos pon5, Palota e com esse astronauta que era o esqueci o nome. Não lembro, não lembro. Bom, vai, vamos abrir esse negócio logo porque eu tô louca para ver esse negócio. Tá ótimo. De likes para mim. Eu quero muito ver. Ah, vocês olha, acho que ela não autorizou não. Não, autorizei já. Ela autorizou já. Tá autorizada. Tá autorizada. Quem sent aqui nessa cadeira é chefa. É, hoje ela tá mandando live. Olha aqui, ó. Vai lá. Acertaram já. Já acertaram. Já sabe o que é. Já vi. Meu Deus, eu vou. Meu Deus, que emoção, gente. Calma. Olha isso. A gente sempre, sempre, sempre fala da missão Voyager aqui, né, na, nesse podcast falamos, acho que nas duas últimas lives a gente falou bastante, né, sobre a voer. Inclusive, querem saber sobre a vida que nós estávamos falando. Assistam. E a gente falou também sobre nosso último episódio. Olha o que o Marcos Palhares trouxe pra gente hoje. Tainá, você não vai acreditar. Olha isso. Tainá. Eu assim pra câmera. Ta esqueceu da câmera. Virou aqui. Vocês aí que l inclusive a gente quer quer explicar isso aqui primeiro? Pode explicar, Marcos. Bom, a V ela tá em direção ao infinito, né? Aí ela descobriram na década de 70, acho que foi 71 que ela voou. 77 77 é 77. É verdade. Carseiga, né, que foi o responsável, ele descobriu que existia um alinhamento perfeito para atravessar a voz já atravessar quatro planetas. Ia passar por Júpiter, Saturno, cadê que mais aqui? Urano e Netuno tinha assim a configuração perfeita orbital para naquela data você mandar uma sonda, essa sonda e aproveitar tirar fotos desses planetas com uma qualidade insuperável na época, porque a gente não tinha observatórios tão modernos, não tínhamos os James Webs da vida, né? Então essa sonda ia tirar as primeiras imagens perfeitas desses planetas, aproveitando inclusive a órbita desses planetas para ganhar impulsão para seguir em direção ao infinito. Então é uma sonda, ela tinha combustível à base de plutônio, uma coisa que até hoje eu fico falando, poxa, tipo de volta pro futuro. É. E e ela até hoje ela manda sinais estão muito fracos, né? Diz que até hoje recebe esses sinais. Sim. Nessa sonda existia isso aqui, ó, gente. Olha isso. Olha só. Era um disco de ouro, tá? Esse disco de vinil na época vinil equipara-se é o que hoje não tem mais, né? Similar, né? física, mas naquela época, enfim, era um disco de ouro. Tinha a aqui as instruções pro um ET que encontra o disco, tocar o disco. Então aqui tá as instrução de como você colocar ele na caixa, não sei o quê, como fazer uma vitrola, né, para tocar esse disco. Exatamente. Pegar a agulha, colocar o disco para ouvir o som. E aí tem aqui a nossa posição geográfica no universo. Então de acordo com nove pulsares aí, né? Exatamente. Exatamente. Ah, Rebeca pode dizer bem aqui, ó. Isso aqui é o símbolo do hidrogênio para mostrar que a gente conhece, enfim, a o as coisas mais elementares do universo. Então, as pessoas elas poderiam tocar e conhecer um pouco do planeta Terra, os alienígenas, né? É nós os aliení as pessoas mostra onde que ele tá. Na na nave. Tá aqui o disco ia ficar aqui, né? Colado na sonda pro o ET o ET pegar o disco. Tim. Vamos tocar aqui. Vamos escutar um pouquinho os sons das pessoas. Saudações em 55 idiomas, se eu não me engano. Sim. Sons de crianças. É. Dando risada. Som de chuva. chorando, crianças chorando, o som dos pássaros, eh, animais, baleia, eh, imagens da terra também, né? Imagens das pessoas fazendo coisas bases, desde pessoas indígenas até as gueixas do Japão, assim, tem várias culturas, né, da terra. Mas gente, olha, a coisa mais incrível desse kit é que ele tem de fato o Golden Record. a cópia original, exatamente com os mesmos sons e tudo mais que foi pro espaço. Ou seja, a gente tentou que tentou que tentou trazer uma vitrola, hoje a gente não conseguiu, mas se você colocar esse disco na vitrola, você vai ouvir exatamente o que tem no Golden R. Só o ET, só o ET vai ouvir. Só o ET vai ouvir. Só o ET é capaz de