GALO POSSUÍDO – RELATOS SOBRENATURAIS DA ROÇA

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No no folclore, a mula sem cabeça, eu não sei se tá tem a ver com festa junina, mas ela tem uma proximidade com padre também, que é uma mulher que seria com que se relacionaria com o padre. É isso, né? Viraria mula sem cabeça. Isso que teria um caso com o padre e aí vira mula sem cabeça. E geralmente é a última pessoa que chega nos lugares, né? Deve ser uma mulher, quem chegar por último é mulher do padre. É vira bula sem cabeça, né? Deve ser uma relação já ligando. Não tô brincando, não deve ter nada a ver. Ah, padre que aprontava muito. É mais ou menos. Isso é de alguns estados, tá? Eh, padre que aprontava. É bom você falar os estados pr os padres poderem saber para onde eles podem ir para aprontar. É, vamos lá. Mas aí aí o pessoal brincava lá, a lenda diz que ah, o padre aproveitava que no na festa junina ele era um padre de brincadeira e dava umas escapadas, né? E aí era no dia da festa do santo. Aí o que que o santo fazia? Tchau cabeça. Ah, do padre. Aham. Pau das cabeças, aqueles lá boa. Cortava a cabeça dele, cortava a cabeça. E então se você tiver andando por aí no interior do Brasilzão, numa festa junina, num dia desses santos que a gente falou aqui, São João, Santo Antônio, enfim, São Pedro. São Pedro. São Pedro. Tá bom, gente? Se você tiver andando por aí no interior e vê um padre sem cabeça pela estrada, provavelmente é isso que aconteceu. Ah, pera aí. O padre não morre. Ele, ele vira uma sombra, ele vira uma sombra, ele perde a cabeça, ele fica em busca da cabeça. O santo vem, pega a cabeça dele, ele mesmo assim eles ainda combinam o padre sem cabeça e a mula sem cabeça. Verdade. Ó, tem uma relação com cabeça aí. Eles tiram das cabeças. Minas Gerais, interior. Não sei em qual interior é Serra da Vida aí. Uhum. Que Minas, né? Tudo assim. Tinha uns conhecidos aí que gostavam desse lance de ufologia, fazia vigília para caramba e tal. ficava esperando ia para tudo controlado. Inclusive frequentam muito Paranapiacaba e inclusive já acho que até não sei se o termo correto é trabalharam ou estudaram junto com com o Boaventura lá. Uhum. Então são pessoas que há muito tempo tão atrás disso, sabe? E eles receberam lá, tipo, ah, tem um lugar, uma estradazinha interior de Minas que aparece muita coisa. É, você tá lá acampando, vai aparecer alguma coisa, orb. foram para lá e ficaram tipo aí eles aproveitavam e passeavam, né? Curtiam, fizeram, faziam montanhismo, acampavam e tal. E numa das noites que eles estavam lá, eles decidiram, tipo, fazer uma caminhadinha noturna, nem era tão tarde assim. Aham. E estavam caminhando, caminhando, quando eles viram três caipiras sem rosto passando por eles na estrada, surgiram do nada e passaram do nada. Trê sem rosto, sem cabeça. Sem rosto, sem rosto. Três K. três caipiras, três assombrações, três fantasmas passaram por eles e, tipo assim, eles não entenderam nada, sabe? Eles estavam tipo: “Ah, e aí Luciano? E aí, Daniel, como é que você tá?” E tal, pô, legal, tal, tal, a gente vai voltar e não sei o que. Olharam pro lado os três caipira, três pessoas vestidas como caipira, passaram e foram na mesma estrada, sem rosto, rosto, tipo, a mesma coisa. A gente tá aqui, onde a Sara tá ali e passou sem nada, sem. E aí eles, né, contaram essa história, contaram lá para pro pessoal que morava na região, falaram com a galera e tudo mais e aí foram descobrir que tinha uma lenda muito famosa de pessoas que faleceram no acidente de charret, que estavam voltando de uma festa junina, acho que 1919, 1920. Se jogar na internet esses dados que eu tô falando, vai aparecer, galera. Aí, ah, aí essas pessoas se acidentaram e elas estavam trajadas de caipira pela festa junina e aí dizem que eles ficam na estrada. Aí diz que eles pedem carona, entra no carro, aí olha pelo, né, pelo retrovisor, tão sem rosto, a pessoa assusta, para, não estão mais lá. Nossa, estão tentando voltar. O você contando tem uma tem uma uma um costume antigo, né, das fotos post que você falou da do final e 1900 e pouco, mas lá no final do século XIX, 1800 tinha as fotos PT Mortam pessoas que, por exemplo, eu morria, aí minha família pegava, eu colocava do lado dos meus irmãos morto aqui assim e eu olhando pra câmera, às vezes com olhão aberto assim e tal. você contando da da dessas pessoas que morreram de charrete. Enfim, tem uma foto que são de várias mulheres que elas estavam numa, como é o nome? É carruagem. A carruagem cai numa ribanceira, morrem todas. Acho que estavam em seis. E aí nas fotos elas estão todas de costa porque elas ficaram sem rosto também porque ficou tudo é deformado, né? E eu falo, gente, coisa, meu, assim, coisa perturbadora de filme de terror é ou sem rosto ou sem olho, ou com o olhão branco, assim, olhão, aquele olho, tem uma, tem uma lenda de sete além das crianças sem olho, não tem? Tem olhos negros, né? sempre falam disso de e até mistura um pouco com aquela questão de dos montes apalaches também, que é a mesma coisa, não abre a porta para as crianças de olhos negros, mas sete além no começo os relatos falavam de pessoas de olhos amarelos, mas sempre gira em torno de é deve ser, é, sempre gira em torno dessa questão de do vale da estranheza, de você parecer com uma pessoa normal, mas tem algum fator ali que você fala não é normal. Tem duas histórias bem fofinhas de saci, histórias legais. Tem uma que eu até contei de especial de Natal, que é uma família que tava numa chácara e tudo mais. E aí a criancinha, a bebezinha de 2, 3 anos, sumiu e já tava até próximo do horário da ceia. E cadê essa criança? Cadê essa criança? Tava todo mundo na bagunça de arrumar a ceia, né? Eh, de 24 para 25, eu acho. E tava no meio da chácara, no meio do nada. E aí, pô, a criança não tava dentro de casa, não tava por perto, sumiu, tava no meio do mato. E procuraram, procuraram, procuraram, aí oraram, fizeram o que tinha que fazer. A mãe já tava chorando, até que alguém gritou: “Tá aqui, tá aqui”. No fundo da casa a menininha tava voltando da mata. E aí foram lá e grudaram na menininha. Onde você tava? Onde você tava? Onde você tava? Ah, eu fui brincar e fui indo, sabe? E aí tava lá. E aí voltei. Ai, como que você voltou? Ah, o menininho moreninho assim pulando me trouxe de volta. E aí, tipo, tinha muito relato de sassi no bambuzal naquela região. Então, eles entenderam que o sci trouxe de volta, ele gatou a menina, porque ele é arteiro, ele não é maligno, né, nessa teor, tem várias versões, mas o que dizem é que ele é uma criança, né? Ela contou com fisionomia, com todas as características, com gorrinho vermelho e tudo que ela foi, ela se sabe, ah, eu fui, fui, fui, fiquei e aí o menininho me trouxe pulando, sabe? Trouxe ela pra mão na véspera de Natal. E a outra? A outra aí sim, a outra pescador, sabe? Levou o filho junto para pescar e aí tava lá e pescador vai até cansar, né? Tip, eu não entendo, tenho muito meus primos, meu irmão durante um tempo pescou, meus amigos pescam. Eu gosto só de ir para fazer a f e tomar cerveja na beira do rio. Eu não gosto de ficar pescando. Chega uma hora que entia, mas eles vão, né? E aí foi lá dois, três amigos e levaram uma criança junto, um moleque aí dos 9, 10 anos. E esse moleque também, tipo, chegou uma hora que entediou, aí falou: “Ah, eu vou no banheiro”. Mentiu pro pai, né? O pai falou: “Não, não vai, vai, não vai”. foi, mas não desobedece, vai para casa e volta e foi até a casa. Só que chegando na casa, ele viu barulho na casa da frente, que não era para ter ninguém, porque eles estavam na casa de apoio, né? E a casa dos donos que ficava fechada não era para ter ninguém, dos donos do lugar que eles estavam pescando. Curioso, criança foi até lá, só que assim, foi e quando olhou já não tava no lugar que conhecia. E aí, tipo, tudo estranho. Aí ele falou que foi se aproximar para pedir ajuda dessa casa, umas pessoas esquisitas. Aí ele ficou com medo, não chegou perto, até que ele escutou o açubio, né? O assubio de longe. Só que é aquilo, né? Se você escuta e a sensação é que tá longe, é que tá do seu lado. Se você escuta e tá, se você parece que tá do seu lado, é porque ele tá longe. Ele escutou a subiu de longe, ele olhou pro lado, aí o saci já grudou no braço dele e levou ele de volta pra beira do rio. Falou: “Vai lá com o seu pai lá”. Deu uma ajudada. Deu uma ajudada para ele também. É. E ainda deu um esporro nele assim. Aí vai lá com o seu pai. É tipo pra criança eles pegaram meio leve, né? Assim, tipo isso. É. Mas ele acessou também algum lugar estranho. Sim. Não. E esse primeiro relato seu aí, o da menina na casa, me lembrou um que não tem a ver com Sassi, mas