escutar. A gente tem aqui. É incrível, né? Maravilhoso. Olha isso. É. E se eu não me engano começa com uma A primeira saudação é o próprio filho do Carsan que faz, né? É, ele botou o filho dele e falou: “Vou eternizar meu filho”. Aí colocou o filho dele, acho que tinha 5 anos. Aí ele fala: “Saudade, incrível”. Nossa, maravilhoso, né? Isso daqui não tem preço. É, isso aí é um catálogo aí de série. A a Voyager, o Carl Seagan deu a ideia, né, de quando ela tivesse passando lá pelo pelo último planeta ali por eh Netuno, Netuno, que ela virasse para trás, virasse as câmeras dela para trás em direção ao sistema solar e que tirasse uma foto que chama hoje a o retrato de família, né, The Family Portrait. Coloca aí, Tinazinha, The Family Portrait, que, aliás, eu até pedi pro Henrique da Astromimia fazer uma camiseta. Vou vir com ela daqui alguns episódios. Parece a Terra, pequ e aparece a Terra. Então é daí que vem o pá do ponto azul, né? Porque a Terra parece um pontinho azul bem no finalzinho. Mas essa mesmo, tiazinha dessa meio e é põe a primeira. A primeira. Isso. Vamos lá. Essa foto é linda, linda, linda. Gente, eu amo a Voag. É minha missão favorita espacial. Eu amo essa essa missão. Então, olha só, a voer já tirou. Então, sol. Isso. Cadê a terra aqui? B, a terra tá aqui. E tá ali, ó. É ali o e Vinas. E, ó o E. Esse, ó, nem dá para ver, mas esse tem um pontinho minúsculo aqui do lado do E. É, a terra tá aqui, ó. Daí V de Vênus. É simplesmente assim, pegar um uma lapiseira, não é nem lápis, lapiseira assim, fazer assim. É numa folha de papel. É isso. É. Terra e daí aqui daí então Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. E daí aqui na aqui embaixo você vê realmente a foto, né, de cada de cada planeta. Mar, infelizmente não tava alinhado para estar nessa foto. Então Mart é o único irmãozinho aí que não apareceu na no retrato de família, mas os outros apem Mercúrio também, mas os outros apareceram e a nossa a nossa casa aí, né? A nossa e agora a voz já saiu do sistema solar e já saiu, tá? Já virou. É. Filha prodígio. Ó, falaram que isso aqui parece do problema dos três corpos. É, parece mesmo, né? Aparece na no seriado. E outra coisa aqui, ó, e só tem 300 pessoas, não tem como ter 500 likes, meninas. Artur tem sim, porque esse número que você vê aqui de 342 pessoas assistindo agora, ele é o número de pessoas que está agora, mas as pessoas entraram e saíram. Exatamente. Então, no final às vezes você tem ali no total 500 pessoas assistindo, mas no final 7.000 pessoas passaram pela live, tá? Então, só para deixar claro que quando a gente fala bota like senta dando like. Muita gente entrou, muita gente ficou, muita gente entrou e saiu, muita gente entrou, saiu e voltou. Então tem como a gente ter mais números de like do que número de pessoas assistindo agora, até porque são pessoas assistindo. Vamos lá, pessoal. Vamos lá. Vamos ajudar. Vamos continuar. mandou R$ 5. Qual o papel que o Brasil pode desempenhar no futuro do turismo espacial? Podemos fazer algo? Boa pergunta, hein? Boa. Olha, essa é difícil. A gente tem hoje a verba da Agência Espacial Brasileira em 2024 foi algo em torno de, se eu não me engano, corrija se eu tiver errado, R 130 milhões deais. O quê? Desculpa. A verba da A da EB. A da EB. É por aí. A pasta da cultura é 16 bilhões. Não, não fala. Você tá entendendo qual é o foco? Eu acho que não é nem nada com relação à atividade espacial. E ainda cortaram 1/3, né, da verba da EB esse ano. É. Então, eh, veja só, por exemplo, a Índia começou o programa espacial dela 10 anos depois da gente. A Índia já pousou sondas na lua, a Índia já tem o os foguetes dela, já tá trabalhando para levar foguetes tripulados. É a quarta nação a ter foguetes tripulados. Tá quase lá. E a gente tem o quê, Rebeca? O quê? A A e B. que que a gente progrediu? A gente tem, não, a EB, assim, a gente tem vários satélites, né, o Amazonia um. Então nós, pro tanto de orçamento que a gente tem no Brasil, nós fazemos muitos milagres assim, né? Nós fazemos milagres com, então temos, né, o Mas pro turismo espacial, pra gente chegar no turismo espacial, se a se nem um foguete a gente tem a nível, né, nessa escalabilidade de poder fazer algo grande, levar cargas úteis consideráveis, né, porque levar uma carga útil de 60 kg, 200 kg, a gente vê no Space Sport América crianças fazendo foguetes para levar isso. Sim. cria jovens de faculdade, a gente vai, a gente vai ter o MLBR, né, que é o primeiro microlançador brasileiro, então que tá sendo, aliás, o o upper stage ali desse MLBR tá sendo desenvolvido pela Bizu Space. A Bizu, né, que eu fui visitar ele na hora. Qual a carga? Qual a carga? Ai, putz, não vou me lembrar agora qual que é a carga útil desse microor, mas não deve ser muito diferente do que a gente não tá bom. Tô torcendo muito pela Bizu, porque qualquer qualquer alternativa, qualquer e gente que esteja investindo, eu dou meus parabéns. No nosso país tem que dar os parabéns, bater no peito, nas costas, falar parabéns mesmo. É, e eu fui lá ver o Mas assim, quando a gente fala de programas robustos, né, pô, até o Emirados Árabes tentou pousar lá na Lua. Uhum. Tem um vestimento também, então, né? Então, o país pequenininho. É. E a gente tá tem um programa que tem já, vamos fazer 1960, então já 66 anos, né? Uhum. 66 praticamente 66 anos. Super antiga, né? Já era pra gente estar num outro nível. Uhum. É, não tem investimento, né? Falta investimento. Valoriza pra gente entrar no turismo espacial. Hoje eu não vejo menor perspectiva respondendo a pergunta do do amigo. Como é que é o nome dele mesmo? Como era o nome dele? Astronauta fake. É astronauta fake, por aí ajuda muito com esse nome. Meu Deus. Tá que sou seu coiso. Desculpa, tava com fome. Próxima. Não, eu vim sem jantar também tive que Vocês querem fazer pergunta? Tem alguma pergunta? Temos nossos universitários aqui no no fundo do estúdio. Lá aí, Lucas do Rubico, ele tem umas perguntas que eu não consigo responder. Hum. Sério? Pergunta aí. Faz aquela pergunta pra Rebeca. Vê se ela fazes aí da da gravidade que você queria saber da gravidade. Talvez a Rebeca saiba responder. Eu viu? Ah, sim. Sim. É, eu balancei aqui é a questão da da gravidade no sentido eh de que o astronauta ele flutua. Se ele sair da do molde lá da espaçonave, ele vai flutuar. Só que é de acordo com a questão da eterna queda, né, que fazim só se ele tiver num espaço fora de, não sei, de alguma forma, vamos pensar assim, fora de qualquer, se ele não tiver na órbita terrestre, influência de órbitas, enfim, o que que acontece? Ele vai flutuar, ele vai vai cair. É assim que ele pensa a pergunta dele para resumir para quem não tá no microfone. Quando o astronauta ele sai da estação espacial da espaçonave, a espaçonave ou estação tá em uma queda livre, ela tá na órbita terrestre que é uma queda livre controlada. Uhum. Se ele não tiver nessa órbita, ele tiver no espaço e ele sai da espaçonave e a queda livre. Não, daí ele, eu não sei exatamente qual que é o a distância que ele tem que est da Terra para realmente estar em gravidade zero. Você sabe, Pati? Para ele tem que ficar gravidade zero, não, né? Microgravidade. Porque gravidade zero a gente nunca vai terade, mas eu acredito que seja mais próximo da lua, hum, possível para você não ter essa influência do da gravidade da Terra. Então assim, ele vai tá sobre esse freefall, né? Uhum. fora da da estação, digamos assim. Sim. Mas qual é a pergunta então? O que aconteceria? Ele flutuaria? Ah, não, ele flutuaria. Flutuaria. É tipo, ele não tem mais a queda livre. Ele não tem mais a queda livre, mas ele flutuaria sobre a influência da gravidade da Terra, que teria a maior massa ali no entre Terra e Lua, digamos assim. É, eu só não sei se, tipo, quão longe ele tem que est da Terra para ele não voltar pra Terra, porque eu acredito que ele devagarzinho iria voltar pra Terra assim, né? Vai cair, daí teria que perguntar para