que eu gostaria até de falar que assim, uma família aqui de São Paulo foi pro interior porque morreu a avó. Uhum. E e tinha uma criança nova na família, jovenzinha assim de 6 anos, que não não eles não iam levar pro velório. Então eles deixaram na casa essa criança com uma outra menina de 12 anos, ó, cuida aí. E foram pro velório. Velório, enterro. Quando estavam ainda lá no enterro, aquela comoção da família, a mãe decidiu voltar primeiro para ficar com a filha menorzinha. Quando voltou paraa casa, daquela casa da família ali que tava, tava só menina de 12 anos. Ela falou: “Sumiu, não sei onde tá”. Procuraram a criança em todo lugar. E aí ligaram pra mãe no celular, ó, ela tá aqui no cemitério. Ô louco. E aí a menina fala: “Não, a vovó foi me buscar lá na casa da Isso aí assim, tipo, meu”. E a mulher encontrou, voltou pro velório e a criança tava lá. E aí a mulher falou assim: “Eu ainda interroguei cada um dos parentes para saber se nem um filha da mãe tinha voltado antes para buscar, né?” né? Então isso aí mexeu porque eu me lembrou um pouco. Aí eu lembrei agora de outro relato que tem a ver com o efeito Mandela que tem a ver com saci, mas é um saci bem ampassan assim. Bem o quê? Um saci assim não é o s ou a força do relato não é o sassi, é o efeito mandela nesse caso. Um cara que mandou o relato para mim, eu contei semana até passada, isso aí eu tinha que contar porque eu achei sensacional, me impressionou de um jeito até. E ele contou que, e me lembrou até um outro relato americano, mas eu nem vou falar do americano, a galera deve conhecer. Vocês talvez conheçam também. O cara disse que no ano nos anos 2000, no comecinho lá, nos anos 2000, 2000 e pouquinho, ele acordava para assistir na TV Cultura uma paródia que passava na cultura do Sítio do Picapa-Papau Amarelo, só que era o sítio do Corvo Negro. É isso. E aí ele fala: “Ah, é, minha mãe não gostava que eu assistia porque eu ficava impressionado porque tinha a Cuca, só que a Cuca pegava as crianças para cozinhar.” Então, uma cena que eu lembro muito é a minha Cuca pegando um menino, não Pedrinho, pegava um menino e falava assim: “É, esse vai pra minha panela”. Aí cortava, ela já tava na panela e que era meio bizarro e que aí depois ele parou de assistir porque a mãe proibiu, só que aí ele nunca mais assistiu e ninguém lembra. Então ele fala: “Pô, ninguém lembra desse sítio”. Ele até pediu para quando eu contasse eu mudasse para pica-pau vermelho, pica-pau verde, mas não falasse corvo negro, porque eles t malestar quando se fala isso. Mas eu falei, vou falar o nome verdadeiro do sítio que ele me passou. Ele ficou com medo até quando ele contou para mim, porque ele jura que ele assistiu vários capítulos desse dessa série que nunca teve. E ele fala TV Cultura que ele via na televisão, achava muito legal. E eu achei isso até meio Lost Media, que tá na moda agora, né? Lostias, assim. Um senhor um dia voltando para casa achou, né? Três, três pintinhos lá, três galizezinho andando pra rua, pegou dois, um sobreviveu, um morreu e ficou com o galo, criou o galo igual o cachorro dentro de casa. E o Galo foi cada vez ficando mais bravo, cada vez ficando mais bravo. E tinha uma coisa muito característica que o Galo não gostava da mãe dele. E aí o que que os vizinhos contaram para ele uma vez que viram um homem dentro da casa dele. Ele falou: “Não, na minha casa só moro eu e meu galo não. Quando ele saía para trabalhar, dizem que viha um homem lá. lá o galo. Não sei. E aí o galo foi cada vez ficando mais assim maluco. Tanto que a brincadeira era o galo tinha nome e tudo mais, mas nós chamava de galo possuído. E aí esse galo começou a atacar as pessoas de arrancar sangue. E aí um dia esse galo armou uma arapuca pra mãe dele que tava limpando a casa dele. Tipo assim, sujou o quarto, bagunçou o quarto, a mãe tinha limpado a casa inteira. Aí o galo foi lá e tipo bagunçou o quarto, fez alguma coisa no quarto. O galo que bagunça o quarto. É. Aí a mãe, a mãe foi lá arrumar o quarto, né? E aí, tipo assim, alguém agrediu ela e não foi um galo, foi um homem. Alguém bateu na mãe dele. Aí ele falou: “Agora já era, filho”. Panela, panela no galo aí, tipo, esse esse e esse vídeo também é muito louco, esse vídeo também porque é o único vídeo meu que viralizou e o YouTube derrubou meu canal porque eu acho que ele achou