uma um físico, astrofísico mesmo, né? Acho que ele vai acabar voltando a cair pra terra de qualquer jeito. Acho que de alguma forma se ele tiver perto da Terra, mesmo que ele não esteja em órbita, ele vai acabar voltando. É de alguma forma a Terra, porque se você pensar o espaçotempo, ele é curvado ali, né, pela terra, né, pela massa, né? Então qualquer lugar que você tá ali, você vai alguma hora cair nesse espaço tempo, né, e voltar pra mata. Você já viu aquelas moedinhas que coloca num negócio que fica assim num funil e vai girando, girando, girando até quando chega perto do buraco ficando um lugar que tivesse fora de todo o funil ali, um meinho ali. O que que será que aconteceria? Ou ele ficaria flutuando parado para sempre. É no filme gravidade, né, que falam que e a existe algumas falhas ali, mas a maioria é bem acurada, ele fica flutuando, né? Sim. Vai queimar na entrada. Alguém tá com certeza vai se dissolver na entrada, carbonizar. É isso sim. É isso vai vai queimar na entrada da Terra, com certeza. É, ou ele cai em Marte e aí ou já pensou se cai em Vênus? Você cai em Vênus, amigo. Rapaz, a gravidade de Vênus já ia amassar teu corpo de um jeito tão dolorido, que é tão forte a gravidade. E aí quando quebrar teu capacete, aí você dá aquela primeira respirada de dióxido de carbono e metano. E metano. E aí para pr completar cai aquela chuva ácida de ácido sulfúrico. Aham. Delícia. A menos. É, tua estimativa de vida em Vênus é cinco, 5 segundos. Tá bom. Exatamente. 5 segundos. Op. Exatamente. Marcos. Só para anemar um pouquinho aqui para quem para Venus. E o Marte é mais legal. Bem dolorosa essa morte. Marte tá mais legal de quero pra Marte, não para Vênus, né? É. Nossa, Marcos, é, foi um grande prazer tá aqui, ter você aqui. Muito obrigada aí pela aula de história, de espaço, de avião, de tudo, né? Maravilhoso. Fala aí suas redes sociais para quem quiser te achar, seu site, para quem quiser ir pra Islândia ver o Eclipse solar. Isso. Isso. Quem quiser ir pra Islândia ver o eclipse solar total. Gente, é uma vez a cada 300 anos nesse lugar. Uma vez a cada 300 anos. Olha só, você só tem este momento para aproveitar. Lembre-se do presente, conceito do presente. Dê um presente a si próprio. Vai lá na agênciaarcospontes.com.br, se inscreve, a gente facilita aí em 12 pagamentos no cartão. Vamos viabilizar essa viagem que vale muito a pena. E eu quero estar com a Mariela. Mariela, você tá me ouvindo? você vou te levar lá para você ver, finalmente ver um eclipse solar total comigo e vai cair do aniversário dela. Ela vai est o aniversário dela é dia 14, ou seja, daqui a dois dias, né, ela faz aniversário. Parabéns, amor, viu? E aí tá aí o meu presentão. Eh, então entra lá no site da agência, por favor. Me sigam no meu Instagram, Marcos R. Palhares tem um R mudo no meio que é de Roberto, tem o meu Facebook que é o meu nome completo, Marcos Roberto Palhares, ou você me encontra no meu site que tem todos os minhas redes sociais, tem os meus livros para vender, você fala direto comigo, não tem atravessador, marcospalhares.com.br. E o site que você falou antes pra pros pacotes é agênciaarcos agênciaarcospontos.com.br. Tá bom? Tá. E você será muito bem recebido, com certeza realizará viagens para a vida, como a gente costuma dizer. A gente pode colocar links na descrição, temado beleza, a gente vai colocar o link na descrição aqui, tá bom? Coloca o meu Instagram pro pessoal me seguir aí que os algoritmos não estão ajudando ultimamente aí. Perfeito, muito obrigada. Novamente, Marcos, esperamos tê-lo aqui novamente, né, em alguma aí nos próximos meses. Foi divertido para vocês? Foi aprendi tanta coisa. Agora eu tô muito mais confiante de falar que foi o Santos do Mon que inventou o avião. Não tão confiante assim não. Isso que você nem leu o livro, mas eu vou dar aqui para vocês, tá? Não, muito. Nossa, maravilhoso. Bom, deu aí, Tainá, deu.

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