que era bote, não, ele achou que era bote, sei lá, porque tipo assim, eu postei esse vídeo, eu não tinha 1000 inscritos, eu tinha, sabe, sei lá, tava chegando perto dos 1000, meu canal não era nem monetizado e eu tenho print disso para provar e sei lá, meus vídeos pegavam 50, 80 views. Esse vídeo em 10 horas pegou 20.000 views e até hoje eu não tenho um vídeo de 20.000 views. Eu acho que tem alguns que estão chegando perto. E aí o YouTube pau no meu canal, não vai falar mal do galo. Aí voltou. É, aí voltou, mas até hoje deve ter esse vídeo perdido do galo, índio possuído. Mas essa história é engraçada, gente. Regrava, talvez draer, vou vou fazer um corte desse galo. Eu morria de medo de galo porque falava que galo tinha espora. É esporão. Esporão assim. É o esporão. É, é tipo, é, é a pata dele aqui, né? E aí atrás aqui tinha um negócio que ele quando ele pulava, ele batia na Isso, velho. Lá ele fura uma pessoa. Então eu morria de medo de galo. Então tinha tinha razão. Tem um vídeo no assim desses curtinhos assim de um no quintal o cara tem dois galos desse e entra um rato. Ah é. E meu bicho mata o rato rapidinho, só pulando assim, dando essas patadas. O bicho é bravo. Dá dó do rato. O rato tenta fugir, vai rateando. Nossa, sim. Ô, por isso que tem as rinhas, né, que o pessoal levava igual briga de cachorro os cara. Ah, é verdade. É proibido fazer, né? Rinha, rinha de galo. Tem uma história que eu eu não tenho certeza, mas eu acho que eu já até contei para você, Dani, que eu sempre conto e isso também uma vez viralizou, porque eu fui num podcast que não tinha nada a ver com Terror, que eu fui convidado lá pelo meu canal de cinema, né, pelo Aura do Pesadelo. Podcast Nerd. para falar de filme, para falar de nerdice. E aí os caras falaram: “Ah, o Rogério também tem um canal onde ele conta causa, conta relato, conta um bem legal aí”. Eu falei: “Tá bom aí, conta do quê?” Ah, aí tinha um cachorro no estúdio, fala um de cachorro aí, né? Aí beleza, né? Fui contar o relato e aí, tipo, o corte no final virou um de uma história de comédia, né? Mas é uma história legal e interessante. Eu sei. E essa é bem marcante porque, tipo, a pessoa que me contou que tava quase chorando contando, né? Uhum. Era um cara que trabalhava com pessoal que era tomateiro. E aí eles iam para colher tomate e às vezes eles varavam noite colhendo tomate, descansavam no mesmo lugar e era normal eles se reunirem em equipe e irem para esse lugar aí cortar, colher tomate e tal, enfim. E aí sempre deu tudo bem, nunca deu ruim, sempre todo mundo se entendeu. Só que numa dessas eles foram para um lugar e aí eu não sei o que que aconteceu, mas atrasou, sei se o tempo não tava bom e foi tumultuando o ambiente, não tava legal. E um dia apareceu um cachorro lá e o cachorro ficou porque ele ficava dando o resto da marmita, né? E quando o cachorro chegou, ficou pior ainda o ambiente. E aí começou um falar que tinha mexido na mochila do outro, nas coisas do outro, aquelas coisas assim, alguém mexeu nas minhas coisas, alguém mexeu e começou a virar discussão entre eles, briga, sabe? Isso em questão de horas e dias. É. E o ambiente foi ficando tumultuado, tumultuado. E aí a gente tá falando de peão, né, de de galera de lavoura, de tipo assim, pega facão e vai. E até que um deles falou assim: “Meu, pera lá, olha, independente do que vocês acreditam ou não acreditam, a minha religião é essa” e tal. E esse lugar não é um lugar santo, não é um lugar legal. Desde que chegou aqui eu não tô bem. E a o que faltava pro pro copo derramar é esse cachorro. Esse cachorro rege a região, falou um negócio assim e tal, aqui não é legal e esse cachorro toma conta. Aí os caras falam: “Não, é esse cachorro. Se a gente der um fim nesse cachorro, coitado do cachorro, ele e a gente resolve nosso problema. E um deles só eles começaram na cabeça deles bateu, né? Tipo, um tava querendo matar o outro, mas na cabeça de um deles falou: “Não, então não vou matar ele, vou matar o cachorro para mostrar para eles que eu sou o né?” E aí, tipo, quando eles começaram a ter as intenções para ir para cima do cachorro, o cachorro falou: “Eu sei o que vocês estão pensando”. O cachorro fala: “Eu sei o que estão pensando”. É. E aí, tipo, todos se assustaram e foi o tempo do cachorro vazar.

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